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O PSDB está cobrando uma taxa de R$ 2,5 mil para inscrever seus 38 candidatos a vereador nas eleições de outubro na cidade de São Paulo. O Diretório Municipal do partido enviou um e-mail aos filiados que concorrerão à Câmara Municipal solicitando que o valor fosse pago até o dia 30 de junho, com a documentação necessária para o registro dos nomes na 1ª Zona Eleitoral.

O e-mail foi repassado ao Grupo Estado pela candidata Daniela Schwery, de 31 anos, descontente com a cobrança. "Lembramos que há uma taxa de inscrição de R$ 2.500,00 por candidato, destinada a cobrir os gastos com escolha e registro", diz a mensagem, que tem como remetente a secretária geral do diretório.

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Concorrendo pela primeira vez em uma eleição, a comerciante Daniela disse que só soube da taxa no dia 28 de junho, quando recebeu a mensagem, dois dias antes do fim do prazo dado pelo partido para o fim das inscrições. O registro de candidaturas para vereador e prefeito nas eleições deste ano terminou na quinta-feira, 5, e as campanhas começaram nesta sexta-feira em todo o País.

Daniela conta que já está filiada há cerca de três anos no PSDB, e que já foi do Partido Verde (PV) anteriormente, mas diz que nunca tinha ouvido falar do pagamento. Informou que se sentiu intimidada a fazê-lo por membros do Diretório Municipal. " Tem certeza de que você vai estrear assim no partido?", teriam lhe dito. Depois de diversos bate-bocas, segundo Daniela, ela entregou os documentos, mas só fez o pagamento um dia depois.

"Paguei com cheque pré-datado, já pensando em sustar", disse. "Não queria ser cúmplice daquele estelionato". Daniela afirma ter escrito no verso do cheque a sua finalidade, a fim de comprovar que, de fato, a taxa estava sendo cobrada. O cheque, do Bradesco, tem o número 000097, informou.

Na noite de segunda segunda-feira, 2, Daniela ainda registrou um boletim de ocorrência no 14ºDP (Pinheiros), a fim de documentar o pagamento. "Sei que depois disso minhas pretensões políticas serão prejudicas, mas me senti lesada.", informou. "Não só eu como outras pessoas". Daniela não desistiu da sua candidatura, e, segundo a assessoria de imprensa do PSDB, seu registro foi feito normalmente.

Outro lado

A assessoria do PSDB confirmou a cobrança da taxa mencionada, mas informou que ela não é obrigatória, nem uma condição para que os filiados tenham suas candidaturas confirmadas. "Tem gente que não pagou e nem por isso deixou de ser registrada", afirmou a assessoria por telefone. O número de pessoas que não pagaram não foi informado.

O PSDB paulistano disse ainda que "a prática é comum, não só no PSDB como em todos os partidos", e que Daniela foi uma das únicas candidatas a se opor à contribuição. O valor serviria para ajudar no custeio da documentação, das convenções e das atividades feitas para escolher os candidatos.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), a cobrança de taxas pelos partidos não representa uma ilegalidade em si e eventuais questionamentos devem ser feitos na Justiça comum.

A Lei Federal 9.096, de 1995, também conhecida com Lei dos Partidos, prevê que cobranças e procedimentos semelhantes devem ser decididos pelas legendas. "É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento", diz o artigo 3º.

A intervenção do prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em favor do PT na eleição de Belo Horizonte, produziu a primeira baixa no partido recém-legalizado. Inconformado com "o ato truculento" tramado no gabinete da presidente Dilma Rousseff para desmontar a aliança com o PSB do prefeito Márcio Lacerda, o vice-presidente nacional do PSD, Roberto Brant, abandonou o posto na direção partidária nesta sexta e anunciou sua desfiliação da legenda.

"Como é que o prefeito de São Paulo desembarca em Belo Horizonte para interferir na política mineira?", questionou o ex-deputado e ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso que ajudou Kassab a montar o PSD em Minas Gerais. "Dizem que ele o fez para pagar débitos políticos atrasados com o PT, mas fiquei magoado e ferido como mineiro e dirigente do PSD porque não fui ouvido e BH não é moeda de troca para isto", protestou.

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Brant entende que a tese da nacionalização da eleição em Belo Horizonte, não justifica "de jeito nenhum" a intervenção, até porque Kassab está praticando a política do "faça o que eu mando e não faça o que eu faço". Afinal, destaca, em SP Kassab apoiou Serra, "que faz o discurso mais oposicionista do Brasil". Ele diz que, entre a presidente Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), não saberia em quem votar se a sucessão presidencial fosse hoje. "Não tenho restrição à Dilma", completa.

Brant afirma que o PSD foi constituído em reação ao autoritarismo dos partidos brasileiros, que em grande parte funcionam com comissões provisórias que são implodidas pela direção nacional sempre que há conflitos. No caso do jovem PSD, prossegue Brant, bastou um ano de existência e o primeiro embate, "e o partido implodiu".

O dirigente do PSD lembra que o PFL e o DEM mantinham a tradição de reuniões semanais da executiva nacional, com ou sem pauta de discussão. E reclama de que o novo partido jamais reuniu seus dirigentes. "Nascemos da crítica da falta de democracia no sistema partidário, mas o PSD se transformou rapidamente no mais antidemocrático, autoritário e personalista dos partidos relevantes no quadro nacional".

Ele reconhece em Kassab um político habilidoso que acumula vitórias, mas pondera: "Por mais talentoso e competente que o prefeito seja, ele é muito menos do que o necessário para se formar um partido que sirva à democracia brasileira. Kassab feriu profundamente as tradições e o sentimento de Minas e está contrariando os compromissos que ele mesmo firmou, com o exercício do poder pessoal levado ao extremo".

Questionado sobre a decisão radical de sair da vice-presidência nacional do PSD e se desfiliar sem sequer comunicar ao prefeito, Brant diz que poderia sair em silêncio, mas decidiu protestar e não tinha outra forma de fazê-lo. Ele entende que uma pessoa sozinha não pode governar um partido de 56 deputados e dois governadores, mas diz que não há como mudar esta realidade.

Apontados como os principais antagonistas na disputa pela Prefeitura de Salvador, o candidato do governo, Nelson Pelegrino (PT), e o representante da oposição na eleição, ACM Neto (DEM), iniciaram oficialmente suas campanhas da mesma forma: rezando por Senhor do Bonfim.

Os dois, acompanhados pelas vices Olívia Santana (PCdoB) e Célia Sacramento (PV), respectivamente, e integrantes das coligações que os apoiam, encontraram-se na manhã desta sexta-feira, na missa promovida na mais conhecida igreja de Salvador. Ambos disseram ter ido ao local para pedir proteção para a campanha e não se opuseram a tirar fotografias abraçados e sorrindo.

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O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRB, Celso Russomanno, deu a largada nesta sexta-feira (6) em sua campanha eleitoral com uma visita ao marco zero, na Praça da Sé, da capital paulista defendendo alternativas de transporte e mais empregos na cidade.

Chegando de metrô, o candidato focou seu discurso na questão dos transportes. "Vamos destinar verba para o metrô e exigir o cumprimento dos prazos (pelo governo do Estado), caso contrário, o Estado vai pagar multa para a prefeitura, diferentemente do que ocorre hoje em dia", afirmou.

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Entre suas propostas para transportes, ele citou também a "volta da lotação". "Vamos autorizar o compartilhamento de táxi, a antiga lotação, para que as pessoas vão ou voltem do trabalho dividindo o mesmo carro", defendeu.

Outra iniciativa prometida pelo candidato para o "início do governo" será a formação de polos regionais de emprego na periferia. "Vamos trazer as empresas dando subsídios ou reduzindo ISS (Imposto Sobre Serviços) nas regiões mais carentes", disse.

Questionado se o pouco tempo de propaganda eleitoral em rádio e televisão prejudicaria seu desempenho nas eleições, Russomano assinalou que já é uma pessoa conhecida pela população e que aposta seus esforços na campanha corpo a corpo. "Será andando, ouvindo as pessoas, sentindo o que elas precisam para melhorar sua qualidade de vida. Político tem o dom de falar. Eu quero ouvir as pessoas", disse.

A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, abriu nesta sexta-feira (6) sua campanha com um encontro com militantes no Pátio do Colégio, região central da capital paulista. Soninha afirmou que é mais experiente que o candidato do PT, Fernando Haddad, e do PSDB, José Serra, para gerir a cidade.

"Tenho mais experiência sobre São Paulo que o Haddad teve na sua vida inteira. Fui vereadora e sub-prefeita. E também já tive oportunidade de ensinar coisas ao Serra que ele nem imaginava, como inclusão digital, políticas para jovens e circulação de bicicleta".

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Ela também lembrou que sua candidatura está "equidistante" do G2, em referência a Serra e Celso Russomanno (PRB), em primeiro e segundo, respectivamente, nas últimas pesquisas de intenção de voto. "Eu, Haddad e Chalita estamos empatados em terceiro lugar." O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, acompanhou o evento.

Questionada sobre suas propostas para a cidade, afirmou que um dos maiores problemas é a distância entre onde as pessoas moram e onde trabalham, e afirmou que se eleita, a Prefeitura dará incentivos para as empresas se mudarem para regiões periféricas e para que construtoras ergam edifícios de moradia popular na região central.

No primeiro dia oficial de campanha eleitoral, o candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, criticou nesta sexta-feira a nota 10 dada pelo atual prefeito Gilberto Kassab (PSD) à sua própria administração. Para o peemedebista, a avaliação do prefeito "é uma piada". "Aquilo que ele se propôs a fazer, ele não cumpriu 70%. E ele dá 10? Isso é brincar com a população, é fazer com que a política seja uma chacota, da mesma forma que ele deu 10 para a implosão que ele não implodiu", frisou o candidato.

Em sua opinião, um governante precisa ter maturidade para admitir que errou. "A cidade na televisão é perfeita, agora a cidade real está muito distante daquilo que o prefeito diz, que a propaganda diz", emendou o candidato, evitando dar uma nota pessoal à atual administração.

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Diferentemente dos outros candidatos, que escolheram a região central da cidade para iniciar a campanha, Chalita foi à Chácara Bananal, na região do M'Boi Mirim, extremo sul da capital paulista. Ele percorreu ruas sem asfalto e ouviu reclamações da população que sofre com os problemas de infraestrutura. "Esta região não tem eletricidade, não tem água, não tem nada. É isso que a gente diz dessas cidades invisíveis dentro de uma megalópole que é a mais rica da América Latina", afirmou.

De acordo com ele, o início de sua campanha terá como foco a periferia da cidade, tanto que nos próximos dias ele deverá visitar Itaquera e Ermelino Matarazzo, na zona leste da Capital. Se eleito, ele afirmou que sua prioridade será as regiões mais pobres do município.

Chalita lembrou que existem hoje três milhões de moradores vivendo em áreas irregulares e em favelas. Ele propõe usar 1% do orçamento para investir em habitação e quer repactuar a dívida do município com a União, considerada por ele "impagável, imoral e injusta". Para o candidato, a prefeitura pode renegociar os valores com o governo federal em troca de investimentos do Minha Casa, Minha Vida em São Paulo.

Em sua estreia como candidato a um cargo executivo, não faltaram fotos com crianças e até com cachorros. Acompanhado de militantes do PMDB, que chegaram em micro-ônibus escolares, o candidato foi acompanhado por mulheres e crianças que cantavam o jingle de sua campanha e gritavam frases como "Vai, Chalita".

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, derrubou a ameaça do "apagão eleitoral" - movimento grevista dos servidores da Justiça Eleitoral - ao determinar que sejam mantidos no trabalho pelo menos 80% dos servidores dessa área do Judiciário. Em caso de descumprimento da ordem, o ministro impôs multa diária de R$ 200 mil às entidades de classe que abrigam essa categoria do funcionalismo.

Ontem à tarde, em assembleia, os servidores do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo suspenderam a greve, cuja meta principal era "bloquear" o registro de candidaturas para as eleições municipais de 2012.

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"É um recuo tático", declarou Adilson Rodrigues dos Santos, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo. "Continuamos em estado de greve, se houver uma única retaliação a quem aderiu ao movimento imediatamente paramos outra vez."

Os partidos políticos e coligações tinham até as 19 horas de ontem para apresentar no cartório eleitoral pedidos de registro de seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador nas próximas eleições. Os servidores calculam que a adesão chegou a 90% da classe, mas o TRE paulista contabilizou paralisação de 38% do quadro de funcionários - analistas e técnicos judiciários -, "sem prejuízo ao atendimento aos candidatos".

Os servidores entraram em greve sob alegação de que não é aprovado projeto de plano de carreira. Pleiteiam também reposição salarial de 40% relativos, segundo eles, a um período de seis anos. "O direito de greve é garantido pela Constituição, mas seu exercício deve respeitar os valores que ela elegeu", advertiu o presidente do STJ, na decisão que acolheu ação da União.

Ele classificou a greve de "oportunista", porque visa prejudicar o calendário eleitoral, "ainda que sejam justas as reivindicações dos servidores". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com a propaganda eleitoral liberada na internet a partir de hoje, o PT começa a exibir vídeos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no site de seu candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. O objetivo é colar as imagens do ex-presidente e seu afilhado antes do início da exibição dos programas eleitorais na TV, em 21 de agosto.

Estratégia semelhante tem José Serra (PSDB), que vai apresentar vídeos em seu site oficial pelas próximas semanas. No primeiro, que entra no ar hoje, Serra convida os usuários a enviarem propostas para a cidade.

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Com a manobra, as equipes de marketing suprem uma lacuna de 45 dias em que os candidatos estarão em campanha, mas não aparecerão na TV. A imagem de Lula terá destaque no portal de Haddad, em um espaço chamado Lula.TV. O ex-presidente fará gravações diárias para debater temas da campanha e participar de transmissões ao vivo, no Instituto Lula. O site petista também exibirá vídeos que contarão a trajetória política de Haddad.

Já a equipe de Serra pretende usar vídeos para tentar ampliar o diálogo do candidato com os eleitores. Na gravação de estreia, o tucano diz que espera receber sugestões para solucionar os problemas de São Paulo. "Ninguém vai fazer um programa de governo melhor que os próprios paulistanos", diz o candidato.

A página do PSDB contará com uma rede social própria para seus simpatizantes e terá jogos para smartphones. No primeiro, o Tucaninho, o jogador controla uma ave azul e amarela que voa por São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

Com 2 minutos e 2 segundos de espaço no horário eleitoral gratuito nas rádios e TVs, o PSD criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi motivo de um cabo de guerra entre as candidaturas do PSB e do PT em Belo Horizonte. A ponto de o partido constar nos pedidos de registro de candidatura do prefeito da capital, o socialista Marcio Lacerda, e do petista Patrus Ananias.

O PSD em Minas integra a base do governo comandado pelo PSDB, no qual tem cargos inclusive de primeiro escalão. Os tucanos assumiram a campanha do PSB após a saída do PT da aliança e, alinhados com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), integrantes da direção do partido de Kassab chegaram a registrar ata da convenção na qual declaram apoio a Lacerda.

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Porém, após pedido da presidente Dilma Rousseff, o prefeito paulistano determinou à direção do PSD mineiro que se alinhasse ao PT. "Rechaçamos veementemente qualquer interferência de outros estados nas decisões de Minas", afirmou o secretário de Estado Extraordinário de Gestão Metropolitana, o deputado federal Alexandre Silveira, secretário-geral dos diretórios mineiro e municipal de Belo Horizonte do partido. O presidente da legenda em Minas, Paulo Simão Safady, no entanto, afirmou que "com absoluta certeza" haveria intervenção contra o que considerou "insubordinação".

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, registrou nesta quarta seu programa de governo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com as linhas gerais de suas propostas para a cidade de São Paulo. "A parceria da cidade com a União merece ser ampliada em razão da enorme contribuição dos paulistanos (...) a reestruturação da dívida da Prefeitura com o governo federal, ora em curso, será o primeiro passo para alcançar esse objetivo", defende o tucano em seu programa.

Na apresentação de suas propostas, Serra ressalta sua experiência política e critica os candidatos "que chegam de garupa ou esperam cair de paraquedas na Prefeitura", numa menção indireta aos adversários que disputam o atual pleito pela primeira vez, como o petista, Fernando Haddad, que usa o mote do "novo" em sua campanha. "Administrar com inovação, planejamento e capacidade de gestão e realização não é tarefa que se resolva por tentativa e erro, ou que se possa cumprir por simples apadrinhamento. O passado mostra o risco para a cidade dos que chegam de garupa ou esperam cair de paraquedas na prefeitura."

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No programa são ressaltadas as ações de sua própria administração, ocorrida entre 2005 e 2006, e do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), que o sucedeu no cargo. Realizações como o programa Cidade Limpa, Virada Cultural, o aumento de 3,5 vezes nas vagas de creches e a recuperação financeira da cidade são exaltados no programa. "Nossa cidade avançou, bastante, mas precisa ir mais longe", prega.

As linhas gerais do programa propõem melhorar os serviços públicos, construir novos polos de desenvolvimento na cidade, investir nos transportes e na segurança pública inteligente, implantar o Plano Municipal de Habitação, além de atrair investimentos e incrementar o turismo, entre outros.

No final do documento, Serra afirma que as propostas serão debatidas ao longo da campanha. "Recolheremos ideias e opiniões, em grupos de discussão, nas visitas aos bairros e entidades, nas redes sociais, em toda a cidade".

A direção do PSD em Belo Horizonte protocolou documento na Justiça Eleitoral mineira nesta quinta-feira (5) confirmando a decisão do partido no Estado de apoiar a candidatura à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). O ato é contrário à orientação da direção nacional da legenda comandada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de o partido aderir à campanha do ex-ministro petista Patrus Ananias. Em Minas, o PSD é ligado ao senador Aécio Neves (PSDB) e ocupa cargos inclusive de primeiro escalão no governo do tucano Antonio Anastasia, e corre o risco de sofrer uma intervenção de sua executiva nacional para o cumprimento da decisão tomada na noite desta quarta-feira (4).

"Rechaçamos veementemente qualquer interferência de outros Estados nas decisões de Minas", afirmou o secretário de Estado Extraordinário de Gestão Metropolitana, o deputado federal Alexandre Silveira, secretário-geral dos diretórios mineiro e municipal de Belo Horizonte do PSD. Segundo Silveira, a "decisão tomada em Brasília" de apoiar Patrus foi uma "tentativa de ingerência forte" e uma "agressão à democracia interna" do partido, que já havia decidido, em convenção no último dia 23, aderir à candidatura de Lacerda, que passou a ser comandada por Aécio após a saída do PT da aliança.

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O presidente da legenda em Minas, Paulo Simão Safady, no entanto, afirmou que "com absoluta certeza" haverá uma intervenção para que o PSD na capital acate o que foi decidido pela direção nacional. "Isso é uma insubordinação. A decisão do partido não pode ser contestada por alguns de seus integrantes", afirmou o empresário, que estava em Brasília e chegou a Belo Horizonte no fim desta manhã para tentar resolver a questão.

Para os dirigentes do PSD mineiro, a decisão da direção nacional da legenda foi uma manobra orquestrada, com apoio da presidente Dilma Rousseff, para o partido fazer um "gesto ao governo federal", e pelo ex-governador José Serra, adversário de Aécio dentro do PSDB e candidato à prefeitura paulistana com apoio do partido de Kassab. "Estamos convictos do ponto de vista político e jurídico da nossa posição", declarou Silveira.

Ele protocolou nesta manhã no cartório eleitoral a ata de uma reunião feita durante esta madrugada por uma comissão do partido formada pelo grupo ligado a Aécio, na qual pedem apuração da polícia caso seja apresentado à Justiça Eleitoral algum documento no sentido contrário. O secretário ainda descartou a possibilidade de intervenção na legenda. "Esperamos retaliação contra os integrantes do partido, não contra a decisão", disse. O PSD tem direito a 2 minutos e 2 segundos na propaganda eleitoral gratuita e sua bancada mineira é composta por seis deputados federais e oito estaduais.

 

A eleição para a Prefeitura de São Paulo terá 12 candidatos se a Justiça Eleitoral acolher os pedidos de todas as legendas que cobiçam o terceiro maior orçamento do País. O prazo para o registro de candidatos termina nesta quinta-feira.

Seis desses candidatos são de partidos minúsculos, com nenhuma representação na Câmara dos Deputados (PCO, PSTU, PSDC e PPL) ou bancadas muito pequenas (PSOL e PRTB, com três e dois deputados eleitos, respectivamente). Apesar disso, eles vão ocupar quase um quinto da propaganda eleitoral no rádio e na televisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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Apesar ter dito que não participaria de campanhas nos municípios, a presidente Dilma Rousseff (PT) já começou a "dar uma mãozinha" a alguns dos candidatos preferenciais do Planalto. Está programada para esta quinta-feira a participação dela na inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Bernardo do Campo, maior cidade do ABC paulista e terra do ex-presidente Lula.

Dilma subirá ao palanque ao lado do prefeito Luiz Marinho (PT), candidato à reeleição. Nesta sexta-feira, tem agendas com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). As participações foram marcadas às vésperas da proibição de candidatos irem a inaugurações de obras públicas, no sábado. A partir de amanhã, a Justiça Eleitoral permite a campanha de rua.

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"Tecnicamente não é campanha. É uma inauguração. Campanha só depois do dia 7", comentou um interlocutor de Dilma. Mas, ao lado de Marinho (PT), Dilma fará discurso em sinal de apoio ao candidato.

Episódio semelhante ocorrerá amanhã, no Rio. Ela tem duas inaugurações com Paes e o governador Sérgio Cabral, peemedebistas cada vez mais próximos do Planalto. A presidente deve discursar nessas solenidades. Dilma também esteve com Fernando Haddad (PT), candidato em São Paulo, na exposição Guerra e Paz, no Memorial da América Latina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O candidato petista à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, vai ter quase metade do tempo total de propaganda eleitoral em rádio e TV para reverter o histórico de três derrotas na disputa pelo executivo soteropolitano (1996, 2000 e 2004). Dos 30 minutos de propaganda, o petista terá 13 minutos e 49 segundos.

O tempo de Pelegrino é quase três vezes maior que os de ACM Neto (DEM) e Mário Kertész (PMDB), o segundo e terceiro com mais publicidade gratuita nas mídias, com 5 minutos e 29 segundos e 5 minutos e 8 segundos, respectivamente. Os outros três candidatos à prefeitura, Márcio Marinho (PRB), Hamilton Assis (PSOL) e Rogério da Luz (PRTB), somados, terão pouco mais de 5 minutos para pedir votos.

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A divisão do tempo na propaganda eleitoral foi definida após o PDT anunciar, na tarde desta terça-feira, o apoio a Pelegrino. A legenda foi a última a se posicionar por ter perdido a vaga de vice na chapa petista para o PCdoB. O partido havia, inicialmente, condicionado o apoio ao PT ao posto. Líderes pedetistas chegaram a se reunir com o comando do PMDB na Bahia para tentar emplacar o vice de Kertész, mas como a negociação não avançou, o PDT decidiu pelo apoio ao PT na eleição majoritária.

Com a adesão pedetista, a chapa de Pelegrino passa a ser apoiada por 15 partidos - todos os da base do governador Jaques Wagner (PT), entre eles o PP, do atual prefeito João Henrique Carneiro, além do PR, que rompeu com o governo no ano passado, mas negocia o retorno à bancada. ACM Neto tem o apoio de PSDB, PV, PPS e PTN.

O PMDB, oposição ao PT na Bahia, que havia anunciado que disputaria a eleição sozinho, recebeu no fim de semana a adesão do PSC à candidatura de Kertész. O PRB se coligou ao PSL. PSOL e PRTB não contam com aliados.

Milhares de pessoas lotaram mercados no México nesta quarta-feira para gastar cartões pré-pagos que foram dados de presente pelo partido que venceu a eleição presidencial do país, inflamando as acusações de que a votação ocorrida no fim de semana foi marcada por compra de votos.

Na terça-feira, um membro do conselho do Instituto Federal Eleitoral (IFE), Alfredo Figueroa, afirmou que autoridades estão investigando os cartões. Membros do instituto afirmaram que estão cientes das tentativas de compras de voto. Figueroa também disse que irregularidades na contagem de votos podem levar à reabertura e recontagem dos votos em mais de 50 mil seções eleitorais, cerca de um terço das 143 mil envolvidas na eleição.

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Algumas pessoas que estavam nas filas para utilizar os cartões afirmaram que os receberam em troca de apoio ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), cujo candidato Enrique Pena Nieto venceu o pleito, de acordo com resultados preliminares.

Alegações de compras de voto não estão limitadas à capital do país, Cidade do México, e estão surgindo em diversos Estados. O Partido Ação Nacional (PAN) acusa a campanha de Pena Neto de adquirir cartões pré-pagos que somam cerca de $ 5 milhões (71 milhões de pesos) para distribuí-los em troca de votos.

Maria Salazar, uma estudante universitária de 20 anos, foi a uma unidade da rede de supermercados Soriana com seu pai de 70 anos para gastar três cartões. Ambos disseram que receberam os receberam de presente em troca de fotocópias de seus títulos de eleitor.

"Isso é um escândalo... Eles compraram milhões de votos", afirmou o outro candidato que disputou o segundo turno, Lopez Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD). Ele não reconheceu os resultados preliminares divulgados pelo IFE e já afirmou que vai pedir recontagem dos votos. As informações são da Associated Press.

O afastamento do PT nas disputas municipais pode antecipar para 2014 o projeto do PSB de lançar o presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na disputa pelo Palácio do Planalto, plano antes previsto para 2018.

A tese da candidatura própria já ganhou novos adeptos no PSB, no embalo do fortalecimento da liderança nacional de Campos e do rompimento de parcerias com o PT no Ceará, em Pernambuco e em Minas. Dirigentes socialistas dizem que está em curso o processo de libertação do PT, que sempre pede apoio, mas resiste a apoiar aliados.

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"O resultado das eleições deste ano pode determinar nossa alforria antes de 2018", prevê, otimista, o deputado Júlio Delgado (MG), um dos poucos membros da cúpula socialista que assumem em público a queixa generalizada diante da resistência dos petistas em apoiar aliados.

Diante deste cenário, lideranças do PT temem os reflexos de tal afastamento. O ex-ministro José Dirceu foi um dos que demonstraram preocupação com a reviravolta na capital mineira, onde o PT saiu da chapa à reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB). "O fim da aliança em Belo Horizonte, depois de ter ocorrido o mesmo em Recife e Fortaleza, põe em risco o acordo nacional entre os dois partidos", admitiu Dirceu em seu blog.

Alternativa

Nos bastidores do PSB, a avaliação é que o partido se transformou em alternativa de poder, "para o bem do Brasil". No entender dos socialistas, é preciso romper com a polarização entre PT e PSDB, tratada por ambos os lados como a disputa entre o bem e o mal, o atrasado e o moderno. Um dos governadores do PSB destaca que o projeto de chegar ao Palácio do Planalto está em curso, seja para 2014 ou 2018, até porque o PT terá de "dar um tempo e sair da Presidência, para oxigenar o País com a alternância do poder".

Num paralelo entre a "libertação" do PT e a abolição da escravatura, Júlio Delgado afirma que, para seu partido, a Lei do Ventre Livre foi sacramentada em 2010, quando seis governadores se elegeram pela sigla.

"Nossa relação com a presidente Dilma (Rousseff) é excelente, mas, se a nossa lei dos sexagenários for decretada agora, na disputa pelas prefeituras, e o Eduardo Campos estiver num bom momento em 2014, como está hoje, ele parte para o voo solo", completa o deputado, referindo-se à lei que garantiu a liberdade de escravos com mais de 65 anos, quatro anos antes da abolição da escravatura no Brasil.

Inconformado, José Dirceu culpa o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pelo divórcio entre o PT e o PSB de Minas. "Há manobras e manobras nessa história e elas têm o dedo e a mão toda do senador Aécio, apesar de passarem para a imprensa que o PT é o responsável pelo rompimento."

Embora o PT tenha tomado a decisão de sair da chapa de Lacerda para lançar candidato em Belo Horizonte, Dirceu tem seus motivos para responsabilizar o tucano. Afinal, foi Aécio quem promoveu uma reunião de Lacerda com Ciro Gomes na terça-feira da semana passada, em Brasília. Ciro é defensor intransigente da tese da independência do PSB em relação ao PT. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com o aval da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Executiva Nacional do PT indicou na tarde desta terça-feira (3) o ex-ministro Patrus Ananias pra concorrer à prefeitura de Belo Horizonte. Em reunião durante à tarde, na sede do Diretório Nacional da sigla, em São Paulo, os petistas decidiram que o nome de Patrus deverá ser referendado por uma comissão formada pelo atual vice-prefeito Roberto Carvalho e pelo deputado federal Miguel Correa Júnior, que chegou a ser indicado pelo PT para ser vice na chapa de Márcio Lacerda (PSB) à reeleição.

Após a reunião, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, disse que o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, chegou a pedir um tempo para reverter a decisão de Lacerda que, recentemente, rompeu acordo com o PT para a formação de uma coligação proporcional nessa eleição municipal, em favor do PSDB. "Não podemos ficar na expectativa do que eles vão fazer. O PT não é um partido subalterno", afirmou o dirigente petista.

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No final do encontro desta terça, Falcão destacou que o acordo entre PT e PSB em Belo Horizonte foi "rasgado unilateralmente" por Lacerda e que o rompimento de acordo em política "é uma coisa gravíssima". Falcão elogiou a postura de Roberto Carvalho em buscar uma candidatura própria nas discussões internas. "Ele sempre defendeu a candidatura própria, argumentando que o prefeito Márcio Lacerda poderia, a qualquer momento, nos surpreender. Temos de reconhecer hoje que o Roberto Carvalho, neste aspecto, tinha razão", pontuou Falcão.

O presidente nacional do PT também afirmou que não vê nos rompimentos de aliança entre PT e PSB em outras capitais um indicativo de que o governador Eduardo Campos tenha intenções independentes do PT. "Não vejo nenhuma intenção do governador de precipitar a sucessão de 2014 agora. Até porque ele tem dito que estará com a companheira Dilma em 2014", disse Falcão, ressaltando que o rompimento do PT com o PSB é em Belo Horizonte e com o Márcio Lacerda.

A partir de quarta-feira, o PT pretende conversar com os partidos que compõem a base do governo da presidente Dilma Rousseff para a indicação de um vice na chapa petista em Belo Horizonte. Embora o PMDB já tenha candidato e o PDT esteja na coligação com os peemedebistas, os petistas acreditam que podem atrair esses partidos para a chapa de Patrus. "Assim como se criou um quadro novo a partir do rompimento do acordo com Lacerda, essa movimentação toda pode criar uma nova realidade em Belo Horizonte, que é o que estamos buscando", afirmou Falcão.

Oficialmente, o candidato do PT em Belo Horizonte é o atual vice-prefeito Roberto Carvalho, que nesta segunda fez o registro no TRE para garantir uma candidatura petista. Com o acerto desta terça, ele deverá abrir mão de sua candidatura em favor de Patrus. Na quarta-feira, Rui Falcão deve se reunir com Carvalho, em São Paulo, para definir os detalhes do ato solene da quinta-feira, prazo final para o registro das candidaturas na justiça eleitoral.

"Não tem mais volta, temos candidatura própria e estamos unidos para enfrentar a disputa em Belo Horizonte", avisou Correa Júnior. Com o rompimento, o PT de Belo Horizonte está deixando a administração municipal de Lacerda.

A presidente Dilma Rousseff não tem a intenção de se envolver nas eleições municipais de outubro, disse nesta terça-feira (3) a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. "A presidenta não tem a intenção de se envolver. Tem dito reiteradamente que a melhor maneira de ajudar nas eleições é o Brasil continuar bem", disse Ideli durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

De acordo com Ideli, há uma orientação de Dilma de que "eleição é um problema dos partidos". "Temos orientação muito clara da presidenta. Fora do horário do expediente, que cada um exerça a sua militância, mas que não comprometa as atividades do ministério. Isso vale para os ministros de todos os partidos. Da mesma forma que vou atuar em campanhas nos finais de semana, tenho certeza absoluta que o ministro (da Integração Nacional) Fernando Bezerra vai participar de campanhas do PSB; o (ministro do Esporte) Aldo Rebelo (de campanhas) do PCdoB, o Gastão (ministro do Turismo) vai participar (de campanhas) do PMDB", disse.

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O engajamento da presidente Dilma Rousseff é considerado essencial para ajudar na campanha de candidatos do PT, como Fernando Haddad, que aparece em pesquisas de intenção de voto com apenas 8% da preferência do eleitorado da cidade de São Paulo.

Alexandre Schneider (PSD), que será vice na chapa do candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, rebateu nesta segunda as críticas feitas pelo candidato petista, Fernando Haddad, de que a administração Kassab não teria solicitado verba ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) para a construção de creches na cidade. "É uma alegação mentirosa. Eu pessoalmente fui ao MEC pedir recursos. São Paulo, infelizmente, não recebeu os recursos do MEC", afirmou.

Durante sua apresentação em coletiva de imprensa na sede estadual do PSDB, Schneider (PSD) lembrou com ironia que a administração de Marta Suplicy construiu apenas 10% do número de vagas em creches do total que a administração Serra/Kassab teria feito. "Nunca antes em nossa cidade se gerou tantas vagas (em creches)", afirmou, fazendo referência à célebre expressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao falar de seus feitos.

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Schneider ressaltou sua administração como secretário municipal de Educação e não poupou críticas à administração petista de Marta Suplicy. "(Quando assumimos) tinham 75 mil crianças em escolas de lata, professores do CEU (Centro Educacional Unificado) em greve por falta de pagamento, uma desorganização completa. Hoje, o piso (dos professores de ensino municipal) é dos mais altos do Brasil. Os professores correm para trabalhar conosco", emendou.

Para o vice de José Serra, essa eleição será marcada pela comparação do que chamou dos "três grupos que governaram São Paulo", em referência às duas administrações do PT, com Luiza Erundina e Marta Suplicy, às administrações de Paulo Maluf e Celso Pitta, e ao dueto Gilberto Kassab e José Serra. "Estamos preparados para debater o que cada um que teve a oportunidade de governar São Paulo fez. Não há nada novo (neste pleito). São os mesmos grupos", disse.

Fogo amigo

Questionado sobre as declarações de tucanos, que criticaram a escolha de um vice de fora do PSDB, Schneider respondeu de maneira conciliadora. "As pessoas têm direito de externar as suas opiniões. É normal ter uma discussão sobre preferências", afirmou. O candidato José Serra defendeu a escolha de Schneider como vice se referindo à ele como "o melhor" entre os postulantes. "Escolhi o Schneider porque, no meu balanço, era o melhor. Tenho confiança pessoal nele e na sua trajetória política", disse.

Cinco Estados, entre os quais o Rio de Janeiro, já pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a presença do Exército em alguns municípios durante as eleições. A informação é da presente do TSE, ministra Cármem Lúcia, que participou de uma reunião com mais de 500 chefes de cartório, juízes e promotores eleitorais do Estado do Rio.

"Vamos fazer um estudo completo sobre a presença do Exército nas eleições. Eleições municipais costumam ser mais apaixonadas. Queremos também que cada zona eleitoral tenha um juiz próprio, evitando acúmulo (hoje em alguns casos o mesmo juiz é responsável por mais de uma zona eleitoral). Queremos que os cidadãos tenham a presença física dos juízes em cada zona eleitoral, especialmente em áreas mais acirradas", disse Cármem Lúcia, em entrevista na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Rio. Ela não citou os outros quatro Estados que já fizeram o pedido.

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O presidente do TRE-RJ, Luiz Zveiter, disse que fará um mapeamento completo das áreas que necessitam da presença do Exército no Estado do Rio, mas antecipou que regiões dominadas por milícia, pelo tráfico de drogas e também as que tenham UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) receberão reforço das Forças Armadas no dia da votação. "No caso das UPPs não vamos deslocar os policiais que cuidam das comunidades para a segurança das zonas eleitorais", afirmou Zveiter.

O presidente do TRE anunciou que montará, em comunidades onde a disputa é mais acirrada ou que tenham a presença do crime organizado, "zonas de exclusão". O objetivo, segundo Zveiter, é evitar a intimidação dos eleitores. Nessas áreas os eleitores serão autorizados somente a entrar nas sessões eleitorais e sair imediatamente depois de votar.

Outra regra anunciada por Zveiter é a proibição expressa do uso de telefones celulares nas cabines. O presidente disse que pretende evitar a prática de os eleitores fotografarem a tela de votação para comprovar o voto em determinados candidatos. Ele disse que os telefones terão de ser deixados com os mesários e acrescentou que quem se recusar a cumprir a ordem poderá ser preso.

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