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O laudo da perícia sobre o acidente com um ônibus que matou 18 pessoas na rodovia Mogi-Bertioga, no dia 8 de junho, concluiu que o "veículo estava acima da velocidade permitida e que os freios apresentavam deficiência causada por desgaste excessivo". A informação foi dada pelo secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 24.

Segundo a perícia, a manutenção dos freios era inadequada. De acordo com Mágino Alves, os responsáveis pela manutenção do ônibus podem ser punidos.

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O ônibus que levava universitários de Mogi das Cruzes para São Sebastião, após o término das aulas, tombou na noite do dia 8, em um trecho sinuoso de uma serrinha, no km 84 da rodovia Mogi-Bertioga. O motorista teria perdido o controle ao fazer uma curva. O ônibus tombado atravessou a pista colidiu com um barranco rochoso.

O projeto da ciclovia Tim Maia só previu o impacto das ondas em até 2,5 metros de altura dos pilares da estrutura. Este foi o erro mais grave do projeto da obra, segundo o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), Reynaldo Barros. O tabuleiro da ciclovia, que desabou com uma onda, estava a 25 metros acima do mar.

A conclusão consta de relatório elaborado por seis engenheiros do conselho, que analisaram as falhas do projeto por 30 dias. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (30) na sede do Crea, no centro do Rio. O trecho da ciclovia que desabou em 21 de abril, depois de atingida por uma onda, tinha cerca de 50 metros. O acidente deixou dois mortos.

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Segundo Barros, houve falta de estudos preliminares oceanográficos dos efeitos das ondas sobre a estrutura da ciclovia. "Houve uma falha de todos órgãos, responsáveis pelo projeto e pela construção da obra, incluindo a empresa e a prefeitura. Os engenheiros também podem ser responsabilizados. Vamos abrir um processo no conselho de ética e ouvir as suas defesas", disse.

Além da falta de cálculo do impacto das ondas, segundo Barros, outro erro grave foi retirar dos itens do edital de licitação a comprovação de experiência pelas empresas licitantes no projeto executivo. O argumento para a retirada foi a de que a exigência restringiria o certame.

O programa Bom Dia Rio, da TV Globo, informou na manhã desta segunda-feira (30) que o laudo da perícia sobre o caso do estupro coletivo a uma menina de 16 anos, ocorrido na zona oeste do Rio de Janeiro, não apontou indícios de violência. Segundo o noticiário, o resultado ocorreu por causa da demora da vítima em fazer o registro na polícia e o exame de corpo de delito. O laudo será divulgado na tarde desta segunda-feira pela Polícia Civil.

Desde a madrugada desta segunda-feira, a Polícia Civil realiza buscas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra seis acusados de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no Morro do Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio de Janeiro. A ação é coordenada pela delegada Cristiana Onorato, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), pelo diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Ronaldo de Oliveira.

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Neste domingo, 29, houve troca de delegados que cuidavam do caso. Cristiana Onorato, da DCAV, substituiu o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegação de Repressão aos Crimes de Informação (DRCI). Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, "a medida visa evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho".

A mudança atende ao pedido da advogada da vítima, Eloísa Samy Santiago, que recorreu à Justiça do Rio e ao Ministério Público, com o argumento de que a adolescente foi intimidada pelo delegado durante os depoimentos prestados na última sexta-feira (27).

Em entrevista neste domingo ao Fantástico, da TV Globo, a adolescente declarou que está recebendo ameaças pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia onde prestou dois depoimentos.

"Quando vim à delegacia, não me senti à vontade em nenhum momento. Acho que é por isso que as mulheres não fazem denúncias", disse a adolescente. Ao explicar o que aconteceu na delegacia, a jovem afirmou: "Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada".

No mesmo dia, a família decidiu dispensar a advogada Eloísa, que defendia a adolescente no caso. Ela será protegida pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, em parceria com o governo federal.

Familiares do turista de São Paulo que foi encontrado morto na piscina de um hotel na Zona Sul do Recife, em Boa Viagem, prestaram depoimento e afirmaram que o jovem não sabia nadar e havia sido alertado sobre os riscos de entrar na piscina do local, através de uma ligação do seu pai. A investigação ainda não foi concluída e o delegado Carlos Couto, à frente do caso, aguarda os resultados dos laudos técnicos do Instituto de Medicina Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) do Estado.

De acordo com informações da Polícia Civil, ainda não foi comprovado o que houve no dia da morte, mas a suspeita do jovem ter sofrido um afogamento é a principal. O delegado Carlos Couto informou que ouviu o cunhado e a prima de Bruno Guilherme Ribeiro, de 20 anos, na semana passada. "No depoimento, eles nos contaram que essa era a primeira viagem dele para fora do Estado e que em uma das ligações para o pai, ele contou que estava próximo a piscina e seu pai ficou preocupado porque sabia que ele não sabia nadar", falou.

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Até o momento, já foram ouvidas sete pessoas sobre a morte do turista. Dentre elas, quatro funcionários do Recife Monte Hotel, local onde o rapaz estava hospedado por três dias antes de sua morte. Um dos profissionais ouvidos contou à Polícia que ouviu o jovem brincando com uma das recepcionistas do hotel de que ele não era muito bom em nadar. O corpo de Bruno foi encontrado no último dia 6 de março por outro hóspede na área da piscina por volta das 17h. Ao ser localizada, a vítima já estava boiando na área mais profunda da piscina, cerca de 2,60 m.

O delegado só poderá prosseguir com a investigação do caso, no entanto, através dos laudos do Instituto de Medicina Legal (IML), informando a causa da morte, e o Instituto de Criminalística (IC), explicando detalhes do exame do local da morte, das condições de como o corpo foi encontrado e se houve alguma força externa que atingiu o rapaz na piscina. De acordo com a Polícia Civil, o laudo técnico leva em torno de trinta dias após a requisição para ser disponibilizado.

Até o momento, a direção do hotel não se pronunciou sobre o caso. O delegado espera ouvir a direção do local para entender o motivo da ausência de um salva-vidas no momento do acidente. Mas para prosseguir com o inquérito, o delegado precisa da confirmação do laudo de asfixia por afogamento. Mas ele reafirma que outras vertentes da morte de Bruno ainda não podem ser descartadas. 

Um laudo da Polícia Federal de 2010 mantido até o momento sob segredo de Justiça concluiu que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não tinha recursos para bancar a pensão alimentícia para a jornalista Mônica Veloso, com quem ele teve uma filha fora do casamento.

As conclusões da PF embasaram denúncia por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso oferecida três anos contra o presidente do Senado depois pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e que, após a liberação do caso pelo ministro Luiz Edson Fachin, será julgada em breve pelo plenário do Supremo Tribunal Federal. Renan é alvo de outros seis inquéritos no STF por supostos envolvimento na Operação Lava Jato.

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Essa investigação decorreu do escândalo de quase nove anos atrás em que Renan foi acusado de ter tido despesas pessoais de um relacionamento extraconjugal pagas pela empreiteira Mendes Junior. Em troca de ter recebido recursos da empreiteira para arcar com seus gastos, o senador, segundo a acusação, apresentou emendas que favoreciam a empresa. O escândalo levou-o a renunciar à presidência do Senado na ocasião para não ter o mandato cassado.

Em maio de 2009, Renan apresentou um parecer de um contador gaúcho a fim de contestar um laudo feito dois meses antes pelo Instituto Nacional de Criminalista (INC) da polícia. Nesse estudo particular, a defesa do senador rebatia a conclusão de que o peemedebista não tinha recursos para arcar com a pensão e até mesmo a metodologia adotada pela corporação para firmar tal entendimento.

No novo laudo, de janeiro de 2010, o INC da Polícia Federal contra-argumenta a manifestação de Renan. Os peritos dizem que, mesmo se adotar a metodologia proposta pela defesa, de contabilizar todos os cheques depositados na conta do senador, não seria possível sequer arcar com o primeiro pagamento da pensão à Mônica Veloso, no valor de R$ 43,2 mil em março de 2004. E, de modo geral, não há correspondência entre recursos em contas administradas por Renan e efetivos repasses para a jornalista.

O instituto reafirma a conclusão do laudo anterior e confirma que Renan não demonstrou, com base nos documentos apresentados e analisados, capacidade financeira que permitisse efetuar, em determinados períodos, os pagamentos determinados por ordem judicial no valor de R$ 16,5 mil.

Na conclusão do texto, os peritos também rechaçam os questionamentos sobre a metodologia adotada. "As ilações da defesa, sob o ponto de vista técnico-científico, são impróprias, pois se baseiam em pressupostos inválidos, além de apresentarem alegações conflitantes com os documentos constantes nos autos e com as informações fornecidas pelo próprio investigado", critica.

O memorando da Polícia Federal (PF) que levou a Justiça a determinar a transferência da empresária Cristina Mautoni da prisão domiciliar para o regime fechado não aponta nenhuma restrição que a impeça de ser tratada como presa comum. Cristina está presa na mesma sala que abrigou o ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS) na Superintendência da PF do Distrito Federal.

Ela tem acompanhado audiências do processo, iniciadas na semana passada, de cadeira de rodas. À reportagem, o advogado de Cristina, Roberto Podval, disse que ela pode caminhar, mas com dificuldades. Advogados dos outros acusados têm chamado a atenção do juiz da Operação Zelotes Vallisney de Souza Oliveira para a figura de Cristina ao fundo da sala de audiência e preparam um manifesto pedindo que ela seja solta, alegando que a saúde está debilitada e que precisa de cuidados.

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A defesa também pediu para que o depoimento de Cristina seja antecipado para esta quarta-feira, 27. O objetivo é convencer a Justiça a libertá-la após ela se manifestar. A reportagem teve acesso ao memorando da PF, assinado pelos médicos da polícia José Fernando Di Geovanni e Marco Alexandre Franco Ribeiro, no qual dizem: "Informamos que, após avaliação médica realizada na residência da custodiada, concluímos que não há razões de ordem médica para manter a prisão no regime domiciliar."

Cristina é mulher e sócia do suposto lobista Mauro Marcondes Machado, também preso em regime fechado por suspeita de operar pagamento de propinas a agentes públicos para tornar viável a edição de medidas provisórias (MPs) nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A empresa dos dois repassou R$ 2,5 milhões a um dos filhos do ex-presidente, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva.

O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo em outubro e está sob investigação. A prisão de Cristina é um dos principais fatores que podem influenciar possível delação de Machado, o que significa que, se ele falar, poderá implicar os demais suspeitos e incriminar novos personagens. Ele completa 80 anos em abril e deve se beneficiar com a transferência para a prisão domiciliar, mas a mulher, mais nova, não conta com essa possibilidade.

A pedido da PF e do Ministério Público Federal (MPF), Cristina ficou presa em casa até se recuperar de uma cirurgia vascular nas pernas. Um primeiro laudo indicou que a empresária não tinha condições de ser transferida para o sistema prisional. Uma nova visita dos médicos, contudo, no dia 7, indicou que Cristina já poderia ser conduzida ao sistema fechado.

A empresária aguarda julgamento na mesma sala que hospedou Delcídio na Superintendência da PF, em Brasília. Por ser senador, ele tem direito a uma sala especial. O local não tem grades e o banheiro é compartilhado com os policiais. Como se trata de uma presa comum, Cristina ficou um dia nesse local, foi transferida para uma cela na superintendência, onde há latrina e grades, mas, por determinação do juiz, retornou à sala especial. Os demais detidos na operação estão no Complexo Penitenciário da Papuda, em celas.

A superintendência da corporação recebe apenas os presos de passagem. Em geral, as mulheres são levadas para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), mais conhecida como Colmeia. Mas o local é distante da Justiça Federal, o que dificultaria o deslocamento para as audiências de testemunhas e a transferência para lá depende de determinação do juiz.

Nesta segunda-feira, 25, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, pediu à 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, uma inspeção de integrantes do colegiado no compartimento em que Cristina está presa.

Em ofício enviado ao juiz, Pimenta diz que recebeu denúncias de maus-tratos à ré na superintendência. O deputado do PT do Rio Grande do Sul, consultado pela reportagem, se negou a informar o autor da reclamação. A defesa de Cristina disse que não se articulou com Pimenta, embora o texto descreva detalhes da rotina dela.

A denúncia diz que, ao chegar à superintendência, Cristina foi deixada duas horas num quarto sem janelas e banheiro. Por causa dos remédios que tomaria, teria necessidade de urinar mais vezes. "Cristina teria pedido ajuda para ir ao banheiro, o que só teria sido viabilizado cerca de duas (horas) depois, resultando que a senhora Cristina não teria aguentado, acabando por urinar na própria roupa, sujando-se, bem como o chão", diz o ofício enviado pelo deputado.

O documento diz ainda que Cristina foi transferida para um compartimento prisional sem vaso sanitário padrão, que dispõe apenas de um buraco no piso para as necessidades. Por ter feito uma cirurgia vascular, ela teria dificuldades de se agachar para usar o "boi" e de tomar banho. O memorando dos médicos da PF, contudo, não faz restrições quanto a utilização desse tipo de banheiro.

No documento, o deputado petista diz que a comissão tem como prerrogativa investigar denúncias de violação de direitos humanos. Diante disso, pede que o juiz autorize sua entrada na cela, com mais dois servidores da comissão, além do registro de fotos do local. Questionado, o deputado afirmou que não foi orientado por ninguém a pedir a inspeção. Segundo ele, apenas cumpriu a obrigação de apurar as denúncias que chegam à comissão. Ele não quis informar quem representou ao colegiado.

O deputado fez parte de comissão especial da Câmara que acompanhou as investigações da Operação Zelotes. Nessa condição, ele teve acesso ao mesmo tempo dos investigadores a documentos do inquérito, entre os quais os que levaram ao suposto esquema de compra de MPs.

Chegou a defender de forma incisiva a apuração dos fatos até o momento em que as investigações tinham como foco apenas o Carf, conselho de contribuintes que teria sido corrompido pelos mesmos personagens que agora estão envolvidos no esquema das MPs. No Senado, a CPI do Carf não conseguiu avançar nas investigações da MP. Na época, segundo relatos, o ex-presidente Lula teria pedido para que o casal Mauro e Cristina Marcondes fosse poupado de serem chamados para depor, o que ocorreu. Lula nega ter feito o pedido.

Os laudos divulgados nessa terça, 8, pelos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) constataram que os cinco jovens assassinados por policiais militares em Costa Barros, zona norte do Rio, no último dia 28, levaram 30 tiros de fuzil e pistola. Também foi constatado que, dos 111 disparos feitos por policiais do 41º Batalhão de Polícia Militar (BPM), 81 acertaram o carro onde as vítimas estavam.

As conclusões dos peritos desmentiram a versão dos policiais de que teria havido no local da matança um confronto entre criminosos inimigos. Segundo os laudos, os disparos foram feitos de trás para a frente e pela lateral direita do Palio dos rapazes, o que contradiz o relato dos policiais de que o jovem que estava no banco do carona atirara contra eles.

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Além disso, segundo o laudo cadavérico, não havia vestígio de pólvora nas mãos das vítimas, nem indícios que tenha ocorrido confronto entre elas vítimas e os PMs. Os troncos foram as partes dos corpos mais atingidas. Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos e Wesley Castro Rodrigues, de 25, levaram três tiros cada um. Cleiton Corrêa de Souza, de 18, e Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16, receberam sete. Roberto de Souza Penha, de 16, foi atingido por dez tiros.

O inquérito, a cargo da 39ª Delegacia de Polícia (Pavuna, zona norte), deve ser entregue ao Ministério Público nesta semana, para oferecimento de denúncia dos quatro acusados à Justiça.

De acordo com o delegado Rui Barboza de Souza, foi constatado que os jovens não saíram do carro, que estava parado no momento dos disparos. Os policiais também tentaram manipular a cena do crime e botaram uma arma embaixo do veículo, segundo as investigações. Souza ainda quer autorização da Justiça para realizar o confronto balístico e a reconstituição do crime.

Os acusados do crime - soldados Thiago Resende Viana Barbosa e Antônio Carlos Gonçalves Filho, sargento Márcio Darcy Alves dos Santos e cabo Fabio Pizza Oliveira da Silva - foram presos sob a acusação de homicídio qualificado e fraude processual. Estão no Batalhão Especial Prisional, em Niterói.

Os jovens foram mortos na região do complexo de favelas da Pedreira, após voltarem de uma comemoração no Parque Madureira, também na zona norte. Na ocasião, os policiais alegaram que receberam denúncias de que o grupo estaria envolvido em um roubo de carga, o que foi descartado nas investigações da chacina.

O laudo preliminar do Instituto de Medicina Legal (IML) aponta que a causa da morte do menino Paulo Henrique José Ferreira, de três anos, foi traumatismo craniano, de acordo com informações da Delegacia de Sirinhaém.  A criança foi encontrada morta dentro de um pula-pula no distrito de Barra de Sirinhaém, no Litoral Sul de Pernambuco, no domingo (1°).  Inicialmente, a suspeita era de que Paulo havia sido asfixiado, já que o brinquedo estava desinflado quando ele foi encontrado.

Segundo informações, na noite do sábado (31), o menino brincava no pula-pula enquanto era supervisionado pela mãe. Após algum tempo, ela teria retirado Paulo Henrique do equipamento e voltado para casa. No caminho de volta, a mãe estaria catando latas no chão quando a criança sumiu.  

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A dona do brinquedo, a mãe da criança e outros familiares já foram levados à delegacia para esclarecimentos. Os depoimentos oficiais, entretanto, estão sendo prestados nesta manhã. 

O primeiro laudo da Polícia Federal de aprofundamento de dados sobre cartel, sobrepreço e desvios em contratos da Petrobras aponta que, entre 2009 e 2015, um total de R$ 126 milhões foi parar em contas de "empresas operadoras de lavagem de dinheiro".

O valor é parte dos 16% de sobrepreço identificado em um único contrato das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, iniciadas em 2007, em favor de um consórcio liderado pela Construtora Camargo Corrêa (Consórcio CNCC).

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"Os exames periciais demonstraram que, garantida a vantagem advinda do sobrepreço, estabeleceu-se um modus operandi sofisticado, planejado para dissimular o relacionamento do Consórcio CNCC com empresas operadoras de lavagem de capitais", registra o laudo 1342/2015, da Polícia Federal, anexado na semana passada aos autos da Operação Lava Jato.

Contratado em 2009 para a construção das Unidades de Coqueamento Retardado (UCR-21 e UCR-22) da Refinaria Abreu e Lima, o consórcio CNCC recebeu da Petrobras, no período entre 2010 e 2015, o valor líquido de R$ 4,57 bilhões. Desse montante, foram identificados R$ 648,5 milhões de sobrepreço no material periciado.

"O CNCC utilizou-se de (empresas) integrantes/associadas e terceirizadas/fornecedoras para, fraudulentamente, destinar a empresas operadoras de lavagem de dinheiro uma parte dos recursos oriundos do superfaturamento do contrato", registram os peritos criminais federais João José de Castro Vallim, André Fernandes Britto e Adilson Carvalho Silva.

O documento, de 209 páginas, é o primeiro de uma série de perícias técnicas da Polícia Federal que apontam um porcentual de desvios na Petrobras de até 20% do valor dos contratos. O porcentual é superior aos 3% apontados até aqui nas investigações da Lava Jato, que inclui apenas a propina destinada aos agentes públicos e a políticos.

"Assim, o que se buscou foi seguir uma linha a partir da análise da licitação da obra até a canalização de recursos para possíveis pagamentos ilícitos", afirma a Polícia Federal.

Os peritos listaram empresas "suspeitas de promoverem operações de lavagem de dinheiro" em contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima, entre elas a JD Assessoria e Consultoria Ltda., do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Só na JD e outras três empresas de delatores da Lava Jato, passaram R$ 71,4 milhões desses R$ 126 milhões, tendo como origem Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A.

A defesa de Dirceu diz que a JD Assessoria nunca teve contrato com o consórcio responsável pela Abreu e Lima. Segundo o advogado Roberto Podval, Dirceu foi contratado pela Camargo Corrêa para atuar em Portugal. A empreiteira, por meio do advogado Celso Vilardi, apresentou em abril o contrato com a JD. Ele disse que os serviços foram prestados.

Cruzamento

Para redigir o laudo, foram cruzados dados de documentos eletrônicos apreendidos nas buscas e apreensões ou fornecidos voluntariamente, documentos dos autos da Lava Jato, material tornado público pela Petrobras (como demonstrativos de formação de preços, resumos de propostas, critérios de medição, além de relação de pagamentos), dados do sigilo bancários dos alvos da investigação e outros laudos periciais operação.

A avaliação dos investigadores da Lava Jato é de que os apontamentos periciais corroboram o que foi levantado até aqui com maior detalhamento de números e provas materiais. "A partir dos exames realizados nos materiais disponíveis (...) foi possível identificar a prática de sobrepreço no contrato", registra o laudo, do dia 7 de julho.

Os peritos também identificaram indícios de cartelização, com acordo entre as empresas participantes do processo de contratação - 15 construtoras investigadas por cartel. "O certame teria sido contaminado pela ação de um grupo, àquela época, integrado por 15 empresas que, sistematicamente, praticavam condutas anticoncorrenciais no mercado de obras de montagem industrial onshore da Petrobras."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Laudo do exame de DNA feito nas vítimas do estupro coletivo em Castelo do Piauí (PI) confirmaram a participação de Adão José de Sousa, de 40 anos, e de dois menores. Segundo o delegado regional de Campo Maior, Laércio Evangelista, os outros dois menores apreendidos não participaram da violência sexual, mas estiveram envolvidos em outras formas de agressão. O estupro coletivo contra quatro adolescentes, ocorrido em 27 de maio, chocou a população.

Cópia do laudo foi entregue ao Ministério Público e anexada ao inquérito para embasar a denúncia por crimes de estupro, homicídio, tentativa de homicídio, feminicídio e corrupção de menores.

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Segundo o delegado, foi coletado material (sangue e sêmen) das vítimas e dos acusados, durante o exame de corpo de delito, além do encontrado nas roupas. "O material genético não confirma a participação de dois menores, mas existem outras provas contra eles, como os exames periciais nas roupas e o de corpo de delito para estupro. Não resta dúvida da materialidade do estupro coletivo com autoria dos cinco suspeitos. As provas são contundentes e suficientes para condenar todos os envolvidos."

Nesta quarta-feira, 24, o delegado e outras 18 pessoas prestaram depoimento em uma audiência de oitiva, no fórum de Castelo do Piauí. O juiz Leonardo Brasileiro tem até o dia 13 de julho para concluir o processo e proferir a sentença.

Os adolescentes apreendidos estão internados no Centro de Internação Provisória (Ceip). Adão de Sousa, acusado de comandar os crimes, está detido no Centro de Detenção de Altos. Eles responderão pelos crimes de estupro, tentativa de homicídio, homicídio com agravante de feminicídio. Adão responderá ainda pelo crime de corrupção de menores.

O município de Castelo do Piauí fica 194 quilômetros ao norte de Teresina e tem uma população em torno de 19 mil habitantes.

Laudo da Polícia Federal informa que a Camargo Corrêa nos últimos anos foi uma das empreiteiras mais generosas com políticos de partidos diversos, da situação e da oposição. Alvo da Operação Lava Jato, por suposto envolvimento com o cartel de construtoras que se apossaram de contratos bilionários da Petrobras, a Camargo Corrêa fez "doações de cunho político" no montante de R$ 183,79 milhões no período de 30 de julho de 2008 a 23 de dezembro de 2013.

O laudo tem 66 páginas e foi elaborado pelo Setor Técnico-Científico da Superintendência Regional da PF no Paraná, base da Lava Jato. O documento, subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto, espelha a longa relação de doações da empreiteira da Lava Jato.

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Executivos da Camargo Corrêa foram presos pela Operação Juízo Final, uma etapa da Lava Jato deflagrada em novembro de 2014 que mirou exclusivamente o braço empresarial da corrupção na Petrobras. Dois deles, Eduardo Leite e Dalton Avancini, fizeram delação premiada e agora estão em regime de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. A Camargo Corrêa afirma que todas as doações foram declaradas à Justiça Eleitoral e regularmente contabilizadas.

Foram contemplados com recursos da Camargo Corrêa candidatos a cargos eletivos, comitês financeiros e partidos políticos. Em 2008, segundo o laudo da PF, a empreiteira repassou R$ 26,9 milhões. Em 2009, apenas R$ 15 mil, para um 'jantar de confraternização'. Em 2010, ano de eleição presidencial, a Camargo Corrêa doou R$ 107,52 milhões. Em 2011, ano sem pleito eleitoral, a empreiteira liberou R$ 1,5 milhão. Em 2012, ano de eleições municipais, saíram dos cofres da empreiteira R$35,14 milhões. Em 2013, R$ 12,7 milhões.

Nas eleições de 2010, em 8 de julho, a empreiteira doou, segundo seus registros, R$ 5 milhões para a campanha presidencial do PT. Uma semana depois, em 15 de julho, foram doados R$ 500 mil para o comitê financeiro estadual do PSDB para governador em São Paulo.

Em 7 de maio e em 7 de junho daquele ano a Camargo Corrêa já havia doado duas parcelas de R$ 750 mil cada ao PSDB. Também receberam doações políticos em quase todo o País e de quase todos os outros principais partidos, como PMDB, PDT, PTB, PPS, DEM, PR, PSB.

Em 2010, o deputado Eduardo Cunha (PMDB), hoje presidente da Câmara, recebeu R$ 500 mil. Aécio Neves (PSDB), candidato ao Senado naquele ano, recebeu doação de R$ 200 mil. No mesmo dia, 6 de agosto, a candidatura de outro tucano, Antonio Anastasia, ao governo de Minas, recebeu R$ 600 mil. Três dias antes, a Camargo Corrêa liberou um pacote de doações a candidaturas de quadros importantes do PT, como Fernando Pimentel (R$ 500 mil), Humberto Costa (R$ 250 mil), Gleisi Hoffmann (R$ 250 mil).

No dia 29 de julho, a candidatura ao Senado de Marta Suplicy recebeu doação de R$ 500 mil. Em 27 de julho de 2010, a campanha de Beto Richa (PSDB), então candidato ao governo do Paraná, ficou com R$ 1,5 milhão.

As facadas desferidas por assaltantes que mataram o médico Jaime Gold, esfaqueado no dia 19 deste mês na Lagoa Rodrigo de Freitas, atingiram o pulmão esquerdo e até o rim esquerdo da vítima. Um dos golpes - a polícia afirma que foram quatro facadas - rasgou uma axila da vítima.

As informações constam no laudo de necropsia, recebido pela Delegacia de Homicídios (DH) na última semana. No documento, consta que o médico morreu por causa de hemorragia interna decorrente das perfurações.

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Na ocasião, Gold chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu na madrugada do dia 20. Os golpes de faca, além da axila, acertaram o tórax e o abdômen do médico.

Investigações

De acordo com o delegado titular da unidade especializada, Rivaldo Barbosa, os dois assaltantes que levaram a bicicleta do médico não chegaram sequer a abordá-lo e não deram chance de defesa à vítima. Um dos adolescentes, de 16 anos, suspeito de participar do crime foi apreendido na última quinta-feira, 21.

"Ele e o outro (suspeito) não deram qualquer oportunidade de defesa. Quando o médico caiu, eles continuaram a esfaqueá-lo", disse Barbosa, logo após a apreensão do menor. Nesta segunda-feira, 25, ele afirmou que a bicicleta levada do médico ainda não foi localizada.

As buscas pelo segundo suspeito prosseguem, comandadas pela delegada adjunta responsável pelo caso, Patrícia Aguiar. Até agora, a identificação do primeiro adolescente está baseada apenas no reconhecimento de uma única testemunha, que presenciou o crime. Ainda assim, os investigadores da DH estão certos de que um dos assaltantes era o rapaz apreendido. Em conversa informal com policiais, ele teria admitido praticar assaltos na região usando facas para roubar bicicletas.

Após buscas na última sexta-feira, 22, nas proximidades da Curva do Calombo, região da Lagoa onde Gold foi roubado e esfaqueado, policiais acharam vídeos de câmeras que mostravam os dois autores do crime em uma única bicicleta, mas as imagens estão "distantes" e pouco nítidas.

Ainda assim, de acordo com a equipe que investiga o caso, o tipo físico e a cor da pele são condizentes com a do menor de idade apreendido na quinta-feira. Na sexta-feira, 22, uma outra vítima de roubo de bicicleta, um fotógrafo de 36 anos que teve o objeto roubado por dois jovens no Aterro do Flamengo, também na zona sul, reconheceu por foto o adolescente suspeito de ter matado Gold como um dos assaltantes.

Os investigadores consideram que esse depoimento reforça os indícios contra o adolescente apreendido, apesar de se referir a um caso distinto, ocorrido no dia 30 de abril deste ano. No total, o jovem, que começou a cometer crimes aos 12 anos também em um assalto na Lagoa, em 2010, tem 15 anotações criminais.

 

 

#ET

Na manhã desta última terça-feira (31), o surfista Diego Gomes Mota, de 23 anos, sofreu um ataque na praia Del Chifre, em Olinda, e haviam especulações de ter sido causado por um tubarão. Entretanto, um laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmou nesta quarta-feira (1°) que a hipótese está descartada. A perícia apontou que um animal marinho causou o ferimento, mas sem especificar o espécie.

Segundo o diretor do IML, Antônio Barretos, a perícia feita nas imagens tiradas indica que não foi um tubarão que atacou o rapaz. “O consenso médico não está convencido que essa mordida tenha sido por tubarão”. Um novo laudo complementar será feito daqui a 30 dias.

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O ataque aconteceu por volta das 11h da manhã de ontem, quando Diego surfava com o irmão e mais dois amigos. Conforme o boletim médico divulgado no início da noite de hoje pelo Hospital Miguel Arraes, onde o jovem está internado, ainda no mesmo dia ele passou por um procedimento cirúrgico, que incluiu limpeza e sutura da área afetada - a coxa.

Diego reagiu bem aos procedimentos e encontra-se consciente e orientado. Não houve perda da função da perna. No momento aguarda nova avaliação para definir se haverá necessidade de novas cirurgias ou se receberá alta.

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Laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Chapecó divulgado nesta terça-feira (31) confirma a suspeita dos investigadores sobre a família de seis pessoas encontrada morta em Cordilheira Alta, Santa Catarina. Alcir Pederssetti, de 46 anos, matou a tiros seus cinco parentes e depois cometeu suicídio. O crime aconteceu na manhã de 26 de fevereiro.

Com o resultado do laudo, o delegado Pompílio Claro da Costa encerrou o caso. "O laudo confirmou nossa primeira linha de investigação, de homicídio seguido de suicídio", disse. De acordo com vizinhos da família Pederssetti, Alcir e a mulher Monica, de 33 anos, passavam por um conturbado processo de divórcio.

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Conforme a perícia feita no próprio dia 26, Alcir matou com um revólver calibre 38, na ordem, a mulher Monica; a filha Lana, de 16 anos; os sogros, Antonio Moresco, de 68 anos e Luiza Moresco, de 65 anos; e a cunhada Lucimar Moresco, de 36 anos. Em seguida ele se suicidou com um tiro na cabeça. O exame toxicológico ainda não ficou pronto, mas, segundo o delegado Costa, todas as provas são suficientes para considerar o crime esclarecido. Agora o inquérito será encaminhado ao Fórum de Chapecó e possivelmente arquivado.

Não foi um tiro que matou o sargento da Polícia Militar Carlos Silveira do Carmo, no dia 19 de janeiro, durante a rebelião no Complexo Prisional do Curado. A causa de que estava sendo especulada nos últimos dias foi descartada pelo resultado da perícia.

Conforme o laudo do Instituto de Criminalística (IC), concluído nessa quarta-feira (28), o militar morreu em decorrência de um traumatismo craniano, provocado por instrumento corto-contundente ainda não definido.

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Durante coletiva realizada nesta quinta-feira (29), o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, foi questionado sobre o resultado da perícia. O gestor garantiu que é preciso esperar a conclusão do inquérito policial.

“A morte aconteceu num campo de conflito bastante complexo. Estávamos aguardando o exame tanatoscópico para definir a causa da morte. O prazo ainda não foi concluído, e nesse período o inquérito será finalizado”, explicou.

Pedro Eurico ainda revelou que durante uma revista, realizada na Penitenciária Professor Barreto Campelo, foram apreendidos dois revólveres. Questionado sobre a presença de armas de fogo no Complexo do Curado, ele garantiu que até o momento nada foi encontrado.

“Mas as revistas continuam. Hoje uma equipe esteve na Barreto Campelo e amanhã estará em outra unidade. Nossa obrigação é manter a situação sob controle e nós vamos manter”. 

Laudos periciais indicam que não há indícios de abuso sexual em três meninas que, de acordo com a polícia e o Ministério Público, teriam sido supostamente molestadas por um ex-monitor do colégio Mackenzie de Barueri, na Grande São Paulo. Os documentos foram elaborados no Instituto Médico-Legal (IML) e anexados ao processo na semana passada.

Antônio Bosco de Assis, de 44 anos, está preso desde maio deste ano com base no relato das três crianças. O depoimento das menores foi recolhido sem a presença de um profissional especializado, alega a defesa.

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A advogada Anabella Marcantonatos entrou na tarde desta segunda-feira, 24, com um pedido de habeas corpus para o ex-monitor. Segundo ela, há inconsistências nas afirmações do delegado sobre data e local do crime, falta de laudos no processo, provas que não foram apresentadas e perigo na demora (risco de decisão tardia, no caso de manter preso um inocente). "Não há nada que o ligue à cena. Peço que a investigação seja colocada em xeque e seja aberta uma nova instrução. Tudo o que queremos é uma investigação e um julgamento justo. Ele é inocente e quem não deve não teme."

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo da semana passada revela que o delegado Alexandre Palermo, do 2.º DP de Barueri, declarou à página "Reclamômetro de Alphaville", em uma rede social, que a polícia não sabe a data, o local exato nem como se deu o suposto crime. Segundo a reportagem, o advogado teria dito: "Estamos falando de meninas de 3 anos, que não têm capacidade de precisar os eventos no tempo e no espaço". As declarações contradizem o inquérito dele e a denúncia do MP à Justiça, que apontam o local e a data de 22 de abril para o suposto abuso.

O pedido de habeas corpus, segundo Anabella, foi distribuído eletronicamente às 17 horas de ontem. Amanhã, ela deve ir ao Tribunal de Justiça, na Sé, no centro da capital, para "tentar adiantar a distribuição e achar um relator". Assis está preso preventivamente desde 8 de maio. "O prazo para a prisão venceu, porque o máximo são seis meses. Mas ainda não há sentença", afirma Anabella.

Ela tem o prazo de cinco dias para se manifestar sobre os laudos anexados ao processo. "Não sei por quê o laudo está sob conclusão na mão da juíza. Eu não entendi por que ela já abriu vista. Nós ainda temos de nos manifestar sobre o laudo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado Marlon Adriano Balbon Taborda pediu à Justiça a reabertura da investigação da morte da mãe do menino Bernardo Boldrini, Odilaine Uglione, com base em análise do processo feita por peritos particulares contratados pela família. A alegação é de que, ao contrário do que concluiu a investigação policial, Odilaine não se suicidou, mas foi assassinada dentro da clínica do marido, o médico Leandro Boldrini, de quem estava se separando, em fevereiro de 2010.

A morte de Odilaine foi o primeiro ato de uma tragédia familiar. Logo depois, Boldrini casou-se novamente, com a enfermeira Graciele Ugulini. Em abril deste ano, Bernardo, filho do primeiro casamento, foi encontrado morto em um buraco cavado em um matagal de Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da casa onde vivia com o pai e a madrasta, em Três Passos. Boldrini, Graciele e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz estão presos e respondem a processo por crimes como planejamento ou execução do assassinato e ocultação de cadáver.

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A morte de Bernardo, que tinha 11 anos, reacendeu na avó, Jussara Uglione, mãe de Odilaine, o desejo de esclarecer de vez o que houve com a filha, já que sempre desconfiou da conclusão do inquérito que apontou suicídio. Na primeira tentativa de reabrir o caso, o advogado alegou que, conforme o laudo pericial, o cadáver tinha vestígios de pólvora na mãe esquerda, enquanto Odilaine era destra, e lesões no antebraço direito e lábio inferior. Por entender que não havia prova nova, o juiz da comarca de Três Passos, Marcos Luís Agostini, negou o pedido em julho deste ano, sustentando que a própria perícia havia explicado que a mão esquerda, na qual a pólvora foi encontrada, não segurava a arma, mas auxiliava a direita, e as lesões relatadas haviam sido provocadas por punções feitas no hospital, na tentativa de salvar a mulher.

Os peritos particulares, da empresa Sewell, de São Paulo, apontaram contradições que levaram Taborda a pedir novamente a reabertura da investigação. "O laudo afirma que ela foi vítima de arma de fogo disparada por terceiro, que o tiro não foi disparado por arma encostada ao corpo, mas à queima-roupa", diz o advogado. Com base nas informações dos peritos, Taborda também demonstra convicção de que haveria alguma marca de pólvora na mão direita e de que a trajetória da bala, na cabeça, seria diferente se Odilaine tivesse efetuado o disparo. A polícia continua assegurando que não há prova nova que justifique outra investigação. A Justiça deve decidir em 30 dias se aceita ou rejeita o novo pedido.

O estudante Victor Hugo Marques Santos, de 20 anos, morreu após ingerir uma substância alucinógena e se afogar na raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP). Essas foram as conclusões a que chegaram peritos que analisaram o corpo de Santos e emitiram laudos para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil paulista, que investiga o caso.

As informações foram confirmadas pelo advogado da família, Ademar Gomes, na manhã desta quinta-feira (16) e foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. O laudo identificou a presença da substância 25B-NBOMe, uma variação da droga sintética LSD. Os exames informaram também que, além da ingestão da droga, o corpo apresentou sinais de afogamento, que teria sido a causa final da morte.

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Santos desapareceu na madrugada do dia 21 de setembro, após se separar de amigos durante uma festa no velódromo da USP, na Cidade Universitária, que fica no Butantã, zona oeste da capital. Seu corpo foi encontrado três dias depois na raia olímpica da universidade, localizada a menos de 100 metros do velódromo.

Procurado, o DHPP disse, por meio da assessoria de comunicação, que não comentará as novas informações, pois o caso corre em sigilo. O 25B-NBOMe havia sido incluída na lista de 21 drogas novas proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro deste ano.

Em nota, o órgão havia informado naquela oportunidade que as substâncias foram criadas para "para burlar as listas de drogas ilícitas publicadas no mundo".

"Nenhuma delas tem utilidade como medicamento, são produtos que simulam efeitos semelhantes ao de outras drogas ilícitas já conhecidas, como ópio, heroína e LSD, que agem sobre o sistema nervoso central e podem provocar alucinações", disse o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

Dúvidas

Apesar das novas informações trazidas pelos laudos e exames, para a família ainda há dúvidas sobre o que aconteceu. Uma delas é como o jovem chegou à raia, que possui uma cerca de dois metros de altura em toda a sua extensão, cuja entrada só ocorre em quatro portões mediante apresentação de identificação.

"Como ele conseguiu entrar na raia? É o que queremos saber", disse o advogado Ademar Gomes.

Na manhã desta quinta-feira, o pai de Victor Hugo, o bancário José Marques Santos expressou surpresa com a divulgação do laudo. "Estou sabendo dessas informações através da imprensa. Me estranha essa divulgação porque o caso está em segredo", disse.

Ele reforçou sua desconfiança sobre o uso de drogas pelo filho. "Meu filho é uma pessoa que não trancava a porta do quarto, não tinha senha para a internet", disse Marques. A família reuniu R$ 10 mil e estava oferecendo como recompensa por pistas que levassem ao esclarecimento da morte

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O comandante grego Cristos Christodoulo, do navio MT – Jenny, morreu de problemas relativos ao coração, segundo revela o resultado do laudo tanatoscópico, divulgado nesta sexta-feira (3) pela Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE). De acordo com o exame, Cristos sofreu parênquima pulmonar exibindo indicativos de choque circulatório, miocardiopatia isquêmica e aterosclerose coronariana. A vítima foi encontrada morta em sua cabine no dia 28 de agosto, enquanto a embarcação fazia uma escala no Recife. 

Devido ao resultado das perícias médicas apontarem causa de morte natural, além dos levantamentos e laudos técnicos da PF-PE não encontrarem indícios de luta corporal ou outra suspeita de crime, as investigações foram encerradas. Apesar disso, ainda falta a conclusão do Laudo Toxicológico e Histopatológico, que consiste em examinar um fragmento de tecido de órgão do paciente.

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O corpo do comandante deixou o Recife às 17h da quinta-feira (2), devendo chegar no sábado (4) ao aeroporto de Atenas, na Grécia, onde será entregue aos seus familiares para sepultamento. 


Com informações da assessoria

Laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) mostram que artefatos encontrados pela Polícia Civil com dois manifestantes detidos em um ato contra a Copa do Mundo em 23 de junho, em São Paulo, não eram explosivos. O estudante Fabio Hideki Harano, de 26 anos, e o professor de inglês Rafael Lusvarghi, de 29, estão presos há 43 dias, acusados de porte de explosivos, associação criminosa e incitação à depredação do patrimônio público.

O porte de explosivos foi usado pela polícia em inquérito para justificar os pedidos de prisão. Mas, segundo o IC e o Gate, o material não tinha nem sequer poder incendiário. O IC revelou que o material apreendido com os jovens era "inerte", com partículas de substâncias como potássio e composto de carbono. Depois, peritos do Gate assinalaram que os artefatos não provocariam "ofensa à integridade física nem tinham capacidade explosiva".

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Os relatórios do IC e do Gate foram encaminhados ontem à Polícia Civil. Cópias foram enviadas aos advogados dos presos. Os dois acusados declararam em depoimento que não eram "black blocs" e que tinham sido humilhados pela Polícia Civil após a prisão.

O porte de explosivos pode resultar em prisão de até seis anos, em regime fechado.

As defesas devem apresentar hoje novo pedido de liberdade dos réus. Harano, funcionário da farmácia do Centro de Saúde Escola Butantã e estudante de Comunicação da USP, disse ter sido agredido por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os agentes também teriam machucado o manifestante na viatura que o levou da Avenida Paulista, local do protesto, à delegacia. Harano está preso na Penitenciária de Tremembé.

Sub judice

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que "os fatos estão sub judice e foram objeto de denúncias oferecidas pelo Ministério Público Estadual ao Poder Judiciário, que manteve as prisões preventivas" dos dois. "As denúncias, que não se baseiam apenas em objetos encontrados com ambos, se converteram em processos judiciais, nos quais Harano e Lusvarghi figuram como réus."

Sobre a acusação de agressão ao manifestante, a SSP havia afirmado, na semana passada, que não tinha registro do caso.

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