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Após três anos de quedas nas vendas de pescados no Mercado de São José, na região central do Recife, devido às restrições sanitárias da Covid-19, os comerciantes se animam com a volta dos consumidores aos corredores do local. Muitas pessoas estão indo ao mercado na procura de peixes e crustáceos para manter viva a tradição familiar da Semana Santa.

Para o comerciante Valdecir Florêncio, 52 anos, as vendas estão impulsionadas pela queda dos números da pandemia, e já consegue notar melhorias na economia do seu estabelecimento. “Esse ano está melhor, pois no ano passado tinha esse probleminha dessa pandemia. O povo estava com medo de sair de casa, já esse ano, eu estou achando que está melhor”, afirmou.

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Por: João Velozo/LeiaJáImagens

Com a proximidade da Sexta-Feira Santa, aumentou a procura dos clientes por peixes e crustáceos, principalmente pelo mercado recifense, de mais de 140 anos de história, ser conhecido pela tradição dos comerciantes em tratar e cortar os peixes em postas na hora da venda.  

O empresário Adriano Oliveira, de 40 anos, acompanhado da sua noiva, Ana Marília, 18 anos, disse que encontrou dificuldades para achar alguns tipos de peixe, devido a alta procura. “É muito importante manter viva essa tradição que já vem dos nossos pais e avôs, porém esse ano, não estamos encontrando quase nenhum tipo de peixe”, disse.

Entre os pescados mais procurados neste período do ano estão a corvina, que custa entre R$ 18 a R$ 20 o quilo; a albacora, entre R$ 16 a R$ 23 o quilo; e a cioba, cujo quilo custa R$ 45.

Outro produto muito procurado é o camarão. Nos estabelecimentos do mercado, o preço do crustáceo varia de acordo com o tamanho. Há opções de R$ 28 a R$ 55 o quilo.

A cliente Márcia Regina de Lima, destacou sua preferência pelo crustáceo. “Não sou muito fã de peixe não, gosto mais de camarão“, revelou. Assim como outros consumidores, ela acredita que os valores dos pescados estão mais caros em comparação ao ano passado.

Por: João Velozo/LeiaJáImagens

Porém, os clientes que estão indo aos principais mercados do estado para fazer suas compras, precisam também se atentar a qualidade desses pescados. De acordo com a Vigilância Sanitária do Recife, é fundamental que o peixe esteja disposto em condições adequadas, em balcões refrigerados, com temperaturas entre 2º e 3º graus. Os pescados não podem estar expostos ao sol ou à chuva, e preferencialmente, devem estar embalados. As recomendações também valem para outros fundos do mar, como sururu, camarão, ostra, marisco, mexilhão, lagosta, polvo e lula.

No caso de pescados congelados, a recomendação do órgão é que sejam armazenados em temperaturas entre -15ºC e -18ºC.

A Vigilância Sanitária também recomenda, que os clientes se atentem às condições de trabalho dos vendedores responsáveis pela manipulação dos pescados. Segundo o órgão, não é permitido o uso de utensílios de madeira, devido aos micro-organismos que contaminam o produto, e os vendedores devem usar uniformes limpos e de cores claras, com sapatos fechados e sempre com as mãos higienizadas.

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A Prefeitura de Olinda, no Grande Recife, informou nesta terça-feira (12) que intensificou a orientação e fiscalização nos estabelecimentos que comercializam pescados. Essa medida se deve ao aumento do consumo de peixe durante a Semana Santa.

Na área conhecida como Mercado do Peixe, no Carmo, a diretora da Vigilância Sanitária, Aline Leite, destacou que o trabalho já vem sendo realizado e que os comerciantes estão atentos e seguindo as regras como "fardamento, com luvas e máscara, até a necessidade de colocar o peixe em um saco específico para que o consumidor leve para casa a maior qualidade possível", afirmou. 

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A Vigilância Sanitária de Olinda detalha que cheiro, textura e cor são algumas das características que precisam ser observadas na hora de escolher os pescados.

O pescado começa a alterar imediatamente após a captura. Por essa razão, a manipulação cuidadosa é fundamental, o que implica cumprir três princípios gerais como resfriar imediatamente, evitar abusos de temperatura e manter elevado o grau de limpeza.

Outro fator importante que o consumidor deve observar são as características sensoriais do produto como cor, aparência e odor. Também é importante atentar para os olhos, que devem estar salientes e brilhantes. As escamas devem estar bem firmes e úmidas junto ao corpo. Aderente também precisa estar a carne aos ossos e cartilagens.

Quem encontrar alguma irregularidade pode fazer a denúncia pelo WhatsApp 81 992-0816, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. 

Com a pandemia de Covid-19 forçando estados e municípios a adotarem medidas que limitam a circulação de pessoas e o funcionamento de estabelecimentos, comerciantes buscam formas de aproveitar a Semana Santa para incrementar as vendas e faturar.

Na tradição católica, a semana em que se celebra a Sexta-Feira Santa e a Páscoa exalta a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Em tempos normais, a data impulsiona não só as vendas do comércio - principalmente de pescados e de chocolates -, como também o turismo doméstico, já que a sexta-feira é feriado.

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No entanto, pelo segundo ano consecutivo, a celebração ocorre em meio às restrições que afetam não só as cerimônias religiosas, como também as atividades comerciais. Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas no varejo em geral devem ser 2,2% inferiores às de 2020, movimentando cerca de R$ 1,62 bilhão – o que, se confirmado, seria o pior resultado desde 2008.

Em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que a retração nas vendas deste ano se deve não só às restrições de funcionamento do comércio, mas também ao fato de que parte da população viu sua renda cair em um momento em que a desvalorização do real frente ao dólar encareceu a importação de alguns produtos típicos. Segundo a confederação, a quantidade de chocolates importada (2,9 mil toneladas) é a menor desde 2013. A de bacalhau (2,26 mil toneladas), a mais baixa desde 2009.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonsêca, os fabricantes de chocolate tiveram que levar em conta a perda de poder aquisitivo de parte dos consumidores para pensar suas estratégias de vendas, mas, ainda assim, o setor está otimista.

“A perda de poder aquisitivo é real. Há muita gente sem emprego, sem poder trabalhar. Tendo isso em vista, as fabricantes de chocolate procuraram oferecer produtos acessíveis à população. Quem não puder comprar um ovo de Páscoa, pode adquirir uma barra de chocolate. A estratégia do setor é oferecer o que o mercado quer”, disse Fonsêca à Agência Brasil.

A quatro dias do domingo de Páscoa, Fonsêca destacou que a indústria de chocolates previa criar, direta e indiretamente, 11.665 vagas de trabalho temporário e superar as 8,5 toneladas vendidas em 2020. Metas que, segundo ele, vão ser atingidas.

“Apesar das dificuldades, estamos otimistas. Até porque, cerca de 80% das vendas de ovos de Páscoa acontecem nos supermercados, que estão funcionando normalmente em quase todo o país. Além disso, muitos comerciantes se prepararam para atender aos consumidores pela internet”, comentou o presidente da Abicab, garantindo que as vendas online, que já vinham crescendo ano a ano, deram um salto após o início da pandemia.

O gerente de Marketing, Francisco Alves de Faria Neto, confirma a importância do comércio digital. Com duas lojas físicas no Distrito Federal e uma clientela estabelecida ao longo de 20 anos, a Casa do Chocolate expandiu suas vendas para outras unidades da Federação graças à tecnologia.

“Tivemos um aumento das vendas online de cerca de 70% em comparação à Páscoa do ano passado, quando lançamos o site, em meio à pandemia, que nos fez acelerar o processo”, comentou Neto, acrescentando que o comércio eletrônico já representa metade de todas as vendas da empresa.

De acordo com o gerente, também as vendas nas lojas físicas, autorizadas a funcionar por comercializarem alimentos, “vão indo bem”, embora chocolates mais caros, principalmente os importados, tenham vendido menos que o esperado. “Baixou muito o giro de vários dos itens importados que vendemos. Tanto que tivemos que colocar produtos em oferta para não perder mercadoria. Mas, em geral, vendemos muito bem nas últimas semanas.”

PESCADOS

Em Santos (SP), onde o funcionamento de boa parte do comércio e serviços está suspenso até o domingo (4), os comerciantes do tradicional Mercado de Peixes tiveram que se organizar para levar os produtos ainda frescos até a casa dos clientes, que passaram a fazer suas compras por telefone. Ainda assim, de acordo com Alex Vieira, dono de um dos 20 boxes em funcionamento no local, muitos viram as vendas caírem drasticamente.

“No nosso caso, as vendas caíram em torno de 60% a 70%”, afirmou Vieira, cuja família está no ramo há cerca de 40 anos. “Esta é uma situação totalmente nova para todo mundo, incluindo os clientes. Muitos, que comem peixe sempre e são nossos fregueses há tempos, nos telefonaram e anteciparam seus pedidos, mas há também aqueles que gostam de vir ao mercado, de ver o peixe, escolher. Desses, parte não compra sem olhar o produto, não tem uma relação de confiança já estabelecida”, acrescentou o comerciante santista.

O presidente da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, destacou que o comércio de pescados comporta diferentes realidades. Segundo ele, para os produtores de peixes cultivados (piscicultores), cujos principais clientes são os supermercados (autorizados a funcionar mesmo onde o lockdown foi adotado), as boas expectativas já se concretizaram.

“Os supermercados não estão sofrendo grandes restrições. Pelo contrário. Estão vendendo muito bem. E, ao contrário da indústria pesqueira marítima, afetada pela pandemia, a piscicultura também não parou. Mantivemos a regularidade, entregando aos compradores as quantidades previamente estabelecidas em contratos e sem aumento nos preços”, comentou Medeiros, estimando que o segmento vendeu cerca de 100 mil toneladas ao longo do último mês.

“Mais uma vez, não voltamos a registrar uma explosão das vendas como as de 2018 e 2019, quando, em alguns locais, chegaram a crescer 300%. Isso não aconteceu, mas, neste ano, também não perdemos vendas. Ao contrário de 2020, quando aí sim, fomos afetados negativamente”, afirmou Medeiros.

HOTELARIA

Outro ramo de atividade que costuma aguardar pelo feriado de Páscoa, o setor hoteleiro é o mais afetado dos três. Segundo o presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), Manoel Linhares, a taxa de ocupação dos hotéis de todo o país não deve chegar a 10%, agravando a crise decorrente da pandemia.

"A hotelaria está preparada para receber os hóspedes, adotando todos os protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias, mas com parques, restaurantes e outras atrações fechadas em quase todo o país. A situação está muito difícil. Só em São Paulo, 27 hotéis já fecharam as portas, demitiram funcionários e os responsáveis estão decidindo o que fazer com os imóveis", disse Linhares. 

Para ele, o setor precisa urgentemente da promulgação de uma iniciativa semelhante à Medida Provisória 936, de abril de 2020, posteriormente transformada na Lei nº 14.020, que permitiu acordos de redução temporária de jornada de trabalho e salários ou a suspensão de contratos trabalhistas até 31 de dezembro do ano passado.

"Se algo assim não for feito, muitos outros hotéis terão que encerrar as atividades. Atualmente, a hotelaria não tem recursos nem para arcar com os salários e encargos dos cerca de 1,1 milhão de profissionais que emprega em todo o país", disse o presidente da ABIH Nacional.

Ele pediu que o Poder Público promova campanhas para estimular os brasileiros a viajar pelo país depois que a pandemia estiver sob controle, e que governos estaduais e municipais ajudem o setor reduzindo impostos e taxas, mesmo que temporariamente, e renegociando tarifas de serviços essenciais. "Neste momento difícil, um desconto no IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano, cobrado pelas prefeituras] ou no ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, estadual] cobrado na conta de luz pode ajudar a manter negócios e preservar empregos", concluiu.

Durante os dias 9 a 12 de março, o Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE) fiscalizou cerca de 107 produtos mais consumidos no período de páscoa, dentre eles pescados, ovos de chocolate, colombas, vinhos e leite de coco, em estabelecimentos comerciais no estado. A operação está prevista para ocorrer em todo mês de março.

Até o momento, um produto foi reprovado por apresentar peso abaixo do indicado na embalagem. Os fiscais coletaram outros 31 produtos para passar por perícia no laboratório do Ipem-PE, quanto ao seu conteúdo nominal (peso declarado na embalagem).

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O conteúdo nominal é a parte do produto que será consumida, então o valor de peso indicado na embalagem precisa corresponder ao produto que será consumido. O Ipem-PE explica que nos ovos de páscoa, o peso declarado na embalagem deve corresponder ao peso do chocolate, não incluindo embalagem e/ou brindes. No caso de pescado congelado, o peso deve corresponder apenas ao pescado, excluindo-se a cobertura de gelo e a embalagem. Para produtos em conserva, o comprador deve estar atento ao peso drenado, pois a salmoura não deve ser levada em consideração.

“A operação tem como principal objetivo verificar se a comercialização dos produtos consumidos com mais intensidade no período da Páscoa estão de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Inmetro, assegurando que o consumidor não seja prejudicado”, afirmou o Presidente do Ipem-PE, Ary Morais.

Caso seja identificado alguma irregularidade nos produtos, as empresas serão autuadas e terão dez dias para apresentar defesa ao Ipem-PE. A penalidade pode variar de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.

Para dúvidas ou denúncias de qualquer irregularidade, o consumidor pode entrar em contato com à Ouvidoria através do 0800 081 1526 ou do formulário de denúncia presente no site www.ipem.pe.gov.br.

Após o vazamento de óleo que atingiu praias de Pernambuco em outubro deste ano, o Governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (30), que é seguro comer peixes e frutos do mar do litoral pernambucano.

A gestão recebeu o relatório final das análises dos pescados coletados nas regiões atingidas - realizado em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) - e o exame confirma a segurança para o consumo de todas as espécies de pescados analisadas, que contemplam 17 tipos de peixes (ariocó, bagre, boca torta, budião, cação preto, carapeba, cavala, cioba, coró, guaiuba, manjuba, sapuruna, sauna, saramunete, serra, tainha e xaréu), duas espécies de camarão (camarão rosinha e sete barbas), além de siri, aratu, ostra, marisco e sururu.

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Essa análise também libera o consumo dos peixes xaréu e sapuruna, que em um primeiro tiveram, por segurança, a recomendação de suspensão temporária do consumo.

Ao todo já foram analisadas 150 amostras de peixes e frutos do mar. “As novas amostras dos peixes xaréu e sapuruna – coletadas nos mesmos locais das anteriores que tinham apresentado níveis de HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) um pouco acima do limite definido pela Anvisa – desta vez apresentaram índices seguros para o consumo. Os laudos nos dão segurança para dizer aos pernambucanos que nossos pescados estão seguros”, explica o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto.

O trabalho de coleta e análise dos pescados integra o plano de ação do Governo de Pernambuco para avaliar e monitorar o impacto do derramamento de óleo no litoral do Estado, tanto em relação à qualidade da água nas praias como em relação ao consumo dos pescados. Os lotes analisados foram coletados diretamente com pescadores artesanais em dez localidades do litoral do Estado, incluindo praias e estuários: Cabo de Santo Agostinho, Canal de Santa Cruz, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, São José da Coroa Grande, Sirinhaém e Tamandaré, Pina e Ilha de Deus. Os locais e as espécies foram definidos pelo grupo técnico formado por professores da UFRPE, UFPE e extensionistas do IPA.

De acordo com o secretário Dilson Peixoto, o Governo de Pernambuco vai continuar acompanhando a situação da pesca artesanal em Pernambuco. “Vamos continuar acompanhando a recuperação da pesca artesanal e divulgando o resultado das análises, como fizemos com o trade turístico. As pessoas já estão voltando a comprar nossos peixes, crustáceos e mariscos e em breve a situação estará normalizada”, avaliou.

*Da assessoria de imprensa

Em nova rodada de exames feitos em amostras de pescado da área atingida pelo vazamento de óleo, foram identificadas duas amostras de peixes com valores acima dos níveis de preocupação à saúde, definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outras 66 amostras de peixe, camarão e lagosta analisadas até agora estão com resultados abaixo desses níveis. A análise foi feita pela unidade avançada do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Santa Catarina, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir de pescados coletados entre os dias 6 e 8 de novembro.

Das duas amostras de peixes que apresentaram valores acima do considerado preocupante, uma é referente ao peixe Albacora Azul, predador migratório de alto mar, e a outra é de Budião, que se alimenta em recifes de corais. Os valores de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) – principais indicadores de contaminação por derivados de petróleo - encontrados foram 9,51 e 7,95 microgramas de Benzo(a)pireno - Equivalente (BaPE)/kg, respectivamente. O valor de referência definido pela Anvisa, como nível de preocupação, é acima de 6 microgramas de Benzo(a)pireno - Equivalente (BaPE)/kg para peixes.

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Apesar dos níveis elevados nas duas amostras, o Ministério da Agricultura informou, por meio de nota oficial, que não há risco para a saúde pública nem limitação ao consumo de pescados marinhos, por enquanto. "Considera-se, até o momento, que esses resultados não alteram a avaliação do risco do consumo de pescado das regiões oleadas. Essas são as primeiras análises encontradas acima dos níveis de preocupação e não há uma série histórica para se estabelecer um comparativo de contaminação de pescados antes e depois do derramamento de óleo. Entretanto, o Mapa irá direcionar nova estratégia de monitoramento do pescado por espécie ou habitat e região afetada", diz a nota da pasta.

 

Na última terça-feira (26), uma fábrica clandestina de pescados no município de Iguape, região da Baixada Santista e Vale do Ribeira, foi desativa pela Polícia Militar Ambiental. No local, dois homens foram presos por crimes contra as relações de consumo e quase quatro toneladas de pescados foram apreendidos.

Os policias receberam a denúncia do local que funcionava em más condições e de maneira ilegal. Na fábrica, que estava em funcionamento, havia três funcionários trabalhando e um proprietário. Durante a ação, outro segundo homem se identificou como dono de parte dos pescados.

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A vigilância sanitária também foi acionada, assim como o Instituto de Criminalística.  Entre os produtos apreendidos, havia 3,7 toneladas de manjuba salgada, que estava em sacos e caixas. Além de uma balança eletrônica, oito caixas d’água e uma lona para secagem do pescado.

Um lote de 50 amostras - de um total de 150 - de moluscos, peixes e crustáceos de 12 localidades pesqueiras do Litoral de Pernambuco foi enviado para análise da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC). A intenção do Governo do Estado é confirmar que os pescados estão aptos para o consumo e não foram infectados pelo óleo que devastou a costa nordestina.

“Esta análise vai nos dar condições de afirmar se houve contaminação dos pescados e, em caso positivo, em que intensidade. Só a partir dessa avaliação será possível afirmar se os pescados estão livres de contaminação e liberados para o consumo da população”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Agrário Dilson Peixoto.

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Com foco na pesca artesanal, o material foi coletado nos estuários do Rio Capibaribe, Itapissuma, Itamaracá, Igarassu, Goiana, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Tamandaré, Ipojuca e São José da Coroa Grande.

Após a análise feita pelo laboratório que presta serviço à Petrobras em casos de contaminação de óleo, está previsto que o monitoramento das localidades seja assumido pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), como explicou Dilson. “Esse tipo de acidente, com possibilidade de contaminação por hidrocarbonetos, tende a deixar vestígios por muito tempo, por isso a necessidade de manter o monitoramento dos pescados por meses e até anos”, avaliou.

Paulo Câmara rebateu a liberação do consumo de pescados de áreas atingidas por petróleo cru feita pelo secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif. O governador de Pernambuco questionou a falta de um laudo que comprove a qualidade dos pescados e revelou que, ainda nesta semana, sairá o resultado de uma pesquisa encomendada pelo Governo do Estado sobre o tema.

“Cadê o exame, cadê a prova de que pode? Não há nenhum risco de contaminação? Tudo isso a população pede respostas e nós também”, questionou o governante do PSB ao HuffPost Brasil.

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Sem estudos comprobatórios, Câmara pontuou o descompromisso do Governo Federal e informou que, ainda nesta semana, os pernambucanos terão o resultado de um laudo sobre os peixes locais. “Estamos contratando as universidades e aguardamos para 8 de novembro a análise da água para mostrar se há existência de hidrocarbonetos e outros produtos químicos — benzeno, tolueno, xileno e etilbenzeno. Já foi mandada amostra para exame da qualidade da água e também da qualidade do solo. Contratamos também, a partir da Universidade Rural de Pernambuco, para se fazer exames em amostras de pescados, em vários tipos, buscando saber se há algum risco para a saúde ou não, em áreas que possam ter sido contaminadas”

O representante também desaprovou a live que incentivava o consumo de peixes, feita pelo presidente Jair Bolsonaro junto ao secretário de Agricultura e Pesca, na qual afirmou que o peixe é 'inteligente e foge ao ver uma manta de óleo'. "Quando se fala em uma live que pode comer os peixes, a gente entende que deve ter tido algum teste, em alguma área infectada e deve ter dado negativo, mas nunca nos foi apresentado. Então, é importante também ter transparência de todos esses procedimentos, porque isso é fundamental".

Já pensou que o peixe escolhido para a ceia da Sexta-Feira Santa pode prejudicar ecossistemas ou até mesmo contribuir para a extinção da espécie? Um estudo da ONG WWF-Brasil, publicado neste mês, listou dezenas de pescados que não são recomendáveis para consumo e, por isso, devem ser evitados à mesa. Para quem quer comer sem culpa, o melhor é abrir mão de atum, camarão e, é verdade, do bacalhau.

O Guia de Consumo Responsável de Pescado avaliou espécies de pesca e de aquicultura, a criação em cativeiro. A análise foi feita por consultoria independente e, entre as informações, considerou estoque, técnica de pesca e sustentabilidade das principais espécies consumidas no Brasil. Quanto menos agressivas ao ecossistema, por exemplo, melhor a pontuação.

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O resultado é devastador. De 35 espécies, só oito foram consideradas "recomendáveis" e ganharam "sinal verde" da WWF-Brasil, que elaborou um sistema semelhante ao de faróis de trânsito para classificar os pescados. No amarelo, ficaram seis deles, incluindo a tilápia. Os outros 21 estão na categoria vermelha, destinada a espécies ameaçadas por sobrepescas ou cultivadas de forma ecologicamente incorreta.

"Atualmente, estima-se que 80% dos recursos pesqueiros do País estão sendo explorados além de sua capacidade natural de regeneração", diz o estudo. "Em outras palavras, peixes e outros frutos do mar estão sendo capturados em uma taxa superior à que conseguem se reproduzir, o que pode levar a um colapso da pesca no Brasil."

A ONG, no entanto, faz uma observação. Embora seja prudente evitar o consumo de pescados classificados no vermelho, alguns produtores possuem certificação de sustentabilidade que respeita regras internacionais, afirma. "Recomendamos, preferencialmente, o consumo de produtos certificados para estimular e incentivar cada vez mais a produção sustentável."

Confira a lista:

Vermelho: "Evite"

01. Bacalhau-do-Atlântico

02. Bacalhau-do-Pacífico

03. Albacora-branca

04. Albacora-laje

05. Atum-big-eye

06. Budião-azul

07. Camarão-pata-branca

08. Camarão-rosa

09. Camarão-lixo

10. Corvina

11. Dourado

12. Lagosta-espinhosa

13. Pargo

14. Piramutaba

15. Polvo

16. Salmão-do-Atlântico

17. Sardinha-verdadeira

18. Surubim ou Pintado

19. Tainha

20. Truta arco iris

21. Tubarão-azul

Amarelo: Consuma com moderação

22. Tilápia

23. Polaca

24. Panga

25. Castanha

26. Bonito-listrado

27. Caranguejo-uçá

Verde: "Recomendado"

28. Salmão-rosa

29. Salmão-chum

30. Salmão-sockeye

31. Mexilhão

32. Mexilhão chileno

33. Ostra-do-Pacífico

34. Ostra-do-mangue

35. Vieira

Não é novidade que a comercialização de peixes aumenta na Semana Santa. Com a procura maior, o aumento no preço vem junto, mas nem sempre o retorno para os comerciantes é tão vantajoso. 

O presidente da colônia de pescadores em Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, Augusto de Lima (foto à direita), conta que o peixe está tão caro devido sua escassez. A produtividade, segundo ele, tem sido cada vez mais fraca. Os pescadores chegam a passar 12 dias seguidos pescando em busca de um retorno, que ainda assim não vem como o esperado.

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Ele explica que o crescimento desenfreado tem ajudado para isso, pois implica na alteração climática. Como o homem precisa fazer uso de recursos naturais, isso acaba prejudicando o meio ambiente, que consequentemente afeta o ciclo de reprodução dos peixes. “As geadas, a escassez de água, a corrente e o vento mudando, tudo isso afeta o oceano, e é um problema irreversível. Cada vez mais o clima vai se degradando. A tendência é ter que fazer peixe de laboratório”, prevê o presidente da colônia. 

Rosiélio Pereira, conhecido como Carpinteiro, é dono de uma peixaria, e confirma que as vendas não têm sido boas, apesar da proximidade da Páscoa. “Esse ano a expectativa é de poucas vendas na Semana Santa, justamente por causa do preço alto”.

O PROCON de Pernambuco está de olho nos preços dos produtos comercializados durante o período de Páscoa. Entre os dias 11 e 17 de março, o órgão apurou os valores de ovos de chocolate, pescados e mercearia e constatou diferenças significativas entre os produtos. A variação foi mais expressiva no pescado, que chegou a 107,38%, em segundo os de mercearia 90,91% e a menor variação foi nos ovos, de 43,24%.

Na área de pescado, o PROCON pesquisou 27 tipos de peixes. Um dos mais consumidos, o bacalhau Ling, o quilo teve variação de R$ 28,19 a R 48,92. A sardinha, os valores variaram de R$ 8,98 a R$ 9,15. Já a lagosta com casca foi de R$ 82, 19 a R$ 138,40. Os produtos de mercearia, como azeite, leite de coco e vinhos também tiveram variação, entre eles, o leite de coco atingiu o maior índice, de 90,91%.

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Já no ramo de chocolates, ao todo foram pesquisados 57 tipos, em 11 estabelecimentos distintos da Região Metropolitana. A maior diferença de percentual foi de 43,04%. Os ovos com brindes apresentam valores maiores aos que possuem mesma pesagem, porém sem brinde. As tabelas completas podem ser conferidas no site do PROCON-PE.     

Com a proximidade da Semana Santa, o comércio de pescados aumenta o número de vendas, mas nem sempre os cuidados vêm junto. Por isso, a Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria de Saúde do Recife se reuniu nessa segunda-feira (16) com donos de supermercados e mercadinhos para dar orientações sobre como redobrar os cuidados com os produtos.

A nutricionista e chefe do Setor de Controle de Alimentos da Visa, Geise Belo, explica que muitas das práticas comuns nos locais de venda não são adequadas. “A superfície (tábuas, bancadas e mesas) onde são manipulados os peixes, por exemplo, não podem ser de madeira, devem ter revestimento com material adequado, para facilitar a limpeza. Também não é permitido embrulhar o pescado diretamente em jornal. O produto deve ficar no meio do gelo em escama, para evitar a proliferação de microrganismos”.

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Além do órgão, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) também irá verificar o transporte, armazenamento e exposição desses produtos.

A Operação Pescado começa na próxima semana e vai vistoriar peixarias, mercados públicos e supermercados e mercadinhos de toda a cidade. Nesta terça-feira (17), permissionários de boxes do Mercado de Afogados vão receber as orientações. Na próxima sexta (20), a ação educativa chegará aos comerciantes do Mercado de São José.

Com informações da assessoria

Com a chegada da Semana Santa, é comum o comércio ter um aumento de vendas nos peixes e outros frutos do mar. Para orientar consumidores e os próprios comerciantes na hora da compra e venda dos produtos, a Vigilância Sanitária do Recife criou a “Operação Pescados”, que irá fiscalizar as condições de armazenamento e conservação dos alimentos em peixarias e mercados. A ação vai até esta sexta-feira (8).

Segundo a coordenadora da operação, Leila Vânia, caso algum estabelecimento vistoriado seja flagrado com pescados armazenados ou comercializados em desacordo com a legislação vigente, o proprietário poderá ser autuado com as penalidades que vão de multa a interdição.

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Ainda de acordo com a inspetora do órgão fiscalizador, o alimento não pode sofrer mudanças de temperatura. “A gente pede que os alimentos tenham a temperatura adequada mantida. O congelado deve ficar dentro do freezer, já o resfriado deve ser mantido em balcão de refrigeração ou coberto com gelo de modo que não comprometa o nível de resfriamento”, orienta Vânia.

A Vigilância Sanitária também orienta os comerciantes sobre a forma adequada e segura para comercializar os pescados. Caso o comerciante não disponha de balcão de refrigeração, a orientação é que a venda seja feita em pequenas quantidades. Se a equipe de inspeção encontrar um alimento em desgelo, o produto será apreendido imediatamente. O comerciante responsável responderá a um processo administrativo e será autuado de acordo com a legislação vigente.

Já quando o assunto é o consumidor, o órgão dá dicas indispensáveis na hora da compra. Confira a lista abaixo:

- A compra de peixes e frutos do mar deve ser feita em estabelecimentos credenciados a Vigilância Sanitária; 

- Quem for comprar peixe, deve observar se o pescado está com olhos brilhantes, escamas presas e brânquias rosadas ou vermelhas. Também é importante observar também o odor e a coloração do produto;

- Adquirir o pescado em estabelecimentos especializados, como peixarias ou supermercados com estrutura adequada para comportar esse tipo de produto. O peixe deve estar armazenado de forma segura para garantir o sabor e qualidade;

- Se o peixe estiver congelado, o consumidor deve verificar se a embalagem está íntegra e se contém o registro do Serviço de Inspeção Federal do selo do Ministério da Agricultura;

- Quem for comprar camarão, precisa observar se a cabeça e pernas do crustáceo estão bem presas.

- Para quem preferir o sururu, deve perceber se, quando pressionado, o alimento não se desmanche nas mãos;

- Por fim, olhar a data de validade do produto e o ambiente que o mesmo está sendo vendido é fundamental para garantir uma boa compra.

Com informações da assessoria

 

 

 

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Com a chegada da páscoa, muitas pessoas que ainda não fizeram suas compras, estão procurando os mercados públicos e Redes particulares de supermercados, que registraram um aumento no número de clientes. Mesmo tendo um crescimento em seus valores, os itens mais procurados são os pescados – camarão, peixe e bacalhau e os clássicos ovos de chocolate.

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No tradicional Mercado de São José, o produto mais buscado pelos clientes, são o bacalhau, peixes, camarões e sururu. A vendedora temporária Liara Aguiar explicou que o dono do local a chama apenas para este período, devido ao fluxo intenso. “Tem dois anos que venho trabalhando nesta época do ano, somente para ajudar pois estamos vendendo muito”, afirmou.

A dona de casa Graça Oliveira, de 52 anos, disse que procura o mercado de São José por ele oferecer os peixes mais frescos com o melhor preço. “Eu sempre deixo pra comprar no último momento, pois o preço do peixe que eu compro, sempre cai ao chegar próximo da páscoa”, comentou.

No setor privado, a empresa Walmart oferece descontos e formas de pagamento parcelado. Entretanto, por falta de estrutura e visando oferecer sempre o melhor produto, a rede retirou o setor de pescados frescos, não será possível encontrar peixe sem ser congelado.

O funcionário público Rosinaldo Souza, comenta que os preços dos ovos de chocolate estão um pouco mais caros, mas que ainda vale à pena comprar no supermercado. “O valor está um pouco mais caro do que no ano passado, porém, nesta loja é onde os preços estão melhores e ainda oferecem parcelamento no cartão de crédito. Eles estão proporcionando qualidade e preço acessível ao bolso do consumidor”, afirmou.

A gerente de operações do Wallmart/Bompreço, Ana Cleide, explica que na semana anterior a páscoa é um dos momentos mais movimentados da loja. “Sábado e domingo foram os dias de maior fluxo e já temos algumas promoções de desconto por conta da proximidade da data. Até o sábado que antecede o domingo de páscoa o movimento será bastante intenso aqui.”

SERGIPE - Com a chegada da Semana Santa, a população já demonstra preocupação com o preço de mariscos, crustáceos e pescados. O período marcado pela abstinência da carne vermelha e pelo forte consumo de frutos do mar aquece o mercado e fomenta o setor. Enquanto milhares de adeptos da cultura católica tentam manter o hábito vivo ao driblar os altos preços, pequenas soluções podem levar a descontos entre R$5 e R$10.

Para garantir um alimentação saudavel, na ceia da Semana Santa, a Vigilância Sanitária realizou uma fiscalização no Mercado Central de Aracaju, principal local de compra de pescados. “Fizemos um trabalho de instrução para uma conservação e tratamentos adequado dos pescados e nesta quarta-feira (28), voltamos para saber se está tudo nos conformes”, explica o Coordenador da Vigilância Sanitária Municipal, Ávio de Britto, que complementa dizendo que tudo foi encontram em ótima qualidade. 

Em busca de economia

Para quem quer economizar, a compra de frutos do mar no portos e terminais é uma boa oportunidade. Além de obter produtos mais frescos, o público pode conseguir descontos que variam  entre R$5 a R$10. Os produtos chegam das embarcações no terminal entre às 6h e às 10h, e as vendas são preferencialmente realizadas em quantidades menores. O Terminal Pesqueiro Público de Aracaju fica localizado na Avenida Rio Branco, bairro Centro.

Os consumidores que deixaram para comprar o peixe da Semana Santa de última hora estão pagando mais caro este ano. No Mercado Público de São José, localizado no bairro de mesmo nome, alguns quiosques estão vendendo os pescados em torno de 20% acima do preço normal. Entretanto, a procura pelo produto é grande e a quantidade de consumidores no estabelecimento também. Nesta quinta-feira (5) o mercado estava lotado, dificultando, inclusive, a circulação pelo local.

O comerciante Francisco da Silva, de 53 anos, já começa a comemorar com as vendas no período quaresmal. Dos 700 quilos de peixe adquiridos por ele para revenda, pouca coisa sobrou. Trabalhando no Mercado de São José há 45 anos, o comerciante afirma que em 2012 as vendas estão melhores que no ano passado. Durante esta semana, seu Francisco registrou um lucro de 60% a mais do que em semanas normais.

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Além do lucro extra, a Semana Santa também gera serviços temporários nos mercados públicos. O vigilante Danilo César da Silva, 24, trabalha como vendedor todos os anos neste período. Diferente de seu Francriso, Danilo afirma que os supermercados são grandes concorrentes e afetam diretamente a venda dos pescados. “Pelo fato de não aceitarmos cartão de crédito alguns consumidores preferem comprar em outros lugares e com isso estamos perdendo parte do lucro”, declarou.

Mesmo com a concorrência, a Semana Santa ainda representa um faturamento expressivo no quiosque onde Danilo trabalha. O lucro de cerca de dois salários mínimos mensais chega a R$ 3 mil apenas na Páscoa.

Devido a problemas de saúde, o técnico eletrônico José Batista (foto), 65, consome apenas peixe e sentiu no bolso a diferença do preço dos pescados. “Paguei muito acima do preço de uma semana normal”, declarou.

Outros produtos - Ao redor do Mercado de São José o consumidor também encontra outros ingredientes típicos do cardápio da Semana Santa. Conforme a vendedora Natalia Michele, o jerimum e o coco seco tem tido uma ótima saída nos últimos dias. Já o bredo, que foi vendido está 50% mais caro eem relação ao ano passado e tendo pouca saída. 

Os alimentos mais consumidos durante o período da quaresma (principalmente na Semana Santa), como azeite, pescados, crustáceos, chocolate e bombons, estão sendo fiscalizados rigorosamente pela Vigilância Sanitária. A iniciativa pretende assegurar a qualidade do que é vendido à população duarnte o período. 

Segundo a Vigilância Sanitária do Recife, a falta de espaço para guardar os produtos e o acondicionamento inadequado foram os maiores problemas encontrados nos anos anteriores. O órgão também chama atenção para as condições de estocagem desses alimentos, principalmente com o setor de pescados, que devem estar sob refrigeração ou mantidos sob uma espessa camada de gelo, enquanto os congelados não podem ser descongelados e depois congelados novamente. Já para os pescados industrializados, a temperatura deve ser de acordo com o escrito no rótulo da embalagem.

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Já em relação aos chocolates, especificamente os ovos de Páscoa, o consumidor deve ficar atento ao prazo de validade do produto, a integridade da embalagem e ao seu acondicionamento. A atenção deve ser redobrada caso o doce seja de fabricação caseira, já que a maioria não apresentam informações necessárias na embalagem, como o endereço do fabricante.

Alimentos como crustáceos, pescados e chocolate, se contaminados e ingeridos, podem causar problemas gástricos e intestinais. Entre os principais sintomas estão náuseas, vômito, diarréia, febre, dores abdominais e de cabeça, podendo em alguns casos levar a morte.


Serviço - Para quem quiser tirar dúvidas ou denunciar irregularidades no comércio de alimentos como pescados e chocolates, pode telefonar para a Ouvidoria Municipal de Saúde no 0800 281 1520. O serviço funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

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