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O laudo técnico sobre as condições estruturais do Mercado de Artesanato de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife, deve ser divulgado até a próxima quarta-feira (20), prometeu a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab). O centro utilizado por mais de 60 artesãos locais foi destruído por um incêndio na última quarta (13).

Em nota, a Cehab informou que enviou técnicos ao local neste sábado (16) para uma visita acompanhada por servidores da Prefeitura.

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O estudo que deve ser apresentado 7 dias após o incêndio vai avaliar a estrutura da construção danificada para que o projeto de reconstrução seja elaborado. 

O levantamento também vai analisar a possibilidade de reabertura dos restaurantes do tradicional Polo Gastronômico da Caldeirada, acrescentou a Cehab.

O laudo foi solicitado pela gestão de Itapissuma em conjunto com a Secretaria Estadual de Turismo. 

O laudo de exame de necropsia do funkeiro MC Kevin, morto após cair do quinto andar de um hotel no Rio De Janeiro, no último domingo (16), identificou 13 fraturas em seu corpo em decorrência da queda. Segundo o documento, a causa da morte do artista foi traumatismo craniano encefálico provocado por ação contundente.

Com apenas 23 anos, MC Kevin morreu no último domingo (16), após sofrer uma queda do quinto andar do hotel onde estava hospedado no Rio de Janeiro. Nesta quinta (20), foi divulgado pela imprensa o resultado do exame de necropsia feito no corpo do artista. Segundo o laudo, Kevin sofreu fraturas no nariz, no maxilar, na mandíbula e em 10 costelas do lado esquerdo do corpo, totalizando 13 lesões do tipo.

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Além disso, o legista identificou perfurações no pulmão, rompimento do fígado e hemorragia na cabeça. O sangramento interno no cérebro é apontado como uma das causas da morte no laudo, além do traumatismo craniano encefálico provocado por ação contundente, ou seja, o impacto da cabeça no chão. As circunstâncias da queda que vitimou o MC seguem sendo investigadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. 

Os peritos médicos concluíram a necropsia do corpo do menino Henry Borel, de apenas quatro anos, que morreu no último dia 8 em um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo as equipes, foram identificados “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, “grande quantidade de sangue no abdômen", “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”, de acordo com o laudo obtido pela TV Globo. O texto resume os ferimentos ao resultado de uma “ação contundente” e autoridades descartam a hipótese de um acidente doméstico.

Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para investigar o caso, já que as motivações seguem indefinidas. Nos relatos iniciais, foi dito que o menino já havia chegado a um hospital local em estado crítico, por volta das 4h30. Na madrugada da sua morte, a criança estava acompanhada da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida e do namorado, o vereador Jairo Souza Santos, conhecido como Dr. Jairinho (Solidariedade-RJ).

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Na noite em questão, Henry havia ido dormir com a mãe. O pai, Leniel Borel de Almeida Jr., foi notificado sobre o estado de saúde do filho através de uma ligação da ex-mulher, que o orientou a encontrá-la no hospital, avisando que o menino precisava de socorro. Segundo o responsável, ao chegar no hospital, os médicos tentavam reanimar a vítima fatal, já morta. Monique e o namorado relataram que ouviram um barulho no quarto de Henry, e ao chegar lá, “ele estava revirando os olhos e sem conseguir respirar”. A mãe acredita que o filho levou uma queda.

O laudo do IML veio após o pai ser orientado pelos médicos a procurar a polícia científica, para que as equipes pudessem oferecer mais informações sobre as causas da morte.

Pai pede respostas 

Longe das redes sociais há nove anos, o engenheiro criou um novo perfil para compartilhar a saudade do filho e a necessidade de respostas. No Facebook, disse que só conseguirá seguir em frente quando “souber a verdade”. Leniel não acredita que a fatalidade tenha sido causada por uma queda.

“Henry era perfeito. As palavras são poucas para definir meu filho. É muito para um pai receber um laudo do IML como esse. Só quero saber o que houve com ele", escreveu.

 

Candidatos que tiveram sintomas ou diagnóstico de Covid-19 na véspera ou no primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, realizado neste domingo (17), poderão apresentar exames e laudos médicos que comprovem a condição entre os dias 25 e 29 de janeiro, informou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os inscritos que tiverem a solicitação aprovada vão fazer as provas nos dias 23 e 24 de fevereiro. 

O Inep havia estabelecido o período de 11 a 16 de janeiro para os participantes apresentarem os laudos e diagnósticos na Página do Participante. No sábado (16), o sistema foi fechado para avaliação dos pedidos e envio de respostas antes da aplicação. 

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Para solicitar a reaplicação da prova, a pessoa deverá inserir no momento do pedido um documento legível que comprove a doença. Na documentação, deve constar nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde ou de órgão competente, assim como a data de atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG no tamanho máximo de 2 MB.

Além da Covid-19, são doenças infectocontagiosas para fins de solicitação da reaplicação: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola e varicela. A aprovação ou não da solicitação deverá ser consultada na Página do Participante.

Relatório da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) concluiu que houve falha humana na colisão entre trens na Estação Ipiranga, Zona Oeste do Recife, ocorrida em fevereiro deste ano. O acidente resultou em mais de 60 pessoas feridas.

Segundo a CBTU, a responsável pelo acidente foi a condutora do trem que atingiu o outro parado. O relatório diz que a metroviária fez uma manobra de alteração de velocidade deliberadamente, sem autorização do centro de controle.

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A segunda falha apontada teria sido a desatenção. A condutora estava acompanhado de uma maquinista no momento da batida. Elas conversavam durante o trajeto. A CBTU conclui que a conversa distraiu a funcionária, não dando tempo para ela frear o trem.

De acordo com a companhia, a composição parada poderia ter sido visualizada a cerca de 200 metros de distância, mas a condutora só acionou o freio a cerca de 34 metros.

A comissão investigativa apontou algumas dificuldades encontradas durante a apuração, entre as quais, qualidade e posicionamento ruim das câmeras e qualidade baixa das gravações das comunicações entre maquinistas. Foi recomendada a melhoria dos equipamentos e restrição do rol de pessoas que têm acesso à cabine dos trens e as situações em que isso é possível.

A CBTU informou que irá instaurar Processo Administrativo Disciplinar (PAD) no qual serão garantidos os princípios da ampla defesa e contraditório. A empresa também irá avaliar as recomendações presentes no relatório.

Detalhes sobre as circunstâncias da morte do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, o capitão Adriano, devem ser revelados nesta semana, com a conclusão de laudos periciais solicitados pela defesa dele e pelo Ministério Público da Bahia. Uma nova necropsia foi realizada antes do carnaval, na quinta-feira (20), por peritos da Bahia enviados ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio, onde o cadáver era conservado numa câmara refrigerada. Um dia depois, o corpo foi sepultado em cerimônia discreta num cemitério do Rio.

O prazo de 15 dias para o laudo complementar ser oficialmente enviado à Justiça da Bahia vence nesta semana. O exame ocorreu com ordem judicial, a pedido de promotores de Justiça que atuam em Esplanada (BA), município em que capitão Adriano morreu fuzilado em 9 de fevereiro, após supostamente revidar com tiros uma operação para prendê-lo.

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Além disso, peritos contratados pela família do ex-policial têm prazo de dez dias para apresentar um laudo de exame cadavérico particular. A defesa não quer usar todo o prazo, mas só pretende apresentar suas conclusões após analisar o novo laudo requisitado pelo MP baiano.

O advogado Paulo Emílio Catta Preta, defensor de Adriano na ação penal da Operação Os Intocáveis, da Polícia Federal, contra a milícia da favela de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, também aguarda que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia anexe ao procedimento de apuração da Polícia Civil gravações de diálogos feitos por rádios transmissores usados pelos policiais que participaram da operação. Aguarda também um exame papiloscópico (coleta de impressões digitais) nas munições não deflagradas encontradas na pistola 9 mm cuja posse é atribuída a Adriano.

Ex-PM do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio, ele é suspeito de chefiar a milícia Escritório do Crime, investigada pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018.

Adriano teve a mãe e uma ex-mulher empregadas no gabinete de deputado estadual do atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro. Elas aparecem na investigação sobre apropriação de salários de funcionários no antigo gabinete de Flávio. A família Bolsonaro cobrou investigação independente do caso e lançou suspeitas de que ele tenha sido morto como "queima de arquivo".

Dias antes da morte, capitão Adriano e sua companheira, Julia Lotufo, disseram que ele temia ser assassinado, segundo o advogado. "Com as repercussões sobre os arquivos que ele poderia revelar, a família fica um pouco receosa, mas não estão sob proteção", diz Catta Preta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Condenado pelo crime de lavagem de dinheiro a sete anos e nove meses de prisão, num processo que o acusa de ter desviado dinheiro da construção da avenida Água Espraiada quando era prefeito de São Paulo, o ex-governador Paulo Maluf, 88, apresenta um quadro médico delicado e teve complicações decorrentes de um câncer de próstata.

Segundo um boletim obtido pelo Estado e assinado pelo oncologista Fernando Cotait, o ex-governador tem uma série de "comorbidades relevantes": doença arterial coronariana não obstrutiva, hipertensão arterial sistêmica, doença de refluxo gastroesofágico, pneumonias aspirativas e alteração cognitiva-motora senil.

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O laudo seria enviado nesta quarta-feira, 12, pela defesa de Maluf ao o juiz da 4ª Vara de Execuções Penais de São Paulo, Rogerio Alcazar, que pediu o documento. O ex-governador ficou preso em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, entre dezembro e abril de 2018. Por decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, o parlamentar passou para regime domiciliar.

Ainda segundo o relatório médico de Fernando Cotait, que acompanha o caso, Maluf apresenta desde dezembro uma quadro de 2018 "infecção de trato respiratório de repetição, associados a sepse grave com rebaixamento do nível de consciência".

Maluf ficou internado 30 dos últimos 60 dias, se locomove de cadeira de rodas e está sentindo dores frequentemente, segundo interlocutores. "Ele teve oito pneumonias até o final do ano passado", disse Jesse Ribeiro, o mais próximo amigo do ex-governador.

Retorno

Foi o ministro Luiz Edson Fachin, relator da ação penal na qual o deputado federal foi condenado por lavagem de dinheiro, quem concedeu o Habeas Corpus de ofício para que Paulo Maluf se mantenha em prisão domiciliar por razão humanitária.

Há na defesa do ex-governador, porém, o temor que esse decisão possa ser revertida. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que causou desconforto a iniciativa de auxiliares de Maluf de reativar a conta dele no Twitter. Foram duas postagens feitas no último dia 10. "Saudades da época em que se trabalhava em São Paulo, hoje só se fala mal e não trabalham. Paulo Maluf fez diversos piscinões, deixou em projeto outros vários e que infelizmente administrações posteriores não deram seguimento".

Em seguida, o tuíte comentou sobre as chuvas na capital. "Vendo o caos que hoje estamos a única frase que vem na cabeça é: Que saudades do Maluf!!! #equipemaluf".

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Maluf foi deputado federal por quatro mandatos, governador de São Paulo entre 1979 e 1982 e prefeito de São Paulo em duas oportunidades: de 1969 a 1971 e de 1992 a 1996.

A Barragem I da Mina Córrego do Feijão da Vale, em Brumadinho, apresentava risco de rompimento 20 vezes maior do que o limite aceitável, diz laudo de peritos criminais federais da Polícia Federal em Minas Gerais. A entidade representativa divulgou relatório de engenharia legal de junho de 2019 neste sábado, data em que o tsunami de lama completou um ano, no qual acusa laudos de estabilidade contratados pela empresa de conterem "informações inverídicas". Documentos mostram que a Vale sabia da possibilidade da morte de 214 pessoas em caso de rompimento sem aviso prévio. O crime ambiental deixou 259 mortos e 11 desaparecidos.

O laudo é subscrito pelos peritos da PF Alan de Oliveira Lopes, Bruno Salgado Lima, Gustavo Costa Guimarães, Leonardo Mesquita de Souza, Sídney de Oliveira Barbosa e Thalles Evangelista Fernandes de Souza, designados pelo chefe do setor Wenderson do Carmo Maia, que atuam na Superintendência da PF em Minas.

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No laudo técnico de engenharia legal, de 12 de junho de 2019 e divulgado no sábado, os peritos acusavam o laudo de estabilidade emitido pela empresa Potamos em relatório de Cálculo de Risco Monetizado de possuir informações inverídicas.

"Foram feitas estimativas de probabilidade sem alusão a qualquer fonte técnica de referência, comprometendo a confiabilidade nas conclusões do estudo probabilístico", diz a nota assinada pelo presidente da associação, Marcos Camargo.

A probabilidade de rompimento prevista pelo relatório era 20 vezes maior que o aceitável e exigia melhoria nas condições estruturais da barragem, afirmam os peritos federais. Caso isso não fosse possível, uma alternativa viável seria "alertar e retirar os funcionários das instalações industriais e administrativas e das pessoas residentes na zona suscetível de ser atingida pela onda de rejeitos".

"Esperamos que, após mais uma tragédia, lições possam ser apreendidas para que possamos ter desenvolvimento necessário para o país crescer com proteção e respeito à vida das pessoas e à preservação do meio ambiente", conclui a nota.

Segundo os peritos, a "Barragem I da mina do Córrego do Feijão, estrutura de contenção de rejeitos, componente do complexo industrial minerário Paraopeba em Brumadinho/MG, de responsabilidade da mineradora VALE S.A., operou durante quatro décadas (1976-2016) sujeita a uma série de fontes de incertezas, em especial aquelas relativas aos parâmetros geotécnicos, ao longo de sua vida útil, antes do seu rompimento em 25/01/2019".

"Essas fontes de incertezas são originárias tanto das variações naturais das propriedades minerais do material escavado na mina, quanto das modificações ocorridas nos processos e equipamentos relativos à extração e beneficiamento do minério, bem como da evolução da forma como o rejeito de minério foi disposto, resultando em um depósito heterogêneo e estratificado após sucessivos alteamentos pelo método de montante", afirmam.

Os peritos detalham que "no caso da impossibilidade de reduzir, com segurança, a probabilidade anual de falha, por meio da implementação tempestiva de melhorias nas condições estruturais da Barragem I, uma solução alternativa seria a de implementar medidas urgentes e capazes para reduzir a elevada estimativa de perda de vidas humanas".

"Isso implicaria, necessariamente, no alerta e na retirada dos funcionários das instalações industriais e administrativas e das pessoas residentes na zona suscetível de ser atingida pela onda de inundação dos rejeitos (dam break), localizada a jusante da Barragem I, previamente delimitada no Plano de Ação Emergencial de Barragem de Mineração (PAEBM)", afirmam.

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou 16 ex-funcionários da Vale e da Tüv Süd por homicídio duplamente qualificado e crimes ambientais decorrentes do rompimento da Barragem I, dentre eles o ex-presidente da empresa, Fabio Schvartsman. As duas empresas também foram denunciadas pelos crimes ambientais.

"A Vale promoveu ditadura corporativa na medida em que impôs à sociedade e ao poder público suas decisões, com as informações que detinham mas que ocultavam", declarou o promotor de Justiça William Garcia Pinto Coelho, do Ministério Público de Minas, em coletiva de imprensa para anunciar o oferecimento da denúncia na terça, 21.

Ele afirmou que a empresa possuía uma lista sigilosa e interna de dez barragens em "situação inaceitável de segurança".

Com a palavra, a Vale

"A Vale considera fundamental que haja uma conclusão pericial, técnica e científica sobre as causas do rompimento da barragem B1 antes que sejam apontadas responsabilidades. Em dezembro de 2019, a companhia divulgou publicamente o relatório final do Painel de Especialistas, com as suas conclusões a respeito das causas técnicas do rompimento da barragem B1, da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Constituído em 8 de fevereiro, duas semanas após o rompimento, o Painel de quatro especialistas foi presidido pelo Dr. Peter K. Robertson, referência mundial em estudos de liquefação, trabalhou durante cerca de 10 meses na apuração, de acordo com as suas experiências e opiniões profissionais, das causas técnicas do ocorrido. O rompimento, de acordo com a investigação, ocorreu de forma abrupta e sem sinais prévios aparentes, que pudessem ser detectados pelos instrumentos de monitoramento geotécnico usualmente empregados pela indústria da Mineração mundial.

Além disso, como anunciado em 27 de janeiro de 2019, o Conselho de Administração da companhia constituiu, separadamente, um Comitê Extraordinário Independente de Assessoramento (CIAEA), dedicado à investigação das causas e eventuais responsabilidades pelo rompimento da barragem, que também receberá os estudos técnicos em questão.

A Vale coopera ativamente com as investigações conduzidas pela Força-Tarefa, pelos comitês internos independentes e pelas comissões parlamentares, apresentando todos os documentos e informações solicitados. A companhia reforça, ainda, que continua focada na reparação dos danos e no apoio aos atingidos pelo rompimento."

Nesta terça-feira (24), durante uma coletiva, a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, Fernandha Batista, afirmou que o Governo do Estado realizará estudos para que as causas do deslizamento de barreira, no bairro de Dois Unidos, Zona Norte do Recife, sejam apuradas.

Segundo Fernandha, quatro secretarias estão envolvidas para que o caso seja solucionado o mais breve possível. "O Governo do Estado não vai se eximir de qualquer responsabilidade. Estamos à disposição para apurar todas as causas e trabalhar para evitar que novas ocorrências como essa aconteçam em Pernambuco", disse.

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"Então, é importante que todos os estudos sejam concluídos e apurados. A gente tem a expectativa de que em até 15 dias esses laudos sejam concluídos", completou. A secretaria também declarou que o Governo do Estado vem realizando nos morros um trabalho intenso de monitoramento. De acordo com ela, cerca de R$ 200 milhões estão sendo investidos no projeto.

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Um laudo da Polícia Federal elaborado por peritos criminais apontou que a empresa TÜV SÜD não poderia ter emitido em setembro de 2018 a Declaração de Condição de Estabilidade para a Barragem I da Mina Córrego do Feijão, da Vale em Brumadinho. As normas técnicas, as boas práticas de engenharia e os critérios internacionais tornavam inaceitáveis os valores de probabilidade anual de falha, segundo a análise dos peritos. Os dados coletados naquele período já indicavam a insuficiência para a garantia da segurança da estrutura.

A barragem se rompeu quatro meses após a consultoria atestar a sua estabilidade, deixando 254 mortos e 16 desaparecidos, além de um vasto dano ambiental. O laudo integra o inquérito da Polícia Federal que investiga as circunstâncias do rompimento e as responsabilidades pela destruição ambiental e pelas mortes. O delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira encaminhou para a perícia 11 perguntas técnicas sobre o caso. As respostas contidas no laudo auxiliam a PF a entender aspectos técnicos de engenharia do caso.

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Os especialistas começam o trabalho ponderando que a barragem, que operou entre 1976 e 2016, sempre esteve sujeita a uma série de fontes de "incertezas", como as modificações realizadas em sua estrutura e a evolução da forma como o minério foi disposto no local. Desde abril de 2001, a estrutura era administrada pela Vale.

Os peritos dizem que, como consequência de uma não emissão da referida Declaração de Condição de Estabilidade, os órgãos competentes poderiam ter sido informados sobre o acionamento do Plano de Emergência para Barragens de Mineração. Ainda que não fosse possível evitar a ruptura, seria suficiente para "reduzir, principalmente, a perda de uma quantidade tão expressiva de vidas humanas, além de reduzir danos materiais e financeiros", descreveram os peritos.

Diante do que chamaram de uma margem de segurança inaceitável, os analistas da PF também relataram não terem constatado uma ação efetiva dos responsáveis da Vale. O laudo diz que estudos anteriores da companhia e da consultoria já apontavam para o risco de morte de 214 pessoas em caso de rompimento.

Outros três laudos tratam dos impactos ambientais da tragédia, analisando aspectos da vegetação terrestre afetada pelo lama da barragem, dos danos causados à fauna terrestre e aquática do local e da poluição ambiental gerada pelos rejeitos de minério de ferro que atingiram a região. Além disso, um outro documento trata dos procedimentos de licenciamento ambiental da Barragem I. Os laudos registram a devastação de vegetação, natural ou plantada, perda de hábitat, a mortandade de animais, os danos à fauna em diversos níveis da cadeia alimentar e no meio ambiente, entre outros.

Estabilidade

A TÜV SÜD disse que não comentaria os laudos, mas reiterou que "continua oferecendo sua total cooperação às autoridades envolvidas na apuração dos fatos".

A Vale disse que o fator de segurança da Barragem B1 foi calculado e atestado por auditoria internacional, após uma série de estudos técnicos sobre a estrutura. "Ainda sobre as condições de estabilidade da barragem, em outubro de 2018, menos de 4 meses antes da ruptura, os maiores especialistas em geotecnia do mundo realizaram uma inspeção de campo na estrutura e, tal qual o corpo técnico da Vale, identificaram comportamento e características de uma estrutura em condição drenada, reconhecida expressamente como bem cuidada e em processo de melhoria." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um lote de 50 amostras - de um total de 150 - de moluscos, peixes e crustáceos de 12 localidades pesqueiras do Litoral de Pernambuco foi enviado para análise da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC). A intenção do Governo do Estado é confirmar que os pescados estão aptos para o consumo e não foram infectados pelo óleo que devastou a costa nordestina.

“Esta análise vai nos dar condições de afirmar se houve contaminação dos pescados e, em caso positivo, em que intensidade. Só a partir dessa avaliação será possível afirmar se os pescados estão livres de contaminação e liberados para o consumo da população”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Agrário Dilson Peixoto.

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Com foco na pesca artesanal, o material foi coletado nos estuários do Rio Capibaribe, Itapissuma, Itamaracá, Igarassu, Goiana, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Tamandaré, Ipojuca e São José da Coroa Grande.

Após a análise feita pelo laboratório que presta serviço à Petrobras em casos de contaminação de óleo, está previsto que o monitoramento das localidades seja assumido pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), como explicou Dilson. “Esse tipo de acidente, com possibilidade de contaminação por hidrocarbonetos, tende a deixar vestígios por muito tempo, por isso a necessidade de manter o monitoramento dos pescados por meses e até anos”, avaliou.

Laudo de empresa terceirizada diz que o brinquedo Vainkará, do Beach Park, onde morreu um radialista paulista em julho do ano passado, apresenta falha de projeto, alterando a trajetória da boia independentemente do peso, o que foi determinante para ocorrer o acidente. Excesso de peso e falhas na distribuição de peso da boia foram as causas do acidente apontadas pela Polícia Civil.

Desde a conclusão do laudo da polícia, Beach Park nega que tenha sido excesso de peso e tenta comprovar que houve falha do fabricante do brinquedo e não dos funcionários que operavam no local. Laudo que aponta falha de projeto foi feito por empresa contratada pelo parque.

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O turista de Sorocaba Ricardo José Hilário da Silva, de 43 anos, morreu em 16 de julho após cair do brinquedo Vainkará, inaugurado dias antes pelo Beach Park, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza. Silva descia com um grupo de três amigos no brinquedo quando foi arremessado da boia e acabou batendo a cabeça no chão, tendo traumatismo craniano com morte imediata.

"O design do referido toboágua resulta em situações onde a boia se torna instável e não segura, mesmo quando o peso dos usuários soma menos que os 320 kg recomendados pela ProSlide", diz o relatório da ESi, empresa americana contratada pelo Beach Park para uma perícia externa.

"O aspecto-chave do toboágua que compromete a segurança dos usuários é a trajetória seguida pela boia na segundo onda-tornado de ‘gravidade zero’. Essa trajetória irregular se dá devido ao design do toboágua", diz. A emprea é referência no mercado em investigações dessa natureza, já tendo trabalhado em locais como Disney World Orlando, Universal Studios, Busch Gardens e Sea World.

Em nota o Beach Park destaca que "desde o ocorrido, busca entender de forma científica o porquê do acidente, considerando que sempre cumpriu com todas as normas de seguridade e que é reconhecido, dentro e fora do País, por seguir tais parâmetros com eficiência e precisão. Desde então, por decisão do Beach Park, a atração está fechada".

O relatório final da empresa ESi causou indignação ao Beach Park. A empresa contratada para a realização do projeto e instalação da atração - ProSlide, uma das grandes empresas do ramo no mundo - era, até então, fornecedora do Beach Park. Como praxe, as empresas que fazem os projetos e a instalação de brinquedos em parques aquáticos no mundo inteiro são responsáveis por garantir a excelência do projeto e da instalação. Aos parques, cabe escolher um fornecedor tido como qualificado e garantir que a operação do brinquedo se dê de forma adequada, como consta nos manuais dos próprios fabricantes.

A ProSlide disse que não ia se pronunciar sobre a perícia paralela e que está contribuindo para as investigações.

A questão do peso na boia foi colocada à época do acidente como fator determinante para tal. O laudo da Polícia Civil reforça essa ideia baseando-se em apenas cinco testes realizados, ignorando diversos fatores observados nas simulações promovidas a pedido do parque. Por isso, o Beach Park recorreu à Justiça em novembro do ano passado pedindo a anulação do laudo oficial e a realização de uma nova perícia.

O relatório da perícia norte-americana também põe fim a esse debate ao afirmar que "com o erro de projeto, não importa o peso da boia, pois acidentes poderiam ocorrer com qualquer peso", como se deu nos diversos testes realizados pela empresa. "Resumindo, o design e a configuração do referido toboágua resultam em trajetórias inaceitáveis, mesmo com usuários de peso dentro dos limites recomendados. Ademais, o design resulta em trajetórias imprevisíveis, mostrando que a segurança não é peso-dependente. Antes, a segurança ou não dos usuários do toboágua é diretamente influenciada pelo design/configuração", finaliza o relatório da perícia, que foi protocolado recentemente no Ministério Público.

"Diante da perícia e com a certeza de ter seguido todos os procedimentos corretos na operação da atração, o Beach Park está avaliando as medidas jurídicas aplicáveis ao caso", afirma a nota do Beach Park.

Segundo laudo pericial produzido pela Polícia Federal (PF), o incêndio ocorrido no Museu Nacional, no Rio de janeiro, em setembro de 2018, foi causado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado. O fogo destruiu a maior parte do acervo de 12 mil itens do equipamento cultural.

O jornal Estado de São Paulo teve acesso a trechos do laudo que será um dos elementos que a PF levará em consideração na conclusão do inquérito sobre o caso. A previsão é de que o relatório final seja entregue em até duas semanas. Além disso, serão usados outros tipos de prova, como depoimentos.

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Os peritos designados para investigar os motivos do incêndio reconstruíram o local em laboratório para interpretar todos os acontecimentos anteriores ao início do fogo. Foi então que, após relatos de testemunhas, percebeu-se que um primeiro sinal de fumaça foi visto em uma sala no segundo andar do prédio do museu. Exatamente abaixo dessa ficava o ar-condicionado apontado pelo laudo como foco do incêndio. Até o momento, os investigadores não encontraram nenhum indício de que o fogo possa ter origens criminais.

O Ministério Públlico de Minas (MP-MG) observou a possibilidade de que tenha ocorrido manipulação do laudo que atestou a estabilidade da barragem de Brumadinho.

Em e-mail do engenheiro Makoto Namba a Arsênio Negro Júnior (Tüv Süd), de 13 de maio de 2018, ele escreve que: "O Marlísio (outro funcionário) está terminando os estudos de liquefação da Barragem I do Córrego do Feijão, mas tudo indica que não passará, ou seja, fator de segurança para a seção de maior altura será inferir ao mínimo". Dessa maneira, "a rigor não podemos assinar a Declaração de Condição da Estabilidade da Barragem, que tem como consequência a paralisação imediata de todas as atividades da mina".

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Na sequência, cita-se Felipe, funcionário da Vale, que alega que as intervenções pedidas pelos técnicos poderiam demandar até três anos - e que em outros momentos a promessa de obras para outras empresas já garantiu o atestado. "Mas como sempre a Vale irá nos jogar contra a parede e perguntar: e se não passar, irão assinar, ou não?"

Prisões

Oito funcionários da Vale foram presos ontem em Belo Horizonte, Itabira (MG) e Rio, como parte das investigações do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), no dia 25, que deixou até ontem 166 mortos e 144 desaparecidos. As acusações incluem "conluio" para esconder informações sobre o reservatório. Além disso, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, um deles na sede da empresa. Uma das linhas de apuração envolve descobrir quem detinha informações sobre a barragem antes do rompimento.

Para o Ministério Público de Minas (MP-MG), não foi acidente, mas "crime doloso" (com intenção) e, por isso, é preciso investigar até a cúpula da Vale. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, sofreu uma pane mecânica antes de cair na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, apontam informações preliminares da Polícia Civil. O inquérito policial não deve responsabilizar criminalmente nenhum dos envolvidos. O piloto Ronaldo Quattrucci, de 56 anos, também morreu no acidente.

A queda aconteceu na última segunda-feira, 11. "Houve uma pane mecânica. Quer dizer, não há de se falar que o cara ia por um remold lá no motor ou sei lá onde, montar na aeronave e subir", afirmou ao Estado o delegado Luiz Roberto Hellmeister, responsável pelo inquérito na Polícia Civil. Os investigadores aguardam laudos para confirmar as circunstâncias do acidente.

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Quattrucci era sócio majoritário da empresa RQ Serviços Aéreos Especializados, com sede em São Paulo. "Ele era dono da aeronave e único piloto da empresa. Ficou comprovado por profissionais da área que ele fez todo procedimento de pouso de emergência", disse Hellmeister.

Para o delegado, as investigações, até o momento, apontam para possível responsabilidade administrativa - e não criminal - de pessoas vinculadas à empresa. Dois dias após a tragédia, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu a RQ Serviços Aéreos por haver "indícios" que ela prestava serviços de táxi-aéreo sem autorização.

A versão foi confirmada à Polícia Civil nesta sexta-feira, 15, pelo filho e sócio do piloto, o nutricionista Rodrigo Quattrucci, de 23 anos, detentor de menos de 2% das ações da RQ Serviços Aéreos. Segundo as investigações, ele só teria ido quatro vezes na empresa desde a fundação, em março de 2004.

Na delegacia, ele informou que a aeronave não tinha seguro. Havia apenas seguro para os tripulantes, que teria sido posto à disposição de familiares das vítimas e do motorista do caminhão em que o helicóptero colidiu.

Boechat morreu por politraumatismo

Laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Boechat morreu em decorrência de politraumatismo provocado pela queda do helicóptero. De acordo com o documento, o jornalista sofreu traumatismos torácico e abdominal, "caracterizando politraumatismo, com carbonização secundária".

O exame não apontou indícios de que Boechat inspirou fuligem ou fumaça antes de morrer. "(Foi detectada) uma concentração abaixo de 10% de carboxihemoglobina (intoxicação por monóxido de carbono) no sangue, o que indica que a vítima já se encontrava em óbito antes da exposição ao gás", afirma o laudo. O corpo do jornalista foi reconhecido pela arcada dentária.

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A Defesa Civil Municipal interditou o Complexo de Abastecimento do Jurunas, em Belém, na segunda-feira (7). Segundo os laudos elaborados por técnicos, existem diversos fatores na estrutura que podem gerar acidentes dentro do mercado.

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A decisão de interdiar o complexo se deu a partir de um chamado para que a Defesa Civil analisaasse a estrutura do mercado, que estava estalando. “Nós ligamos porque começou a estalar todinho o mercado”, declarou Ana Maria, comerciante do espaço.

A chuva é um fator que constantemente interfere na vida dos trabalhadores do complexo do Jurunas, espaço onde funcionam feira e centro de abastecimento de alimentos, na periferia da capital paraense. “Quando chove, molha tudo. Só lá na frente que ainda não está tão precário. Estava, porque tinha um buraco imenso lá. Houve um incêndio e o buraco durou quase quatro anos”, relatou Maria José Palheta, feirante do complexo que trabalha com produção de refeições.

O cenário se agravou com o decorrer do tempo e apenas algumas medidas paliativas foram tomadas, após as últimas eleições municipais, para acudir os vendedores que se utilizam do espaço. Segundo uma comerciante, a debilidade em diversos setores do local afetou de maneira gradativa as vendas. “Caíram muito as nossas vendas, faz uns dois anos. E agora caiu mais. (A população) Está deixando de vir aqui, porque tem medo que o mercado caia”, observou Ana Maria.

Desde o ano de 2015 há a previsão para a execução do projeto de reforma geral do complexo. Contudo, somente no final desse mês ocorrerá o processo de licitatório.

A coordenadora da Defesa Civil de Belém, Carol Rezende, disse que a interdição demonstra a preocupação diante de riscos à vida das pessoas por conta das ameaças que a estrutura manifesta. “Temos um laudo que atesta possibilidade de acidentes, com possível desabamento da estrutura. Não podemos deixar as vidas de quem trabalha e circula por este mercado ficarem expostas a risco de acidentes e, na pior das hipóteses, até de morte. Por isso a interdição e o remanejamento dos feirantes é urgente”, avaliou Carol.

Atualmente estão sendo instaladas barracas provisórias na área externa do complexo, para onde os trabalhadores serão remanejados. As primeiras 100 barracas seriam destinadas para os bares, vendedores de comidas prontas e peixeiros.

Alguns donos de bares, entretanto, relataram que solicitaram a preparação de uma estrutura um pouco mais elaborada por conta dos seus equipamentos. “Elas (as barracas) não possuem estrutura para pormos as nossas coisas dentro, principalmente porque nós trabalhamos com fogão, botijão e freezer. Não temos estrutura para ficar nessas barracas. Mas eles já deram permissão para que nós construíssemos barracas ali (na área externa)”, explicou Ana Maria.

Os moradores e vendedores estão torcendo para o início da reforma do mercado para que haja a normalização dos serviços. “Vai ficar bonito”, disse Antônio Carlos Rangel, feirante.

Por Wesley Lima.

 

O sushiman Leandro Santana dos Santos, de 26 anos, morto por policiais militares após ameaçar colegas de trabalho e fazê-los de refém em um restaurante no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo, foi vítima de quatro tiros pelas costas, segundo aponta laudo necroscópico do caso. A Polícia Civil investiga se houve excesso no caso, ocorrido na semana passada.

Para a viúva Emilene Gonçalves, de 41 anos, houve "negligência" dos PMs. "Quero saber por que a polícia fez isso", diz a dona de casa, que depôs nesta terça-feira (27) no 15.º Distrito Policial (Itaim Bibi). Segundo investigações, Santos teve um "surto psicótico", dominou um colega com uma faca e depois manteve cinco funcionários reféns. Quando estava só, ele subiu para o mezanino e atirou uma faca. Os PMs usaram bala de borracha e arma de choque, sem sucesso, e também atiraram com a pistola .40.

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Emilene nega que o marido tenha sofrido surto e diz que ele não usava remédio controlado ou droga. "Até agora não entendo o que aconteceu", diz. "Só queria cuidar da filha e de mim. Deixaram a gente arrasada com tudo isso. Quero justiça."

O laudo aponta que Santos foi baleado no braço esquerdo, na perna direita, na nádega e próximo à coluna. "Os quatro ferimentos tiverem entrada pelas costas e não tiveram saída. Só o da perna saiu pela frente", diz o delegado Fábio Pinheiro Lopes, titular do 15.º DP. Para ele, não é possível afirmar, neste momento, se houve excesso.

Os PMs envolvidos no caso foram afastados das atividades de rua. A Corregedoria da PM e a Ouvidoria das Polícias de São Paulo acompanham a apuração. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta terça-feira (13), o assistente de acusação Carlos André Dantas deu detalhes durante coletiva sobre o laudo pericial da Polícia Civil concluído após reconstituição do crime que vitimou o médico Denirson Paes da Silva, em Aldeia, município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). A perícia aponta discrepância nos relatos e gestos da indiciada Jussara Rodrigues Paes da Silva, que era esposa do médico cardiologista e advogado.

A Justiça determinou a quebra de sigilo do processo depois de pedido do advogado Carlos André Dantas. O resumo da perícia policial é que Jussara não agiu sozinha. Entre as discrepâncias, a polícia cita que Jussara não soube explicar como ocorreu a serragem do corpo da vítima. O ajudante da farmacêutica seria seu filho mais velho, Danilo Paes, que, assim como a mulher, está preso preventivamente.

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O assistente da promotoria também rebateu, durante coletiva, o argumento que está sendo utilizado pela defesa de Jussara, de que Denirson seria um homem violento a ponto dela conseguir uma medida protetiva contra ele em 2015. “A medida protetiva não tem nexo causal com a motivação do crime. Ela foi pedida como uma forma de constranger a vítima. Denirson viajou para os Estados Unidos e ela ficou com raiva de não ter ido junto. Na volta dele, houve uma discussão e ela procurou a delegacia. Não foi feito corpo de delito e ela procurou a delegacia espontaneamente para retirar a queixa”, afirma o advogado. A defesa de Jussara tem destacado que ela sofreu várias agressões do companheiro ao longo dos anos. No dia da morte do médico, segundo a defesa, ele teria agredido a mulher e ela revidado, fazendo com que Denirson batesse com a cabeça no chão e sofresse um traumatismo craniano. 

Carlos continua: “Denirson era um bom pai de família, preocupado sobretudo com a educação da família”. Além da motivação passional, Carlos André Dantas reforçou que a farmacêutica cometeu o crime por causa de dinheiro. “Havia uma preocupação financeira porque o marido queria se separar e ela tinha apego exacerbado ao padrão de vida que ela sabia que não teria condições de levar com a separação”, argumenta Carlos.

Advogado de Jussara rebate

Procurado pelo LeiaJá, o advogado Rafael Nunes, que faz a defesa de Jussara, criticou o laudo pericial da Polícia Civil, que aponta que a mulher não cometeu o crime sozinha. Para o jurista, a perícia foi mal realizada. “É uma perícia tendenciosa, mal feita, resultado sem pé nem cabeça. A perícia foi feita já para ter aquele resultado. Não existe prova nenhuma, não tinha elementos para isso. Se ela não agiu só, por que não apontam Daniel, o filho mais novo, como envolvido?”, questiona.

Sobre a medida protetiva, Rafael rebate os argumentos do assistente da promotoria. “Ela retirou a queixa porque era ameaçada. Foi ameaçada a vida toda. A violência doméstica é uma violência silenciosa. E nós temos testemunhas”, complementa.

Nos próximos dias 7 e 14 de dezembro, ocorrerão as audiências de instrução do caso. As ouvidas de réus e testemunhas serão realizadas no Fórum de Camaragibe.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

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A adolescente Rayane Paulino Alves, de 16 anos, achada morta depois de sair de uma rave em Mogi das Cruzes, cidade da região metropolitana de São Paulo, foi assassinada por asfixia mecânica causada por estrangulamento. A causa da morte foi confirmada pelo primeiro laudo da perícia, entregue nesta terça-feira (7) à Delegacia de Homicídios, que investiga o caso.

O laudo aponta que o corpo apresenta uma fratura no osso hioide do pescoço da jovem, causada provavelmente pelo golpe conhecido como "mata-leão", que teria sido aplicado pelo autor confesso do crime, o segurança Michel Flor da Silva, de 28 anos.

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De acordo com o delegado Rubens José Ângelo, que atua no inquérito, o osso quebrado no pescoço da vítima é indicativo de morte violenta. A perícia encontrou também hematomas e sulcos deixados na pele do pescoço pelo cadarço usado para enforcar Rayane.

O segurança contou ter tirado o cordão da bota da adolescente, usando-o para enforcá-la. Silva afirma que, antes de matar a jovem, teve relações sexuais consentidas com ela, mas, segundo o delegado, todas as circunstâncias apontam para estupro. Ângelo aguarda laudos complementares sobre vestígios de espermatozoides na vítima e o exame toxicológico.

Na noite de 20 de outubro, um sábado, Rayane havia saído de casa para ir a uma festa com duas amigas. O pai a deixou na casa de uma delas, mas a adolescente não voltou, nem deu notícias. As amigas disseram que a jovem se sentiu mal e decidiu ir embora antes. Ela teria saído sozinha e a pé do local.

O corpo da adolescente foi encontrado oito dias depois em uma área de mata, no bairro Lambiri, em Guararema, no interior paulista. No celular da jovem, encontrado à margem do km 170 da Via Dutra, havia uma ligação para o 190, da Polícia Militar.

Imagens de câmeras de segurança e uma caneta achada próxima do corpo levaram a polícia ao autor confesso do crime. Silva trabalhava como segurança na rodoviária de Guararema, para onde a garota foi levada por um motorista de aplicativo que a encontrou caminhando na estrada.

O segurança confessou ter se oferecido para levar a jovem até sua casa. Conforme o delegado, no caminho, o homem mudou o rumo e estuprou Rayane próximo do local onde o celular foi encontrado. Ela teria reagido e ele, que é capoeirista e lutador de artes marciais, aplicou o golpe que a deixou desmaiada.

Quando se livrava do corpo, na área de mata, ele teria percebido que a jovem ainda estava viva e usou o cadarço para asfixiá-la. Ao ser preso, dez dias após o crime, Silva confessou ter matado a jovem, mas negou o estupro.

O segurança alegou que a jovem "surtou" após ter consentido em manter relações sexuais e ameaçou denunciá-lo por estupro. Ela ainda o teria agredido com pontapés e, ao contê-la aplicando o golpe no pescoço, achou que a tinha matado e decidiu se livrar do corpo.

O segurança cumpre prisão temporária de 30 dias na cadeia de Mogi das Cruzes, mas deve ter a preventiva decretada e será transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP) ao final do inquérito.

Conforme o delegado, ele vai responder por homicídio com ao menos quatro qualificadoras - motivo torpe (a própria satisfação sexual), emprego de meio cruel (asfixia), sem dar chance de defesa à vítima, devido à desproporção de força física, e acobertamento de outro crime (estupro).

Ainda é analisado um possível agravante de feminicídio. Silva responderá também pelos crimes de estupro e ocultação de cadáver, podendo se condenado a até 60 anos de prisão.

O segurança é casado, tem um filho pequeno e não tinha passagens pela polícia. Até a manhã desta quarta-feira (7) o segurança não tinha defensor constituído. Conforme a polícia, ele teve audiência com um advogado, que ainda não confirmou se atuará na defesa do acusado.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) divulgado nesta quinta-feira (20) confirmou que a advogada Tatiane Spitzner, 29 anos, foi morta por asfixia mecânica, e não pela queda do quarto andar do prédio. O exame de necropsia aponta, ainda, que houve esganadura com sinais de crueldade. Tatiane foi morta no dia 22 de julho. O marido, Luis Felipe Manvailer, de 32 anos, é acusado pelo crime e está preso.

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Informações da Folha de São Paulo apontam que o diretor do IML, Paulino Pastre, confirmou que Tatiane morreu e, depois, foi jogada do edifício onde morava com o marido em Guarapuava, no Paraná. Luis Felipe foi denunciado por homicídio qualificado (por feminicídio, motivo fútil, meio cruel e dificultar defesa da vítma), por fraude processual (por ter tentado alterar a cena do crime ao recolher o corpo da esposa) e por cárcere privada - pois ele impediu que ela fugisse.

Imagens de câmeras de segurança do prédio onde o casal morava mostram uma sequência de agressões feita contra ela pelo marido antes da queda do 4º andar. Às 2h34 do dia 22 de julho, um carro branco para em frente ao edifício. Nele estão Mainvailer e Tatiane. É possível notar que o homem desfere tapas contra a ela, puxando-a e empurrando-a na sequência. Em um momento chega a abrir a porta, mas ela é fechada na sequência. Outras imagens mostram quando o homem continua as agressões contra a mulher no estacionamento, no momento da chegada ao prédio. Ela tenta correr, mas é alcançada por ele, que a imobiliza.

Tatiane continua sendo atacada enquanto sobe para o apartamento. Às 3h01, já após a queda, ele sobe pelo elevador carregando o corpo da vítima, que foi recolhido por ele da calçada e posto no interior do apartamento. No elevador, ele demonstra desespero e tem manchas de sangue na camisa. Quatro minutos depois de retirar o corpo do elevador, ele volta com um pano com o qual parece limpar vestígios de sangue. Às 3h07, ele desce para o estacionamento e sai de carro, enquanto a polícia já estava na portaria do prédio para apurar o que havia acontecido.

Luiz Felipe Manvailer foi preso na madrugada do crime após se envolver em um acidente na Rodovia BR-277, no sentido de Foz de Iguaçu. Segundo a polícia, o suspeito tentava fugir para o Paraguai.O delegado Bruno Miranda Maciozeki, responsável pelo caso, afirmou que as evidências contra o marido são decisivas. "Ele retirou o corpo do local e apagou as manchas de sangue no hall do edifício. As imagens do circuito interno de monitoramento do prédio mostram agressões brutais contra a vítima na garagem antes da queda", conta o delegado. A defesa do professor nega que ele tenha praticado o crime.

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