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Um morador de rua encontrado morto em Milão, no norte da Itália, tinha mais de 100 mil euros em uma conta bancária e 19 mil euros em títulos acionários.

Umberto Quintino Diaco, 75 anos, foi encontrado sem vida na última quinta-feira (28), em uma cabana improvisada com papelão na estação ferroviária de Porta Garibaldi, na capital da Lombardia.

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A autópsia apontou que Diaco pode ter morrido de frio e patologias pré-existentes, mas as investigações da polícia descobriram um patrimônio incompatível com a condição em que ele vivia.

Além dos 100 mil euros no banco e dos 19 mil euros em ações, Diaco recebia uma aposentadoria de 750 euros em Munique, na Alemanha, e tinha uma casa na região da Calábria e dois furgões com apólices de seguro pagas.

O sem-teto também carregava consigo 1.235 euros em dinheiro vivo. Em entrevista ao jornal Corriere della Sera, a irmã mais velha de Diaco, Chiarina, contou que ele havia fugido de casa quando tinha 17 anos. "Procuramos por ele, que nunca se deixou encontrar", disse.

Chiarina esteve em Milão para cuidar dos trâmites relativos ao corpo e recuperar os poucos pertences pessoais do irmão. Caso Diaco não tenha deixado herdeiros, a irmã ficará com seus bens.

Segundo a polícia, o sem-teto retirava seus rendimentos através de uma caixa-postal no serviço de atendimento da Cáritas em Milão. "Ele nunca pediu dinheiro nem aceitou comida", relatou ao Corriere um voluntário da organização beneficente.

De acordo com Chiarina, a família conseguiu descobrir durante o período de ausência de seu irmão que ele trabalhou no setor de construção civil na Alemanha e teria passado também pela Suíça.

Mais tarde, ela ficou sabendo que Diaco frequentava a Cáritas de Milão e tentou entrar em contato, mas ele sempre recusou.

"Entendi que ele havia escolhido aquela vida, mas nunca deixamos de procurá-lo", disse. 

Da Ansa

A partir desta terça-feira (19), entra em vigor o novo Regulamento para a Qualidade do Ar da cidade de Milão, na Itália, que, entre outros pontos, proíbe a prática de fumar em locais onde haja a presença de pessoas a menos de 10 metros de distância.

Também está proibido fumar em pontos de ônibus, em áreas verdes, em parques voltados para as crianças, locais de práticas esportivas - como estádios e ginásios - e cemitérios. Até 1º de janeiro de 2025, porém, ainda será permitido fumar ao ar livre em locais isolados seguindo as regras atuais. Depois disso, fumar em público em qualquer situação será proibido.

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Com isso, Milão se tornou a primeira cidade da Itália a impor regras bastante restritivas para os fumantes - e o plano para diminuir a poluição local é ainda mais amplo. Por exemplo, a partir de 2023, serão proibidos os aquecedores movidos a diesel em prédios, que deverão ser substituídos por combustíveis renováveis.

Também os distribuidores de combustíveis fósseis serão obrigados a disponibilizar pontos de recarga de energia elétrica para veículos a partir do mesmo ano. Caso haja impossibilidade técnica, a empresa deverá fazer a instalação em uma área pública.

Segundo o assessor para Mobilidade, Marco Granelli, à época da discussão da lei, a medida "tem um duplo significado porque ajuda a reduzir o PM10 [um dos tipos de índice de poluição do ar], mas faz também uma operação de prevenção da saúde".

Milão, assim como toda a região da Planície Padana, é uma das cidades com os piores índices de qualidade de ar da Itália e sofre constantemente com o problema. O tema sobre a poluição atmosférica voltou aos holofotes também durante a pandemia de Covid-19 por conta de dúvidas ligadas se esse fator influenciou na maior quantidade de casos em toda a região da Lombardia.

No entanto, a conclusão de um estudo da Fundação Internacional Menarini sobre a questão apontou que a poluição do ar é uma "aliada" do coronavírus Sars-CoV-2, mas não é um vetor capaz de difundir e transportar o vírus.

Da Ansa

Um estudo feito pela Universidade Estatal de Milão e publicado nesta segunda-feira (11) no British Journal of Dermatology apontou um novo "paciente 1" do coronavírus Sars-CoV-2 na Itália. Trata-se de uma mulher de 25 anos, que passou por uma biópsia por conta de uma dermatite atópica em 10 de novembro de 2019. "Com base no que observamos nestes meses nos doentes de Covid, que apresentavam lesões cutâneas, comecei a me questionar se não seria possível encontrar algo similar antes do início oficial da pandemia. E, efetivamente, nós encontramos nos exames histológicos feitos em alguns pacientes do outono de 2019", explicou o responsável pelo estudo, o pesquisador Raffaele Gianotti.

Segundo explicou Gianotti, foram reanalisadas as biópsias feitas naquele período do ano e que não conseguiram ter um diagnóstico muito preciso. No caso da mulher em que o Sars-CoV-2 foi detectado, por exemplo, os pesquisadores relataram que as manchas apareceram na pele sem nada de anormal ter ocorrido com ela e que houve o relato de um leve dor de garganta.

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"Nos nossos estudos já publicados em revistas internacionais, nós provamos que existem nessa pandemia casos nos quais o único sinal é uma patologia cutânea", acrescenta Gianotti.

Ainda conforme o estudo, a nova biópsia da amostra de 10 de novembro de 2019 apresentou a sequência genética do RNA, as "digitais" da Covid-19 no tecido cutâneo. A paciente, contatada sucessivamente, informou que não teve mais nenhum sintoma da doença, que as manchas sumiram do corpo em abril do ano seguinte e que apresentou anticorpos contra a Covid no sangue em um teste realizado em junho de 2020.

O líder da pesquisa disse que o caso da mulher é o mais antigo que foi detectado até o momento, mas que "provavelmente, continuando a procurar, encontraremos ele também nas amostras de outubro de 2019".

Até o momento, a Itália considerava como seu "paciente 1" um menino de quatro anos que foi atendido em um pronto-socorro de Milão com problemas respiratórios e vômito no dia 30 de novembro. No dia seguinte, apareceram manchas na pele similares às do sarampo. No dia 5 de dezembro, ele passou por um exame orofaríngeo para a detecção do sarampo e, com análises realizadas quase um ano depois, detectou-se que os sintomas eram, na verdade, referentes à infecção pelo novo coronavírus.

A pesquisa publicada nesta segunda-feira soma-se a outros estudos feitos recentemente, que tentam identificar quem é o paciente inicial da pandemia de Covid-19 no país. Até o momento, houve pesquisas que identificaram o coronavírus Sars-CoV-2 no esgoto do norte da Itália em dezembro de 2019, um feito pelo Instituto Nacional de Tumores de Milão que havia encontrado anticorpos ao vírus em exames pulmonares entre setembro de 2019 e março de 2020, e o do menino de Milão.

Até hoje, a Itália é um dos países mais afetados pela pandemia da Covid-19 no Ocidente, com mais de 2,2 milhões de casos confirmados da doença e 78.755 mortes pela doença. 

Da Ansa

A Prefeitura de Milão ordenou nesta sexta-feira (18) o fechamento do principal crematório da cidade até 3 de janeiro devido ao excesso de corpos que ainda aguardam incineração.

Segundo comunicado da Prefeitura, o tempo de espera no crematório de Lambrate pode chegar a 20 dias. "A segunda onda pandêmica determinou um incremento da mortalidade em Milão", diz a nota.

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No início de novembro, a Prefeitura já havia tornado as cremações exclusivas para mortos que tinham residência fixa na cidade. "Os crescentes pedidos por cremação estão criando um estoque de caixões à espera da prestação do serviço, com prazos de até 20 dias a partir da data de falecimento", acrescenta o comunicado.

Períodos maiores que esse poderiam acarretar problemas de ordem higiênica ou sanitária. Para compensar o fechamento do crematório, a Prefeitura de Milão isentou algumas tarifas de sepultamento e ampliou o direito de acesso a tumbas familiares.

A província de Milão é a mais atingida pela pandemia na Itália em termos absolutos, com 165.537 casos, segundo o Ministério da Saúde. O país inteiro contabiliza 1.906.377 contágios.

Da Ansa

Um vereador de Milão, segunda cidade mais populosa da Itália, apareceu no banheiro durante uma reunião transmitida via streaming na última segunda-feira (15).

Gianluca Corrado, membro do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e candidato a prefeito em 2016, integra uma comissão da Câmara Municipal sobre temas de mobilidade urbana e meio ambiente.

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No entanto, durante uma reunião que debatia um plano para reduzir a poluição em Milão, o vereador decidiu tomar um banho e esqueceu de desligar a câmera. O dispositivo não estava voltado para o chuveiro, mas é possível ver Corrado passando na frente da tela com o torso nu.

"Eu tinha acabado de voltar do tribunal, mas queria acompanhar o debate dos meus colegas. Conectei-me para escutar, mas precisava me trocar com certa urgência porque tinha outros compromissos na agenda", disse o vereador ao jornal Corriere della Sera.

"Eu achava que tinha desligado o vídeo, mas... Fui traído pela tecnologia", acrescentou.

Foto: Reprodução

Da Ansa

Com o objetivo de proteger a saúde pública e o meio ambiente, a Câmara Municipal de Milão, na Itália, aprovou o novo "Regulamento para a Qualidade do Ar", que vai proibir a partir de janeiro o fumo ao ar livre em alguns pontos da cidade.

Em uma reunião realizada por videoconferência, as novas restrições foram aprovadas com 25 votos a favor, oito contra, quatro abstenções e dois ausentes.

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Em nota, o Palazzo Marino, sede da prefeitura de Milão, explicou que definiu as "prioridades" e os "prazos" das ações destinadas para "melhorar a qualidade do ar" e o "meio ambiente" da cidade italiana.

Uma das mais importantes diretrizes diz respeito aos cigarros. A partir do dia 1º de janeiro de 2021, a capital da Lombardia proibirá o fumo em estruturas esportivas, cemitérios, parques, pontos de ônibus e estações de trem, inclusive ao ar livre.

Os moradores de Milão só poderão fumar em suas próprias residências ou em áreas isoladas. Entretanto, a partir de 2025, a proibição será alargada para todas as áreas públicas externas.

Desta forma, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, cumpre uma promessa que havia feito em janeiro deste ano, de aplicar restrições mais severas até chegar a proibição total do fumo ao ar livre até 2030.

Da Ansa

Uma explosão em um prédio na Piazzale Libia, em Milão, deixou pelo menos seis pessoas feridas, sendo uma em estado em grave, na manhã deste sábado (12).

A causa do incidente ainda não foi identificada, mas as autoridades suspeitam de um possível vazamento de gás, de acordo com a procuradora-adjunta Tiziana Siciliano.

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"Eu estava passando quando houve a explosão, a onda de choque me moveu um metro", afirmou umas das testemunhas da explosão.

Segundo a polícia local, o caso mais grave é um homem de 30 anos, cuja identidade não foi revelada, que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus em todo o corpo. Ele foi levado para o hospital Niguarda.

Pelo menos 50 pessoas estavam no edifício durante a explosão, que provavelmente ocorreu no primeiro andar. Ao todo, nove ambulâncias estão no local prestando os primeiros socorros, bem como policiais, bombeiros e outras autoridades.

No interior do edifício houve uma série de desabamentos de paredes internas. As equipes de emergência procuram algumas pessoas desaparecidas. Acredita-se que elas provavelmente deixaram a área no momento do desespero.

"Acordei há alguns minutos e eu estava prestes a servir o café, por causa do estrondo fiquei com tanto medo que a cafeteira escorregou das minhas mãos", contou à ANSA Maddalena, uma estudante que mora em um dos prédios em frente à praça.

Entre as pessoas resgatadas está uma menina de 15 anos com trauma no tornozelo. Três outras mulheres também foram recuperadas e levadas para os hospitais da região.

As autoridades milanesas abriram uma investigação para identificar a origem do vazamento. "Provavelmente é gás metano, teremos que investigar a origem do vazamento. Fizemos o corte do gás em todo o prédio que foi evacuado", explicou Maurizio Pendini, diretor do comando da Brigada de Bombeiros de Milão. 

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Da Ansa

Um novo foco de coronavírus (Sars-CoV-2) foi registrado na Residência Sanitária Assistencial (RSA) Quarenghi, em Milão, informou o jornal "Il Giorno" nesta sexta-feira (28). Dos cerca de 120 idosos assistidos no local, 21 testaram positivo para a doença, bem como um dos operadores sanitários que trabalha na unidade - totalizando 22 contaminações.

O caso do funcionário, inclusive, foi o que fez o asilo realizar os testes para a Covid-19 em todos os que estão na RSA.

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Dos doentes, cerca de metade deles foi internada em departamentos hospitalares exclusivos para tratar pacientes com o novo coronavírus e outros 10 foram isolados em seus quartos e são monitorados. Já o operador está em isolamento domiciliar. No entanto, apenas um dos idosos apresenta sintomas mais fortes.

"A situação está sendo gerida e monitorada diariamente pela equipe sanitária e socioassistencial da entidade gestora no respeito aos procedimentos e protocolos existentes", informou a Coopselios, que administra a RSA.

Um relatório divulgado em junho pelo Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão ligado ao governo italiano, mostrava que entre janeiro e abril, cerca de 10% das mortes por Covid na Itália ocorreram em estruturas que atendem idosos - públicas ou particulares. No entanto, o número pode ser ainda maior, já que apenas metade delas responderam ao ISS.

O novo foco também preocupa por conta do novo avanço da doença na Itália. Segundo um documento do ISS e do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (27), são 1.374 focos ativos do novo coronavírus na Itália, sendo que 490 deles surgiram nos últimos sete dias.

O governo considera um foco quando há duas ou mais contaminações entre pessoas interligadas.

Da Ansa

Um homem foi preso após ter rendido um vigilante da Catedral de Milão, no norte da Itália, nesta quarta-feira (12).

Segundo a polícia, o incidente ocorreu por volta de 13h (horário local) e durou alguns minutos. De acordo com uma primeira reconstrução, o homem estava sentado na escadaria do Duomo, mas se levantou e fugiu para dentro da catedral quando uma patrulha se aproximava para pedir seus documentos.

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Escondido perto do altar, o indivíduo foi abordado por um vigilante da igreja, mas o aguarda acabou surpreendido pelo homem, que o rendeu apontando uma faca contra seu pescoço. Policiais intervieram imediatamente e estabeleceram uma negociação para convencer o indivíduo a se entregar.

No entanto, durante um instante de distração, os agentes conseguiram desarmá-lo e imobilizá-lo. Levado para uma delegacia, o homem disse ser de origem egípcia, mas nascido em Londres, no Reino Unido. As causas da ação ainda estão sendo investigadas.

Da Ansa

Milão inaugura nesta terça-feira (14) sua primeira Semana de Moda virtual devido à pandemia de Covid-19, embora os desfiles em carne e osso de Dolce & Gabbana e Etro lhe deem um toque de Fashion Week "figital" (física e digital).

Esta edição, que começou às 10H00 GMT (07h00 horário de Brasília) desta terça-feira com a marca MSGM e vai até sexta-feira, apresentará as coleções de primavera-verão 2021 para homens, assim como as pré-coleções para homens e mulheres.

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Cerca de quarenta marcas responderam ao convite, incluindo D&G e Etro, as duas italianas que decidiram manter os desfiles físicos, tornando assim a Semana de Moda "figital".

"Decidimos apresentar as coleções com um desfile de moda físico para transmitir uma mensagem positiva e forte, fundamental neste momento para o sistema da moda e para a cidade de Milão", anunciaram Kean e Veronica Etro em nota.

No mês passado, os estilistas sicilianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana anunciaram seu retorno após décadas à Câmara de Moda Italiana (Camera Nazionale della Moda Italiana), assim como o calendário oficial de suas criações.

Para o presidente da entidade, Carlo Capasa, trata-se de "um grande retorno".

"É um momento difícil para a moda e mostra o forte vínculo que os estilistas têm com nosso país. Hoje, mais do que nunca, é importante estarmos unidos para proteger nossa indústria única no mundo", afirmou Capasa em um comunicado.

Por sua vez, Domenico Dolce e Stefano Gabbana reconheceram que "a moda precisa manter-se positiva e unida".

 "Salas temáticas" 

A marca MSGM iniciará as apresentações, seguida por Prada, Moschino e Philipp Plein.

Na quarta-feira será a vez de Etro e D&G e na quinta de Salvatore Ferragamo, Tod's e Dsquared2, enquanto a edição será finalizada na sexta por Gucci, Ermenegildo Zegna e Missoni.

A Câmara da Moda fornece também reuniões ao vivo 24 horas por dia, por faixas de horário, para todos os continentes e em particular para os Estados Unidos, graças a uma parceria com o jornal The New York Times.

Além dos desfiles de moda, poderão ser acompanhadas entrevistas nos bastidores e apresentações em "salas temáticas", sobre assuntos variados, desde o desenvolvimento sustentável até as inovações tecnológicas.

O jornalista americano Alan Friedman terá "uma sala institucional", onde se reunirá com personalidades do mundo político e empresarial.

Com exceção de uma nova onda de coronavírus, Milão confirmou seu programa de desfiles femininos para a primavera e o verão 2021 para 22 a 28 de setembro.

Depois da retomada das celebrações para os fiéis, a Catedral de Milão foi reaberta totalmente para turistas nesta sexta-feira (29), dando-lhes a oportunidade de acessar toda a estrutura, inclusive a área arqueológica e o museu.

Segundo a Veneranda Fabbrica del Duomo di Milano, instituição responsável pela gestão da igreja, o ingresso será vendido pela metade do preço até 2 de junho e, neste fim de semana, incluirá a visita aos terraços da Catedral até às 20h (horário local), uma hora a mais do que durante a semana.

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Além disso, "como um sinal de agradecimento aos trabalhadores da saúde e pelo trabalho duro envolvido na luta contra a Covid-19", a Veneranda decidiu oferecer "um ingresso gratuito e uma redução no valor para seus familiares e prestadores de cuidados".

Para ingressar na Catedral de Milão, os visitantes terão que passar pela medição da temperatura, fazer uso obrigatório de uma máscara, higienizar as mãos e manter uma distância do outro de pelo menos 2 metros.

O famoso "Duomo", uma das maiores igrejas góticas do mundo, já havia retomado as atividades nas áreas reservadas para oração, mas com entradas controladas e escalonadas para reduzir a possibilidade de contágios.

Da Ansa

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, se irritou nesta sexta-feira (8) com a movimentação de pessoas em uma área boêmia da cidade e ameaçou "fechar" a região caso não haja uma mudança de comportamento da população.

No entardecer da última quinta-feira (7), imagens mostraram pessoas confraternizando - muitas delas sem máscaras de proteção - em Navigli, área que abriga os antigos canais de Milão e que hoje é conhecida pela agitada vida noturna.

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Gravações registraram cidadãos milaneses sentados despreocupadamente nas margens dos canais, menos de uma semana depois do relaxamento da quarentena pelo governo nacional.

Desde a última segunda-feira (4), os italianos podem sair de casa para visitar parentes e relações afetivas e para comprar comida para viagem em restaurantes e bares, mas reuniões de amigos e aglomerações, mesmo que pequenas, continuam proibidas.

"Ou as coisas mudam hoje - não amanhã, é um ultimato -, ou fecharei Navigli e os serviços de retirada [de restaurantes]", disse o prefeito de Milão, acrescentando que as imagens de quinta são "vergonhosas".

"É até um pouco deprimente para mim ter de explicar novamente qual é a situação, mas digo mais uma vez: não estamos apenas em uma crise sanitária, estamos também em uma profundíssima crise socioeconômica. Milão precisa voltar a trabalhar, a trabalhar!", ressaltou Sala.

O prefeito ainda disse que não permitirá que o "1% de milaneses sem cabeça" prejudique os "outros 99%". A cidade de Milão é um dos principais focos de contágio na pandemia do novo coronavírus na Itália, e a província homônima é líder de casos em termos absolutos no país, com 20,9 mil, de acordo com a Defesa Civil.

Em índices relativos, no entanto, é a 21ª colocada (de um total de 107), com 643 casos para cada 100 mil habitantes. O ranking é liderado por Cremona, também na Lombardia, com 1.721 contágios/100 mil hab.

No fim de fevereiro, o prefeito Sala chegou a apoiar uma campanha que dizia que a capital financeira da Itália não podia parar. O vídeo viralizou na web em meio à escalada dos casos no país e após o governo ter decidido confinar as 11 cidades que haviam registrado os primeiros contágios por transmissão interna.

A peça exalta os "milagres" feitos "todos os dias" pelos habitantes de Milão e seus "ritmos impensáveis" e "resultados importantes". "Porque, a cada dia, não temos medo. Milão não para", diz o vídeo. Sala, no entanto, reconheceu ter errado ao apoiar a campanha. 

Da Ansa

Neste domingo (12), o tenor Andrea Bocelli foi parar nos trendings topics do Twitter. O nome do artista italiano estampou a lista dos assuntos mais falados da rede social pelo fato de ter participado de uma live na Catedral de Milão. Transmitida pelo YouTube, a participação de Bocelli levou diversos internautas às lágrimas.

Imagens mostraram monumentos mundo afora, totalmente vazios, por causa da pandemia do coronavírus, enquanto ele se apresentava. Cantando em frente à catedral a música Amazing Grace, Andre Bocelli foi bastante elogiado no microblog. A live com o tenor foi assistida por 2,5 milhões de pessoas.

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Confira o vídeo:

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A Prefeitura de Milão ordenou nesta quinta-feira (2) o fechamento do crematório de Lambrate até 30 de abril por causa do excesso de corpos que ainda aguardam a incineração devido à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Segundo a administração municipal, a fila de espera para cremação atualmente é de 20 dias. Uma eventual superação desse prazo, de acordo com a Prefeitura, poderia causar problemas de caráter "higiênico-sanitário".

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"Para ajudar as famílias neste difícil momento, a partir de amanhã, 3 de abril, será possível sepultar os entes queridos sem custos ou colocá-los em columbários pagando apenas as tarifas de concessão", diz um comunicado oficial.

Os familiares de pessoas que morrerem em hospitais terão três dias para decidir o destino dos restos mortais, caso contrário a Prefeitura fará o sepultamento. Segundo dados do governo municipal, Milão registrou 2.155 óbitos no mês de março, crescimento de 76% na comparação com o mesmo período de 2019.

A secretária de Serviços Cívicos da cidade, Roberta Cocco, disse que o aumento começou a se verificar a partir da segunda quinzena de março. "Esse incremento saturou a capacidade do crematório de Lambrate, determinando seu fechamento forçado em um momento difícil e doloroso para todos", acrescentou.

A província de Milão é a mais atingida pela pandemia na Itália em termos absolutos, com 9.522 casos, segundo a Defesa Civil. A Itália inteira contabiliza 110.574 contágios.

Da Ansa

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu ontem que "errou" ao pedir à cidade que não parasse diante da pandemia do novo coronavírus. "No dia 27 de fevereiro, circulava nas redes o vídeo #Milãonãopara. Naquele momento, ninguém tinha compreendido a gravidade do vírus", afirmou Sala, em entrevista à rede de TV RAI. "Aceito as críticas, mas não tolero que usem isso para interesses políticos."

A campanha contou com a adesão de figuras políticas importantes do país, como Matteo Salvini, líder da extrema direita italiana. A Lombardia, onde Milão está localizada, tinha 258 infectados e a Itália toda havia contabilizado 12 mortes. Hoje, Milão concentra 40% da população contaminada e 54% das mortes do país.

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EUA

Quem também se arrependeu de defender o relaxamento da quarentena foi Don Young, deputado republicano do Alasca. Falando a uma sala cheia de idosos, em 13 de março, no mesmo dia em que Donald Trump declarou uma emergência nacional, ele pediu a todos que "prosseguissem" com suas atividades diárias e esquecessem o isolamento. Young chamou o coronavírus de "vírus da cerveja" - referência à marca de cerveja Corona - e disse que a pandemia foi "desproporcional".

Agora, ele mudou de ideia. "O impacto da covid-19 é muito real, está crescendo e remodelando nossas vidas diárias", disse na quinta-feira o deputado em uma mensagem de vídeo. "Semanas atrás, eu realmente não entendi a gravidade dessa crise. Claramente, estamos no meio de uma emergência de saúde pública urgente."

Outra mea-culpa veio da atriz Evangeline Lilly, conhecida da série de TV Lost. Em um post no Instagram, no dia 16, ela disse que seguia a vida normalmente, rejeitando pedidos para ficar em casa. Na quinta-feira, Lilly mudou de opinião e pediu desculpas, também pelo Instagram.

Alguns se arrependeram ainda mais rápido. O jogador de basquete Rudy Gobert, que no dia 9 tocou propositalmente vários microfones da sala de imprensa de seu time, o Utah Jazz, zombando do novo coronavírus, testou positivo logo depois. "Espero que minha história sirva de alerta e leve todos a levar isso a sério", disse. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fashion Week de Paris, prevista para junho, a Semana de Alta Costura, para julho, e os desfiles da Semana da Moda Masculina de Milão, previstos para junho, foram cancelados por causa da pandemia do novo coronavírus, informaram nesta sexta-feira (27) a Federação francesa de alta costura e moda e a Câmara Nacional de Moda italiana.

"Não há condições para que aconteçam" os eventos de moda parisienses, "diante do aumento da epidemia de Covid-19 que está avançando no mundo da moda", indicou a federação francesa em um comunicado.

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"Medidas enérgicas são necessárias para garantir a saúde das empresas, dos seus funcionários e de todos que trabalham em nossa indústria", explicou a FHCM em comunicado.

Diante das condições atuais, "a Fashion Week de moda masculina, prevista de 23 a 28 de junho, e a Semana de Alta Costura, de 5 a 9 de julho, não poderão acontecer", ressaltou o texto.

Decisão semelhante tomou a Câmara Nacional da Moda italiana, que adiou os desfiles de moda masculina para setembro.

"A decisão foi necessária devido à difícil situação causada pela propagação da pandemia", explicou a câmara em um comunicado, detalhando que os desfiles masculinos ocorreriam "por ocasião da edição dos desfiles de moda feminina de setembro de 2020".

"Trabalhamos também em novos formatos digitais e novas modalidades de encontros para dar vida, durante os dias previstos para os desfiles masculinos, a outros momentos de narração (...) para as marcas e empresas de luxo", acrescentou.

Após um mês do lançamento da campanha "Milano Non Si Ferma" (Milão Não Para), lançada em 27 de fevereiro de 2020, autoridades da cidade italiana assumem ter errado ao apoiar o movimento. 

O movimento surgiu em meio a pandemia causada pelo novo coronavírus e repercutiu na internet, o prefeito de Milão, Beppe Sala, chegou até postar foto no Instagram declarando adesão ao movimento. A atitude impulsionou a população a não realizar a quarentena, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e até a manhã desta sexta-feira (27) já soma cerca de 34. 889 casos positivos para a covid-19 na região.

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Em um programa de televisão, “Che tempo che fa”, o prefeito falou que um mês atrás acreditava que a interrupção das atividades era um erro. No entanto, na ocasião, ainda não se tinha dimensão dos impactos do coronavírus na cidade. 

Em constante atualização, a OMS divulga que o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus ultrapassa 400 mil em todo o mundo, com a maior quantidade de mortes na Europa. Já são registradas 18.440 mortes em decorrência da covid-19 em todo mundo.

A Latam suspendeu os voos entre São Paulo e Milão, que partiam e chegavam do Aeroporto de Guarulhos. Segundo a companhia aérea a medida foi tomada devido a queda da demanda resultante da propagação do novo coronavírus. Os sete voos semanais para a cidade italiana estão cancelados até o dia 16 de abril.

"Estamos observando o cenário desta contingência de saúde pública mundial e a decisão da companhia é baseada, em primeiro lugar, na propagação do vírus na Itália, assim como na queda atual na demanda da rota. A companhia é consciente do problema e espera que a situação se normalize o mais brevemente possível pelo bem-estar e saúde de todos os seus passageiros e tripulantes”, afirmou em nota o diretor-presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier.

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Atendimento aos passageiros

A empresa informou ainda que está em contato com os passageiros com passagens em voos cancelados para tentar minimizar os transtornos. A empresa oferece três alternativas de acordo: remarcação da data (sem multa ou diferença tarifária), reembolso completo ou remarcação da origem/destino (sem multa, mas sujeito a pagamento da diferença da tarifa).

A companhia garanta que os passageiros que estão em Milão terão o retorno garantido em outros voos da Latam ou de empresas aéreas parceiras.

Lombardia

A região da Lombardia, que tem Milão como uma das principais metrópoles, sofre com um surto do novo coronavírus. Algumas vilas dessa parte da Itália chegaram a ser bloqueadas, impedindo o fluxo de entrada e saída de pessoas na tentativa de conter a disseminação da doença.

Os dois casos confirmados até o momento de coronavírus no Brasil são de pessoas que estiveram na região da Lombardia.

 

 

 

A companhia aérea americana Delta Airlines informou neste domingo, 1, que vai suspender seus voos de Nova York para Milão até o dia 1º de maio. Medida semelhante foi anunciada no fim da noite de sábado, 29, pela American Airlines, que suspendeu suas rotas para a cidade italiana até o dia 24 de abril. As informações são de veículos de mídia dos Estados Unidos.

Segundo o jornal USA Today, a United Airlines, até o momento a única empresa aérea que ainda mantém seus voos regulares para a Itália, tem avisado a seus funcionários que suspensões serão prováveis. Nota interna divulgada pelo diretor da empresa, Oscar Munoz, diz que a companhia está atenta a conselhos de especialistas de saúde pública e que, "com base nas tendências atuais, é provável que reduções adicionais de cronograma sejam necessárias".

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O governo dos Estados Unidos já recomendou aos seus cidadãos que evitem viagens à Itália que não sejam essenciais. Os impactos na cadeia de turismo italiana já são temidos no país, uma vez que o turismo que representa 13% do Produto Interno Bruno (PIB) local.

Em média, 5,6 milhões de americanos visitam a Itália todos os anos, representando 9% dos turistas estrangeiros no país europeu. Para efeito de comparação, ao todo, o Brasil recebeu 6,62 milhões de turistas estrangeiros em 2018, segundo o governo federal.

Milão, a capital econômica da Itália, que enfrenta um alto nível de poluição do ar, decidiu proibir a circulação total de carros no próximo domingo (2). O veto à circulação vai das 10h às 18h.

O prefeito Beppe Sala, de centro-esquerda, reconheceu que a iniciativa não resolve o problema da poluição, mas pediu que todos colaborassem. Por causa da má qualidade do ar, o Conselho Municipal, equivalente à Câmara de Vereadores no Brasil, analisará um projeto de lei que barra o cigarro até ao ar livre. (Com agências internacionais).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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