Tópicos | novo governo

A recomposição orçamentária da educação e a garantia da execução de estratégias consideradas fundamentais como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que distribui a escolas públicas livros didáticos e literários, estão entre os principais desafios do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que toma posse no dia 1º de janeiro. A educação é considerada uma das principais pastas do novo governo e será comandada pelo ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT).

De acordo com o relatório elaborado pela equipe de transição, o setor sofreu diversos cortes no orçamento e congelamento de verbas ao longo dos últimos anos. Além disso, diversas medidas institucionais prejudicaram o andamento de políticas públicas que vão desde a educação infantil até o ensino superior. A intenção é restabelecer espaços de diálogo recriando comitês e comissões e garantir a execução de programas federais considerados fundamentais para a oferta de uma educação de qualidade.

##RECOMENDA##

Desafios

Segundo o relatório da equipe de transição, o MEC e as autarquias sofreram, entre 2019 e 2022, retrocessos institucionais, orçamentários e normativos, observando-se falta de planejamento; descontinuidade de políticas relevantes; desarticulação com os sistemas de ensino estaduais e municipais e da rede federal de ensino; incapacidade de execução orçamentária; e omissões perante os desafios educacionais.

A recomposição dos investimentos e dos recursos para custeio das universidades e institutos federais, assim como a garantia das bolsas de estudo para estudantes e pesquisadores, é fundamental para a garantia de uma educação de qualidade, segundo a equipe de transição.

“O descaso com a educação atingiu diversos programas, como os de alimentação escolar, construção de creches e escolas, organização curricular, ampliação do tempo integral, iniciação à docência, entre outros. As poucas iniciativas adotadas foram tardias, beneficiaram um limitado número de estudantes e estiveram desconectadas das necessidades reais, como no caso da estratégia de formação de professores por meio de plataformas de educação a distância, sem coordenação nacional, incentivo e valorização dos educadores”, diz o texto.

Merenda será prioridade

Uma das prioridades, seguindo a bandeira de combater a fome no país, é a garantia de merenda escolar de qualidade. No Brasil, a educação básica deve ser ofertada em regime de colaboração com os estados e municípios. A gestão das escolas públicas cabe aos governos estaduais e municipais, mas o governo federal deve oferecer apoio.

Para a merenda, o governo federal repassa o equivalente a R$ 0,36 por aluno, chegando a R$ 1,07 para alunos do ensino integral, valores que não são reajustados desde 2017. Para a equipe de transição, o reajuste do valor da merenda é uma das questões emergenciais na educação. Além disso, deve ser priorizada a garantia de que cerca de um terço dos alimentos seja proveniente da agricultura familiar, como está previsto na Lei 11.947/2009.

Outra prioridade elencada pela equipe de transição é o apoio à educação infantil. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, até 2024, 50% das crianças com até 3 anos devem estar matriculadas em creches. Atualmente, conforme dados de 2019, essa porcentagem é de cerca de 38%.

A educação integral também deverá ser fortalecida. Segundo o PNE, pelo menos 50% das escolas públicas devem oferecer jornadas de sete horas diárias ou mais até 2024. Atualmente, de acordo com dados de 2020, essa oferta chega a 29,5% das escolas. Além disso, 25% dos alunos devem ser atendidos pela jornada integral. Esse índice é 12,9%.

Mais diálogo

O governo Lula pretende fortalecer os espaços de diálogo, em especial, com gestores estaduais e municipais, para garantir o regime de colaboração. O relatório aponta a importância da recriação de uma série de comitês e comissões que foram extintos desde 2019, como o Comitê Permanente de Planejamento e Gestão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Segundo a publicação, também constituem desafios a retomada de comissões paralisadas, a exemplo do Comitê Gestor do Programa Universidade Para Todos (CGProuni); o aperfeiçoamento de conselhos em funcionamento, como o Conselho de Acompanhamento e de Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb); e a criação de novos conselhos, como o Conselho Consultivo de Regulação, Avaliação e Supervisão da Educação Superior, com ampla participação de organizações que militam na área educacional.

Educação especial e escolas cívico-militares

O relatório aponta a necessidade de revogação de normas consideradas atrasadas e divergentes em relação um projeto de educação pública, gratuita, laica e democrática. “As normas educacionais mais recentes refletem esse movimento de ideologização, precarização e constrangimento da educação pública”, diz o texto.

Entre as medidas citadas está acabar com a política pública de educação especial que, de acordo com a equipe de transição, promove o isolamento social das crianças com deficiência. Para isso, a proposta é a revogação do Decreto nº 10.502/2020, que exclui as crianças com deficiência do convívio com as demais crianças nos ambientes escolares.

Outra proposta é avaliar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. A sugestão é que o presidente da República edite despacho orientando o ministro da Educação a avaliar os resultados da política pública prevista no Decreto 10004/2019, que instituiu o programa, sob critérios técnicos relativos ao custo-benefício, para definição sobre a dotação orçamentária e continuidade.

A bicampeã olímpica Fabi Alvim usou o Twitter, nesta terça-feira (27), para anunciar e celebrar a escolha da também campeã olímpica, Ana Moser, ao comando do Ministério dos Esportes no futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até a publicação desta matéria, nem Lula ou a própria Ana se posicionaram sobre o assunto, mas há a expectativa de que nomes de novos futuros ministros sejam divulgados ainda hoje. 

Na publicação, a líbero da seleção brasileira de vôlei destacou o fato de que Ana será a primeira mulher a ocupar o cargo. O nome da ex-jogadora de vôlei vem sendo especulado nos bastidores e dado como confirmado deste essa segunda-feira (26). 

##RECOMENDA##

"Primeira mulher ministra do esporte! Orgulho, @anabmoser! Firme na luta!", escreveu Fabi no Twitter.

[@#video#@]

Ana Moser é presidente do Instituto Esporte e Educação e fez parte da equipe que discutiu o tema na transição do governo. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a dedicação aos projetos de esportes e políticas públicas, além do trânsito livre entre organizações pesou para a escolha de Lula. 

A violência nas manifestações que ocorrem há uma semana e já deixou 7 mortos levou nesta quarta-feira (14) o novo governo peruano a declarar estado de emergência em todo o país por 30 dias. A partir de agora, as Forças Armadas podem dar apoio tático à polícia para preservar a ordem pública. A nova presidente, Dina Boluarte, já havia declarado emergência, mas apenas nas áreas afetadas pelos distúrbios.

Confrontos foram registrados em Lima na noite de terça-feira, 13, mas ontem havia a sensação de calma nas ruas da capital. Os peruanos afirmam que a calmaria não significa paz, mas uma expectativa sobre o que deve acontecer após a entrada em vigor do estado de emergência. Segundo o decreto, não haverá toque de recolher, mas os direitos constitucionais serão suspensos.

##RECOMENDA##

Durante o estado de emergência, a polícia e o Exército podem entrar em casas sem aviso prévio se considerarem que há algum risco. Também podem desmobilizar qualquer tipo de reunião social, seja um protesto ou uma festa de aniversário, e impedir as pessoas de viajarem para outras cidades.

Para analistas, a medida era a única saída do governo neste momento, mas pode ter um resultado ainda mais desastroso dado o histórico das Forças Armadas peruanas.

"A declaração de emergência pode incentivar mais rebeldia e piorar os protestos. As forças militares peruanas não têm antecedentes positivos em matéria de direitos humanos no momento de enfrentar manifestações sociais. Há um grande risco de que a repressão seja excessiva e acabe em mais protestos", afirma Carlos Meléndez, analista político e integrante do 50+1 Grupo de Análises Peru. Meléndez diz que o governo tinha a alternativa de mobilizar as Forças Armadas para proteger ativos estratégicos sem a necessidade de declarar estado de emergência, mas isso deveria ter sido feito no começo dos protestos.

Desde a tentativa de golpe do ex-presidente Pedro Castillo, há uma semana, manifestações se espalham pelo Peru pedindo a realização de eleições gerais antecipadas. Algumas pedem a soltura de Castillo.

Estradas continuavam ontem bloqueadas em 14 das 24 regiões do país e 4 aeroportos que haviam sido tomados ainda estão sem funcionar. Os locais com mais distúrbios estão ao sul, onde fica a cidade turística de Cuzco, Arequipa e Apurímac.

"É uma decisão dura, mas necessária diante da situação de descontrole, principalmente fora de Lima. Houve ataques a empresas privadas e instalações estratégicas. Creio que não havia outra opção", afirma o analista político José Carlos Requena. Segundo o Ministério da Saúde, os protestos em Lima, Apurímac, Huancavelica e Arequipa deixaram 7 mortos e 168 feridos.

Boluarte, que assumiu a chefia de Estado após a destituição de Castillo, afirmou ontem que acredita ser viável a antecipação das eleições gerais para dezembro de 2023. Após o aumento dos protestos, Boluarte, que assumiu dizendo que ficaria no cargo até 2026 - quando acaba o atual mandato -, apresentou uma proposta ao Congresso para antecipar as eleições para abril de 2024.

Reformas

A medida não foi suficiente para conter os manifestantes, que pedem eleições já. A data de 2024 foi proposta para dar tempo ao governo de fazer reformas eleitorais antes da nova votação. "Sem as reformas, se prevê que as consequências (de uma nova eleição) serão as mesmas: fragmentação política e facilidade de corrupção no financiamento partidário em uma nova campanha eleitoral. Mas não estamos no melhor momento para reformas pré-eleitorais enquanto o país pega fogo, literalmente", diz Melendez.

O Congresso - eleito em 2021 - discutirá nesta quinta, 15, a antecipação das eleições, mas o cenário é incerto. Alguns congressistas acham que a votação não deve ser antecipada, outros divergem sobre a data: se fala em fim de 2023 e até mesmo abril.

Castillo

Hoje será votado também o pedido de prisão preventiva de Castillo. Ele está preso em uma base policial desde o dia 7, quando tentou dar um autogolpe e foi destituído pelo Congresso. Um pedido de liberdade foi negado ontem, pois a Justiça considerou que há risco de fuga. O ex-presidente é acusado de rebelião e conspiração e pode ficar 18 meses preso preventivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos partidos de direita que mais cresceram nas eleições deste ano, o União Brasil, fruto da fusão do DEM com o PSL, iniciou as negociações para se tornar o fiel da balança na coalizão em que o presidente eleito, qualquer que seja ele, terá de costurar com o Congresso a partir de 2023.

A legenda é aliada do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), mas condiciona o apoio à sua reeleição ao cargo, em fevereiro, a um acordo para manter o comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), as mais cobiçadas, e aumentar o seu poder.

##RECOMENDA##

A CMO deve se consolidar como o "coração" do orçamento secreto - mecanismo revelado pelo Estadão -, controlando a indicação de emendas parlamentares para redutos políticos dos congressistas. Na CCJ, por sua vez, transitam todos os projetos.

Na prática, ter o comando dessas comissões garante interferência na pauta e nas verbas negociadas durante as votações. A cúpula do Congresso condiciona o avanço da agenda de reformas à manutenção do orçamento secreto, com o qual o governo barganha emendas parlamentares para obter apoio de deputados e senadores.

Na quarta-feira passada, Lira se reuniu com a bancada do União Brasil e foi aplaudido após defender o orçamento secreto. De acordo com deputados que participaram do encontro, realizado na Câmara, Lira afirmou que o mecanismo é "transparente" e defendeu seu aperfeiçoamento para evitar que ele seja revogado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o presidente da Câmara, o orçamento secreto representa a independência e a autonomia do Congresso em relação ao Executivo. Na reunião com os parlamentares do União Brasil, Lira também mencionou o número de deputados da Casa para dizer que 513 cabeças pensam melhor do que a de alguns ministros. "Ninguém é criança para imaginar que o Congresso vai abrir mão (do mecanismo)", afirmou o deputado Danilo Forte (União Brasil-SP), ao comemorar o aceno de Lira.

No encontro, integrantes da legenda concordaram que não era o momento de fechar apoio formal a um novo mandato do atual presidente da Câmara. Argumentaram que é preciso aguardar o segundo turno da eleição presidencial e também negociar a distribuição dos espaços na Casa.

CARGOS

"À exceção de um candidato próprio do partido à presidência da Câmara, Lira tem nossa simpatia, a minha, pessoalmente. Ele foi muito correto conosco no cumprimento dos acordos, reconhecendo os espaços que tínhamos direito", afirmou o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil na Câmara.

Para Elmar, o partido pode ficar com apenas uma das comissões - CMO ou CCJ -, se tiver o controle da liderança do bloco ou da federação. Nesse caso, o Progressistas de Lira ficaria com a outra comissão. Uma ala do União Brasil, no entanto, não quer abrir mão dos colegiados que controla hoje, sob o argumento de que, com o atual presidente da Casa, o Progressistas já teria o principal cargo na Casa. "Não é só apoiar o Lira porque o Lira está lá. É fechar com o Progressistas, mas dentro de uma circunstância de diálogo. O partido vai querer pelo menos manter o que tem hoje ou aumentar", disse Forte.

Durante a conversa de parlamentares do União Brasil com o presidente da Câmara, o ex-ministro e deputado federal eleito Mendonça Filho (União-PE) defendeu a valorização da bancada e destacou que o partido não vai ser uma legenda de "um dono só". Foi um recado ao presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, que acumulou divergências com integrantes da sigla durante as eleições estaduais pernambucanas.

Além das comissões, o partido também quer relatorias de projetos estratégicos que serão votados na próxima legislatura. A pauta ainda não foi definida e dependerá dos acordos com quem for eleito presidente. O consenso é de que a legenda vai defender a aprovação das reformas tributária e administrativa, a manutenção do poder do Congresso sobre o Orçamento, além de rejeitar a pauta de costumes.

"Para a governabilidade de um governo Lula, por exemplo, é melhor ter a CCJ presidida pelo Progressistas ou pelo União Brasil do que pelo PL, com alguém ligado ao Bolsonaro, que venha a travar as pautas importantes", disse o deputado Junior Bozzella, vice-presidente do União Brasil em São Paulo.

FEDERAÇÃO

O partido abriu negociação para uma fusão com o Progressistas de Lira, mas descartou essa opção no momento porque o estatuto do novo partido, oriundo da fusão entre DEM e PSL em outubro de 2021, proíbe outra formação como essa dentro do prazo de cinco anos. A alternativa discutida internamente é criar uma federação partidária, uma espécie de coligação que deixaria os dois partidos vinculados durante quatro anos no Congresso, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais.

O modelo da federação é visto com ressalvas, pois demanda um acordo das duas legendas em todos os Estados e municípios, forçando uma única composição nas eleições municipais de 2024. Dessa forma, líderes dos dois partidos têm avaliado a formação de um bloco partidário na Câmara e no Senado, formato já previsto no regimento das duas Casas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (24), que não pretende ter algumas figuras históricas do PT na sua equipe ministerial em um eventual terceiro mandato.

Citando nominalmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro-chefe da Casa Civil em seu governo, José Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoíno, Lula disse que “nenhum deles” aceitaria participar do primeiro escalão de governo caso ele seja eleito em outubro.

##RECOMENDA##

"Obviamente que eles não vão repetir a passagem deles pelo governo. Não há necessidade e eu poderia te dizer sobre as personalidades que você citou: nenhum deles aceitaria. Eu vou te antecipar, nenhum deles aceitaria participar porque eles sabem da importância que eu tenho de fazer um governo ousado para o período de 2023 a 2026", afirmou o petista durante entrevista à rádio Super Notícia, de Minas Gerais.

Lula ainda enalteceu Dilma Rousseff, mas contou que pretende dar espaço aos mais novos.

"Não tem sentido uma ex-presidente trabalhar e auxiliar em um outro governo. Eu tenho um profundo respeito pela Dilma, ela tem uma competência técnica extraordinária, mas eu acho que tem muita gente que surgiu depois que nos governamos esse país. Tem muita gente nova que vamos colocar e essas pessoas que têm experiência podem ajudar me dando um palpite, conversando. Às vezes, as pessoas podem me ajudar não fazendo nada", observou.

Neste momento, ele foi questionado então sobre o motivo de ter aceitado, em 2016, comandar a Casa Civil no governo de Dilma. Lula disse que chegou a tentar convencer a aliada de que não seria eficaz ao governo ele comandar o ministério. Na época, Lula era alvo da Lava Jato e conversas de bastidores apontaram que a intenção era garantir o foro privilegiado ao petista na investigação.

O Líbano anunciou, nesta sexta-feira (10), um novo governo após 13 meses de intermináveis negociações políticas que agravaram uma crise econômica sem precedentes que mergulhou milhões de pessoas na pobreza.

O chefe de Estado, Michel Aoun, e o primeiro-ministro designado, Najib Mikati, "assinaram o decreto para formar o novo governo na presença do chefe do Parlamento Nabih Berri", informou a Presidência no Twitter.

A nova equipe inclui personalidades apolíticas, algumas delas com boa reputação, como Firas Abiad, diretor do hospital estatal Rafic Hariri, que coordena a luta contar o coronavírus.

A primeira reunião do governo de 24 ministros está prevista para segunda-feira (13), anunciou o secretário-geral do Conselho de Ministros, Mahmud Makiye.

O país está sem um novo governo desde a renúncia do gabinete de Hasan Diab, poucos dias após a explosão no porto de Beirute em 4 de agosto de 2020, que provocou mais de 200 mortes e devastou bairros inteiros da capital.

Desde então, a crise econômica sem precedentes no país se tornou ainda mais grave. O Banco Mundial a considera uma das piores do mundo desde 1850.

Com uma inflação galopante e demissões em larga escala, 78% da população libanesa vive abaixo da linha da pobreza, segundo a ONU.

Uma descida ao inferno: perda do valor da moeda local, restrições bancárias sem precedentes, eliminação gradual dos subsídios e escassez de combustível e medicamentos. Além disso, o país passa parte do tempo no escuro há meses, com grandes apagões.

Os geradores de bairro assumem o fornecimento, mas racionam a corrente nas residências, empresas e instituições por falta de combustível, muito caro e escasso em um país com escassez de divisas e que suprime subsídios a diversos produtos básicos.

- Desafios -

O próximo governo terá de enfrentar vários desafios, como chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional, com o qual as negociações estão interrompidas desde julho de 2020.

Para a comunidade internacional, é uma etapa essencial para tirar o Líbano da crise e desbloquear ajudas.

Há mais de um ano, a comunidade internacional condiciona a ajuda à formação de um governo capaz de combater a corrupção e realizar indispensáveis reformas profundas.

Desde a explosão, ela se limitou a fornecer ajuda humanitária de emergência, ignorando as instituições oficiais.

No final de julho, Aoun encarregou Najib Mikati, ex-primeiro-ministro e o homem mais rico do país, da formação de um novo governo após o fracasso de seus dois antecessores.

O ex-primeiro-ministro Saad Hariri desistiu em meados de julho, após nove meses de negociações difíceis. Depois de renunciar, ele acusou o Irã, principal apoiador do movimento Hezbollah, de "dificultar" a criação de um governo reformista.

Antes dele, o embaixador Mustafa Adib já havia tentado formar um Executivo. Em vão.

Apesar das ameaças de sanções da União Europeia (UE) e advertências e acusações de "obstrução organizada" nos últimos meses, os líderes políticos libaneses ainda não deram o braço a torcer.

No início de agosto, o presidente francês Emmanuel Macron, que acompanha de perto a situação no Líbano, acusou a classe dominante, odiada pelo povo e que sobreviveu ao levante popular de 2019, de defender seus interesses pessoais em detrimento dos coletivos.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e o prefeito eleito, João Campos (PSB), iniciam, nesta terça-feira (1º), o processo de transição das gestões. Os dois pessebistas se encontram para tratar do assunto no edifício-sede da Prefeitura do Recife, no Bairro do Recife, a partir das 14h30. 

O filho do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido em 2014, conquistou o cargo de gestor da capital pernambucana para o quadriênio 2021-2024 no último domingo (29), após receber 447.913 votos. Ele disputou o segundo turno contra Marília Arraes (PT), que conquistou 348.126 votos. Uma diferença de quase 100 mil votos entre eles.

##RECOMENDA##

No comando da Prefeitura do Recife, João terá diversos desafios e um deles será acomodar os partidos que estiveram junto com ele na Frente Popular: MDB, Rede, PCdoB, Solidariedade, Pros, PV, Avante, Republicanos, PP, PDT e PSD. A posse acontece daqui a um mês, em 1º de janeiro.

Ao assumir nesta quarta-feira (2) a pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ministra Tereza Cristina afirmou que o setor agrícola brasileiro é alvo de “acusações absolutamente infundadas” em questões relacionadas ao clima e à biodiversidade, e que o país é um “modelo a ser seguido, jamais um transgressor”.

“São relevantes as questões relacionadas ao clima, à sustentabilidade e à biodiversidade. A discussão honesta deveria partir de uma premissa básica: o Brasil é um país com legislação ambiental extremamente avançada e que mais soube preservar sua florestas nativas e matas ciliares. Nosso país é um modelo a ser seguido, jamais um transgressor a ser recriminado”, destacou Tereza Cristina em seu discurso de posse, na sede do ministério, em Brasília.

##RECOMENDA##

“Acusações absolutamente infundadas partem de todos os lados, inclusive de organizações internacionais estabelecidas amistosamente aqui”, acrescentou ela, ao ser fortemente aplaudida por um auditório lotado.

Segundo ela, os ganhos de eficiência do setor agropecuário brasileiro causam "temores a outros participantes do mercado”.

Em seu discurso, Tereza Cristina destacou que a pasta deve ter mais proximidade com o setor empresarial da agricultura. Prometeu também atenção especial aos agricultores familiares, principalmente com esforço na regularização fundiária. Outra medida prioritária deve ser simplificar processos de fiscalização. “Simplificar não significa precarizar”, afirmou.

Nessa terça-feira (1º), por meio de medida provisória assinada pelo presidente recém-empossado Jair Bolsonaro, o Ministério da Agricultura passou a concentrar algumas atribuições, como a identificação, a delimitação e a demarcação de terras indígenas, que eram antes de responsabilidade da Fundação Nacional do Índio (Funai). Na mesma medida, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi transferido para a pasta da Agricultura.

Uma das primeiras mudanças na estrutura do ministério, anunciada ainda na fase de transição, em dezembro, foi a criação da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, que fica sob o comando do técnico em zootecnia Luiz Antônio Nabhan Garcia.

Segundo informações divulgadas em dezembro pela equipe de transição, ele deve ficar à frente de um conselho interministerial sobre o assunto, ainda a ser criado, e vai tratar da regularização fundiária, incluindo as atividades de identificação e demarcação de terras indígenas e quilombolas, o licenciamento ambiental e as políticas de reforma agrária.

Outro órgão que foi transferido para o ministério foi o Serviço Florestal Brasileiro, antes ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Duas outras secretarias também foram criadas na Agricultura: a de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação e a de Agricultura Familiar. Retorna ainda à estrutura da pasta a Secretária da Pesca e Aquicultura.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou ao "Estadão/Broadcast" que a reforma da Previdência será a "prioridade número um" do futuro governo e deve ser encaminhada no primeiro semestre ao Congresso. E, segundo ele, a proposta é que seja uma votação única, e não fatiada, como chegou a ser dito até pelo próprio Jair Bolsonaro.

Mourão disse que a ideia é aproveitar parte da reforma que foi enviada pela equipe do presidente Michel Temer, mas com alterações que serão feitas pelo governo Bolsonaro. Entre elas, ele citou mudanças nas regras de transição (que inclui uma espécie de "pedágio" sobre o tempo que falta para a aposentadoria) e a introdução do modelo em que a pessoa contribui para uma conta individual que no futuro servirá para pagar os benefícios, chamado de capitalização.

##RECOMENDA##

O Estado apurou que há como fazer todas as alterações desejadas pela nova equipe econômica - que será comandada pelo futuro ministro Paulo Guedes - a partir de emendas apresentadas à reforma de Temer, inclusive a introdução do sistema de capitalização.

Essas alterações podem ser feitas no texto que está pronto para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados, o que agilizaria todo o processo. Uma proposta inteiramente nova precisaria cumprir todo o rito legislativo, o que levaria pelo menos seis meses, considerando uma base aliada articulada e empenhada na tramitação.

O principal ponto da proposta de Temer é estipular como idade mínima para se ter direito à aposentadoria no Brasil 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, ao fim de um período de duas décadas de transição.

No início do mês, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que a reforma da Previdência poderia ser encaminhada ao Congresso de forma "fatiada", com foco inicial no estabelecimento de idade mínima para aposentadoria, respeitando uma diferença de tempo entre homens e mulheres.

Sobre a fala de Bolsonaro, Mourão disse que o fatiamento era uma referência ao fato de a proposta envolver diferentes medidas, entre elas o estabelecimento de idade mínima, mas que a votação seria feita de uma única vez.

Impostos. Mourão também defendeu a aprovação da reforma tributária como outra prioridade do próximo governo. "A reforma tributária é tão importante quanto a previdenciária", disse o futuro vice-presidente. Para ele, o País está "afogado em tributos".

Questionado sobre a estratégia de Bolsonaro de dialogar inicialmente com frentes temáticas - como as bancadas ruralista ou da segurança -, Mourão considera que o presidente eleito já falou com todos os partidos e tem "habilidade" para lidar com o Congresso, principalmente pela sua experiência como parlamentar.

Ele dialogou com o antigo Congresso, com o novo ainda não. "Boa parte da Câmara foi renovada", ponderou.

A equipe de transição enfrenta uma corrida contra o tempo para formar a estrutura do novo governo, que terá 22 ministérios, com a fusão de pastas e a extinção do Ministério do Trabalho. Segundo informações do Ministério do Planejamento, pasta que passará a integrar o Ministério da Economia, o governo atual precisará editar, nos últimos dias de 2018, uma medida provisória (MP) e diversos decretos para que os futuros ministros e secretários tomem posse em 1º de janeiro.

Por envolver a redistribuição de órgãos em diversas pastas, a extinção do Ministério do Trabalho poderá exigir um projeto de lei. A medida provisória é necessária para a fusão das pastas e a criação das secretarias especiais que herdarão várias funções dos ministérios incorporados. Sem a MP, alguns ministros e secretários nem podem tomar posse. Em tese, o texto pode ser publicado no Diário Oficial da União em edição extraordinária, ou em 31 de dezembro ou em 1º de janeiro.

##RECOMENDA##

Orçamento

Além da MP, o governo terá de editar decretos para remanejar a verba de ministérios extintos para os futuros superministérios da Justiça e da Economia. Aprovado na última quarta-feira (19), o Orçamento Geral da União para 2019 estabeleceu as dotações conforme a estrutura atual de governo. O futuro mandatário precisará editar um ou mais decretos de crédito suplementar para remanejar as verbas das pastas que deixarão de existir para os superministérios.

Na prática, os decretos unificarão o orçamento de vários ministérios. No caso do futuro Ministério da Economia, as verbas aprovadas para os Ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços serão fundidos. Isso é possível porque as unidades orçamentárias (departamento, secretaria ou órgão) onde a dotação será gasta continuarão a existir. Somente o ministério ao qual estão submetidas mudará.

Trabalho

No caso do Ministério do Trabalho, o processo é mais complicado porque a pasta será absorvida por dois ministérios: Justiça e Economia. A futura Secretaria Especial de Previdência do Ministério da Economia será responsável pelas áreas que cuidam das relações do trabalho e da fiscalização. A Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade absorverá a atual Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, que cuida das políticas de qualificação profissional.

A área que trata dos registros sindicais ficará sob a alçada do Ministério da Justiça. De acordo com técnicos do Ministério do Planejamento que assessoram a equipe de transição, a complexidade da extinção e do desmembramento do Ministério do Trabalho poderá exigir um projeto de lei. O futuro governo tenta incorporar todas as alterações na medida provisória.

Segundo os técnicos, não deve haver mudanças na distribuição dos prédios na Esplanada dos Ministérios porque cada edifício abriga, em média, 3 mil servidores, o que inviabiliza a transferência de móveis, computadores e equipamentos.

O superministério que cuidará da política econômica nascerá com diversos nomes do governo atual. Secretários, assessores e até ministros da gestão Michel Temer serão aproveitados na equipe do futuro ministro Paulo Guedes. A maioria em cargos adjuntos, os quadros atuais serão mantidos no futuro governo por causa do conhecimento da máquina pública, segundo informações da equipe de transição.

Até agora, oito nomes da equipe econômica atual serão aproveitados no Ministério da Economia e um na diretoria do Banco Central (BC). O levantamento não leva em conta a situação de Ilan Goldfajn, que continuará à frente do BC até a aprovação, pelo Senado, do nome de Roberto Campos Neto, prevista para ocorrer em março.

##RECOMENDA##

Braço direito de Guedes no Ministério da Economia, o secretário executivo Marcelo Guaranys atualmente trabalha no Palácio do Planalto, como subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República. Ele tem experiência em outros governos. De 2011 a 2016, foi diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De 2007 a 2010, ocupou a Diretoria de Regulação Econômica da Anac e foi assessor especial para Infraestrutura na Casa Civil por seis meses, em 2011.

Entre os secretários especiais da pasta, o futuro secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, estava cedido pelo Senado desde 2016, para um cargo de assessor especial no Ministério da Fazenda. Ele também preside o Conselho Fiscal da BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens, subsidiária do Banco do Brasil.

Responsável por diversos órgãos hoje vinculados à Fazenda e ao Ministério do Planejamento, essa secretaria terá dois nomes da atual equipe econômica reaproveitados no novo governo. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, será o secretário-geral adjunto da Fazenda. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, foi mantido no cargo.

Receita

Outra secretaria especial que contará com um nome que atuou no governo atual será a da Receita, que vai ser ocupada por Marcos Cintra. Até o fim de novembro, ele era presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Cintra, no entanto, dividia-se, desde meados do ano, entre a Finep e a campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro, sendo aproveitado na equipe de transição. O adjunto de Cintra será o subsecretário de Arrecadação e funcionário de carreira da Receita, João Paulo Fachada.

O atual número dois do Ministério do Planejamento, o secretário executivo Gleisson Cardoso Rubim, também será aproveitado na equipe de Paulo Guedes. Um dos responsáveis por coordenar a rotina dos servidores públicos federais e por iniciativas para reduzir o custeio (manutenção) da administração pública, ele será o secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital. A secretaria será comandada por Paulo Uebel, ex-secretário de Gestão da prefeitura de São Paulo.

Banco Central e PGFN

O atual secretário de Política Econômica e de Promoção da Produtividade, Advocacia da Concorrência do Ministério da Fazenda, João Manoel Pinho de Mello, foi indicado para ocupar a Diretoria de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, que conduz os processos administrativos instaurados pelo BC e acompanha a intervenção e liquidação de outros bancos. Ele entrará no lugar de Sidnei Corrêa Marques, que ficará no cargo até o futuro diretor ser aprovado pelo Senado e tomar posse.

Responsável por representar o Poder Executivo em questões fiscais e por inscrever contribuintes na dívida ativa da União, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) será chefiada por José Levi Mello do Amaral Júnior. Atual procurador-geral adjunto de Consultoria Tributária e Previdenciária, Amaral Júnior é servidor de carreira da PGFN e foi secretário executivo do Ministério da Justiça na gestão do ministro Alexandre de Moraes, em 2016 e 2017. O futuro procurador-geral teve o apoio do sindicato da categoria.

A dez dias do início do segundo mandato, o governador Paulo Câmara (PSB) está concluindo as articulações para formar a equipe de secretariado para o novo governo. Nesta sexta-feira (21), ele deve encaminhar para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) as mudanças que pretende operar no organograma estadual que tem, atualmente, 22 secretarias mais a Casa Militar e a Procuradoria Geral do Estado - ambas com status do primeiro escalão.

“Estamos trabalhando com número de pastas atuais, que já foi reduzido lá trás, ainda por Eduardo Campos, e a gente manteve. Devemos fazer algumas alterações para otimizar o serviço. Queremos oferecer serviços públicos melhores a Pernambuco e esses quatro primeiros anos mostraram que precisamos de ajustes”,  observou o governador, sem dar detalhes sobre quais mudanças deverá operar.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com Paulo Câmara, os nomes que vão compor o secretariado devem ser anunciados entre 27 e 28 deste mês, quando a Alepe já deverá ter aprovado as mudanças. “Temos uns dias ainda para conversar com os partidos, conversar com a nossa equipe, conversar com as novas pessoas que vão ingressar no governo a partir do ano que vem. Eu tenho um dever de casa meu para fazer ainda, para fazer até o dia 28”, salientou.

A posse de Paulo para o segundo mandato está marcada para o próximo dia 1º, a partir das 15h. Já a dos secretários está prevista para o dia 2.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta sexta-feira (21) que vai revisar os contratos e reavaliar o quadro de funcionários da Secretaria de Comunicação, órgão ligado à Presidência da República. As informações foram publicadas em sua conta no Twitter. Bolsonaro afirmou, ainda, que o objetivo é reduzir o orçamento para 2020.

"Revisaremos diversos contratos e reavaliaremos o quadro pessoal da SECOM a fim de reduzir ainda mais o orçamento para 2020. Vamos mostrar, nesta e em outras áreas, na prática os benefícios da correta aplicação de recursos públicos", escreveu.

##RECOMENDA##

O presidente eleito informou também que o Congresso aprovou orçamento de R$ 150 milhões para a Secretaria no próximo ano. Segundo ele, trata-se de uma redução de 45,8% em relação aos R$ 277 milhões solicitados pelo atual governo. "Informo que nosso governo não irá pleitear qualquer aumento no orçamento e trabalhará com o valor aprovado", afirmou.

Entre outras funções, a Secom é responsável pela divulgação de ações governamentais e por formular políticas públicas de comunicação.

O Congresso aprovou o projeto de Lei Orçamentária Anual para 2019 na última quarta-feira, 19. A previsão de receitas e despesas é de R$ 3,381 trilhões para o ano que vem.

O Palácio do Planalto estima que a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, no dia 1º de janeiro, terá entre 250 mil e 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. O acesso de pedestres será feito exclusivamente pela rodoviária, na região central de Brasília.

Ao longo da Esplanada, haverá quatro pontos de revista pessoal. A Esplanada contará com postos médicos, pontos de água, banheiros e telões. Vendedores ambulantes serão proibidos na Esplanada.

##RECOMENDA##

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, informou que ainda não foi decidido se Bolsonaro vai desfilar em carro aberto. “O presidente eleito ainda não manifestou sua preferência”, disse.

Segundo o ministro, o planejamento está adotando medidas e precauções para garantir a segurança do presidente eleito, das autoridades e do público. “A Esplanada estará absolutamente segura para o dia da posse”, acrescentou.

De acordo com Etchegoyen, a Esplanada será interditada a partir de 0h do dia 30 de dezembro. No dia 31, não haverá expediente de servidores.

Segundo o Palácio do Planalto, não poderão ser levados para a Esplanada dos Ministérios no dia da posse armas de fogo, objetos cortantes, drones, produtos inflamáveis, fogos de artifício, apontadores laser, sprays, garrafas, bebidas alcoólicas, guarda-chuva, animais, bolsas e mochilas, máscaras, e carrinhos de bebê.

Para o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil hoje está numa fase de transformação, está se "redesenhando", e algumas mudanças são "irreversíveis". "Se a descentralização das concessões for interessante, vamos descentralizar", afirmou, em encontro com industriais na sede da Firjan.

Ao iniciar sua palestra, Guedes afirmou que ainda há empresários que esperam pelo protecionistas do governo, assim como acontece com sindicalistas. Em sua opinião, "o Brasil é um País rico, virou o paraíso de burocratas, de piratas privados, em vez de ser o País do crescimento econômico".

##RECOMENDA##

Porém, alguns empresários e políticos, como o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvea Vieira, e o governador eleito do Rio, Wilson Witzel, têm uma visão de aliança com o governo federal, elogiada pelo futuro ministro. "É o pacto federativo, o novo eixo de governabilidade. Acabou o toma-lá-dá-cá", disse.

Governabilidade

Guedes disse que a "governabilidade não será como antes". O primeiro grande eixo político será temático, já que "as bancadas temáticas representam valores básicos da sociedade".

Além disso, destacou a vontade do novo governo de transferir renda da União para Estados e municípios, para recompor a federação. "Queremos recompor o federalismo, descentralizar o Estado", disse Guedes, acrescentando que a classe política também vai se reinventar. "(Políticos regionais) têm que ajudar a corrigir a hipertrofia do governo federal", afirmou.

Gasto público

Na avaliação de Guedes, o Brasil se transformou numa "enorme agência de transferência de renda, ao responder por quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim do governo de Dilma Rousseff. A visão do novo ministro é que "há um responsável pela zoeira total: o gasto público sem controle" e que a Previdência é uma fábrica de desigualdade.

"Os gastos são tão altos que impostos tiveram que subir, os juros estão altos. Tivemos história difícil em economia. Hoje sabemos que temos que ter um Banco Central de olho na inflação. Quando o câmbio explodiu, com a tentativa de reeleição do FHC, aprendemos a flutuar câmbio", afirmou.

Cessão onerosa

Guedes afirmou que Estados e municípios devem apoiar as reformas do Estado. "Se não apoiar vai lá pagar sua folha. Como ajudar quem não está me ajudando? Quero que dinheiro vá para Estados e municípios, mas me dê reforma primeiro", afirmou Guedes no evento.

Ele destacou que, no ano que vem, os governo vão ter dinheiro com o leilão de áreas de pré-sal excedentes da cessão onerosa. Para que o leilão aconteça, no entanto, espera contar com a ajuda das bancadas regionais no Congresso. "Vai ter dinheiro para todo mundo no ano que vem com cessão onerosa, se Estados e municípios me ajudarem", disse.

Faca

As críticas atingiram também os empresários que compõem a plateia para a qual o futuro ministro falava. "Tem que meter a faca no Sistema S também. Estão achando que a CUT perde o sindicato, mas aqui fica tudo igual? Como vamos pedir sacrifício para os outros e não contribuir com o nosso?", afirmou Guedes, acrescentando que os empresários parceiros sofrerão menos cortes que os demais. "Se tiver a visão parceira do Eduardo Eugênio corta 30%, se não tiver, corta 50%", acrescentou.

Guedes reiterou a necessidade de formar um pacto federativo envolvendo políticos das esferas estaduais e municipais. "Estamos prontos para ajudar. Acabou o toma-lá-dá-cá. Vamos fazer bonito", disse.

Mídia

Guedes voltou a refutar a ideia de que o futuro governo Jair Bolsonaro possa representar ameaça à democracia. Segundo o economista, os poderes da democracia estão funcionando e há liberdade de imprensa. "Vamos criar uma nova história, os poderes são independentes, tem um quarto poder importante, que é a mídia", afirmou Guedes.

Guedes ponderou, no entanto, que a imprensa "não entendeu" o fenômeno político da eleição de Bolsonaro.

A futura ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, informou nesta segunda-feira (17), por meio de nota, que a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) será mantida e permanecerá com a mesma nomenclatura, "com foco na dignidade da pessoa humana".

"Informamos ainda que o objetivo da Secretaria será o de ampliar as ações de acesso às políticas públicas, para a população negra, indígena, quilombola, cigana, moradores do semiárido, comunidades ribeirinhas e comunidades tradicionais", diz a nota.

##RECOMENDA##

A reestruturação da máquina pública estadual e a composição do primeiro escalão do segundo governo Paulo Câmara (PSB) tem gerado expectativas. A previsão, segundo informações de bastidores, é de que o governador envie um projeto com mudanças no número de secretarias para a Assembleia Legislativa de Pernambuco antes do início do recesso parlamentar. Os nomes dos novos secretários, contudo, ainda não começaram a ser anunciados, mas há especulações de que o PT, por exemplo, vá assumir o comando da pasta da Agricultura.

Da legenda, os mais cotados são o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-PE) e deputado federal eleito, Carlos Veras, e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) e deputado estadual eleito, Doriel Barros. Os dois defendem uma nova roupagem da secretaria, com a sugestão de que ela passe a se chamar Secretaria de Agricultura Familiar.

##RECOMENDA##

Ao LeiaJá, Carlos Veras afirmou que até o momento ainda não foi contactado pelo PT ou pelo governo para tratar do assunto. “Fazemos parte de um bloco, sou da base dos rurais, tanto eu quanto Doriel Barros, e temos uma reivindicação antiga pela Secretaria de Agricultura Familiar. No meu mandato ela é mais ampla, por causa da CUT e dos movimentos sociais, mas nunca recebi nenhum convite do governador nem do meu partido [para ser secretário], esse debate não está dentro do PT”, pontuou.

Indagado se aceitaria um eventual convite, o líder da CUT-PE disse que não depende apenas dele. “Fui eleito para cumprir o mandato em defesa do direito da classe trabalhadora, se chegar o convite vou refletir com os que me elegeram, é algo que não depende só de mim. Tudo que tem agora são especulações”, deixou claro Veras.

O futuro parlamentar também disse que é legítimo o PT voltar a integrar o governo de Paulo Câmara depois do apoio dado ao pessebista nas eleições. “O PT contribuiu diretamente com a vitória no primeiro turno do governador. Se ele quer fazer um mandato diferente isso está ligado a participação do PT no campo do governo. Acredito que esse debate será feito dentro do partido, e não uma indicação de políticos, para que se escolha os melhores quadros que possam desempenhar esse trabalho dentro do governo em qualquer espaço ou secretaria, seja no 1º, 2º ou 3º escalão”, observou.

Além da garantia do espaço do PT na gestão, um eventual convite do governador a deputados federais e estaduais eleitos pode abrir contribuir para que suplentes assumam os cargos e o número de partidos representados na base governista da Assembleia Legislativa e na bancada federal seja ampliado.

Especula-se ainda que dos eleitos, o atual vice-governador Raul Henry (MDB), João Campos (PSB), Augusto Coutinho (SD) e Fernando Monteiro (PP) podem integrar o governo. Henry pode voltar para secretaria de Desenvolvimento Econômico e João deve assumir uma secretaria que possa endossar o seu nome para uma eventual disputa municipal em 2020.  

Tratativas de bastidores também dão conta de que o PR e o PP podem perder espaços na gestão. Os progressistas por terem reduzido a expressividade na disputa eleitoral e os postos de mais votados, que agora são do PSB. Já os republicanos, a expectativa se dá pela possibilidade de perda do comando do partido por parte do deputado federal Sebastião Oliveira. Caso isso aconteça, a tendência é de que o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR), assuma o partido e migre para a oposição. Anderson apoiou a eleição do senador Armando Monteiro (PTB).

Ao dar início à Cúpula Conservadora das Américas, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), afirmou que o evento tem como objetivo dar continuidade ao crescimento que movimentos de direita têm conquistado no Brasil e em outros países, principalmente na América Latina.

"Nossa intenção é fazer com que esse movimento não acabe somente nessa eleição de outubro. É fazer algo permanente para que possamos ter um norte", disse a uma plateia formada por aproximadamente 2 mil pessoas, de acordo com a organização. O evento é realizado em Foz do Iguaçu (PR).

##RECOMENDA##

Filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, Eduardo arrancou aplausos da plateia ao dizer que a cúpula irá dizer "não ao socialismo e não ao Foro de São Paulo", em referência à organização formada nos anos 80 por entidades e partidos de esquerda. "Não seremos a nova Venezuela", encerrou o parlamentar.

Também organizador do evento, o deputado federal Fernando Francischini defendeu a ideia de que é possível o país ser "liberal na economia, conservador nos costumes e com a família acima de tudo".

A Cúpula Conservadora das Américas é organizada pela Fundação Indigo, do PSL. O presidente do partido, o deputado eleito Luciano Bivar (SP), destacou, ao fazer um breve discurso no início do evento, que, hoje, os cidadãos sabem que o Estado é ineficaz para produzir. "Temos como ponto de partida a igualdade de oportunidades", disse.

Para ele, somente com esse ponto de partida é que pode haver liberalismo. O futuro parlamentar disse ainda que o socialismo defende como ponto de partida a igualdade de resultados, mas, para ele, esse modelo não deixa que o homem crie dentro de suas aptidões e desejos.

"Agora vamos dar um novo rumo, um novo veio político-ideológico para criar mais oportunidades de trabalho e bem-estar social para toda a América Latina", disse.

Ao final do evento, a cúpula deverá lançar a "Carta de Foz", um documento com os principais pontos discutidos ao longo deste sábado. O texto servirá de diretriz para movimentos de direita no continente americano, segundo os organizadores do evento.

Com o início de dezembro, o prazo para o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) montar o seu governo começa a encurtar, uma vez que a nova administração do país já começa a atuar no dia 1º de janeiro. Em Brasília para dar andamento as ações de transição nesta terça-feira (4), a expectativa em torno do capitão da reserva é quanto as articulações e o anúncio dos indicados para ministros do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos, que incluirá questões relacionadas à igualdade social, à mulher e às políticas para a população LGBT.

Para o Meio Ambiente, já surgiu o nome da atriz Maitê Proença, ex-mulher de Paulo Marinho, empresário e aliado de Bolsonaro, mas descartado pela cúpula bolsonarista. Na manhã de hoje, o futuro presidente encontra com a escolhida para ser ministra da Agricultura, pasta diretamente ligada ao meio ambiente, Tereza Cristina.

##RECOMENDA##

Entre os cotados agora para o posto está o advogado Ricardo Salles, que já foi secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e é ex-diretor Jurídico da Sociedade Rural Brasileira e do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional.

Além dele, outro nome na lista de avaliação do capitão da reserva é o do engenheiro agrônomo e escritor Francisco Graziano - que já foi secretário do Meio Ambiente  e da Agricultura de São Paulo, presidente do Incra, chefe de gabinete pessoal do presidente Fernando Henrique Cardoso e deputado federal pelo PSDB.

Já para o ministério dos Direitos Humanos, segundo o próprio Jair Bolsonaro, a advogada e pastora Damares Alves "está na frente" na disputa pela indicação para chefiar a pasta. Damares é assessora lotada no gabinete do senador e candidato derrotado à reeleição Magno Malta (PR-ES), um dos políticos mais próximos de Bolsonaro na campanha, mas que não terá espaço no primeiro escalão. 

O presidente eleito deve fechar a lista dos ministros ainda nesta semana. Entre os partidos, até agora foram contemplados DEM, MDB e PSL na lista dos ministros e o presidente, que tem reuniões com diversas legendas esta semana, pode abrir espaço para alguma delas no comando das pastas que ainda faltam, apesar do discurso constante de que equipe será técnica. Critério que já pode ser constatado, uma vez que mais de 80% do primeiro escalão é 'novato' na política.

Estrutura com 22 ministérios

Indo além da promessa de campanha, Jair Bolsonaro não terá apenas 15 ministérios para guiar as ações do seu governo, mas contará com uma estrutura governamental de 22 pastas no primeiro escalão - sete a menos que a atual e sete a mais do que o previsto pelo político antes de ser eleito. A nova roupagem da Esplanada dos Ministérios vai ser publicada no Diário Oficial da União logo nos primeiros dias de janeiro.

Dos 20 nomes já convocados, Bolsonaro escolheu para comandar a Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que é deputado federal pelo DEM do Rio Grande do Sul e hoje atua como ministro extraordinário da transição. Já para a Secretaria-Geral da Presidência da República, o indicado foi o advogado Gustavo Bebianno. 

A Secretaria de Governo, por sua vez, será administrada pelo general-de-divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz - que já chegou a chefiar a Secretaria Nacional de Segurança Pública no governo do presidente Michel Temer (MDB). Enquanto para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Bolsonaro escolheu seu chamado “conselheiro”, General Augusto Heleno Ribeiro Pereira.

O superministério da Economia, que acomodará Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, será comandado pelo economista Paulo Guedes - considerado “guru” da campanha do futuro presidente. A Agricultura é com a deputada federal, engenheira agrônoma e empresária do agronegócios Tereza Cristina (DEM) e o ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicação ficará à cargo do astronauta Marcos Pontes.

[@#galeria#@]

Na estrutura definida por Jair Bolsonaro, o convocado para a pasta da Relações Exteriores foi o diplomata Ernesto Fraga Araújo, que é diretor do Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty.

Já o ministro da Defesa será o general Fernando Azevedo e Silva que é militar da reserva e atuou como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. O deputado federal Osmar Terra (MDB) vai administrar a pasta de Cidadania. Ele é o único do partido de Temer a estar na equipe ministerial.  

O ministério da Educação, por sua vez, será comandado pelo filósofo e professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Ricardo Vélez Rodríguez. Enquanto o ortopedista pediátrico e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) vai assumir o Ministério da Saúde a partir de janeiro de 2019.

Para a superpasta da Justiça e Segurança Pública (fusão com a Secretaria de Segurança Pública e Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Coaf, além de itens do Ministério do Trabalho que será extinto), Bolsonaro escolheu o ex-juiz Sérgio Moro.

Ainda integram o primeiro escalão os ministérios de Turismo, que terá à frente o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL); da Infraestrutura, sob a batuta do ex-diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura Transporte (Dnit), Tarcísio Gomes de Freitas; do Desenvolvimento Regional, que será comandado por Gustavo Canuto; da Transparência, que permanece administrado pelo servidor de carreira e ex-capitão do Exército, Wagner de Campos Rosário; e de Minas e Energia, que terá o almirante-de-esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior como ministro.

Por fim, duas pastas que têm status de ministério e, segundo a equipe de transição, devem perder o patamar durante o governo são o Banco Central, que será presidido por Roberto Campos Neto, e a Advocacia Geral da União, com André Luiz de Almeida Mendonça à frente. 

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) foi confirmado nesta quarta-feira (28) pela assessoria do governo de transição para ocupar a pasta da Cidadania. Osmar é o primeiro nome do MDB anunciado para integrar o 1º escalão do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

O ministério será responsável por programas como o Bolsa Família e vai fundir as atribuições dos ministérios do Esporte, da Cultura, além da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), vinculada atualmente ao Ministério da Justiça.

##RECOMENDA##

Terra foi ministro do Desenvolvimento Social de Michel Temer e deixou o cargo em abril para concorrer à reeleição na Câmara. O nome dele é uma indicação de diversas frentes parlamentares que atuam no Congresso Nacional, como a da assistência social, de deficientes físicos, idosos e doenças raras.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando