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Em frente à agência central dos Correios, na Avenida Guararapes, Centro do Recife, profissionais da entidade protestam contra rombo no fundo de pensão da empresa, o Postalis, que por conta de seu déficit quer fazer, segundo o presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Heyder Barbosa, cortes de 55% nas aposentadorias dos profissionais. Ele afirma ainda que o fundo de pensão "foi roubado e que esse rombo é fruto de más administrações e investimentos criminosos que nunca deram resultado", exclama.

Na manhã desta terça (16) as entidades representativas da categoria, por meio de carta e carro de som, pretendem alertar a toda população sobre o que está acontecendo com os Correios e seus trabalhadores. Tentarão ainda entregar uma carta para o governador de Pernambuco e para o presidente da Assembleia Legislativa.

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Rinaldo Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco, diz que desde 2008 vem denunciando a corrupção no fundo de pensão, "pedimos para que apurem o rombo da Postalis. Isso vem prejudicando os trabalhadores que estão prestes a se aposentar e aqueles que estão na ativa e no futuro precisará dessa complementação na aposentadoria", exclama. 

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Em carta que está sendo entregue à população, o sindicato da categoria confirma que a concentração das aplicações do Postalis com o Banco BNY Mellon acabou facilitando o cometimento de crimes contra o instituto. "O montante de recursos administrados pelo BNY Mellon, e que foram escamoteados em armadilha, é estimado em mais de R$ 5 bilhões", denuncia a carta. 

Os representantes dos trabalhadores dos Correios afirmam ainda que o Governo Federal, por intermédio dos Correios, não exerceu adequadamente seus deveres de designar bons dirigentes para o fundo e de fiscalizá-los. "Agora, simplesmente passa a conta para os trabalhadores e aposentados que contribuíram a vida inteira pensando em ter uma digna velhice", finalizam. 

Heyder Barbosa diz que, pelo menos agora, a ação não irá atingir o funcionamento da empresa para com os seus usuários, "no momento queremos chamar a atenção da sociedade e do poder público. Hoje é mais um dia de alerta", corrobora o presidente da Associação dos Profissionais dos Correios.

Sérgio Ricardo da Silva Rosa, ex-presidente da Previ, fundo de pensão dos trabalhadores do Banco do Brasil prestou depoimento na manhã desta terça-feira, 6, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O depoimento do executivo durou quase quatro horas, mas ele não quis comentar o teor das perguntas.

Rosa chegou à PF por volta das 10h da manhã e saiu às 13h45. Questionado sobre o depoimento, o executivo indicou que não poderia comentar pois as investigações correm sob segredo de Justiça. Ele indicou também que não há uma nova data para depoimento.

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Sérgio Rosa foi alvo de condução coercitiva dentro da Operação Greenfield, deflagrada nesta segunda-feira (5), com o objetivo de combater fraudes e corrupção em investimentos dos quatro maiores fundos de pensão federal do País: Previ, Funcef (Caixa), Petros (Petrobras) e Postalis (Correios).

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de que a cúpula do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cometeu crime de peculato (desvio e apropriação de dinheiro público) ao permitir repasses para a entidade de previdência complementar de seus dirigentes e funcionários. As operações ocorreram em 2009 e 2010, sob a presidência de Luciano Coutinho, e somam R$ 921 milhões, em valores atualizados.

Ao analisar o caso nesta quarta-feira (27) os ministros da corte de contas determinaram o envio de informações sobre as transferências à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF) para que apurem a eventual prática de ilícitos. O peculato, conforme o Código Penal, é passível de pena de dois a 12 anos de reclusão, além de multa.

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O TCU analisou as operações com base em irregularidades denunciadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), que fiscaliza as atividades dos fundos de pensão. Em auditoria, confirmou que repasses de R$ 395,2 milhões (junho de 2009), R$ 11,5 milhões (julho de 2010) e R$ 40,9 milhões (agosto de 2010) foram feitos à Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes) sem a devida contrapartida dos beneficiários dos planos de aposentadoria, contrariando a Constituição e a lei complementar que disciplina o funcionamento das entidades.

No ano passado, o tribunal proibiu o BNDES de fazer aportes não paritários à Fapes e determinou a apresentação de um plano de ressarcimento dos valores. Além disso, ordenou que diretores responsáveis pelas operações fossem ouvidos em audiências sobre as irregularidades. Também requereu que sua área técnica investigasse eventual participação do conselho de administração do banco nas irregularidades constatadas.

Além de Coutinho, o TCU lista pelo menos seis ex-dirigentes do BNDES entre os responsáveis pelas operações, entre eles o ex-ministro da Aviação Civil Wagner Bittencourt, que foi vice-presidente do banco, e o ex-diretor Maurício Borges Lemos, irmão do ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges.

Culpa

Na sessão de ontem, os ministros analisaram recursos do BNDES e da Fapes contra a decisão, negando-lhes provimento. Em seu voto, o relator do processo, Walton Alencar, afirmou que os argumentos da defesa são "inteiramente improcedentes. Ele destacou que a transferência de recursos "parece assumir todas as feições de verdadeiro fato típico penal, antijurídico e culpável, materializado no crime de peculato", pois "estão comprovados" tanto a apropriação de recursos públicos, pela Fapes, quanto o desvio desses recursos para a entidade, autorizada pelo banco.

O ministro observou que, caso o banco divida a conta dos aportes por seus 2 mil empregados, cada um deles teria de pagar R$ 461 mil. "Tal fato constitui verdadeira mesura com os cofres da empresa pública e deve ser objeto de apuração e responsabilização dos gestores. Inconstitucional, ilegal e imoral, portanto, atribuir ao BNDES a responsabilidade pela manutenção dos segurados, a partir dos seguidos aumentos de benefícios previdenciários, com a equiparação da remuneração dos empregados inativos aos ativos", acrescentou.

Defesa

Em nota, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho afirmou que "todos os atos referentes ao fundo de previdência" praticados em sua gestão "tiveram a mais absoluta lisura" e foram "amparados por análises técnicas e jurídicas minuciosas".

Coutinho lamentou que a decisão do TCU tenha sido tomada "sem a oitiva prévia das partes, considerando a complexidade da matéria". Ele explicou que o ajuste da curva salarial contemplou "uma parcela importante de empregados mais jovens, mas não constituiu-se, em nenhuma medida, em um aumento geral dos salários, nem beneficiou os executivos e dirigentes".

"É importante lembrar que os aumentos concedidos ao conjunto do corpo funcional foram objeto de acordo coletivo de trabalho, devidamente referendados pelas instâncias de controle", salientou Coutinho, na nota.

Ele disse ainda que os salários atuais do banco são "comparáveis e, em alguns casos, inferiores aos de outras estatais e entes públicos, sendo esses níveis salariais necessários à retenção dos melhores quadros funcionais, considerando a natureza e relevância da instituição". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, começou a cobrar dos seus participantes uma taxa adicional para cobrir o déficit de R$ 2,3 bilhões registrado em 2014. Em maio, 57 mil participantes do fundo começaram a pagar uma tarifa adicional de 2,73% sobre suas contribuições - para os já aposentados, isso significa receber 2,73% a menos nos benefícios. Essa cobrança adicional deve durar 17 anos, e o temor dos participantes é que novas tarifas extras cheguem, já que as previsões são de que a Funcef tenha registrado um novo déficit de R$ 5 bilhões em 2015. A Caixa também elevou seus aportes no fundo.

A cobrança está sendo feita, por enquanto, apenas dos participantes do plano batizado de REG/Replan Saldado, o maior e mais antigo da Funcef. Além dele, o fundo de pensão tem outros dois planos previdenciários. Em nota, a Funcef já indicou que "outros planos poderão ser submetidos a equacionamento no exercício de 2017".

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O rombo nos fundos de pensão de empresas estatais, incluindo a Funcef, foi investigado por uma CPI criada no Congresso, e que terminou com o indiciamento de 145 pessoas, suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção. Entre os investimentos considerados suspeitos, e do qual a Funcef participou, estava a Sete Brasil, empresa criada para administrar sondas de perfuração da Petrobras, e que depois foi envolvida na Operação Lava Jato. A Funcef reconheceu uma perda de R$ 1,3 bilhão apenas com esse investimento.

Aportes extras

No mês passado, no total, os participantes do fundo REG/Replan colocaram R$ 7,3 milhões a mais no plano. Já a Caixa elevou seu aporte em R$ 6,2 milhões. Apesar disso, a Caixa deixou de aportar mais de R$ 1 milhão referentes aos beneficiários do plano. O aporte foi suspenso pelo Ministério do Planejamento com base em parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que está sendo contestado pelos aposentados.

Aos participantes, o fundo de pensão já alertou que o valor da contribuição será revisto anualmente. "Havendo fatos relevantes de alteração na composição da massa de participantes e assistidos, caberá avaliação em período inferior", diz o comunicado encaminhado aos participantes no último mês. O fundo informa ainda que a contribuição é uma resposta a "adversidades".

A Funcef confirmou a arrecadação de cerca de R$ 13 milhões em maio, "conforme previsto". O montante será utilizado, de acordo com o fundo, na aquisição de títulos públicos federais de longo prazo, "de acordo com a atual política de investimento da Funcef". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso desde quarta-feira, 14, pela Operação Lava Jato, apresentou à Justiça Federal um extrato bancário para tentar provar que não chegou a sacar R$ 463 mil de seu fundo de previdência para uma da filha, em 16 de dezembro do ano passado, antes de viajar para a Inglaterra.

A movimentação financeira foi considerada suspeita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e serviu de base para a força tarefa da Lava Jato pedir a prisão do ex-diretor. Ele foi detido ao chegar da viagem que fez a Londres com a mulher, por agentes da Polícia Federal.

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A PF e a Procuradoria da República avalia a operação como uma tentativa de ocultação de patrimônio. Relatório de Inteligência Financeira do Coaf mostra que Cerveró solicitou no dia 16 de dezembro o resgate de uma aplicação em um fundo de previdência privada do banco Itaú, em seu nome, um dia antes de virar réu do esquema de corrupção e desvios na Petrobras.

Em telefonema ao gerente do banco ele informou que assim que o dinheiro entrasse em sua conta corrente iria aplicá-lo em outra previdência privada, mas em nome de uma das filhas. "A gerente da conta informou ao cliente que o resgate implicará em tributação sobre o valor total da previdência e que a perda seria acima de R$ 100 mil", registra o documento do Coaf anexado ao pedido de prisão.

O relatório de inteligência financeira registra que Cerveró efetivou a operação. "O cliente disse que independente do valor a ser descontado com a tributação, quer fazer o resgate." Segundo o documento, "o resgate foi solicitado pela gerente da conta no mesmo dia".

No dia seguinte ao pedido feito ao banco e comunicado ao Coaf, a Justiça Federal aceitou denúncia da Procuradoria contra ele por suposta participação nos desvios de até R$ 140 milhões na Petrobras, entre 2006 e 2012. O ex-diretor é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

"A movimentação financeira não aconteceu e, se tivesse acontecido, seria legal", disse o advogado Edson Ribeiro, que defende Cerveró. A defesa levou a argumentação ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para tentar derrubar a ordem de prisão preventiva da Justiça Federal, em Curitiba.

No pedido de liminar em habeas corpus a defesa anexou fotocópia do extrato de investimento. Com data de 15 de janeiro de 2015, consta um saldo de R$ 468 mil disponível para resgate total da previdência privada.

Em seu depoimento aos delegados da Lava Jato, Cerveró disse que "não chegou a concretizar essa operação diante da informação por parte da sua gerente quanto ao montante de impostos à ser pago". O documento do Coaf não cita o cancelamento do resgate.

Os analistas apontam o "risco identificado" como possível "receio de (Cerveró) que suas contas e recursos disponíveis e aplicados sejam bloqueados judicialmente, haja vista que no dia 17 de dezembro de 2014, o juiz Sérgio Moro aceitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal acusando o cliente de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro".

Para o Ministério Público Federal, a transação com prejuízo de 20% na aplicação financeira ao fazer o resgate, por tributação legal, foi um "estratagema espúrio para retirar recursos do alcance do Estado".

"Por implicar perda de mais de 20%, para que a operação possa ser qualificada de racional, a justificativa que a ampara deve propiciar um benefício superior a 20% do valor da aplicação. O único benefício que supera esse valor, equivalente a R$ 100 mil, é colocar o dinheiro a salvo da apreensão por parte do Estado", sustentam os procuradores da Lava Jato.

O fundo de pensão dos funcionários dos Correios (Postalis) diz na Justiça que pode perder integralmente os R$ 371 milhões em aplicações que fez entre os anos de 2006 e 2008 em fundo de investimentos no exterior. Chamado Sovereign, o fundo era gerido pela Atlântica - empresa acusada de fraudes e de ter investido dinheiro do fundo em títulos de baixa qualidade de crédito.

O processo foi aberto no fim de 2013 pelo Postalis contra a gestora brasileira de recursos Atlântica, que não tem mais registro na CVM, e contra seu então diretor geral Fabrizio Dulcetti Neves. Trata-se de um processo judicial que corre na justiça paulista e tem o único objetivo de interromper a prescrição do caso. "Não temos a comprovação do prejuízo", disse o Postalis em nota. A decisão de pedir ressarcimento por perda de capital ainda não foi tomada porque a fundação negocia um acordo com o administrador do fundo Sovereign, o BNY Mellon.

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A perda de R$ 371 milhões representa mais de 5% do patrimônio do plano Benefício Definido da Postalis e não há provisões para ela. Isso significa que o prejuízo pode parar direto nas contas de 80 mil contribuintes que depositam sua poupança para aposentadoria neste plano.

O tamanho do buraco é desconhecido e esta é a primeira vez que, em um documento oficial, o fundo admite a perda total do que foi aplicado, ou de boa parte dele - sem contar o rendimento que poderia ter obtido em cinco anos. Só a correção da inflação faria o valor chegar a quase R$ 500 milhões. "Foram praticadas fraudes e operações contrárias ao regulamento do fundo que podem resultar em perdas de grande parte ou de todo o capital investido", diz o fundo no processo judicial.

Segundo as regras de mercado, os fundos de investimentos têm um gestor e um administrador. Uma das funções do administrador - neste caso, o BNY Mellon - é analisar as aplicações do gestor, verificando se o regulamento do fundo está sendo seguido. Com base no papel do administrador, o conselho quer que o Postalis processe judicialmente o BNY Mellon. "Mas a diretoria (do Postalis) diz que está tentando um acordo com ele para evitar a Justiça", afirma o representante dos funcionários no conselho do Postalis, José Rivaldo da Silva.

A perda do capital poderia se dar pelo fato de que a Atlântica trocou os títulos da dívida externa brasileira que estavam no fundo por outros investimentos que não estavam programados. De acordo com o processo, todo o dinheiro teria sido aplicado em ativos privados sem o consentimento do Postalis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo sofreu esta semana a segunda derrota significativa em um fundo de pensão desde que o PT chegou à Presidência da República em 2002. Por cerca de 9 mil votos, a chapa apoiada pelo Planalto perdeu a eleição na Fundação dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), maior fundo do País, com um patrimônio de R$ 170 bilhões.

Na semana passada, uma chapa formada por auditores da Caixa Econômica Federal já havia vencido a disputa para representantes eleitos do Fundo de pensão do órgão, a Funcef, o terceiro maior do Brasil. O grupo levou a melhor frente a representantes mais tradicionais no cenário político dos fundos de pensão.

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Para um ex-executivo da Previ, o resultado dessas eleições mostra um esgotamento do modelo de gestão do PT e uma insatisfação muito grande com o posicionamento dos sindicatos nos últimos anos.

"Houve uma grande rejeição aos sindicatos, especialmente nos votos dos aposentados", disse. A chapa apoiada pelo governo na Previ tinha como base nomes ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

Assim como na Funcef, a diretoria da Previ também é formada por diretores eleitos e indicados pela instituição patrocinadora. A presidência e diretorias ligadas a investimentos e participações societárias são sempre escolhidas pela patrocinadora. Apesar disso, o resultado das últimas eleições tende a mexer um pouco no pêndulo do poder, deixando espaço para uma oposição dentro da direção do órgão.

A chapa vencedora na Previ é liderada pelo grupo formado pela ex-diretora Cecília Garcez e do ex-presidente da Associação Nacional de Aposentados do Banco do Brasil (Anabb) Walmir Camilo.

Quem acompanhou os desdobramentos das eleições na Funcef e na Previ ressalta que as razões de insatisfação nas duas fundações são diferentes. Na primeira, as principais críticas são em relação a estratégia de investimento do patrimônio do fundo, com o uso das reservas em investimentos apontados como menos rentáveis e mais voltados aos interesse do governo.

Já na Previ, o grande foco de insatisfação gira em torno da suspensão do pagamento do Benefício Especial Temporário (BET) e a retomada da cobrança das contribuições. Criado em 2010, o Benefício Especial Temporário (BET) era previsto para terminar no final de 2014, mas seu fim foi antecipado no final do ano passado. O valor extra correspondia a 20% do benefício recebido por aposentados e pensionistas admitidos até 1997. A principal plataforma eleitoral da chapa vencedora foi a volta do BET.

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (11), sete pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraudes de fundos de pensão de servidores municipais em todo o Brasil. Durante a Operação Fundo Falso, policiais realizaram 14 mandados de busca e apreensão em São Paulo e São José do Rio Preto.

A PF ainda não revelou a identidade dos presos, mas informou que o grupo montou uma empresa de consultoria financeira que deveria indicar as melhores opções de investimento aos fundos de pensão. De acordo com as investigações, no entanto, os suspeitos destinavam os recursos dos fundos a aplicações temerárias em troca de comissões pagas por operadores do mercado financeiro.

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As investigações começaram em 2012, a partir de auditorias do Ministério da Previdência, que constataram fraudes nas aplicações. Segundo a PF, a ação do grupo, no longo prazo, comprometeria a aposentadoria dos servidores que contribuíram com os fundos alvos de fraude.

Os envolvidos vão responder pelos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta, fraude em licitação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. As penas para esses crimes variam de 1 a 12 anos de prisão.

O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, descartou no sábado a possibilidade de os fundos de pensão participarem do regime de recompra de títulos públicos do país, uma parte crucial do plano grego para reduzir sua dívida e reconquistar a confiança de credores internacionais. "A recompra não se relaciona com os fundos de pensão, uma vez que não seria eliminar a dívida. Seria considerado como cobrança do país a si mesmo", disse Samaras em entrevista ao jornal Proto Thema.

Na semana passada, os ministros das Finanças da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concordaram com uma série de medidas para reduzir os encargos da dívida da Grécia, abrindo caminho para a liberação de 44 bilhões de euros em ajuda ao país. A medida mais significativa é um plano de recompra de cerca de metade das dívidas que estão com credores privados pelo governo grego. O total chega a 62 bilhões de euros. Detalhes devem ser anunciados na segunda-feira.

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Participantes do mercado esperam que a Grécia utilize cerca de 10 bilhões de euros, emprestados de um fundo de resgate temporário da Europa, para comprar de volta 30 bilhões de euros em dívida, pagando um preço médio de entre 30 e 35 centavos de euro sobre o valor de face dos títulos. As informações são da Dow Jones.

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