Tópicos | FMI

O ministro assistente de Comércio da China, Yu Jianhua, afirmou que qualquer queixa relacionada ao câmbio registrada na Organização Mundial de Comércio (OMC) teria de ser antes levada ao conhecimento do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em uma entrevista, Yu lembrou o artigo 15 do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT, na sigla em inglês), segundo o qual as questões relativas ao câmbio devem ser revistas pelo FMI. "Faremos nossa voz ser ouvida sobre esta questão", disse o ministro assistente.

No começo desta semana, o Brasil pediu que a OMC permita a adoção de "mecanismos de defesa" contra importações que se beneficiam de moedas artificialmente baratas. Embora não tenham se referido especificamente à China, as autoridades brasileiras da área de comércio exterior observaram que a China se tornou o principal competidor do Brasil em todos os produtos.

##RECOMENDA##

Sob as regras do GATT, todos os casos relativos a reservas monetárias, balanços de pagamentos ou arranjos cambiais exigem consulta ao FMI. Os princípios e acordos do GATT foram adotados pela OMC.

Yu disse que alguns países abusaram das regras da OMC e politizaram as disputas comerciais, o que ele considerou inaceitável. "Questões de comércio não devem ser politizadas", afirmou. Para o ministro assistente da China, moeda e comércio são assuntos diferentes. Ele disse que a China precisa considerar os interesses das suas companhias de comércio exterior, especialmente as pequenas e médias, ao estabelecer suas políticas relacionadas ao câmbio.

"As empresas chinesas de comércio exterior enfrentam pressões crescentes do protecionismo, da alta das matérias-primas e da elevação dos custos trabalhistas", afirmou Yu, sugerindo que a China pode não ter mais espaço para permitir a apreciação da sua moeda, apesar dos pedidos de vários países. As informações são da Dow Jones.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou ontem que o sistema bancário da China apresenta vulnerabilidades crescentes, que poderão afetar a expansão do país no futuro caso não sejam enfrentadas com reformas que levem à gradual liberalização dos juros e do câmbio e reduzam a influência governamental nas decisões sobre empréstimos.

"A atual configuração das políticas financeiras estimula alta taxa de poupança, elevados níveis de liquidez e um grande risco de má alocação de capital e formação de bolhas, especialmente no setor imobiliário", avaliou o Fundo em seu primeiro relatório sobre o sistema financeiro da China, realizado em parceria com o Banco Mundial.

##RECOMENDA##

O estudo foi divulgado no momento em que analistas manifestam preocupação com a provável elevação no volume de créditos podres nos balanços dos bancos chineses, em consequência da explosão de financiamentos registrada desde 2009.

O aumento dos empréstimos foi o principal combustível para os investimentos que garantiram taxas de crescimento de 9,2% e 10,4% em 2009 e 2010, respectivamente, em meio à estagnação dos países ricos.

Testes de estresse conduzidos nos 17 maiores bancos chineses pelo FMI concluíram que as instituições poderiam resistir a choques isolados, como deterioração no valor de ativos, correção no mercado imobiliário e mudanças no câmbio. "No entanto, se vários desses riscos ocorrerem ao mesmo tempo, o sistema bancário poderia ser afetado de maneira severa."

O Fundo ressaltou que uma "avaliação completa" da extensão dos riscos e dos impactos sobre o sistema foi dificultada por lacunas nos dados, ausência de séries longas de estatísticas relevantes, fragilidade da infraestrutura de informação e restrição no acesso a dados confidenciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A campanha do Japão para conter a rápida aceleração do iene aparentemente recebeu um suporte implícito da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que afirmou, neste sábado, que os movimentos eram justificáveis diante dos recentes princípios adotados pelas economias avançadas do globo. "A recente intervenção cambial do Japão com o intuito de restringir a volatilidade excessiva ficou em conformidade com o espírito do G-7 e do G-20", disse Lagarde, em uma entrevista coletiva concedida na manhã deste sábado, em uma alusão às recentes declarações das economias avançadas reunidas dentro do G-7 e das economias desenvolvidas e industrializadas que formam o G-20.

As autoridades japonesas têm andado em uma corda bamba nos últimos meses, na medida em que desembolsaram trilhões de ienes para tentar limitar uma alta da moeda, enquanto tentam não desagradar aliados preocupados com a possibilidade de as ações do Japão dificultarem, entre outras coisas, as pressões para que a China valorize sua moeda.

##RECOMENDA##

As iniciativas japonesas despertaram algumas críticas veladas de outras autoridades monetárias, enquanto não houve nenhum apoio público perceptível. Os comentários de Lagarde aparentemente são os que chegam mais perto de uma aceitação da política cambial de Tóquio por parte de um líder econômico global.

No encontro do G-7 em Marselha, realizado em setembro, as autoridades endossaram um comunicado no qual as nações integrantes do bloco "reiteram...nosso apoio às taxas cambiais determinadas pelo mercado", mas acrescentaram que a "volatilidade excessiva e os movimentos desordenados nas taxas de câmbio têm implicações adversas para a estabilidade financeira e econômica".

As autoridades japonesas têm, em repetidas ocasiões, alegado que a última parte da frase sobre "volatilidade excessiva" significa que outros países aceitam a intervenção para conter o iene. Mas até as declarações de Lagarde deste sábado, não havia sinais de que autoridades de política monetária compartilhavam da interpretação de Tóquio para o comunicado.

No entanto, Lagarde também reiterou as suas observações anteriores de que as ações do Japão não terão, provavelmente, impacto relevante, enquanto continuarem como intervenções individuais. "Nós temos a avaliação de que essa ação em conjunto é a forma mais eficiente de intervenção".

O G-7 agiu de maneira coordenada para limitar a alta do iene em março, quando a divisa disparou após o devastador terremoto e tsunami no Japão. Desde então, o Japão voltou a intervir sozinho no mercado: em agosto e outubro. Lagarde recusou-se a se prolongar sobre o assunto iene, afirmando que não faz comentários sobre os movimentos de curto prazo de nenhuma moeda.

A diretora-gerente do FMI chegou ao Japão na sexta-feira, após uma viagem pela Rússia e China, e encontrou-se com o governador do Banco Central do Japão (BOJ, na sigla em inglês), Masaaki Shirakawa, e com o ministro de Serviços Financeiros, Shozaburo Jimi.

Na entrevista coletiva, Lagarde disse que a Ásia, claramente, continua dando propulsão para a recuperação global, mas alertou que o Japão, assim como outros países, também vai enfrentar desafios diante da atual situação difícil na Europa. "Nenhum país está imune", disse. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, disse para a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que o país está aberto a participar e incentivar a reforma da instituição, segundo noticiado pela emissora estatal de televisão.

Wen disse que a China quer ajudar o FMI a melhorar sua capacidade de resgate durante períodos de crise e também de supervisão macroeconômica. Em uma reunião com Lagarde ontem, o premiê afirmou que a crise da dívida soberana na zona do euro é um sério desafio para a recuperação da economia global, prometendo suporte para a União Europeia e o Banco Central Europeu (BCE).

##RECOMENDA##

Separadamente, o vice-presidente chinês, Xi Jinping, disse para Lagarde que a China apoia o FMI nos seus esforços para lidar com a crise na zona do euro e também cobrou uma reforma do fundo, para melhorar o gerenciamento global de crises. Já Lagarde disse a Xi que o FMI "está trabalhando com os países para implementar o plano do G-20 sobre a reforma do Fundo". As informações são da Dow Jones.

A economia mundial está entrando em uma fase perigosa que poderá ver um colapso na demanda mundial, afirmou a diretora-gerente da Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, dias depois de uma reunião dos líderes mundiais não conseguir produzir uma solução para resolver a crise da dívida da Europa.

"Nuvens negras estão claramente no horizonte, no oeste da Rússia", disse Lagarde. "Se nós não trabalharmos juntos, nós poderemos enfrentar uma espiral descendente de incerteza, instabilidade financeira e colapso de demanda mundial.

##RECOMENDA##

Falando em Moscou durante sua primeira visita ao país no comando do FMI, Lagarde pediu que os líderes mundiais ajam decisivamente e previnam uma "volta negativa, onde um anêmico e letárgico crescimento colabora para o enfraquecimento financeiro".

Na última cúpula do G-20 na França, os líderes europeus não conseguiram avançar com seu plano para combater a bola de neve em que se transformou a crise da dívida. Eles também não conseguirem encontrar compradores de potências emergentes para expandir o fundo de resgate da região de € 440 bilhões para 1 trilhão de euros.

Lagarde alertou que, se a crise se aprofundar, os mercados emergentes da Europa Oriental poderão ser "severamente atingidos" pelas exportações menores e aumento das tensões financeiras. Os bancos da região poderão enfrentar aperto de liquidez, se os credores problemáticos ocidentais retirarem de repente sua exposição devido a problemas domésticos, acrescentou.

"Desta vez, os bancos do Ocidente controladores, que têm sido fundamentais para manter as economias à tona, não estarão mais aqui, necessariamente, para sustentar o crescimento e a saúde desses países", disse ela.

Ela se reuniu com o presidente russo, Dmitry Medvedev, e funcionários do Ministério das Finanças mais cedo. A Rússia afirmou que considera fornecer assistência, além de seu compromisso de US$ 10 bilhões, para o FMI, em troca de uma participação de voto maior no Fundo. As informações são da Dow Jones.

O diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Brasil, países latino-americanos e o Caribe, Paulo Nogueira Batista Júnior, afirmou hoje que a crise internacional "tende a se agravar". Em palestra durante o seminário "Novo Pensamento Econômico", que ocorre hoje no BNDES, Batista Júnior considerou que os sinais negativos mostrados pela economia mundial atualmente podem sinalizar período mais agudo da crise, no futuro.

"Esta crise vai continuar e tende a se agravar. Mais cedo ou mais tarde uma solução multilateral terá que ser construída para fazer face ao problema", avaliou. Ele ponderou, no entanto, que suas palavras refletem sua opinião pessoal, e não o posicionamento oficial do FMI.

##RECOMENDA##

Quando questionado por jornalistas sobre quais seriam os sinais que mostram perspectiva de agravamento do atual cenário de turbulência internacional, o diretor executivo lembrou o atual cenário europeu, classificando como "delicada" a situação dos países envolvidos no ambiente de turbulência, que mostram taxas mais fracas de crescimento econômico. "A Europa parece que já está entrando em recessão. O desemprego (está) muito alto nos Estados Unidos e na Europa" citou, acrescentando outros fatores, como instabilidade financeira, dificuldades fiscais, e crise bancária nos países europeus, que não conseguiram ainda organizar uma resposta adequada a sua crise. "A crise não será superada rapidamente", afirmou.

No caso de possíveis impactos do atual cenário internacional na economia brasileira, o diretor executivo comentou que, até o momento, não há nenhum "impacto forte". No entanto, considerou que, se houver um agravamento dramático do atual ambiente de turbulência na Europa, "o mundo inteiro sofrerá os efeitos, pelo lado financeiro e pelo lado comercial".

Os ministros das Finanças do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) se reunirão em dezembro para discutir o aumento dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para combater a turbulência econômica, afirmou o vice-ministro das Finanças da Coreia do Sul, Choi Jong-ku. Choi disse que a reunião, que estava prevista para ser realizada em fevereiro, foi antecipada como parte do esforço do G-20 para tratar da crise da dívida soberana da zona do euro. Ele disse que os Estados membros vão discutir em quanto os recursos do FMI serão elevados.

Os membros do G-20 são favoráveis ao aumento da capacidade de financiamento do FMI em US$ 1 trilhão, afirmou o vice-ministro, mas outros Estados membros estão relutantes se comprometer com um número específico. Segundo ele, a reunião de dezembro será realizada em parte para discutir qual será o valor da contribuição de cada Estado membro, agora que eles alcançaram um amplo consenso sobre a necessidade aumentar os recursos do FMI. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou hoje que ainda há esperanças de uma recuperação econômica global através de uma ação "corajosa e de cooperação" de líderes mundiais.

Lagarde classificou a convocação surpresa pelo primeiro-ministro da Grécia de um referendo público sobre um novo acordo de resgate para Atenas como um "soluço" nos esforços para resolver a crise de dívida da zona do euro. Economistas e governos temem que o referendo possa forçar a Grécia a dar default em suas obrigações relativas à dívida e fazer com que a crise engula algumas das maiores economias da Europa.

##RECOMENDA##

Mas Lagarde disse a líderes empresariais e autoridades de governo em um evento antes da cúpula do G20 que nunca viu tal determinação política para resolver a crise. As informações são da Dow Jones.

A União Europeia (UE) precisa construir um regime regulatório financeiro que inclui a supervisão supranacional de bancos, afirmou hoje Ajai Chopra, diretor do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI). Chopra também disse que a proposta atual para corrigir os bancos não é suficientemente ambiciosa.

Em discurso em conferência com economistas irlandeses em Kenmare, Irlanda, Chopra disse que já é tempo de a Europa olhar para além da crise e estabelecer uma "estrutura integrada para prevenção de crise". Chopra defendeu a necessidade de a Europa articular uma visão comum para seu futuro e olhar além da crise, além de resolver os problemas atuais. "Caso contrário as tensões econômicas persistirão", afirmou ele. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

As pressões inflacionárias na Ásia permanecem elevadas, apesar do crescimento econômico mais lento. E enquanto uma pausa na alta da taxa de juros pode ser justificada em alguns países, em outros, o aperto monetário precisa continuar. É o que disse hoje o Fundo Monetário Internacional em seu informe "Perspectiva Econômica Regional". O FMI afirmou que os riscos de curto prazo estão "decididamente" maiores e avisou que uma piora na turbulência financeira na zona do euro poderia representar um "extremo" risco para a Ásia.

No entanto, o FMI previu que o PIB da região da Ásia-Pacífico deve crescer 6,3% este ano e 6,7% no próximo, em torno de 0,5 e 0,2 ponto porcentual a menos do que as previsões feitas em abril, respectivamente. "No geral, estamos vendo uma forte demanda doméstica e isso está, em grande medida, protegendo a Ásia das incertezas nas economias avançadas", disse Anoop Singh, diretor do departamento de Ásia e Pacífico do FMI.

##RECOMENDA##

Enquanto a China tem espaço para conceder mais estímulo fiscal, se necessário, isso deve ser feito através do consumo, em vez de investimento, para ajudar a reequilibrar as desigualdades que se acumularam, afirmou Singh. A alta alavancagem em derivativos cambiais também torna os investidores vulneráveis a uma perda de confiança, o que poderia interromper o financiamento dos fundos bancários.

Em seu relatório de outubro, o FMI observou ainda que, em uma grave recessão global, o crescimento do PIB da Ásia-Pacífico poderia cair de 1,5 a 4 pontos porcentuais em relação às taxas atuais.

Os efeitos da crise da dívida soberana na zona do euro estão se espalhando para países importantes, bancos e investidores, e outra recessão econômica não pode ser descartada, afirmou, hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI), por meio de um relatório.

Para o Fundo, a Europa crescerá 2,3% em 2011 e 1,8% em 2012. A inflação estimada para este ano é de 4,2% e de 3,1% para 2012, o que justificaria uma política monetária mais acomodatícia. Além disso, a União Europeia (UE) deve facilitar uma presença maior do Banco Central Europeu (BCE) nos mercados, disse o FMI.

##RECOMENDA##

Antonio Borges, diretor do departamento europeu no FMI, salientou, no entanto, que a maioria dos países do continente não está em condições de implementar medidas para estimular a economia. "É claro que eles precisam manter uma disciplina muito forte no campo fiscal". A Grécia, em especial, ressaltou, deve acelerar a implementação de reformas econômicas, como a privatização de estatais.

Borges destacou que os bancos europeus estão sob forte risco, e repetiu que a posição do FMI é a de que todos os grandes bancos regionais deveriam ser recapitalizados. Se essa recapitalização não puder ser feita pelo setor privado, os governos devem ajudar, diz o diretor do Fundo.

Ele lembra, no entanto, que essas decisões precisam ser tomadas por toda a Europa. Borges propôs a criação de um fundo de seguros de depósitos. "Tudo isso é viável", disse, mas afirmou que pode ser difícil colocar essas ações em prática em função de obstáculos políticos. As informações são da Dow Jones.

A Grécia não atingirá as metas do déficit orçamentário de 2011 e de 2012 determinadas no plano de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de acordo com números publicados pelo Ministério das Finanças ontem, após o gabinete aprovar o esboço do orçamento para 2012.

O déficit orçamentário de 2011 ficará em 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, sem atingir a meta de 7,6%. Ele também será rebaixado para 6,8% do PIB no ano que vem, mas ainda assim não atingirá a meta do resgate, de 6,5%.

##RECOMENDA##

"Ainda faltam três meses críticos para terminar 2011, e a estimativa final de 8,5% de déficit do PIB pode ser atingida, caso os mecanismos de Estado e os cidadãos respondam de acordo", informou o Ministério das Finanças em comunicado.

Mais cortes

A proposta de orçamento será formalmente apresentada ao Parlamento grego amanhã e deve ser aprovada até o fim do mês. A projeção de déficit obrigará o governo a cortar mais 6,6 bilhões de euros em gastos por meio de novas medidas de austeridade, segundo as projeções do próprio Ministério da Finanças.

Por meio de nota, o ministério detalhou que o déficit em 2011 deve alcançar 18,69 bilhões de euros, acima da meta de 17,1 bilhões de euros. A justificativa para o déficit acima da meta seria uma recessão mais profunda que a prevista.

Segundo o ministério, a economia grega deverá se retrair 5,5% em 2011, acima da previsão de queda de 3,8% divulgada em maio. Para 2012, a Grécia projeta um déficit orçamentário de 6,8% do PIB, ou 14,65 bilhões de euros.

O gabinete de governo da Grécia reuniu-se ontem para votar a proposta de orçamento para o próximo ano e concluir um plano pelo qual 30 mil servidores públicos seriam dispensados até o fim deste ano. Uma fonte no governo disse que o gabinete aprovou também o controverso plano de dispensa dos servidores, que serão deixados como contingente de reserva, recebendo parcela do salário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou sua projeção para o crescimento dos Estados Unidos para 1,8% em 2012, de expansão de 2,7% estimada em junho, segundo seu relatório Perspectivas Econômicas Mundiais de setembro. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para este ano foi revisado também em baixa, para expansão de 1,5%, um ponto porcentual abaixo da projeção de junho.

O FMI destacou como prioridades aos Estados Unidos a criação de um plano de consolidação fiscal de médio prazo, para colocar a dívida pública do país em patamar sustentável e para implementar políticas que sustentem a recuperação, incluindo ajustes aos mercados imobiliário e do trabalho.

##RECOMENDA##

"O novo Ato do Trabalho Americano deve dar o suporte necessário de curto prazo para a economia, mas deve estar em paralelo a um sólido plano fiscal de médio prazo que aumente as receitas e contenha o crescimento dos gastos com benefícios sociais", disse o fundo. As informações são da Dow Jones e do site do FMI.

O aumento nos preços das commodities (matérias-primas) deu um grande impulso para o crescimento econômico da América Latina no ano passado. No entanto, esse avanço tem sofrido redução devido à desaceleração na demanda pelas commodities, além de políticas macroeconômicas mais rígidas na região, segundo relatório divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em 2010, a América Latina cresceu 6,1%, porém isso deve cair para 4,5% em 2011 e recuar para 4,0% em 2012, segundo o relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, que teve seus dois primeiros capítulos divulgados hoje pelo FMI.

##RECOMENDA##

As estimativas do FMI sugerem que a América Latina pode ter um clássico pouso suave, cenário que pode ser bem-vindo para várias nações da região. Os fortes índices de crescimento de 2010 levaram à valorização da moeda no Brasil e em outros países, prejudicando importantes setores exportadores dos países e causando um aumento excessivo na demanda doméstica, conforme os importados tornavam-se mais baratos.

Porém, o FMI nota que essa desaceleração pode ser mais impactante para as economias da região. Se os preços dos commodities caírem mais rápido que o esperado, aprofundando os déficits nas economias latinas, isso poderia criar temores de estabilidade nas finanças da região, afirma o fundo.

"Os riscos para o panorama regional de curto prazo apontam para baixa", afirma o relatório. "Uma desaceleração mais brusca nas economias desenvolvidas, notadamente nos Estados Unidos, sufocaria o crescimento, particularmente em economias dependentes do comércio, gastos de turistas e remessas (Caribe, América Central, México)."

Juros

Muitos bancos centrais latino-americanos concluíram que as altas nos juros promovidas na primeira metade do ano, para controlar o crescimento, não são mais necessárias e podem inclusive ter de recuar nessas taxas. O Brasil cortou neste mês a taxa básica de juros de 12,5% para 12,0%. Já a Colômbia manteve sua taxa no mês passado inalterada, após seis altas seguidas, citando "alto grau de incerteza" com o panorama global.

Apesar da desaceleração provável na América Latina, o FMI diz que há "alguns" riscos de alta. "O crescimento da demanda doméstica poderia superar as expectativas se os riscos globais se reduzirem rapidamente, reiniciando a forte onda de fluxos de capitais para a região", afirma o texto. As informações são da Dow Jones.

As principais economias globais precisam agir rápida, vigorosa e decisivamente para evitar outra crise financeira e econômica mundial, advertiu hoje a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. A recomendação é feita dias antes de uma reunião do G-20, na próxima semana. Lagarde disse que a economia global está entrando em uma nova fase perigosa de crise, portanto o caminho para uma recuperação sustentada está "muito mais estreito que antes".

O crescimento fraco e balanços orçamentários ruins na Europa e nos Estados Unidos, combinados com um sistema financeiro apenas em parte consertado e a falta de uma resposta política concertada estão "alimentando uma crise de confiança e retendo a demanda, investimentos e a criação de empregos", segundo ela.

##RECOMENDA##

"Este ciclo vicioso está ganhando força e, francamente, tem sido exacerbado pela indecisão política e pela disfunção política", disse Lagarde durante discurso no Woodrow Wilson Center, em Washington.

Para ajudar a economia global a voltar para o caminho da recuperação, os bancos europeus precisam aumentar seus colchões de capital, os governos da zona do euro e dos EUA devem delinear rotas dignas de crédito para reduzir suas grandes dívidas, as principais economias precisam reparar adequadamente o sistema financeiro e os principais mercados emergentes precisam fortalecer sua demanda, apontou a diretora-gerente do FMI. As informações são da Dow Jones.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou hoje, na reunião de coordenação com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, que o Brasil está sólido e preparado para o enfrentamento da "preocupante" crise econômica internacional. Segundo fontes do Planalto, Mantega teria mencionado uma citação da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que em entrevista à revista alemã Der Spiegel disse que a economia global deve sofrer "uma desaceleração em espiral".

Sobre a agenda legislativa, o governo espera que o Senado aprecie o quanto antes o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o projeto de lei do Super Simples e a medida provisória (MP) que trata de recursos para creches, que já passaram pela Câmara dos Deputados.

##RECOMENDA##

Além de Mantega, da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, estavam presentes na reunião os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Helena Chagas (Comunicação Social), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), José Eduardo Cardozo (Justiça), Edison Lobão (Minas e Energia) e Miriam Belchior (Planejamento). Também participaram os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

O ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, retornou à França hoje, após permanecer quatro meses nos Estados Unidos por conta de acusação de estupro feita por uma camareira de hotel em Nova York. Strauss-Kahn foi libertado após os promotores de acusação criminal desistirem de apresentar provas contra ele, sob argumento de que os depoimentos da camareira eram contraditórios e por falta de provas físicas do estupro.

Sorrindo e acenando silenciosamente, ele desembarcou de um voo da Air France no aeroporto parisiense Charles de Gaulle como um homem diferente daquele que, antes de sua prisão, era o favorito nas pesquisas de opinião para vencer o presidente Nicolas Sarkozy nas eleições presidenciais do ano que vem. Poucos esperavam que Strauss-Kahn voltasse à cena política francesa tão rapidamente. O Partido Socialista, de Kahn, já está realizando as eleições primárias para escolha de um candidato e seus correligionários o aguardavam ansiosamente.

##RECOMENDA##

Jack Lang, ex-ministro do governo socialista e seu vizinho, disse à Associated Press que seu amigo irá ter um "importante papel, não necessariamente na campanha, mas na vida da França e na vida da Europa". Segundo ele, o povo francês irá esquecer o escândalo. "Que escândalo? A meu ver, ele é inocente", acrescentou.

Como diretor-gerente do FMI, Strauss-Kahn foi bastante elogiado na administração do fundo e por seu papel na crise de dívida europeia, um perito que alguns na França podem considerar necessário diante do aprofundamento da crise na Europa. Residentes de Sarcelles, subúrbio de Paris habitado por trabalhadores e onde Strauss-Kahn é prefeito, estavam entusiasmados com sua volta.

Mas um proeminente membro do partido conservador UMP de Sarkozy, Xavier Bertrand, ignorou a volta de Strauss-Kahn. "Como muitos franceses, tenho muitas outras preocupações em mente", afirmou na radio Europe-1.

Ao desembarcar, Strass-Kahn estava acompanhado de sua esposa, Anne Sinclair, e vários policiais o cercavam. Ambos foram para uma de suas residências, em Place des Vosges, em Paris. Haviam tantos repórteres no local que Strauss-Kahn teve dificuldade para chegar e abrir a porta de entrada da residência.

Na última vez em que havia tentado voar pela Air France, Strauss-Kahn foi retirado da aeronave pela polícia minutos antes da decolagem, sob a acusação - feita por uma camareira de um hotel em Nova York, onde estava hospedado - de que o então diretor-gerente do FMI a teria forçado a realizar sexo oral e que teria tentado estuprá-la. Ele se viu então obrigado a renunciar do cargo ocupado no FMI, passou uma semana na cadeia e seis semanas sob prisão domiciliar.

Strauss-Kahn teve ainda de permanecer quase dois meses nos EUA para que as investigações prosseguissem. Na França, ele enfrenta outra acusação, feita pela escritora francesa Tristane Banon, de tentativa de estupro durante uma entrevista em 2003. As informações são da Associated Press.

A perspectiva para a economia global se deteriorou nos últimos meses, afirmou nesta quinta-feira David Hawley, vice-diretor de relações externas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, o Fundo deve divulgar que as projeções para a economia mundial recuaram, quando liberar seu próximo relatório, no mês que vem.

"No geral, nossa visão é que a atividade se enfraqueceu e se tornou mais desigual e a perspectiva se deteriorou", comentou Hawley, em entrevista coletiva. Os mercados financeiros mundiais têm sido afetados por uma série de fatores nas última semanas, incluindo os persistentes temores com a saúde fiscal da Europa, a frágil recuperação econômica dos EUA e os conflitos no Oriente Médio e no norte da África.

##RECOMENDA##

Hawley disse que o FMI está analisando a situação na Líbia, mas não pode fornecer ajuda até que um novo governo esteja formado e reconhecido pelos membros do Fundo. "Quando houver um reconhecimento internacional claro e amplo de um novo governo, o Fundo poderá agir", afirmou, sugerindo que o FMI ainda vai realizar uma avaliação sobre os impactos causados pela guerra civil.

O FMI deve realizar sua reunião anual em Washington no mês que vem, e um dos principais assuntos discutidos serão os receios com dívidas soberanas e o setor bancário na Europa. Hawley disse que os representantes do FMI estão na Grécia, como parte que uma equipe que vai avaliar as medidas de austeridade adotadas pelo país. Esse grupo deve dar um parecer no começo de setembro. Então, a diretoria do Fundo poderá votar sobre a nova parcela do pacote de resgate para a Grécia, o que deve ocorrer até o fim do mês que vem. As informações são da Dow Jones.

A camareira do hotel Sofitel de Nova York, Nafissatou Diallo, que acusou o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, de ataque sexual, vai se reunir com a promotoria de Nova York nesta segunda-feira para conversações que podem levar ao arquivamento do caso.

A imigrante guineana de 32 anos diz que o homem que já foi visto como o favorito para a presidência da França a forçou a fazer sexo oral e tentou estuprá-la no dia 14 de maio na suíte que ele ocupava no hotel.

##RECOMENDA##

Ela e seu advogado, Kenneth Thompson, vão se reunir com a promotoria às 15h (horário local, 16h em Brasília) para um encontro que Thompson acredita foi convocado para dizer a Diallo que todas ou algumas das acusações serão arquivadas.

"Minha interpretação da carta é que eles vão anunciar que estão arquivando todo o caso ou parte das acusações", disse Thompson ao jornal The New York Times no sábado, referindo-se à carta de convocação de Diallo.

"Se eles não fossem arquivar as acusações, não haveria necessidade de se reunirem com ela", disse ele ao jornal.

As especulações de que o explosivo caso seria arquivado ficaram mais fortes no final de semana, quando o New York Post, citando fontes próximas do procurador do Distrito de Manhattan Cyrus Vance, publicou que ele buscaria o arquivamento.

Strauss-Kahn deve comparecer ao tribunal estadual de Nova York na terça-feira, quando Vance vai dizer ao juiz como ele quer dar prosseguimento ao caso.

O Post disse que no requerimento de arquivamento, Vance revisaria as descobertas de meses de investigação, dentre elas informações previamente desconhecidas que levantaram questões sobre a credibilidade de Diallo. Os promotores se recusaram a comentar as especulações. As informações são da Dow Jones.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando