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Um americano foi infectado duas vezes pelo novo coronavírus em um mês e meio de intervalo e a segunda infecção foi mais grave que a primeira, segundo estudo divulgado na terça-feira que detalha esse caso de reinfecção, um dos cinco registrados até agora no mundo.

"Ainda há grande ignorância sobre as infecções por SARS-CoV-2 e a resposta do sistema imunológico, mas nosso trabalho mostra que uma infecção anterior não protegeria necessariamente contra uma infecção futura", apontou o professor Mark Pandori, principal autor do estudo publicado em Jornal médico Lancet Infectious Diseases.

Isso implica que "as pessoas com teste positivo para SARS-CoV-2 devem continuar tomando precauções, como distância física, usar máscara e lavar as mãos", porque é possível se infectar novamente, explica Pandori, citado em um comunicado do revista.

De acordo com a revista médica, cinco casos de reinfecção foram confirmados até agora: em Hong Kong (o primeiro, anunciado em 24 de agosto), na Bélgica, na Holanda, no Equador e no estado norte-americano de Nevada (objeto deste novo estudo).

"Isso não significa que não existam mais, já que muitos casos de Covid-19 são assintomáticos" e, portanto, difíceis de detectar, avisa Pandori, especialista da Universidade de Nevada.

Os cinco casos são diferentes. No caso de Nevada e do Equador, a segunda infecção foi mais grave que a primeira, ao contrário do que aconteceu com as outras três.

No caso de Nevada - um jovem de 25 anos - nenhuma desordem imunológica ou qualquer outra doença anterior foi detectada.

Em 18 de abril, ele testou positivo pela primeira vez, com alguns sintomas (dor de garganta e dor de cabeça, tosse, náusea e diarreia). Ele se isolou em casa e sua condição melhorou. Depois disso, o teste foi negativo duas vezes. Mas 48 dias depois, em 5 de junho, voltou a apresentar resultado positivo, desta vez apresentando sintomas mais graves, como dificuldades respiratórias que exigiram sua internação no pronto-socorro e administração de oxigênio. Ele agora está recuperado.

Uma análise genética mostrou que essas duas infecções sucessivas foram causadas por duas cepas diferentes do coronavírus SARS-CoV-2, uma informação essencial para ter certeza de que é uma reinfecção.

"São necessárias mais pesquisas para entender por quanto tempo dura a imunidade contra a SARS-CoV-2 e por que algumas das segundas infecções, embora raras, são mais graves", afirma Pandori.

Quase oito meses após o primeiro caso no país, o Brasil superará neste fim de semana a barreira dos 150 mil óbitos pela pandemia da Covid-19, que retrocede lentamente, ao mesmo tempo em que a população acelera o retorno a uma perigosa 'normalidade'.

Com 212 milhões de habitantes, o Brasil acumula 149.639 falecimentos e 5.055.888 contágios, de acordo com números do Ministério da Saúde desta sexta-feira (9). O país é o segundo em número de mortes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 212.000 óbitos pelo novo coronavírus.

Após o primeiro caso, em 26 de fevereiro, e a primeira morte, em 16 de março, o Brasil viu os números crescerem até superarem um platô de 1.000 mortes diárias por quase dois meses, que começou a ceder em agosto (932) e setembro (752). Nos primeiros nove dias de outubro, a média diária é de 630 falecimentos.

A média de infecções diárias caiu de 40.659 em julho para 30.000 em setembro e 27.200 até agora em outubro. Os especialistas, porém, acreditam que o Brasil atravessa um momento de platô com números ainda considerados elevados, diferentemente dos países europeus e asiáticos, que, após alcançarem o auge da pandemia, viram uma queda mais drástica nos contágios e mortes.

"Chegamos a ter 55.000 casos por dia, mas continuamos com 27.000. Sim, é possível dizer que caiu mais de 50%, mas é como se você descesse do Himalaia para os Alpes, quer dizer, você continua na montanha", explicou à AFP José David Urbaez, pesquisador da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). "Depois das mortes caírem para 600, ainda haverá um caminho enorme pela frente, com muitas perdas", completou.

Sem plano nacional

Este platô coincide com a reabertura de mais atividades não essenciais, que, segundo os pesquisadores, está sendo feita sem coordenação nacional nem vigilância epidemiológica adequada, o que soma-se ao não cumprimento pela população das medidas preventivas.

"É quase impossível não retomar as atividades" em um país que é testemunha desde março do desaparecimento de mais de 10 milhões de empregos, afirmou o pesquisador Christovam Barcellos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"O comércio e algumas indústrias são importantes, mas isso deveria ser feito com muito cuidado e a gente observa que, infelizmente, o Brasil não tem uma coordenação nacional de procedimentos dessa retomada", completou, em declarações à AFP.

Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro bate de frente com governadores e prefeitos, que têm autonomia em temas da saúde.

Bolsonaro rejeitou a gravidade da pandemia e apoiou o retorno à normalidade para evitar o colapso da economia, aparecendo sem máscara em atos oficiais ou ao lado de admiradores.

Essa imagem do presidente, que contraiu a covid-19 em julho, "é terrível para que possamos ter uma ideia unificada do que é a pandemia no Brasil", lamentou Barcellos.

Por conta própria, os governadores e prefeitos colocaram em prática medidas de isolamento social, mas, há alguns meses, autorizam mais atividades como o turismo local, o retorno às aulas e a abertura de bares e restaurantes.

Estão em vigor medidas de prevenção, mas as praias do Rio de Janeiro e de outras cidades, por exemplo, costumam ficar lotadas a cada fim de semana com banhistas sem máscaras, apesar da proibição municipal.

À espera da vacina

Apesar dos erros, os dois especialistas destacam que o sistema de saúde tem conseguido melhorar o atendimento aos infectados e o tratamento dos pacientes em estado mais grave.

"Não sei se o pior já passou porque a gente não sabe o que está por vir, mas certamente tivemos momentos piores do que o atual", analisou para a AFP Jaques Sztajnbok, chefe da unidade de terapia intensiva do Instituto de Infectologia Emílio Ribas de São Paulo, estado líder em mortes por covid-19 no país.

"Muita coisa evoluiu desde o inicio do enfrentamento, então hoje, se a gente for olhar, a taxa de ocupação [da UTI] não é mais de 100%", completou. O Brasil desenvolve atualmente testes com quatro vacinas contra a covid-19. O governo espera produzir 140 milhões de doses no primeiro semestre de 2021. Urbaez, porém, aconselha evitar um excesso de otimismo.

"Acredita-se que a vacina resolverá definitivamente o problema e isso é difícil de afirmar", explicou o infectologista, que lembrou da importância de um longo processo para que se tenha uma produção e uma distribuição de sucesso.

Enquanto isso, o Brasil deverá encarar as pressões sobre sua economia, como o resto do mundo. O governo amenizou o golpe com ajudas emergenciais para quase um terço da população.

O FMI, que projeta uma contração econômica de 5,8% em 2020 no Brasil, alerta para riscos "altos e multifacetários", como uma segunda onda da pandemia e uma recessão prolongada.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta sexta-feira (9), que espera 2 bilhões de vacinas contra a covid-19 distribuídas globalmente pelo projeto Covax até o fim de 2021, iniciativa que conta atualmente com 171 países. Em entrevista coletiva, ele afirmou que a "melhor maneira de garantir a efetividade da vacina é fazê-la disponível a todos países". Adhanom elogiou a iniciativa da Moderna, que anunciou que não vai cobrar direitos de patente pelo seu imunizante durante a pandemia.

"Na Espanha, há grande aumento nos casos, mas não no número de mortes. É um avanço", afirmou o diretor-geral da OMS sobre a segunda onda, indicando melhora na maneira de lidar com a doença. Michael Ryan, diretor executivo da organização, afirmou que há outras alternativas efetivas na contenção de casos além dos lockdowns, que "estamos tentando evitar", indicou. "Japão e Coreia do Sul provaram que investigação de casos é eficaz", apontou Ryan, que ressaltou a importância da manutenção das atividades de rotina, em especial as escolas.

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Ryan afirmou ainda que há bons sinais sobre a vacina Rússia, "mas mantemos nossa posição de recomendar os protocolos de segurança" e a necessidade da realização dos testes. A líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou: "Não temos resposta ainda sobre a duração dos anticorpos. Há diferentes sinais" com estudos não convergindo nos resultados.

O Tribunal Superior de Justiça de Madri rejeitou nesta quinta-feira o confinamento perimetral imposto para combater a pandemia na capital e em cidades vizinhas, um revés para o governo espanhol, que se prepara para decretar estado de alerta na região.

Seis dias após a sua aplicação, o tribunal negou a ratificação da restrição de mobilidade que afetava 4,5 milhões de pessoas na capital e em outros nove municípios da região de Madri, a mais atingida da Espanha pelo vírus, com mais do dobro da média nacional.

Em comunicado, o tribunal alegou que as medidas, impostas pelo Ministério da Saúde apesar da rejeição do governo conservador regional, afetam "os direitos e liberdades fundamentais".

Diante do embate, o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, prepara uma possível ativação em Madri do estado de alerta, que, entre março e junho, serviu para amparar o confinamento severo imposto aos espanhóis para conter o vírus.

Em conversa com a presidente de Madri, Isabel Ayuso, contrária às restrições, Sánchez lhe propôs aplicar as mesmas medidas com uma lei regional ou aplicar o estado de alerta, seja a pedido próprio ou por decisão do Executivo central, assinalou o governo, que anunciou a convocação para amanhã de um conselho extraordinário de ministros, fórum em que deve ser aprovada a medida, que serviria para restaurar as restrições "que já vinham sendo aplicadas".

"Consideramos preocupante a evolução da pandemia em Madri. Em consequência, temos que colocar na mesa todos os instrumentos para achatar a curva", advertiu Sánchez horas antes, durante visita oficial à Argélia.

Segundo um comunicado da líder regional, as duas administrações terão uma reunião amanhã, na qual se espera "chegar a uma solução que beneficie os cidadãos e dê clareza".

'Grande confusão'

O revés na Justiça foi recebido com perplexidade pela população da capital, submetida há semanas a divergências políticas e normas sucessivas para conter a pandemia.

"Há uma grande confusão, porque eu, agora mesmo, não sei se estou desrespeitando uma norma", desabafou o aposentado Carlos, 70. "Ficamos um pouco confusos", concordou Mercedes, 65.

O confinamento parcial foi aplicado após uma intensa disputa entre o governo de esquerda de Sánchez e autoridades regionais conservadoras, contrárias às restrições devido, principalmente, às suas consequências econômicas.

Isabel Ayuso considerou a decisão da Justiça um respaldo à sua posição, mas recomendou aos cidadãos que limitem seus deslocamentos durante o fim de semana e o feriado de segunda-feira.

Em 21 de setembro, o governo de Isabel instaurou medidas para limitar os deslocamentos em alguns bairros da região, principalmente de classe operária, onde a incidência do vírus era alta. Em seu discurso, a presidente destacou que estas medidas começavam a dar resultado, e considerou desnecessário um fechamento generalizado, que seria negativo para a economia.

"Madri evolui bem, mas estamos em uma situação muito alta, das mais altas da Europa", advertiu o diretor do centro de emergências sanitárias espanhol, Fernando Simón.

Em sua decisão desta quinta-feira, o tribunal concluiu que a lei que protege estas medidas não permite limitar os direitos fundamentais da população. "Os direitos fundamentais que a Constituição atribui aos cidadãos não podem ser afetados por qualquer interferência não autorizada do Estado por parte de seus representantes por meio de um dispositivo com força de lei", diz a decisão do tribunal.

A corte reconheceu, porém, que está "ciente da gravidade da crise sanitária sem precedentes" sofrida pelo país e da "necessidade de se adotar medidas imediatas e eficazes (...) para proteger a saúde dos cidadãos e para conter a propagação da doença (...), entre as quais caberia incluir medidas restritivas de direitos fundamentais de maior, ou menor, alcance".

A Espanha registrou 800.000 casos e 32.000 mortes por coronavírus até o momento, e apresenta uma das incidências de Covid-19 mais altas da Europa.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), divulgou em seu Twitter nesta quarta-feira (7), que testou positivo para Covid-19. Apesar de ter testado negativo na segunda-feira (5), o petista disse que realizou um novo exame após o surgimento de sintomas gripais. A primeira-dama, Onélia Leite, também está com o novo coronavírus.

O governador informou que toda a agenda pública foi cancelada e seguirá trabalhando de casa nos próximos dias, em isolamento e seguindo recomendações médicas. "Neste momento estou bem, embora com alguns sintomas da gripe. Agradeço a todos pelas mensagens de carinho e vibrações positivas enviadas a Onélia, que se recupera bem, e espero em breve estarmos recuperados para retomar a agenda normal de trabalho", escreveu em seu Twitter.

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Camilo Santana é o 15º governador a testar positivo para covid-19. Anteriormente, contraíram o vírus: Helder Barbalho (MDB), Wilson Witzel (PSC-RJ), Renan Filho (MDB-AL), Paulo Câmara (PSB-PE), Antonio Denarium (sem partido-RR), Renato Casagrande (PSB-ES), Mauro Mendes (DEM-MT), Carlos Moisés (PSL-SC), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Eduardo Leite (PSDB-RS), Wilson Lima (PSC-AM), João Doria (PSDB-SP), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Reinaldo Azambuja (PSDB-MS).

A diretoria do Figueirense informou, nesta segunda-feira, que o lateral-direito Elácio, o lateral-esquerdo Brunetti e o atacante Nicholas testaram positivo para o novo coronavírus. O time catarinense enfrentará nesta terça-feira o CSA, em Maceió, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

"O trio já não participou do treinamento de domingo no CFT do Cambirela e se encontra em isolamento, cumprindo a quarentena, não integrando a delegação que viaja para Maceió nesta segunda-feira", diz a nota oficial do clube catarinense.

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"Todos os demais exames apontaram resultados negativos. O Departamento Médico do Figueirense segue acompanhando e monitorando os profissionais infectados pelo novo coronavírus, e o clube permanece seguindo à risca todos os protocolos e recomendações das autoridades de saúde", afirma o Figueirense.

Antes do trio, na semana passada, o Figueirense já tinha confirmado covid-19 no lateral-esquerdo Sanchez e no volante Geovane, além de dois membros da comissão técnica. Ao todo, o clube catarinense teve 11 casos positivos.

Após vencer o lanterna Oeste, por 4 a 1, o time do técnico Elano visitará o CSA na terça-feira, às 19h15, no Rei Pelé, em Maceió, pela 14ª rodada da Série B. O Figueirense ocupa a 16ª colocação, com 13 pontos, dois acima da zona de rebaixamento.

Neste domingo (4), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) registrou 68 novos casos de Covid-19. Desse total, 16% são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), enquanto os demais se mostraram leves, sem a necessidade de internamento hospitalar.

De acordo com a SES-PE, também foram registradas 15 mortes, sendo sete vítimas do sexo feminino e oito do sexo masculino. “Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Abreu e Lima (1), Araçoiaba (1), Belo Jardim (1), Cabo de Santo Agostinho (1), Carpina (1), Itapissuma (1), Jaboatão dos Guararapes (1), Paulista (2), Petrolina (1), Recife (2), Ribeirão (1), Salgueiro (1), Terezinha (1). Com isso, o Estado totaliza 8.333 mortes pela doença. Do total de mortes do informe de hoje, apenas quatro (27%) foram registradas nos últimos dias, sendo uma ontem (03/10), duas em 02/10 e 1 em 01/10. Os outros 11 registros (73%) ocorreram entre os dias 26/05 e 08/09. Os pacientes tinham idades entre 57 e 97 anos. As faixas etárias são: 50 a 59 (2), 60 a 69 (4), 70 a 79 (3), 80 anos ou mais (6). Dos 15 pacientes que vieram a óbito, 9 apresentavam comorbidades confirmadas”, detalhou a Secretaria.

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Com o boletim deste domingo, Pernambuco soma, ao todo, 149.417 casos confirmados do novo coronavírus. Já o número de óbitos agora é de 8.333.

Personalidades morreram vítimas do novo coronavírus em 2020. Foi o caso do designer japonês Kenzo Takada, que morreu neste domingo (4) aos 81 anos.

O saxofonista americano Lee Konitz, faleceu em 17 de abril aos 92 anos. O escritor chileno Luis Sepúlveda, 70, que foi forçado ao exílio durante a ditadura de Pinochet, morreu em 16 de abril.

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Sergio Rossi, 85, fundador da grife italiana de sapatos de luxo, faleceu no dia 3 de abril. O músico de jazz americano Ellis Marsalis morreu em 1º de abril aos 85 anos.

O senegalês Pape Diouf, 68, ex-diretor do clube francês de futebol Olympique de Marseille, faleceu em 31 de março. O saxofonista camaronês Manu Dibango (86) e o dramaturgo americano Terrence McNally (81) morreram em 24 de março. O líder indígena Paulinho Paiakan, um emblemático defensor da Amazônia, morreu em 16 de junho aos 65 anos.

Milhares de alemães que se opõem às medidas de saúde impostas devido à pandemia do coronavírus protestaram neste domingo (4) em Constança, perto da fronteira com a Suíça.

Os organizadores cancelaram uma marcha, mas realizaram uma manifestação perto das margens do Lago Constança, com uma participação menor do que as 20 mil pessoas que compareceram aos protestos anteriores em Berlim, segundo correspondentes da AFP no local e a mídia alemã.

A maioria não usava máscara, mas eles respeitaram a distância de 1,5 metro solicitada pelas autoridades, e alguns exibiam cartazes que diziam "Liberdade!". "O fato de termos que usar máscaras, de os alunos serem obrigados a usá-las nas escolas, é de alguma forma o símbolo mais óbvio (...) de uma situação atual completamente idiota", disse indignado Uwe, um manifestante de 61 anos.

No sábado, cerca de 10 mil pessoas formaram uma corrente humana nas margens do Lago Constança, no lado alemão, de acordo com estimativas da polícia. Essas manifestações reúnem uma multidão diversa, que inclui ativistas antivacinas, cidadãos preocupados com as restrições e também, segundo autoridades, partidários da extrema direita.

Os protestos ocorrem em meio a um ressurgimento das infecções na Alemanha, um país que se manteve bastante a salvo do novo coronavírus até agora.

Fiéis muçulmanos retornaram neste domingo (4) à Meca para a 'umrah', a peregrinação menor, em meio a rígidas medidas de precaução após sete meses de interrupção pela pandemia de Covid-19. Em pequenos grupos, cercados por profissionais de saúde que supervisionavam o uso de máscara e o distanciamento social, os fiéis começaram o "tawaf", que consiste em dar sete voltas ao redor da Kaaba, a construção cúbica no centro da Grande Mesquita de Meca.

Esta peregrinação pode acontecer durante todo o ano, ao contrário do hajj (a grande peregrinação), que acontece uma vez por ano e normalmente reúne milhões de fiéis de todo o planeta. "Em uma atmosfera de fé, o primeiro grupo de fiéis começou a peregrinação (menor) entre as medidas de precaução previstas", anunciou neste domingo o ministério do hajj e da umrah no Twitter.

Devido à pandemia, as autoridades sauditas decidiram retomar a peregrinação menor em três etapas, com medidas para evitar os contágios, como aconteceu no fim de julho durante o hajj.

Em uma primeira etapa, apenas 6.000 sauditas e residentes estrangeiros serão autorizados a cada dia, a partir deste domingo, a fazer a peregrinação. Os 6.000 fiéis serão divididos em 12 grupos para permitir o fluxo de movimento e garantir o respeito ao distanciamento físico durante as voltas ao redor da Kaaba, explicou o ministro do hajj, Mohamed Benten.

Em 18 de outubro, o número de fiéis (sauditas e residentes estrangeiros) autorizados a fazer a peregrinação aumentará a 15.000 por dia e outros 40.000 serão admitidos na Grande Mesquita para as orações diárias. Os fiéis procedentes do exterior serão autorizados a partir de 1 de novembro, quando o número de peregrinos admitidos aumentará a 20.000 por dia e o das pessoas autorizadas a fazer as orações a 60.000.

Os países de origem dos peregrinos estrangeiros serão selecionados pelo ministério da Saúde de acordo com a evolução da pandemia do novo coronavírus As autoridades decidiram autorizar o retorno da umrah para responder aos desejos dos muçulmanos do país e do exterior de visitar os locais sagrados, afirmou o ministério do Interior.

O retorno à normalidade só acontecerá quando as autoridades competentes decidirem que "qualquer risco (de contágio) está definitivamente descartado". Os fiéis não poderão tocar, como era comum, a Kabaa. A Grande Mesquita terá operações de limpeza todos os dias, antes e depois da passagem de cada grupo.

Durante o último hajj, que aconteceu entre o fim de julho e o início de agosto, pouco mais de 10.000 fiéis residentes na Arábia Saudita participaram na peregrinação, contra 2,5 milhões de pessoas de todo o mundo em 2019.

A drástica redução do número de peregrinos e as restrições sanitárias permitiram ao país afirmar que nenhum contágio por coronavírus foi registrado. O hajj não resultou em nenhum benefício econômico ao país, quando normalmente gera bilhões de dólares por ano.

O momento tão esperado por Luana Piovani chegou. Ela, que criticou várias vezes publicamente o modo como seu ex, Pedro Scooby, lidava com a paternidade após a separação, agora conta com ele como parceiro, como ela mesma, que está com Covid-19, contou na legenda de um clique da família neste domingo (4).

"Começando a semana com uma salva de palmas. A Cesar o que é de Cesar e Pedro merece toda minha gratidão. O caos fica pior quando alem de afetar a você, ele esbarra em outros. Esse vírus impede meus filhos de irem a escola e Pedro esteve fazendo a alegria deles todos esses dias de gaiola... Agora as crianças ficam com ele e a gaiola diminui de peso. Que bom poder tê-lo como parceiro e poder contar com você", escreveu a atriz.

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No clique, está inclusive a nova esposa de Pedro, Cintia Dicker. Nos stories, Luana contou que continua com coronavírus.

Recentes indicadores de que o ano não será tão ruim como previsto no início da pandemia não vão ajudar a salvar empregos na indústria automobilística. As fabricantes de veículos têm hoje quase 7 mil funcionários fora das fábricas, com contratos suspensos (lay-off), e a maioria delas acredita não haver demanda que exija o retorno desses empregados.

Com base em dados das empresas e dos sindicatos de trabalhadores, os programas de demissão voluntária (PDV) abertos nas últimas semanas têm como meta atrair mais ou menos esse número de adesões. Não significa, porém, que as empresas vão conseguir e a opção será demitir ou adotar novas medidas de flexibilização.

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A produção de veículos caiu 44,8% até agosto, ante igual período de 2019. A mão de obra foi reduzida em 4 mil postos, para 103,3 mil trabalhadores, quase 5% a menos do que o total empregado há um ano, sem incluir as empresas de tratores.

Demissão nas montadoras significa redução de quadro também nas fábricas de componentes. Fontes do setor calculam que 15 mil cortes já ocorreram nas autopeças. No segmento, formado em sua maioria por pequenas empresas, não há programas de voluntariado como aqueles feitos por montadoras, com ofertas atrativas.

A Volkswagen, por exemplo, oferece de 25 a 35 salários extras, dependendo do tempo de casa, para o funcionário que aderir ao PDV negociado com sindicatos das quatro fábricas do País.

O acordo inclui também medidas que vão desde o congelamento de reajuste salarial à suspensão de contratos por até dez meses. Quando começou a negociação, a empresa informou ter 35% de mão de obra excedente, ou 4,7 mil trabalhadores.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, mesmo que esse número não seja atingido, não haverá cortes aleatórios, pois a empresa poderá adotar as medidas de flexibilização.

No caso do lay-off, além de mais longo - normalmente a média é de cinco meses -, os trabalhadores vão receber 82,5% dos salários líquidos. Até agora, o governo banca parte dos salários e a empresa paga a diferença, assim o operário recebe o salário líquido integral. Hoje, a Volkswagen tem 1,5 mil funcionários com contratos suspensos.

A General Motors tem 2,7 mil operários em lay-off em cinco fábricas e abriu PDV em São Caetano do Sul e de São José dos Campos (SP). Ofereceu salários extras e um carro Onix Joy. Na unidade do ABC conseguiu 294 adesões. Insatisfeita, reabriu o programa na semana passada e quer mais 500 adesões.

"Nosso receio é que ela demita se não atingir essa meta", diz Francisco Nunes, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano. Na fábrica de São José foram 235 adesões, e a GM demitiu 42 pessoas. "Estamos tentando reintegrá-los", diz Valmir Mariano da Silva, diretor do sindicato local.

Produtividade

Para Paulo Cardamone, presidente da Bright Consulting, cortes iriam ocorrer de qualquer forma em razão da melhora da produtividade com a adoção de conceitos da chamada indústria 4.0, como robotização e digitalização. A pandemia acelerou e, talvez, intensificou o processo.

"Se o mercado continuar a se recuperar no próximo ano, é possível que algumas vagas sejam reabertas, mas acho difícil", afirma Cardamone.

Mesmo com a revisão de queda de vendas e produção que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fará na quarta-feira, possivelmente de 40% para cerca de 30%, e com a falta de alguns modelos nas lojas - como a da picape Fiat Strada, com fila de espera de 30 a 60 dias -, o consultor não vê muitas chances de recuperação de empregos nas montadoras.

Cardamone se baseia em conta básica indicando que, em 2013, ano de produção recorde, com 3,7 milhões de veículos, cada trabalhador produziu 27,4 unidades. Em 2019, com 2,94 milhões de veículos, o número para cada funcionário foi similar, de 27,6 unidades.

Neste ano, com produção de 1,11 milhão de veículos até agosto, a conta dá pouco mais de dez unidades por trabalhador. É preciso lembrar, contudo, que as fábricas ficaram fechadas por pelo menos três meses.

Crise pesa menos para fabricantes de automóveis de menor porte

A pandemia foi um pouco menos cruel para empresas de pequeno porte do que para grandes montadoras que produzem para o mercado de massa. Para as dez maiores fabricantes de automóveis, as vendas até agosto caíram 36% ante 2019. Para as dez menores, com participação de mercado abaixo de 1%, a queda ficou em 32%. Nenhuma tem funcionários em lay-off, embora algumas, como a PSA Peugeot Citroën, operem com jornada e salários reduzidos em 20%.

A BMW, do segmento de luxo - que caiu ainda menos, 17% no período -, diz que as vendas estão próximas às de 2019. A produção deve chegar a 8 mil unidades, ante 7,7 mil no ano passado. "Logo no início da pandemia lançamos uma série de projetos digitais, como o canal de vendas dentro do Instagram e do Facebook e teve grande aceitação", diz Aksel Krieger, presidente da BMW. A marca vai completar 25 lançamentos este ano, entre os quais modelos híbridos e elétricos que já venderam 491 unidades, ante 300 em 2019.

Das três maiores fabricantes, só a Fiat opera com quadro normal de funcionários e não tem plano de abrir PDV. A picape Strada, líder de vendas em setembro, tem fila de espera de até 60 dias. "A capacidade de produção da nova Strada dobrou desde o lançamento, em junho, para 12 mil unidades ao mês, mas os pedidos passam de 15 mil", diz o diretor Herlander Zola.

A fábrica de automóveis que é o retrato da crise do setor

Resultado de investimentos de R$ 1 bilhão, a segunda fábrica da Honda no País, em Itirapina (SP), ficou pronta no fim de 2015, em meio à turbulência da crise econômica e política que durou até 2017. Em razão disso, foi mantida fechada com seus modernos equipamentos cobertos por três anos até ser inaugurada em março de 2019 com a produção do modelo Fit.

Exatamente um ano depois, quando a fábrica estava recebendo a produção dos outros modelos da marca que serão transferidos da unidade de Sumaré (SP), foi pega por outra crise, a do coronavírus, e voltou a ficar fechada por 108 dias, até 10 de julho.

A filial tem hoje mil funcionários, todos transferidos de Sumaré e opera bem abaixo de sua capacidade, que é de 120 mil veículos ao ano, segundo Sidalino Orsi Júnior, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região.

A unidade de Sumaré, que também tem capacidade para 120 mil carros ao ano e até 2021 vai produzir apenas componentes, está em situação similar e tem hoje 2 mil funcionários. "A transferência para Itirapina foi interrompida", informa Orsi.

A nova fábrica já está produzindo, além do Fit, o HR-V e WR-V. City e Civic só devem ir para lá no próximo ano.

A Honda prevê queda de 40% em sua produção este ano, mas afirma que desde o início da pandemia não houve demissões e que "no momento deve manter seu quadro de colaboradores".

De 13 a 23 deste mês, 1,8 mil trabalhadores ficarão novamente em lay-off. A montadora informa que o novo período de suspensão é para realizar procedimentos técnicos que estavam previstos para ocorrerem nas férias coletivas de julho, mas foram remanejadas em razão da covid-19.

A direção da marca japonesa afirma que mantém seu plano de concentrar a produção de automóveis em Itirapina e deixar Sumaré apenas com os componentes.

"Essa configuração faz sentido, uma vez que a área do powertrain (conjunto de motor), assim como a de injeção plástica recebeu investimentos recentes e está apta a fornecer para a planta de Itirapina. As duas unidades serão complementares", afirma a empresa.

O grupo admite, contudo, que o cenário atual "é desafiador para a indústria, em especial a automobilística, que realiza planos e investimentos com visão de longo prazo." Até agosto o grupo vendeu 47,4 mil veículos, 44,6% a menos que em 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo francês deve anunciar nas próximas horas o fechamento dos bares de Paris a partir de segunda-feira para lutar contra a pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo que os restaurantes da capital apresentaram uma proposta de protocolo sanitário reforçado para evitar a medida.

A França registrou quase 17 mil casos positivos em 24 horas, um recorde. Os indicadores pioraram na região de Paris, que deve alcançar estado de "alerta máximo", que já é aplicado desde o fim de setembro nas cidades de Aix e Marselha (sudeste) e em Guadalupe (Antilhas).

Os bares da capital francesa já foram obrigados na semana passada a fechar as portas às 22h00. Os restaurantes ainda esperam evitar o fechamento e apresentaram uma proposta de sistema de controle reforçado: medir a temperatura dos clientes na entrada, obter seus dados e limitar os grupos de clientes a oito. O Conselho Superior de Saúde Pública anunciará na segunda-feira sua opinião sobre a proposta.

O governador João Doria (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (30) que, se a coronavac passar na fase de testes em voluntários e for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação poderá ocorrer já a partir de 15 dezembro e começará em profissionais de saúde.

"Os testes seguem até 15 de outubro. Mas estamos confiantes no resultado dessa vacina. Estamos avançando positivamente com esperança de que essa será uma das mais promissoras vacinas contra a covid-19. Vamos respeitar os procedimentos de testagem, e após aprovação da Anvisa, o início da vacinação está previsto para começar no dia 15 de dezembro, começando pelos profissionais da saúde", afirmou Doria.

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O governo de São Paulo assinou nesta quarta o contrato de fornecimento de 46 milhões de doses da coronavac até dezembro deste ano. Outras 14 milhões de doses devem ser fornecidas pela Sinovac ao Estado até fevereiro do ano que vem. O contrato assinado nesta quarta também prevê a transferência de tecnologia da vacina ao Butantã, que é parceira da empresa chinesa e coordena os testes do imunizante em voluntários no Brasil.

O estudo da vacina foi ampliado, de nove mil para 13 mil voluntários, e acontece em 16 centros de estudos espalhados por sete estados brasileiros e o Distrito Federal. De acordo com o presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas, sete mil voluntários já receberam o imunizante. Ele afirmou também que, em outubro, o Butantã receberá da Sinovac a matéria prima para ser transformada em vacinas no instituto. Uma fábrica do Butantã entrará em obras em novembro e será ampliada para produção da coronavac. O contrato assinado nesta quarta é de US$ 90 milhões.

"Importante lembrar que, para que possamos dar início ao programa de vacinação, temos que ter aprovação do órgão regulatório. As tratativas vem sendo positivas. Há entendimento de que uma vacina, ou as vacinas, são necessárias para que tudo volte ao normal. A nossa relação com o Ministério da Saúde é algo próximo e temos tratativa com o ministro Pazuello, com apoio e até o incentivo financeiro", afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. "São sinais de que teremos boa condução assim que tivermos a liberação da Anvisa. Não tenho dúvida de que essa vacina será inserida no Programa Nacional de Vacinação e será distribuída pelo SUS. Esperamos ter um grande número de vacinados no primeiro semestre no País", disse. No entanto, Gorinchteyn citou que, caso isso não ocorra, pode existir um plano de vacinação para São Paulo.

Na semana passada, o governo do Estado divulgou um estudo feito em 50 mil pessoas na China que indicou segurança da coronavac. Segundo o governo de São Paulo, 94,7% dos voluntários não apresentaram qualquer efeito adverso - índice que se equipararia a outras vacinas já amplamente usadas no Brasil, como a da gripe.

Custo

Doria informou que terá um custo de US$ 90 milhões - cerca de R$ 507,6 milhões - o contrato estabelecido com a farmacêutica Sinovac, para o fornecimento da vacina contra o novo coronavírus e troca tecnológica com o Instituto Butantan.

Segundo Doria, responsabilidade de pagamento é do governo do Estado caso o Ministério da Saúde decida não "estar alinhado" na aplicação do imunizante. Entretanto, o governador informou que o Estado tem trabalhado neste acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e disse que o ministro tem sido "positivo, republicano e dado um tratamento técnico à questão da vacina sem nenhum viés ideológico ou político".

De acordo com o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn, não há dúvida de que, a partir da aprovação pendente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), "as vacinas serão inseridas no Programa Nacional de Imunização e disponibilizadas de forma gratuita pelo SUS a toda população".

"Não é razoável imaginar que diante de uma pandemia, que já levou a vida de mais de 140 mil brasileiros, tenhamos uma visão ideológica, partidária, política e eleitoral num tema como esse", disse Doria. "Teimo em duvidar que governo federal faça algo desta natureza boicotar aprovação da Anvisa e diga que o tema da vacinação é ideológico", afirmou o governador.

Para ampliar a testagem da Covid-19 em Pernambuco, o secretário de Saúde André Longo anunciou que, durante esta semana, o centro de testagem localizado no Centro de Convenções, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, estará aberto ao público sem a necessidade de marcação prévia.

A divulgação foi feito na tarde desta segunda-feira (21), durante coletiva online. Secretário de Saúde não deu exatidão de quando a população já contará com esse serviço, sem a necessidade do agendamento. "Ele vai estar funcionando no modelo de "drive-thru" e pode ser procurado pela população diretamente", salienta Longo.

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Após mais de seis meses de paralisação, as escolas estaduais de Pernambuco e escolas privadas retomarão as aulas presenciais no dia 6 de outubro. As unidades de ensino da educação básica tiveram as atividades suspensas no dia 18 de março deste ano em razão da pandemia da Covid-19. O anúncio sobre o retorno foi feito nesta segunda-feira (21), pelo Governo do Estado, em coletiva de imprensa.

Segundo o Governo do Estado, alunos do terceiro ano do ensino médio serão os primeiros a voltar às unidades de ensino no dia 6 de outubro. Posteriormente, em 13 de outubro, o retorno contará com estudantes do segundo ano. Por fim, no dia 20 do mesmo mês, retornarão os alunos do primeiro ano, EJA, ensino médio técnico concomitante e ensino médio técnico subsequente.

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O secretário Estadual de Saúde, André Longo, garantiu que todas as pessoas envolvidas nas escolas que apresentarem sintomas do novo coronavírus serão testadas. Ele também justificou o retorno às aulas ao afirmar que muitas crianças e jovens já estão circulando em outros espaços, como shoppings; por isso, podem voltar às unidades de ensino respeitando os protocolos de saúde, como o distanciamento de 1,5 a 2 metros, uso contínuo de máscaras, lavagem das mãos, limpeza do espaço, monitoramento dos sintomas e a utilização correta de álcool gel. Também é obrigatória a medição de temperatura, além da organização fixa de grupo de estudantes.

"As escolas vão retomar suas atividades, mas diferente de como era", destacou, durante coletiva de imprensa, o secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amancio. O secretário ainda informou que a decisão pelo retorno será dos pais ou responsáveis. "A volta vai ser opcional. Fortemente a decisão será opcional", garantiu.

As próprias escolas particulares decidirão, conforme suas condições estruturais, se retornarão ou não às aulas presenciais. No que diz respeito ao plano pedagógico, cada unidade de ensino, seja ela privada ou pública, tem autonomia para organizar esse planejamento respeitando as particularidades de cada turma.

Ainda segundo o Governo de Pernambuco, estudantes e professores com fatores de risco não deverão retornar neste momento às atividades presenciais, mesmo se não foram infectados. Nesse sentido, o Governo do Estado pede que as atividades remotas continuem mantidas, para atender o público que não poderá ir às aulas físicas, formalizando assim o ensino híbrido.

Fred Amancio também informou que o rodízio de estudantes é outra estratégia que pode ser adotada pelas escolas. O objetivo é evitar salas aglomeradas, uma vez que o retorno precisa ser gradual. "Deve ser respeitado o distanciamento social de 1,5", reforçou o secretário, complementando que a tendência é que haja uma redução de metade dos alunos nas salas escolares.

De acordo com a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE), o segmento da educação básica no Estado é composto por 2,4 milhões de pessoas, entre estudantes, professores e demais profissionais ligados às escolas. Só na rede estadual de ensino, são cerca de 560 mil alunos e 1.060 escolas.

Educação infantil

A gestão estadual ainda comentou a situação dos alunos da educação infantil. Segundo o Governo, ainda não existe uma data cravada para a retomada desse grupo; nos próximos dias, os gestores deverão se reunir para discutir o contexto das escolas infantil.

Covid-19 em Pernambuco

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), mais de 141 mil casos do novo coronavírus foram confirmados em Pernambuco, 26.071 graves e 115.706 leves. O órgão também informa que o número de óbitos no Estado chegou a 8.025 mortes.

Pernambuco registrou, neste domingo (20), 475 casos do novo coronavírus. As informações constam no boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), que também confirma 12 óbitos pela Covid-19 nas últimas horas.

De acordo com a SES-PE, dos novos casos, 22 são Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e  os demais são considerados leves, sem a necessidade de internamento hospitalar. Com os registros de hoje, o Estado passa a contar com 141.517 casos de Covid-18 e 8.016 mortes.

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No que diz respeito aos óbitos registrados no boletim deste domingo, eles aconteceram nas seguintes cidades: Aliança (1), Bezerros (1), Cabo de Santo Agostinho (1), Caruaru (1), Escada (1), Igarassu (1), Mirandiba (1), Petrolina (1), Recife (1), Santa Cruz da Baixa Verde (1), Trindade (1) e Vitória de Santo Antão (1).

“As mortes registradas no boletim de hoje ocorreram entre 30 de abril e 19 de setembro. Do total de mortes do informe de hoje, um ocorreu no mês de abril e cinco ocorreram em maio. Os pacientes tinham idades entre 51 e 88 anos. As faixas etárias são: 50 a 59 (3), 60 a 69 (1), 70 a 79 (6), 80 anos ou mais (2)”, detalhou a SES-PE.

A pandemia do novo coronavírus causou pelo menos 957.948 mortes no mundo, desde que o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China relatou o aparecimento da doença em dezembro passado - aponta balanço da AFP deste domingo (20), compilado com base em fontes oficiais.

Desde o início da epidemia, mais de 30.849.800 pessoas contraíram a doença. Deste total, pelo menos 20.871.300 se recuperaram, de acordo com as autoridades.

Este número de casos diagnosticados positivos reflete apenas uma parte de todas as infecções, devido às diferentes políticas adotadas por cada país para diagnosticar casos.

No sábado, foram registradas 5.089 novas mortes e 291.505 infecções no mundo. Os países que mais registraram óbitos foram Índia, com 1.133; Estados Unidos, com 786; e Brasil, com 739.

O número de mortes nos Estados Unidos chega a 199.268, com 6.766.631 infecções. As autoridades consideram que 2.577.446 pessoas foram curadas da covid-19.

Depois dos Estados Unidos, os países com mais óbitos são Brasil, com 136.532 mortes e 4.528.240 casos; Índia, com 86.752 óbitos (5.400.619 casos); México, com 73.258 óbitos (694.121 casos); e Reino Unido, com 41.759 óbitos (390.358 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru apresenta a maior taxa de mortalidade, com 95 mortes a cada 100.000 habitantes, seguido por Bélgica (86), Espanha (65), Bolívia (65) e Brasil (64).

A China, sem considerar os territórios de Hong Kong e Macau, registrou um total de 85.279 pessoas infectadas, das quais 4.634 morreram e 80.477 foram totalmente curadas.

Desde o início da epidemia e até este domingo, América Latina e Caribe totalizam 322.661 mortes (8.709.926 infecções); Europa, 225.223 (4.825.798); Estados Unidos e Canadá, 208.518 (6.909.376); Ásia, 124.713 (7.183.805); Oriente Médio, 42.093 (1.788.575); África, 33.829 (1.401.274); e Oceania, 911 (31.053).

Esse balanço foi feito com base em dados das autoridades nacionais compilados pelas redações da AFP e com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Devido a correções por parte das autoridades, ou ao atraso na publicação dos dados, o aumento dos valores publicados nas últimas 24 horas pode não corresponder exatamente ao do dia anterior.

As escolas de educação básica devem medir a temperatura de alunos e professores, obrigar uso de máscara e respeitar o distanciamento mínimo de 1 metro para a volta às aulas presenciais em plena pandemia da Covid-19, afirma o Ministério da Saúde em documento de orientações divulgado nesta sexta-feira (18).

A data para retorno é definida por Estados e municípios. No documento, a Saúde recomenda que a volta de alunos e profissionais com doenças crônicas deve ser avaliada "caso a caso". O guia não tem força de ditar regras das unidades de ensino, mas serve como orientação.

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O ministério também informou que já repassou R$ 545,3 milhões para o apoio à retomada das aulas a municípios que participam do programa Saúde na Escola. A verba é destinada para a compra de materiais de limpeza e desinfecção, álcool em gel ou líquido 70%, máscaras, termômetros infravermelhos, além da "promoção da saúde e prevenção" da Covid-19.

No documento, a Saúde repete cuidados gerais contra a Covid-19, como uso constante de máscara, cuidados ao tossir e espirrar, higienização dos ambientes e distanciamento mínimo de 1 metro.

O ministério recomenda orientar pais ou responsáveis a levarem alunos ao atendimento médico, caso a criança apresente sintomas de síndrome gripal. As autoridades locais de saúde devem ser notificadas sobre casos suspeitos. Em casos confirmados, as escolas devem ser informadas, e as atividades "devem ser reavaliadas".

O documento, porém, não trata da busca de pessoas que tiveram contato com os suspeitos ou infectados, além do tempo mínimo de isolamento antes do retorno às aulas.

A Saúde orienta que escolas devem escalonar os horários de chegada e saída dos alunos, além de intervalos, para que turmas não se encontrem. Também recomenda evitar uso de áreas comuns, como bibliotecas e parquinhos.

As atividades físicas devem ser feitas ao ar livre, mantendo o distanciamento, e de máscara. As refeições, orienta a Saúde, devem ser feitas na sala de aula ou de forma escalonada em refeitórios, com higienização do ambiente entre as trocas de turmas.

A Saúde recomenda suspender o uso de armários compartilhados. Além disso, atividades especiais, como aulas de música ou teatro, devem ser feitas no mesmo local de estudos regulares, à distância ou suspensas.

Em creches, os cuidados devem ser "redobrados", com higienização de brinquedos e ambientes. A Saúde afirma que discutiu com o Ministério da Educação a elaboração do guia.

Alunos especiais também exigem cuidados específicos, diz a Saúde. Crianças e profissionais que precisem fazer ou interpretar leitura labial podem usar máscaras transparentes.

O MEC afirma que também divulgará um "protocolo de biossegurança", além de prever o repasse de R$ 525 milhões para a conta das escolas.

Como mostrou o Estadão, pelo menos desde o começo de julho a Saúde discutia um guia para volta às aulas presenciais. Outra orientação é fazer marcações no piso para mostrar o distanciamento entre alunos. A Saúde não trata da ocupação máxima das salas, mas recomenda que estejam limpas e bem ventiladas.

"Temos de nos adaptar à nova realidade. Onde vamos absorver hábitos, tudo isso aliado a uma futura vacina. Mas não podemos parar de viver. E com toda a segurança possível temos de iniciar essa retomada das atividades, que são necessárias até para a nossa saúde mental", disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, em entrevista à imprensa.

Na quarta-feira, 16, durante a posse de Eduardo Pazuello na Saúde, o presidente Jair Bolsonaro disse que as escolas não deveriam ter fechado na pandemia. "Somos o país com o maior número de dias em lockdown nas escolas. Isso é um absurdo", afirmou.

Grandes escolas particulares da cidade de São Paulo pretendem voltar às aulas com todos os alunos. Esses colégios vão usar o esquema de "bolhas" ou "clusters" já adotado em outros países, em que as turmas são divididas em pequenos grupos e fazem rodízio presencial. Dessa forma, os alunos acabarão indo uma ou duas vezes por semana à escola e fazem o restante do ensino remotamente.

A Prefeitura ainda não liberou a volta às aulas na capital e a decisão do prefeito Bruno Covas (PSDB) é esperada para a semana que vem. Profissionais das escolas passaram os últimos meses debruçados em logísticas - com altos gastos - para viabilizar a abertura e agora dizem temer que a cidade não autorize a volta. O Estadão analisou 14 protocolos de escolas particulares já prontos ou conversou com os responsáveis que finalizam os documentos. Todas se dizem prontas para abrir assim que for autorizado.

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A regra do governo do Estado é a de que, na primeira etapa, devem voltar apenas 35% dos estudantes sem especificar como essa conta deve ser feita. A gestão João Doria (PSDB) prevê a retomada em 7 de outubro, mas prefeitos precisam autorizá-la. Desde terça-feira, o governo paulista liberou a reabertura de escolas para a oferta de atividades extracurriculares, como aulas de reforço e, segundo o Estado, 128 cidades deram aval para iniciar a retomada de atividades presenciais.

A ideia das bolhas é a de que os alunos tenham contato com um grupo menor de colegas, o que diminui as chances de transmissão da covid-19 e controla melhor se ela eventualmente acontecer. Países como Alemanha e Inglaterra usaram o modelo. Muitas das escolas tomaram essa decisão com base em orientação dos Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, que cobram até R$ 250 mil para assessorar as instituições. A recomendação é de que esses pequenos grupos façam tudo junto e separados dos outros, como recreio, alimentação e aulas. Em muitas escolas, as carteiras até serão identificadas com os nomes dos estudantes.

Alguns pais, principalmente os que discordam da volta neste ano, acreditam que não vale a pena o filho retornar para ir poucas vezes na semana. "A gente precisa começar. Para chegar a um modelo completo, que todos desejamos, temos de passar por isso", diz a diretora pedagógica do Colégio Santa Cruz, Débora Vaz. "Faz parte do processo de aprendizagem, de como passar a viver juntos numa experiência segura. Nós - educadores, estudantes e família - estamos todos aprendendo."

No Santa Cruz, o protocolo prevê que crianças da educação infantil (creche e pré-escola) até o 1.º ano do fundamental irão duas vezes por semana; os de 2.º ano em diante, apenas uma vez, nesta primeira etapa. Para uma mãe do Santa Cruz que pediu para não ter o nome divulgado, não "vale a pena colocar toda uma comunidade escolar em risco, professores, profissionais de limpeza, porteiros" para que a filha vá poucas vezes ao colégio até o fim do ano.

No Colégio Oswald de Andrade, na zona oeste, as salas serão divididas em três turmas: por exemplo, 1.º ano C (grupo 1), 1.º ano C (grupo 2) e 1.º ano C (grupo 3). Em uma semana, o grupo 1 vai na segunda-feira à escola, o 2, na terça, e assim sucessivamente, começando novamente a sequência na quinta e seguindo na próxima semana. O mesmo vai ser feito em todas as séries, considerando os alunos cujos pais permitiram a volta. "Não há como justificar para o pai que um ano é mais importante que o outro", diz Claudio Giardino, diretor executivo do grupo OEP, que inclui os colégios Oswald, Elvira Brandão e Piaget.

Na Escola Viva, na zona sul da capital, a decisão foi a mesma. "Até pensamos em priorizar o 3.º médio, que não terá mais um ano, mas entendemos que voltar para a escola é um direito de todos, todo mundo que quiser vai poder voltar", diz a diretora Camilla Schiavo. Outras instituições ouvidas pelo Estadão com protocolos semelhantes são Colégio Dante Alighieri, Porto Seguro, Pentágono, Gracinha, Miguel de Cervantes, Escola da Vila e Projeto Vida.

No Colégio Bandeirantes, todos os alunos voltarão na primeira etapa, mas algumas séries irão em uma semana durante quatro dias e depois ficarão a outra semana em casa, quando vão outras séries. A Escola Luminova foi a única das ouvidas que escolheu retomar na primeira etapa só com educação infantil, 1.º e 2.º ano, "por serem séries de alfabetização e quem mais precisa desse tipo de atividade", diz o diretor acadêmico Luizinho Magalhães. O restante da escola permanecerá com ensino online.

Os professores, no entanto, principalmente da educação infantil e fundamental 1 (1.º ao 5.º ano), que são polivalentes, poderão ter contato com todos os pequenos grupos. "A professora é adulta, tem capacidade maior de controlar o distanciamento, foi treinada para os protocolos, então o risco é menor", explica a diretora de Desenvolvimento de Projetos e Consultoria do Hospital Albert Einstein, Anarita Buffe.

Quarentena de livros

Outras medidas que serão adotadas incluem quarentena de livros e exigência de cinco máscaras para cada aluno. As bibliotecas, em geral, permanecerão abertas, mas não será mais possível andar pelos corredores das prateleiras, tocando os livros, para escolher o preferido. Eles terão de ser pedidos para uma funcionária ou online. Isso acontecerá em Pentágono e Oswald.

No Dante e no Santa Cruz, as crianças deverão levar cinco máscaras cada para fazer três trocas. "Uma quando chega, uma no lanche, uma na saída", informa o protocolo do Dante. Outras escolas pedem uma quantidade menor, mas há a divergência sobre a idade em que as máscaras serão exigidas. A Sociedade Brasileira de Pediatria pede que o uso seja feito a partir de 2 anos, mas há colégios que só vão recomendar máscaras para crianças acima de 5 anos.

A refeição na escola também vai ser diferente. Em algumas, as cantinas estarão fechadas, em outras, vão funcionar em esquema delivery, como na Luminova. Outras permitem alimentação só na sala de aula. No Bandeirantes, o tempo no colégio foi reduzido e os alunos não poderão comer na escola. "Esse momento da alimentação é muito crítico, todo mundo tira a máscara, fica mais exposto", explica a diretora pedagógica do Band, Mayra Lora.

Há ainda recomendação para as crianças pequenas e professoras tirarem os sapatos assim que entrarem na sala de aula, como na Projeto Vida, na zona norte. Alunos maiores terão de levar poucos materiais na mochila e não compartilhar nada com colegas. Em comum, as 14 escolas consultadas vão medir temperatura de todos ao entrar, exigir distanciamento de 1,5 metro, sinalizar os caminhos para os alunos caminharem dentro do colégio e fazer rígida higienização do espaço e das mãos de todos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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