O tempo chuvoso chegou e, com isso, a mudança de tempo ameniza o calor, mas pode trazer complicações à saúde. Algumas doenças tendem a acometer por conta dessa alteração climática e a principal delas é a gripe, por ser um vírus de fácil contágio, principalmente por conta do clima frio e também se propaga em lugares fechados como ônibus, salas de aula ou de trabalho, por exemplo. A gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza e a sua principal forma de transmissão é pelas gotículas expelidas na tosse e espirro.
De acordo com Jane Frazão, clínica geral, a maneira mais efetiva de evitar a gripe é com a vacinação e com medidas simples de controle de infecção como a lavagem das mãos com água e sabão. Já para quem está doente, deve cobrir a boca quando tossir ou espirrar para evitar a disseminação de gotículas no ambiente, além de evitar lugares fechados e populosos para evitar o contágio de outras pessoas.
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Ela lembra que em alguns países asiáticos, onde a concentração de pessoas é muito alta, é comum ver as pessoas usando máscaras nos trens durante os meses com maior incidência de gripe.
Os brasileiros costumam confiar na vitamina C como a solução do vírus, no entanto, vale lembrar que isso é um mito. “A vitamina C não é capaz de prevenir ou curar a gripe. E a suplementação só está indicada em pessoas que tenham deficiência comprovada dessa vitamina. A melhor maneira de prevenir a deficiência de vitamina C é com uma alimentação saudável e bem balanceada”, esclarece a médica.
A boa aliementação, sim, pode agregar auxílio para evitar a gripe, no entanto, não é capaz de curá-la. Segundo Frazão, não existem alimentos que "cortem" a gripe, porém é importante manter o corpo bem nutrido, pois, algumas vezes, o que se chama popularmente ‘imunudade baixa’ pode estar relacionado a desnutrição - que nem sempre é sinônimo de baixo peso – e, sim, a carências nutricionais. É fundamental o consumo de frutas, legumes e verduras para manter uma boa saúde como um todo. Isso é importante, pois pacientes hipertensos, diabéticos, tabagistas, dislipidêmicos e coronariopatas são grupos de risco para casos mais graves de todas as infeccões, incluindo a gripe.
A médica esclarece que existem vários grupos e subtipos virais. Por exemplo, a famosa gripe H1N1 é causada pelo subtipo viral H1N1 do vírus Influenza do Grupo A - que foi capaz de casar uma pandemia de gripe, pois a população não era imune a esse subtipo. “As epidemias são mais comuns no inverno e o Grupo A é o mais associado a surtos, afinal, é o que tem maior incidência de variações antigênicas periódicas, de forma que consegue "driblar" melhor nossa memória imunológica.
Vacinação - A Secretaria de Saúde do Recife informou que, durante a Campanha de Vacinação contra a Influenza atingiu cerca de 56,4% do público alvo, apenas. A ação foi finalizada no últmo dia 12, no entanto, o Ministério da Saúde autorizou a permanência da aplicação das vacinas aos pertencentes ao grupo de risco, como: as crianças entre seis meses e cinco anos, gestantes, mulheres que tiveram filhos há menos de 45 dias, trabalhadores de saúde, povos indígenas, idosos, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas. Estas pessoas devem procurar uma Unidades de Saúde da Família (incluindo as Upinhas Dia e 24h), Unidades Básicas Tradicionais e Policlínicas da rede municipal, das 8h às 17h. A vacina imuniza contra os principais vírus e é de grande importância para os grupos vulneráveis, pois a gripe, nestes casos, pode levar à morte, alerta a Secretaria de Saúde.