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Muito amada tanto pelos italianos quanto pelos brasileiros, a massa é celebrada nesta quarta-feira, já que dia 25 de outubro marca o Dia Mundial do Macarrão.

Mas apesar de tratado como alimento gostoso, mas não necessariamente saudável, a massa pode, sim, ser aliada na dieta.

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À ANSA, a nutricionista Giulia Graziano, da associação Animenta, que ajuda pessoas que sofrem de transtornos alimentares, destrinchou os mitos que cercam o macarrão, especialmente por se tratar de um carboidrato.

"Os carboidratos são a fonte primária do nosso organismo. Chegam às células de maneira veloz e sustentável, permitindo que desenvolvamos nossas funções vitais da melhor forma. Em falta deles, o corpo precisa buscar energia de gorduras e proteínas. O consumo da massa é energia para o nosso corpo", explica a nutricionista.

O principal mito envolvendo o macarrão é que ele faz engordar. Para Giulia, os carboidratos são usados como energia para todas as atividades corpóreas, entre as quais os batimentos cardíacos, a circulação do sangue, a respiração, atividade psíquica e física.

Outro engano comum é o conceito de que não se deve comer macarrão após as 18h. O corpo continua funcionando 24 horas por dia e consumir macarrão no jantar pode ser vantajoso, já que favorece o repouso noturno e o bom humor. O consumo estimula a produção de serotonina, neurotransmissor fundamental para a regulação do humor e do sono.

Também diz-se que a massa é difícil de digerir, o que é falso. A forma de cozinhar, porém altera a digestão: cozinhar al dente favorece a digestão, e cozinhar demais torna o alimento uma "cola" ao passar pelo tubo digestivo.

Por causa desses e outros mitos, muitos acabam cortando o alimento do cardápio. "Essa solução, além de não ser sustentável, não é útil. Eliminar um alimento da dieta faz aumentar o desejo por ele, e assim quando nos permitimos acabamos consumindo demais. Inserir com maior frequência permite evitar que se transforme em um alimento-inimigo", explica a especialista. 

Da Ansa

Ao menos uma em cada quatro mulheres lésbicas que entram em um consultório ginecológico no Brasil sofre algum tipo de violência ou não recebe atendimento adequado. É o que aponta o I LesboCenso Nacional, da Liga Brasileira de Lésbicas e Associação Lésbica Feminista de Brasília– Coturno de Vênus. “Seja por um olhar, seja por alguma piada ou algo do tipo. É muito triste e revoltante, porque se a gente vai no médico a gente quer ser é acolhida”, conta Jussiara Silva, de 39 anos, ao se recordar de praticamente todos os atendimentos ginecológicos que recebeu depois de se reconhecer uma mulher lésbica, aos 30 anos. “Desde então eu nunca encontrei uma ginecologista que eu me sentisse 100%”, se ressente, por não conseguir fazer um acompanhamento prolongado com um mesmo profissional.

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Jussiara Silva, de 39 anos - Foto: Aequivo pessoal

Na data em que se celebra o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica (29 de agosto), relatos mostram que a violência não é exclusividade na atenção à saúde para mulheres adultas. Hoje, quem vê Mare Moreira, com 34 anos, se dividindo entre a tosa profissional de animais e os jogos de videogame, nem imagina que seus problemas nas idas ao médico começaram aos 13 anos. A primeira estranheza foi ser questionada sobre detalhes de sua vida sexual, mesmo ela afirmando que não tinha uma. Nessa época ela já sabia que não sentia atração por meninos, mas nem chegou a falar disso. Ela saiu do consultório, ao lado da mãe, confusa, constrangida e com uma receita de anticoncepcional na mão.

“Um dos flagelos da nossa cultura é permitir que a/o profissional assuma que qualquer mulher buscando atenção ginecológica é uma mulher heterossexual, o que automaticamente a/o direciona a pensar que o sexo experienciado por aquela pessoa é o sexo ‘pênis-vagina’”, afirma a ginecologista e obstetra Letícia Nacle.

A análise de Letícia é confirmada por pesquisas. Um estudo publicado pelo The Journal of Medicine, em 2018, e que analisa a revelação da orientação sexual entre mulheres que fazem sexo com mulheres durante atendimento ginecológico, mostra que os profissionais não questionam sobre a orientação sexual das pacientes, fazem perguntas padrão, elaboradas para atender mulheres que se relacionam com homens, prescrevem sempre o uso de anticoncepcional, mesmo sem necessidade de contracepção, usam equipamentos inadequados durante exames ou não solicitam os exames necessários para o acompanhamento dessas mulheres.

Por ter menstruado pela primeira vez aos 9 anos, Isadora Costa, estudante de arquivologia, começou a ir cedo ao ginecologista. Aos 16, quando começou a compreender sua orientação sexual, se afastou dos consultórios. Por volta dos 18, buscou atendimento, queria fazer exames de rotina e saber se estava tudo bem com sua saúde sexual, já que àquela altura tinha uma vida sexual ativa. Mas os atendimentos eram sempre interrompidos quando ela contava que suas parceiras eram mulheres. “Elas paravam ali, nunca nem passaram um papanicolau [exame para a detecção de câncer do colo de útero], sabe? Eu ouvi várias e várias vezes que sexo entre mulheres não é considerado um sexo de verdade, então, para elas eu continuava virgem. Apesar de não ser”, se indigna Isadora. Para conseguir ter o seu direito de fazer uma ultrassonografia transvaginal respeitado, conta, foi preciso discutir com a ginecologista e ameaçar ela mesma se penetrar com o equipamento do exame.

Diagnóstico

A demora em ter um atendimento bem feito, com exames e atenção, retardou o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos (SOP), que Isadora só recebeu aos 25 anos, depois de anos de fortes cólicas e pelos grossos pelos corpo. “É estúpido, é ridículo porque minha irmã nunca precisou passar por isso, minhas primas também sempre fizeram os exames delas e eu ficava me perguntando se tinha algo errado comigo. Eu me senti lesada por uma vida inteira porque eu nasci homossexual”, afirma Isadora.

Mariana Viegas, cineasta, também poderia ter tido um diagnóstico precoce de um cisto grave no ovário. Mas só conseguiu isso no ano passado, apesar de frequentar consultórios ginecológicos desde a adolescência. Mas em vez de um atendimento adequado, ela conta que recebeu uma série de questionamentos preconceituosos ao revelar a uma das médicas que se relacionava mulheres.

“Ela questionou que drogas eu usava, eu disse que nenhuma. Ela insistiu e eu reafirmei que não usava nada. Então a médica disse que sabia que “nesse meio” rolava muitas drogas. Ela questionou também com quantas parceiras eu me relacionava. Eu disse que estava namorando há mais de um ano. Então ela me passou diversos exames de ISTs (infeções sexualmente transmissíveis) porque, segundo ela “com a homossexualidade vem a promiscuidade, vem o uso de drogas””, relembra Mariana.

“Eu fiquei tão chocada que eu não consegui reagir, as palavras (da médica) ficavam rondando na minha cabeça, ficava aquilo ecoando”. Depois dessa experiência, Mariana só conseguiu voltar ao ginecologista dois anos depois, ao retornar para sua cidade natal. Hoje ela faz acompanhamento na cidade em que mora e relata ter encontrado uma “médica ótima, muito cuidadosa, muito atenciosa, muito gentil e muito acolhedora”.

Atualmente, encontrar uma médica acolhedora é o desejo da maquiadora Janaína Oliveira, de 28 anos. Segundo ela, foi necessário mentir e dizer que já tinha feito sexo com um homem, para que lhe fosse solicitado um exame preventivo do câncer de colo de útero.

“Já tive mais de uma experiência de ser negada a guia de exame preventivo, por ser considerada virgem pelo olhar médico, por eu nunca ter me relacionado com homens, e mesmo eu dizendo que eu precisava sim, pois me relaciono com mulheres e a penetração acontece”, conta Janaína.

A maquiadora Janaína Oliveira, de 28 anos. Foto: Arquivo pessoal

De acordo com o I LesboCenso Nacional, feito pela Liga Brasileira de Lésbicas e Associação Lésbica Feminista de Brasília– Coturno de Vênus, publicado em 2022, 24,98% das mulheres lésbicas se sentiram discriminadas e/ou violentadas em um atendimento ginecológico por conta de sua orientação sexual.

Violências

“São poucas as pacientes que não trazem relatos infelizes ou até mesmo traumáticos em consultas com ginecologista. As experiências variam desde a invisibilidade da orientação sexual até discursos claramente lesbofóbicos ou realização de exames ginecológicos inapropriados e incongruentes com a vivência e contexto daquela mulher. É comum escutar relatos de uso de espéculos (ou bicos-de-pato) de tamanhos M ou G para essas pacientes, o que torna o exame extremamente desconfortável ou até doloroso. Existem espéculos P e PP que seriam muito mais adequados”, garante a ginecologista Letícia Nacle.

Mas as agressões vão além da orientação sexual.  Racismo e gordofobia são relatos comuns nos consultórios. Mare Moreira ouviu de uma ginecologista que deveria “tomar alguma coisa para emagrecer e que assim eu teria uma vida sexual de verdade”, querendo ligar o fato de ela ser gorda ao de só se relacionar com mulheres. Isadora Costa também teve o mesmo problema, uma das profissionais disse que as dores fortes eram resultado do tamanho do corpo dela. “Você sente cólicas porque está gorda, porque você não se alimenta bem”, disse a médica, sem perguntar sobre a alimentação da paciente

Isadora também vivenciou outra agressão. “Senti muito a questão do elitismo. Esse elitismo médico de quem te olha de cima a baixo. É um desconforto muito grande além da lesbofobia, além da gordofobia. Eu me senti muito diminuída, que não deveria estar ali procurando aquele serviço”, conta.

Qualificação dos profissionais

De acordo com a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, publicada em 2011, os profissionais da área da saúde devem ser capacitados para o atendimento adequado da população LGBTQIAPN+. O Ministério da Saúde afirma que tem trabalhado no âmbito da educação permanente, identificando necessidades e capacitando profissionais de saúde. Um exemplo é o curso “Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde”, fruto do Acordo de Cooperação Técnica/ Ministério da Saúde nº 1/2022, que também prevê a revisão da Política Nacional de Saúde Integral LGBT.

Já na formação universitária, a ginecologista Letícia Nacle avalia que o ambiente ainda é “muito conservador” para se discutir essas questões. A médica se formou em 2019 e relata que nunca recebeu nenhum tipo de instrução formal na graduação sobre especificidades no cuidado em relação à saúde e mulheres lésbicas ou de qualquer pessoa da comunidade LGBTIAPN+. “Infelizmente o MEC ainda não contempla a temática da diversidade sexual e de gênero em nenhuma graduação da área da saúde”, menciona.

Derrubando mitos

Mas, de todas as falas médicas relacionadas à saúde das mulheres lésbicas o que é verdade e o que é mito, preconceito e desconhecimento? De acordo como o Ministério da Saúde não há protocolo diferenciado para a coleta de exame citopatológico em mulheres que fazem sexo com mulheres. Para a pasta, todas as mulheres de 25 a 64 anos, independente da orientação sexual e/ou como se relacionam, devem realizar o exame.

A médica Letícia Nacle defende que além de seguir o protocolo médico, o profissional deve dialogar com as pacientes, para que o cuidado prestado seja alinhado com a realidade de cada uma. Ela explica que a realização de exames como ultrassom transvaginal ou coleta de prevenção geralmente são realizados em pacientes que já tiveram algum tipo de penetração. Mas a coleta também pode ser feita em uma paciente que tenha vida sexual ativa sem penetração, se ela se sentir confortável pra isso. E para essa definição uma relação de confiança é fundamental.

Outro mito é o de que lésbicas não devem se preocupar com as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A ginecologista afirma que sim, lésbicas estão sujeitas a essas infecções, mas que hoje a prevenção acontece em forma de “redução de danos”, com orientações para que as mulheres lésbicas mantenham “as unhas sempre curtas e limpas, usem lubrificante e preservativos e evitem sexo oral ou penetrativo no período menstrual”, por exemplo. De acordo com ela, estas falas não levam em conta que a prevenção é dificultada porque “os principais métodos de proteção – para as ISTs - foram criados para o sexo pênis-vagina. Quando falamos sobre mulheres lésbicas cis, são poucas as opções. As calcinhas de látex são caras e de difícil acesso. Os métodos mais baratos e acessíveis são ‘artesanais’ e muitas vezes não são congruentes com a prática sexual lésbica”, enfatiza a médica.

“Eu sei que não é só comigo”

Os dados do Censo 2022, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não traz informações sobre a orientação sexual dos brasileiros, então não é possível saber quantas são as mulheres lésbicas hoje no país. O Ministério da Saúde também não tem – facilmente – dados sobre quantas mulheres lésbicas foram ao ginecologista e fizeram exame de prevenção no último ano. Mas a expressão usada por Mariana Viegas para responder ao convite para esta reportagem diz muito sobre a comunidade lésbica “eu sei que não é só comigo”. E mesmo com a invisibilidade e violência relatada por todas as mulheres aqui ouvidas, elas seguem se amparando e rasgando o preconceito. Seja na criação de conteúdos, como o caso da médica e mulher lésbica Letícia Nacle, seja dando seus relatos como Jussiara, Mare, Mariana, Janaína e Isadora. A visibilidade é construída diariamente e todas elas concordam que é preciso que os brasileiros estudem mais, se conscientizem mais para que todas as mulheres sejam respeitadas em suas particularidades nos consultórios ou fora deles.

Mas caso isso não ocorra, o importante é que a mulher e vítima do preconceito – e suas violências - não se silenciem, ressalta Letícia Nacle. Denúncias de violência ginecológica podem ser feitas pelo Disque Saúde 136 e também pelo Disque 100, que recebe denúncias de quaisquer violações de direitos humanos.

 

 

O tema suicídio é delicado e envolvido em uma série de mitos. O desconhecimento pode gerar informações falsas ou preconceitos em relação às pessoas que pensam ou já pensaram nesse assunto em algum momento da vida. Caso você sente que precisa conversar sobre qualquer tema, a CVV (Centro de Valorização da Vida) está sempre à disposição para o apoio emocional no telefone 188 ou e-mail e chat que podem ser acessados em www.cvv.org.br.  

O comportamento suicida envolve uma complexa interação de fatores psicológicos, culturais e socioambientais. Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos 20 anos, os suicídios no Brasil subiram de 7 mil para 14 mil. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está na contramão do mundo nesse quesito, uma vez que a média mundial de suicídios teve uma queda de 36% entre 2000 e 2019. 

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A depressão, tida como uma das doenças mais incapacitantes do mundo pela OMS, é a principal causa de suicídios, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias. A condição pode ser resultado de alterações nos neurotransmissores do cérebro ou de outros fatores como problemas pessoais graves, traumas, entre outros. Fique atento aos sinais. Confira a seguir, alguns mitos sobre a atitude suicida e como se deve comportar em meio a esse mito: 

O suicídio não pode ser prevenido. A verdade é que reconhecer os sinais de alerta e oferecer apoio ajudam a prevenir o suicídio. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado. O tratamento da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. 

Pessoas que falam sobre suicídio só querem chamar atenção. A verdade é que a expressão do desejo suicida nunca deve ser interpretada como simples ameaça ou chantagem emocional. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. De alguma forma, parte dos suicidas expressaram seu desejo de se matar, seja para médicos, familiares ou amigos.  

O suicídio é hereditário. A verdade é que o suicídio é um fenômeno multifatorial. Nem sempre está associado a outros casos de suicídio na família. Falar sobre suicídio não aumenta o risco, mas falar com alguém próximo sobre o assunto pode aliviar a tensão e angústia que esses pensamentos trazem.  

Se uma pessoa que pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema passou. A verdade é que se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. Uma pessoa que decidiu suicidar-se e não teve a realização pode se sentir aliviada por ter tomado a decisão de se matar, passando a impressão aos outros de que já está tudo bem.  

Um paciente de coronavírus é capaz de contagiar dezenas ou centenas de pessoas? O conceito do "super contaminador" de vírus continua sendo muito questionado pelos médicos devido aos múltiplos fatores que entram em jogo durante a transmissão.

O conceito de "super contaminador" ("super-spreader", em inglês) já havia sido mencionado, por exemplo, durante outras duas epidemias mortais de coronavírus, a SARS (2002-2003) e a MERS (em curso desde 2012).

O termo foi retomado com a pandemia atual que começou na China e se propagou pelo mundo.

"Não é um termo médico, mas serve para designar uma pessoa que contagia proporcionalmente um grande número de indivíduos, sem que necessariamente exista um teto", explica à AFP Amesh Adalja, médico especialista em doenças infecciosas emergentes e na preparação de pandemias, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Variáveis

Desde o início da epidemia no fim de dezembro, ao menos duas pessoas foram denominadas "super contaminadores" pela imprensa: elas teriam infectado mais pessoas que a média, que é de dois a três por paciente quando não são adotadas medidas de controle (confinamento, limitação de concentrações, entre outras)

Este é o caso de Steve Walsh, um empresário britânico que ao retornar de Singapura contaminou uma dezena de pessoas em fevereiro na França e Inglaterra.

Na Coreia do Sul, uma mulher de 60 anos identificada como "paciente 31" pode ter infectado dezenas de pessoas, especialmente durante um evento religioso em fevereiro.

Mas este conceito depende de muitas incertezas e variáveis, de acordo com especialistas: Como saber até que ponto influenciaram as características biológicas do enfermo, seu comportamento, seu entorno? Como eram as pessoas ela infectou? Eram especialmente vulneráveis? Como ter certeza que foi realmente a mesma pessoa que provocou todos os contágios?

Outra variável desconhecida é o papel de contágio das crianças, menos afetadas pelo coronavírus mas vetores da doença. Justamente porque existe o temor de que podem infectar muitas pessoas, vários países, como Espanha, França e Itália, fecharam suas escolas.

"É possível que existam os 'super contaminadores'. O problema é que não conseguimos detectá-los", afirmou o doutor Eric Caumes, diretor do departamento de doenças infecciosas e tropicais no hospital Pitié-Salpêtrière, de Paris.

"Parece que alguns pacientes, sem que isto esteja relacionado com a intensidade dos sintomas, excretam muitos mais vírus que outros e, portanto, o transmitem mais", disse à AFP o médico Olivier Bouchaud, diretor do serviço de doenças infecciosas no hospital Avicenne, nas região de Paris.

"Mas esta é apenas uma hipóteses e não temos uma explicação clara no momento", completou.

"Todos diferentes"

"Todos somos diferentes, no que diz respeito a nossos sistemas imunológicos, nossos comportamentos e os locais que frequentamos. Todos estes elementos podem desempenhar um papel no número de pessoas que podemos infectar. Os fatores biológicos e comportamentais podem influenciar, mas também o momento e o lugar", resume Christl Donnelly, professora de Epidemiologia Estadística do Imperial College de Londres e da Universidade de Oxford.

Estas incertezas levam o doutor Bharat Pankhania, especialista em doenças infecciosas da Faculdade de Medicina da Universidade britânica de Exeter, a afirmar que os "super contaminadores" não existem.

"É um termo inadequado. O que temos são circunstâncias que levam à infecção de um maior número de pessoas", declarou, ao citar o caso da "paciente 31" na Coreia do Sul.

"Na maioria das vezes é a multidão, um local confinado com pouca ventilação, um controle infeccioso equivocado (...) e com frequência uma pessoa no início de sua doença, quando as secreções estão no ponto máximo", disse.

Por estes motivos muitos preferem falar de uma "situação de super propagação", ao invés de classificar a pessoa como "super contaminador", que é um termo que estigmatiza, segundo o ministro francês da Saúde, Olivier Véran.

Um tema muito polêmico e controverso vira e mexe está na mira da sociedade: a aposentadoria dos políticos. Não raro, nas redes sociais são compartilhadas mensagens e correntes espalhando, por exemplo, que políticos que exercem mandato de oito anos já teriam direito à aposentadoria, mas a realidade não é bem assim.

Os mitos que cercam o assunto não são poucos. Anterior à década de 2000, de fato, os privilégios eram muito grandes para os políticos, que tinham um regime diferenciado e até mesmo um instituto de previdência próprio dos congressistas, o IPC. A maioria dos governos estaduais também contavam com institutos de previdência específicos nos estados, que conferiam as suas respectivas aposentadorias. 

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O fato é que vigorava o que deu início a muitas polêmicas: o exercício de apenas um mandato já era suficiente para que o político se aposentasse de forma diferenciada do trabalhador comum, que contribuem com o Regime Geral de Previdência, como também levou a pensões para viúvas de ex-presidentes e de ex-governadores altíssimas. Esse sistema de muitos privilégios começou a ser contestados na Justiça e, à medida que o tempo avançou, foram sendo barrados.

Após tantas indagações, o Instituto de Previdência dos Congressistas acabou sendo extinto, em 1997, fazendo com que parlamentares de uma forma geral, bem como os governadores, prefeitos e até mesmo presidentes se vinculassem a partir de então ao Regime Geral de Previdência. Atualmente, as regras de aposentadoria para os que possuem mandato político são as mesmas do trabalhador comum precisando ter 35 anos de contribuição e 60 anos de idade, sem distinção entre homens e mulheres. O parlamentar também não pode acumular aposentadorias, independentemente de ter contribuído para o serviço público ou para o INSS. 

Dessa forma, o parlamentar pode optar pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que é opcional. Caso não queira, ele contribuirá obrigatoriamente para o INSS. 

A cientista política Priscila Lapa explica que, inclusive, atualmente é vetada a criação desses institutos e vincular, de alguma forma, o mandatário de cargo eletivo como servidor municipal, estadual ou federal porque ele não é servidor. “Tanto que a regra que vale para o regime de previdência dos servidores não vale para os que têm cargos eletivos”. 

No entanto, vale ressaltar que há exceções já que há políticos que se adequam à regra anterior. “Quem já ocupava alguma função e já recolhia a sua contribuição previdenciária, acumula. Era como se aquele tempo que ele estivesse exercendo a atividade parlamentar contasse para a aposentadoria dele, principalmente deputados federais e senadores, que exerciam um cargo antes de 99, acabam tendo esse vínculo anterior porque a lei não pode retroagir e eles perderem direitos que foram anteriormente adquiridos”, explicou. 

Para essa exceção, há um acréscimo na aposentadoria, já que esses parlamentares podem somar o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) com o tempo de contribuição ao PSSC para completar os 35 anos de contribuição exigidos para requerer a aposentadoria. No entanto, isso é contestável juridicamente, mas é o que ainda vigora no Brasil.  

Privilégios 

A discussão no Brasil sobre aposentadoria dos políticos ainda guarda muitos resquícios do passado quando era estabelecidos privilégios diferentes dos estabelecidos para o trabalhador comum. “Existia uma castra privilegiada que se aposentava sobre regras diferenciadas e isso ficou na mente e na cultura do Brasil”. 

Para Lapa, de certa forma, é justa uma diferenciação. “Eu acho justo se a pessoa está exercendo o cargo eletivo muitas vezes não consegue exercer sua atividade profissional, aliás, por exemplo, um cargo de vereador existem várias vedações de atividades profissionais que você não pode exercer acumular com o cargo. Professor é uma profissão que você pode acumular e algumas da área de saúde, mas há uma série de outras atividades que não pode acumular quando você exerce o cargo representativo”.

No caso dos políticos, Lapa explica que de certa forma era como se estivessem abrindo mão da vida profissional, de estar contribuindo para a sua aposentadoria ao exercer um mandato eletivo. “O político não se vincula como servidor público, se vincula ao regime geral de previdência, então acho que avançamos nisso, ficou com esses resquícios do passado de enxergar a aposentadoria do político como um privilégio, mas no fundo não é exatamente um privilégio”.

Priscila Lapa lembra que outra polêmica à parte é posta na mesa uma vez que deputados senadores e chefes do Executivo, governador e prefeito possuem a vantagem de ter um salário acima da média da população. A indagação que fica é se é justo que exista alguma regra diferenciada para a classe política ou se deveriam fazer uma contribuição maior pelo salário mais favorecido. 

Para Lapa, a discussão envole outra questão maior: a reforma da previdência. “Praticamente o que se prevê é que a reforma mexa em quase todas as categorias do Brasil, militar, servidor público, e se é para mexer com todo mundo, um rearranjo, digamos assim, que essas regras sirvam para todo mundo inclusive para os políticos que, claro, devem ter algumas prerrogativas, mas que não devem ter privilégios".

A Sony Pictures divulgou o primeiro trailer do terror “Slender Man: Pesadelo Sem Rosto”, filme inspirado na popular lenda urbana que ficou popular na internet.

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Segundo os mitos, Slender Man (“Homem Magro” em português) seria um homem alto que usa terno, não possui olhos, boca e nem cabelo, e ataca crianças nas florestas.  A criatura também teria seis metros de altura e braços compridos. O personagem ganhou popularidade nos anos 2010 quando diversas imagens e rumores da existência da criatura começaram a surgir na internet. Outro fator que popularizou as histórias de Slender Man foi o game independente “Slender” que foi lançado em 2012 exclusivamente para computadores.        

A produção conta com Joey King (Invocação do Mal), Julia Goldani Telles (The Affair), Annalise Basso (Ouija: A Origem do Mal), Talitha Bateman (Annabelle 2: A Criação do Mal) e Kevin Chapman (Sobre Meninos e Lobos) no elenco. Sylvain White (Os Perdedores) assume a direção do filme, enquanto David Birke (Elle) assina o roteiro.

“Slender Man: Pesadelo Sem Rosto” estreia em 18 de maio nos Estados Unidos.

Ela surgiu há cerca de 6 mil anos e conseguiu virar quase uma unanimidade em todo o mundo. A cerveja é uma das bebidas mais adoradas ao redor do globo e, nesta sexta (5), é comemorado o seu dia. Só no Brasil, são consumidos cerca 50 litros da 'loira' por habitante a cada ano - segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) - e hoje em dia, com o crescimento de marcas e tipos de cervejas disponíveis no mercado, este consumo vai muito além do simples ato de beber. Com tanta variedade e maneiras de degustar o líquido dourado, acabam surgindo alguns estigmas acerca do produto. Confira os cinco mitos mais comuns sobre as 'geladas'.

1 - A cerveja veio da Alemanha

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A Alemanha é reconhecida pelo alto padrão de qualidade na produção da bebida e o seu povo conhecido como grande consumidor do produto. Tais dados acabaram alimentando a crença de que foram os alemães os inventores da bebida mas, na verdade, ela surgiu bem distante da região nórdica, na Suméria, onde hoje são localizados o Iraque e o Kuwait.  

2 - Cerveja é coisa de homem

É comumente atribuído ao sexo masculino a preferência pela cerveja e até mesmo a inveção dela. Mas, na verdade, foram as mulheres que criaram a bebida pois, antigamente, era exclusivamente delas a responsabilidade de cuidar do lar e da terra enquanto os homens cuidavam da caça. Acredita-se que durante o manuseio de grãos, algum recipiente deve ter ficado exposto à água, germinando e iniciando o processo de malteação. A partir daí, a fabricação da cerveja foi realizada em sua maioria por mulheres. Além disso, o público feminino é um ávido consumidor do produto - segundo estudo da Nielsen, 35% dos consumidores da 'breja' são mulheres - e elas também têm conquistado grande espaço no mercado como sommelièrs e mestras cervejeiras. 

3 - Chope é chope, cerveja é cerveja

Há quem pense que cada bebida é uma coisa diferente. Mas, na verdade, a diferença é somente o tempo de durabilidade de cada uma. O processo de criação do chope e da cerveja é igual, mas por ser engarrafada, a cerveja passa por um processo de pasteurização que lhe dá uma sobrevida maior. Sendo asism, o chope dura de cinco a sete dias enquanto a cerveja chega a durar seis meses.

4 - Não pode ter colarinho

Alguns acreditam que o colarinho apenas rouba espaço no copo e é ruim. Daí, são inúmeras as técnicas para que a espuma branca não se forme - desde preferir copos de vidro a inclinar a taça na hora de servir e, até mesmo, colocar o dedo indicador dentro da bebida. Mas a 'espuminha' tem uma função. Ela serve para manter o sabor característico da bebida, o amargor e a temperatura, além de ajudar na liberação do aroma. 

5 - Reinheitsgebot foi a primeira lei sobre cerveja

A lei de nome difícil, mais conhecida como Lei da Pureza Alemã, foi aprovada no dia 23 de abril de 1516, em Ingolstadt, na Região da Bavária. Ela prega que uma boa cerveja deve conter apenas água, cevada, lúpulo e levedura. Mas esta não foi a primeira lei sobre a 'breja'. Por volta de 1772 a.C., na Babilônia, foi compilado o famoso Código de Hamurabi que, entre outras coisas, ditava sobre itens como a quantidade de cerveja que poderia ser consumida por dia, além de intuir um controle de qualidade bastante rígido para sua produção. Esta lei determinava que quem servisse cerveja ruim seria afogado no próprio líquido. 

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“Queridinho” nas academias, o consumo de Whey Protein proteína ainda gera muitas dúvidas e, até preconceito. O produto é um suplemento derivado da proteína do soro do leite e que ajuda na recuperação e também no ganho de massa muscular - tão desejada por quem malha.

No entanto, não é todo mundo que vai na academia que precisa tomar Whey Protein, como explica a nutricionista Jéssica Borrelli no vídeo a seguir. Ela explica, inclusive, que muitas pessoas acabam consumindo sem ter uma real necessidade. Apesar dos benefícios, em alguns casos, outros alimentos como ovo, atum, iorgute podem substituí-lo normalmente.

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Jéssica ainda esclarece mitos como: “Whey proteína é bomba?” e “Whey traz riscos à saúde?”. Confira todas as dicas abaixo:

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Quem nunca deu play em um "vídeo de gatinho" no Facebook, Instagram ou até Snapchat? A verdade é que o mundo virtual, tanto quanto o real, já se rendeu à fofura e versatilidade dos bichanos. A fama, entretanto, vem acompanhada por muitos comentários que nem sempre são verdade acerca dos admirados pets.

Então confira no vídeo abaixo oito mitos contados sobre os gatos para não acabar sendo enganado por post em rede social por aí:

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A "sexta-feira (13)" é sempre um prato cheio para quem gosta de histórias de terror. Isso porque, a data é envolvida em uma série de mitos e lendas difundidas em diversas culturas pelo mundo todo. 

Uma possível explicação para essa “maldição” leva à consolidação da monarquia na França, quando o Rei Felipe IV se sentia ameaçado pela influência e poder que a Igreja tinha dentro de seu país. O que ele fez? Tentou se filiar à ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, que o recusou. Furioso, o rei ordenou a perseguição aos templários em uma "sexta-feira (13)", em outubro de 1307.

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Quem gosta dessa data e também não deixa de aproveitar a oportunidade de ver um bom filme não pode perder a nossa lista de filmes assustadores e que estão disponíveis no Netflix para assistir na sexta-feira (13):

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Você acha que a navegação anônima esconde seus rastros na internet? Ou que esquecer o celular carregando muito tempo na tomada destrói o desempenho da bateria? Acredita que quanto mais megapixels a câmera do seu smartphone tiver, melhor será a qualidade da foto registrada? 

Com certeza, você já ouviu muitas coisas a respeito desses assuntos. Agora, está na hora de aumentar seus conhecimentos e deixar de acreditar em alguns mitos que todo mundo ouve de vez em quando. Confira, no vídeo, esses e outros mitos populares.

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No período gestacional, muitas mulheres, principalmente mães de primeira viagem, ficam cheias de dúvida sobre o que pode ou não ser utilizado durante os nove meses que não vá interferir no desenvolvimento do feto. Algumas informações sobre produtos, rotina e tratamentos, muitas vezes, não passam de mitos.   

“Antigamente, realizar as tarefas do dia-a-dia era uma prática evitada para as gestantes, recomendada pelos próprios familiares. Mas uma gravidez saudável pode ser levada adiante cumprindo todas as tarefas diárias, desde que não haja nenhum excesso. No entanto, alguns hábitos, como dirigir, devem ser feitos com mais cautela, considerando as mudanças no corpo da futura mãe, que levam a diminuição do reflexo”, explica Rosiane Mattar, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP).

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Sobre os tratamentos de beleza, as primeiras 12 semanas são delicadas para a formação do feto, e por isso devem-se evitar procedimentos como tingimento do cabelo. Devido a maior sensibilidade da pele, alguns outros produtos e tratamentos podem incomodar e causar alergias, como cremes e clareamentos. As escovas progressivas também estão riscadas da lista, já que nem todos os componentes de sua fórmula são conhecidos ou têm sua segurança atestada na gestação.

Os aparelhos ortodônticos podem ser utilizados normalmente durante a gravidez, mas como dificultam a limpeza requerem maior atenção na escovação e no uso do fio dental. A higiene bucal deve ser realizada diariamente para evitar futuros problemas.     

As mulheres fumantes devem manter restrição total ao uso de cigarros . “É importante lembrar que os adesivos de nicotina, constantemente utilizados na tentativa de abandonar o tabagismo, também contém a nicotina, ainda que em menor quantidade, sendo prejudicial ao bebê”, completa Rosiana.

Confira mais mitos e verdades: 

Prática de esportes

O exercício é recomendado em todas as fases da vida, respeitando sempre os limites do corpo. No período da gravidez, a mulher fica mais exposta a traumas, por causa da alteração no peso e no equilíbrio. Devido a isso, os esportes devem ser executados com moderação, de intensidade leve ou média, e que não ofereçam risco de queda. Boas alternativas são a ioga e a caminhada.

Viajar

De carro, ônibus ou avião, viajar é sempre muito cansativo, o corpo fica muito tempo na mesma posição e a ansiedade também pode atrapalhar. Na gravidez, os problemas podem se acentuar, ocasionando em inchaços e até mesmo em trombose, durante ou logo após o fim da viagem. Mas com os cuidados certos, é possível enfrentar uma viagem até 32ª semana de gestação. Depois disso, é melhor aguardar o nascimento do bebê. Para as mamães que estão pensando em tirar férias, paradas a cada hora para esticar as pernas ajudam na circulação e a ingestão de líquidos também colabora para a diminuição dos enjoos. Além disso, é importante uma consulta ao médico para confirmar que não há restrições para a viagem. 

Alimentação

Toda gestante, idealmente, deveria ser acompanhada por um nutricionista para adequar suas necessidades nutricionais ao período gestacional. Além de tomar cuidados com a procedência e higienização dos alimentos, algumas medidas, em pacientes suscetíveis, como evitar carnes cruas, podem colaborar para evitar a contaminação por bactérias e parasitas, como a toxoplasmose. A doença transmitida pelos gatos, também pode ser transportada por verduras mal lavadas e carnes infectadas. Algumas pessoas são consideradas mais suscetíveis ao contágio e devem ter cuidado redobrado.

Consumo de álcool

A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) pode levar à malformação causada pela ingestão de álcool no período da gravidez. “Não podemos recomendar nenhuma quantidade como sendo segura, pois não existem pesquisas que comprovem a reação inócua do álcool para o desenvolvimento do bebê”, afirma a dra. Rosiane.

A cozinha é um lugar cheio de mitos e muitas dúvidas giram em torno do processo de cozimento de alimentos. Alguns dizem que perde-se os nutrientes, outros discordam. Mas o que de fato será verdade e o que será mito? Para esclarecer essas dúvidas, o LeiaJá conversou com a coordenadora do curso de nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Fabrícia Padilha.

De acordo com a nutricionista, são vários os fatores que podem influenciar nas perdas de nutrientes nos alimentos durante a manipulação. Ela explica que as três principais causas da diminuição ou perda de nutrientes importantes para o nosso organismo são o tempo de cozimento, a temperatura utilizada e o volume de água empregado.

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"Se a quantidade de água, o tempo e a temperatura de cozimento forem reduzidos, mais nutrientes se mantêm presentes. A vitamina C e algumas vitaminas do complexo B são mais susceptíveis a perdas nos alimentos. Tiamina e ácido fólico são as vitaminas mais sensíveis do complexo B", afirmou.

Fabrícia explica que mesmo escolhendo consumir os alimentos na sua forma in natura (crua), quando é possível, não estamos livres dessas perdas nutricionais. Alguns vegetais possuem substâncias consideradas antinutricionais, que podem interferir na absorção de nutrientes em nosso organismo, e quando cozinhamos os alimentos essas substâncias são inativadas e passam a não mais exercer influência nessa utilização de vitaminas e minerais.

A nutricionista listou algumas dicas de como minimizar essas perdas:

1) Uma boa forma de minimizar as perdas de vitaminas é cozinhar os alimentos com casca, porém tomando cuidado para higienizá-los bem antes do preparo.

2) Evitar fatiar o alimento em partes muito pequenas antes de consumi-los, pois a superfície de contato com o ar, luz e água é maior e favorece aumento de perdas de nutrientes.

3) O tempo de cozimento deve ser controlado. Cozinhar o alimento demais favorece a perda de vitaminas devido ao contato prolongado com altas temperaturas, pois muitas dessas vitaminas são sensíveis ao calor.

4) Não usar quantidade muito grande de água na hora do cozimento. As vitaminas hidrossolúveis se diluem na água ocasionando perdas. O ideal seria cozinhar no vapor, pois já é comprovado que essas perdas são reduzidas.

5) Ao preparar saladas e sucos de frutas, sempre consumi-los logo após o preparo, pois a exposição à luz e ao ar, favorecem a oxidação dessas vitaminas e minerais.

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