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Tropas da Polícia Militar dispersaram na tarde desta quarta-feira, 1º, em São Paulo, a golpes de cacetete e bombas de gás manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto que protestavam contra o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB). Um grupo chegou a invadir o prédio onde fica o escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista.

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Por volta de 16h30, soldados da PM chegaram ao local e teve início o conflito.

Antes de entrarem no edifício, os integrantes do MTST faziam um ato contra Michel Temer na Avenida Paulista, região central da capital paulista.

Segundo Guilherme Boulos, coordenador do MTST, a manifestação é contra o 'cancelamento' do programa que era vitrine do governo Dilma Rousseff (PT), afastada em maio pelo Senado.

Os manifestantes, disse Boulos, estão no térreo do prédio da Presidência e na calçada em frente. Manifestantes picharam 'Fora Temer' e as letras 'MTST' em vermelho nas paredes do edifício.

"Vamos permanecer no prédio por tempo indeterminado e já estamos montando acampamento aqui na Paulista, em frente a Presidência", declarou Boulos. "A Polícia está por aqui, mas não houve conflito até porque é muita gente. Vamos ficar até que o governo do seu Michel Temer retome as contratações do Programa Minha Casa Minha Vida e retome a seleção de onze mil moradias canceladas na primeira semana de sua gestão pelo Ministério das Cidades."

Em visita ao Recife, para o Curso de Formação para Candidatos do PSDB, o ministro das Cidades Bruno Araújo disse que está aberto a conversar com os movimentos sociais sobre mudanças nos programas habitacionais. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) sinalizou ocupações caso haja a suspensão de novos contratos do Minha Casa Minha Vida.

“Mudança para melhor, a sociedade tem que estar aberta”, disse o ministro. “Qualquer movimento social é uma unidade da sociedade como qualquer outra. Eles estão convidados a sentar à mesa conosco pra entender como podemos ajudá-los a melhorar a eficiência das habitações que foram contratadas e não foram entregues na expectativa”, complementou.

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O ministro voltou a negar qualquer suspensão do programa Minha Casa Minha Vida, explicando que serão trabalhados apenas aprimoramentos. “A regra agora é fazer mais com menos, porque nós temos um colapso financeiro. Vamos dar sequencia ao programa sem interrupções e criar dispositivos novos que entreguem mais qualidade para o cidadão que espera seu imóvel”, declarou Araújo.

"O governo afastado deixou uma conta inimaginável, só este ano R$ 170 bilhões de buracos. É um volume de convênios prometidos, obras prometidas a prefeitos e vereadores que não se deixou nenhuma fonte de recurso para o pagamento", ele criticou. Durante seu depoimento na palestra, Araújo sentenciou: "O Brasil não aceita mais isso [grande volume de convênios e obras prometidas], não aceita a lei da corrupção, não aceita incapacidade,  falta de competência, de planejamento e, sobretudo, de vergonha na cara". 

Entidades – Segundo o ministro das Cidades, as entidades serão convocadas para uma reunião em Brasília na próxima semana. “Vamos discutir um novo relançamento. Vocês precisam compreender que o Minha Casa Minha Vida Entidades representa apenas 1% do programa. Em Pernambuco, foram contratadas 3,5 mil casas para entidades e neste momento estão entregues 128. Precisa acabar o programa? Não. Mas vamos dialogar com as entidades para ter eficiência”.

O relançamento só deve ocorrer após o processo de discussão entre as entidades e o ministério. O ministro revogou a construção de 11.250 moradias da modalidade Entidades, que havia sido assinada pela presidente Dilma Rousseff.

PPPs – Araújo também tem se mostrado interessado por Parcerias Público-Privadas (PPP) para auxiliar o Minha Casa Minha Vida. “É uma coisa que surgiu ontem (sexta-feira, 20). Eu tenho pedido estudos de PPPs em projetos de habitação. Nós podemos ter outra modalidade onde a iniciativa privada é chamada, é entregue a ela o terreno, ela constrói os imóveis e pode explorar serviços comerciais da área e entregar os imóveis para brasileiros e brasileiras. 

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que, se confirmada a suspensão de novos contratos do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, "vai ter uma explosão de ocupações em todo o País". Para Boulos, a divulgação sobre o cancelamento de novas construções "foi um ataque brutal" do governo do presidente em exercício Michel Temer. "A política de moradia foi a primeira vítima dos cortes do programas sociais. Vamos fazer intensas e contundentes mobilizações nos próximos dias. Em breve, vai ter uma explosão de ocupações em todo o País, uma onda que vai começar em breve por São Paulo."

Na quinta-feira, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, chegou a afirmar ao Estadão que o programa passará por um "aprimoramento", mas ontem recuou e disse em nota que tem compromisso com a continuidade do MCMV. Araújo acrescentou que está sendo "cauteloso" para avaliar a meta que o governo Temer vai estabelecer na terceira fase do programa. "O que estamos fazendo é sendo cautelosos, avaliando o que nos permite prometer para que não possam ocorrer falsas esperanças, iremos trabalhar arduamente para que possamos fazer o melhor para a população."

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Segundo Boulos, a resposta dos movimentos de moradia vai ser nas ruas. "É uma reação. Milhares de pessoas estavam segurando a onda, aguardando sua vez por novas moradias. Você achava que essas pessoas vão para casa chorar? Elas vão reagir", destacou o coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo, que reúne organizações ligadas a movimentos sociais.

O prefeito Fernando Haddad (PT) disse ontem que "não há como atingir a meta do Minha Casa Minha Vida sem o Minha Casa Minha Vida". Mesmo com a suspensão dos novos contratos, Haddad garantiu que a Prefeitura está "preparada" para atingir a meta de 55 mil unidades habitacionais, fixada no início do mandato do petista, em 2013.

"A Prefeitura comprou terreno, licenciou os empreendimentos e está disposta a subsidiar cada unidade construída aqui em até R$ 20 mil pelo Minha Casa Paulistana", afirmou, acrescentando que foram investidos R$ 730 milhões em desapropriações de terrenos para o programa. Embora tenha mostrado abertura para alternativas além do MCMV, Haddad sublinhou que os investimentos do programa federal são necessários para alavancar as construções na capital paulista.

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A coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) prometeu reagir com protestos "contundentes" em São Paulo, Rio e Brasília à decisão do ministro das Cidades, Bruno Araújo, de suspender a contratação de mais de 11 mil unidades do programa Minha Casa Minha Vida - Entidades.

Em nota divulgada nesta terça-feira (17), o MTST lembra que o presidente em exercício Michel Temer prometeu não fazer cortes em programas sociais. O grupo faz um inventário de seis dias de governo "golpista" listando ações como a extinção do Ministério da Cultura e declarações dos ministros Mendonça Filho (Educação e Cultura) sobre a possibilidade de cobrança de mensalidades em universidades públicas e Ricardo Barros (Saúde) sobre redução de atendimentos pelo SUS.

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"Este foi o primeiro corte efetivo em programas sociais realizado pelo Governo ilegítimo de Michel Temer, que até ontem anunciava que não tocaria nos recursos para programas sociais. Nossa resposta será nas ruas. Mexeram com o formigueiro", diz o MTST. "Os trabalhadores sem-teto não aceitarão este retrocesso. As ruas derrubarão esta medida inconsequente e antipopular."

Indagado se a suspensão das contratações seria uma retaliação ao MTST, contrário ao impeachment, o líder do grupo, Guilherme Boulos, não se manifestou.

Uma integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) foi baleada na manhã desta quarta-feira (4), durante passeata do grupo em direção à Prefeitura Municipal de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Edilma Aparecida Vieira dos Santos, de 36 anos, foi baleada na barriga.

O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, informou que a vítima passa por cirurgia no Pronto-Socorro Municipal de Itapecerica, para onde foi levada após ser alvejada. "Eram cerca de 500 pessoas que caminhavam da Ocupação João Goulart, em Itapecerica, quando um homem passou de carro e atirou", informou.

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Na hora, durante a confusão, militantes tomaram nota da placa do carro e informaram a Polícia Militar. O carro, um Corsa, com as placas indicadas, foi localizado instantes depois, ainda em Itapecerica, e o suspeito foi detido.

A manifestação se dividiu depois do ataque. Integrantes da marcha se deslocaram para a Delegacia Seccional de Itapecerica, onde o caso está sendo registrado, parte acompanhou Edilma até o hospital e uma terceira frente seguiu a caminhada à sede do Executivo municipal. A Polícia Civil ainda está ouvindo o suspeito.

A Frente Povo Sem Medo, composta por dezenas de movimentos sociais e sindicais contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), realiza na manhã desta quinta-feira (28) uma série de bloqueios em avenidas e rodovias de oito Estados e do Distrito Federal. O objetivo da frente é "parar o Brasil" em protesto contra o afastamento da presidente.

A maioria das manifestações acontece na cidade de São Paulo. Na Marginal do Tietê, um grupo de manifestantes interdita a pista local no sentido Ayrton Senna, próximo ao Sambódromo. O trânsito já está muito congestionado. Eles bloqueiam todas as faixas ateando fogo em pneus e pedaços de madeira. As chamas formam uma cortina densa de fumaça preta na região.

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O MTST também interdita totalmente a avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, o sentido centro da Ponte do Socorro, em Santo Amaro, e a Rodovia Anchieta, no quilômetro 23, sentido capital. Na Régis Bittencourt, o trânsito é grande nos dois sentidos, pois um grupo ateou fogo em pneus perto de Taboão da Serra. Na Rodovia Raposo Tavares, houve também um protesto, que foi encerrado no início da manhã. Estão previstos atos também na Marginal do Pinheiros, Radial Leste e na Jacu-Pêssego.

Pelo Facebook, o MTST confirmou nesta quinta que há 14 bloqueios organizados só em São Paulo. "O objetivo da mobilização é denunciar o golpe em curso no país e defender os direitos sociais, que entendemos estarem ameaçados pela agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a Presidência. Não aceitaremos golpe. Nem nenhum direito a menos", diz o texto divulgado pelo MTST.

Em Sumaré, no interior de São Paulo, o objetivo é "sitiar" a cidade fechando todos pontos de acesso ao município. Além disso a frente prepara bloqueios em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás.

Encontro com Dilma

As manifestações com o "Contra o Golpe e Pela Democracia" acontecem três dias depois de Dilma receber no Palácio do Planalto representantes do MTST, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores.

No encontro, Dilma ouviu pedidos para que aproveitasse os últimos dias antes da votação do processo no Senado para fazer acenos em direção à base que a reelegeu. Um dos pedidos é a nomeação de integrantes dos movimentos para preencher vagas deixadas por partidos que abandonaram o governo para apoiar o impeachment e entregaram seus cargos no governo.

Segundo relatos, os representantes dos movimentos sugeriram que Dilma tomasse uma série de ações que teriam como objetivo garantir a unidade das entidades na reta final da resistência ao impeachment e na oposição a um eventual governo Michel Temer. Entre elas reajustar o valor do Bolsa Família, retirar projetos enviados ao Congresso que afetam direitos dos trabalhadores, anunciar uma série de desapropriações agrárias e retomar as contratações de empreendimentos do Minha Casa Minha Vida.

Segundo participantes da reunião, Dilma ouviu com atenção e ficou de avaliar os pleitos.

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Uma frente de movimentos populares e de moradia está realizando vários protestos em Pernambuco na manhã desta terça-feira (26). Os atos acontecem em vias como BR-101, BR-232, Avenidas Caxangá, Recife, Norte, Sul e Agamenon Magalhães.

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As manifestações são em defesa da Presidente Dilma Rousseff e da democracia. “O sentido essencial é contra o golpe e pelo fortalecimento da democracia. Mas a nossa pauta é ampla, também consta a luta pelo saneamento, habitação , transporte e saúde de qualidade”, explicou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Marcos Cosmo.

Na BR-232, o fechamento de rodovia ocorre nos dois sentidos, no quilômetro 127, em Caruaru, no Agreste. Os atos são marcados com interdição de vias com fogo em entulhos e pneus. Por volta das 9h, as vias foram liberadas.

Confira no vídeo o impacto do protesto no trânsito nas imediações do Centro de Convenções:

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Um grupo com cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto de Pernambuco (MTST) que ocupa um terreno na BR-101, na Zona Oeste do Recife, nas proximidades do supermercado Atacadão, terá que deixar a propriedade invadida na última sexta-feira (1º). O espaço deveria ser utilizado para construção das estações de embarque e desembarque de passageiros das estações fluviais no Recife. O trânsito está complicado nas proximidades.

Doze viaturas da Polícia Militar (PM) trabalham na desocupação da área, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A reintegração de posse do terreno começou por volta das 15h30 e segue sem transtornos, segundo a PM. Os integrantes do MTST reivindicam moradia própria e digna.

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Os moradores construíram barracas com pedaços de madeira na área e dividem espaço com embarcações que serviram para o funcionamento da estação e para a drenagem do Rio Capibaribe. O líder do movimento, Otho Paiva, diz que a escolha do local não foi aleatória, considerando que o espaço está abandonado e não possui função social.

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto de Pernambuco (MTST) iniciou na madrugada deste sábado (2) a primeira ocupação da liderança na capital pernambucana. De acordo com informações do MTST, um grupo com cerca de 500 famílias ocupam um dos terrenos, na BR-101, que deveria ser utilizado para construção das estações de embarque e desembarque de passageiros das Estações Fluviais no Recife. Os trabalhadores passaram a noite no local e esperam receber ainda mais famílias 100 famílias para apoiar a causa e garantir uma moradia própria e digna para todos.

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As famílias e a liderança do MTST chegaram ao local por volta das 23h da sexta-feira (1º). Líder do movimento, Otho Paiva, explica que passagem dos trabalhadores pelo terreno funciona como uma pressão política direcionada à gestão municipal. "Queremos denunciar o déficit habitacional que temos no Recife e lutar pra garantir moradia digna pra pessoas que estão ocupando conosco e precisam ser ouvidas", falou. Otho também comentou que a escolha do local não foi aleatória, considerando que o espaço está abandonado e não possui função social. 

Orçado em R$ 289 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do tesouro estadual, o Projeto Rios da Gente, teve suas obras iniciadas em setembro de 2013. No projeto inicial, a ideia da Prefeitura do Recife era tornar Capibaribe navegável para transporte público fluvial até junho de 2014. Após três anos do pontapé inicial das obras, pouco foi feito. Em um das sete estações, nas margens da BR-101,  nas proximidades do supermercado Atacadão, na Zona Norte do Recife, é possível perceber o abandono e o descaso com a área pública.

Para a advogada Luana Varejão, do Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), que está apoiando a ocupação, com o abandono de um terreno público, a sociedade, através de barracos, cumpre seu papel social. "Com tanta gente precisando de casas e vemos tantos terrenos públicos abandonados, sem cumprirem sua função inicial. Ilegal é o Estado não ceder casas para as pessoas terem um teto, ilegal é o Estado não cumprir a constituição, que garante o direito à moradia a todos", argumenta. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Recife, o déficit habitacional é de 125.254 mil moradias.

Ocupando a área desde o início da madrugada da sexta, a dona de casa Sandra Maria conta que é mãe de seis filhos e que não tem condições de continuar pagando aluguel. "Vieram me avisar que ia acontecer essa ocupação e eu vim também querendo conseguir minha casinha. Moro de aluguel e faço biscates, a situação tá complicada e queria deixar o aluguel", lamentou. Para sua mãe, que também está presente com o movimento, o desejo é o mesmo. "Estou nessa luta há cinco anos e quero um local pra eu morar. No lugar onde moro não tem água, nem banheiro. Vou ficar aqui até a gente vencer", afirmou.

Além da obra atrasada, é possível perceber que o local está abandonado. Embarcações que serviram para o funcionamento da estação e para a drenagem do Rio Capibaribe estão enferrujadas e com pichações. Na ocupação o clima é de luta, resistência e esperança de uma resposta positiva do governo. "Queremos que dê tudo certo, só estamos fazendo valer nosso direito à moradia. Nosso objetivo é permanecer aqui até conseguimos nossa casa própria", comentou um dos ocupantes, Silvanildo Herculano, que não pretende sair do local até que consiga fazer valeu o seu direito. 

De acordo com o MSTS de Pernambuco e ocupantes do terreno, viaturas da polícia estiveram no local e conversaram pacificamente com as pessoas. Até a publicação desta reportagem, a Prefeitura do Recife ainda não havia se pronunciado sobre a ocupação e possíveis negociações. A liderança do MTST informou que pretende ficar no local até que um diálogo com a gestão seja iniciado. "Iremos continuar ocupando esse terreno e resistir a qualquer investida", concluiu Otho Paiva.  

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A Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos sociais e sindicais críticos ao governo Dilma Rousseff, alguns deles ligados ao PSOL, marcou para a próxima quinta-feira, 24, um ato em defesa da democracia, contra o impeachment de Dilma, mas também em crítica à política econômica do governo. O ato vai sair do Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, e seguirá até a sede da TV Globo, na zona sul. A expectativa é reunir 50 mil pessoas.

Segundo Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), um dos maiores a integrar a Frente, o objetivo é fazer um protesto que ao mesmo tempo em que aponta supostos abusos da Operação Lava Jato e rejeita o impeachment de Dilma, faz críticas à política econômica do governo.

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"Nossa posição é contra ao impeachment e procedimentos arbitrários da Lava Jato como a forma como foram divulgados os grampos e a condução coercitiva (do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) sem intimação prévia. Mas também vamos falar contra a reforma tributária, ajuste fiscal e lei antiterrorismo", disse Boulos.

O ato também vai se posicionar contra a "onda conservadora" que, segundo o coordenador do MTST, tem avançado na sociedade e pode ser notada em gestos de intolerância e violência contra pessoas vestidas de vermelho registrados nas últimas semanas.

Além dos movimentos e entidades sindicais que integram a Frente Brasil Sem Medo, a manifestação será engrossada por coletivos de artistas que se identificam com a pauta do protesto.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizaram na tarde deste domingo (8), em Brasília, protesto contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cerca de 200 pessoas, de acordo com o movimento, partiram do terminal rodoviário da capital federal e caminharam pelo Eixo Monumental até o gramado em frente ao Congresso Nacional. No local, incendiaram um boneco do peemedebista feito por eles.

Diferente do último protesto, a manifestação do MTST deste domingo é pacífica. No último dia 28 de outubro, quando protestavam contra a aprovação do projeto que tipifica o crime de terrorismo, eles entraram em confronto com manifestantes do Movimento Brasil Livre (MBL) que estão acampados no gramado desde a semana retrasada, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, houve bate-boca e empurra-empurra.

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Cunha é alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de mentir na CPI da Petrobras, ao dizer que não tinha contas secretas na Suíça. Documentos do Ministério Público suíço, contudo, confirmam que ele e sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, possuem contas bancárias, por meio das quais teriam recebido dinheiro de propina. Cunha também é investigado por ter patrimônio não declarado no exterior.

Churrasco

Neste domingo pela manhã, integrantes do Movimento Brasil Livre fizeram um churrasco no acampamento montado em frente ao Congresso. Eles assaram picanha e costela em churrasqueira montada no próprio gramado. Alguns manifestantes tentaram impedir o registro do churrasco por repórteres fotográficos e chegaram a hostilizar jornalistas.

Apesar de autorizado pelo presidente da Câmara, o protesto do MBL fere ato do Congresso de 2001 que proíbe a montagem de tendas no gramado da Casa. Pela assessoria de imprensa, Cunha disse que autorizou o protesto como "autorizaria qualquer outro movimento que não esteja sob riscos de segurança, nem coloquem em risco as pessoas que circulam pelo local, respeite o patrimônio público, as normas de trânsito e não tenha natureza hostil".

O protesto do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acabou com três integrantes do movimento detidos neste domingo (8), em Brasília. Segundo a Polícia Civil, um integrante de 15 anos do MTST agrediu outro membro do movimento de 19 anos durante uma discussão. O pai do adolescente se meteu na briga e também acabou detido. Eles foram levados para a delegacia, mas foram liberados após retirarem a denúncia.

O protesto do MTST começou no início da tarde deste domingo. Cerca de 200 pessoas, de acordo com o movimento, partiram do terminal rodoviário da capital federal e caminharam pelo Eixo Monumental até o gramado em frente ao Congresso Nacional. No local, eles chegaram a incendiar um boneco do presidente da Câmara feito por eles.

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Apesar do incidente interno, desta vez integrantes do MTST não entraram em confronto com membros do Movimento Brasil Livre (MBL) que estão acampados no gramado do Congresso desde a semana retrasada, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No último dia 28 de outubro, quando o protestavam contra a aprovação do projeto que tipifica o crime de terrorismo, houve bate-boca e empurra-empurra entre integrantes dos dois movimentos.

Cunha é alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de mentir na CPI da Petrobras, ao dizer que não tinha contas secretas na Suíça. Documentos do Ministério Público suíço, contudo, confirmam que ele e sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, possuem contas bancárias, por meio das quais teriam recebido dinheiro de propina. Cunha também é investigado por ter patrimônio não declarado no exterior.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) afirmou que não aceitará a paralisação das contratações de moradias da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida até o fim do ano. O líder do MTST, Guilherme Boulos, se encontrou com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e avisou que o movimento usará todas as formas de mobilização para fazer com que as contratações voltem à normalidade. A reação, diz ele, inclui desde ocupações de imóveis desabitados até o fechamento das principais rodovias do País.

"Se o governo não tiver a capacidade de fazer uma política pública para atender essa faixa de renda, vai ter um agravamento dos conflitos urbanos no Brasil. Não vai restar outra alternativa às famílias", afirmou.

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No mês passado, 30 mil pessoas, segundo o MTST - 10 mil na estimativa da Polícia Militar -, fizeram uma manifestação na capital paulista para cobrar o início das contratações da terceira etapa do programa.

Boulos diz que o déficit habitacional no País aumentou nos últimos anos, por causa da alta no valor dos aluguéis e da especulação imobiliária nas grandes cidades. Ele criticou a criação da faixa 1 do FGTS, considerada um "retrocesso" por causa das exigências - como ter o nome limpo - e da cobrança de contrapartidas. "Política habitacional demanda subsídio. Não precisamos do Minha Casa Minha Vida para mais uma linha de financiamento", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizam na tarde de quinta-feira, 16, uma passeata na região do Morumbi, zona sul da capital paulista. Cerca de 5 mil manifestantes, segundo a organização, marcham em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo.

O ato é em defesa de moradia popular e em protesto contra os atrasos nos laudos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de algumas áreas de ocupação.

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Segundo a Polícia Militar, a manifestação começou por volta das 12h55 próximo à estação Morumbi de trens. Uma das faixas da Marginal do Rio Pinheiros chegou a ser interditada pelos manifestantes, mas já foi liberada. A PM ainda não fez a contagem dos manifestantes.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) espera mobilizar 30 mil pessoas para a manifestação marcada para esta quarta-feira, 15. Segundo Josué Rocha, coordenador do MTST, a manifestação foi organizada há cerca de um mês, com iniciativa do MTST, juntamente com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao PSOL e movimentos sindicais - os principais deles o Conlutas e a Intersindical. Segundo o MTST, são esperados na manifestação na capital paulista Luciana Genro, ex-candidata presidencial, e o deputado Ivan Valente (PSOL).

"A nossa manifestação é contra o ajuste fiscal, o projeto que reduz a maioridade penal (de 18 para 16 anos), contra todo esse conjunto de pautas conservadoras que tem avançado no Congresso. Com a aprovação do PL 4330, a CUT se uniu a nós e vai protestar também amanhã contra a terceirização", disse Josué Rocha ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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Lideranças ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT) ouvidas pela reportagem reclamaram do pouco tempo para mobilizar seus sindicalistas - já que a CUT decidiu aderir uma semana atrás às manifestações do dia 15. "É muito pouco tempo para a gente organizar", disse uma das lideranças. "Ultimamente a gente tem dificuldade até para trazer os ônibus, reunir o pessoal", comentou outra.

A CUT convocou uma mobilização às 15h na frente do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. O MTST, MST e PSOL começarão a mobilização às 17h no Largo da Batata, na zona oeste, e sairão à noite em caminhada para a Avenida Paulista, onde se juntarão ao pessoal da CUT. A central convocou paralisação e manifestações também em Brasília e em outras 18 capitais.

As lideranças têm receio de a CUT ter uma participação desidratada, dado o curto prazo para organizar as ações. Uma fonte próxima à CUT disse à reportagem que a central espera reunir 3 mil pessoas amanhã. A reportagem não conseguiu contato com o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, para comentar os possíveis problemas de mobilização.

Na semana passada, na terça-feira, 7, a CUT reuniu apenas algumas centenas de manifestantes para protestar contra o PL 4330, que liberaliza a terceirização em atividades-fim, e contra a precarização do Sistema Único de Saúde (SUS). A CUT esperava reunir 10 mil naquela ocasião. No dia 13 de março, em atos pela defesa da Petrobras, a CUT conseguiu mobilizar 30 mil pessoas pelo País - 12 mil em São Paulo, segundo estimativa da Polícia Militar. Os organizadores falaram em 100 mil na Avenida Paulista. "Aquela manifestação a gente organizou 40 dias antes", disse uma liderança.

A previsão das atividades para esta quarta-feira começa com paralisações pela manhã - estão previstas paralisações em fábricas ligadas aos metalúrgicos do ABC. Bancários, químicos, petroleiros e funcionários do setor de transportes também podem cruzar os braços em cidades pelo País.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) bloqueou nesta quarta-feira avenidas e rodovias em sete Estados em protestos contra "políticas antipopulares" do governo Dilma Rousseff, como o ajuste fiscal, em reação às manifestações de domingo, consideradas "golpistas", e em defesa da "reforma urbana", por meio da ampliação do Minha Casa Minha Vida. Foram 23 pontos de interdição no País. Segundo o MTST, os atos mobilizaram 20 mil sem-teto.

Os manifestantes fizeram barricadas com pneus queimados e incendiariam bonecos que representavam os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, das Cidades, Gilberto Kassab, e da Agricultura, Kátia Abreu. Os bloqueios se espalharam por São Paulo, Rio, Minas, Paraná, Bahia, Ceará e Paraíba. Mais protestos devem ser realizados na quinta-feira e nas próximas semanas.

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Os atos fizeram contraposição às manifestações de domingo, quando uma multidão em todos os Estados do País foi às ruas contra Dilma. "Não vamos assistir calados ao aumento da intolerância, do preconceito, do ódio social, a defesa de intervenção militar e de golpismo. Esse tipo de posição e de pauta vai encontrar uma resistência brava e decidida por parte dos movimentos populares", afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, durante coletiva em São Paulo. O ajuste fiscal também pautou as manifestações. "A terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, com três milhões de moradias, ainda não foi lançada, apesar do acordo com o governo durante os atos na Copa do Mundo, no ano passado. Em vez disso, estamos vendo lançamento de políticas de ajustes antipopulares, que não condizem com o que a presidente prometeu durante a campanha eleitoral", afirmou Natália Zermeta, coordenadora nacional do MTST.

Segundo ela, as medidas do governo Dilma têm afetado as classes mais baixas, com o aumento, por exemplo, do preço da gasolina e dos aluguéis. O movimento afirma também que o ajuste fiscal de Levy vai afetar programas sociais. "Somos contra o ajuste antipopular do governo que já afetou programas como o Minha Casa Melhor, além de ter adiado até aqui o lançamento do Minha Casa, Minha Vida Três", disse o coordenador do MTST no Ceará, Róger Medeiros.

Outras reivindicações eram a ampliação das unidades destinadas a famílias de baixa renda e à modalidade Minha Casa Minha Vida Entidades, além da construção de habitações de maior qualidade e mais bem localizadas. "No ano passado, após uma ocupação em São Gonçalo, fechamos acordo para a construção de mil moradias. A gente precisa dos recursos e do terreno", disse Vitor Guimarães, um dos coordenadores do MTST no Rio.

O Dia Nacional de Lutas reuniu diversos movimentos sociais. Em Minas, aderiu aos atos o Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB). Houve bloqueios com pneus queimados pela manhã nas BR-050, 262, 365 e 497, no Triângulo Mineiro. Em Araxá, fecharam a BR-452. Integrantes do Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e das Brigadas Populares bloquearam as rodovias da Grande Belo Horizonte e as liberaram às 14 horas. Em Fortaleza, os sem-teto protestaram na frente do Palácio da Abolição, sede do governo estadual. O grupo também bloqueou a BR-116.

Com a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto da Bahia (MSTB) e do Movimento Passe Livre (MPL), um grupo de manifestantes acampou hoje no estacionamento da Secretaria Estadual da Educação, em Salvador. O MTST fechou a BR-101 em Niterói, no Rio, hoje. Para bloquear a rodovia, os manifestantes atearam fogo a pneus. O protesto causou congestionamento de 6 km na rodovia e reflexos até em São Gonçalo, cidade vizinha. O grupo também cobrou o lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida. Em Curitiba, o Movimento Popular por Moradia (MPM) fechou por três horas e meia os dois sentidos do Contorno Sul, na BR-376, ligação da capital com o interior. (Colaboraram Carina Bacelar, Tiago Décimo, Julio Cesar Lima, Carmem Pompeu, Leonardo Augusto e René Moreira, especiais para Estadão Conteúdo)

Após uma manhã de protestos e interdições, as rodovias que cruzam o Triângulo Mineiro tiveram o trânsito liberado. Durante mais de três horas houve manifestações em três estradas da região por parte de movimentos ligados aos sem-teto.

Foram registradas interdições nas BR-050, 262, 365 e 497, rodovias que ligam Minas Gerais a outras regiões importantes do País, como o Centro-Oeste. Entre as reivindicações dos manifestantes estão mais políticas habitacionais.

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Participaram das ações membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB), que queimaram pneus no meio das pistas. Na BR-262, em Campo Florido (MG), os manifestantes também exigiam o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida 3. O protesto na BR-365 ocorreu na saída de Uberlândia (MG) para Ituiutaba (MG), enquanto que na BR-050 ele foi registrado no acesso a Uberaba (MG). Na BR-452 os manifestantes se concentraram na ligação com Araxá (MG), na região do Alto Paranaíba. As pistas foram liberadas no final da manhã.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizará ao menos 30 bloqueios de vias de 13 Estados nesta quarta-feira, 18. No Dia Nacional de Lutas, para São Paulo, segundo o MTST, estão previstas 11 interdições em avenidas e rodovias durante a manhã. A coordenação do movimento confirmou 10 pontos de protestos.

Na zona sul de São Paulo, a concentração começou às 6h próximo ao Terminal Guarapiranga, e os manifestantes devem seguir rumo à Marginal do Pinheiros.

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Para as 8h estão previstos oito pontos: no Terminal João Dias, a marcha segue rumo às Avenidas Giovanni Gronchi, Carlos Caldeira Filho e à Estrada de Itapecerica; na Estação Corinthians-Itaquera, para a Radial Leste; na Avenida Aricanduva com a Ragueb Chohfi; em Guarulhos, na Grande São Paulo, o movimento deve ir às Avenidas Doutor Assis Ribeiro e Gabriela Mistral, na zona leste; na Avenida Senador Teotônio Vilela e na Avenida Robert Kennedy; na Praça Natal, com destino à Rodovia Presidente Dutra; no quilômetro 21,5 da Rodovia Raposo Tavares; e, em Taboão da Serra, reúnem-se no Largo da Taboão, de onde seguem para a Rodovia Régis Bittencourt. No final do dia, os manifestantes se reunirão no Terminal Ferrazópolis, às 17h, e marcham para a Rodovia Anchieta.

Dentre as reivindicações na pauta estão a exigência do lançamento imediato da terceira parte do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, "barrado até o momento pelo ajuste fiscal antipopular - e modificando profundamente a configuração em relação às primeiras duas etapas", com maior destinação a famílias de até três salários mínimos e empreendimentos em regiões mais centrais.

O movimento também pede que "as comunidades e os movimentos sociais devem ser tratados como caso de política e não de polícia pelos governos e pelo judiciário", e que sejam suspensos todos os despejos e a urbanização de todas as áreas ocupadas, além de tarifa zero nos transportes públicos e o efetivo combate da violência policial.

Rio

Uma manifestação de cerca de 50 ativistas do MTST e da Frente de Resistência Urbana bloqueou durante cerca de uma hora na manhã desta quarta-feira o trecho final da Rodovia Niterói-Manilha, no sentido da Ponte Rio-Niterói, bloqueando o acesso por aquela via ao Rio.

Em um ponto a cerca de um quilômetro da ponte, os manifestantes queimaram pneus e interditaram totalmente a pista. Um grande engarrafamento se espalhou da região para Niterói.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal chegaram ao local após as 7h e negociaram com os ativistas o desbloqueio. Em seguida integrantes do Corpo de Bombeiros começaram a apagar o fogo.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) faz sete protestos simultâneos na Grande São Paulo nesta quinta-feira (22) contra o aumento da tarifa de ônibus municipais, intermunicipais, de trem e metrô. No Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, o protesto reúne cerca de 500 pessoas, segundo a PM, e mil, de acordo com os manifestantes.

O grupo saiu às 18h10 da Praça de Taboão, em Taboão da Serra, em direção ao Terminal do Campo Limpo. O trajeto inclui o bloqueio da estrada do Campo Limpo, uma das mais importantes da região, no horário de pico. Entre os manifestantes há idosos e crianças, como costuma acontecer nos atos do movimento. "Um último recado: só para lembrar que nossa manifestação é pacífica", reforçou Natália Szarmeta, uma das líderes do MTST.

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Ela explicou que as reivindicações não abrangem só moradia. "O ato é contra o aumento da tarifa, que é mais um aumento no custo de vida do trabalhador que tem acesso a serviços sem qualidade. Assim como o aumento da energia elétrica e a questão da água. Mesmo sem água, os moradores continuam recebendo a conta para pagar no fim do mês", afirmou Natália.

Os manifestantes carregam bandeiras vermelhas e uma faixa na frente que diz "panelaço da periferia contra o aumento das tarifas e do custo de vida". Ao mesmo tempo que canta, o grupo faz batuque em panelas. A aposentada Djanira Rosa de Jesus, de 65 anos, participa de todas as marchas do movimento. "Não falto aos atos de jeito nenhum. Tenho ansiedade, tenho pressa para conseguir moradia. Mas nunca é do jeito que a gente quer. Hoje moro de favor em uma área de risco no Jardim São Judas com meu filho e netas. Sou pai e mãe para eles, não é fácil. Tenho esperança que saia minha casa logo", explicou ela, que reivindica moradia desde 1987. A polícia acompanha o protesto.

Cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fecharam um trecho da Radial Leste, no bairro Itaquera, na zona leste de São Paulo. O protesto, que terminou sem confusão, era contra o aumento da tarifa de ônibus, metrô e trem em São Paulo. Na última semana, o MTST decidiu organizar uma pauta conjunta com o Movimento Passe Livre (MPL) para realizar protestos pela periferia da capital e na Região Metropolitana. "Nos reunimos com o MPL e achamos importante lutar pelo aumento da passagem em conjunto", disse Josué Rocha, líder do MTST no acampamento da Copa do Povo. "A gente teve um aumento, mas ele não acompanha a qualidade do transporte. Quem mora na periferia não tem condições de comprar o bilhete único mensal e sofre com o preço alto da unitária", afirmou.

A concentração do protesto começou no centro de Itaquera, por volta das 17h. A maioria dos manifestantes eram moradores da Copa do Povo, -área invadida em maio de 2014 e depois adquirida pelo governo federal para reassentamento. Uma hora depois, o grupo ocupou a Avenida Itaquera e depois o sentido centro da Radial Leste em direção ao Estádio Itaquerão e ao Terminal do Metrô Itaquera. "A passagem aumentou, o feijão acabou", gritavam.

Zuleide Carvalho, de 45 anos, foi à manifestação acompanhada de seus dois filhos. Trabalha como diarista no centro de São Paulo e afirma que o aumento já prejudicou a renda familiar. "Não tenho esse tal bilhete mensal. É muito caro e acabo pagando mais caro pra me deslocar pro trabalho. É o dinheiro do leite e do feijão dos meus filhos", reclamou.

Na zona sul, os manifestantes saíram do Metrô Vila das Belezas e caminharam até o Terminal João Dias. Segundo o movimento, mais de mil pessoas participaram do ato. De acordo com a PM, foram 300. Houve ainda protestos no Terminal Jardim Ângela e no Terminal Varginha. No ABC, cerca de 50 pessoas, segundo a PM, caminharam até a Estação Santo André da CPTM. De acordo com o MTST, foram 350 pessoas. Outro grupo protestou no centro de Carapicuíba, na Grande São Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou na manhã deste sábado, 20, da entrega de 192 unidades habitacionais construídas no Jardim Salete, em Taboão da Serra, Grande São Paulo, com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo Federal, e do Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), do governo do Estado de São Paulo.

Lula exaltou a importância da população se organizar em movimentos sociais para conquistar seus direitos e exortou as famílias a cuidarem dos apartamentos que acabaram de receber. "Precisamos mostrar para essa gente que o pobre sabe cuidar do seu próprio nariz", disse Lula.

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Ele chegou e saiu do empreendimento sem falar com os jornalistas, que queriam saber a opinião do ex-presidente sobre as denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras e que trouxe nesta semana como fator novo o envolvimento do ex-ministro da Fazenda do primeiro mandato de Lula, Antonio Palocci.

Lula chegou ao condomínio João Cândido, com quase uma hora e meia de atraso acompanhado do candidato derrotado ao governo do Estado Alexandre Padilha (PT). O condomínio leva o nome do marujo negro que em 1910 liderou a Revolta da Chibata, em protesto contra a Marinha do Brasil, que à época castigava seus marujos com chibatadas.

Lula destacou a qualidade dos apartamentos que, com 63 metros quadrados são os maiores já construídos no âmbito do Minha Casa, Minha Vida. De acordo com Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, cada unidade custou R$ 96 mil.

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