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O Governo do Estado já destinou cerca de R$ 8 milhões ao consórcio que administra a Arena Pernambuco este ano, mesmo antes de o governador Paulo Câmara (PSB) apresentar à população pernambucana que tratamento será dado ao empreendimento, após a realização de um estudo de viabilidade encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV). A denúncia foi apresentada pelo líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Silvio Costa Filho (PTB), nessa quarta-feira (24).

“O Estado fechou 2015 com mais de R$ 1 bilhão em restos a pagar, hospitais enfrentando falta de material e de medicamentos, escolas de referência sem merenda... mas, no mês de janeiro e parte de fevereiro, já foram aportados quase 8 milhões para a Arena Pernambuco. Isso para um contrato que está sendo questionado pelo Tribunal de Contas do Estado e investigado pela Polícia Federal”, destacou.

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A oposição vem questionando os repasses feitos a Arena Pernambuco desde o início de 2015. A Arena Pernambuco voltará a ser tema de audiência pública na Alepe em março. “Fechamos um acordo de lideranças para debater a situação da Arena Pernambuco, já que o Governo deu como prazo o final deste mês para apresentar o resultado do estudo realizado pela FGV”, disse Costa Filho.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e o governador Paulo Câmara (PSB) lançaram, nesta sexta-feira (9), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 para Pernambuco. Nacionalmente o programa tem um orçamento de R$ 28,9 bilhões, para o estado foram destinados R$ 550 milhões. O Plano Safra tem, entre outras ações, o cooperativismo, a convivência com o semiárido e o desenvolvimento territorial. O setor em Pernambuco tem mais de 367 mil agricultores responsáveis pela produção de mandioca, arroz com casca, feijão, milho e soja em grão.

Um dos principais braços do Safra é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que concede crédito para custeio e investimento aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Das novidades está a destinação de 30% dos recursos para as mulheres, que também foram alvo de um acordo assinado entre o Ministério, o Estado e o Instituto Tavares Buriu para que as mulheres assentadas possam ter carteiras de identidade. 

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Os dados do programa para o estado foram detalhados pelo secretário-executivo do MDA, Anaur Ruano. Segundo ele, comparado aos recursos destinados aos pernambucanos no ano passado, o Plano Safra 2015/2016 apresentou um incremento de 20%. No ano passado, o estado recebeu R$ 494 milhões. "É uma cobertura de aproximadamente 31% dos agricultores familiares. Mas, agora, poderemos até triplicar o número de agricultores com acesso ao crédito”, conjecturou o secretário.

Com um discurso otimista, o ministro recordou que as aplicações federais nas regiões atingidas pela seca tem dado mais confiança ao nordestino. “Não temos mais os flagelados do Nordeste. Nem as mortes e vidas severinas. As pessoas estão ficando nas suas terras. Nós mudamos o Brasil. Não podemos esquecer essas conquistas”, cravou fazendo menção a conjuntura política nacional. 

“Estamos trabalhando com dois objetivos: avançar com reforma agrária dando moradia digna as famílias acampadas e fazermos dos espaços de agricultura familiar e assentamentos, locais para o crédito fundiário contribuindo para a segurança das famílias”, destrinchou Ananias. “No mundo competitivo como para nosso o agricultor sobreviver sozinho é complicado. Somos societários”, acrescentou, defendendo a ajuda mútua para o desenvolvimento do setor no estado. 

Paulo Câmara encarou a destinação dos recursos como importantes para o estado, já que as áreas, segundo ele, são sensíveis. Apesar do acolhimento, o socialista também aproveitou para cobrar a conclusão de outras obras federais que devem favorecer a região. 

“Que o senhor [ministro] seja nosso embaixador em outras áreas que não devem sofrer contingenciamento, como a obra da Transposição. Precisamos ter celeridade para que essa água que está sendo tão bem planejada chegue às comunidades rurais. Estamos no quinto ano de seca e é importante resolvermos esta questão da água. As parcerias [com o Governo Federal] são fundamentais para que continuemos seguir este ano”, frisou. 

De acordo com o secretário de Agricultura, Nilton Mota, a expectativa é de que até dezembro sejam entregues 10 mil títulos de posse para que os assentados possam ter condições jurídicas de ingressar no Pronaf. “Nosso estado não tem o agronegócio a nossa agricultura é familiar. É um ano difícil, mas que a gente tem feito esforços para tirar os projetos do papel. Esse plano [Safra] vem consolidando um conjunto de ações que vai desde a habitação, crédito fundiário, título de posse, entre outras”, detalhou. 

Segundo Mota, a agricultura é o único setor que tem crescido em Pernambuco. No primeiro e no segundo trimestre cresceu 8% e 7%, respectivamente. “Com os títulos os agricultores podem ter acesso ao crédito para que eles tenham condição de tirar proveito da sua terra e da sua colheita”, reforçou o governador. 

O lançamento do plano foi comemorado entre os agricultores. Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado Pernambuco (Fetape), Doriel Barros, a “manutenção do Pronaf, sem cortes, é muito importante” diante da crise nacional e da seca que o Nordeste vive. Os recursos, segundo ele, “têm reduzido o êxodo rural”. 

“Nós temos que olhar para a agricultura familiar e a reforma agrária não como um problema, mas como uma oportunidade. Pernambuco tem a possibilidade de ir além com isso. Neste momento o povo precisa de uma pauta positiva. Não podemos viver com o discurso da crise”, disse. “A quantidade de recursos é pequena olhando para a dimensão do estado, mas para [ampliar] isso tem que ter uma articulação dos prefeitos, do governador e dos órgãos”, acrescentou, cobrando mais recursos para o setor.

O governador Paulo Câmara encontrou com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na manhã desta quinta-feira (27) para solicitar a ampliação no repasse de recursos para o setor em Pernambuco. De acordo com o governador, as áreas prioritárias são a rede de UPA Especialidades e os segmentos de média e alta complexidade.

"Tinha acertado essa conversa com o ministro na sexta-feira, passada quando ele esteve em Pernambuco acompanhando a programação da presidente Dilma Rousseff. Ele ficou de nos dar uma resposta durante o próximo mês de setembro”, explicou o governador pernambucano, que se reuniu com Chioro na sede da Organização Pan Americana de Saúde (Opas), acompanhado do senador Humberto Costa (PT). A secretária executiva do Ministério da Saúde, Ana Paula Soter, também participou da audiência.

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De acordo com Paulo Câmara, o estado tem a segunda maior rede pública do Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. Dados divulgados pelo socialista, apontam que a gestão vem investindo na área mais do que o determinado pela Constituição, que é 12% do Orçamento. Foram 15,74% em 2012, 14,96% em 2013 e 16,58% em 2014. 

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deve definir o reajuste da verba de gabinete para os deputados na próxima reunião geral da diretoria, agendada para o dia 8 de abril. Atualmente cada deputado recebe como verba para a manutenção dos gabinetes um montante no valor de R$ 90 mil. Ainda não se sabe qual será o percentual acrescido ao valor. 

O assunto tem sido tratado com discrição pelos parlamentares, já que os aumentos sempre são encarados de forma negativa pelos eleitores. Além dos vencimentos repassados para os gabinetes, também devem receber um aumento as verbas indenizatórias, de combustível e de representação. 

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“O reajuste será natural, assim como aconteceu na Câmara dos Deputados. Ainda não definimos os percentuais, mas em breve entrará na pauta e na reunião de abril devemos aprovar”, afirmou um dos integrantes da Mesa Diretora, em reserva, ao Portal LeiaJá.

Segundo o parlamentar, o reajuste das verbas vai acontecer em paralelo ao aumento salarial dos servidores efetivos da Casa Joaquim Nabuco.

O senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu, há pouco, as reinvindicações da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) no Congresso, incluindo a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 39/2013, que aumenta a parcela de recursos da União destinada ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “A agenda municipalista tem que ser enfrentada, pois, ao contrário, as populações dos municípios serão seriamente afetadas”, afirmou, na comissão geral da Câmara dos Deputados que discute a crise financeira dos municípios.

Tramitando no Senado, a PEC 39/2013 aumenta de 23,5% para 25,5% a participação do FPM na distribuição total da arrecadação do Governo Federal com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industriais (IPI). O senador defendeu ainda a aprovação de PEC de sua autoria que impede que o governo faça desonerações fiscais na parcela de receitas de estados e municípios. Além disso, criticou o Projeto de Lei 7495/06, que institui um piso nacional para os agentes de saúde. “O projeto embute mais uma conta para os municípios”, afirmou.

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Segundo Aécio, “infelizmente, a pauta do Poder Executivo vem orientando a pauta do Congresso”. “O governo impõe despesas novas para os municípios sem apontar as fontes de receitas”, disse.

*Com informações da Agência Câmara

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