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A OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista, terá de apresentar todos os dados que embasaram os comunicados de descoberta de petróleo e a comercialidade de áreas exploratórias. Segundo fonte ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão passando um “pente fino” em todas as descobertas anunciadas pela empresa.

Em um período de dois anos e meio (de outubro de 2009 a maio de 2012), a OGX fez 55 anúncios de descoberta de petróleo ou declarações de comercialidade (jargão que indica, no setor, que uma área pesquisada vai virar um campo produtor). A cada comunicado promissor, as ações da OGX tinham saltos de valorização na Bolsa.

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A CVM já teria solicitado à OGX o envio de todos os dados que antecederam os anúncios. Desde a sua criação, em 2007, a OGX fez pelo menos 105 comunicados oficiais, metade deles apontando a descoberta de indícios de petróleo.

Procurada, a CVM disse que está apurando fatos envolvendo a OGX Petróleo e Gás Participações S/A e outras companhias do mesmo grupo, incluindo aqueles recentemente divulgados na mídia. Já a assessoria da ANP informou que os comunicados de descoberta e os pedidos de declaração de comercialidade são feitos de forma unilateral pelas empresas. Depois da apresentação do plano de desenvolvimento dos campos (uma espécie de transição entre a fase exploratória e a etapa de produção comercial), a agência avalia o planejamento e aprova ou não o programa.

Atualmente, a ANP está analisando os pedidos de suspensão dos trabalhos nos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, feitos pela OGX. Caso a empresa não tenha cumprido o plano de desenvolvimento que prometeu, pode ser multada.

Já para Tubarão Azul, a ANP considerou insuficiente o planejamento apresentado pela empresa e pediu uma nova versão, que foi apresentada em 30 de abril. A agência tem até 30 de setembro para avaliar o novo projeto.

O grupo de acionistas minoritários da OGX de São Paulo, liderado por William Magalhães, não pretende ingressar com ação na Justiça pedindo ressarcimento das perdas financeiras resultantes da queda de valor de mercado das ações da companhia, ao contrário do que planeja um grupo de acionistas do Sul do País. "Nosso objetivo é de apoiar a empresa. Não é um movimento processual, mas de valorização da empresa", disse Magalhães.

Segundo o acionista, o objetivo do grupo é conseguir eleger um representante no conselho de administração da petroleira de Eike Batista e instaurar um conselho fiscal na OGX. Ele afirmou que manteve contato esta semana com representantes do departamento de relações com investidores da OGX, quando informou à companhia sobre essa intenção. Ele disse acreditar que possa agregar, entre seus representados, número suficiente de acionistas para pleitear tais cadeiras no conselho.

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O grupo tem uma conta no Twitter chamada "Minoritários OGX", com 982 seguidores e quase 1,8 mil postagens. Magalhães vem afirmando que a intenção deste grupo é "devolver valor aos ativos da companhia". Apenas em 2013, o valor de mercado da empresa na bolsa caiu 88,5%, com a ação cotada a R$ 0,50 no fechamento do pregão de sexta-feira, 19.

O empresário Eike Batista veio a público defender-se da crise de credibilidade que ronda seu grupo empresarial e se diz arrependido de ter entrado na Bolsa de Valores. Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, na edição desta sexta-feira, 19, ele afirma que "se pudesse voltar no tempo, não teria recorrido ao mercado de ações".

Eike afirma que hoje acha que teria sido melhor ter estruturado um fundo privado de participações em empresas (private equity) "que permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de pelo menos 10 anos cada companhia, até chegar o "momento certo' de abrir o capital. "Se algum dia mereci a confiança do mercado foi porque havia uma trajetória de mais de 30 anos de muito trabalho", diz o texto. Eike Batista faz uma análise da OGX, dizendo que continua acreditando na empresa e admite ser o acionista que mais perdeu nesse negócio.

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O empresário afirma ter recebido propostas pela OGX tanto por fatias quanto pelo controle a partir de uma avaliação de US$ 30 bilhões e que colocou mais de um US$ 1 bilhão do próprio bolso na empresa. "Eu perdi e venho perdendo bilhões de dólares com a OGX", admite Eike.

Ele diz ter se cercado de profissionais capacitados e contado com auditorias e ainda relatórios de independentes como o da consultoria DeGolyer & MacNaughton com prognósticos de recursos aproximados de 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente. "Evidentemente eu estava extasiado com as informações que me chegavam. Podia tê-las guardado para mim? Não, eu era o controlador de uma companhia de capital aberto e o que fiz foi compartilhar".

Quanto às demais empresas do grupo, Eike Batista menciona que nos casos de MPX, MMX e LLX: "a depreciação de valor de mercado é claramente incompatível com o que elas têm a oferecer". Ele critica quem o chamava de "o cara do papel, do power point", questionando porque não foram visitar as obras. Ele se diz frustrado por não ter sido capaz de entregar o que ele mesmo esperava nos casos de OGX e OSX e alega ter sempre agido de boa-fé, para concluir que tem empreendedorismo em seu DNA.

Os acionistas minoritários da OGX descartaram, na reunião de hoje, dar início a um processo contra a empresa. "Temos consenso de que neste momento, uma ação contra o Eike (Batista, controlador da petroleira) tende a prejudicar a empresa ao invés de valorizar", explicou há pouco Willian Magalhães, acionista responsável pela convocação do encontro de minoritários.

Ele afirmou, por outro lado, que pretende solicitar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a realização de uma audiência para que representantes da petroleira expliquem a situação da empresa. Tanto a audiência quanto a instauração do conselho fiscal são medidas para dar mais transparência ao negócio, avaliou.

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Em conversa com jornalistas, Magalhães frisou que o debate entre o grupo de investidores gira em torno de alternativas para levantar a OGX e não causar novas perdas. "O movimento tem a conotação de ajudar a empresa. Todos estamos no mesmo barco e queremos valorizar o ativo", disse.

Na reunião de hoje, também foi cogitada a possibilidade de fundar uma associação dos minoritários, a contratação de um advogado societário e a criação de uma gestora para trabalhar especificamente com os papeis da OGX. Essas medidas, porém, ainda não foram decididas.

Magalhães se comprometeu a apresentar uma ata da reunião de hoje à diretoria de relações com investidores da OGX na segunda-feira, quando também pretende solicitar um encontro com o empresário Eike Batista, controlador da petroleira. "Eu quero olhar nos olhos dele e saber se ainda podemos acreditar na empresa", disse. Magalhães acrescentou que enviou uma mensagem ao celular de Eike informando sobre a reunião de hoje, mas que não teve retorno.

Um grupo de aproximadamente 40 acionistas minoritários da OGX decidiu, em reunião realizada pela manhã e encerrada há pouco, que buscará assinaturas para instauração de um conselho fiscal na petroleira. Pelas regras do Novo Mercado da Bovespa, para que a solicitação seja aceita é preciso que as assinaturas pertençam a acionistas com ao menos 2% do capital da empresa.

O porcentual é equivalente a cerca de 65 milhões de papeis, segundo estimou Willian Magalhães, acionista que se tornou representante dos minoritários após convocar a reunião de hoje por meio das redes sociais. Ele também foi indicado para ocupar a vaga no futuro conselho fiscal.

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De acordo com ele, a obtenção das assinaturas não deverá ser um empecilho, pois o grupo conta com o apoio de uma gestora de recursos que já garantiria, sozinha, a representatividade de 2% do capital. O nome da gestora, porém, não foi revelado.

Um grupo de aproximadamente 30 minoritários da OGX iniciou há pouco uma reunião para debater o futuro da petroleira e articular maneiras de participar ativamente dos rumos da empresa. A reunião foi convocada pelo acionista Willian Magalhães por meio do Twitter e ocorre em um restaurante na Avenida dos Bandeirantes, zona sul da cidade. O acionista é criador do perfil "Minoritários OGX" no Twitter, que já tem 886 seguidores e 1,7 mil postagens.

Segundo Magalhães, o encontro servirá para que os minoritários possam discutir como "devolver valor aos ativos da companhia". Na prática, o grupo tem a intenção de eleger um candidato para o Conselho Administrativo e instalar um conselho fiscal na OGX. "O movimento vai tomar uma linha mais pró-ativa com a empresa, mas uma linha processual está fora de questão. Diferente de outros grupos, não é essa a proposta da nossa parte", explicou Magalhães.

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O grupo reunido nesta manhã é composto por pequenos investidores, como empresários e executivos, que em sua maioria detinham entre 50 mil a 150 mil papeis da OGX. Apesar de terem o patrimônio deteriorado após o derretimento das ações, o clima é tranquilo entre os participantes. Dentre eles está o empresário Eduardo Quevedo, que cobra mais transparência da companhia. "Queremos saber se a empresa tem condições de se recuperar ou se os ativos todos eram fantasia", afirmou.

Nesta semana, um outro acionista minoritário, Márcio de Melo Lobo, pediu à Justiça o bloqueio dos bens do empresário Eike Batista, controlador da OGX. No entanto, a Justiça do Rio indeferiu o pedido. Em sua requisição, Lobo citou notícias sobre a crise da petroleira para alegar que a empresa está em situação financeira de risco, e a indisponibilidade dos bens de seu controlador seria uma garantia contra futuros danos. Já na avaliação da Justiça do Rio, a situação da OGX se mostra difícil, mas tornar os bens da companhia indisponíveis poderia deteriorar ainda mais a situação do negócio.

Recentemente, a saída de Eliezer Batista – pai do empresário Eike Batista – e mais três outros membros da Comissão do estaleiro OSX (uma das 6 empresas do grupo EBX), causou uma enorme repercussão nacional. Segundo economista do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), a saída dos membros foi estratégica. 

Djalma Guimarães avalia que o recuo nos cargos é para mudar a percepção dos investidores. “As mudanças que estão ocorrendo no grupo EBX, deve-se ao fato de que as empresas querem trazer a confiança dos investidores de volta. A saída do pai de Eike e a dele mesmo trazem um ‘ar de novo’ para as companhias e poderá interferir diretamente nas bolsas de valores”.

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A crise enfrentada por Batista causou uma perda em seu patrimônio, que saiu de U$S 34,5 bilhões – em 2012 – para U$S 2,9 bilhões. De acordo como ranking da agência de notícias Bloomberg, no ano passado, Eike foi o bilionário que mais perdeu dinheiro no mundo, tendo um recuo de U$S 10,1 bi em sua conta.

No início do mês de julho, a OGX – empresa produtora de petróleo – divulgou uma nota, afirmando que poderá parar sua produção nos Campos de Tubarão Azul em 2014. O desempenho da petroleira acabou afetando as outras empresas do grupo, já que as mesmas são interdependentes - a OSX, por exemplo, forneceria os navios para transportar o petróleo explorado pela OGX.

Diante dos problemas da OGX, a LLX – empresa de logística responsável pela construção do Porto de Açú, no estado do Rio de Janeiro - também sentiria os reflexos dos resultados negativos, porque seu objetivo principal seria o de atender os petroleiros da OSX.

Neste mesmo período, bilionário renunciou seu cargo no conselho de administração da MPX – empresa de geração de energia elétrica e exploração de gás natural na América do Sul. A companhia anunciou um aumento no capital privado, de R$ 800 milhões para reforçar o caixa da empresa e também que deverá mudar seu nome para desvincular o nome de Eike da empresa.

O especialista Djalma Guimarães acredita que Eike Batista superestimou a produção dos campos. “Isso transpareceu que o empresário não tinha informações verdadeiras sobre as descobertas de Tubarão Azul e informação falsa, afasta os investidores. Várias pessoas que investiram nas empresas do grupo perderam cerca de 90% do valor que aplicaram.”

Devido aos últimos acontecimentos, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota da empresa para CAA2 com perspectiva negativa – o que significa que a companhia indica alto risco de calote.  

Investimentos - O economista afirma que esta crise não pertence só as empresas de Eike e sim, a todos os grupos que tem ações no mercado e aconselha a população a optar por outros tipos de investimentos. “Em meio a esta crise mundial, não está sendo um bom momento para realizar investimentos no mercado de ações, este meio é muito variável. É hora de procurar investimentos mais seguros” explica. 

 

Embora conste da ata da reunião do Conselho de Administração da OSX a renúncia de Eliezer Batista a um assento no órgão decisório da companhia, o pai de Eike Batista decidiu permanecer na empresa. A informação é do advogado Sérgio Bermudes, que assessora o empresário.

"Realmente, ele cogitou sair, para não parece que estivesse usando o seu prestígio em favor das empresas do filho. Mas a ideia foi afastada na mesma reunião", disse Bermudes, atribuindo a um erro da pessoa que secretariava a reunião a sua inclusão no rol dos conselheiros dissidentes da OSX, empresa de construção naval do grupo EBX.

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A reunião da última sexta-feira, 05, convocada para eleger o diretor de construção naval da companhia - tendo em vista a carta de renúncia de Danilo Souza Baptista - tinha em pauta também "tomar conhecimento da renúncia dos conselheiros Luiz do Amaral de França Pereira, Samir Zraick, Eliezer Batista da Silva e Rodolpho Tourinho", além de aprovar a convocação de Assembleia Geral Extraordinária para eleição de novos membros para o Conselho de Administração. Todos os demais conselheiros desistentes confirmaram a saída da empresa.

Apesar da negativa sobre a saída de Eliezer Batista, o site da OSX traz a formação do conselho com apenas três integrantes: Eike Batista, Aziz Ben Ammar e Luiz Eduardo Guimarães Carneiro.

A OSX, do grupo EBX, de Eike Batista, divulgou, na noite desta quarta-feira, 10, que quatro conselheiros renunciaram. O Conselho de Administração da companhia foi informado das saídas de Luiz do Amaral de França Pereira, Samir Zraick, Eliezer Batista da Silva, pai de Eike, e Rodolpho Tourinho, na reunião da última sexta-feira, 05.

Pereira e Zraick também deixaram o conselho da OGX Petróleo e Gás, conforme divulgado mais cedo pela companhia. O ex-ministro de Minas e Energia Rodolpho Tourinho havia deixado a OGX no último dia 21 de junho.

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Na mesma reunião da OSX foi aprovado o nome de Ivo Dworschak Filho como diretor de construção naval, que entra no lugar de Danilo Souza Baptista, que apresentou renúncia e havia assumido as funções no início de maio.

Possíveis perdas dos bancos privados de capital aberto no Brasil com as empresas X poderiam ocorrer, num pior cenário, no segundo semestre deste ano e se estender por um ou dois trimestres, conforme relatório do UBS Investment Research. "Entre os bancos sob nossa cobertura, o Bradesco é o mais exposto para as empresas X e com um maior potencial de pressão nos lucros", avaliam os analistas Philip Finch, Frederic de Mariz e Mariana Taddeo, em documento enviado ao mercado.

Conforme cálculos dos analistas do UBS, os bancos Bradesco e Itaú têm exposição de pouco mais de R$ 1 bilhão ao risco "X", enquanto no Santander Brasil o valor chega a R$ 250 milhões. Eles entendem que esses valores são subestimados, uma vez que não consideram o endividamento do Grupo EBX, que não tem ações listadas em bolsa, e demais instrumentos de dívidas das empresas X, como a emissão de debêntures.

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Mas, também acreditam que a informação que circula no mercado de que a exposição, tanto para Bradesco quanto para Itaú, é de R$ 5 bilhões, está superestimada. Eles avaliaram ainda o tamanho do impacto nos resultados dos bancos em 2013 em caso de calote do grupo X.

No Bradesco, o impacto nas provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, em 2013 poderia ser de aumento de 7,8% no caso de a exposição ser de R$ 1 bilhão, podendo chegar a um incremento de 39,1% considerando o pior cenário, de exposição de R$ 5 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Não bastassem as perdas na Bolsa de Valores, o empresário Eike Batista terá que pagar uma multa de R$ 15,5 milhões imposta pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A multa é para a Energia Pecém, uma termelétrica da MPX no Ceará, por poluição sonora causada por uma correia transportadora de carvão mineral. A multa do Ibama advém de ação do Ministério Público Federal, que apresentou laudos que também indicam poluição atmosférica.

O procurador Alessander Sales acredita que a empresa de Eike Batista deva sofrer mais penalidades. "O que o Ibama aplicou até agora foi multa por poluição sonora, mas tem a poluição atmosférica a partir da fuga de partículas do carvão mineral", diz o procurador.

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Em nota, a Energia Pecém destaca que apresentou defesa, questionando a legalidade da autuação. A nota informa que a empresa comprometeu-se perante a Superintendência do Meio Ambiente do Ceará a comunicar previamente sobre as atividades de descarregamento e transporte de carvão mineral, além de apresentar análises adicionais referentes ao desempenho ambiental do equipamento.

O comunicado reitera ainda que a empresa possui "como premissa atuar com transparência perante a sociedade, em diálogo com os órgãos de fiscalização e as comunidades no entorno do seu empreendimento".

A Usina Termelétrica Energia Pecém recebeu a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar a operação comercial de sua segunda unidade geradora, com capacidade instalada de 360 MW. A primeira unidade geradora, com capacidade instalada de 360 MW, tinha sido autorizada pela Aneel em 1º de dezembro de 2012.

Localizada em São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros de Fortaleza, a usina tem capacidade total de 720 MW, o que equivale à metade do parque gerador de energia do Estado, de 1.396 MW, de acordo com o Anuário 2011 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A MPX Energia informou em um fato relevante nesta quinta-feira (4), que Eike Batista renunciou ao cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da empresa, válido desde quarta-feira (3), conforme antecipou reportagem de O Estado de S.Paulo na edição desta quinta.

Segundo o documento, uma assembleia geral será convocada em breve para as resoluções sobre aceitação da renúncia de Eike e a alteração da denominação social da MPX Energia com as devidas alterações ao estatuto social da companhia e demais adaptações à imagem e marca.

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O fato relevante foi assinado pelo Diretor Presidente e de Relações com Investidores, Eduardo Karrer. De acordo com o documento, o Conselho de Administração da empresa também aprovou o cancelamento da oferta pública de ações. O conselho havia se reunido para discutir, entre outros assuntos, a recomendação dada pelo Banco BTG Pactual a respeito do adiamento ou implementação de alterações relevantes na oferta pública de ações da companhia.

A recomendação foi baseada, dentre outras razões, "nas atuais condições adversas de mercado no Brasil e no exterior, bem como no fato de que investidores e acionistas relevantes da MPX não manifestaram interesse em participar da oferta pública, tal qual originalmente formatada, e, portanto, o BTG considerou que a Oferta Pública não seria viável em sua estrutura original nesse momento".

O Conselho de Administração da MPX Energia também aprovou o aumento de capital social da companhia, no valor de R$ 800 milhões, dentro do limite do capital autorizado da empresa, por meio de um aumento privado de capital com a observância ao direito de preferência para os atuais acionistas da MPX.

De acordo com o documento, o preço por ação de R$ 6,45 (preço de emissão), equivalente ao preço de fechamento na BM&FBovespa das ações ordinárias na quarta-feira de emissão da MPX também foi aprovado.

A empresa deliberou e aprovou tomar conhecimento da garantia firme prestada pela DD Brazil Holdings S.À.R.L., subsidiária da E.ON SE, para subscrição no aumento de capital privado de montante de R$ 366,7 milhões ao preço de emissão ("Garantia da E.ON"), e dos termos revisados do compromisso de capitalização incondicional e irrevogável prestado pelo BTG para garantir, caso os atuais acionistas não subscrevam a parcela remanescente do aumento de capital privado subtraído da garantia da E.ON ("Garantia do BTG")

Segundo o fato relevante, o Conselho aprovou que as ações ordinárias a serem emitidas no âmbito do aumento de capital privado terão os mesmos direitos e privilégios que as ações já existentes de emissão da companhia, nos termos do seu estatuto social, e terão direito a dividendos e distribuições de capital aprovados pela companhia "pro rata tempore", em relação ao ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2013, e integralmente em relação aos dividendos e distribuições de capital aprovados pela Companhia referentes aos resultados para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2014 e seguintes.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) confirmou, na noite desta quarta-feira, 03, que apura fatos envolvendo a OGX e outras empresas do grupo EBX do empresário Eike Batista, "incluindo aqueles recentemente divulgados na mídia".

Em nota, a autarquia ressaltou que a atividade de supervisão da CVM se realiza, dentre outras ações, pelo acompanhamento da divulgação de informações relativas a companhias abertas, demais participantes do mercado e aos valores mobiliários negociados.

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O comunicado destacou ainda que a lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado. "Nesse contexto, diante de qualquer possível desvio de conduta, a autarquia inicia uma apuração específica dos fatos que pode levar a abertura de um procedimento sancionador", disse a nota.

A exposição das empresas X, do empresário Eike Batista, no mercado financeiro está concentrada em cinco bancos brasileiros, de acordo com relatório do Bank of America Merril Lynch, enviado a clientes.

Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.

Em seguida estão os privados Bradesco, Itaú Unibanco e BTG Pactual. Juntos, conforme cálculos dos analistas Alessandro Arlant, Anne Milne e Roy Yackulic, esses bancos somam exposição de mais de R$ 9,4 bilhões às empresas do grupo X.

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Eles destacam, no relatório, que os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.

“As informações e a divulgação das mesmas são pobres e, por isso, é tão difícil avaliar o tamanho da exposição dos bancos em relação às empresas X uma vez que ele pode estar subestimado”, avaliam os analistas.

Eles lembram que o fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto e, por isso, não divulgar informações sobre suas dívidas totais, dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos.

Além disso há, conforme atentam Arlant, Anne e Yackulic, títulos de dívidas, como debêntures, por exemplo, que não são contabilizadas na linha de empréstimos dos balanços das instituições bancárias e garantias concedidas.

Os analistas destacam ainda que Bradesco (R$ 1,252 bilhão) e Itaú Unibanco (R$ 1,235 bilhão) têm uma exposição semelhante ao grupo X, representando 1,3% e 1,4% do seu capital, respectivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A sobrevivência da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, poderá depender da venda de ativos do portfólio da companhia ou do exercício da opção da “put” de US$ 1 bilhão, o que significa, na prática, exigir que Eike aumente o capital da companhia. Se a empresa trilhar esse caminho, poderá ganhar um pouco mais de fôlego para seus compromissos imediatos e afastar, por ora, a desconfiança do mercado. A cotação dos títulos da dívida da OGX no exterior indica que os investidores estão prevendo calote da dívida, segundo analistas financeiros.

Ontem, 1º, a ação da OGX bateu a mínima histórica, caindo mais de 30%, por causa do anúncio do fim da produção dos poços no Campo de Tubarão Azul ao longo de 2014 e a suspensão do desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia.

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Além disso, a companhia terá de pagar US$ 449 milhões à OSX por quebra de contrato.

No exterior, a percepção de que a empresa pode renegociar sua dívida se aprofundou com o comunicado da companhia e os bônus de dívida da OGX passaram a valer menos de 20% do valor de face.

Para o Citi, a OGX poderia colocar à venda algumas participações obtidas na 11ª Rodada, como na Bacia do Parnaíba, a participação de 40% da OGX na Santos BS-4 ou mesmo a sua participação remanescente de 60% em Tubarão Martelo. A OGX adquiriu participação em 13 blocos exploratórios na Margem Equatorial e na Bacia do Parnaíba durante a 11ª Rodada de Licitações realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em maio.

“A OGX tem outros ativos que podem ser interessantes, porém precisam de recursos para ser desenvolvidos, que neste momento não existem”, afirmou, em relatório, o analista da corretora Planner, Luiz Francisco Caetano. Ele destaca o fato de ativos que todos esperavam que fossem produtivos, na verdade, serem agora declarados inviáveis. Nesse sentido, o analista diz que “já há algum tempo deixamos de ter indicação para a ação, pela mais absoluta incapacidade de reunir dados confiáveis para realizar projeções”.

O HSBC disse, em nota distribuída as clientes pela filial de Nova York, que “ou Eike Batista executa (pelo menos parte) da opção de ‘put’ de US$ 1 bilhão ou a companhia ficará sem caixa”, informou uma fonte que opera no mercado de dívida. No relatório, o HSBC acrescenta que a saída de três membros independentes do Conselho de Administração da empresa, há dez dias, cria a suspeita de que Eike não quer ou não pode exercer a opção.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a reestruturação que está em curso no grupo controlado por Eike Batista, a EBX deve deixar de ser a holding que reúne e administra as empresas ‘X’. Segundo uma fonte ligada ao grupo, ouvida pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a EBX se tornará a gestora dos ativos que permanecerem com o empresário depois do processo de venda parcial ou integral que envolverá todas as ramificações do grupo.

As companhias de capital aberto, listadas na bolsa, e que hoje estão abrigadas sob o mesmo guarda-chuva da EBX (que, por sua vez, é de capital fechado) deixarão de ser tão interligadas. A separação tem o objetivo de facilitar operações de venda - parcial ou integral. As sinergias que puderem ser mantidas serão analisadas caso a caso.

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De acordo com a fonte, este era um processo que aconteceria mesmo sem a crise, mas com um prazo maior. A previsão era de que em 2016, quando as empresas já estivessem em fase operacional plena, a EBX virasse um veículo para administrar os ativos de Eike e deixasse de ser uma holding.

A crise de credibilidade que derrubou todas as empresas do grupo X, além de acelerar o processo, mudou bastante a reestruturação, já que o empresário será obrigado a vender ativos e abrir mão do controle de empresas. Antes, a ideia passava também pela venda de participação, mas com Eike no controle.

Na quarta-feira, 26, na expectativa do grupo encontrar um parceiro estratégico com fôlego financeiro para tocar os projetos em desenvolvimento pela LLX, as ações da empresa de logística de Eike subiram 25% no pregão da BM&FBovespa. Mesmo com a disparada, a cotação não superou R$ 1,25.

Sem receita suficiente para fazer frente ao grande endividamento do grupo, Eike tem de “fazer dinheiro” rapidamente. O empresário tem divulgado notas em que repete que o endividamento de curto prazo já está equacionado e o que resta é reestruturar o endividamento de longo prazo.

Os credores de grande parte da dívida são grandes bancos comerciais, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou em torno de R$ 10 bilhões para diversas empresas do grupo.

Dívida

Dois empréstimos-ponte concedidos a empresas de Eike pelo BNDES têm vencimento em agosto e setembro. O primeiro é o da OSX, de R$ 400 milhões, para as obras do estaleiro no Porto do Açu. Em setembro vence o de R$ 518 milhões, parte de um financiamento maior para a implantação do porto, no município de São João da Barra.

O contrato de longo prazo está em análise. Segundo fontes, estaria em suspenso até a definição da situação da empresa. Procurado, o BNDES não confirmou as informações, apenas confirmou a concessão dos empréstimos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Grupo EBX, do empresário Eike Batista, colocou à venda um jatinho, conforme anúncio publicado no site Controller.com. O anúncio não informa o preço - pede aos interessados que façam suas propostas pelo Legacy 600 da Embraer, ano 2008. Em outros anúncios no mesmo site, jatos do mesmo modelo e ano são vendidos a valores em torno de US$ 14 milhões. Um Legacy 600 novo custa US$ 26 milhões, pelo preço de tabela da Embraer.

O jatinho pertence a uma empresa de Eike até então desconhecida: a AVX Táxi Aéreo, que presta serviços de aviação executiva para as companhias do conglomerado. A empresa, antes denominada Zeus Táxi Aéreo, tem outros três jatos executivos, incluindo um Gulfstream G550, com autonomia para voos intercontinentais - um Legacy 600 tem autonomia menor; para chegar aos EUA, por exemplo, precisa fazer escala.

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O Grupo EBX não comentou a venda, nem detalhou a frota da AVX. A venda está a cargo da empresa paulista Colt Aviation. A reportagem apurou que a aeronave está no Rio. A AVX Táxi Aéreo tem sede no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, segundo registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mas, no endereço cadastrado na Anac, funciona a AVJet Aviation Services.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o jatinho à venda, prefixo PR-AVX, está em "arrendamento operacional", o que significa que a AVX está alugando a aeronave por um determinado período. Para o consultor Francisco Lyra, da CFLY Aviation, a decisão de vender o Legacy 600 pode ser estratégica. Se o foco das companhias de Eike for desenvolver negócios na África e na Europa, por exemplo, faz sentido manter o Gulfstream G550 - de longo alcance - e desfazer-se do Legacy.

A venda também pode ser uma forma de passar imagem de austeridade, para o mercado e entre os funcionários. "Você comunica que a alta gestão está fazendo uma medida de austeridade, mas, normalmente, é o oposto", diz Lyra, conselheiro e ex-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag).

Reduzir o uso da aviação executiva é o oposto da austeridade, para Lyra, porque a opção por ter jatinhos próprios é uma questão de custo-benefício. Geralmente, quando diretores e o presidente de uma companhia gastam mais de 200 horas por ano em viagens de avião, compensa investir em jatinhos.

A conta de Lyra é simples. Um Legacy 600 tem custo operacional em torno de US$ 3 mil por hora de voo - o valor não é muito diferente para aviões como o Gulfstream G550. Se um presidente de empresa tem salário de R$ 20 milhões por ano e trabalha 16 horas por dia, sua hora de trabalho ficará em R$ 5 mil.

Como espera-se que um executivo competente gere valor para a empresa - digamos, equivalente ao dobro do salário -, a cada hora não trabalhada pelo profissional a empresa deixaria de ganhar valor equivalente ao custo operacional do jatinho. O jatinho ainda oferece a vantagem de o executivo não parar de trabalhar. "Esses aviões são verdadeiros escritórios", lembra Lyra.

O empresário Eike Batista, mais uma vez, recorreu nesta terça-feira à superstição que mantém há alguns anos. Eike costuma dizer que o número 63 é o de sorte. Na 11.ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nas propostas enviadas pela empresa dele, a OGX, todos os lances feitos na parte da manhã para aquisições de áreas nas Bacias de Parnaíba, Barreirinhas e Foz do Amazonas, tinham cifras que terminavam com a dezena 63. Na primeira fase da licitação, a atuação da OGX superou as expectativas. A petroleira tem sido penalizada pelo mercado, que questiona a capacidade financeira da empresa de dar conta do investimento necessário para cumprir os projetos relativos a áreas adquiridas em leilões passados.

Apesar da descrença do mercado, a OGX surpreendeu ao participar da primeira etapa da rodada com apetite e concorreu por áreas com petroleiras de grande porte, como Petrobras, Chevron e Exxon. A OGX obteve sucesso em ofertas para áreas das três bacias pelas quais concorreu. Ao todo, pagou cerca de R$ 210 milhões por oito blocos. O maior bônus de assinatura foi de R$ 80.000.163, por um bloco marítimo na Bacia de Barreirinhas, o BAR-M-389, cuja vantagem mínima exigida pela ANP era de R$ 587,9 mil.

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O menor bônus foi pago pela OGX na Bacia do Parnaíba, R$ 3.000.063, pelo PN-T-153.

Em alguns lances, o empresário concorreu com o desafeto, Rodolpho Landim, presidente da petroleira Ouro Preto, e saiu vitorioso em todas as disputas nas Bacias do Parnaíba e Barreirinhas. Já a Petra Energia, parceira da OGX no Maranhão, levou a melhor em quatro áreas na Bacia do Parnaíba disputadas com Eike.

O consórcio Maracanã S.A., formado por Odebrecht (construtora responsável pela reforma do estádio para a Copa de 2014), IMX (empresa de Eike Batista) e AEG, é o vencedor da licitação para concessão do Maracanã pelos próximos 35 anos. Só falta agora a homologação do resultado, um formalidade que deve ser feita nos próximos dias pelo secretário estadual de Casa Civil, Régis Fichtner.

Na manhã desta quinta-feira, a comissão de licitação formada pelo governo do Rio analisou a documentação do consórcio, que estava em primeiro lugar na concorrência após análise das propostas técnica e econômica, e habilitou o Maracanã S.A. a ficar com a concessão.

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O presidente da comissão, Luiz Roberto Silveira Leite, perguntou aos representantes do outro consórcio, "Complexo Esportivo e Cultural do Rio" - composto pela OAS, Stadion Amsterdam N.V. e Lagardère Unlimited -, se eles gostariam de apresentar recurso, mas eles se abstiveram.

Também nesta quinta-feira, um mandado de segurança expedido pela 20ª Vara Cível suspendeu a concorrência somente no que diz respeito aos camarotes do Maracanã. A liminar foi solicitada pela empresa Golden Goal Sports, que chegou a fazer visita técnica ao estádio, mas não concorreu à licitação.

A Petrobras negocia com o empresário Eike Batista o uso do Porto do Açu, no norte do Rio, mas o objetivo da petroleira e do governo brasileiro é fazer negócios, e não ajudar o empresário, afirmou nesta quinta-feira o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Ele deu a declaração na sede da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, onde apresentou as licitações do setor de petróleo brasileiro para investidores.

"A Petrobras não é um órgão para ajudar outras empresas. Ela não fará isso, mas poderá fazer associação, se for do interesse da empresa, no grupo do Eike", declarou. O Porto do Açu é útil para a Petrobras, afirmou Lobão, dentro dos projetos de produção do pré-sal. Segundo ele, se a estatal fechar acordos com o Eike, a petroleira não terá prejuízos. Como a companhia precisa de portos no pré-sal, se não fizer um acordo com o empresário, será com outros investidores.

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Questionado sobre se a forte queda das ações das empresas de Eike prejudicam a imagem do Brasil no exterior, Lobão disse que nos EUA houve quedas acentuadas no setor imobiliário e em ações de bancos, alguns quebraram, e nem por isso a imagem do país ficou ruim. "As empresas inflam, as empresas murcham e muitas conseguem se recuperar. É da natureza da iniciativa", disse. Sobre as licitações no setor de petróleo e gás este ano, Lobão disse que as discussões dos royalties no Congresso e eventuais atrasos na votação não devem afetar esses leilões. "Os cronogramas já estão todos definidos", disse.

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