Tópicos | mudar

Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) chamou a atenção no fim da entrevista coletiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a agenda que cumpre em Pernambuco, nesta sexta-feira (24). O senador não gostou quando o presidente foi questionado se estudava mudar a titularidade da liderança governista na Casa Alta, agora que teve bens bloqueados pelo Tribunal Regional Federal da 4 região (TRF-4), em ação da Lava Jato. 

No momento em que a pergunta foi direcionada ao presidente, Bezerra puxou Bolsonaro para que ele deixasse o local. E, aos risos, minimizou o questionamento. O senador foi o principal articulador da viagem de Bolsonaro ao Nordeste, a primeira desde que assumiu o comando do país. E, inclusive, estava apressado porque Bolsonaro vai participar da inauguração de um residencial do Minha Casa, Minha Vida em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A cidade é reduto eleitoral de Coelho. 

##RECOMENDA##

Coincidência ou não, o TRF-4 ordenou hoje que fossem bloqueados R$ 3 bilhões de bens do PSB, MDB e políticos das duas legendas. Bezerra, que deixou o PSB e atualmente está no MDB, terá congelado até R$ 258 milhões. 

Na ação, Bezerra e outros políticos são acusados de improbidade administrativa.

A pré-candidata a presidente Marina Silva (Rede), na noite desta quinta-feira (14), durante coletiva de imprensa, falou sobre suas propostas e opinou sobre temas diversos. A presidenciável afirmou que quer ganhar o pleito deste ano para mudar o País. “Eu insisto na ideia de que se ganhar, eu quero ganhar ganhando. Quer ganhar para governar o Brasil mudando o Brasil, melhorando a qualidade política, das instituições e com programas que de fato possa fazer a diferença”, ressaltou. 

Marina disse acreditar que a eleição deste ano será diferente porque acredita “na consciência” do povo brasileiro. “Eu sempre digo que a Lava Jato é uma das contribuições mais importantes da redemocratização e a população pode ajudar a Lava Jato fazendo a operação Lava Voto, eu acredito na operação Lava Voto”. 

##RECOMENDA##

Ela não lamentou o fato de possuir uma desvantagem com relação a alguns opositores por possuir apenas oito segundos no programa eleitoral, ao contrário se mostrou confiante. “Agora é só oito segundos. Eu pensava que era 10, me tiraram mais dois segundos, mas seria muito interessante que alguém com pouquíssimo dinheiro, sem grandes estruturas, apenas com oito segundos ganhar uma eleição para a Presidência da República mostrando que não precisa de montanha de dinheiro, não precisa de marqueteiro pago com dinheiro da Petrobras, dos fundos de pensão, do Banco do Brasil, acho que seria o começo de uma grande mudança”. 

Marina contou que ainda está dialogando para escolher o vice, mas adiantou que a análise do possível nome deve ter coerência com as ideias do partido ressaltando que não lhe interessa o poder pelo poder. Sobre possíveis alianças, a presidenciável ressaltou que estará no palanque de pessoas que tenham trajetórias de vida na direção do que pretende para o Brasil. 

“Que o Brasil possa ser passado a limpo e obviamente pessoas boas temos em todos os partidos. Se formos olhar para todos os partidos, a maioria está inteiramente contaminados, mas nesses partidos existem pessoas honestas. Nem todas as pessoas do PT se corromperam, nem todas do PSB, do PMDB, enfim temos que dialogar com as pessoas olhando para suas trajetórias. “eu não vou querer que os justos paguem por aqueles que cometeram os erros”, acrescentou. 

Nordeste e Pernambuco 

Marina Silva também falou durante sua explanação que quer ser a favor do Brasil, do Nordeste e de Pernambuco. “Acho que o Brasil está precisando de uma nova abordagem, tem muita gente se juntando para derrotar alguma coisa, nós queremos nos juntar para construir algo bom na saúde, na educação e na segurança”.

A historiadora e também professora falou que o Nordeste, à vezes, é visto por outras regiões como se nós fôssemos um problema. “Nós, na verdade, somos uma grande solução. Aqui temos um potencial grande para a agricultura, apesar dos problemas do semiárido, mas boa parte disso tecnicamente pode ser resolvido, Israel é um país muito mais seco do que o semiárido e produz de tudo”.

Marina ainda falou que o Nordeste possui um povo criativo, alegre, além de ser um estado de riqueza cultural imensa. “A gente sabe que é possível fazer a diferença também fazendo do Nordeste o grande roteiro para o turismo nacional e internacional. É uma beleza paisagísticas que é incomparável. Aqui também tem fonte de riqueza energia solar, pode investir pesado para prosperidade, energia eólica, geração de emprego e vida digna das pessoas”. 

Logo no primeiro domingo de março deste ano, durante um encontro da oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) denominado “Pernambuco Quer Mudar”, composto por políticos conhecidos pelo desejo antigo de comandar Pernambuco como os senadores Armando Monteiro Neto (PTB), Fernando Bezerra Coelho (MDB) e o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM), uma informação em particular divulgada durante o ato gerou muita curiosidade: o de que o movimento lançaria apenas um nome para disputar a eleição no estado. No entanto, passado quase três meses, o concorrente de Paulo Câmara ainda não foi divulgado. 

Na ocasião, a data marcada para lançamento seria no dia 7 de abril durante mais um evento do grupo, que aconteceu no município de Ipojuca, na Mata Sul de Pernambuco. Depois, passou para o dia 28 de maio e seria realizado no Hotel Marriot, no bairro de Boa Viagem, mas foi novamente alterado para o dia 4 de junho sob a justificativa da “grave crise de abastecimento de combustíveis que afeta a vida da população”.

##RECOMENDA##

O lançamento do pré-candidato a governador de Pernambuco da oposição foi adiado novamente, desta vez, para acontecer no dia 11 de junho. Em nota, a Frente das Oposições composta pelo PTB, DEM, PSDB, Podemos, PV, PRB e PPS explicou que o adiamento aconteceu “em respeito e solidariedade” aos pernambucanos por causa da paralisação dos caminhoneiros. 

O questionamento que fica por uma parte da sociedade se intensifica: Por que a oposição não revelou o nome de quem disputará a eleição no estado desde a  primeira data marcada? Há quem aposte que uma ''briga de vaidades” pode ter interferido na decisão. Mendonça Filho chegou a dizer, ao LeiaJá, que seria necessária muita discussão para escolher um nome entre tantos que foram cotados da oposição. Ele falou que a avaliação seria em cima de quem teria as melhores condições para governar Pernambuco e “liderar esse grande e amplo movimento político”. 

Em entrevistas ao LeiaJá, tanto Mendoncinha, FBC, como também Armando Monteiro não esconderam o “entusiasmo” de disputar o Governo de Pernambuco. Os três são os mais cotados ao lado também do filho de Bezerra Coelho, o ex-ministro de Minas e Energia Fernando Filho (PSB). 

O otimismo de Armando Monteiro

No encontro do Pernambuco Quer Mudar, em março, quando foi revelado que a oposição se uniu para derrotar Paulo Câmara, uma parte do público que participou do evento realizado na Arena Caruaru, no antigo Paladium, se mostrou curioso com um fato que passou despercebido pela maioria: em um palanque repleto de políticos, o último a falar foi Armando Monteiro. No geral, em eventos do tipo, os pronunciamentos que merecem “mais destaques” ficam por último. No caso, alguns associaram de imediato que ele seria o escolhido. 

Palpites à parte, com ou sem sentido, a verdade é que o petebista parece ter aceitado a derrota de 2014, quando perdeu a eleição no estado para Paulo Câmara, mas já ressaltou que o cenário atual é diferente: sem a presença do ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em acidente aéreo no mesmo ano. “Já não há mais o ex-governador, que era uma figura muito grande e poderosa presença no cenário político de Pernambuco”, salientou em referência que o escolhido por Eduardo foi Paulo Câmara à época. 

Em maio passado, Fernando Bezerra chegou a afirmar que o candidato do Pernambuco Quer Mudar será Armando. A declaração foi concedida por Bezerra durante uma entrevista à imprensa de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. “Estamos trabalhando de forma muito integrada e unida. De fato, o nome de Armando vem ganhando muita força e deverá ser o nosso candidato a governador a ser anunciado”, antecipou na ocasião. 

Disputa pelo poder

A cientista política Priscila Lapa acredita que a oposição, além de estar aguardando uma definição no que diz respeito aos partidos no plano nacional, há um ponto maior: a disputa pela liderança entre os nomes mais cotados sendo FBC, Mendonça Filho e Armando contribui para a demora. “Esses atores tiveram certo protagonismo agora nesses últimos dois anos no governo de Michel Temer. Acho que todos esses atores estão enxergando nessa eleição uma grande oportunidade de firmar o seu nome como uma liderança do estado”. 

“Você tem aí senadores disputando com deputado federal e aí quem é que pode mais neste momento? Acho que é essa grande questão. Como vão acomodar em uma chapa só pessoas que têm pretensões política imediatas? Dividir neste momento é extremamente complicado porque podem pensar que se ceder para o colega agora pode nunca mais ter esse espaço. É aquela história de que a política se constrói muito pelas oportunidades do momento. Se você deixa passar, você pode não reconquistar uma oportunidade desse tamanho daqui a quatro anos na próxima eleição”, explicou. 

Lapa ainda ressaltou que a estratégia de se unirem, embora com a dificuldade de um consenso, se deve ao fato de que a divisão seria pior já que cada um sabe as intenções de votos que possuem e que teriam um percentual pequeno, individualmente. “Juntar um grupo de oposição é muito mais visualizando esse projeto de poder maior do que simplesmente ganhar a eleição para governador, eles visam somar para principalmente fazer uma bancada maior de deputados estaduais e federais. Tentam montar uma chapa alternativa, o que pode representar uma vitória de certa forma na composição dessas bancadas. Pode não ganhar a eleição para governador, mas pode ganhar uma bancada significativa no Congresso e na Assembleia Legislativa”. 

Lapa ressaltou que o não lançamento de um nome é muito ruim estrategicamente porque quem está no poder já é uma figura conhecida ainda que tenha uma avaliação negativa e um desgaste. “Porque é alguém que pode trabalhar com a memória do eleitor reforçando realizações e também para construir alianças com mais pujança. Quem está na oposição é que precisa firmar o nome, se tornar conhecido pelo eleitor e mostrar para o eleitor qual é a proposta que tem em relação a representar uma alternativa e conquistar a confiança do eleitor”, explicou.

Lapa acredita que houve um erro estratégico do tempo. “Acho que eles já perderam o tempo de fazer esse lançamento para que consigam firmar com mais eficiência e para que o eleitor se identifique mais claramente esse grupo de oposição. O tempo é um fator primordial para ganhar espaço”. 

 

A cientista também acredita que a demora pode demonstrar para os eleitores um oportunismo eleitoral. “Como uma grande parte das pessoas que vão estar nesse palanque, de alguma forma, participaram do palanque de Paulo Câmara na última eleição e apoiaram o governo até um pouco tempo atrás, não vai ficar muito claro para o eleitor porque rompeu, o que pode parecer muito mais um oportunismo eleitoral do que a construção de um projeto porque um projeto você não constrói do dia para a noite”. 

 

A mudança na política pode transformar o Brasil. Essa é a opinião que prevalece entre os entrevistados no novo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa UNINASSAU, neste domingo (29), encomendando pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. Os recifenses acreditam que o principal desafio do país, neste ano eleitoral, é mudar a política, bem como enfrentar a corrupção. 

Apesar de os entrevistados terem a mesma opinião, o estudo mostra que o sentimento das classes A e B difere do exposto pelas classes C e D. Estes últimos, “culpam” intensamente os políticos, se mostram “exaustos” com os efeitos da “crise” e não possuem uma grande esperança com relação ao futuro do país. 

##RECOMENDA##

Por sua vez, as classes A e B mostra que estão indo à luta independente da política e estão otimistas quanto ao futuro. “Os eleitores das classes A e B fazem questão de afirmar que são independentes do Estado, que precisam ir à luta, e que não dependem da política para conquistar os seus objetivos, embora acreditem ser necessário acabar com a corrupção e mudar a classe política”, explica o coordenador do Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira. 

O cientista político também ressalta que ao culpar o Estado, as classes C e D revelam carência. “Afirmam que precisam dele [Estado] nas áreas da saúde, educação e segurança e não revelam autonomia para com o Estado. Estão sem esperança para com o Brasil e citam o tráfico de drogas e a violência como desafios enormes”, expôs. 

Na avaliação do porteiro Paulo Roberto, o país está se afundando. “A situação do brasileiro se encontra em uma situação muito difícil, o índice de desemprego muito grande, muitas lojas fechando na cidade, que antes você não via isso. Gostaria muito para o futuro do país mais transparência, que os órgãos se unissem com os políticos para ajudar o Brasil e não um querer ser melhor que o outro. Temos que tirar o país do jeito que está, a gente precisa melhorar muito”, declarou. 

Para o autônomo Ronilson Lemos, 64 anos, o sentimento também é de desesperança. Ele chegou a propor a volta da ditadura militar. “Tínhamos a ditadura, os prefeitos indicados e na minha visão as coisas funcionavam melhor porque víamos um retorno imediato. Sentia tranquilidade de sair nas ruas, não tinha risco de assalto. Digo preferir a ditadura militar do que o sistema democrático com o sentimento de desesperança, mas se a gente não tem políticos comprometidos. É uma classe desacreditada e desgastada”, lamentou. 

A pesquisa também mostrou que a categoria C e D falam bastante no poder da educação. “Para eles, a educação muda as pessoas e tem o poder de mudar a classe política. Jovens das classes D revelam o desejo de entrar na universidade pública, mas reconhecem falta de capacidade. Os eleitores maduros afirmam que os filhos precisam de uma boa educação para ter uma vida melhor”, salientou Oliveira.  

A pesquisa teve como finalidade, entre outros pontos, verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país e os presidenciáveis. O método utilizado foi o qualitativo, no qual os grupos foram segmentados por classe social residentes em diversos bairros da cidade do Recife. A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados.  

É considerado integrantes da classe A e B os que possuem renda familiar acima de R$ 5 mil reais. O grupo C tem renda entre R$ 4 mil e R$ 2 mil reais e os inseridos na D entre R$ 800 a R$ 1.200 reais. 

Mais um ato do grupo “Pernambuco Quer Mudar”, que aconteceu no último sábado (7), em Ipojuca, perdeu um pouco o brilho com a expectativa do ex-presidente Lula se entregasse à Polícia Federal (PF). Mas, nada impediu que os opositores ao governador Paulo Câmara (PSB) intensificassem as críticas contra o pessebista.

Um deles foi o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), um dos possíveis candidatos a governador de Pernambuco no pleito deste ano. Mendonça disparou crítica contra Câmara. “Não tem habilidade, é governador, mas não lidera. É governador, mas não governa, governam por ele, o entorno é quem manda, o entorno é quem conduz. E já de muito tempo já se dizia que não se governa governador, principalmente em Pernambuco”.

##RECOMENDA##

Mendonça também falou que “Na história de um estado do Brasil nunca se assistiu o que se assiste hoje em Pernambuco. Um governador no primeiro mandato, em busca da reeleição, com muito poder na mão, perdendo dia a dia cada vez mais aliados”.

 

Em entrevista ao LeiaJá, no mês passado, o democrata disse que Pernambuco precisava de um novo rumo. “Estou animado com a possibilidade de disputar o governo. Eu estou animado com a possibilidade de continuar ajudando a Pernambuco articulando para escolher um bom candidato a governador”, ressaltou.

 

 

Que muitos pernambucanos estão descontentes porque o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) votou a favor da reforma trabalhista, isso não é novidade. O que muitos irão contestar é que o tucano, durante o "Pernambuco Quer Mais", disse que em Pernambuco as mentiras não irão prevalecer. "Esse palanque será vencedor e as mentiras não prevalecerão", ressaltou em referência aos grupo "Pernambuco Quer Mais", formado por parlamentares que vem fazendo uma ferrenha oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). 

Daniel chegou a dizer que será um "soldado" no palanque da oposição. "[Sou] mais um  querendo dizer que Pernambuco quer mudar", disse categórico. O deputado também falou que fez questão de participar do ato, que aconteceu em Caruaru, nesse sábado (3), para contribuir com o diálogo sobre a mudança que Pernambuco precisa. "Os palanques estão se formando", avisou afirmando que o atual modelo em Pernambuco está "falido". 

##RECOMENDA##

Coelho pediu que "os argumentos mentirosos" não prevaleçam no debate da disputa eleitoral. Ainda fez diversas críticas ao Governo de Pernambuco. "Porque é o segundo com o maior desemprego e não podemos mais aceitar", disse afirmando que a proposta da oposição é diferente. Daniel ainda declarou que é necessário discutir uma gestão mais "moderna e eficiente". "Precisamos governar com o novo momento", salientou.

Ainda é cedo para fazer uma avaliação mais contundente sobre os prefeitos que assumiram, pela primeira vez, o comando dos municípios pernambucanos, afinal apenas se passou um pouco mais de um ano que estão à frente da gestão, vaga conquistada na eleição de 2016. No entanto, chama a atenção o perfil de um desses gestores: Anderson Ferreira (PR), prefeito de Jaboatão dos Guararapes, cidade que possui o segundo maior colégio eleitoral do estado.  

Se muitas dúvidas existem sobre o futuro de Jaboatão, uma verdade é certa: o perfil de Anderson é bem distinto do que o então candidato derrotado no segundo turno, Manoel Neco (PDT), que perdeu com uma porcentagem maior do que a esperada se for considerado que Neco era “mais conhecido” na cidade por ter sido vereador por oito vezes: Anderson venceu com 58,50% e Neco obteve 41,50% dos votos. 

##RECOMENDA##

O republicano Anderson faz parte de uma das famílias com a maior representação evangélica em Pernambuco, os Ferreira, tem um perfil bastante discreto, conservador, e evita falar com a imprensa. Neco chegou a chamá-lo, durante a campanha eleitoral, de “playboy” e, na época, foi advertido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para não voltar a usar o termo que foi definido pela Justiça como depreciativo. Por sua vez, Neco tinha um perfil mais voltado para o povo e um estilo mais “despojado”. Duas figuras distintas, que se chocavam em todos os aspectos, em busca do mesmo objetivo. 

Um questionamento fica para uma boa parte dos jaboatonenses: teria sido melhor para a cidade que ganhasse alguém da terra por se supor que conhece mais os anseios e problemas da cidade também tomada por muitos problemas? Ou Anderson, pela ascensão nacional conquistada por ser deputado federal licenciado por duas vezes, conseguirá mais parcerias e apoios para melhorias? O próprio Anderson já declarou que conseguiu construir uma relação pessoal com diversos parlamentares durante o tempo que passou em Brasília e disse que “não tinha dúvida nenhuma” de que os mesmos iriam ajudá-lo. 

Promessas em andamento

Poucos dias depois de ter sido eleito, Anderson garantiu que “uma nova geração” estava chegando em Jaboatão. Na época, salientou que iria focar em projetos que tivessem um cunho social e também uma atenção maior na área da saúde e da educação. 

Chegou a dizer, também, que a cidade foi permeada por “um erro grande” na área social e falou que era “uma vergonha” Jaboatão ter, segundo ele, três creches [na época]. Nessa quinta-feira (1), ele fez uma promessa ousada sobre o assunto e que, certamente, será muito cobrado: anunciou, durante abertura do ano letivo da rede municipal de ensino, que construirá 23 creches até o final do ano. De acordo com os dados divulgados pela prefeitura, hoje Jaboatão conta com oito estabelecimentos desse tipo, quatro dessa tendo sido construídas durante o primeiro ano de mandato.

Também neste mês, o prefeito e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), assinaram a ordem de serviço para iniciar a construção definitiva do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE), que foi orçada em mais de R$ 10 milhões. De acordo com os dados, o prédio vai ficar localizado no Engenho Bulhões, em Jaboatão Centro, e irá oferecer cursos de capacitação, qualificação e especialização na área de tecnologia para mais de 1.200 estudantes. 

O prefeito também criou o programa Jaboatão Invest-Saúde com o objetivo de firmar uma parceria entre a prefeitura e dez instituições de ensino superior do estado com o objetivo de abrir 25 mil vagas de estágio para estudantes de cursos da área da saúde. No setor da saúde, uma iniciativa diferente chama a atenção: o projeto Cuidar Bem, que conta com vans adaptadas para pessoas com deficiência [pacientes com microcefalia e que fazem hemodiálise e quimioterapia].

O clã dos Ferreira

Além de Anderson, também são membros da família o deputado estadual André Ferreira (PSC); o vereador do Recife Fred Ferreira (PSC), casado com a irmã de André e de Anderson; e o patriarca da família, o ex-deputado Manoel Ferreira. Uma das maiores pretensões é devolver ao patriarca Manoel um posto que conseguiu manter durante 24 anos: o de deputado estadual de Pernambuco. Ao todo, foram seis mandatos sendo o último encerrado em 2010. 

Também se cogita a possibilidade de André, que foi por três mandatos vereador do Recife antes de assumir uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em 2014, disputar uma vaga no Senado Federal. 

Diretores de cinema adotaram um tom de otimismo sobre a sequência de escândalos de assédio sexual em Hollywood, considerando um momento "positivo" que pode acabar com décadas de abuso e servir de exemplo para outros setores.

Na noite de sábado (11), vários profissionais disseram à AFP, na festa de gala anual do Governors Awards, que a enxurrada de acusações contra Harvey Weinstein, Kevin Spacey e outros pode, enfim, ser o ponto de partida de uma reforma na cultura do entretenimento e proteger futuras estrelas.

##RECOMENDA##

O director dos filmes da franquia "Guardiães da Galáxia" da Marvel, James Gunn, avaliou como "algo muito positivo para a indústria".

"É algo que existiu por muito tempo. É algo que detinha o ritmo de trabalho, prejudicava a criatividade e o fazer dinheiro, e simplesmente não é bom para nós", afirmou, antes da cerimônia de entrega de Oscar honorário ao veterano canadense Donald Sutherland por uma carreira de seis décadas e mais de 100 filmes.

"Muitas pessoas em Hollywood são, realmente, pessoas terríveis, e isso está vindo à luz", acrescentou.

Depois das revelações sobre Weinstein, o outrora poderoso produtor acusado de assédio sexual e até de estupro por várias mulheres, as notícias não pararam de surgir, envolvendo ainda astros como Dustin Hoffman e Richard Dreyfuss.

Em conversa com a AFP, o diretor de "A chegada" e Blade Runner 2049", Dennis Villeneuve também disse ver "algo muito positivo" no fato de as vítimas de abuso finalmente estarem rompendo seu silêncio.

"Hollywood é um espelho da sociedade e penso que o que acontece aqui, espero, vai se espalhar pela sociedade, porque essas coisas não podem acontecer", afirmou.

"Estamos em 2017. Não posso acreditar que isso continue acontecendo agora. O que eu escuto é que as pessoas estão tristes e, ao mesmo tempo, há um sentimento de alívio agora que se tornou público", comentou.

Alguns esperam que as revelações no mundo artístico se repitam nos corredores do poder.

"Com esperança, algo bom sairá disso, e é que as pessoas que estão em posições de poder não poderão sentir que podem sair por aí sendo intolerantes, praticando maus-tratos, sendo predadores e abusando do poder", disse o ator Andy Serkis, mais conhecido por seus personagens digitais em "O Planeta dos Macacos" e "O Senhor dos Anéis".

Na cerimônia, realizada no salão Ray Dolby de Hollywood, o roteirista e diretor independente Charles Burnett, o diretor de fotografia Owen Roizman e os cineastas Agnès Varda e Alejandro G. Iñárritu também receberam Oscars honorários.

A transição de gênero é um processo fundamental na vida das pessoas nascidas com uma identidade que não lhes corresponde, mas este caminho, que lhes permite uma transformação em sua vida social e que se submetam a tratamentos médicos e mudem a documentação, é cheio de dor e discriminação.

"Eu saí do armário trans aos 6 anos. Mas em seguida fui castigada. Quando alguém é apontado como um menino, mas sente que é menina, as pessoas tentam 'te normalizar'", conta Clémence Zamora-Cruz, que disse já ter sofrido cusparadas, puxões de cabelo e empurrões.

"Para mim esta normalização foi com violência", relatou Clémence que nasceu há 42 anos no México, mas deixou seu país aos 18 anos depois de ter passado vários meses nas ruas e ter sofrido durante anos.

Na França, conseguiu realizar-se profissionalmente como professora de espanhol, casou-se e milita em organizações sociais.

Entretanto, denunciou que sempre persiste uma "transfobia".

Muitos professores negam obstinadamente o uso da identidade de gênero que ela escolheu e chegou a receber uma multa por "fraude" porque sua identidade não estavam em dia.

Clémence lembrou também que um controlador de trens o forçou a ter "relações sexuais".

Depois de anos de luta da comunidade LGBT, o Estado francês facilitou em 2016 a mudança de identidade civil para as pessoas trans. Mas embora as confusões administrativas tenham diminuído, a discriminação persiste.

- 'Perguntas constrangedoras' -

Clémence menciona "o abuso" constante e "perguntas constrangedoras" como "você é operada?" ou "Como você se chamava antes?".

"Pode-se considerar que a transição não acaba nunca", lamentou essa mulher morena, de rosto redondo e cabelos longos.

Christelle, por sua vez, iniciou a transição depois de ficar 34 anos em um corpo que não lhe correspondia, o de um militar parrudo e imprudente.

"Eu sabia desde muito pequena", conta. "Mas é preciso muita coragem para poder falar isso", contou.

Durante esse tempo teve "três tentativas de suicídio". Depois sua mulher a deixou e sua filha não fala com ela.

Esta mulher morena com óculos também lembrou as "torturas" sofridas em algumas operações.

A depilação a laser para tirar a barba a fez sentir em todas as sessões "milhares de alfinetadas".

Para transformar seu pênis em uma cavidade vaginal viajou para a Tailândia e sofreu os efeitos do pós-operatório durante um ano.

"Eu chorava todos os dias. Tive que sofrer isso para poder ter depois uma vida normal", disse.

Aos 45 anos, Christelle continua no exército, está feliz casada com um militar, com quem tem um filho por reprodução assistida.

"Se eu não tivesse feito a transição, eu estaria aqui", disse. "Isso é uma certeza".

"Se há um ponto comum a todas as trajetórias, é a noção de que é algo inexorável. Para todos os meus pacientes trans, não havia outra opção", comentou o psiquiatra Thierry Gallarda, especialista no tema.

Mas a transição, cujo processo médico gera "júbilo", já que muda efetivamente a vida, também leva à arbitrariedade.

"Há corpos mais ou menos plausíveis".

- "Transfobia" -

Outro fator de injustiça é o sexo de nascimento.

"Se transita mais facilmente de +F para M+ (passagem de mulher para homem) do que o que de +M para F+ (homem para mulher)", afirmou a endocrinologista Catherine Brémont.

A testosterona, presente nos primeiros, tem um efeito muito rápido nos pêlos e na voz, que se torna mais grave.

"Eu me transformei em três meses", lembrou Axel Léotard, de 48 anos, agora com o cabelo raspado e com barba, que fez a mudança há 15 anos.

"É muito mais fácil para nós" do que para as +M a F+, que sofrem "a discriminação das mulheres, sejam biológicas ou trans", afirmou.

"O fato de ser um homem alto, baixo, careca ou cabeludo, fraco ou forte, nunca põem em dúvida sua virilidade", constatou o médico.

"Mas para uma mulher sempre haverá padrões".

Embora os hormônios permitam o desenvolvimento mamário e façam que a pelo seja menos oleosa, eles não têm qualquer efeito no tamanho e na estrutura corporal.

Além do sexo e da fisionomia, a transição gera também "iniquidades" ligadas a "idade, saúde e dinheiro", enumera SunHee Yoon, presidente da Acthe, uma associação de pessoas transgênero.

É melhor ser jovem, saudável, ser apoiado pela família e ter a capacidade de pagar as cirurgias.

A mais simbólica, a cirurgia de mudança de sexo, é realizada apenas em metade das pessoas trans, constatou Arnaud Alessandrin, sociólogo especialista no tema, para quem há "tantas transições quanto indivíduos".

O único ponto em comum para ele é "a transfobia" e a "discriminação". Antes, durante e depois do processo.

Muitos julgamentos na vida podem ser ruins, mas o que mais machuca são os das pessoas mais próximas. A cantora Katy Perry está passando por um desses momentos complicados da vida. De acordo com o Radar Online, seu pais Keith e Mary Hudson decidiram falar um sermão tudo sobre os momentos de maior escuridão na vida da estrela, sem medo de apontar o dedo para a filha.

Ambos são extremamente religiosos e durante a passagem pela Igreja Grace in Yorba Lind, na Califórnia, eles falaram tudo sobre a cantora. Os dois admitiram que ficam envergonhados pela imagem atrevida de sua filha no passado, mas admiram que ela tem tudo e imploraram:

##RECOMENDA##

- Não a julguem, orem por ela. Ela [Katy] lançou uma nova música chamada Rise que diz quando o fogo está sob meus pés. Isso é o que ela diz agora.

E continuaram falando sobre a música:

- Se você escutar essa nova música, você sabe sobre tudo. Ela falou sobre algumas coisas. Ela é boa. Eu quero rezar por minha filha. Não julguem, rezem por ela. Ela vai cantar Rise nas Olimpíadas este ano. Nós estamos muito orgulhosos disso.

Apesar de suas palavras positivas sobre a filha, o pai falou um pouco sobre o passado da cantora, admitindo que ela tem causado angústia para a família:

- Nós certamente gostamos mais do que I Kissed A Girl. Quando essa música foi lançada pensamos em nos mudar para a Venezuela por causa da vergonha que sentimos.

A mãe da estrela ainda completou dizendo:

- Nós estávamos indo salvar Hugo Chavez, mas era tarde demais para isso.

O pai da moça ainda completou dizendo:

- Eu falei com a minha filha outro dia. Eu falei que ela era realmente bíblica e ela disse O que quer dizer? E eu disse A bíblia fala de pescadores e homens e você é boa isca!

Will Smith decidiu que quer mudar de profissão e deixar sua carreira de ator de lado. Mas a decisão não estaria agradando muito sua esposa, Jada Pinkett Smith, que ainda é mãe de seus dois filhos, Jaden e Willow Smith. O ator, que já havia revelado a vontade que tem de entrar para a política, parece estar decidido sobre a nova carreira.

O astro de Um Maluco no Pedaço recentemente falou sobre Donald Trump, um dos candidatos à presidência dos Estados Unidos, estar o forçando a entrar para o mundo da política. E, segundo informações do site norte-americano Radar Online, a esposa do astro, que já rebateu um ataque de uma atriz de Um Maluco no Pedaço, está chateada com a decisão do marido e isso pode significar problemas em seu casamento.

##RECOMENDA##

- Ele está cansado de fazer filmes e quer um novo desafio, longe de Hollywood e para um ambiente mais intelectual. Além do mais, ele está travando uma estratégia para abandonar de vez Hollywood e ter um assento no Senado ou na Câmara dos Representantes, revelou uma fonte.

E, ao que tudo indica, o ator pretende se mudar para Washington DC, notícia que não foi muito bem recebida pelo restante dos familiares.

- Ele e Jada se estranharam neste grande momento de Will. Ela diz que ele está sendo delirante e egoísta, afirmou a fonte.

[@#video#@]

Uma descoberta que pode mudar a história do Budismo. Após três anos de escavações no santuário mais antigo do mundo, foram encontrados vestígios de uma estrutura de madeira no lugar do nascimento de Buda, o que permite datar pela primeira vez o começo desta religião.

##RECOMENDA##

Estudos do material achado debaixo do templo, sugerem que Buda nasceu no século VI a.C. Dois séculos antes do que se pensava. A vida de Buda, que segundo estudiosos, renunciou a riqueza material para buscar a luz, é conhecida apenas pela tradição oral.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando