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Liderando com folga pesquisas de intenção de voto no segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL) segue empenhado na montagem de seu eventual governo. O presidenciável sondou recentemente Eduardo Centola, sócio e copresidente do Banco Modal, a se juntar aos quadros de futura equipe econômica. O executivo foi inclusive consultado sobre seu interesse em comandar o BNDES, segundo duas fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Não houve convite formal, mas Centola segue como um nome cogitado por Bolsonaro. O executivo tem contribuído com propostas para o plano de governo, especialmente na área de infraestrutura diante de sua experiência com investimentos da China no País. A sondagem não significa que ele será, ao fim, a indicação formal de Bolsonaro. Fontes próximas a Paulo Guedes, apontado por Bolsonaro como seu ministro da Economia, dizem que ele tem conselheiros econômicos de confiança que também seriam qualificados para o cargo.

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O sócio do Modal apoia a candidatura de Bolsonaro e aproximou-se da campanha por caminho diferente de outros executivos aventados para a equipe econômica de um governo PSL. Centola estabeleceu contato direto com o candidato e os filhos políticos de Bolsonaro por ter amigos em comum. A maior parte dos nomes cogitados até o momento foi levada à campanha pelas mãos de Guedes, que tem grande entrada no mercado financeiro e protagonismo na montagem da equipe.

Guedes se reúne toda a semana com um grupo de economistas de sua confiança, entre eles estão Rubem Novaes, Marcos Cintra, Carlos da Costa e Carlos von Doellinger. Foi Guedes também quem iniciou conversas com executivos como Roberto Campos Neto, diretor do Santander, Pedro Guimarães, sócio do Brasil Plural, e Alexandre Bettamio, presidente do Bank of America Merryl Linch na América Latina, para angariar sugestões de propostas e, eventualmente, atraí-los para a equipe do novo governo.

Resistências

Centola é entusiasta da candidatura de Bolsonaro e começou a conversar com o grupo próximo ao presidenciável para colaborar com ideias, segundo fontes. Além de contato com os filhos de Bolsonaro, o executivo trabalha com Eudes de Orleans e Bragança, irmão do agora eleito deputado federal pelo PSL Luiz Philipe de Orleans de Bragança, que se tornou aliado do deputado nos últimos meses e chegou a ser cogitado como nome para vice de Bolsonaro.

O executivo, que se especializou em assessorar negócios de chineses no Brasil nos últimos anos, tem atuado para fazer pontes entre campanha e empresários asiáticos e reduzir a resistência de Bolsonaro. O candidato já expressou contrariedade com o apetite de chineses.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo o coordenador dos times que elaboram propostas de infraestrutura para um governo PSL, o economista Paulo Coutinho, pontuou que Bolsonaro só vê problema na compra de terras. "Não há resistência para que chineses construam ferrovias, rodovias, portos." Procurados, Centola e Paulo Guedes não quiseram dar entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, o deputado federal Raul Jungmann (PPS) apresentou duas propostas de emendas na área de mobilidade ao Plano Plurianual (PPA) 2016-2019. No texto, o parlamentar propôs destinar R$ 2,2 bilhões para as obras do Arco Metropolitano e R$ 1,2 bilhão para a ampliação do sistema metroviário da Região Metropolitana do Recife (RMR). 

A intenção, de acordo com o pós-comunista, é de "melhorar a fluidez do trânsito, aumentando as opções de rotas pelo metrô e reduzindo os danos provocados pelo tráfego de caminhões pesados na BR-101, além de aumentar a competitividade do Estado com a celeridade do escoamento de produtos pelo Porto de Suape". “Esses dois projetos são fundamentais para Pernambuco, sobretudo para os moradores metropolitanos, pois influenciam diretamente no nosso cotidiano. Com novas estações de metrô, por exemplo, poderemos diminuir o contingente de veículos nas ruas, uma vez que os motoristas terão uma alternativa rápida e de baixo custo”, argumentou o parlamentar.

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Em 2015, o metrô da RMR completou 30 anos, no entanto para Jungmann "não há o que comemorar". “Não há nenhum um projeto em discussão ou sendo analisado sistematicamente pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Por outro lado, existe uma ideia de malha metroviária dos sonhos, projetada internamente por engenheiros do metrô, que duplicaria a presença do sistema na Região Metropolitana do Recife, contudo, ainda sem o necessário aprofundamento técnico para que se torne de fato um projeto”, descreve o deputado na justificativa da emenda.

Já sobre o Arco Metropolitano, Jungmann destacou que o empreendimento “garante melhores níveis de competitividade internacional e viabilidade econômica às operações do Porto de Suape, otimizando sua composição de custos e dando eficiência à sua matriz de mobilidade intermodal”. Além disso, deve melhorar “a fluidez dos acessos à montadora Fiat e demais indústrias e empreendimentos no Norte do Estado de Pernambuco, assim como irá beneficiar quatro milhões de habitantes daquela região que dependem do tráfego de passageiros e bens por aquele trecho”.

O Arco Metropolitano pretende ligar a BR-101 ao norte de Recife com o trecho sul da mesma rodovia, facilitando a mobilidade de cargas que tem como origem ou destino o Porto de Suape. Segundo o DNIT - Ministério dos Transportes, o cronograma atual da obra aponta para uma conclusão o final de 2018.

 

Apesar de apresentar aspectos positivos como rapidez e baixo custo, a expansão do uso de bicicletas no Brasil também trouxe aumento no número de mortes e acidentes envolvendo ciclistas. Em Pernambuco, uma pesquisa inédita identificou o perfil de quem normalmente é vítima dos acidentes envolvendo o modal. Segundo dados obtidos através do estudo, homens entre 15 e 39 anos são os mais envolvidos nas ocorrências.

Realizada pela Fiocruz Pernambuco, a pesquisa avaliou 2.364 acidentes com ciclistas, ocorridos no ano de 2012 na Região Metropolitana do Recife (RMR), Zona da Mata, Agreste, Sertão e São Francisco. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre (Sinatt). 

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Segundo o levantamento da Fiocruz, 82,7% das vítimas dos acidentes são homens. Desse percentual, 46,3% tem entre 15 e 39 anos. A pesquisa ainda constatou que 62,5% dos acidentes aconteceram em dias úteis e cerca de 58,1% das ocorrências foram feitas durante o período diurno, ou seja, durante os períodos de deslocamento para o trabalho. Entretanto, somente 10,8% dos casos de acidentes com bicicleta foram enquadrados como acidentes de trabalho nas fichas de notificação. 

Para a estudante Kênia Brilhante, autora da pesquisa, as fichas de notificação também têm outras deficiências, como a ausência de um responsável pelo acidente. Apesar de ser classificado como a causa de 10,8% dos acidentes, o consumo de bebida alcoólica não é indicado se foi feito pelo ciclista ou por outros envolvidos na ocorrência. Também não é possível identificar de quem foi a transgressão nos casos de excesso de velocidade, avanço de sinal e uso de celular. 

Os acidentes ciclísticos também representam gastos no Sistema de Saúde. Entre os anos de 2008 e 2012, o número de autorizações para internação hospitalar para vítimas de acidentes de bicicleta cresceu 1.570%, e, dos R$ 201,8 milhões gastos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar vítimas de ocorrências no trânsito, R$ 9 milhões foram destinados às despesas com ciclistas. 

O aumento no número de acidentes envolvendo bicicletas também foi confirmado pelo ortopedista Edgardo Bonfiglio. O especialista ainda apontou diferenças entre o perfil dos acidentados nas ciclofaixas móveis e no dia-a-dia: “Quem se machuca nas ciclofaixas vai para o serviço privado. São casos menos sérios. As chances de sofrer acidentes mais graves são dos trabalhadores que dividem as ruas com caminhões, carros e motos. Este vai ser atendido na unidade de saúde pública”, observa Bonfiglio. 

Mesmo debaixo de chuva, 17 inscritos e 25 organizadores participam nesta quinta-feira (12), do Desafio Intermodal do Recife (DIM). Todos os tipos de modais vão ser testados durante o percurso, que teve sua largada na Praça da Independência (conhecida como Praça do Diário), localizada no bairro de Santo Antônio e irá até o Shopping Recife, em Boa Viagem, Zona Sul da Cidade.

Segundo um dos organizadores do evento, Luís Flausino, o desafio servirá para que possa ser feita uma análise de qual é o melhor modal utilizado. “O percurso será variável de acordo com cada modal, realizamos um calculo e verificamos que a menor distância daqui para o shopping é de 9,1 km (para quem utilizar um carro), entretanto, as bicicletas, skates e modais mais rápidos podem utilizar outros percursos, desde que respeitem as regras de transito da cidade. Assim que a corrida acabar, verificaremos qual o modal foi mais rápido e qual demorou mais.”

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O publicitário Fernando Lima, que realizará o desafio andando, explicou os motivos que o levou a participar da corrida. “O importante é discutir o problema da mobilidade, que é um dos grandes caos na nossa cidade. A gente vive um momento onde a ‘estética’ da cidade é uma estética de carros, de estresse. Existe hoje uma demanda da sociedade e da cidade em resolver esses problemas que estão muito emergentes, que o poder público não consegue resolver e que a população tem que participar”. 

Para testar a acessibilidade do sistema metroviário, Milton acompanhado do seu cão-guia, decidiu participar do desafio. “Fui convidado pelos organizadores para participar da corrida e acredito que será de bom proveito. O nosso sistema de transporte público é muito ruim e precisa de melhorias, principalmente para quem possui deficiências físicas como eu, que por exemplo preciso de espaço apropriado pro meu cão-guia e muitos ônibus não tem isso”, afirmou.

Diferente da primeira edição do DIM Recife, realizado em 2012, dois outros modais foram inclusos para testar o trajeto, o táxi e o skate. Esta atividade vem sendo realizada no Brasil em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo. 

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