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O Estado de Santa Catarina atendeu a recomendação do Ministério da Agricultura e declarou emergência zoossanitária em virtude dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectados no Estado. A medida foi publicada em decreto em edição extra no Diário Oficial do Estado e tem validade de 180 dias.

Em nota, o governo do Estado disse que a medida "possibilita a mobilização de verbas da União, a articulação com outros ministérios, organizações governamentais das três esferas e organizações não governamentais". Com o decreto, o Estado pode também oferecer recursos próprios para serem aplicados nas ações de combate à doença. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Estado tem dois casos de gripe aviária detectados, sendo um ave silvestre e outro em ave de subsistência.

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A medida segue orientação do Ministério da Agricultura, que recomendou nesta quinta-feira, 20, que Estados declarem emergência zoossanitária para poderem acessar recursos da União para conter o avanço da gripe aviária. "Essa união é importante porque reforça o nosso pedido para que o Ministério argumente junto ao Japão. Certamente outros casos virão em outros Estados e é preciso ter um plano rápido de ação para minimizar os prejuízos", disse o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).

O governo federal já havia declarado emergência zoossanitária em todo o território nacional em 22 de maio, o que possibilitou a liberação de R$ 200 milhões em recursos direcionados para ações de controle e combate à influenza.

O Ministério da Agricultura confirmou que o Japão suspendeu a importação de aves vivas e carne de aves de Santa Catarina, após a notificação de um foco de gripe aviária em produção de subsistência (fundo de quintal) no Estado. Em nota divulgada no fim da noite desta segunda-feira (17) ,a pasta esclareceu que o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) comunicou a decisão ao Brasil até que o governo brasileiro encaminhe informações detalhadas sobre o caso. O embargo do Japão aos produtos avícolas catarinenses foi antecipado na tarde de segunda pelo Estadão/Broadcast, que obteve acesso ao documento enviado pelo ministérios aos frigoríficos.

De acordo com o ministério, os esclarecimentos demandados pelo Japão foram enviados ainda nesta segunda. "O ministério segue trabalhando para que o impacto das restrições seja o menor possível aos exportadores brasileiros. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lidera uma delegação oficial que se reunirá com autoridades japonesas em Tóquio, na próxima semana, no intuito de que as autoridades do MAFF ajustem as exigências de importação de aves e seus produtos às diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)", observou a pasta, em referência à determinação do Japão contrariar a recomendação da OMSA.

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O Código Sanitário de Animais Terrestres da OMSA prevê que as notificações em aves silvestres e ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.

A suspensão do Japão ocorre após o registro de um foco de IAPP em aves de criação doméstica no município de Maracajá, confirmado pelo Ministério no último sábado (15). De acordo com a pasta, no local encontravam-se múltiplas espécies de aves - galinha, galinha-d'angola, faisão, ganso, pato, perdiz e peru -, as quais eram criadas soltas e não eram destinadas à produção comercial. Segundo a pasta, a propriedade tem uma pequena área alagada (açude), onde circulam aves silvestres de vida livre. "Diante da situação, o ministério informa que a propriedade está interditada desde o primeiro atendimento realizado pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Após a confirmação, todas as aves foram eutanasiadas e as carcaças foram destruídas e enterradas", esclareceu a pasta na nota.

O Japão já havia embargado as importações de produtos avícolas do Espírito Santo por um caso semelhante.

A Secretaria de Agricultura de Santa Catarina confirmou neste sábado (15) o primeiro foco de infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 em ave de criação doméstica. Segundo o órgão, o caso não deve impactar o comércio internacional, já que não foi detectado em granjas comerciais.

O Estado já teve outro caso do vírus confirmado, em São Francisco do Sul, mas em ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real.

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Santa Catarina é o segundo maior produtor e exportador de frango do País. Por isso, a secretaria estadual destacou que o comércio não será comprometido. "A ocorrência de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves de subsistência (fundo de quintal) não compromete a condição sanitária do Estado de Santa Catarina e do País como livre de IAAP, já que a produção comercial segue sem qualquer registro", informou em nota a secretaria.

O Ministério da Agricultura confirmou a informação e, com isso, o Brasil tem agora 64 focos de IAAP detectados nos Estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Não há registro da doença na produção comercial. Segundo o Ministério da Agricultura, as notificações em aves silvestres e ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura atualizou o número de casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1). Foram registrados 4 novos casos e o total passou para 57, dos quais 56 em aves silvestres e um foco em produção de subsistência, de criação doméstica, no Espírito Santo. De acordo com a pasta, há ainda outras 15 investigações em andamento.

Os focos confirmados estão nos Estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Já em Estados como Roraima, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais a investigação ainda está em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Japão suspendeu temporariamente a compra de carne de frango proveniente do Estado do Espírito Santo, após ocorrência de focos da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma ave de subsistência (fundo de quintal) no município de Serra (ES). A informação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que disse em comunicado lamentar a decisão do país asiático.

Segundo a ABPA, "a decisão tomada pelas autoridades japonesas não está em linha com as orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que indica suspensão de comércio apenas em casos registrados em produção comercial". "Cabe lembrar que a avicultura industrial do Brasil segue sem qualquer registro da enfermidade", acrescentou.

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Atualmente, porém, o Japão não importa produtos do Espírito Santo. O Estado representa 0,19% do total exportado pelo Brasil, conforme dados de 2022. "De qualquer forma, independentemente ao fato registrado, a ABPA lembra que não há qualquer risco de transmissão da enfermidade por meio do consumo de produtos, informação que é respaldada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), OMSA e todos os órgãos internacionais de saúde humana e animal."

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial no domingo (25), às 19 horas, que dois novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 48 casos da doença em aves silvestres no País.

De acordo com o ministério, há outras nove investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

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As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 19h, que cinco novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 46 casos da doença em aves silvestres no País. De acordo com o ministério, há outras seis investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

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Detecção da gripe aviária

O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA/SP) obteve resultado satisfatório em rodada internacional de Ensaios de Proficiência (EP) para a detecção do vírus da influenza aviária, informou o Ministério da Agricultura. Essa avaliação garante a qualidade e a competência dos laboratórios em apresentar resultados confiáveis e é realizada anualmente pela OFFLU, uma rede global de especialistas em influenza animal.

A ação este ano foi organizada pelo CSIRO/Australian Center for Disease Preparedness em nome da OFFLU para determinar o desempenho individual de cada laboratório na detecção do vírus influenza A e dos subtipos H5, H7 e H9 do vírus da gripe aviária usando testes moleculares (PCR convencional ou PCR em tempo real).

Os resultados do LFDA/SP foram avaliados como aceitáveis e demonstraram que os protocolos implantados são capazes de detectar e caracterizar não só a gripe aviária de notificação obrigatória, como outros vírus influenza A relevantes para a saúde animal e a saúde pública.

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 19h desta quinta-feira (22) que dois novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 41 casos da doença em aves silvestres no País.

De acordo com o ministério, há outras 11 investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

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O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira (12) em atualização na plataforma oficial às 8h30 (de Brasília), que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 31 casos da doença em aves silvestres no País.

De acordo com o ministério, há outras oito investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

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As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura informou, em nota atualizada nesta quarta-feira (7), às 19h, que três novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 25 casos da doença em aves silvestres no País.

De acordo com o ministério, há outras nove investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

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O vírus H5N1, que originou uma onda recorde de gripe aviária no mundo, evolui rapidamente, alertam os especialistas, enquanto aumentam os pedidos para que os países vacinem suas aves.

Se o risco para humanos continua pequeno, o número crescente de casos entre os mamíferos é considerado preocupante, segundo especialistas entrevistados pela AFP.

Desde sua aparição, em 1996, o vírus da gripe aviária H5N1 provocava contágios de temporada.

Mas "algo aconteceu" em meados de 2021, pois o vírus se tornou mais infeccioso, segundo Richard Webby, virologista e diretor do centro de pesquisa sobre as patologias aviárias da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde então, as epizootias se tornaram anuais e se propagaram para novas regiões, o que provocou mortes em larga escala de pássaros selvagens e a eliminação de dezenas de milhões de aves.

Para Webby, esta é a maior epizootia de gripe aviária já conhecida.

Richard Webby coordenou as pesquisas, publicadas nesta semana na revista Nature Communications, que mostram que o vírus evoluiu rapidamente, propagando-se da Europa para a América do Norte.

Os cientistas também infectaram um furão com uma das nove cepas da gripe aviária. Encontraram uma quantidade "enorme" e inesperada de vírus em seu cérebro, o que mostra uma doença mais grave do que com as cepas anteriores, disse à AFP.

Embora observando um risco ainda pequeno para o ser humano, Webby destacou que "este vírus não é estático, evolui, o que aumenta o risco de que, mesmo por acaso, o vírus possa adquirir traços genéticos que permitam converter-se em vírus humano".

São poucos os casos de humanos que contraíram o vírus, às vezes mortal, geralmente após um contato próximo com pássaros infectados.

Mas a detecção da doença em um número crescente de mamíferos, incluindo novas espécies, é "um sinal verdadeiramente preocupante", disse Webby.

Na semana passada, o Chile anunciou que quase 9.000 aves marinhas morreram de gripe aviária na costa norte do país desde o início de 2023. A maioria teria contraído o vírus depois de ingerir pássaros infectados.

"As transmissões recentes a mamíferos devem ser monitoradas de perto", advertiu em fevereiro o diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom.

No entanto, não há "provas claras de que este vírus permaneça facilmente nos mamíferos", segundo Ian Brown, diretor de virologia na Agência Britânica de Saúde Animal e Vegetal.

E mesmo que o vírus siga evoluindo para ser "mais eficaz nas aves", continua sendo "inadequado para os humanos", indicou à AFP.

Um dos maiores meios para diminuir o número de casos de gripe aviária e reduzir o risco para os humanos seria a vacinação das aves, destacou Richard Webby.

Alguns países, entre eles China, Egito e Vietnã, já organizaram campanhas de vacinação. Mas outros hesitam diante das possíveis restrições às importações e temores de que os pássaros infectados passem pelos controles.

O vírus da influenza aviária de baixa patogenicidade (H9N2) foi constatado em um pato de vida livre, da espécie Cairina moschata, na cidade de Pará de Minas, no Estado de Minas Gerais. A informação é do Ministério da Agricultura, que confirmou nesta quinta-feira (1º) a detecção do vírus.

Segundo comunicado do ministério, a descoberta de um novo subtipo do vírus não tem relação com os focos confirmados de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres nos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, não requer a aplicação de medidas emergenciais e não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP. O ministério ressalta que a influenza aviária de baixa patogenicidade não é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.

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A detecção foi decorrente das ações previstas no Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, e demonstra a atuação intensa do sistema de vigilância em saúde animal.

O governo explica que os diversos subtipos do vírus da Influenza A podem infectar esporadicamente outras espécies, como mamíferos, incluindo humanos. Os casos de infecção humana registrados são esporádicos, relacionados à exposição sem proteção adequada às aves doentes, não havendo registros de transmissão entre humanos.

Evidências de presença de outros vírus de influenza aviária de baixa patogenicidade já foram encontradas no Brasil anteriormente. Esses vírus circulam normalmente em populações de aves silvestres, principalmente as aquáticas, em todo o mundo, causando doença leve ou assintomática em aves domésticas e selvagens.

O contato direto, sem proteção adequada, com aves doentes ou mortas deve ser evitado pela população em geral. Todas as suspeitas de IA em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio ou pelo e-Sisbravet (gov.br/agricultura/pt-br/notificacao).

Novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade

O Ministério da Agricultura informa, ainda, que foram confirmados nesta quinta-feira mais seis focos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), subindo para 19 o número de confirmações de focos em aves silvestres no Brasil. No Estado do Espírito Santo foram mais quatro focos. Os outros dois novos focos foram no Estado do Rio de Janeiro.

O Rio Grande do Sul registrou seu primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto). A confirmação foi divulgada na noite desta segunda-feira, 29, pelo Ministério da Agricultura, em nota. O animal doente foi encontrado na Estação Ecológica do Taim, sul do Estado e o local já foi interditado para visitação.

Com os casos notificados hoje, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil, sendo nove no Estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma; três casos no Estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.

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A doença já foi identificada ao todo em seis espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto).

O ministério informa ainda que segue em alerta e que, com a intensificação das ações de vigilância, é "comum e esperado o aumento de notificações sobre mortalidades de aves silvestres em diferentes pontos do litoral do Brasil".

Reforça, ainda, que o Brasil continua livre de influenza aviária em criações comerciais e que mantém seu status de livre da doença. "O consumo de carne e ovos se mantém seguro no País", assegura, na nota.

O Rio de Janeiro registrou um caso de gripe aviária (H5N1) em um animal encontrado na capital fluminense. A ave, um trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), foi capturada na terça-feira, 23, na Ilha do Governador, na zona norte da cidade. Trata-se do primeiro caso conhecido da doença na cidade do Rio de Janeiro.

Antes do caso verificado na capital, duas outras aves silvestres com influenza aviária foram identificadas nos municípios de São João da Barra, no norte do Estado, e em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

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Os técnicos ressaltaram que não há motivos de preocupação da população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa, de acordo com comunicado do governo do Estado. "É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas)."

A Secretaria de Agricultura recomenda que a população evite contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres ou exóticas e migratórias, além de mamíferos aquáticos de qualquer espécie. Suspeitas de contaminação devem ser comunicadas ao Núcleo de Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental municipal.

Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura decretou emergência zoosanitária em todo o território nacional, que tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna silvestre e a saúde humana.

Monitoramento intensificado

A contaminação do trinta-réis-de-bando recolhido na Ilha do Governador foi confirmada no sábado, 27, pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Três profissionais que trabalharam na captura da ave estão sob monitoramento pelas secretarias municipal e estadual de Saúde do Rio de Janeiro.

As autoridades estaduais informaram que intensificaram o monitoramento e as ações de prevenção para evitar a disseminação do vírus no Estado.

Nesta semana, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento divulgou o Plano de Contingência com medidas de controle para detectar e conter a disseminação da doença. O documento estabelece o fluxo de informação entre os órgãos envolvidos por se tratar de zoonose com potencial pandêmico.

As autoridades devem trocar informações sobre mortalidade suspeita de aves, assim como pessoas com suspeita de síndrome gripal com histórico de contato com aves suspeitas.

A Secretaria de Agricultura aconselhou criadores de aves a redobrar os cuidados como proibir visitas às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento do galpão; manter o portão de acesso das propriedades fechado; desinfectar veículos e materiais que acessem as granjas; ter cuidados com ração e água; e manter registro de pessoas e veículos.

O Ministério da Agricultura informou, em nota, que três novos casos de gripe aviária foram detectados em aves silvestres no Espírito Santo. De acordo com a pasta, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou os novos casos positivos para influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, o H5N1). Os casos estavam em investigação desde a semana passada e, com isso, o total de registros no País subiu para 8.

De acordo com o ministério, o vírus foi identificado nas aves da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) e os animais foram encontrados nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória. Do total de casos identificados até o momento, sete foram reportados no Espírito Santo (Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim) e um no Rio de Janeiro (São João da Barra). As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-de-bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis-real).

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O ministério reforçou, na nota, o alerta para que o serviço veterinário seja acionado caso aves doentes sejam localizadas. "Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial", informou a pasta.

Na segunda-feira (22), o ministério declarou estado de emergência zoosanitária em todo o território nacional por 180 dias, como medida para evitar a propagação da doença para a produção de aves de subsistência e comercial. "A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais - nas três instâncias: federal, estadual e municipal - e não governamentais. Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessários para executar as ações de emergência visando à não propagação da doença", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

O Ministério da Agricultura publicou na noite desta segunda-feira (22) em edição extra do Diário Oficial da União, a Portaria 587, que confirma a declaração de estado de emergência zoossanitária em todo território nacional, por 180 dias, em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil. A decisão foi antecipada mais cedo pelo Broadcast Agro.

A Portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a vigência da Portaria 572, de 29 de março de 2023, que estabelece medidas preventivas contra o ingresso e a disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade.

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nota mais cedo, conforme noticiou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na qual afirma que a medida adotada pelo Ministério da Agricultura já era "prevista e amplamente discutida" com o setor produtivo.

Para a ABPA, o único propósito da portaria é a "desburocratização de processos para ganhar maior agilidade nas ações de monitoramento e eventuais necessidades de ações de mitigação".

O Instituto Butantan, em São Paulo, começou a desenvolver uma vacina contra a gripe aviária. Segundo o instituto, os testes estão sendo realizados com cepas vacinais que foram cedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o primeiro lote já está pronto para o início dos testes pré-clínicos, ou seja, testes em laboratório.

O Butantan informou que a vacina começou a ser desenvolvida devido à preocupação de que ela possa se tornar uma nova pandemia. “A gripe aviária tem o potencial de causar nova pandemia, daí a mobilização da instituição, que se iniciou em janeiro deste ano”, disse o instituto, em nota. 

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O processo de desenvolvimento de uma vacina é demorado e feito em diversas etapas. Após o estágio da realização dos testes pré-clínicos, que vão demonstrar a segurança e o potencial da vacina, são realizados os testes clínicos em humanos, que é a etapa mais longa. Na fase clínica, que necessita de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser realizada, são analisadas a segurança, a eficiência e a eficácia da vacina. Caso a vacina tenha um bom desempenho na fase clínica, ela é submetida a um registro pela Anvisa e só então poderá ser aplicada na população. 

A influenza aviária (H1N5), também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa. A transmissão da doença ocorre pelo contato com aves doentes, vivas ou mortas. O vírus não infecta humanos com facilidade, mas o aumento de casos recentemente deixou as autoridades sanitárias do mundo todo em alerta.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), as infecções deste vírus em humanos têm sido pouco frequentes. Mas sempre que o vírus da gripe aviária circula entre as aves, como alertou o Ministério da Agricultura do Brasil na semana passada, quando confirmou os primeiros casos de gripe aviária em animais no país, há um risco de casos humanos esporádicos.

Em humanos, a gripe aviária pode ser grave, com alta taxa de mortalidade. Ainda segundo o Ministério da Saúde, a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada, ou seja, por enquanto, o vírus não se espalha facilmente de pessoa para pessoa.

Neste final de semana, o Ministério da Saúde descartou a suspeita de gripe aviária que teria acometido um funcionário do Parque da Fazendinha, no Espírito Santo. No local, foi encontrada uma ave com a doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a primeira morte por gripe aviária no mundo. A mulher, de 56 anos, morava na província de Guangdong, na China, e começou a apresentar sintomas em 22 de fevereiro. No dia 3 de março, ela precisou ser hospitalizada em razão de uma pneumonia grave e morreu no dia 16 do mesmo mês. No último dia 27, o governo chinês confirmou que a paciente foi infectada pelo vírus H3N8, causador da gripe aviária.

O caso foi detectado por meio do sistema de vigilância de infecções respiratórias agudas graves. A mulher tinha comorbidades e um histórico de exposição a aves vivas antes do início dos sintomas da doença, além de contato com pássaros selvagens dentro da própria casa.

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De acordo com a OMS, apenas três casos de gripe aviária foram identificados em humanos em todo o mundo – todos na China. “Uma investigação epidemiológica e o rastreamento de contatos próximos foram realizados. Não foram encontrados outros casos entre pessoas próximas ao indivíduo infectado”, destacou a entidade, por meio de nota.

“Com base nas informações disponíveis, o vírus não parece ter a capacidade de se espalhar facilmente de pessoa para pessoa e, portanto, o risco de se espalhar entre humanos em níveis nacional, regional e internacional é considerado baixo”, avaliou a organização. “Entretanto, devido à natureza de constante evolução dos vírus influenza, a OMS enfatiza a importância da vigilância global para detectar alterações virológicas, epidemiológicas e clínicas associadas aos vírus influenza circulantes.”

Entenda

Os vírus da gripe aviária são comumente detectados em animais em todo o mundo. São alguns dos subtipos mais frequentemente encontrados em aves, causando pouco ou nenhum sinal de adoecimento em pássaros domésticos e selvagens. A chamada transmissão entre espécies do H3N8 foi reportada em diversos mamíferos, inclusive de forma endêmica entre cães e cavalos.

Brasil

No último dia 30, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou portaria que suspende, em todo o território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. A medida, de caráter preventivo, tem validade inicial de 90 dias e foi tomada em função do risco de ingresso e de disseminação de casos de gripe aviária no país.

Em janeiro, nota técnica da pasta já alertava para a necessidade de adoção de medidas preventivas contra a gripe aviária em razão do aumento de notificação de casos em diversos países. Na ocasião, o govrno federal determinou o aumento das atividades de vigilância sanitária nos estabelecimentos avícolas por parte de órgãos estaduais de vigilância sanitária animal.

O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (30) portaria com "medidas preventivas em função do risco de ingresso e de disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade no País".

Com isso, fica suspensa, em todo o território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves, além da criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados pelo ministério. A suspensão terá duração de 90 dias, podendo ser prorrogada mediante avaliação da Secretaria de Defesa Agropecuária.

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O ato estabelece ainda que a suspensão não implicará prejuízos à certificação concedida aos estabelecimentos de produção orgânica pelo ministério e será aplicada a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

A França sacrificará milhões de animais no noroeste do território para impedir uma nova epidemia de gripe aviária que afeta os avicultores. Desde o final de fevereiro, as infecções aumentaram drasticamente no oeste do território, particularmente no departamento de Vendée.

No início do mês, o departamento registrou 58 infecções, mas poucos dias depois, o último balanço registrou 187. "Atualmente, eliminamos cerca de 1,2 milhão de animais e estimamos que ainda temos que abater 3 milhões" na região, disse o Ministério da Agricultura à imprensa nesta sexta-feira.

"Teremos perdas econômicas fenomenais que serão suportadas no todo ou em parte pelo Estado. Apesar de tudo, haverá custos de danos colaterais, falta de produção [de aves] nas próximas semanas", prevê Christophe Labour, presidente da avicultura seção do sindicato agrícola FNSEA para a região do Pays de la Loire.

O alcance desta crise já supera o do ano passado, que ocorreu especialmente no sudoeste, região onde se produz foie gras. Nesse período, cerca de 500 surtos de gripe aviária foram identificados em fazendas e 3,5 milhões de animais, principalmente patos, foram abatidos.

Nesta temporada, desde que o primeiro caso foi detectado no final de novembro, 649 focos foram registrados em fazendas, segundo o Ministério. E mais de quatro milhões de aves já foram abatidas, a maioria no Sudoeste. Dessa forma, há menos aves nas granjas, o que dificulta a multiplicação do vírus.

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