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O ex-presidente da república e Gran Benemérito do Santa Cruz, Marco Maciel, que faleceu no último sábado (12), receberá uma homenagem do clube pernambucano que tem forte ligação com sua família. O time coral vai entrar em campo, nesta segunda-feira (14), com uma tarja preta no uniforme.

Marco era filho do ex-prefeito do Recife José do Rêgo Maciel, responsável por ceder o terreno onde atualmente fica o estádio do Arruda. Inclusive, seu nome batizou o equipamento. 

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Ainda em vida, Marco Maciel recebeu a Comenda Gran Benemérito Presidente Aristófanes de Andrade. A tarja preta em sua homenagem estará nas mangas da camisa. Vale lembrar que a clube decretou três dias de luto oficial.

O Santa Cruz entra em campo às 20h em duelo válido pela 3ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. O jogo acontece no Castelão, no estado do Ceará, contra o Ferroviário.

O corpo do ex-senador e ex-vice-presidente da República Marco Maciel foi enterrado no fim da tarde deste sábado (12) na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Antes disso, parentes e amigos mais próximos participaram de uma cerimônia de despedida no Salão Negro do Congresso Nacional. 

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), terceiro-secretário do Senado, representou a Mesa Diretora do Senado no velório. A Câmara dos Deputados foi representada pelo deputado Hiran Gonçalves (PP-RR). Pela manhã, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já havia divulgado uma nota de pesar em que manifestou tristeza e seus sentimentos aos familiares do político pernambucano. 

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O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também compareceu ao Salão Negro, lamentou a perda e disse que Marco Maciel foi um exemplo de homem público. 

"Ele está fazendo falta neste momento de radicalismo de direita e de esquerda. A gente precisa realmente ter uma compreensão melhor do que ele fez. Foi um vice-presidente que colaborou muito com o país e que prestou muitos serviços. É uma perda muito grande, mas temos agora seu legado de uma pessoa conciliadora, correta, que sempre pensou no Brasil. Vai ficar para nós como exemplo de homem público", disse Izalci Lucas. 

Espírito conciliador 

A urna com o corpo chegou à sede do Parlamento brasileiro pouco depois das 14 horas e foi carregada por soldados dos Dragões da Independência, unidade militar que cumpre o papel simbólico de guarda do presidente da República. O arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, comandou a cerimônia do velório ao lado do Frei Donald, da Paróquia Santo Antônio, e de outros padres. 

O arcebispo destacou que uma das heranças do ex-senador será a valorização do diálogo, que se torna ainda mais importante numa época em que a sociedade brasileira nunca esteve tão polarizada. 

"Marco Maciel deixou um legado de diálogo. Era um homem que tinha seu partido, mas era capaz de conversar, com uma visão maior na busca do bem comum. Eu diria que ele deixou o legado de um autêntico político", disse Dom Paulo. 

Ao falar sobre a vida pessoal do ex-senador, o arcebispo lembrou que Marco Maciel teve formação jesuíta e que sempre teve a fé como centro de sua vida. 

"Ele nunca negou a sua crença, sempre foi um católico praticante e que pautava sua vida pública no alicerce da fé. Os grandes prédios precisam ter um alicerce consistente, e ali estava uma cultura de valores e comprometimento com o bem", concluiu. 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o país deve homenagear Maciel neste momento em que há tanta discussão sobre o fortalecimento da democracia. 

"Sem dúvida, foi um construtor da transição e nos permitiu chegar a um porto seguro. Teve também trabalho importante na Constituinte de 1988 e foi um vice-presidente muito equilibrado. A democracia brasileira deve muito a ele, pois construiu a aliança democrática e foi um homem construtor de pontes e de consensos e por isso deixou sua marca", afirmou o magistrado do STF.

Instituições

Marco Maciel deixou três filhos e a esposa, Ana Maria Maciel, que falou rapidamente com a imprensa e fez questão de lembrar que o marido sempre se preocupou muito com as instituições republicanas brasileiras. 

"Ele sempre falava que as pessoas passam, mas as instituições, não. Um dos últimos projetos apresentados por ele no Senado, em 2007, já tratava exatamente dos preparativos dos 200 anos da Independência do Brasil, que vai ser em 2022. Naquela ocasião, algumas pessoas já perguntaram o porquê de tanta pressa e ele dizia: "Se deixarmos para ultima hora ficará mal feito. Temos que pensar o quanto antes os destinos do nosso país", recordou. 

Também estiveram presentes no velório os senadores Chico Rodrigues (DEM-RR), Marcos Rogério (DEM-RO) e o ex-senador Edison Lobão.

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*Da Agência Senado

 

Vice-presidente da República nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, Marco Maciel morreu na madrugada de ontem, aos 80 anos, em Brasília, em decorrência de quadro infeccioso respiratório. Ele lutava havia sete anos contra o Alzheimer e estava internado desde o dia 30 de março no Hospital DF Star. De perfil conciliador, o recifense foi deputado estadual, federal, senador e governador de Pernambuco, além de ministro da Educação e da Casa Civil.

Marco Maciel teve sua carreira marcada pela discrição e pela habilidade como articulador político, inclusive no processo de redemocratização do País. FHC destacou a lealdade do seu vice e outros nomes da política apontaram a integridade como sua principal qualidade. "Se me pedirem uma palavra para caracterizá-lo, diria: lealdade", disse o ex-presidente. "Viajei muito, sem preocupações: Marco exercia com competência e discrição as funções que lhe correspondiam. Deixa saudades."

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ACM Neto, presidente do DEM, ex-PFL, partido que Maciel ajudou a fundar, afirmou que ele foi uma "liderança capaz de motivar políticos de todas as idades". "Com sua exemplar atuação na vida pública, escreveu uma história irretocável de dedicação ao nosso País."

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), ressaltou o perfil conciliador do "professor e conselheiro". "Era um verdadeiro estadista, cuja biografia deve servir como exemplo para o Brasil, especialmente neste momento tão tristemente marcado pelo acirramento ideológico e pela cega confrontação."

Biografia. Marco Antônio de Oliveira Maciel nasceu em 21 de julho de 1940, no Recife, em Pernambuco, e seguiu os passos do pai na política. O perfil conciliador, lembra o jornalista Angelo Castelo Branco, autor do livro de notas bibliográficas Marco Maciel: Um Artífice do Entendimento (Editora Cepe), formou-se já nos tempos de estudante.

Maciel era aluno de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e, no início da década de 1960, se candidatou à presidência do diretório estudantil do Estado. "De centro-direita, se candidatou contra o grupo de esquerda", afirma o jornalista. "Ele resolveu visitar todas as faculdades da cidade para fazer seu discurso, mesmo as que eram reacionárias a ele. Maciel foi à faculdade de Arquitetura, que tinha muitos estudantes de esquerda, para discursar. Acabou sendo eleito."

Filiou-se ao partido Arena, que dava sustentação à ditadura militar, e, em 1967, foi eleito deputado estadual. Em 1971, chegou à Câmara e, em 1976, tornou-se presidente da Casa.

À frente do Legislativo, participou de momentos políticos e históricos conturbados para o País, como o período de fechamento do Congresso pelo então presidente Ernesto Geisel, em 1977. Castelo Branco relembra que Maciel minimizou o episódio. "Ele dizia que na política às vezes era necessário dar três passos para trás para depois dar dez para a frente. Maciel viu o episódio como um recuo para depois ter um avanço."

Já em meados da década de 1980, se associou a Tancredo Neves, Aureliano Chaves e Ulysses Guimarães em prol de um projeto de redemocratização. No período de maior destaque da sua carreira política, Maciel foi eleito vice-presidente pelo PFL, atual DEM, por dois mandatos, de 1995 a 2003.

Repercussão. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), divulgou nota de pesar pela morte de Maciel. "Sua partida inflige enorme perda para a política brasileira e a arte da conciliação." O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu Maciel como um "homem de espírito público, aberto ao diálogo, um democrata".

O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que Maciel "contribuiu para o engrandecimento do Brasil, sempre pautado pela ética e probidade".

O corpo de Marco Maciel foi velado no Salão Negro do Senado e enterrado no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Ele deixa a mulher, Anna Maria Maciel, e três filhos.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã deste sábado (12), o governador Paulo Câmara decretou luto oficial de sete dias em Pernambuco em homenagem a Marco Maciel, ex-governador do Estado e ex-vice-presidente da República, que morreu nesta madrugada. Câmara prestou solidariedade à viúva Anna Maria Maciel, aos filhos Gisela, Cristiana e João Maurício, e aos demais parentes e amigos do político.

Em nota de pesar, o governador relembra a carreira do também ex-senador por Pernambuco. “Com a morte de Marco Maciel, o Brasil perde um político que sempre esteve aberto ao diálogo e ao entendimento. Ao longo de sua trajetória como deputado, governador, senador, ministro e vice-presidente da República defendeu suas posições com ética e elevado espírito público. Características que também o destacaram na Academia Brasileira de Letras”, disse o governador.

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Recife de luto

O prefeito do Recife, João Campos, decretou luto oficial de três dias na cidade. Em nota, ele homenageou o ex-governador e prestou solidariedade à família. “O Brasil e Pernambuco perdem um grande político, o recifense Marco Maciel. Em 45 anos de vida pública ocupou diversos cargos, culminando com a vice-presidência da República, por dois mandatos. Sempre fazendo política buscando construir pontes e entendimentos. Minha solidariedade à família e aos amigos. Que possam encontrar conforto neste momento de dor. Estou decretando luto oficial por três dias no Recife”, declarou o prefeito.

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi às redes sociais na manhã deste sábado (12) para se manifestar sobre a morte de Marco Maciel (DEM). Na publicação, chamou o amigo de “leal” e relembrou o período em que trabalharam juntos, afirmando sempre ter confiado no desempenho do democrata. Maciel foi vice-presidente no governo FHC entre os anos de 1995 e 2002, nos dois mandatos do tucano.

“Morreu hoje Marco Maciel. Exerceu a vice-presidência nas duas vezes em que fui Presidente. Se me pedirem uma palavra para caracterizá-lo diria: lealdade. Viajei muito, sem preocupações: Marco exercia com competência e discrição as funções que lhe correspondiam. Deixa saudades”, escreveu o ex-chefe do Executivo.

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Várias personalidades políticas também lamentaram a morte do pernambucano. O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT); Eduardo da Fonte, presidente do Progressistas em Pernambuco; o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e o presidente nacional do Democratas, ACM Neto: todos prestaram condolências e ressaltaram a saudosa carreira política de Maciel, que era popular por sua capacidade de diálogo.

Marco Maciel morreu na madrugada deste sábado (12), em decorrência de adversidades causadas pelo mal de Alzheimer, doença que o acometia desde 2014. O também ex-senador e ex-deputado deixa a esposa, Anna Maria Ferreira Maciel e três filhos.

Grupos e personalidades políticas lamentaram a morte do ex-vice-presidente da República, Marco Maciel, neste sábado (12). O falecimento do pernambucano, que também desempenhou as funções de senador e deputado, além de ter ocupado o segundo posto do governo Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 2005, foi confirmado na conta oficial de seu partido, o Democratas.

"No momento que o país precisa construir consensos, o Brasil perde o maior símbolo da política do diálogo: o pernambucano Marco Maciel. O Democratas perde um de seus maiores líderes. Perco um amigo, conterrâneo e exemplo de ética a ser seguido. Uma referência pessoal e política", escreveu o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), em sua conta no Twitter.

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O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), também comentou o ocorrido: “Lamento a morte do ex-vice-presidente do Brasil, Marco Maciel. Homem decente e de espírito público, dignificou as melhores tradições pernambucanas na política brasileira. Meus sentimentos à família e amigos”.

Em uma nota assinada por Eduardo da Fonte, presidente do partido, o Progressistas de Pernambuco afirmou que “lamenta profundamente a morte de Marco Maciel, recifense e grande quadro da política nacional”, descrevendo o político como um “homem público honrado” e que “será sempre reconhecido pelo estilo conciliador e por sua grande capacidade pacificadora”.

Segundo o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que também se pronunciou através de nota, Marco Maciel, enquanto vice-presidente do Brasil, “soube a exata dimensão do cargo, que exerceu com ponderação sempre em busca do bem comum”. O senador pontuou ainda, a relevância do ex-vice para o estado: “Como governador de Pernambuco, trabalhou pelo desenvolvimento do semiárido, missão que ainda nos desafia”. Ele também enviou “sentimentos e solidariedade à família e aos amigos” de Maciel.

ACM Neto, presidente nacional do Democratas, usou o Twitter para lamentar a morte do ex-vice e classificá-lo como “um dos mais importantes quadros” do partido. De acordo com ele, o político teve “exemplar atuação na vida pública”. “Em minha trajetória, pude me inspirar e aprender com seus ensinamentos. Ex-vice-presidente da República, Marco Maciel foi uma liderança capaz de motivar políticos de todas as idades”, declarou ele.

Reforçando a natureza amistosa do ex-governador de Pernambuco, Paulo Teixeira, secretário geral do Partido dos Trabalhadores (PT), disse que Maciel foi “um homem que se notabilizou pela valorização do diálogo”. Em seguida, prestou condolências à família do político.

Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), declarou que o Brasil está “no auge da falta de racionalidade  e da incapacidade de construir consensos” e perde “um homem público brasileiro cuja trajetória foi marcada por essas qualidades”.

Acompanhe os tuítes:

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Morreu na madrugada deste sábado (12) o ex-vice presidente do Brasil, Marco Maciel, aos 80 anos. Após uma batalha de quase sete anos contra o mal de Alzheimer, o político faleceu em um hospital em Brasília, deixando a mulher, Anna Maria, e três filhos. A informação foi confirmada pelo também pernambucano e democrata, Mendonça Filho, e posteriormente pelo perfil oficial do Democratas. O velório será neste sábado, das 15h às 17h, no cemitério Campo da Esperança, na capital federal.

O pernambucano, que também foi senador e deputado, ocupou o 2º posto do governo Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 2003.

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Na vida e na política

Marco Antônio de Oliveira Maciel nasceu em Recife, em 21 de julho de 1940. É filho de José do Rego Maciel e Carmen Sylvia Cavalcanti de Oliveira Maciel. Seguiu o exemplo do pai, que foi Secretário da Fazenda, duas vezes deputado Federal, prefeito do Recife, promotor e consultor-Geral do Estado. Dos nove filhos da família, apenas Marco seguiu vida política. Começou a militância ainda na universidade.

Em 1966, foi deputado estadual e passou a deputado federal por Pernambuco por dois mandatos, tendo sido eleito em 1970. Em 1977, foi presidente da Câmara dos Deputados. Também ocupou cadeira no Senado e em 1990, passou à condição de líder do governo Collor na casa legislativa. Em agosto de 1994 foi escolhido pelo PFL como o novo candidato a vice-presidente da República, sendo eleito e reeleito como companheiro de chapa de Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998, respectivamente.

Deixa a esposa, a socióloga Anna Maria Ferreira Maciel, com quem tem três filhos: Gisela, Maria Cristiana e João Maurício.

Tratado como "vice dos sonhos" pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Marco Maciel sempre dizia que não tinha inimigos. "Adversários, poderia tê-los, mas inimigos nunca." A frase resume o pensamento do pernambucano exaltado como um dos mais discretos e hábeis articuladores políticos da história recente do País.

A biografia "Marco Maciel: um artífice do entendimento" (Editora Cepe), escrita pelo jornalista Angelo Castelo Branco, retoma a trajetória do político que esteve perto do poder desde que ingressou na vida pública: foi deputado, senador, governador biônico, ministro no governo de José Sarney, líder do governo no Senado de Fernando Collor, além de vice-presidente nos dois mandatos de FHC.

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O livro, lançado nesta terça-feira, 5, em Brasília, narra desde o acerto político que o levou a conhecer a mulher, Anna Maria, na época em que concorria à reeleição na presidência do Diretório Central dos Estudantes de Pernambuco, na década de 1960, à derrota eleitoral em 2010 na disputa por uma cadeira no Senado.

O lançamento, na biblioteca do Senado, teve a presença de antigos aliados, da mulher e do filho de Maciel, o advogado João Maurício Maciel. "Uma grande marca dele é a conciliação. Sempre foi o que ele gostou de fazer. Falta para a política brasileira hoje um conciliador como ele", disse o filho.

Pacote de Abril

Além de exaltar as qualidades do biografado, o autor trata de momentos delicados para o político pernambucano, como o fechamento do Congresso pelo general Ernesto Geisel, em 1977, quando Maciel presidia a Câmara. O episódio ficou conhecido como Pacote de Abril.

Sem entrar em detalhes, o autor opta por transcrever longo depoimento do próprio Maciel dado à época. Nele, o então deputado da Arena aborda a negociação com o presidente militar para reduzir a abrangência da medida, considerada uma das mais polêmicas do regime. "Ali foi um recuo, mas que propiciou algum tipo de avanço", disse Maciel ao lembrar do episódio.

As declarações e os pronunciamentos antigos de Maciel são recorrentes na obra de 226 páginas de Castelo Branco. Hoje, aos 77 anos, diagnosticado com Alzheimer, não consegue pronunciar nem sequer uma palavra.

O autor também reúne depoimentos de personalidades que conviveram com o biografado ao longo de sua carreira. Entre elas FHC, que assina o prefácio e destaca que a obra vem em boa hora, em um período em que a polarização de opiniões e o clima de guerra de torcidas toma conta das discussões sobre política. "Meu convívio com Marco Maciel foi muito bom, inexplicavelmente", admitiu FHC, para mais tarde se explicar: "No jargão mais simples eu deveria considerar Marco Maciel como 'homem de direita' e ele a mim como um 'esquerdista'".

Já no fim, o autor reproduz relato de um ex-assessor de Maciel que dizia incentivá-lo a colocar suas memórias políticas em um livro. A sugestão, porém, foi recusada pelo político. Seu argumento foi o de que, se contasse o que sabia em seu mais de meio século perto do poder, iria magoar muitas pessoas, dando mais uma mostra do seu caráter conciliador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A história de Marco Maciel, ex-vice-presidente nos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), é o mote do livro "Um Artífice do Entendimento" que será lançado nesta segunda-feira (2), às 19h, na Academia Pernambucana de Letras, no Recife. A biografia, da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), é do jornalista Angelo Castelo Branco. 

O prefácio da publicação é escrito por Fernando Henrique, que chama o político de "um vice-presidente dos sonhos". A família de Marco Maciel, incluindo sua esposa Anna Maria Maciel e filhos, estará presente no lançamento. O pernambucano, que reside em Brasília, afastou-se das atividades políticas por sofrer do mal de Alzheimer, doença que provoca perda de memória. 

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Além do lançamento no Recife, o escritor e acadêmico Marcos Vilaça pretende fazer um evento na Academia Brasileira de Letras, no Rio, onde Marco Maciel ocupa uma das cadeiras. 

Com o ingresso do PMDB no bloco de oposição reforçando o chamado Grupo dos 4, o G-4, o cenário que se deslumbra em Pernambuco para o PSB é o realinhamento ao PT. Não será surpresa em relação aos acordos fechados para 2018 se o governador Paulo Câmara abrir espaços na sua chapa em busca da reeleição reeditando a coligação montada pelo ex-governador Eduardo Campos, que elegeu o petista Humberto Costa para o Senado.

Aos que acham que o eleitorado não compreenderá este entendimento, o governador já tem o discurso na ponta da língua: dirá apenas que reproduz a aliança nacional, que tende a ser remontada com Lula candidato ou não à Presidência da República. PT e PSB estarão juntos com Jacques Vagner ou Fernando Haddad no lugar de Lula. O próprio Haddad já esteve no Recife num almoço reservado com o governador.

Quando passou recentemente pelo Recife, Lula deu prosseguimento ao reatamento da aliança. Jantou com Câmara e o prefeito Geraldo Júlio na casa da viúva Renata Campos. Terça-feira passada, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, jantou com Humberto Costa em Brasília e trataram de aprofundar as negociações para se dar um casamento perfeito não apenas no plano nacional, mas principalmente no estadual.

Ao longo da entrevista que concedeu para tratar do ingresso de Fernando Bezerra no PMDB, quando afirmou que as chances de abandonar o projeto de reeleição do governador Paulo Câmara beiravam a zero, o deputado Jarbas Vasconcelos admitiu, pela primeira vez, uma composição com o PT, o que causou surpresa em todos os segmentos partidários no Estado. Os que fazem oposição a Câmara no PT tomaram um grande susto, sem conseguir entender nada.

Mas tudo isso decorre da mudança de comando do PMDB, que sai das mãos de Jarbas e passa para o grupo do senador Fernando Bezerra. Na contramão do que afirmou Jarbas, o senador tem dito e repetido que não existe a menor possibilidade de o novo PMDB em Pernambuco apoiar a reeleição do governador. Na Assembleia Legislativa, até as paredes sabem que PT e PSB andam bem próximos e podem compor uma aliança em nome da volta de Lula e do partido ao poder nas próximas eleições. 

Por Lula, os petistas em Pernambuco são capazes de se abraçarem a Paulo Câmara, mudando o discurso crítico em relação à sua gestão. Outro ponto a considerar, por fim, é que, além do discurso de que PT e PSB sempre estiveram juntos - e se desagregaram por uma circunstância - os dois partidos precisam de tempo na televisão para compensar a perda do PMDB, um gigante em termos de tamanho na chamada propaganda eleitoral no rádio e na TV.

NEM UM PIO– Embora tenha dito que sua postura iria mudar, sendo mais ágil e vigilante na defesa das questões envolvendo o PSB, o presidente reeleito do diretório estadual, Sileno Guedes, administra um silêncio muito estranho em relação ao rastro de prejuízo que a saída do PMDB trará à aliança oficial. É sabido que a movimentação do senador Fernando Bezerra Coelho em direção ao seu novo partido arrasta deputados do PSB, prefeitos e vereadores, mas Guedes ainda não acordou. Quem conseguir arrancar dele uma frase sobre o assunto terá feito uma grande façanha, antes que seja tarde. 

E aí, Marília? - Se o desenho do realinhamento do PSB ao PT se concretizar, a mais prejudicada será a vereadora Marília Arraes, líder da oposição na Câmara do Recife e tratada como pré-candidata do partido ao Governo do Estado. Oriunda do PSB, com laços familiares na legenda e no Governo, a parlamentar não tem a menor chance de avalizar o entendimento e neste caso só lhe sobrará a alternativa de procurar outra legenda dentro do arco partidário de oposição. 

Caindo fora– Entre os poucos prefeitos que ainda restam no PT, o primeiro a cair fora selado o acordo PSB-PT será Luciano Duque, de Serra Talhada, segundo maior colégio eleitoral do Sertão. Ali, a questão é muito localizada: a pedra no meio do caminho é o secretário estadual de Transportes, Sebastião Oliveira. Sebá, como é mais conhecido, e Duque, são como água e óleo: não se misturam. O prefeito já telegrafou à direção estadual do PT para avisar a sua indisposição em tolerar qualquer entendimento que vislumbre dividir um palanque com o secretário. 

Desafiando o PMDB– Em entrevista à Folha, o deputado Estadual Tony Gel, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, contrariou a orientação nacional do partido, que anunciou candidatura própria ao Governo do Estado, reafirmando sua lealdade no apoio à reeleição do governador Paulo Câmara. "Meu candidato a governador é Paulo Câmara. Eu faço questão de deixar muito claro”, disse. Para ele, o senador Fernando Bezerra Coelho e seu grupo serão muito bem-vindos ao PMDB, mas não contarão com seu apoio nem entusiasmo para um projeto de candidatura própria ao Palácio das Princesas. 

Biografia de Marco Maciel- A Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) agendou para o próximo dia 2 de outubro, na Academia Pernambucana de Letras, o lançamento do livro biográfico sobre Marco Maciel, de autoria do jornalista e biógrafo Ângelo Castelo Branco, intitulado "Um Artífice do Entendimento".  O sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu o prefácio e o escritor Marcos Vilaça deseja fazer em seguida um lançamento na Academia Brasileira de Letras, no Rio, onde Marco Maciel ocupa a cadeira vaga desde a morte do ex-presidente das Organizações Globo, jornalista Roberto Marinho. Também haverá lançamento no Senado, em Brasília. 

CURTAS 

CISÃO– Aliados em torno da gestão Michel Temer, PMDB e PSDB não devem repetir a dobradinha na maior parte das disputas estaduais em 2018. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, hoje, a tendência é de que tucanos e peemedebistas fiquem separados em 18 Estados, contra nove nos quais a parceria nacional pode se repetir. Em campos opostos nas eleições de 2014, quando PMDB era o principal aliado do PT no governo federal, os peemedebistas se uniram aos tucanos em maio de 2016, em meio ao impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).

EM SERRA– O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), incluiu na programação cultural da festa da padroeira do município o lançamento do meu livro Histórias de Repórter. A noite de autógrafos está marcada para amanhã, às 20 horas, no Centro de Artes e Desportos – CEU. Espero contar com a presença dos leitores deste blog na região, assim como os ouvintes do Frente a Frente, programa que ancoro pela Rede Nordeste de Rádio, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 97,7 FM, no Recife. 

Perguntar não ofende: O ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, fica no PMDB depois do ingresso do seu principal rival, o senador Fernando Bezerra Coelho?

A história de Marco Maciel, ex-vice-presidente nos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), é o mote do livro "Um Artífice do Entendimento" que será lançado no dia 2 de outubro, às 18h, na Academia Pernambucana de Letras, no Recife. A biografia, da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), é de autoria do jornalista Angelo Castelo Branco. 

O prefácio da publicação é escrito por Fernando Henrique. A família de Marco Maciel, incluindo sua esposa Anna Maria Maciel e filhos, estará presente no lançamento. O pernambucano, que reside em Brasília, afastou-se das atividades políticas por sofrer do mal de Alzheimer, doença que provoca perda de memória. 

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Além do lançamento no Recife, o escritor e acadêmico Marcos Vilaça pretende fazer um evento na Academia Brasileira de Letras, no Rio, onde Marco Maciel ocupa a cadeira vaga desde a morte do ex-presidente das Organizações Globo, jornalista Roberto Marinho. A CEPE também a apresentação do livro no Senado Federal. As datas ainda não foram anunciadas.

Os 50 anos de vida pública do ex-vice-presidente do Brasil Marco Maciel completados em 2016 será, novamente, lembrado em uma sessão solene que acontecerá, na próxima quarta-feira (15), na Câmara dos Deputados. Marco Maciel também exerceu os cargos de ministro de estado, governador de Pernambuco, senador, além de deputado na esfera estadual e federal. Ele é membro das Academias Pernambucana e Brasileira de Letras.

O requerimento para prestar a homenagem foi do deputado federal Augusto Coutinho (SD). O parlamentar declarou que Maciel é uma referencia moral e ética. “Marco Maciel é uma das maiores figuras públicas do Brasil e que faz muita falta no convívio diário em Brasília. Ele merece o reconhecimento por todos os serviços que prestou ao estado e ao Brasil em 50 anos de vida pública”.

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Coutinho ainda o definiu como um político ficha limpa. “Exímio articulador e gestor público, que participou de importantes momentos da vida pública brasileira", acrescentou. Durante a solenidade, será exibido o documentário "Marco Maciel - A Política do Diálogo". 

Em agosto de 2016, a esposa de Marco Maciel, Anna Maciel, participou de uma homenagem na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Na ocasião, ela disse que era importante que as futuras gerações soubessem o que aconteceu no país e a luta que cada uma desempenhou. 

Anna também falou sobre a doença do ex-senador, o Mal de Alzheimer. Ela disse que, apesar do estado progressivo de esquecimento, Maciel não se esquece de Pernambuco. “O nível de cognição vai se deteriorando a cada dia, mas, por incrível que pareça, por mais que ele esqueça das coisas, ele não esquece de Pernambuco. Ele sempre está querendo vir pra cá”, chegou a dizer. 

Também presente no evento promovido pela Alepe, a deputada estadual Priscila Krause declarou que Maciel tinha nascido em “berço político”, o que teria contribuído para construir uma trajetória política sólida.  “Ele jamais destruiu pontes”, frisou.

Em comemoração aos 50 anos de vida pública de Marco Maciel, a Academia Pernambucana de Letras (APL) irá realizar uma homenagem ao ex-governador de Pernambuco e que ocupou cargos relevantes no cenário nacional como a vice-presidência. Na próxima segunda-feira (28), às 16h, a Academia exibirá um documentário com depoimentos de personalidades que conviveram com Maciel.

Em agosto, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) também realizou uma sessão solene para Marco Maciel, que está afastado da política desde 2010, acometido pela doença degenerativa mal de Alzheimer. A sessão foi proposta pelo presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, e deputados Priscila Krause, Tony Gel e Joaquim Lira.

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Na ocasião, após a sessão na Alepe, em entrevista concedida ao Portal LeiaJá, a sua esposa Anna Maciel chegou a dizer que, apesar da doença ser progressiva, Marco Maciel não esquece de Pernambuco. “É uma doença na qual o nível de cognição vai se deteriorando a cada dia, mas, por incrível que pareça, por mais que ele esqueça das coisas, ele não esquece de Pernambuco. Ele sempre está querendo vir pra cá”, declarou.

O time de Maciel, Santa Cruz Futebol Clube, também realizou um encontro em reconhecimento ao ex-senador.

Presente na sessão solene desta segunda (8), em homenagem aos cinquenta anos de trajetória política de Marco Maciel, em entrevista ao Portal LeiaJá, a esposa do ex-vice-presidente do Brasil, Anna Maciel, declarou que no Brasil não se tem memória porque as histórias não são contadas. “É muito importante que as futuras gerações saibam o que aconteceu no país, a luta que cada um desempenhou e o que foi vivido. Se contarmos, todos irão saber”, declarou.

Anna Maciel ressaltou que sente gratidão pelo reconhecimento sobre a trajetória de Marco. “Este reconhecimento não é importante apenas para a memória dele, mas, para a memória política de Pernambuco e do Brasil”, disse. Anna também falou sobre a doença do ex-senador, o Mal de Alzheimer. “É uma doença progressiva na qual o nível de cognição vai se deteriorando a cada dia, mas, por incrível que pareça, por mais que ele esqueça das coisas, ele não esquece de Pernambuco. Ele sempre está querendo vir pra cá”, declarou. 

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Também presente na cerimônia, um dos seus filhos, o advogado João Maurício também falou sobre o assunto. “Ele está bem de saúde, mas fala pouco, fica muito com o olhar perdido, já não tem mais capacidade de coerência, raciocínio. Aproveitamos o máximo possível a fase que ele estava bem, agora cuidamos dele, damos o máximo de carinho possível. Mamãe também cuida dele com todo o carinho possível. Estamos  sempre com ele. Não é fácil, mas tem muita gente que vive isso e é cada vez mais comum, infelizmente”, acrescentou. 

João finalizou frisando que o momento foi de muita emoção. “Para Marco, Pernambuco era o centro de tudo. O que ele fazia, era pensando no estado. As poucas coisas que ainda motiva o meu pai, quando ele fala alguma coisa ou reage, é quando se fala em política, principalmente, quando se fala em Pernambuco. É o que ainda dá uma centelha nele. Foi um dia de grande honra e de grande emoção ver os amigos aqui presentes comemorando esta data”.

Nesta terça (9), o time de Maciel, Santa Cruz Futebol Clube também realiza um encontro em reconhecimento ao ex-senador. O evento acontecerá no anfiteatro do clube, localizado no estádio do Arruda, às 9h.

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Bastante emocionada, a deputada estadual Priscila Krause, uma das parlamentares que solicitou a homenagem na Alepe ao ex-vice presidente do Brasil Marco Maciel, disse que Marco Maciel nasceu em berço político, o que contribuiu para construir uma trajetória política sólida. A sessão especial aconteceu na noite desta segunda (8), com a presença de autoridades, familiares e amigos de Maciel.  

"Maciel foi um político exemplar, que sempre teve um comportamento limpo e decente. Sua marca política foi a ética. Ele jamais destruiu pontes e sempre buscava a ampliação do consenso. Maciel fez por merecer o reconhecimento", declarou.

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Krause também salientou que ele o ex-senador sempre buscava somar. "É um homem de fé, de profunda religiosidade. Uma alma gentil, coração generoso, amigo solidário, pai, filho, irmão e esposo amoroso. Como meu pai disse: Marco Maciel é o ser humano menos imperfeito que conheci em minha vida. A noite de hoje é de uma emoção decorrente dos sólidos laços de amizade, legado do meu pai e sogro. É um sentimento compartilhado de felicidade por todos aqueles que tiveram e têm o privilégio de conviver com a grande de Maciel. Uma personalidade que, embora plural no ser, possui uma notável singularidade", acrescentou a deputada. 

Em uma noite repleta de emoção, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa, destacou que Marco Maciel foi um dos líderes mais importantes da história de Pernambuco. O deputado também entregou uma placa comemorativa em referência aos cinquentas anos de vida pública. A sessão solene acontece, nesta segunda (8), no plenário da Alepe.

Uchoa ressaltou quem conheceu Maciel, sabe de sua facilidade em dialogar e construir pontes. “Marco Maciel fez a verdadeira e boa política nos últimos cinquenta anos. É uma homenagem justa que acontece aqui, local onde ele iniciou sua irretocável carreira política ao se eleger deputado em 1966”, declarou.

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“Ele que chegou a ser vice-presidente da República, dizia que o vice tem que ser discreto, mas que não pode ser omisso. Essa sempre foi sua conduta quando teve a caneta mais poderosa em suas mãos. Fernando Henrique Cardoso também costumou a numerar a fidelidade uma característica que o acompanhou desde o início de sua pública. Marco Maciel ficou conhecido e foi admirado em toda sua vida pública”.

Uchoa ainda salientou que na atual crise econômica, o ex-senador faz falta. “A ausência dele pesa pela sua postura ética e condição conciliador. É de Marco Maciel a lição que devemos buscar sempre, entre o que nos separa, aquilo que pode nos unir. Na condição de presidente deste poder, ao lado dos meus colegas, realizamos esta justa e merecida homenagem pelos cinquenta anos dedicado a nossa nação e ao estado com os mas relevantes serviços prestados”, disse.

Também foi realizada uma homenagem da Orquestra Criança Cidadã, de autoria de Luiz Gonzaga, a música Asa Branca. O cantor Ed Carlos e o sanfoneiro Beto Hortiz interpretaram a música Projeto Asa Branca. 

Após a Câmara dos deputados lançar documentário, na última sexta (5), sobre o ex-vice presidente Marco Maciel é a vez da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizar sua homenagem. Nesta segunda (8), às 18h, Maciel será homenageado pelos cinquenta anos de vida pública. A sessão foi proposta pelo presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, e deputados Priscila Krause, Tony Gel e Joaquim Lira.

Marco Maciel está afastado da política desde 2010. Acometido pela doença degenerativa mal de Alzheimer, ele não irá participar do evento. Participam do ato a sua esposa Anna Maria Maciel e um dos seus filhos, o advogado João Maurício.

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Nesta terça (9), o time de Maciel, Santa Cruz Futebol Clube também realiza um encontro em reconhecimento ao ex-senador. O evento acontecerá no anfiteatro do clube, localizado no estádio do Arruda, às 9h. 

Na mídia nacional, fui o primeiro jornalista a noticiar que o sumiço do ex-senador Marco Maciel foi forçado pelo agravamento do mal de Alzheimer, doença que provoca perda de memória. Os veículos do Sul maravilha, finalmente, romperam o silêncio em relação ao quadro de saúde do ex-vice-presidente da República. Coube à jornalista Mariana Sanches, de O Globo, a iniciativa. Em reportagem publicada com destaque na edição de ontem, disse que Maciel retirou-se da vida social, perdeu para a doença o entendimento político e o interesse pelos assuntos públicos.

 

Mariana esteve com Maciel e se comoveu com a sua dor e o seu drama. “Enquanto o noticiário da televisão atualiza a situação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e as supostas manobras do vice Michel Temer para ocupar seu posto, Maciel cerra os olhos em frente à TV e não expressa qualquer opinião. Se lembra de alguma coisa, ele não demonstra nada. Do meio do ano para cá, ele só responde raramente, e sempre por monossílabos. Se já era calado, agora é mais ainda.

“Meus filhos dizem para eu parar, mas sempre comento com ele: “Viu o que aconteceu com a política, viu isso ou aquilo?”, recebo de volta o silêncio — conta a mulher de Maciel, Ana Maria, companheira de mais de meio século e responsável por comandar a equipe de cuidadores que se reveza na atenção ao ex-vice-presidente, na sua residência em Brasília

Nos dois governos FH, Maciel, em média, ficou à frente da Presidência um dia por semana. De estilo discreto, Maciel, em média, governou o País por um dia a cada semana que Fernando Henrique Cardoso esteve na Presidência, entre 1995 e 2002, devido às viagens do titular. Quando não despachava como chefe de Estado interino, gostava de ficar em seu gabinete no subsolo do Palácio do Planalto, em estratégica posição para, literal e figurativamente, não fazer sombra ao titular.

Sua importância para a governo tucano fica evidente pela quantidade de menções a ele no recém-lançado diário de FH para os dois primeiros anos de gestão: Maciel aparece 122 vezes nas mais de 900 páginas. O então presidente o qualificava como “coordenador político” do Governo no Congresso e não era incomum a romaria de parlamentares ao gabinete do vice

Peça importante na eleição de Tancredo Neves, na gestão José Sarney Maciel chefiou a Casa Civil. Foi ele quem ajudou a conter os ímpetos do então senador Antônio Carlos Magalhães, que agia com eventual rebeldia no Congresso, e a conter crises como o escândalo da Pasta Rosa, sobre financiamento ilegal de campanha de aliados.

Durante o regime militar, foi um entusiasta da volta à democracia. Obcecado com o tema da reforma política, que considerava urgente, ele não pôde acompanhar as discussões comandadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre o assunto no primeiro semestre deste ano

“Ele ainda recebe alguns poucos amigos em casa, mas fica sentado e calado durante todo o tempo — diz Ana Maria, que já chegou a representar o marido em eventos do DEM. Marco Maciel atuava para debelar crises com o senador Antônio Carlos Magalhães, que eventualmente jogava o Congresso contra o governo FHC. Durante quase cinquenta anos, Maciel começava a rotina com a leitura de seis jornais, que recortava e rabiscava, e partia para suas articulações políticas.

Chegava em casa tarde da noite, mas a tempo de conversar amenidades com a mulher. Perdeu a primeira eleição aos 70 anos. Depois da derrota, parecia abatido. Uma depressão começou a ser tratada. Já era sinal de Alzheimer. A doença evoluiu a ponto de tirar-lhe as iniciativas. Ana Maria precisa prestar atenção a pequenos sinais para saber se ele está doente ou com fome.

“É uma pena que você não possa conversar com ele sobre política. Eu sei que ele gostaria. Vivemos uma ausência de alguém que está presente — lamentou Ana Maria, dirigindo-se à repórter. Pena maior, na verdade, é Maciel entrar na terceira margem do rio, fazer a última viagem, sem poder escrever suas memórias.

Extraordinariamente ricas, vale a ressalva. Ninguém como ele viveu tantos bastidores nos mais importantes momentos da Nação, da ditadura à redemocratização. Ocupou todos os cargos sonhados por um político: deputado estadual, deputado federal, governador, senador, ministro, vice-presidente e presidente da República em exercício. Alguém pode jogar pedras nele?

Do ponto de vista ideológico, sim. Moral, não. Nunca se viu em todo o curso da sua história, longa, diga-se de passagem, envolvido em qualquer tipo de maracutaia. Um homem de bem, honrado.

INFIDELIDADE– O ano novo deve começar com profundas mudanças no quadro partidário nacional. Os políticos em geral aguardam apenas a promulgação da janela da infidelidade, aprovada no bojo da minirreforma eleitoral pelo Congresso. Como janeiro é mês de recesso, o mais provável é que a oficialização do troca-troca se dê no início de fevereiro, para muita gente, de olho nas eleições municipais, já brincar o carnaval de legenda nova. Só na Assembleia Legislativa, cinco deputados estão preparando a revoada.

Odacy aterrissa no PDT– Entre os deputados estaduais que mudarão de legenda, o petista Odacy Amorim, já acertado para disputar a Prefeitura de Petrolina pelo PDT. O que até as paredes da Prefeitura municipal já sabem é que a travessia de Amorim foi pavimentada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), com o compromisso de retirar a candidatura de seu filho Miguel Coelho, que assumiu a presidência do diretório socialista em Petrolina.

Revoada na Assembleia– Outros três deputados já estão certos que colocarão o olho e a cara na janela: Adalberto Cavalcanti, que sai do PTB e ingressa no PMN; Álvaro Porto, também do PTB, vira a casaca para o PSB; e Lucas Ramos, do PSB, está indeciso entre PMDB e PSDB. Pode acontecer outra novidade neste campo: Claudiano Martins. Incomodado e sem espaço no PSDB depois da morte de Sérgio Guerra, pode optar pelo PP para disputar mandato de federal em 2018.

Deputado internado– O deputado Everaldo Cabral (PP) deu entrada na emergência do Hospital Português sábado passado e foi direto para UTI – Unidade de Terapia Intensiva. Segundo familiares, o parlamentar teve mais uma crise decorrente de complicações no fígado, que motivou sua primeira internação em setembro passado. No seu segundo mandato, Everaldo é irmão do também deputado estadual Lula Cabral (PSB).

Crescimento da terceira via– Em Águas Belas, no Agreste Meridional, pesquisa da Naipes Consultoria, feita entre os dias 21 e 23 últimos, constatou um quadro novo: o crescimento do pré-candidato do PDT a prefeito, Aureliano Pinto, que desponta com entusiasmo com a intenção de quebrar a polarização entre o grupo do prefeito Genivaldo Menezes (PT), já no final do seu segundo mandato, com a família Martins, que deve lançar, mais uma vez, a candidatura do ex-prefeito Numeriano Martins.

CURTAS 

CRISE EM GRAVATÁ – Em Gravatá, o interventor Mário Cavalcanti começa a mergulhar num inferno astral. Depois da cidade passar o Natal literalmente no lixo, por causa da rescisão do contrato com a Prefeitura, os servidores decretam greve a partir de hoje em defesa do pagamento dos seus salários, inclusive o 13º salário.

CONSELHO– O governador Paulo Câmara empossa, hoje, o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC), formado por representantes da sociedade civil e do poder público. A entidade é resultado de uma demanda da sociedade, que solicitava uma participação mais representativa no processo de construção e implementação de políticas culturais e de preservação.

Perguntar não ofende: Qual a extensão do prejuízo ao turismo de Fernando de Noronha pelo ataque do tubarão? 

Eleitos em 2010 e reeleitos em 2014, Dilma Rousseff e Michel Temer apesar de ocuparem a presidência e a vice-presidência da República, respectivamente, nunca tiveram uma postura de proximidade, como ocorreu com Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel e Lula e José de Alencar. A aliança Dilma/Temer foi meramente eleitoral, sem qualquer aproximação pelo viés político de convergência de ideias.

Com o agravamento da crise política, Temer aceitou ocupar o papel de articulador político do Palácio do Planalto a fim de tentar melhorar a relação com o Congresso Nacional, já que foi presidente da Câmara dos Deputados por várias oportunidades e possui excelente relação com senadores e deputados, tanto do governo quanto da oposição.

A empreitada não durou muito tempo porque Temer foi sabotado pelo próprio Palácio do Planalto. Quando se deu conta de que suas ações não surtiriam efeito porque na prática era um articulador sem a confiança nem a legitimidade da presidente da República, preferiu se afastar da função e desde então não quis mais saber de ajudar Dilma Rouseff.

Mesmo decidido a não ajudar mais a presidente na questão politica, aconselhou Dilma a não hostilizar Augusto Nardes, o relator das suas contas no TCU. E mais uma vez Dilma fez ouvido de mercador e sofreu uma fragorosa derrota por unanimidade na Côrte de Contas da União. O episódio serviu para afastar mais ainda o vice-presidente da presidente.

Convidado a assumir o ministério da Justiça em substituição a José Eduardo Cardozo, Michel Temer declinou do convite porque se aceitasse estaria se comprometendo ainda mais com o governo Dilma, de quem ele almeja distância. Por fim, na ação impetrada pelo PSDB que objetiva cassar a chapa presidencial, Temer utilizou a estratégia de afirmar que o comitê financeiro da sua campanha foi diferente do comitê da presidente, e se for constatada alguma irregularidade na captação de recursos, ele nada tem a ver com Dilma.

Todas as ações do vice-presidente convergem para uma certeza indubitável: Para Michel Temer, quanto maior for a distância de Dilma Rousseff, melhor.

Energia - A geração de eletricidade renovável terá mais investimentos no orçamento do próximo ano. O deputado federal João Fernando Coutinho (PSB-PE) destinou R$ 100 milhões para o setor por meio de emenda à LOA 2016, já aprovada na Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados. Coutinho é defensor do incentivo à geração de energia por meio de fontes renováveis como forma de diversificar a matriz energética do País e, consequentemente, diminuir os custos da conta de energia para o consumidor.

Itambé - De acordo com informações colhidas de dentro do Palácio do Campo das Princesas, o ex-prefeito Fred Carrazone lidera com folga pesquisas internas sobre a sucessão em Itambé. Há quem considere que as pendências de Fred no TCE possuem grandes chances de serem revertidas, colocando-o na disputa pela prefeitura no ano que vem.

Raul Henry - O vice-governador Raul Henry (PMDB) esteve reunido com o prefeito Alexandre Arraes (PSB) na residência do socialista em Araripina. O encontro, que reuniu vários aliados do prefeito, serviu para o vice-governador trocar impressões com o prefeito sobre o cenário político nacional e as eleições municipais de 2016.

Detran - Graças a articulação do deputado estadual Vinicius Labanca (PSB), o município de São Lourenço da Mata receberá uma nova sede do Detran, repaginada, com maior conforto e maior variedade de serviços. A nova sede foi uma das promessas de campanha de Vinicius Labanca e ontem o secretário das Cidades André de Paula realizou o anúncio.

RÁPIDAS

Disputa - O contrato com o Bradesco, detentor da folha de pagamentos do estado de Pernambuco, se encerrará em fevereiro de 2016, então será realizada uma nova licitação para ver qual instituição financeira administrará a folha estadual. Estão na disputa o próprio Bradesco, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o Santander. O lance mínimo é de R$ 497 milhões.

Humildade - Para o ministro do TCU José Múcio Monteiro, faltou humildade do governo no episódio das pedaladas fiscais, ao querer, a todo custo, bancar a tese de que estava correto. Além disso a politização do caso foi vital para que Dilma sofresse uma goleada no TCU.

Inocente quer saber - O que mais falta acontecer para Eduardo Cunha e Dilma Rousseff caírem?

Na última quarta-feira, o ex-senador Marco Maciel (PFL) completou 75 anos de idade, mas poucos lembraram dele, provavelmente pelo fato do estágio avançado da sua doença. Ele sofre de alzheimer, enfermidade que identificou poucos meses após a sua derrota para o Senado em 2010.

Foi a sua primeira e única derrota, daí talvez o processo de depressão ter acelerado o alzheimer. Marco Maciel tinha 21 anos de idade e estava na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco quando começou sua primeira campanha política.

No ano seguinte, seria eleito presidente da União Metropolitana dos Estudantes, numa gestão marcada pela ruptura com a União Nacional dos Estudantes, a UNE, que à época, em meio às tensões políticas do governo João Goulart, tinha mais força que muitos partidos.

De lá para cá, construiu uma carreira pública de meio século na qual foi uma vez deputado estadual e duas vezes deputado federal, incluindo uma vitoriosa eleição que o transformou no mais jovem presidente da Câmara, aos 36 anos de idade. Teve ainda um mandato de governador, dois de senador e dois de vice-presidente da República de Fernando Henrique Cardoso.

Foi um dos principais articuladores da chamada Frente Liberal, a dissidência do PDS, partido do regime militar, que garantiu a eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 1985. Pelo trabalho, foi escolhido ministro da Educação e, depois, deslocado por José Sarney para a Casa Civil. Perdeu a primeira eleição de sua vida com 70 anos.

Uma biografia como de Maciel jamais pode ser derrotada por um motivo único. Mas o principal talvez seja o fato dele ter encarado a primeira eleição de sua vida estando na oposição – e o governismo de meio século é justamente o outro ponto marcante, quase folclórico, da carreira de Marco Maciel.

Na eleição anterior, em 2002, ele vinha com a força do governo federal, do qual fora vice-presidente por oito anos. E embalou com a campanha majoritária de Jarbas Vasconcelos, que seria reeleito governador de Pernambuco. Em 2010, disputou uma eleição sem o apoio de nenhum governo. O da capital estava nas mãos do PT e o estadual na de Eduardo Campos, do PSB, reeleito com uma das maiores votações proporcionais entre todos os governadores.

Mesmo com duas vagas de senador, Maciel sofreu com o favoritismo, desde o início da campanha, do ex-ministro de Lula, Humberto Costa, do PT, e depois com a arrancada, nos braços da coligação governista, do empresário Armando Monteiro. Marco faz muita falta ao País. Marcou sua passagem pela vida pública com ética, moralidade e correção.

Foi talvez o vice-presidente que mais ocupou o poder, interinamente, nunca causando problemas a FHC. Raramente quebrava a rotina da discrição. Uma das exceções ocorreu em junho de 1997 quando teve que tomar a decisão de colocar o Exército nas ruas de Belo Horizonte para sufocar uma invasão dos policiais militares grevistas ao Palácio da Liberdade. O confronto terminou com um morto.

Devorador contumaz de livros, Maciel, quando esteve na ativa, tinha aversão às modernidades virtuais. Nunca escreveu um discurso num computador, talvez porque jamais usou uma máquina de escrever com este propósito. Era um árduo defensor do papel e da caneta. Dizia: “Sou da grafosfera, não sou da videosfera”. “Por sorte, abandonei a caneta tinteiro e adotei a esferográfica.”

Marco Maciel merece todos os elogios por ser um dos líderes ligados ao regime militar que ajudou a derrubá-lo, apoiando a candidatura de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 1985. Recebeu várias bênçãos das urnas após a volta da democracia, foi duas vezes senador e durante oito anos vice-presidente da República, eleito democraticamente na chapa do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

QUEBRADEIRA– Uma semana após o TCU criticar duramente a dependência das administrações municipais em relação aos repasses federais e falta de empenho dos gestores em melhorar as arrecadações sob o risco de incorrer na lei de Responsabilidade Fiscal, o presidente da Amupe, José Patriota (PSB), admitiu, ontem, que 130 dos 184 municípios pernambucanos estão em dificuldades em função da queda nos repasses federais. "A maioria tem 94% das receitas atreladas à União. No Governo Federal, por sua vez, o IPI caiu. Então se não tem arrecadação, o FPM [Fundo de Participação dos Municípios] cai", justificou.

Palanques opostos– Em Caruaru, o senador Fernando Bezerra Coelho caminha para um palanque diferente em que subirá o governador Paulo Câmara. Na conversa que teve, ontem, com o ex-governador João Lyra, ele praticamente bateu o martelo com a candidatura da deputada Raquel Lyra à prefeita. Não será, certamente, o caminho de Câmara, que tende a apoiar o deputado Tony Gel (PMDB) se o candidato do prefeito José Queiroz for Douglas Cintra, pela ligação deste com o ministro Armando Monteiro.

Em Nazaré da Mata– O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, recebeu, ontem, um grupo de lideranças de Nazaré da Mata, primeiro passo para construir a unidade em torno do candidato socialista a prefeito. Disputam, hoje, Eliane Rodrigues, suplente de senadora, e os vereadores Pedro de Mauriceia e Irmão Jonas. Vamos amadurecer os debates com a população e seguir com muita unidade", disse Sileno.

Fundo das exportações– O Ministério da Fazenda encaminhou ao Congresso, antes do recesso parlamentar, uma proposta que trata do pagamento do Fundo das Exportações (FEX). De acordo com a proposta, o montante será entregue em quatro parcelas de R$ 487,5 milhões cada. Elas deverão ser pagas até o último dia útil de setembro, outubro, novembro e dezembro deste ano. A cada parcela de R$ 487,50 milhões, R$ 365,63 fica para os Estados e R$ 121,88 milhões para os Municípios.

Descontrole O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, assegura que a alteração da meta fiscal, de 1,13% para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciada pelo Governo Federal, é a comprovação de que o Governo perdeu o controle das contas públicas. "Todos os principais indicadores fiscais foram reduzidos, e muito, o que mostra o rombo nas contas públicas, reflexo da forma irresponsável com que o governo petista tratou as contas", disse. Segundo ele, o governo gastou "mais do que podia", sendo obrigado a alterar a meta fiscal. "Se a situação não melhorar e, infelizmente não deve melhorar, teremos déficit primário de novo", observou.

CURTAS 

PEDALADAS– Ao menos uma parte da defesa da Advocacia-Geral da União (AGU), no caso das “pedaladas” fiscais, gerou mal-estar entre ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e uma resposta dura do Ministério Público na Corte. Nas 110 páginas de argumentação, além de 900 anexos, a AGU afirmou que a rejeição da contabilidade do governo viola a “segurança” e a “estabilidade” das "relações jurídicas” no País.

GREVE– Professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) entraram em greve ontem. No Campus Petrolina Sede, os professores realizaram uma reunião com representantes de alunos e técnicos para discutir os rumos do movimento e a possibilidade de adesão por parte de outros funcionários.

Perguntar não ofende: Eduardo Cunha terá força para colocar em votação 11 pedidos de impeachment de Dilma?

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