Tópicos | MTST

Sob forte chuva, centenas de militantes ligados ao MTST e à CUT lotam na tarde desta quinta-feira (13), o vão do Masp, na Avenida Paulista para uma marcha em resposta a manifestações de "direita" e para cobrar da presidente Dilma Rousseff o comprometimento com reformas populares no seu segundo mandato.

"Estamos aqui para mostrar que enquanto eles reúnem mil pessoas para defender causas caras ao povo brasileiro, como a volta da ditadura e o ódio a nordestinos, nós reunimos 15 mil por causas como reformas política e tributária", disse o coordenador nacional do MTST Guilherme Boulos. O número de manifestantes não foi confirmado pela Polícia Militar.

##RECOMENDA##

Os manifestantes pretendem circular pelas ruas do Jardins, bairro nobre da capital paulista, descer a Rua da Consolação e encerrar o ato na Praça da Sé. "Vamos ver como vai terminar nossa manifestação. Os golpistas vieram aqui, pararam a Paulista e a Polícia Militar do Alckmin não jogou uma bomba", provocou Boulos.

As famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que ocuparam um terreno no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro), na noite de sexta-feira, 31, foram surpreendidas por um princípio de incêndio, na madrugada deste domingo, 2.

O coordenador do MTST Guilherme Simões disse acreditar que tenha sido um ataque à ocupação. Os próprios invasores apagaram o fogo, que atingiu alguns barracos, ainda desocupados. Ninguém ficou ferido. O Corpo de Bombeiros e a polícia não foram acionados.

##RECOMENDA##

"Acreditamos que o incêndio tenha sido criminoso, porque há muita intolerância à luta pela moradia. Estamos lançando a campanha `menos ódio, mais moradia' para chamar atenção para a nossa luta", diz Simões. No fim da tarde deste domingo haverá um ato público no terreno, de apoio à iniciativa do MTST, com participação prevista de sindicalistas e representantes de outros movimentos sociais do Estado. O terreno ocupado, segundo Simões, tem cerca de 60 mil metros quadrados. O líder sem teto disse que não há informações sobre o proprietário da área no cartório de imóveis da região.

O ocupação começou com 200 famílias e agora o número chega a 300, segundo Simões. A chegada ao terreno foi transmitida ao vivo na página do MTST no Facebook, que tem sido atualizada com fotos e informações da ocupação. Em nota, a prefeitura de São Gonçalo disse que "a administração municipal tomou conhecimento do ocorrido através da imprensa e na segunda-feira reunirá diversos órgãos para analisar a situação, além de identificar se a área é pública ou privada".

Mais famílias chegaram na manhã deste sábado (1°) ao terreno ocupado na noite de sexta-feira por um grupo de sem teto, no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo Guilherme Simões, da coordenação do Movimento Trabalhadores Sem Teto (MTST), cerca de 200 famílias estão acampadas na propriedade de 60 mil metros quadrados.

A ocupação foi transmitida em vídeo, ao vivo, na página do MTST no Facebook, que também publicou fotografias da chegada dos ocupantes.

##RECOMENDA##

O líder dos sem teto informou que, segundo moradores da região, a área está abandonada há mais de trinta anos e que lá funcionou uma fábrica. Simões disse que não há informações no cartório de imóveis sobre o dono do terreno. "Tentamos de todas as maneiras nos informar, mas não sabemos a quem pertence. Neste momento, estamos nos estruturando e no começo da semana vamos buscar abrir diálogo com as esferas públicas", afirmou.

Em nota distribuída na noite de ontem, o MTST informou que pretende "garantir a destinação do terreno para habitação popular e atender as famílias que compõem o déficit habitacional da cidade de São Gonçalo". Guilherme Simões informou que, até a manhã deste sábado, as famílias não foram procuradas por representantes do poder público. Com 1 milhão de habitantes, São Gonçalo é o segundo município mais populoso do Rio de Janeiro. O MTST diz que 10% dos habitantes da cidade não têm acesso a moradia.

Cinco líderes de uma ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, foram detidos pela na tarde desta quarta-feira (29). A Polícia Militar informou que levou os militantes para o 1° Distrito Policial da cidade para "averiguação"após registro de furto de água na região. Já os moradores afirmam que os cinco foram levados sem nenhum motivo e que, desde terça-feira, a PM faz revistas e impede a entrada no terreno da ocupação.

Até as 20h, os detidos ainda prestavam depoimento e não haviam sido liberados, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. O advogado do movimento se encaminhou ao local para acompanhar as oitivas.

##RECOMENDA##

"A PM está aqui ostensivamente nos reprimindo. Além disso, moradores das casas aqui ao redor contrataram seguranças privados que também ficam nos coagindo", afirma uma das coordenadoras da ocupação, Agnes Caroline.

O terreno ocupado, que é propriedade particular, fica ao lado de casas de alto padrão no bairro Granja Viana. Moradores dos condomínios ao redor chegaram a construir um muro no fim de setembro para impedir a passagem dos sem-teto, mas ele foi demolido pelo movimento. Nesta terça-feira, 28, o muro voltou a ser erguido - e, na manhã desta quarta, foi derrubado novamente.

Além da presença policial, na tarde desta quarta dois veículos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estiveram no local para cortar a água que estava sendo usada pelos movimento. A companhia informou em nota que atendeu a uma requisição da Promotora de Justiça de Carapicuíba, Sandra Reimberg, para interromper ligação clandestina de água que atendia a ocupação do MTST. Segundo a Sabesp, a ação recebeu apoio da Polícia Militar e não houve conflito.

O movimento estima que existam cerca de 4 mil famílias na ocupação, que foi instituída há um mês e recebeu o nome de "Carlos Marighella" - um dos organizadores da resistência contra o regime militar (1964 - 1985) no Brasil.

Moradores de condomínios na Granja Viana, em Carapicuíba, criticaram o protesto feito no sábado (11) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Os sem-teto afirmaram serem vítimas de "preconceito" por parte dos moradores, que teriam reforçado a segurança depois da invasão de um terreno pelo movimento no local. Os moradores da Granja Viana, porém, argumentam que o reforço é resultado da "infiltração de aproveitadores" no movimento para a prática de crimes.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) assinou um termo de compromisso de compra do terreno onde foi organizada a ocupação Copa do Povo, em Itaquera, zona leste da capital. O acordo, que dá prioridade ao grupo na negociação, foi oficializado no início de agosto, três meses após a invasão. A construtora Viver, dona da área, estabeleceu como lance mínimo o valor de R$ 35 milhões, que deverá ser pago à vista, até 3 de novembro.

Segundo o coordenador do movimento, Guilherme Boulos, outro termo de compromisso foi assinado com as três esferas de governo, com o objetivo de acelerar a liberação de verbas públicas. "Esse segundo termo inclui o governo federal, o Estado e a Prefeitura, que já se comprometeram a fazer os repasses necessários à viabilização de HIS (Habitação de Interesse Social) no local", afirma.

##RECOMENDA##

A assinatura dos dois termos, segundo o movimento, apenas consolida o que já havia sido combinado pessoalmente com a presidente Dilma Rousseff (PT) - no dia 8 de maio, Boulos e outros coordenadores do MTST se encontraram rapidamente com Dilma, na presença do prefeito Fernando Haddad (PT), para negociar a inclusão dos sem-teto no programa federal Minha Casa Minha Vida. Depois disso, tanto a Prefeitura quanto o governo do Estado aceitaram discutir verbas complementares para ajudar na construção do projeto.

A costura do acordo firmado com a Viver indica ainda que a inclusão dos sem-teto deve ser feita por meio da modalidade "entidades", o que abre caminho para o MTST indicar todas as famílias que serão contempladas com moradias. A intenção do grupo é erguer até 3,5 mil unidades na área, que tem 155 mil m². A quantidade só é possível de ser alcançada porque uma nova lei municipal - aprovada pela Câmara em junho e sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) neste mês - ampliou o potencial de construção do terreno. Agora, a construtora que assumir a obra poderá usar até quatro vezes mais que o tamanho do terreno. Sem essa mudança, Boulos avalia que somente 1,5 mil moradias caberiam no local. "Isso não era suficiente."

Fila

Pelas regras do Minha Casa Minha Vida Entidades, criado em 2009 para atender à demanda dos movimentos que lutam por moradia, o grupo com projeto cadastrado e aprovado no Ministério das Cidades comanda as obras e escolhe quem vai morar nas futuras unidades. Desse modo, caso o MTST consiga o financiamento para viabilizar um conjunto habitacional no terreno da Copa do Povo, não caberá à Secretaria Municipal de Habitação fazer cumprir o cadastro, pois o projeto não será de responsabilidade da Prefeitura. O empreendimento ficará exclusivamente sob o comando do movimento. Por isso, não haverá "fura-fila".

A entidade, no entanto, terá de seguir algumas normas estabelecidas pelo programa na divisão do espaço, como dar prioridade a moradores de área de risco, idosos e pessoas com deficiência física, além de respeitar o limite de renda familiar máxima de R$ 1,6 mil. Cumpridas essas regras, pessoas que participam de ocupações, de protestos e demais atos do grupo poderão ser selecionadas, segundo o critério de "militância", aceito pelo Ministério das Cidades.

Festa

A assinatura do termo de compromisso entre o MTST e a Viver ocorreu em clima de festa na quadra esportiva da Obra Social Dom Bosco, associação beneficente de Itaquera. Segundo o movimento, cerca de 4 mil pessoas comemoraram o acordo. O evento teve ainda as presenças dos vereadores Juliana Cardoso e José Américo e do deputado estadual Adriano Diogo, todos do PT.

Mas, apesar da festa, o Ministério das Cidades ainda não recebeu do MTST o projeto para Itaquera. Com a falta de oficialização da parceria, Prefeitura e Estado não podem confirmar repasses de verbas complementares. Todos, porém, já sinalizaram que pretendem financiar a construção. O governo federal deve arcar com a maior parte dos recursos, cerca de 65%. O restante será dividido entre Município e Estado, que devem assumir, cada um, o custo de R$ 20 mil por moradia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sinalizou, na manhã desta quarta-feira, 13, que não pretende comprar briga com a Justiça para fazer valer a lei municipal que regularizou a Copa do Povo, invasão promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na zona leste da capital. De acordo com Haddad, o tema será tratado durante a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo, em 2015, caso a legislação sancionada no sábado seja considerada inconstitucional.

Haddad se referiu à representação feita pela Promotoria de Habitação e Urbanismo ao procurador-geral de Justiça, Marcio Elias Rosa. No entendimento do órgão, a lei é inconstitucional porque altera o zoneamento do terreno ocupado em Itaquera, que é industrial. "Se a Justiça entender que é necessário alterar a Lei de Uso e Ocupação do Solo, ela vai ser remetida no começo do ano que vem para a Câmara", disse o prefeito.

##RECOMENDA##

Ontem, o próprio autor da lei, vereador José Police Neto (PSD), também defendeu a ilegalidade do texto. De acordo com ele, os vetos impostos por Haddad a artigos que definiam regras para a transformação de prédios vazios do centro em moradia social descaracterizaram a lei e a tornaram insustentável. O vereador pediu que a Câmara também acione a Justiça. Ele pede que se derrube os vetos ou a lei por completo.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promete fazer novos protestos nesta quarta-feira (22) contra a reintegração de posse determinada pela Justiça do terreno onde está a ocupação Portal do Povo, na região do Morumbi, na zona sul. A concentração será no vão livre do Masp, a partir das 13h. Os ativistas irão marchar pela Avenida Paulista com o apoio de sem-teto de outras ocupações.

O movimento afirma que o terreno está abandonado há 20 anos, "servindo apenas para a especulação imobiliária, não cumprindo sua função social de acordo com a constituição federal". Ainda segundo com o MTST, cerca de 4.000 famílias vivem no acampamento. Na nota divulgada pelo MTST, o grupo afirma que a Prefeitura tem os "instrumentos necessários" para intervir em favor dos sem-teto.

##RECOMENDA##

O terreno de 200 mil metros quadrados é da construtora Even e fica ao lado de outros empreendimentos imobiliários.

Após conseguir dos vereadores a aprovação de projeto de lei que abre espaço para a construção de moradias populares no terreno da Ocupação Copa do Povo, a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) firmou acordo para desocupação da área invadida em Itaquera, na zona leste. Em audiência de conciliação realizada nesta quinta-feira, 3, pelo juiz Celso Maziteli Neto, da 3.ª Vara Cível de Itaquera, foi combinado que os sem-teto deixarão o local em até 45 dias.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça, os integrantes do MTST também assumiram o compromisso de liberar o terreno sem qualquer vestígio de ocupação e mantendo as condições ambientais preservadas, sob pena de imediata desocupação forçada. Por sua vez, a construtora Viver, proprietária da área, se comprometeu a firmar opção de compra e venda no prazo de 30 dias.

##RECOMENDA##

Perante o juiz, foi assinado ainda um termo de compromisso entre o MTST, a dona do terreno e representantes dos governos federal, estadual e municipal. Nele, todas as partes declararam que promoverão ações conjuntas destinadas à viabilização de empreendimento habitacional no terreno.

Protesto

Nesta quinta, cerca de mil pessoas participaram de um ato unificado organizado pelos sem-terra da Frente Nacional de Luta (FNL) que partiram em marcha há 24 dias de Assis, no interior de São Paulo, pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), pelos metroviários e trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP).

A manifestação, que saiu do Largo da Batata, na zona oeste da capital, às 11h30, bloqueou as Avenidas Faria Lima, Rebouças e Paulista e só terminou após os sem-terra da FNL protocolarem um pedido de audiência com a presidente Dilma Rousseff no escritório regional da Presidência na Paulista.

Entre as pautas dos movimentos que compareceram estavam a reforma agrária e urbana, a readmissão dos metroviários demitidos durante a greve em São Paulo e a libertação do servidor da USP Fábio Hideki Harano, preso na semana passada por suspeita de cometer atos de vandalismo e associação criminosa durante um protesto contra a Copa.

Apesar da unificação das pautas, uma faixa da FNL que pedia a liberdade do ex-ministro José Dirceu, dos ex-deputados José Genoino e João Paulo Cunha e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenados no Mensalão. O apoio quase gerou um racha entre os manifestantes. Representantes da USP disseram que a faixa não representava a pauta unificada.

Pressão do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) voltou a adiar a votação do Plano Diretor, que estava agendada para ontem na Câmara Municipal de São Paulo. Líder do grupo, Guilherme Boulos defendeu que não se adotasse a fila cadastrada pela Prefeitura para definir as famílias que receberão moradias com a regularização da ocupação Copa do Povo, na zona leste. A reivindicação, à tarde, era de que o projeto indicasse o movimento como beneficiário.

O impasse alongou a sessão e, para não serem acusados de votar as propostas na "calada da noite", os vereadores deixaram os trabalhos para segunda-feira, contrariando pedido do prefeito Fernando Haddad (PT). O adiamento esquentou os ânimos na Casa. Durante uma reunião de comissões para avaliar ambas as propostas, Dalton Silvano (PV) empurrou e xingou Eduardo Tuma (PSDB), que tentava obstruir a sessão. Os demais vereadores intervieram, enquanto os sem-teto gritavam "teatro" nas galerias, de costas para o plenário.

##RECOMENDA##

Do lado de fora, a falta de acordo levou à tensão e à ameaça de novas invasões. Integrantes do MTST já alertavam que, caso a votação fosse mesmo protelada para segunda-feira, mais um terreno da cidade seria invadido, ainda no fim de semana. Às 19h, essa negociação era feita diante da Tropa de Choque, que cercavam o prédio da Câmara.

Dentro do plenário, a polêmica envolvia um dos artigos do projeto de lei apresentado como solução pelo vereador José Police Neto (PSD). Nele, constava que o futuro empreendimento social deveria atender, primeiramente, quem estava na fila por uma moradia na capital. Segundo a Secretaria Municipal da Habitação, essa lista reúne 1 milhão de pessoas, sendo 130 mil aptas a participar de projetos habitacionais.

Boulos exigia que o texto definisse ou ao menos permitisse que as moradias fossem erguidas por meio do programa federal Minha Casa Minha Vida Entidades, em que as organizações é que escolhem os contemplados. A alteração solicitada, no entanto, é contestada pelo Ministério Público, que já se manifestou sobre a importância de se obedecer à fila municipal.

Acordo.

Após sete horas de negociação, Police Neto acrescentou um artigo no projeto que, em caso de financiamento estadual ou federal, as moradias serão destinadas a uma demanda a ser aprovada pelo Conselho Municipal da Habitação. "Ele é que vai decidir se as regras estão sendo cumpridas. Desse modo, não existe hipótese de a fila ser furada", afirmou.

Mais tarde, depois de firmar acordo para votação, Boulos argumentou que sua intenção nunca foi a de "demarcar" o terreno para o MTST. "Só queríamos ter a certeza de que não seriam as empreiteiras que fariam o projeto em Itaquera", disse. A indefinição sobre os critérios da lei travou o Plano Diretor por outra exigência de Boulos: que ambas as votações sejam concluídas no mesmo dia - garantia dada a ele pelo presidente da Casa, José Américo (PT).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Manifestantes dos movimentos sem-teto, acampados em frente à Câmara Municipal desde a segunda-feira, foram surpreendidos na tarde desta sexta, 27, com a chegada de um caveirão da Tropa de Choque. Para pressionar a votação do Plano Diretor, eles se revezavam nas cornetas durante buzinaço na região quando o Choque chegou, por volta das 18h.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem-teto (MTST), Guilherme Boulos, ficou surpreso. "O que aconteceu? Por que eles (o Choque) estão aqui?", indagou a outros membros do movimento. O buzinaço ficou ainda mais forte e outros coordenadores do movimento pediram para que os manifestantes recuassem e se organizassem, evitando confronto. "Peçam ao líder de quem está buzinando para pararem", disse.

##RECOMENDA##

Os coordenadores conversaram com a Polícia Militar, explicando que o ato não é violento. "Nosso movimento é pacífico, tudo calmo. Vocês não vão ver black blocs aqui". Os manifestantes colocaram uma fita de isolamento no acesso à Rua Japurá, onde estacionou o Choque, para evitar confrontos. Para garantir que as buzinas não parem, os manifestantes se revezam para que cada um fique meia hora tocando enquanto outros descansam.

O revezamento entre grupos ocorreu também durante a semana para que os acampamentos montados na frente da Câmara ficassem sempre cheios. "Vim aqui todos os dias e minha esperança é que a minha casa própria saia com esse projeto", afirmou a dona de casa Diana Silva, de 30 anos, que divide uma casa de um cômodo com o marido e 2 filhos.

Desde a segunda-feira os manifestantes permanecem acampados no local e na galeria do plenário da Câmara. A promessa no início da semana era de que o projeto que reordena o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos fosse votado até esta Sexta. Representantes da oposição, no entanto, afirmam que a proposta deve ser adiada. Ainda não se sabe se ficará para a próxima semana ou até mesmo para o próximo semestre.

"Até o momento o que está sendo levado para o plenário está de acordo com as propostas que a gente defende. Mas temos um problema: as propostas estão sendo acolhidas, mas os vereadores dizem que não tem tempo para votar hoje. Queremos que o plano seja votado hoje sim porque já perdemos tempo demais", disse Boulos.

O coordenador do MTST afirmou ainda que a manifestação não será interrompida. "Vamos continuar de forma pacífica. Os vereadores têm demonstrado boa vontade e o movimento tem maturidade para reconhecer. Houve o pedido de que, se a votação for adiada, a gente tire o acampamento e volte na segunda. Essas lonas, esses colchões e esses companheiros só arredam o pé daqui quando o plano for votado", assegurou Boulos.

Os sem-teto que acampam dentro e fora da Câmara Municipal de São Paulo tiveram acesso nesta terça-feira (24) a duas senhas para uso de wi-fi - uma delas chegou a ser exposta no painel eletrônico do plenário após o término da sessão. Com o empréstimo, parte dos funcionários ficou sem poder utilizar o serviço, que foi restabelecido por volta das 15h.

Durante a noite, o uso da internet distraiu cerca de 50 manifestantes que dormiram nas galerias do plenário. Eles também receberam um lanche oferecido pelo vereador Calvo (PMDB). "Foi pão com queijo e mortadela", disse Zelídio Barbosa, de 36 anos. Acompanhado da mulher, Karla Lima, de 28, ele dormiu no chão. "Vamos ficar hoje também e quanto tempo for necessário até que se vote o Plano Diretor", disse Barbosa.

##RECOMENDA##

A coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) faz uma espécie de aquecimento na Praça da República na tarde desta terça-feira, dia 24, para depois seguir em marcha na direção da Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, região central. A entrada principal do prédio já está fechada e policiais militares da Tropa de Choque estão no local.

Ao protesto do MTST, devem se unir integrantes da Federação Pró Moradia do Brasil, que já estão em frente à Câmara. A reivindicação de ambos os grupos é a mesma: a aprovação do novo Plano Diretor de São Paulo. Com ele, parte das áreas hoje invadidas na cidade serão regularizadas.

##RECOMENDA##

Mais cedo, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que esteve reunido com parte dos vereadores para discutir a votação do Plano Diretor. "Acho que o projeto está maduro para a deliberação dos vereadores, talvez com um retoque ou outro. Temos um grau de amadurecimento importante. A hora agora é de tomar uma decisão para o futuro da cidade", disse.

Sobre a pressão do MTST, e as ameaças de novas invasões e ocupações enquanto o texto não for aprovado, Haddad afirmou que respeita as "reivindicações" legítimas, mas que a Prefeitura sempre se colocou contra "qualquer tipo de violência e quebra de ordem". Ainda de acordo com Haddad novas áreas ocupadas podem ser destinadas para habitação popular apenas por meio da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

O Plano Diretor está na pauta da Câmara nesta terça, mas não há garantias de que o projeto será levado à votação em plenário. Além dele, o MTST ainda exige a aprovação de outro projeto que classifica o terreno onde foi organizada a Ocupação Copa do Povo, na zona leste da cidade, como uma área de interesse para construção de moradias populares.

Após ocupar mais um terreno na capital e ameaçar invadir uma área nova por semana, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promete levar 10 mil pessoas nesta terça-feira à Câmara Municipal. Mais uma vez, o protesto tem por objetivo pressionar os vereadores a votar o novo Plano Diretor, que beneficia quatro ocupações do grupo. O impasse, porém, deve prosseguir. Nesta segunda-feira, 23, integrantes da oposição avisaram que não vão agir mediante chantagem.

"Não vamos legitimar o que é ilegítimo. Essa pressão toda mais atrapalha do que ajuda. É preciso que se compreenda que o Plano Diretor ainda não está pronto para ser votado. Muitos vereadores, até da base do prefeito Fernando Haddad, têm demandas, emendas que querem discutir", disse Andrea Matarazzo (PSDB), presidente da Comissão de Política Urbana.

##RECOMENDA##

Segundo a coordenação do MTST, os parlamentares não cumpriram nenhuma das datas acertadas com o grupo para a aprovação do plano - o texto já entrou na pauta diversas vezes, mas não foi à votação. Alguns líderes partidários também haviam combinado com o movimento que classificariam o terreno da Ocupação Copa do Povo, na zona leste, como uma Zona de Interesse Social (Zeis). Mas a proposta, apresentada pelo vereador Alfredinho (PT), ainda não foi lida em plenário.

Pressão

De acordo com José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, cerca de 5 mil moradores de diferentes ocupações da capital estão dispostos a permanecer na frente da Câmara até que o projeto que reordena o crescimento da cidade nos próximos 16 anos seja votado. "É a forma que temos para chamar a atenção", disse.

Nesta segunda, a construtora Even, dona do terreno invadido no sábado pelo MTST e nomeado de "Portal do Povo", informou que já entrou com pedido de reintegração de posse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"A cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade", afirmou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em nota enviada à imprensa na tarde deste domingo (22). Na madrugada de sexta-feira (20), o movimento invadiu um terreno particular no Morumbi, na zona sul da cidade, como forma de protesto contra a demora da votação do projeto que reordena o crescimento de São Paulo pelos próximos 16 anos. Em menos de 12 horas, cerca de 600 barracos foram erguidos na área que pertence a construtora Even na Rua Doutor Luís Migliano.

Segundo José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, as ocupações não são apenas uma forma de pressão, mas também uma necessidade. "O movimento cumpriu a sua parte, falta o governo cumprir a dele. Há vários terrenos na cidade simplesmente reservados para especulação imobiliária, sem interesse nenhum para construir", disse Afonso.

##RECOMENDA##

O aviso de que uma ocupação "nascerá" a cada semana também foi publicado na página do movimento no Facebook: "Recado do MTST aos Vereadores de São Paulo: a cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade. Ontem foi no Morumbi... A luta é pra valer!", afirmaram. A construtora Even, dona do terreno ocupado neste final de semana, afirmou, por meio de nota, que ficou indignada com a invasão e que tomará as medidas legais necessárias para a reintegração de posse da área.

A empresa disse ainda que a construção de um empreendimento no terreno depende da aprovação do projeto por parte da Prefeitura. "O terreno é propriedade privada, adquirido há quase 3 anos, e o projeto para a construção de um empreendimento residencial foi protocolado na Prefeitura de São Paulo imediatamente após sua aquisição.O lançamento será feito após sua aprovação", diz a nota.

Segundo a Prefeitura, a aprovação de um projeto de construção depende do atendimento das legislações municipais pelo interessado. A Secretaria Municipal de Licenciamento afirmou, entretanto, que vai levantar na segunda-feira, 23, o andamento da documentação do empreendimento em questão.

Dois promotores de Justiça, acompanhados por funcionários da Secretaria Municipal de Habitação, afirmam que foram proibidos ontem de fazer o cadastramento das famílias que participam da Ocupação Copa do Povo, em Itaquera, na zona leste da capital.

Segundo o Ministério Público, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entidade responsável pela invasão, vetou a entrada da comissão com o argumento de que não havia sido previamente avisado. O cadastramento é parte do processo de reintegração de posse em análise no órgão.

##RECOMENDA##

Diante de uma possível ordem de despejo, Prefeitura e Promotoria só podem providenciar inclusão das famílias em programas de assistência, como bolsa-aluguel, por exemplo, com a lista de ocupantes em mãos.

Em nota, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital afirmou que o "comportamento dos líderes do MTST causou estranheza, uma vez que o cadastramento das famílias é um dos pressupostos para que elas possam ser contempladas com unidades habitacionais, ou seja, o cadastro viria em benefício dos próprios ocupantes da área".

Para os promotores Camila Mansour Magalhães da Silveira e Marcus Vinicius Monteiro dos Santos, a negativa foi "despropositada" e surpreendente, uma vez que líderes e advogados do movimento haviam demonstrado pressa e interesse no cadastramento.

"A resistência dos líderes da ocupação em permitir a identificação e a qualificação das famílias que ocupam a área só serve para reforçar a dúvida da Promotoria sobre o número real de ocupantes divulgado pelo MTST", completa a nota.

Segundo a entidade, há cerca de 3 mil famílias no local. Ontem, porém, funcionários da Prefeitura relataram que viram, no máximo, cem pessoas no terreno durante a ação surpresa, por volta das 10h. O MTST negou que tenha proibido promotores e funcionários municipais de realizar o cadastro. "Só pedimos um tempo para podermos convocar as famílias. Muitas pessoas estavam trabalhando, outras não tinham os documentos em mãos. Além disso, qualquer decisão dentro do movimento é discutida, votada. Mas eles não quiseram esperar e foram embora", justificou Maria das Dores, uma das coordenadoras da Copa do Povo.

A entidade rebate as dúvidas relacionadas ao número de famílias que ocupam a área. "Alguém acha que é fácil viver debaixo de uma lona? Muitas pessoas só passam a noite aqui, até porque não temos como trazer fogões, móveis e armários. É tudo provisório, mas todas as noites fazemos assembleias com 3 mil, 4 mil pessoas", afirma Maria, que espera ser avisada da nova data.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria-Geral da Presidência da República anunciou a ampliação do limite, por entidade, de mil para até quatro mil unidades do programa Minha Casa Minha Vida. Este foi um dos pontos oferecidos pelo governo federal, para tentar acalmar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que estava criando problemas para o governo federal com invasões em um terreno próximo ao Itaquerão, onde será feita a abertura da Copa do Mundo de Futebol na quinta-feira (12), e ameaçando fazer mais protestos durante a realização dos jogos. Ficou acertado também entre governo federal e Prefeitura de São Paulo que serão construídas moradias populares destinadas à população de baixa renda no terreno próximo ao Itaquerão, conhecido como "Copa do Povo".

De acordo com nota da Secretaria-Geral da Presidência da República, a decisão sobre construção das casas foi fruto de acordo entre a prefeitura paulistana e o Governo Federal. Em nota, a Secretaria-Geral falou sobre as negociações realizadas e, depois de anunciar a ampliação do número de casas para os movimentos sociais, citou ainda que "a situação de coabitação e ônus excessivo do aluguel poderão ser adotados pelas prefeituras na definição das demandas do Minha Casa Minha Vida".

##RECOMENDA##

A nota da Secretaria-Geral afirma que "o Ministério das Cidades, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Ministério da Justiça e a Secretaria-Geral da Presidência da República reorganizarão suas áreas de acompanhamento de conflitos urbanos, com foco na mediação". E prossegue: "Esta atuação será preventiva e nos casos em que se possa, nos termos da lei, propor alternativas que estimulem o entendimento e a resolução pacífica de conflitos".

A nota da Secretaria-Geral diz, ainda, que "o governo federal, na próxima etapa do Programa Minha Casa Minha Vida, irá propor uma ampliação do limite do Minha Casa Minha Vida Entidades. O limite atual por entidade é de mil unidades habitacionais. A partir da nova etapa, estando a entidade habilitada, com as devidas prestações de contas e a comprovação de bom desempenho, ela poderá receber novo lote de mil unidades, ampliável até o total de quatro mil unidades. Além disso, a situação de coabitação e ônus excessivo do aluguel poderão ser adotados pelas prefeituras na definição das demandas do Minha Casa Minha Vida".

A presidente Dilma Rousseff deve se reunir, na tarde desta quinta-feira, 8, com líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) antes de realizar uma visita à Arena Corinthians. O encontro foi anunciado pela associação de sem-teto, mas não foi confirmado pela assessoria da Presidência. A reunião, que não está prevista na agenda inicial da presidente na capital paulista, teria sido marcada após uma onda de manifestações do movimento na manhã desta quinta-feira. No momento, não há nenhum protesto em frente ao estádio em Itaquera, zona leste da capital.

Dilma visitará às 15 horas a Arena Corinthians, estádio que receberá a partida de abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho. Ainda hoje, por volta das 17 horas, a presidente tem agendado um encontro com líderes do varejo brasileiro no Hotel Grand Hyatt, na zona sul da cidade.

##RECOMENDA##

Segundo o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, um dos principais pontos a serem tratados no encontro com a presidente Dilma e os representantes do movimento é a ocupação próxima ao estádio Arena Corinthians. "A ocupação Copa do Povo é o primeiro ponto. Os outros pontos são reivindicações nacionais do (programa) Minha Casa, Minha Vida e em relação aos despejos que têm ocorrido no País", disse Boulos.

O líder do MTST afirmou ainda que não haverá protestos do movimento em frente á Arena Corinthians justamente porque a assessoria da presidente Dilma entrou em contato com o grupo dizendo que representantes dos sem-teto seriam recebidos por ela.

Faltando 40 dias para o início da Copa do Mundo, um grupo de cerca de mil famílias de sem-teto ocupou no início da madrugada desse sábado (3) um terreno particular de 150 mil m² em Itaquera, a cerca de 4 km da Arena Corinthians, o Itaquerão, local da partida de abertura do evento. Eles chegaram em 17 ônibus, 50 carros e motos e, segundo a Polícia Militar, não houve confronto.

"Esta não é uma área de preservação ambiental, tem dívida com a Prefeitura e estava abandonada. Ela tem todas as condições para ser uma área de interesse social", disse Guilherme Boulos, coordenador-geral do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Segundo Boulos, a invasão está diretamente relacionada com a Copa do Mundo. "As obras não melhoraram as condições de habitação da região, só renderam especulação imobiliária." Outras mil famílias são esperadas até o fim da semana. De acordo com o MTST, o local estaria abandonado há 20 anos.

##RECOMENDA##

Os sem-teto que ocupam o terreno, localizado na Rua Malmequer do Campo, na região do Parque do Carmo, são formados por moradores de áreas de risco e favelas. Alguns alegam que estão lá por não ter dinheiro para pagar aluguel. Outros são moradores da Nova Palestina, zona sul, e têm como tarefa ensinar os que nunca moraram em ocupação. "Ajudamos a montar as barracas, dizemos o que pode e o que é proibido, as regras de como conviver e voltamos para a Nova Palestina", afirmou a doméstica Alizete M. de Melo, de 49 anos.

No início da tarde o secretário adjunto de Coordenação das Subprefeituras, Miguel Reis Afonso, esteve no local. "A Prefeitura não sabe quem é o proprietário do terreno."

Na mira

Pelo que o Estado apurou, o terreno já estava na mira do movimento há algum tempo como área de interesse social, que poderia ser aproveitada para habilitação popular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) iniciaram uma manifestação na Praça da República, no centro da cidade, e se dirigiram para o Viaduto do Chá, onde interditaram ambos os sentidos da via, na manhã desta quinta-feira (20). Segundo os organizadores, o ato espera reunir 4 mil pessoas que caminharão até a sede da prefeitura.

"Várias ocupações estão aqui hoje para reivindicar compromissos feitos pela prefeitura de São Paulo que não foram cumpridos como, por exemplo, a assinatura da revogação do decreto que destinava a área da ocupação Vila Nova Palestina para um parque", disse Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST. Agentes da CET estão no local para orientar motoristas e indicar desvios.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando