Tópicos | eleições

O PSB de João Pessoa (PB) aprovou na quarta-feira (20) uma moção de aplauso à deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) por desistir da chapa do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Na homenagem, os pessebistas elogiam a "atitude corajosa, firme e coerente" da deputada nascida na Paraíba, que se recusou a dividir o palanque com o PP do deputado federal Paulo Maluf (SP) e abandonou a vaga. "Não é possível jogar toda uma vida para o alto em troca de um minuto e trinta e cinco segundos", diz a nota, aprovada por unanimidade.

Os pessebistas condenam ainda a busca do "poder pelo poder" e dizem que Erundina, ao abrir mão de uma chapa com chances de vitória, manteve a coerência e a retidão que marcaram sua trajetória política."Compreendendo as razões de nossa grande e exemplar companheira, que incomodada em dividir palanque com um dos ícones representante da direita de nosso País, abandona uma provável vitória eleitoral, na maior capital brasileira, para mandar um recado a todos que defendem o pragmatismo, acima de tudo nas lides políticas, ensinando que nem sempre ganhar significa vencer, pois as vitórias sem honra, não glorificam os vencedores", conclui a nota.

##RECOMENDA##

A deputada, que sabia da possibilidade de coligação entre PT e PP antes de ser anunciada como vice de Haddad, voltou atrás na segunda-feira (18) após a repercussão negativa na imprensa e nas redes sociais da imagem de Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado de Maluf nos jardins de sua casa. Nesta sexta, fez questão de divulgar a homenagem no Twitter.

Em meio às notícias de que aliados teriam sondado o petebista Luiz Flávio D'Urso para uma coligação, o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, chamou nesta sexta-feira para si a responsabilidade da escolha do seu vice de chapa. "Quem decide vice é o candidato. Quando eu convidar alguém, eu anuncio", assegurou o petista.

Haddad negou que tenha feito convite a D'Urso e disse que o PTB foi sondado por ser um dos partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff. "Vice é uma coisa muito pessoal", argumentou. Ele também disse desconhecer as sondagens que Maluf teria feito junto a D'Urso e ao presidente estadual do PTB, deputado estadual Campos Machado.

##RECOMENDA##

O pré-candidato se posicionou contra a ideia defendida por alguns petistas de ampliar o arco de alianças a partir da oferta de um vice a outros partidos. "Isso é colocar o carro na frente dos bois", afirmou. A coordenação da campanha de Haddad defende como prioridade as negociações para coligação com outros partidos para depois definir o substituto da deputada federal Luiza Erundina (PSB), que nessa semana abriu mão da vaga de vice de sua chapa após anúncio da aliança com o PP do deputado federal Paulo Maluf.

O petista concentra hoje esforços nas conversas com o PC do B e considera remota a possibilidade de o PT conseguir atrair mais partidos além do PP, PSB e PC do B. "Faltando uma semana para as coisas se organizarem, não estou vendo essa perspectiva colocada", comentou.

Nesta manhã, Haddad se reuniu com prefeitos petistas da Grande São Paulo, Luiz Marinho (São Bernardo do Campo), Emídio de Souza (Osasco), Mário Reale (Diadema), Chico Brito (Embu das Artes) e Carlos Derman (vice-prefeito de Guarulhos) para discutir políticas de integração dessas cidades. No encontro, Haddad defendeu a descentralização da Prefeitura de São Paulo através do fortalecimento das subprefeituras para que São Paulo interaja melhor com os municípios ao redor da Capital. "São Paulo vai exercer sua liderança natural se as subprefeituras foram fortalecidas", defendeu Haddad.

Cortejado por tucanos e petistas para indicar o candidato a vice na eleição pela Prefeitura de São Paulo, o presidente do PTB paulista, Campos Machado, disse ser para valer a candidatura a prefeito de Luiz Flávio D'Urso e afirmou que o colega vive um dilema "shakespeariano", já que "ninguém acredita que ele é candidato".

"Eles acham que vamos acabar sendo vice de um ou de outro, como sempre ocorreu em São Paulo. Mas agora eu não tenho como recuar dessa situação, que é fundamental para o futuro do partido. Se quero ter um partido sério, preciso definir posição. Para mim, seria muito mais cômodo ter candidato a vice, porque vice não perde eleição", disse o deputado estadual. "Sabe qual é o problema? D'Urso vive o dilema shakespeariano. Ninguém acredita que ele é candidato."

##RECOMENDA##

Em busca de tempo de TV, o pré-candidato do PSDB José Serra procurou Campos, após perder o PP para Fernando Haddad (PT). O PTB tem 49 segundos em cada um dos dois blocos da propaganda eleitoral na TV.

Dirigentes do PT paulista e paulistano também conversaram com o parlamentar e o sondaram sobre uma aliança. O partido procura um vice para Haddad, depois que a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) declinou do convite nesta semana. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O PCdoB escolheu como vice para a chapa de Manuela D'Ávila (RS) à prefeitura de Porto Alegre o vereador Nelcir Tessaro (PSD). Segunda maior aliança nas eleições da capital gaúcha, a chapa de deputada federal Manuela tenta conquistar a prefeitura hoje comandada pelo candidato à reeleição José Fortunati (PDT).

O anúncio foi feito na noite nesta quinta-feira, depois do PSB, que segue na chapa, desistir de indicar um nome para o cargo de vice. O posto também foi oferecido ao PP, mas o partido optou pelo apoio à chapa do prefeito Fortunati.

##RECOMENDA##

Com a decisão, o cenário na eleição para Porto Alegre está praticamente desenhado. Nesta quinta, o PR decidiu pelo apoio ao PT que tenta recuperar a prefeitura depois de oito anos longe do cargo.

Resta apenas a decisão do PSDB, que vive uma disputa interna entre a candidatura de Nelson Marchezan Jr. e o candidato indicado pela ex-governadora Yeda Crucius, Wambert di Lorenzo.

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, disse nesta quinta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode ser responsabilizado sozinho pela polêmica fotografia em que aparece ao lado de Paulo Maluf (PP).

Em entrevista num hotel da Barra da Tijuca, onde participa da conferência Rio+20, Carvalho observou que a candidatura de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo é organizada pelas lideranças e dirigentes do PT. "Ele (Lula) está conversando com muita gente", afirmou. "Está se atribuindo ao Lula uma responsabilidade que não é só dele."

##RECOMENDA##

Na conversa com os jornalistas, o ministro reconheceu que o ex-presidente ainda se recupera de problema de saúde, mas repetiu que a direção nacional do PT participa da organização da campanha de Haddad. "Ele (Lula) não está sozinho", disse Carvalho.

O ministro afirmou que, agora, com a desistência de Luiza Erundina (PSB) em ser vice de Haddad, o PT precisa buscar um novo nome e "tocar a vida para frente". "Essas coisas acontecem. A redução dos danos agora é a própria dinâmica da campanha que vai ditar", ressaltou.

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) reafirmou nesta quinta-feira que não há como dividir o palanque com Paulo Maluf (PP), adversário histórico da oposição, referindo-se à sua desistência em participar da chapa de Fernando Haddad (PT) para a disputa pela prefeitura de São Paulo, após o acordo fechado entre o PT e o PP. A decisão colocou Erundina no foco das atenções nos últimos dias.

A deputada ressaltou, no entanto, que a atitude do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em formalizar a aliança para aumentar a participação do candidato na TV não diminui os méritos dele. "Nenhum de nós vai acertar sempre. Não é por um fato isolado que se neutraliza ou diminui tudo o que o Lula já fez", disse Erundina, que esteve hoje na OAB para tratar de homenagem aos advogados que atuaram na defesa de presos políticos, durante a ditadura militar.

##RECOMENDA##

O PT rompeu com o PMDB do senador Vital do Rêgo, presidente da CPI do Cachoeira, e apoiará Daniela Ribeiro (PP), irmã do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), à Prefeitura de Campina Grande, na Paraíba. A decisão foi comunicada ontem pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Vital do Rêgo ficou irritado e, agora, os petistas temem que essa insatisfação acabe refletindo no dia a dia dos trabalhos conduzidos pelo senador na CPI.

##RECOMENDA##

Reduto eleitoral da família Rêgo, Campina Grande é comandada há oito anos por Veneziano Rêgo (PMDB), irmão do senador, com o apoio do PT.

Mas, a pouco mais de três meses das eleições, a cidade acabou se transformando moeda de troca pelo apoio do PP do deputado Paulo Maluf (SP) à candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

Para acalmar Vital do Rêgo, o PT se comprometeu a apoiar sua candidatura ou a de seu irmão ao governo da Paraíba em 2014.

Depois de oito anos ao lado do PMDB, os petistas decidiram se aliar à candidatura de Daniela Ribeiro à Prefeitura de Campina Grande em retribuição ao empenho de Aguinaldo Ribeiro nas negociações com Maluf , que acabaram levando o PP a apoiar Haddad em troca de um cargo no Ministério das Cidades. O PT indicou Peron Japiassu como vice-prefeito na chapa encabeçada por Daniela. "O fato de o ministro Aguinaldo Ribeiro ter ajudado a resolver a questão da eleição em São Paulo tem que ser levado em conta", disse o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). Além dele e de Rui Falcão, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), participou da reunião para formalizar a retirada de apoio ao PMDB da Paraíba. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Em busca de um vice para a chapa de Fernando Haddad, pré-candidato a prefeito de São Paulo, o PT buscou opções em siglas como PSB e PTB, mas tende a deixar a indicação com o PC do B. "Decidimos dar prioridade à construção da aliança. Após essa consolidação discutiremos a questão da vice", informou o coordenador da campanha, vereador Antônio Donato (PT), que reconheceu: "Temos uma conversa mais avançada com o PC do B".

Na terça-feira, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) desistiu de ocupar a vaga em protesto às deferências do PT ao PP, de Paulo Maluf. No mesmo dia, o advogado Pedro Dallari (PSB) foi procurado por colegas de partido, mas também não aceitou.

##RECOMENDA##

Na própria terça-feira, deputados estaduais do PT se encontraram com o colega de Assembleia Campos Machado (PTB) e o sondaram sobre a indicação do advogado Luiz Flávio D'Urso (PTB), pré-candidato do partido, para a vice. Campos pediu dois dias para responder e deve dizer não.

"Eu continuo com minha candidatura posta, mas, se o partido vier a tomar decisão diferente, mudaremos o rumo", afirmou D'Urso. Campos se encontrara com petistas no sábado, quando disse que precisava ter candidatura para fortalecer seu partido. O PSDB também corteja o PTB.

O ex-presidente Lula pretende conversar hoje, durante a Rio+20, com o presidente do PC do B, Renato Rabelo. O petista poderá até oferecer a vice ao tradicional aliado, que tem três candidatos à vaga: a deputada Leci Brandão, o vereador Jamil Murad e a presidente da sigla em São Paulo, Nádia Campeão.

Entre os três, o PT manifesta preferência por Nádia. O partido avalia que o eleitor teria dificuldade para aceitar Leci, que nunca ocupou cargo no Executivo, como vice de um candidato novato. Nádia foi secretária na gestão Marta Suplicy (2001-2004).

Ontem, o ex-ministro do Esporte Orlando Silva, Nádia e dirigentes do PC do B acertaram, em um café da manhã com Haddad, que a aliança deve sair antes da decisão sobre a vice. Depois, reuniram-se entre si, e saíram reafirmando, em público, a candidatura de Netinho de Paula.

Apesar de tudo, vereadores do PSB ainda tentavam indicar o vice de Haddad. Faziam circular os nomes da deputada Keiko Ota e do ex-jogador Marcelinho Carioca. O PT rechaça ambos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) afirmou em entrevista coletiva nesta tarde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deve ter percebido o erro cometido ao patrocinar uma aliança em São Paulo do PT com o ex-prefeito Paulo Maluf (PP). Erundina deixou nesta terça a posição de vice na chapa de Fernando Haddad por não concordar com a composição.

"O Lula é sensível, é intuitivo, ele, a essas alturas, já deve ter percebido o fora que deu", disse a deputada. "Não se trata de traição a mim, mas a princípios", completou.

##RECOMENDA##

Erundina destacou que o fato de Lula ter ido até a casa do ex-prefeito pesou na sua decisão de abandonar a chapa. Ela afirmou que o acordo poderia ter sido fechado de forma discreta e em algum ambiente institucional. "Você vai à residência da pessoa quando tem intimidade, tem respeito. Não acho que Lula tem respeito por Maluf, mas a conveniência o levou a isso".

A deputada voltou a fazer ataques ao ex-prefeito. Enfatizou a atuação dele como prefeito e governador indicado durante o regime militar e disse que a presença de Maluf provoca contaminação a qualquer candidato. "A presença do Maluf só atrapalha, desqualifica, afasta as pessoas, tira a credibilidade de quem está junto com ele, mesmo uma pessoa como o Haddad, que é o melhor candidato para São Paulo".

Erundina disse que vai continuar apoiando Haddad por entender que uma posição de neutralidade beneficiaria o principal adversário de seu grupo político, o PSDB. Ela destacou que os tucanos também já tinham procurado Maluf atrás de aliança. "Eles só não tiveram o apoio do Maluf porque não pagaram o preço que ele queria".

Para ela, o PT fez uma concessão de princípios e está "supervalorizando a mídia" ao se aliar a Maluf para ampliar o horário na televisão durante a campanha. Ela destacou que a propaganda na TV não é suficiente se o projeto da candidatura não está bem construído, mas reafirmou a crença na viabilidade eleitoral de Haddad.

Com bom humor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) evitou comentar nesta quarta a aliança do PT com Paulo Maluf (PP) em torno na candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. O ex-presidente visitou o espaço Humanidade 2012, que recebe discussões paralelas à Rio+20 no Forte de Copacabana, ao lado de Paulo Skaf e Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidentes das federações da indústria dos Estados de São Paulo e do Rio (Fiesp e Firjan), respectivamente. Ao ser questionado sobre o que achava da parceria costurada pelo PT, ele respondeu: "Estou no Rio, não vi nada".

Após um encontro que reuniu Lula e Maluf na segunda-feira, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) se recusou a permanecer como vice na chapa do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.

##RECOMENDA##

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, também preferiu não comentar, pelo segundo dia consecutivo, se o acordo do PT com o PP de Paulo Maluf pode beneficiar o ex-governador José Serra na disputa pelo governo de São Paulo.

"Esse é um assunto que cabe ao PT explicar", afirmou Alckmin. "O Serra tem um amplo arco de alianças. Já tem cinco partidos: PSDB, Democratas, PSD, PV e PR. E que é uma aliança forte e com bom tempo de televisão", acrescentou o governador.

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) disse estar "feliz" por ter recusado permanecer como vice na chapa do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo após a aliança fechada pelo PT com o PP de Paulo Maluf. Erundina participa de sessão da comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara nesta quarta-feira. "Quando a gente faz uma coisa que corresponde ao anseio da sociedade a gente fica feliz", disse.

Em entrevista exclusiva publicada na edição desta quarta-feira no jornal O Estado de S.Paulo, a parlamentar disse que a foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado de Maluf provocou "repulsa" e que foi "bombardeada" nas redes sociais após o apoio a Haddad de seu adversário histórico. Ela falou ainda que seu gesto é por não aceitar a lógica do "vale-tudo" na política.

##RECOMENDA##

Após ser surpreendido pela desistência da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) de ser vice na chapa do petista Fernando Haddad, o PT quer agora acelerar a escolha do novo nome para evitar crise na campanha.

Dirigentes petistas avaliavam ontem que o quadro pode ser revertido, desde que houvesse uma ação rápida e que o novo vice fosse uma decisão certeira. O PT trabalha com a indicação do PC do B para a vaga. Sabe, no entanto, que o PSB paulistano vai insistir na nomeação, apesar de a direção nacional da sigla ter dito ontem que cabe aos petistas a escolha. A campanha de Haddad diz que conversa com o PTB, de Campos Machado, com quem pretende discutir a indicação. O partido tem como pré-candidato Luiz Flávio D'Urso e é cortejado também pelo PSDB.

##RECOMENDA##

"A aliança com o PSB está mantida e a própria Erundina disse que vai participar da campanha. Agora temos de buscar um vice entre os partidos aliados", disse o presidente do PT, Rui Falcão. "Precisamos escolher o vice rapidamente para não dizerem que estamos com dificuldade", declarou um integrante da campanha.

Para Falcão, a saída de Erundina da vice causou um percalço momentâneo, mas não vai atrapalhar a campanha. "A campanha do Haddad vai bem. Ele cresceu mais de 160% entre a penúltima e a última pesquisa", disse.

Falcão avalia que, assim que o horário eleitoral começar e Haddad ficar exposto na TV, o candidato mostrará competitividade para disputar o segundo turno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, saiu nesta terça-feira em defesa da aliança formada pelo PT com o ex-prefeito Paulo Maluf, para apoiar a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura paulistana. Antes do anúncio de desistência da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) ao posto de vice na chapa de Haddad, Carvalho chegou a fazer um "apelo" para que a ex-prefeita não se afastasse da candidatura.

Em entrevista durante a conferência Rio+20, onde falava sobre a importância da participação dos movimentos sociais no encontro, o ministro Gilberto Carvalho explicou que a aliança com o PP de Paulo Maluf apenas repete a ligação que já existe no governo federal. "Não estamos cometendo nenhuma heresia do ponto de vista da política", declarou ele. "Nós não estamos abrindo mão de uma vírgula do nosso programa de governo e não houve nenhuma imposição por parte do PP para nos apoiar. Se houvesse alguma coisa programática, aí sim seria uma incoerência". Para ele, "o importante é quem está dando o tom e, neste caso de São Paulo, é a candidatura do Fernando Haddad, a semelhança do programa o governo federal".

##RECOMENDA##

Lembrado sobre o fato de que Paulo Maluf exigiu um cargo no Ministério das Cidades para aderir à campanha de Haddad em São Paulo, o ministro respondeu: "houve uma troca no ministério das Cidades, como tem havido em qualquer negociação política. Não foi oferecido nem dinheiro, nem corrupção, nada. A pessoa indicada passou pelo aval que nós fazemos com os nossos funcionários e o Ministério das Cidades já é do PP".

Carvalho não vê que o partido esteja "pagando um preço diferenciado ou indevido" pelo apoio de Maluf. "Não vejo problema nisso, na medida que toda aliança implica em uma participação nos cargos. E insisto: o importante é que ele se perfile com o programa de governo que estamos construindo para São Paulo". O ministro disse ainda que "não vê" que a aproximação com Paulo Maluf "seja uma catástrofe ou um problema" pois, na sua opinião, o que importa agora é a proposta que temos para governar São Paulo".

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, lamentou a decisão da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) de desistir da vaga de vice em sua chapa. "Não gostei, gostaria que ela permanecesse", disse o petista, em tom de desolação. "Não contávamos com essa decisão", emendou.

Haddad passou esta terça-feira em visita à região de Aricanduva, na zona leste da Capital, e cancelou seu último compromisso de agenda, que era uma plenária com a militância local, para atender a uma reunião de emergência em sua residência, no bairro do Paraíso, na zona sul da cidade.

##RECOMENDA##

O petista explicou aos militantes que Erundina ficou incomodada com uma aliança com o PP de Paulo Maluf e que, por isso, teria que se reunir com as lideranças de sua sigla para definir os novos rumos de sua campanha. Assim que se explicou, Haddad ouviu de uma militante: "Maluf não dá, gente."

O pré-candidato disse que recebeu um telefonema do presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, dizendo que manterá o apoio integral da sigla à sua candidatura. "Estávamos celebrando a espécie de retorno da Erundina, mas em respeito ao seu sentimento e até agradeço o apoio que ela reiterou à minha candidatura, mas como cidadã", afirmou.

Indagado sobre como ficará a vaga de vice, aberta com a desistência de Erundina, Haddad afirmou que vai conversar com as lideranças partidárias que o apoiam e que vai aguardar a decisão do PCdoB até o final desta semana. Ele revelou que assim que foi comunicado por Campos, avisou o ex-ministro do Esportes Orlando Silva sobre a desistência de Erundina. "Eu não tinha plano B, até porque seria uma indelicadeza. E porque eu mantinha a expectativa que ela permaneceria conosco."

O pré-candidato do PT descartou, num primeiro momento, um vice indicado pelo PP. E disse que tem outros nomes em mente. Haddad justificou a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na casa de Maluf sob o argumento de que o PP queria homenagear o ex-presidente por considerá-lo uma liderança à altura do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek. "O apoio à minha candidatura era uma deferência à liderança do presidente Lula."

Segundo Haddad, o PT é um partido como os outros que buscam suas alianças nessas eleições municipais. E que não seria justo o PP apoiar o governo federal, da presidente Dilma Rousseff, e não servir para apoiar a sua candidatura na Capital. "Nós queremos aliança com todos os partidos (da base do governo Dilma Rousseff), como é que um partido que apoia o governo federal pode não servir para nos apoiar no plano municipal? Não faz o menor sentido do ponto de vista da democracia moderna."

O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou que o partido não vai mais reivindicar a vaga de vice na chapa de Fernando Haddad (PT) para a prefeitura de São Paulo após a deputada Luiz Erundina desistir da candidatura ao posto. Campos disse que o PT está livre para escolher o vice. "Comunicamos a Fernando Haddad e ao Partido dos Trabalhadores para ficarem à vontade para compor com nome que mais somaria à disputa", disse Campos.

Ele afirmou que Erundina disse que trabalhará por Haddad, mas que depois do episódio do apoio de Paulo Maluf não teria mais como continuar na chapa por entender que essa situação geraria instabilidade para a candidatura. Segundo Campos, a deputada disse que mantém as declarações críticas à aliança do PT com Maluf.

##RECOMENDA##

O presidente do PSB afirmou que a escolha será do PT, mas se o aliado quiser escolher alguém do PSB não haverá proibição. Campos afirmou que o PSB "acredita em Fernando Haddad de corpo e alma" e que manterá o apoio para elegê-lo.

O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, disse nesta terça ser contrário ao "vale tudo" para ampliar o tempo de TV na campanha eleitoral. Apesar de evitar comentar a adesão do ex-prefeito de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf (PP) à chapa do petista Fernando Haddad, e a crise que isso provocou com Luiza Erundina (PSB), o tucano fez questão de dizer que não mudaria sua política de alianças por mais minutos no horário eleitoral.

"Temos já perfilado na aliança o PV, PSD, PR e o DEM. São quatro partidos, além do PSDB. Portanto, são cinco partidos na aliança. Acho que o tempo (de televisão) que nós temos já é bem razoável", disse Serra. "Claro que sempre ter mais tempo de TV é bom, mas não vale tudo", ressaltou o pré-candidato tucano.

##RECOMENDA##

Apesar do tom sereno e de parecer que queria evitar polêmica, Serra usou palavras como "problema" para se referir à aliança de Haddad e Maluf e deixou claro que sua política de alianças é diferente.

"Eu não vou comentar sobre isso. É um problema de outros partidos. É a população que tem que analisar, julgar e avaliar", disse Serra. "Cada um faz a política de alianças que bem entende, cada partido e cada força política."

O pré-candidato tucano esteve no Rio, onde assistiu a um debate da Cúpula de Prefeitos (C40), entidade que reúne 59 metrópoles, no espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana. Ao lado do atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), o tucano acompanhou uma mesa sobre a importância dos governos locais e dos compromissos coletivos no esforço de conter as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento urbano sustentável, com a participação dos prefeitos de Nova York, Michael Bloomberg, do Rio, Eduardo Paes (PMDB), entre outros.

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta terça à tarde que está aguardando um telefonema do presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre a manutenção do nome da deputada federal Luiza Erundina em sua chapa. Segundo Haddad, Campos lhe garantiu que o PSB estará na coligação independente da permanência de Erundina como vice.

"O Eduardo Campos disse que em qualquer hipótese estará conosco", disse em visita à região da sub prefeitura do Aricanduva, na zona leste de São Paulo. Para o pré-candidato, quem deve resolver o problema neste momento é o PSB, já que o partido indicou o nome de Erundina. "Quem tem de encontrar uma solução para esta questão é o Partido Socialista Brasileiro."

##RECOMENDA##

Haddad revelou que conversou com Erundina segunda à noite e que ela repetiu para ele a insatisfação manifestada à imprensa. "Ela disse que estava com essa preocupação grande em função do histórico dela. No passado remoto e que aquilo tudo a incomodava muito", contou. De acordo com Haddad, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, havia informado Erundina sobre a possibilidade real do PP, do deputado federal Paulo Maluf, integrar a coligação. Haddad voltou a defender a política de alianças do PT, que vem negociando apoio dos partidos da base do governo Dilma Rousseff. "Tenho responsabilidade com a melhoria da qualidade de vida do paulistano. Eu sei que não posso contar só com o meu partido, tenho que contar com outras forças que gostam da cidade e que compõe a base de sustentação do governo Dilma", justificou.

Segundo Haddad, sua campanha faz "aliança com partidos com base em critérios" e que a entrada do PP em sua chapa não muda o conteúdo programático de suas propostas.

Haddad afirmou ainda que o PSB está avaliando a possibilidade de Erundina deixar de ser vice em sua chapa. "Vou respeitar qualquer que seja a decisão, mas o meu diálogo é com os partidos políticos", ressaltou.

A executiva estadual do PMDB autorizou nesta segunda o diretório do partido em Campinas (SP) a apoiar a candidatura à reeleição do atual prefeito da cidade, Pedro Serafim (PDT). Os dois partidos devem formalizar os termos da coligação até esta quarta e o mais provável é que o até então pré-candidato a prefeito do PMDB, vereador Dário Saadi, seja indicado como candidato a vice-prefeito de Serafim.

À Agência Estado, Saadi afirmou que seria difícil levar adiante sua candidatura por dificuldades de financiamento da campanha e defendeu o apoio ao atual prefeito. "Uma campanha a prefeito é muito cara e seria um risco muito grande fazê-la", disse o vereador. "O acordo com o PDT está bem encaminhado e pretendemos formalizá-lo para a convenção no dia 28 de julho."

##RECOMENDA##

Além do PDT, o PMDB chegou a negociar uma coligação com o PT, mas a baixa densidade eleitoral apontada em pesquisas informais do candidato petista, o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, afastou os peemedebistas do acordo.

Atual prefeito, Serafim assumiu o cargo interinamente no ano passado, após as cassações do então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), em agosto, e de seu substituto, o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), em dezembro. Nas ocasiões, Serafim era presidente da Câmara. Serafim foi mantido no cargo para um mandato tampão até dezembro deste ano, após vencer uma eleição indireta realizada pelos vereadores, em abril.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi mais um petista a manifestar incômodo com a parceria do partido, em São Paulo, com o PP do deputado federal Paulo Maluf para apoio à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura. "É evidente que não é uma foto normal", disse, sobre a imagem de Maluf apertando a mão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, em São Paulo. "Mas é a convivência democrática, até porque estamos aqui no ambiente da Rio+20 e, portanto, a sustentabilidade significa que não devemos exterminar nenhuma espécie", sorriu.

Para o governador baiano, a aliança "vale o esforço" se for para render o que se espera: a vitória de Haddad. "Tem um político velho que diz que não existe nada impossível na política", disse, após encontro de governadores na Rio+20, no Parque dos Atletas. "Acho que ele (Lula) fez a foto com um objetivo: trazer o PP e conquistar o apoio pelo tempo de televisão, por ser mais um partido na aliança que já está na sustentação do governo Dilma."

##RECOMENDA##

Wagner afirmou que Maluf tem uma "história até contraditória" com a sua, mas "as coisas estão tão distantes que essas questões vão sendo superadas e as pessoas se aliam". "Eu digo sempre que a foto não mostra o mais importante. O mais importante é: qual o programa de governo que o Haddad eleito vai levar para São Paulo? Este, seguramente, terá a ver com as nossas raízes, com a nossa história, e com aqueles que são, também, aliados de sempre", afirmou.

Presente ao encontro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou falar sobre a parceria. Perguntado se o apoio de Maluf à campanha de Haddad "facilitaria a vida" dos tucanos na eleição, Alckmin se limitou a dizer que caberia ao PT se pronunciar.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), apesar de petista, também se esquivou: "Vamos deixar para o governo local resolver." Já o governador gaúcho, Tarso Genro (PT), disse que preferia, antes de opinar sobre a parceria, conversar com "os companheiros de São Paulo, Haddad e Lula".

"É perfeitamente natural que as pessoas se manifestem, principalmente as de São Paulo. Mas eu estou lá no Rio Grande do Sul, isolado do contexto nacional", brincou, e disse aos jornalistas: "Vocês nunca 'dão bola' para o Rio Grande do Sul, só vêm me perguntar coisas de São Paulo. Então vou aguardar um pouco para manifestar minha opinião."

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defendeu nesta terça a aliança de seu partido com o PP do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) para a disputa da prefeitura de São Paulo. A ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do candidato Fernando Haddad à casa de Maluf para oficializar a aliança irritou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que chegou a ameaçar deixar o posto de vice na chapa. Mas para Maia, a aliança é natural.

"O PP faz parte da base aliada em Brasília e a resolução política do PT é de procurar aliança com partidos da base. Não há nenhum desconforto em uma aliança do PT com o PP. Teria se fosse com o DEM, o PSDB ou PPS", disse Maia.

##RECOMENDA##

Maia disse que a aliança com o PP se insere "na composição mais ampla que o PT patrocina no campo federal" e que a composição "não é apenas com Maluf". Para Marco Maia a aproximação do PT com Maluf não terá consequência negativa na eleição. "O eleitor ao escolher seus representantes olhará para propostas, para o projeto para a cidade. Temos que evoluir na dinâmica de não olhar mais para as pessoas, mas para o projeto".

Comércio de emendas

O presidente da Câmara afirmou que vai encaminhar à Corregedoria da Casa o pedido de investigação sobre um suposto esquema de comércio de emendas entre deputados da Bahia. Segundo reportagem do jornal O Globo, o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) teria negociado com os colegas Marcos Medrado (PDT-BA), Geraldo Simões (PT-BA) e com o ex-parlamentar Fernando de Fabinho (DEM-BA).

Maia negou que o caso se configure em um "esquema" com emendas. "Não há um esquema de compra e venda de emendas. Há uma denuncia de um ou dois parlamentares que precisa ser investigada. A maioria faz bom uso das emendas".

O presidente da Câmara defendeu as emendas parlamentares ao afirmar que esta é a forma mais eficiente da sociedade participar da elaboração do Orçamento. "Entre a decisão de parlamentares que visitam suas bases e cidadãos que ficam atrás de uma mesa prefiro que os representantes da sociedade tomem as decisões sobre a aplicação de recursos públicos", afirmou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando