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A escolha do ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider (PSD) como candidato a vice-prefeito de José Serra (PSDB) deflagrou um embate entre tucanos ligados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o grupo serrista. Um dia após o anúncio da vice, alckmistas fustigaram a escolha de Schneider e voltaram a atacar a chapa única para eleição de vereadores, apelidada de "chapão".

O grupo que apoia o governador esperava ser contemplado com a indicação da vice, depois de ter perdido o embate que decidiu que o PSDB formaria aliança com outros partidos na chapa proporcional. Os alckmistas defendiam voo solo por avaliar que, coligado em uma chapa tão grande, o PSDB tende a perder cadeiras na Câmara Municipal.

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O assessor especial de Alckmin Fábio Lepique atacou pelo Twitter o líder do PSDB na Câmara, vereador Floriano Pesaro, e membros da Executiva do partido, pelas decisões anunciadas. "O @Floriano45 e os membros do diretório que votaram a favor do ‘chapão’ prestaram um desserviço ao PSDB. E nem a vice levamos!". À reportagem, desabafou: "Perdemos tudo."

José Aníbal, secretário estadual de Energia, protestou contra a indicação de Schneider. "Vai na direção contrária ao que queria a militância da capital".

Pesaro, um dos principais articuladores de Serra no processo eleitoral, afirmou haver "uma estratégia de desestabilizar a campanha do Serra", e tentou desqualificar as críticas. "Essa questão do Fábio (Lepique) é de uma falsidade moral sem precedentes. E a palavra do José Aníbal é a de alguém que foi derrotado nas prévias e age de forma isolada."

Passado

A escolha de Schneider reavivou ressentimentos oriundos da eleição de 2008, quando Serra apoiou a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e Alckmin se lançou candidato, estabelecendo um racha no partido. À época, tucanos que integravam a gestão Kassab, como Andrea Matarazzo, optaram pela neutralidade. Schneider, contudo, apoiou o prefeito.

Desde então, este recebe sinais de Kassab de que poderia ser seu sucessor. Em 2011, ele trocou o PSDB pelo PSD. Sua entrada na vice desperta o os ciúmes de tucanos que alimentam desejo de suceder Serra e Alckmin na capital e creem que Schneider "furou a fila" da sucessão.

A desconfiança do grupo alckmista em relação ao vice de Serra se estende também a Kassab, que coligou seu PSD ao PT em diversas cidades do Estado e, nacionalmente, sinaliza um alinhamento com o governo federal. Ele é visto como potencial adversário de Alckmin em 2014.

Chapão

O "chapão" na proporcional fez o presidente do PSDB da Mooca, Eduardo Odloak, desistir de concorrer a vereador. Em texto, Odloak afirmou que a coligação "diminuiu as chances de renovação". Segundo ele, o PSDB deve eleger apenas metade dos 13 vereadores de 2008. "Um mau negócio", diz Lepique. Pesaro defendeu a decisão: "É importante para eleger o Serra." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

No último dia 15, o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, comemorava o que os petistas apontavam como o primeiro gol da sua campanha: a aliança com o PSB e a consequente indicação da deputada Luiza Erundina como vice na sua chapa.

O anúncio seria feito naquela tarde, em um hotel na capital paulista. Minutos antes, Haddad conversou com Erundina. Queria avisá-la sobre outro "gol" da campanha: o PP, de Paulo Maluf, seria colega de palanque, trazendo 1min35s de propaganda eleitoral na TV. Erundina não reagiu mal nem se opôs. "São os sapos que se engole na política", resumiu.

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Nos bastidores, porém, o sinal amarelo acendeu. O secretário-geral do PP paulista, Jesse Ribeiro, queria a confirmação de que o ex-presidente Lula iria à casa de Maluf selar o acordo PT-PP, dali a três dias. A visita estava no pacote, acertado em dois encontros na casa do ex-prefeito, com os presidentes nacional e municipal do PT, Rui Falcão e Antonio Donato, e o deputado José de Filippi (PT-SP).

No dia seguinte ao evento com Erundina, em um sábado, Haddad ligou para Luiz Marinho (PT), prefeito de São Bernardo, que ao lado do presidente estadual do PT, Edinho Silva, e do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, formam a trinca de operadores informais da campanha. Pediu a ele, hoje um dos petistas mais próximos a Lula, que falasse com o ex-presidente e insistisse na visita.

Incomunicável em razão de uma biópsia feita dois dias antes na laringe, região onde teve câncer, Lula não havia dito sim. Assessores buscavam a solução intermediária, como a ida de Maluf ao Instituto Lula ou a um local neutro.

Mas Maluf queria "casamento na igreja". Marinho foi atrás do ex-presidente convicto de que a aliança poderia não sair. Na segunda-feira, na clínica de São Bernardo onde Lula faz fisioterapia na perna, o convenceu a ir até Maluf. Poucas horas depois, as fotos do encontro estampavam os principais portais de notícia. Erundina, que havia comido uma pizza na casa de Haddad na noite anterior e não falara de desistência, anunciou que não seria mais candidata.

A crise estava instalada na campanha. Em 2011, Lula deu a Marinho a missão de procurar o então ministro da Educação em Brasília para informá-lo de que o queria candidato. Em restaurante à beira do Lago Paranoá, passou o script enviado pelo ex-presidente e, do ABC, ajudou a colocar de pé a "operação Haddad": costurou o apoio da Construindo um Novo Brasil, maior facção do PT. Depois, atuou para engavetar a prévia.

O envolvimento de Marinho no episódio Maluf alimentou o fogo amigo. Apontado como "estrangeiro" em território paulistano, onde o petismo até recentemente orbitava em torno da senadora Marta Suplicy, Marinho foi bombardeado pela campanha de Haddad e por críticos no Instituto Lula, como Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae, a ponto de Lula reclamar dos ataques.

Fronteira

Cotado para disputar o Palácio dos Bandeirantes, Marinho aumentou nos últimos anos sua influência para além do ABC, pegando para si parte do espólio do ex-presidente do PT José Dirceu. Começou a incomodar. No mês passado, um armisítico teve que ser costurado entre Emídio e os aliados Marinho e Edinho: o prefeito de Osasco terá o apoio deles para disputar a presidência estadual do PT - Edinho trabalhava pelo seu vice, Rafael Marques.

A volta de Lula para São Bernardo, em 2011, num momento de reclusão por causa do câncer, aproximou os dois. Se por um lado ele se fortaleceu - petistas passaram a ter acesso a Lula por seu intermédio -, por outro o prefeito virou alvo no próprio partido. "Marinho virou uma instância no PT", atacou um petista.

Ministro de Lula no Trabalho e na Previdência, aproximou-se dele nos anos 1980 no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o qual presidiu entre 1996 e 2003. Nos anos 90, na crise das montadoras no ABC, destacou-se ao costurar acordos com o empresariado. "Ele nunca teve relação de confronto, mas de negociação", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre. Entre 2003 e 2005, foi presidente da CUT.

Ao lado de Haddad, Emídio e do ministro Alexandre Padilha (Saúde), Marinho, de 53 anos, se fortaleceu com a tese de Lula de tentar ampliar o eleitorado do PT na eleição paulista ao romper com o revezamento Marta e Aloizio Mercadante, que vem de 1998. Para isso, Lula quer que Marinho faça de sua gestão uma vitrine que o deixe bem posicionado na eleição de 2018, já que em 2014 a tendência seria de reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). "Ele não é candidato a governador. Vai cumprir os quatro anos como prefeito", disse o deputado Vicentinho (PT-SP). Ontem, ele se lançou à reeleição, com o apoio de 17 siglas - do PP ao PC do B.

As alianças refletem a ampla base governista no Legislativo. "Decidimos apoiar a administração graças ao trabalho de Marinho com Kassab", disse o vereador Fabio Landi (PSD), ex-DEM. Marinho se aliou ao prefeito paulistano na construção dos palanques PT-PSD pelo Estado, contra o PSDB, de Alckmin.

Acesso

Com Lula como padrinho de sua vitrine, ele esbanja acesso ao governo federal, algo raro entre prefeitos. Além de verbas, leva ministros para anunciar investimentos. Neste mês, Padilha visitou a obra do Hospital de Clínicas, orçado em R$ 124 milhões e pago majoritariamente pelo governo federal. Em abril, Ana de Hollanda (Cultura) foi à cidade dar outros R$ 14 milhões para o Museu do Trabalhador, projeto de Marinho que abordará o movimento sindical.

Na disputa para vender os caças à FAB, recebeu carta branca do Planalto para negociar com Boeing, Dassault e Saab investimentos para criar um polo aeroespacial na cidade.

Dono de um orçamento de R$ 4 bilhões - o segundo maior do Estado, atrás da capital -, conseguiu mais do que dobrar os repasses federais desde 2009, quando assumiu. Em 2008, a cidade recebia R$ 152 milhões. O valor foi para R$ 413 milhões em 2011, crescimento de 170%, acima da média de 29% das cidades paulistas.

"O crescimento na cidade foi puxado pelo do País. Não por causa de gestão do governo local", ataca o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que também é da região.

Na mira do PT e dos adversários, Marinho parece fazer de São Bernardo a escala do seu projeto político. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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A convenção do PSB, realizada no ginásio da Ilha do Retiro, homologou o ex-secretário de planejamento do governo do estado, Geraldo Júlio (PSB), como prefeito da ciddade do Recife. O encontro  mostrou que a frente popular, no Recife, não mudou de time. O PT perdeu a vez por brigas internas, agora, o governador Eduardo Campos (PSB) é o novo lider, montando uma legenda que conta com 16 partidos.  Marcaram presença o senador Armando Monteiro (PTB), o ministro da integração nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB),  o deputado federal Raul Henry (PMDB), o candidato a vice, o deputado estadual Luciano Siqueira (PcdoB), além de outras representações politicas do estado.

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Ao discussar o governador deu ênfase a história da frente popular e não poupou criticas ao descaminhos do PT, por suas brigas internas. “Assistimos ao debate do PT, cada um expôs sua ideias, nessa questão eu contribui com a palavra que junta e uni, respeitei os partidos e os movimentos sociais, dialoguei e ouvi. Mas vimos o Recife sangrar e sofrer com essa briga. Sempre procuramos a paz política, sem desrespeitar qualquer adversário, mas nos restou a obrigação de reunir essa frente. Aqui agradeço ao PMDB por me apoiar sem fazer exigências. Essa é uma politica que debate as ideias”, explicou Eduardo.

Com a intensão de se apresentar ao público presente falando de seu curriculo que tem cerca de 20 anos como servidor público, Geraldo Júlio disse saber o caminho certo que Recife deve seguir. “Queremos fazer Recife andar no ritmo do Pernambuco, levar segurança para as escolas, educação com qualidade, preparar os jovens para o mecado de trabalho, pois temos a instalação de muitas indústrias. Não vamos nos meter em brigas, povo quer propostas, programa de governo, tenho habilidade tecnica e política. Compromisso dado é compromisso cumprido. Nessa campanha, quando os adversários estiveram dormindo, nós estaremos indo para outra atividade,” comentou Geraldo.

A quadra do Sport, que serviu de palco para o evento, estava quente a abafada, o que ajudou a baixar a pressão do candidato a vice prefeito, Luciano Siqueira. Mas, apesar do mal estar, o comunista defendeu seu companheiro de chapa. “Dizem que Geraldo só sabe manusear estatística, ferramentas técnicas, mas você compreender o olhar do povo, tem compromisso, um gestor público já textado, saberá compreender e tomar soluções ágeis para montar uma politica pública estruturante. Manifesto aqui minha gratidão pela confiança da Frente Popular que escolhe o PcdoB para essa honrosa tarefa”, corroborou Luciano.

Na convenção, o tema mais abordado foi a crise do PT que culminou no isolamento e na perda da liderança da frente popular. "O governo teve obrigação de esperar e ter paciência, mas gastaram esse tempo em disputas internas, o povo não entendia tanta discussão. Aqui vai prevalecer o mais acertado que é a escolha da razão e não o uso da força”, pontuou, Fernando Bezerra Coelho.

O senador Armando Monteiro reforçou que é necessário andar mais depressa e antecipar conquistas e resolver o desequilibrio criando uma cidade moderna. “ A frente popular é maior do que qualquer partido, sem cultivar antagonismos ou rupturas. Então é preciso capacidade de realizar e executar mais expectativas e mais ambições. O importante é ir ao encontro dos interesses da população“, ressaltou Armando.

Apresentado pelo presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, como "o artilheiro que ajudou o crescimento de Pernambuco", Geraldo Julio, seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, foi homologado no fim da tarde deste sábado candidato a prefeito do Recife pela coligação da Frente Popular, que reúne 14 partidos, em meio a festa com bonecos gigantes e fogos.

"Geraldo Julio vai trazer a paz política que faltou ao PT, liderado pelo meu amigo e companheiro Luiz Inácio Lula da Silva", afirmou o governador, reforçando o apoio e aliança com o PT no plano federal. "E não vamos fazer campanha contra companheiros", antecipou. "Vamos fazer uma campanha para o futuro, que acenda o coração do recifense", prometeu, depois de novamente explicar que o lançamento do candidato da Frente Popular, contra o PT, se deu diante da disputa interna do partido - que está na Prefeitura do Recife há 12 anos e a quem caberia articular a sucessão.

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Ele comparou as desavenças internas do PT local "a uma briga de casal, onde quem paga o pato é a criança": "a criança linda é o Recife, que vimos sofrer, sangrar com essa luta e nós tínhamos a obrigação, chamado pelos partidos, de tomar uma atitude".

O candidato a vice de Geraldo Julio é o deputado estadual Luciano Siqueira, do PC do B, que foi vice do ex-prefeito João Paulo, de 2001 a 2008. A escolha deixa claro, de acordo com os socialistas, que não se trata de mudar de lado, mas de buscar um caminho mais adequado, que alinhe o Recife ao desenvolvimento de Pernambuco. O candidato tem perfil de gerente e gestor reconhecido.

Um e-mail da direção do PSB informando que não haverá coligação proporcional fez a direção do PT romper a aliança pela reeleição do prefeito de Belo Horizonte, o socialista Marcio Lacerda. Por 11 votos a quatro, a executiva municipal petista decidiu neste sábado lançar o vice-prefeito e presidente do partido na capital, Roberto Carvalho, desafeto declarado de Lacerda, para disputar contra o ex-aliado.

Parte dos petistas mineiros, porém, não descarta uma intervenção da executiva nacional, hipótese que Carvalho acredita estar "garantida" que não ocorrerá. "Será feito o que a (executiva) nacional decidir", disse o ex-deputado federal Virgílio Guimarães, que acompanhou a reunião representando a direção nacional petista.

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Roberto Carvalho descarta a intervenção porque, segundo ele, foi o PSB que rompeu o acordo ao negar a aliança proporcional. Os socialistas também fizeram convenção ontem, mas a decisão foi da cúpula do partido.

No e-mail que chegou ao PT no início da convenção, assinado pelo presidente municipal do PSB, João marcos Grossi, os socialistas confirmam a candidatura de Lacerda com o deputado federal petista Miguel Corrêa Júnior como vice. "O PSB BH decidiu também lançar chapa própria para a eleição de vereadores", diz.

O texto ainda "reafirma sua convicção com a manutenção da aliança" que ajudou a eleger o prefeito em 2008, capitaneada pelo ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), então prefeito da capital e governador de Minas. E finaliza agradecendo ao "apoio já manifestado pelo PT, confiante na reedição da nossa aliança".

"O PSB rompeu o acordo de forma no mínimo desagradável e desrespeitosa", avaliou Roberto Carvalho, em meio a gritos de apoios de partidários. Nos bastidores, a informação é de que integrantes do PSDB, principalmente Aécio, tenha pressionado Lacerda para não ser feita a coligação entre PSB e PT para o Legislativo. "Tudo indica que houve essa pressão. O Walfrido já havia garantido que haveria a coligação proporcional", disse Carvalho, referindo-se a Walfrido Mares Guia, presidente do PSB mineiro.

O pré-candidato lembrou o rompimento entre PT e PSB para as eleições municipais de Fortaleza (CE) e Recife (PE) e ressaltou que, em nenhum dos casos, houve intervenção da direção nacional petista. "Uma intervenção só é justificada se o diretório (municipal) descumprisse o estatuto. Isso não ocorreu", observou o deputado estadual Rogério Correia (PT), partidário da candidatura própria.

Agora, segundo Carvalho, haverá o trabalho de tentar unir outros partidos em torno da candidatura de Carvalho. Neste sábado, ele já recebeu ligações da direção do PRB e PR. E disse que também vai procurar o PMDB, que, pela manhã, decidiu lançar o deputado federal Leonardo Quintão candidato a prefeito. "O PMDB já tomou a decisão, mas isso não impede que os procuremos", declarou.

No mesmo horário da convenção petista, o PSDB também realizava seu encontro para a decisão do rumo do partido na eleição municipal na capital. O partido decidiu manter apoio a Lacerda e deixou em aberto a decisão sobre coligação proporcional, assim como a possível indicação de um candidato a vice do socialista.

No dia em que foi homologada como vice da chapa do candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, Nádia Campeão (PCdoB) teve um discurso de conciliação. A presidente estadual do PCdoB teve de responder perguntas sobre o não engajamento da senadora petista Marta Suplicy na campanha municipal, e sobre a saída da deputada federal Luiza Erundina (PSB) do posto de vice de Haddad.

Sobre Erundina, Nádia afirmou que conversou com a deputada pelo telefone e que ela irá se engajar na campanha. "A Luiza levou muito em conta que ter uma mulher na chapa era uma coisa boa para a nossa luta, das mulheres. Ela disse que estava satisfeita e que vai se engajar na campanha", afirmou em coletiva após a convenção do PT realizada neste sábado na Câmara Municipal.

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O presidente municipal do PSB, Eliseu Gabriel, também reiterou em seu discurso que a deputada federal vai participar da campanha de Fernando Haddad.

Em relação à ausência de Marta Suplicy na campanha petista, Nádia Campeão também buscou uma postura cordial. "A Marta é muito querida na cidade de São Paulo e seria uma pessoa muito importante na nossa campanha." Depois de mostrar diversas vezes que não iria se engajar na campanha de Haddad, na última sexta-feira, a senadora sinalizou de forma mais clara que deve ficar de fora da briga eleitoral. Sobre o assunto, Haddad apenas afirmou: "Vou respeitar sempre a prefeita Marta."

Nádia Campeão também teve de amenizar o desconforto causado em seu partido pela retirada da pré-candidatura do vereador Netinho de Paula (PCdoB). Ele abriu mão de concorrer às eleições municipais em prol da aliança com o PT e não escondeu sua frustração na última semana.

Neste sábado, durante a convenção do PCdoB, Netinho disse que irá trabalhar pela vitória de Haddad, mas afirmou que seu partido espera o momento de lançar uma candidatura própria. "Nos preparamos para a possibilidade de chegar a essa fase em condições de disputar ou não (a Prefeitura). O Netinho está pronto para ir para a batalha. Política é assim: a gente tem de saber qual o passo seguinte sem se atrapalhar com as coisas que aparecem no meio do caminho", afirmou a presidente estadual do PCdoB.

Gestão Kassab

Durante coletiva de imprensa, depois da convenção que homologou a candidatura de Haddad à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad voltou a fazer críticas à gestão do prefeito Gilberto Kassab.

De acordo com o petista, essa semana a atual gestão "mostrou realmente a sua cara". Ele fez referência a possível proibição da distribuição de sopas e a "perseguição" a ambulantes. "Não se faz o que se está fazendo em São Paulo para criar factoides que não contribuem para uma sociedade de tolerância", afirmou. De acordo com Haddad, os paulistanos estão "indignados", e cravou: "Tudo tem limite".

Com um discurso incisivo, criticando a gestão do atual prefeito Gilberto Kassab (PSD), aliado do tucano José Serra neste pleito, o petista Fernando Haddad teve sua candidatura para prefeito da cidade de São Paulo homologada neste sábado em convenção municipal do PT.

O petista acusou Kassab de ter recusado apoio do governo federal por valorizar seus interesses partidários. "Um crime foi ter voltado as costas para o governo federal para não compartilhar o sucesso. A conta do fracasso chegou e ele vai ter de engolir essa, não tem com quem compartilhar", afirmou no evento de seu partido realizado no salão nobre da Câmara Municipal.

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Haddad foi firme ao dizer que o prefeito "anda muito ocupado perseguindo ambulantes com deficiência e moradores de rua". Segundo o candidato, um prefeito deveria, em seu último ano de mandato, estar entregando obras. "O lixo que não é coletado nas comunidades, isso não incomoda o prefeito. Mas um prato de sopa incomoda o prefeito", afirmou em referência à recente ameaça da Prefeitura de São Paulo de não incentivar a distribuição de comida a moradores de rua no Centro. "Pela primeira vez, eu vi um prefeito que queira criminalizar a caridade", atacou.

"Um prefeito com recorde de arrecadação, como esse teve, chega ao último ano de governo com uma agenda antissocial truculenta. Em um momento dramático na cidade, em que a violência aumenta exponencialmente, é essa a agenda que se oferece? São Paulo merece mais que isso", pregou Haddad.

O candidato classificou ainda a gestão Kassab como uma administração pautada por uma organização "mesquinha e provinciana". Para finalizar, Haddad foi contundente ao dizer que São Paulo não é uma cidade conservadora. "Essa cidade não é conservadora. Já elegeu um negro, uma nordestina, uma sexóloga. Atuam nessa cidade forças conservadoras. Nós vamos vencer essas forças conservadoras com a cidade de São Paulo e não contra a cidade de São Paulo."

Coligação

No evento que homologou a candidatura de Fernando Haddad, estiveram presentes os representantes não só do PT, mas também do PSB, PCdoB e PP, que formam a coligação para as eleições municipais.

Sobre a aliança controversa com relação ao apoio do PP, do deputado federal Paulo Maluf, Haddad afirmou: "que defeito tem (a aliança) de não ser ainda mais ampla. Eu gostaria de representar toda a base aliada do governo Dilma".

Na convenção foi homologada a candidatura de 73 candidatos a vereador pelo PT. O evento contou com a presença do presidente municipal do PT, Antônio Donato, o presidente municipal do PSB, Eliseu Gabriel, do presidente municipal do PCdoB, Vander Geraldo, do secretário-geral do PP, Jesse Ribeiro, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, da esposa do candidato petista, Estela Haddad, e da vice na chapa de Haddad, Nádia Campeão.

Com informações de Ausônio Siveira

Está sendo realizada, no Sport Club do Recife, a convenção do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para as eleições municipais do Recife. O partido irá colocar na disputa eleitoral o nome do ex-secretário do governo do estado, Geraldo Júlio.

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Estão presentes no evento os principais nomes das legendas que estarão juntos durante a campanha de Júlio. O governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Armando Monteiro (PTB) participam do evento com toda a militância.

No momento estão ocorrendo discursos dos vários integrantes dos partidos que vão apoiar a candidatura socialista.

Mais informações em Instantes.

Com o fim das convenções partidárias e a definição dos candidatos e chapas que estarão disputando as prefeituras de todo o País, a campanha municipal começa pra valer, na próxima sexta-feira (6). O sobe e desce dos candidatos nas pesquisas de intenção de voto será determinado, na avaliação de especialistas, pelo trabalho de quem está nos bastidores: o marqueteiro.

Um profissional fundamental em qualquer campanha política, responsável não apenas pela elaboração e planejamento das peças publicitárias, mas também pela apresentação da imagem do político ao eleitorado. E o ápice desse trabalho se dará com a veiculação do horário eleitoral gratuito, que vai ao ar neste pleito a partir do dia 21 de agosto.

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O início do horário eleitoral gratuito será mesmo um divisor de águas nas acirradas campanhas deste ano, sobretudo na disputa pela maior prefeitura do País, a de São Paulo, considerada também uma das mais importantes vitrines eleitorais, avaliam executivos dos principais institutos de pesquisa do País. "A variável televisão é o início, é o marco de uma campanha. Tudo o que a gente viu até então (na pontuação dos candidatos nas pesquisas de intenção de voto) é recall", afirma a diretora de opinião do Ibope, Márcia Cavallari.

Na mesma linha, o publicitário com especialização em psicologia, João Miras, um dos principais estrategistas em comunicação de governos e campanhas eleitorais do Brasil, com mais de 25 anos de atuação em mais de cem projetos no Brasil e outros países, destaca: "Sem dúvida, a TV é 90% de uma campanha numa megametrópole como São Paulo. Faz toda a diferença". Contudo, ele adverte: "Mas é preciso saber que a cada disputa o eleitor está mais exigente e é preciso evitar as fórmulas batidas e as dissimulações tão frequentes em campanhas hoje em dia".

Com sua larga experiência em centenas de campanhas, Miras atesta nas palestras que realiza: "Vence quem erra menos". Segundo ele, a experiência na condução do processo é fundamental para se diminuir a ocorrência de erros. "O que se deve evitar é o erro estratégico, este é fatal. Outro erro fatal são as chamadas candidaturas 'Frankenstein', que não são nem de oposição nem de situação. Não dá pra esconder apoio de prefeito em exercício, nem invocar apoio de opositor, ainda que incidental".

Milagre

"O marqueteiro não faz milagre, mas pode valorizar um bom candidato e ajudar a aplacar os eventuais pontos negativos", avalia o especialista em pesquisa eleitoral, Sidney Kuntz. Para ele, o desgaste provocado na campanha do petista Fernando Haddad, no episódio da polêmica foto entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente estadual do PP, Paulo Maluf, só será compensado se o marqueteiro do petista (João Santana, o mesmo que fez a campanha vitoriosa da presidente Dilma Rousseff) conseguir utilizar bem o minuto e meio que o PP agregou à aliança.

Essa também é a opinião da executiva do Ibope. "Se (o tempo) não for bem utilizado, pode tornar-se negativo. (Há candidatos com) muito tempo de televisão que não têm conteúdo para segurar todo aquele tempo. Às vezes, a gente escuta 'ah, marketing vende o candidato como sabonete'. Não é isso. As pessoas percebem o conteúdo, quem tem, quem não tem, quem está preparado e quem não está", afirma. Para Márcia, o nível do eleitorado melhorou depois de tantas eleições.

João Miras ressalta que é preciso respeitar a história do candidato que disputa uma eleição. E também sinaliza: "Político não é sabonete, como já ouvimos falar tanto". No seu entender, uma campanha é como uma vida. "Qual o desafio de uma pessoa na vida? Ter entusiasmo. Ter fé. Acreditar naquilo que defende. O primeiro desafio então é acreditar que seu candidato é a melhor opção para aquela comunidade naquele momento. Dizem que o segredo do sucesso é gostar do que se faz, então essa é a necessidade fundadora". Além disso, ele ensina que uma campanha não deve nunca se deixar pautar pelos adversários.

Canhão

Para o sociólogo e consultor de campanhas políticas, Antônio Lavareda, as primeiras semanas de propaganda costumam elevar o porcentual de votos dos candidatos menos conhecidos. "Tempo de TV é tudo. É o principal canhão de comunicação que uma campanha dispõe. Assim se tornam rapidamente conhecidos, mensagens são rapidamente apreendidas pelo eleitorado", diz. Lavareda afirma que é necessário ao candidato ter o que ele chama de "posicionamento favorável". "O Márcio Lacerda (Belo Horizonte), por exemplo, tinha o apoio do Aécio (Neves, ex-governador de Minas Gerais e atual senador). Ele cresceu 10 pontos em uma semana de propaganda, o apoio do Aécio era o posicionamento favorável".

O diretor geral do Datafolha, Mauro Paulino, atribui o crescimento nas pesquisas de alguns candidatos que pleiteiam a Prefeitura, como Celso Russomanno, do PRB, em São Paulo, à sua aparição na televisão. Ele apresenta o quadro "Patrulha do Consumidor", que integra um programa matinal da Record. "Russomanno é o único candidato que vem numa linha ascendente. Claro que isso é decorrência da exposição dele (na TV)", comenta Paulino.

Digitais

Além da TV, outras ferramentas, sobretudo as digitais, também são apontadas por João Miras como fundamentais na atual campanha. "A cada eleição aumenta a importância da WEB, com todas as suas variações de mídias no processo eleitoral no Brasil. Nos Estados Unidos é bem mais avançado. As redes sociais, portanto, vão tendo cada vez mais papel decisivo no ferramental de meios destinados a levar informação aos eleitores", destaca.

Para Miras, em política, mais importante que a criatividade é a capacidade de leitura do processo social, mas há certo cansaço nos formatos e conceitos criativos usados na elaboração das mensagens publicitárias em campanhas eleitorais. "Tudo está muito repetitivo e quadradão. Tenho procurado inovações no meu trabalho, apesar das restrições legais. A melhor maneira de utilizar as redes sociais a seu favor é torná-la verdadeiramente pessoal. Tweeters, facebooks, etc, funcionam melhor quando integrados à vida do candidato. No entanto numa campanha isso é muito difícil".

Em suas palestras, João Miras recomenda que as campanhas tenham um jornalista para cada rede social, e que este profissional esteja sempre junto do candidato em tudo, para questioná-lo na medida da interação gerada pelo público. "Outra recomendação fundamental é que o agente seja ativo, isto é, não apenas responda a questionamentos do eleitorado, mas utilize a ferramenta para colocar principalmente suas ideias e seus pensamentos mais íntimos, pessoais e profundos. E isto, veja bem, não é apenas divulgar iniciativas e eventos de campanha". Para o publicitário, "se a campanha é bem encaixada no começo, o candidato dificilmente perde". Contudo, corrigir rota numa campanha curta (como as atuais) é bem mais difícil.

O vereador Netinho de Paula (PCdoB) participou hoje (30) da convenção municipal de sua legenda, na capital, que homologou o apoio à candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo e a vice em sua chapa, Nádia Campeão, presidente estadual do PCdoB. Ele afirmou que abriu mão de seu desejo de concorrer ao executivo municipal acatando um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Um pedido ou uma orientação dada por um líder como esse (Lula) deve ser analisado e deve ser respeitado", destacou.

Netinho afirmou também que todo o processo de apoio ao PT foi discutido com a militância da sigla e que a candidatura de Haddad dá sequência a uma política nacional. "A política se faz entender não pelo desejo de um partido ou pelo desejo de quem postula um cargo. Mas sim por todo um conjunto de ideias e ações que estão sendo implementadas no País há quase dez anos. Essa política não pode mudar".

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Além de ratificar a aliança com o PT e o nome de Nádia Campeão como vice na chapa de Fernando Haddad, a convenção do PCdoB homologou a candidatura de 83 vereadores. Dentre os principais nomes estão o de Netinho, o do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, e o do vereador Jamil Murad. Fernando Haddad também participou da convenção do PCdoB neste sábado (30).

A escolha do vice na chapa do tucano José Serra, que disputa a Prefeitura de São Paulo, foi resolvida na madrugada deste sábado (30) com a indicação do ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider (PSD). A indicação do ex-secretário ganhou força após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que concedeu tempo na propaganda do horário eleitoral gratuito e acesso ao fundo partidário ao PSD do prefeito Gilberto Kassab.

Na quinta-feira (28), o PR, que também faz parte da coligação do tucano, lançou um manifesto pedindo a indicação de um vice dos seus quadros, caso ele não saísse do PSD. Além da reivindicação do PR, o próprio PSDB municipal reivindicava a escolha de um nome da própria legenda para a formação de uma chapa puro-sangue (com cabeça e vice da mesma sigla).

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Os nomes mais fortes dentre os tucanos eram os do ex-secretário de Cultura, Andrea Matarazzo, e o do ex-secretário de Desenvolvimento, Edson Aparecido. Mas o indicado do prefeito Gilberto Kassab acabou sendo o escolhido.

Sob o slogan de "Uma nova história para São Paulo", o PRB acaba de homologar a candidatura de Celso Russomanno à Prefeitura de São Paulo. Durante o evento, realizado nesta manhã (30) na capital, Russomanno evitou atacar seus adversários e disse que não vai entrar em temas religiosos. "Não vou atacar as pessoas. Quero uma campanha limpa. Não vou discutir assuntos religiosos", afirmou.

Russomanno, que aparece na vice-liderança das pesquisas de intenção de votos, questionou a ideia de que a campanha será polarizada entre o PT de Fernando Haddad e o PSDB de José Serra. "Quem disse que será polarizado? Quero ver andar na rua, ir para a periferia comigo. Vamos sentir o que as pessoas querem. Na periferia eu tenho 30% das intenções de voto", ressaltou.

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O jingle que vai embalar a sua campanha é um ritmo sertanejo com refrão de fácil assimilação, que faz referência ao número de seu partido, o dez. "É dez, é dez, Celso Russomanno. É dez, é dez, com esse eu não me engano".

Ao lado de sua esposa, Lovani Russomanno, grávida de seis meses, e com a presença do ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), além do vice, Luiz Flávio D'Urso (PTB), dentre outros correligionários, o candidato afirmou que apesar do pouco tempo de propaganda no rádio e na televisão (cerca de dois minutos) vai concorrer "de igual para igual" com o PSDB, PT e PMDB, partidos com maior tempo de exposição na propaganda gratuita. "Temos casos de políticos que ganharam campanhas com pouco tempo de TV. O Collor (atual senador Fernando Collor e ex-presidente da República), por exemplo, tinha pouco mais de um minuto".

Eleitores da Islândia votam neste sábado (30) para escolher um novo presidente. Os principais candidatos são a jornalista Thora Arnorsdottir, de 37 anos, mãe de três filhos pequenos e sem filiação partidária, e o experiente e atual presidente Olafur Ragnar Grímsson, de 69 anos, que busca seu quinto mandato consecutivo. Cerca de 236 mil pessoas podem votar e as pesquisas dos últimos dias indicam que Grímsson terá uma vitória confortável.

O mote da campanha de Thora, que não tem experiência política, é justamente a mudança, pois Grímsson está no poder há 16 anos. Se eleita, ela promete colocar a presidência novamente no seu papel predominantemente cerimonial.

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O socialista Grímsson afirma que sua postura política é necessária, pois a Islândia, que está se recuperando de uma forte crise financeira e voltou a crescer, enfrenta difíceis discussões sobre a adesão à União Europeia. Além disso, em outubro haverá um referendo sobre uma nova Constituição.

As informações são da Dow Jones.

O presidente eleito do Egito, Mohammed Morsi, tomou posse neste sábado (30) diante da Suprema Corte Constitucional do país e se tornou o primeiro islâmico a assumir a presidência por meio de eleições livres no mundo árabe. Ele sucede Hosni Mubarak, que foi deposto há 16 meses. Morsi é o quinto chefe de Estado do Egito desde o fim da monarquia, há cerca de 60 anos.

Ao discursar como novo presidente, Morsi disse que pretende construir um novo Egito. "Aspiramos um amanhã melhor, um novo Egito e uma segunda república", afirmou aos juízes do tribunal, durante cerimônia solene transmitida pela televisão estatal. "Hoje, o povo egípcio estabeleceu a fundação de uma nova vida: liberdade absoluta, uma democracia genuína e estabilidade", declarou o engenheiro de 60 anos.

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Nessa sexta-feira (29), Morsi fez um discurso simbólico na Praça Tahrir, centro dos protestos que no ano passado despertaram a crise no governo autoritário de Mubarak. O novo presidente prometeu recuperar os poderes do gabinete presidencial, diminuídos pelo conselho militar que controlou o governo depois da queda de Mubarak. No entanto, ao assumir diante da Suprema Corte, e não do Parlamento como é o costume, ele se curvou à vontade dos militares, sinalizando que a disputa por poder deve continuar.

As informações são da Associated Press.

Quem vai comprar? Quem vai vender? Quem vai ficar? Quem vai querer? Há muitos interesses postos na mesa, nesse jogo, o baralho está com cartas marcadas, parece um carnaval, todos fantasiados com a máscara da política. O poder de persuasão às vezes não depende do conteúdo, mas uma boa imagem e eficácia do bombardeio publicitário conseguem vender muito bem um candidato. Ao sair do período pré eleitoral e chegar ao trimestre da campanha de fato, uma nova perspectiva é apresentada ao eleitor. Uma das novidades está no uso da internet, que após estrear em 2010, será, pela primeira vez no Brasil, de forma efetiva, utilizada nas eleições municipais de 2012.

Tendo como prazo limite, 30 de junho, para realizar as convenções partidárias, definir coligações e escolher os postulantes, os partidos terão até às 19h do dia 5 de julho para apresentar ao cartório eleitoral o registro de candidatos a prefeitos e vereadores. A partir do dia 7 de julho o candidato pode colocar seu carro e cavalete nas ruas com faixas, bandeiras e panfletos, vendendo ideias e conquistando o eleitorado. Nos municípios com mais de um juiz, um destes ficará encarregado pela propaganda eleitoral atendendo as reclamações.

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Regulamentada pela lei 9.504/97, a veiculação de qualquer propaganda eleitoral antes do dia 6 de julho, é terminantemente proibida. Mas após esta data, segundo a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nª 23.370 de 13 de dezembro de 2011, a propaganda nas ruas, internet e em outros meios de comunicação, será permitida. O fato novo está na veiculação gratuita de propaganda em redes sociais, sites de partidos, candidatos e coligações.  Além do uso de provedores brasileiro, o endereço deve ser registrado e comunicado à Justiça Eleitoral.

“Já houve uma decisão do TSE em última instância que admite a propaganda em redes sociais como Twitter, Facebook, Orkut, evidentemente, todo e qualquer abuso deve ser denunciado. Cada candidato tem direito a um site oficial que será registrado no TSE e nos TREs. As matérias que forem divulgadas darão ensejo a direito de resposta ao candidato ofendido. Mas nas redes sociais, no momento, não temos como controlar a propaganda, mas é algo possível”, afirmou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Ricardo Paes Barreto.    

Será permitido o envio de e- mail, mas caso o destinatário deseje não receber mais as mensagens, o mecanismo que retira o cadastro deve ser aplicado no máximo em 48h. Além disso, qualquer pessoa que manifestar suas preferências políticas, por meio da internet, fica proibido o seu anonimato e assegurado o direito de resposta caso tenha sido apresentado algum conteúdo ofensivo. Vale ressaltar que na internet está vedada qualquer tipo propaganda eleitoral paga e também o uso de sites governamentais e de pessoas jurídicas.  

De acordo com o presidente do TRE-PE, se faz necessário analisar a denúncia e estudar especificamente cada caso, principalmente por abuso de terceiros. “Não há uma norma especifica que cuide da internet, mas há uma norma que cuidada do site oficial que cada candidato tem e garante direito de resposta. Já no tocante às redes sociais, o que pode acontecer, são os candidatos prejudicados buscarem na Justiça Eleitoral alguma medida inibidora que vise coibir esses abusos. Dessa forma estaremos aptos a examinar e punir aquele que haja com excesso e contrário a legislação eleitoral”, ratificou Barreto.

A lei eleitoral e a resolução do TSE, para as eleições deste ano, garantem o direito de resposta para imagem ou declaração caluniosa, difamatória e injuriosa, veiculadas em qualquer meio de comunicação, e a internet não é um ambiente que caminha fora da lei. “No site oficial fica mais simples de ser controlado, pois o TSE detém o registro e arquivamento monitorando as ações do candidato, garantindo o direito de defesa. Já pelas redes sociais, o próprio candidato que se sinta prejudicado, tem o direito de acompanhar e denunciar a justiça eleitoral o excesso, o abuso e a ofensa feita por meio de Twitter, Orkut e Facebook.” Falou o presidente do TRE.

O TRE-PE tem uma equipe composta com cerca de dez servidores que serão responsáveis por inspecionar e coibir qualquer ato ilegal. Mas fica difícil vistoriar toda infração que acontece nos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda com milhões de habitantes. De acordo com Ricardo Paes Barreto, os próprios partidos e a população ajudarão a fiscalizar os desvios na propaganda eleitoral.

“O Ministério Público Eleitoral (MPE) ficará atento a isso, a Policia Militar do Estado, que é nossa colaboradora, também está ciente. Na medida que for comprovado abusos, é lavrado um auto de constatação e se dá a oportunidade de retirar a propaganda indevida. Caso permaneça, convocamos a Dircon, órgão com estrutura responsável para recolher o material irregular.  Já o partido, após seu direito de defesa, poderá sofrer consequências legais com a cassação do registro de candidatura de seus postulantes e implicações financeiras com o pagamento de multa”, explicou o presidente do TER-PE.

O deputado estadual Luciano Siqueira, do PCdoB, ex-vice-prefeito do Recife entre 2001 e 2008 - no governo do petista João Paulo - é o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, do PSB - apoiada por 17 partidos.

Seu nome, anunciado nesta sexta, dá peso político à chapa, além de reforçar o argumento do presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, de que o PT local, antigo aliado, não teve condição de unir a coligação da Frente Popular que deu sustentação ao governo petista nos 12 anos à frente da prefeitura da capital.

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Geraldo Julio, 41 anos, nunca disputou eleição, tem perfil de gerente e gestor. Luciano, com militância política na esquerda desde a década de 60, é bom de voto na cidade - em 2009 foi eleito vereador com a segunda maior votação registrada no Recife - tem espírito conciliador e é respeitado tanto pela esquerda como pela direita.

Quadro - Além do PSB e do PT, a prefeitura do Recife será disputada por dois candidatos da oposição: o ex-vice-governador Mendonça Filho, do DEM, homologado ontem (29) em convenção e o deputado estadual Daniel Coelho, do PSDB. Mendonça disputa sozinho, sem nenhum partido coligado, e o PSDB terá o apoio do PT do B.

O PMDB, o PPS e o PDT desistiram de lançar candidatura própria e engrossam a aliança do candidato socialista.

O PT de Fortaleza deve oficializar neste sábado, durante sua convenção, a biofarmacêutica Maria da Penha Fernandes como candidata a vice na chapa encabeçada pelo ex-secretário municipal de Educação, Elmano de Freitas.

Maria da Penha dá nome à lei de proteção às vítimas de violência familiar e exerceu na Prefeitura de Fortaleza o cargo de coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres. Atualmente, preside o Instituto Maria da Penha, que vem fazendo pelo Brasil campanhas de divulgação da lei que leva seu nome.

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A vice da chapa de Elmano tinha sido oferecida ao PV e ao PR, mas os dois partidos declinaram do convite em favor de Maria da Penha, em nome de um apelo mais forte para tentar fazer a sucessão da prefeita Luizianne Lins (PT). Maria da Penha integra uma coligação de partidos que tem PT, PV, PR, PTN, PTdoB, PSC e PRTB.

Os votos de sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da concessão de um espaço maior para o PSD na propaganda eleitoral na TV fortaleceram o prefeito Gilberto Kassab na queda de braço com o grupo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para indicar o vice na chapa do tucano José Serra na corrida pela Prefeitura.

Kassab disse a interlocutores ontem que não abre mão da indicação. Ponderou também que, pelo tamanho da coligação de Serra, o posto deve ficar com algum partido aliado - não necessariamente com o PSD.

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O prefeito trabalha para emplacar Alexandre Schneider (PSD), ex-secretário municipal de Educação, mas enfrenta resistência dos tucanos ao nome. Na eleição de 2008, Schneider, então no PSDB, apoiou a candidatura do DEM de Kassab contra Alckmin - que foi derrotado. Em 2011, o ex-secretário deixou o partido para se filiar ao PSD.

O prefeito também trabalha, nos bastidores, com o nome do engenheiro civil Miguel Bucalem (PSD), ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, que teria menos opositores que Schneider no grupo do governador.

Alckmin vê Kassab como adversário para sua reeleição, em 2014, e tenta limitar o poder do prefeito. Os aliados do governador argumentam que o PSDB já cedeu espaço ao PSD em sua chapa de vereadores.

Os tucanos ainda pleiteiam a chapa puro-sangue e trabalham com os nomes dos ex-secretários Andrea Matarazzo (Cultura), que conta com a resistência de Kassab, e Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano), com maior entrada entre os kassabistas. Uma solução possível seria a indicação de um nome do PSDB que fosse escolhido pelo próprio prefeito.

O DEM, principal prejudicado pela redistribuição de tempo de TV, reconhece que Kassab ganha peso na disputa. "O PSD passa a ser a maior força, mas ainda vamos brigar pela vaga", disse o vereador Milton Leite (DEM).

Nova frente

Diante do impasse, Serra autorizou ontem que fosse feito mais um apelo para o PTB, do deputado estadual Campos Machado, que esteve reunido com Alckmin anteontem para falar da coligação. Apesar de Campos ter lançado a pré-candidatura do ex-presidente da OAB-SP Luiz Flávio D'Urso, o deputado aceitou negociar.

Em reunião com o senador Aloysio Nunes Ferreira e o deputado Vaz de Lima, Campos afirmou que aceitaria a aliança se pudesse indicar o vice e se houvesse coligação na eleição para vereador. Ele quer a mulher, Marlene, na composição da chapa com Serra. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Depois de uma conversa reservada de cerca de uma hora nesta quinta, no Instituto Lula, em São Paulo, o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, saiu convicto de que o ex-presidente não irá se envolver na campanha municipal pela prefeitura do Recife, que terá PSB e PT em lados opostos.

A afirmação, de uma fonte socialista, está expressa em uma foto amigável dos dois aliados. "Foi um encontro ameno, no qual o governador relatou as razões porque não vai apoiar o candidato petista", disse o socialista, ao destacar que Lula entende o fato como "local", sem repercussão nos alinhamentos estratégicos dos dois partidos e da aliança nacional de apoio ao governo Dilma.

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"Não há porque Lula e Eduardo se confrontarem em uma eleição municipal, por mais importante que seja a cidade", observou o socialista, buscando encerrar as especulações de que o ex-presidente iria para o confronto com Campos, depois que ele assumiu o comando do processo sucessório do Recife - que caberia ao PT - e anunciou como candidato o seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio.

O PT, que vivencia um racha interno a partir da disputa pela indicação da candidatura à prefeitura, ficou isolado. Perdeu o apoio dos partidos aliados que integram a Frente Popular - que deu sustentação aos 12 anos de PT à frente da prefeitura do Recife - e a previsão é que o senador Humberto Costa, indicado candidato pela executiva nacional, só terá o apoio do PP de Paulo Maluf.

No encontro, o governador teria relatado a incapacidade do PT em articular a sucessão da capital, o que, na sua avaliação, poderia fragmentar a Frente Popular e levar ao risco de derrota. Em entrevista, no início do mês, quando anunciou sua disposição de conduzir o processo sucessório, Eduardo Campos afirmou: "só não me peçam para perder".

O governador retornou de São Paulo à tarde para anunciar oficialmente, no Recife, a chapa que integra o PSB e mais 15 partidos da Frente Popular e o PMDB.

O vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional licenciado do PMDB, disse que o partido decidirá até esta sexta-feira a indicação do candidato a vice-prefeito na chapa do deputado federal Gabriel Chalita a prefeito de São Paulo. "Vou ficar aqui entre hoje e amanhã. Até amanhã a gente acerta isso", garantiu Temer, após evento da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), na capital paulista.

Temer evitou falar em possíveis nomes para integrar a chapa e não comentou a possibilidade de uma chapa "puro-sangue", somente com nomes do PMDB. "Vou endossar o nome que transitar melhor no PMDB e que acrescente à chapa do Chalita", afirmou.

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Para Temer, Chalita vai bem nas pesquisas de intenção de voto, "embora não tenha nenhum apoio da máquina governamental". No levantamento mais recente do Instituto Datafolha, o peemedebista aparece com 6% das intenções de voto. O cacique peemedebista aposta no início do programa eleitoral gratuito no rádio e na televisão para alavancar a candidatura de Chalita. "Vamos esperar o início da televisão", afirmou. "Essas coisas se definem a partir do horário eleitoral."

Ainda na avaliação de Temer, o eleitorado não está preocupado com sucessão municipal neste momento. "O eleitor se preocupa com a eleição nos últimos 10 ou 15 dias. Antes, ele não está muito focado na questão política", afirmou.

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