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O Festival de Roterdã, na Holanda, começa nesta quarta-feira (22) e segue até o dia 2 de fevereiro. Serão 10 dias de mostras de filmes de todo o mundo, com presença forte do cinema brasileiro.

Na disputa pelo Prêmio Tiger, o principal da competição, estão os filmes Casa grande, longa-metragem de Felipe Barbosa, e Riocorrente, de Paulo Sacramento. O primeiro explora a questão dos privilégios de classe, com a história de um jovem que tenta escapar dos seus pais supeprotetores enquanto a família passa por dificuldades financeiras. A trama do segundo é sobre um triângulo amoroso paralelo à história de um menino de rua. O Brasil é o único país com dois filmes disputando o prêmio Tiger de longa-metragem.

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Além de Casa Grande e Riocorrente, o curta O Porto também entra na disputa do prêmio Tiger, mas na categoria de curta-metragem. A mostra Bright Future conta com os longas Depois da Chuva, de Cláudio Marques e Marília Hughes, e com A história da eternidade, primeiro filme do pernambucano Camilo Cavalcante. Depois da Chuva foi exibido no Janela Internacional de cinema do Recife, em 2013.

Na categoria Spectrum, serão exibidos Educação Sentimental, de Júlio Bressane, e Periscópio, de Kiko Goifman, além de O sangue na Bahia é quente, uma cooprodução com a Itália, dirigida por Aurelio Grimaldi. Já a seção dedicada aos curtas-metragens, com viés artístico e experimental, possui quatro filmes brasileiros: Rua de Mão única, de Cinthia Marcelle e Tiago Mata Machado; Terno, de Gabriela Amaral Almeida e Luana  Demange; A que deve a honra da ilustre visita este simples marquês?, de Rafael Urban e Terente Keller; e Verona, de Marcelo Caetano. Além desses, Apicula Enigma, uma coprodução Brasil-Reino Unido-Espanha de Marine Hugonnier, integra a mostra.

Amores Roubados entra em sua reta final esta semana. A minissérie da Globo acertou ao investir na qualidade técnica e em um bom roteiro, feito a partir da adaptação livre da obra A emparedada da Rua Nova, romance do pernambucano Carneiro Vilela.

A minissérie chamou atenção pela temática do sexo e da traição. Leandro (Cauã Reymond) retorna à terra natal, conquistando as mais belas e poderosas mulheres da cidade. O desejo é apenas uma diversão para o sommelier até ele conhecer Antonia (Isis Valverde), filha de um poderoso empresário da região que retornou da Europa.

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No entanto, Amores Roubados é muito mais do que desejo e traição. Por trás das relações, um sertão secular pode ser visto. Leandro, filho de uma prostituta, vive um romance com uma filha de empresário, que representa um típico coronel latifundiário modernizado. A competente direção de arte de Moa Batsow faz o contraste entre dois cenários: o casarão da fazenda, a empresa de vinhos e as casas de barro da região.

A produção se aproxima da estética das séries de TV que são exibidas nos canais fechados. Tanto é que, diversos sites especializados em falar sobre seriados incluiram Amores Roubados na lista. Talvez o único pecado da minissérie seja a dublagem de algumas falas, que foram temas de queixas nas redes sociais. 

O elenco pernambucano ganha cada vez mais destaque na história com Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa, que não se tornam sombras ao lado de estrelas de destaque nacional como Cauã Reymond e Murilo Benício. Outro ponto positivo é a trilha sonora. Diferentes estilos musicais entram em cena no momento certo, seja um forró da região ou os sintetizadores da banda The XX, escolha surpreendente que mostra não ser preciso optar por músicas de forte apelo comercial para agradar o público. As duas músicas do trio inglês, Angels e Intro que estão na minissérie conquistaram o topo do Itunes depois que Amores roubados começou.

Esta é a última semana da minissérie, que deixa aberto o espaço para boas produções na programação da TV aberta baseadas em obras legitimamente brasileiras. Os altos pontos de audiência são uma resposta ao elevado padrão técnico de Amores Roubados. Não é todo dia que uma fotografia excelente, como a de Walter Carvalho, aparece na TV aberta. Resta esperar a próxima parceria do roteirista George Moura e do diretor José Luiz Villamarim, que também trabalharam na ótima O canto da sereia em 2013.

O horário da minissérie muda a partir desta terça (14). Por causa da estreia do Big Brother Brasil, a trama começa às 23h10 (horário de Brasília), logo após o reality.

O premiado Tatuagem, dirigido pelo pernambucano Hilton Lacerda, chega aos cinemas brasileiros no dia 15 de novembro. As primeiras cidades a receber o filme são Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Vitória, Manaus e Belo Horizonte.

Em entrevista realizada na Fundaj, no dia 16 de outubro passado, Hilton Lacerda falou ao Portal LeiaJá sobre a essência do filme. “Este trabalho é como se fosse uma grande metáfora sobre os dias de hoje, sobre as intolerâncias, de que forma os governos têm se comportado diante da população, e de que forma a sociedade tem se visto”, disse ele.

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Confira como foi a exibição de Tatuagem durante a I Janela Internacional de Cinema do Recife, na Fundaj

O filme tem roteiro do próprio Hilton e conta no elenco com Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa, Rodrigo Garcia, Silvio Restiffe e Sylvia Prado. Tatuagem se passa no ano de 1978, e fala dos confrontos e reflexões de uma geração vistos a partir da periferia, ao mesmo tempo em que acompanha o romance entre um soldado de 18 anos e um agitador cultural.

Nesta sexta-feira (11), depois de ter rodado por grandes festivais, a exemplo de Gramado e do Rio, a produção pernambucana Tatuagem vai ter a sua primeira sessão no Recife. O filme será o longa da abertura da 6ª Janela Internacional de Cinema do Recife, no Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista.

Tatuagem foi exibido publicamente pela primeira vez durante o 41º Festival de Gramado, onde ganhou quatro prêmios, inclusive o de melhor filme. Também foram premiadas a performance de Irandhir Santos e a trilha sonora composta por Hélder Aragão (DJ Dolores).

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O filme tem roteiro do próprio Hilton Lacerda, diretor do longa, e produção da REC, empresa responsável por premiados títulos como Cinema Aspirinas e Urubus, Baixio das Bestas e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo. Do Recife, o filme segue para a 37ª Mostra de São Paulo, onde concorre no programa Mostra Brasil – Perspectiva Internacional, e no dia 15 de novembro entra em cartaz nacionalmente.

Serviço

Abertura oficial do Janela 2013 com exibição de Tatuagem

Sexta (11) | 21h30

Cine São Luiz (Rua da Aurora - Boa Vista)

Tatuagem, longa-metragem dirigido por Hilton Lacerda, foi o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado. A produção pernambucana levou três prêmios: melhor filme nacional, melhor trilha sonora e melhor ator - para Irandhir Santos.

A cerimônia de premiação aconteceu neste sábado (17), no município gaúcho que abriga o tradicional festival e dá nome a ele. Tatuagem é o primeiro longa dirigido por Lacerda, roteirista dos filmes Amarelo Manga e Febre do Rato. A trilha sonora vencedora é assinada pelo DJ Dolores.

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Com a trama central focada em um amor entre dois homens, o longa faz referência ao Vivencial Diversiones, grupo teatral "subversivo" e desafiador que fez história em Pernambuco durante o período da ditadura.

O prêmio de melhor atriz foi para Leandra Leal, pela atuação em Éden. Repare Bem, de Maria de Medeiro, venceu a categoria de melhor filme estrangeiro. Já na competição de curtas, quem levou a melhor foi Acalanto, de Arturo Sabóia.

Confira a lista completa de vencedores.

Pela 39.ª vez, o Festival Sesc Melhores Filmes traz de volta à tela do Cinesesc o que de melhor passou pelos cinemas paulistanos no ano anterior. O evento começa nesta quarta-feira, com a cerimônia de premiação dos vencedores, que foram eleitos por público e crítica. Para a festa, que entrega troféus nas categorias de melhor filme, documentário, ator, atriz, direção, roteiro e fotografia para as produções brasileiras e melhor filme, direção, ator e atriz para as estrangeiras. Estarão presentes ainda Irandhir Santos, João Miguel, Betty Faria, Djin Sganzerla e os diretores Cláudio Assis, Beto Brant, Edgard Navarro, Hilton Lacerda, Caetano Gotardo e Marcelo Machado, além do pianista Nelson Ayres e do diretor-geral do Sesc, Danilo Miranda.

Após a premiação, será exibido "O Que se Move", primeiro longa do jovem diretor Caetano Gotardo. Com estreia prevista para 10 de maio, conta a história de três famílias que precisam lidar com mudanças bruscas.

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Já na programação, que começa na quinta, às 14h30, com a exibição do iraniano "A Separação", há 40 filmes. Destes, 23 são estrangeiros e 17 brasileiros. Entre os mais votados, há desde o brasileiro "A Febre do Rato", de Cláudio Assis, até o controverso "Holy Motors", com sessão na sexta, às 21h30, passando pelo pop "007 - Operação Skyfall", no sábado, às 14h30.

O ecletismo do festival se nota também nos eventos paralelos. Entre cursos livres, seminários e edições especiais do Cinema da Vela, de quarta até o dia 25, merece destaque o curso "A Boca do Lixo e o Cinema de Carlos Reichenbach", que traça um panorama da produção do diretor Carlos Reichenbach, o Carlão, morto em maio de 2012. Parceiro de longa data, foi no Cinesesc que ele realizou (de 2004 a 2012), mensalmente, a Sessão do Comodoro, que se tornou ponto obrigatório para todos os que queriam assistir a filmes raros e originais, que eram escolhidos, apresentados e exibidos por Carlão. Para completar, o cineasta ganha homenagem com uma exposição. Fotos, documentos, trechos de filmes, pôsteres, entrevistas e vários objetos serão expostos no hall do Cinesesc. Para dar início às homenagens, nesta quarta, durante a cerimônia de premiação, serão exibidos trechos de filmes e depoimentos sobre o diretor e um troféu será entregue para Lygia Reichenbach, viúva do diretor. "Esta celebração é uma das importantes conquistas deste ano. Além de genial, Carlão era um amigo querido", comenta Simone Yunes, programadora do Cinesesc.

Entre outras atrações, boa pedida para os cinéfilos são os seminários da crítica. Com entrada gratuita, os encontros discutirão temas atuais e terão mediação de Maria do Rosário Caetano. Quinta, às 19h30, o tema é "Cinemas de Rua x Grandes Complexos - Novas Tecnologias. Produção Nacional e o Cinema Autoral", com Inácio Araújo, Zuenir Ventura, Rubens Ewald Filho, o jornalista do Caderno 2 Ubiratan Brasil e José Geraldo Couto. Na sexta, às 19h30, é a vez de debater "Blockbusters Brasileiros x Cinema Independente. Modelos de Financiamento. Cota de Tela. Novos Polos de Produção Fora do Eixo Rio-SP. A Chegada do DCP e o Pagamento do VPF", com Suyene Correia, Marcelo Miranda, Sergio Mota, o crítico do Caderno 2 Luiz Zanin e Daniel Schenker. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FESTIVAL SESC MELHORES FILMES 2012

Cinesesc (Rua Augusta, 2.075). De quarta até 25 de abril. De R$ 4 a R$ 2. www.sescsp.org.br

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