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Depois da desistência do general Oswaldo Ferreira de assumir o novo Ministério da Infraestrutura, o presidente eleito Jair Bolsonaro quer outro general para a pasta. Um dos nomes em estudo é do general de Exército da reserva Joaquim Maia Brandão Júnior, cuja última função na ativa foi exatamente no Departamento de Engenharia e Comunicações (DEC) do Exército, onde trabalhou por mais de cinco anos, primeiro como vice-chefe e depois como chefe do DEC.

Pelo desenho que está sendo feito pelo novo governo, o Ministério da Infraestrutura poderá incorporar o Ministério das Comunicações, que a princípio, estava sendo pensada para ir para a Ciência e Tecnologia. Este, no entanto, não é o único nome em estudo. Há outras duas indicações para a pasta, uma delas, inclusive, vinda da área política, o que os militares gostariam de evitar.

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O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, informou que o nome de Brandão está sendo estudado para assumir o cargo. "Ele tem grande experiência na área", comentou Mourão, ao lembrar que ele, durante o período de 2011 a 2015 esteve à frente do DEC. Ainda como general, Mourão foi chefe do Centro de Inteligência do Exército.

Atualmente, o general Brandão é assessor especial do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen. Brandão também é muito ligado ao comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que é da sua turma na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

O executivo Salim Mattar, fundador da empresa de locação de automóveis Localiza, aceitou hoje (23) o convite para comandar a Secretaria de Privatizações, que será vinculada ao Ministério da Fazenda no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. O órgão será responsável pelos projetos de desestatização e desinvestimentos.

A equipe econômica confirmou a informação em nota. “O empresário Salim Mattar aceitou o convite do futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, para assumir a Secretaria Geral de Desestatização e Desmobilização, que será criada como parte da estrutura do Ministério da Economia no novo governo”, diz a nota.

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Anteriormente, o empresário foi sondado para ocupar a Secretaria de Indústria e Comércio – hoje ministério autônomo.

Neto de libaneses, Mattar costuma dizer que muito jovem descobriu como poderia criar o próprio negócio e ter lucros: a partir do aluguel de automóveis. De família grande, ele perdeu o pai precocemente, foi office boy e trabalhou em armazém até ser dono da sua empresa.

Nota

O comunicado da equipe econômica informa ainda que Mattar é fundador e presidente do Conselho da Localiza, uma das maiores locadoras de veículos do mundo, e integrante do Instituto Millenium, fundado por Guedes para promover o liberalismo econômico.

A nova Secretaria vai ser responsável pelos desinvestimentos, desmobilização e busca de maior eficiência na gestão dos ativos da União.

O economista Paulo Guedes, confirmado para comandar o super Ministério da Economia (que deve reunir Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços), confirmou nesta terça-feira (20) que será criada uma Secretaria de Privatizações. A nova área deve começar a atuação em 2019.

Guedes não forneceu detalhes sobre a Secretaria de Privatizações, vinculada diretamente ao Ministério da Economia. A proposta é que o órgão acelere o programa de desestatizações.

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Durante a campanha presidencial, o futuro ministro defendeu a necessidade de privatizar estatais e órgãos federais específicos. Foram citados os Correios e subsidiárias da Petrobras.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem afirmado que o processo de privatizações será sustentado em um plano específico e bem definido. Não citou a forma como ocorrerá. Já descartou, por exemplo, privatizar a Petrobras como um todo, informando que pensa apenas “em parte” da estatal.

Guedes negou hoje (20) que são estudados reajustes de tributos e criação de novos impostos. Também afirmou que não há planos para a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o chamado imposto sobre o cheque.

As declarações de Guedes foram dadas durante sua chegada ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde se concentra a equipe de transição.

Guedes não indicou quando será anunciado o nome do futuro presidente do Banco do Brasil. Ontem (19), no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que Ivan Monteiro, atual presidente da Petrobras, está entre os cotados.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta terça-feira (6) que seu ministério “com certeza” terá a participação de mulheres. Questionado sobre a ausência de mulheres entre os nomes anunciados até agora, ele respondeu que não é o caso de trocar um dos nomes “só porque é mulher”, mas sinalizou que pode escolher uma representante para as pastas que ainda estão indefinidas. 

"Temos cinco nomes definidos, é o caso tirar um desses e colocar uma mulher no lugar só porque é mulher? Não sei. Tem dez ou doze vagas em aberto, com toda certeza vai ter [mulher]", disse.  Bolsonaro disse que até o fim desta semana pode anunciar pelo menos mais um ministro de seu governo. Segundo ele, os nomes para as pastas de Agricultura, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Infraestrutura já estão "avançados". 

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Questionado se o General Oswaldo Ferreira será indicado para comandar o ministério da Infraestrutura, Bolsonaro desconversou, mas não negou. Disse apenas que ele é um engenheiro e que tem experiência na área. Bolsonaro destacou que em todos os ministérios colocará “nomes técnicos” que tenham relação com o setor.  “O perfil é quase o mesmo pra todo mundo, ter conhecimento da área, ser patriota, que vai voltar a ser moda essa palavra, ter iniciativa, competência e autoridade, nós queremos isso”.   

Ao lado do General Augusto Heleno, também cotado para integrar sua equipe, Bolsonaro disse que ele pode assumir a Defesa ou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Se o General Heleno aceitar ir para o GSI, a Defesa não será comandada por civil e poderá ter como ministro um representante Quatro Estrelas da Marinha, segundo Bolsonaro. 

“Quem é que pode se dar ao luxo de se privar da companhia de uma pessoa como o general Heleno?  Eu gostaria sim, no que depender de mim, ele irá para o GSI, mas a Defesa está aberta, se ele achar que é melhor a Defesa, tudo bem”, comentou  O presidente eleito espera montar toda a sua equipe ministerial até o fim do mês. Bolsonaro reafirmou que deve reduzir o número de ministérios a 15 ou até 17 pastas e que não deixar para decidir “nos 45 do segundo tempo” para que o indicado tenha tempo para se adaptar até 02 de janeiro.   

Ministérios

Bolsonaro voltou a sinalizar que não vai unir as áreas que representam o agronegócio e a ambiental. O deputado ressaltou que não se trata de um recuo ou sinal de fraqueza. “O próprio setor do agronegócio que queria e agora há uma certa divisão, vamos buscar realmente fazer o melhor, agora, deixo bem claro quem vai indicar o ministro do meio ambiente é o Jair Bolsonaro”, declarou. 

Ele disse que não deve criar um ministério da Família, como foi especulado nos últimos dias. Sem citar as pastas de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, que seriam substituídas pelo suposto Ministério da Família, disse que algumas áreas devem manter o status de ministério. Contudo, ele voltou a defender a questão da família e disse que é possível que o senador Magno Malta seja indicado para um dos ministérios de sua gestão. 

Na área econômica, o presidente eleito disse que o atual presidente do Banco Central Ilan, Goldfajn, e outros técnicos do governo Temer, poderão ser mantidos. 

“Na área econômica, quem está tratando desse assunto é o Paulo Guedes. Na Defesa tem gente nossa. Alguns nomes serão mantidos, não é porque está no governo Temer que vamos descartar todo mundo, tem gente boa lá. Paulo Guedes gosta dele [Ilan], mas não é questão de gostar, é questão de competência”. 

Relações internacionais

Jair Bolsonaro também comentou sobre a possibilidade de alguns países do mundo árabe reagirem às declarações do presidente eleito, que teria a intenção de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Esta semana, uma visita que estava prevista do chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, ao Egito foi cancelada. “Pra nós não é um ponto de honra essa decisão, agora quem decide onde é a capital de Israel é o povo, é o estado de Israel, se eles mudaram de local. [E o Egito], pelo que vi foi questão de agenda. Seria prematuro um país anunciar retaliação em função de uma coisa que não foi decidida ainda”.

Nomeado na segunda-feira (5) ministro extraordinário do governo de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) protocolou nesta tarde, por meio de sua assessoria, o ofício de seu afastamento do mandato parlamentar. Na prática, com o cargo no Executivo, Onyx, que já foi anunciado como futuro ministro da Casa Civil, oficializa o papel que tem desempenhado de principal interlocutor de Bolsonaro com o presidente Michel Temer e sua equipe.

O pedido de licenciamento do mandato foi entregue no gabinete da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, que deve analisar os documentos ainda hoje (6) e prosseguir com a convocação do primeiro suplente eleito na coligação de partidos de Onyx em 2014.

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Ontem, Onyx e o futuro ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, estiveram no Centro Cultural Banco do Brasil, na capital federal, onde ocorrerão as reuniões da equipe de transição. Em Brasília desde a manhã de hoje, o presidente eleito deve visitar o local amanhã.

O ofício de afastamento cita o artigo 56 da Constituição Federal, que em seu inciso I prevê que não perderá o mandato o deputado ou senador aquele “investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária”. Ainda segundo o parágrafo terceiro desse mesmo artigo, se quiser, Onyx poderá escolher se quer receber a remuneração como ministro ou manter os vencimentos como parlamentar.

O documento não traz prazo para o afastamento, mas Lorenzoni deve obrigatoriamente comunicar à Câmara a troca de cargo quando for empossado como chefe da Casa Civil, em 1º de janeiro. Depois, no dia 31 do mesmo mês, ele terá que ser exonerado do cargo de ministro para tomar posse para um novo mandato como deputado federal no dia 1º de fevereiro e, a partir do dia 2, ele já pode pedir novo afastamento do mandato para continuar como ministro. O mesmo deve acontecer com os parlamentares que assumirem cargos no Executivo.

O suplente de Onyx é o ex-jogador de futebol Washington Stecanela Washington Cerqueira (PDT-RS), que teve uma curta passagem pela Seleção Brasielira. Stecanela também passou por vários clubes brasileiros como o Atlético -PR , Fluminense e São Paulo. Na política, estreou em 2012 como vereador de Caxias do Sul (RS).

O presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou, nesta terça-feira (6), que o texto da reforma da Previdência a ser analisado pelo Legislativo deve vir do presidente eleito.

“A reforma da Previdência, ou qualquer outra, deve ser encaminhada ao Congresso pelo presidente eleito e pela sua equipe. Qual é a reforma que o presidente eleito deseja, qual é o sentimento das ruas em relação a esse novo Congresso para fazer as reformas do Brasil? Acho que temos que ter um pouco de paciência para que isso possa acontecer com tranquildade”, disse o sendor, ao ser questionado sobre possibildade de votar o texto que tramita na Câmara dos Deputados ainda neste ano.

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Eunício disse que não tem nenhuma objeção à tramitação de matérias e lembrou que, no caso da reforma da Previdência, que é uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o primerio passo para que o tema volte a ser discutido é suspender a intervenção federal no Rio de Janeiro, porque a Constituição não pode ser emendada nesses períodos. Ele lembrou que, depois disso, o texto precisa ser discutido em cinco sessões em dois turnos na Câmara e Senado.

O senador não quis, entretanto, opinar se o Rio de Janeiro já está pronto para sair da intervenção federal, ressaltando que tal avalição cabe ao presidente Michel Temer e ao governador do estado, Luiz Fernando Pezão. Sem dar detalhes do que ainda deve ser votado neste ano, Eunício afirmou que o Legislativo é um poder independente e que vai tocar as matérias que estão no Congresso Nacional.

Ele disse ainda que não foi procurado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para conversar sobre a pauta de votações, mas sinalizou que pretende conversar com Paulo Guedes, já anunciado para o Superministério da Economia sobre a proposta orçamentária de 2019 que está em discussão no Congresso.

Eunício Oliveira e os presidentes dos outros dois Poderes da República, Michel Temer (Executivo) e Dias Toffoli (Judiciário) tiveram hoje um primeiro e breve encontro com Bolsonaro depois das eleições de outubro, por ocasião da sessão solene do Congresso em comemoração aos 30 anos da Constituição Federal de 1988.

O nome do próximo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não está definido, mas o economista Rubem de Freitas Novaes, que já foi diretor do banco em 1982, é o "favorito" para o cargo, conforme uma fonte que pediu para não ser identificada.

Na terça-feira, após a primeira reunião da cúpula do governo Bolsonaro, no Rio, o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, disse que as discussões sobre a equipe ainda não haviam chegado às estatais. Segundo a fonte ouvida nesta quinta-feira (1º), as discussões estão concentradas em torno da estrutura dos ministérios e dos nomes dos ministros.

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A definição sobre o comando das estatais, incluindo BNDES, Petrobrás e Banco do Brasil (BB), poderá se estender por todo o mês de novembro. A indicação dos nomes depende, em parte, do papel que essas estatais terão no futuro governo.

No caso do BNDES e da Petrobrás, a definição desses papéis passa pela disputa por influência, dentro da equipe de governo, entre o grupo formado por militares, com visão mais estatizante, e o grupo liderado por Guedes, com visão mais liberal.

Se o grupo militar prevalecer na disputa pela indicação do comando do BNDES, o banco poderia diminuir, mas ter alguma função no financiamento à inovação e aos investimentos em infraestrutura.

Já para o grupo mais liberal, o BNDES poderia se dedicar apenas às privatizações de estatais e estruturação de projetos de concessões de infraestrutura à iniciativa privada. Essa função teria prazo de validade. Vendidas as estatais e concedidos os principais projetos de infraestrutura em carteira, o BNDES poderia até mesmo ser extinto.

Também foram ventilados para o comando do BNDES os nomes de Carlos da Costa, de Joaquim Levy, e de Eduardo Centola, sócio e copresidente do Banco Modal.

Apesar da forte oposição do PT e de setores do meio jurídico, o juiz federal Sérgio Moro tornou-se uma referência internacional no combate à corrupção e o mais popular homem público do país, figurando nos últimos aos como destaque nos protestos de rua e nas pesquisas de opinião. O magistrado começou a ser conhecido quando assumiu, há mais de quatro anos, a condução da Operação Lava Jato, apontada pelo Ministério Público Federal como o maior escândalo de corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil.

Decisões do juiz levaram à prisão, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de empresários e diretores de grandes corporações brasileiras, como a Petrobras e a Odebrecht, políticos e parlamentares. Desde 2014 já decretou cerca de 180 prisões. Sua atuação rendeu homenagens no Brasil e no exterior.

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Em maio deste ano, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Notre Dame, “por ser um exemplo claro de alguém que vive os valores e que luta pela justiça sem medo ou favor”. Também recebeu oprêmio “Pessoa do Ano”, da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, entregue em Nova York, desde 1970, a uma personalidade brasileira e outra norte-americana.

Foi condecorado pelo Exército com a Ordem do Mérito Militar e com a Medalha do Pacificador, a maior honraria da Força concedida em reconhecimento aos serviços prestados à nação. A Justiça Militar, na comemoração de seus 209 anos, concedeu a Moro a comenda da Ordem do Mérito Judiciário Militar.

Desde 2016 surge nas listas de instituições como a Fortune, a Time e a Bloomberg como uma das principais lideranças do mundo. Moro foi agraciado ainda com a Medalha do Mérito Legislativo, mas recusou a honraria, alegando que vários parlamentares estavam envolvidos na Lava Jato.

Moro surpreendeu ao aceitar, nesta quinta-feira (1°), o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, a partir de 1º de janeiro. Apesar da desenvoltura com que circulava nos diversos setores da sociedade brasileira, Moro disse mais de uma vez que não entraria na política.

Costumava repetir a seus interlocutores que sua vocação é para as leis e não para a política. Moro acabou atendendo ao chamado de Bolsonaro que prometeu lhe dar liberdade para combater a corrupção e o crime organizado no país. O alvo do futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública é maior: o Supremo Tribunal Federal.

O juiz federal já teve passagem pelo Supremo: auxiliou a ministra Rosa Weber nos processos do mensalão, escândalo do primeiro governo do ex-presidente Lula. Moro é natural de Maringá (PR), formou-se pela Universidade Estadual do Paraná, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná.

Para ingressar no governo Bolsonaro, Moro vai deixar para trás 22 anos de magistratura. Pela Constituição, um juiz federal só pode acumular cargo de professor. Para assumir um posto no governo federal, o magistrado tem de pedir aposentadoria, se preenchidos os requisitos legais, exoneração do cargo.

O juiz anunciou que deixará a magistratura para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, mas não adiantou a data de sua saída. Disse porém que vai se afastar imediatamente das audiências na Justiça Federal em Curitiba. Ele irá tirar férias, mas voltará logo à ativa para participar do governo de transição.

O presidente eeleito Jair Bolsonaro (PSL) anunicou, nesta quarta-feira (31), a confirmação do tenente-coronel e astronauta Marcos Pontes para o comando do ministério da Ciência e Tecnologia no seu governo, que inicia a partir de 1º de janeiro.

“Comunico que o Tenente-Coronel e Astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto Ministro confirmado!”, detalhou, em publicação no Twitter.

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Os rumores de que Pontes seria ministro já corriam desde antes do segundo turno das eleições. Nessa terça (30), em entrevista à Inter TV, o indicado confirmou ter aceito o convite.

"Fui convidado e já aceitei, convite está aceito", afirmou. Ele revelou, no entanto, que já havia aceitado "há algum tempo". Pontes detalhou que quando iria se candidatar a senador, foi convidado por Bolsonaro para ser ministro. Com isso, declarou, decidiu se candidatar a segundo suplente de senador na chapa do hoje senador eleito Major Olimpio (PSL-SP).

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, estima que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) terá um caminho difícil diante da negociação da reforma da Previdência no Congresso, que o novo governo pretende iniciar, em nova forma, já em 2019.

“Não teremos dias de facilidade não, teremos dias de dificuldade e precisaremos estar unidos”, afirmou, em entrevista à TV Brasil.

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Para Padilha, o período de “lua de mel” entre o novo presidente e o Legislativo, entre 90 e 120 dias, não será suficiente para a aprovação de um novo modelo da reforma. “Vai precisar de mais de 90 dias para fazer. Seria bom aproveitar esses 60 dias [do governo atual] para ver até onde se avança”, recomendou.

O ministro afirmou que Bolsonaro não poderá conversar apenas com as bancadas evangélica, ruralista e da segurança, que ele priorizou durante sua campanha. “Ele veio sem aliança. Agora chegou a vez de dialogar com o Congresso e isso terá de ser feito via partidos, pois são eles que controlam  seus deputados e seus votos”, avaliou.

Padilha apontou que o novo governo também terá como desafio reduzir o déficit público, que hoje é de R$ 300 bilhões, e gerar empregos. Além de que os compromissos da máquina pública continuam após a transição de governo, como as providências que não podem deixar de ser tomadas nos primeiros 120 dias.

“Os carros-pipas que abastecem com água milhões de nordestinos e a interiorização dos venezuelanos são programas que não podem ter interrupção”, explicou.

O ministro destacou que a transição é importante, porque o novo governo não terá tempo de se adaptar. “Cabe a nós facilitarmos a transição porque isso é do interesse da sociedade. O povo decidiu e o novo governo tem de governar para todos, a divisão entre brasileiros tem de ser banida”, finalizou.

Reeleito para administrar Pernambuco até 2022, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, na noite deste domingo (7), que a prioridade do seu novo mandato é retomar as obras no Estado e gerar empregos. O pessebista foi reeleito com 50,61% dos votos válidos, o que corresponde a 1.916.834 pernambucanos aptos a votar.

“Prioridade é continuar fazer os serviços públicos melhorarem, mas principalmente as obras que essa crise não deixou [tirar do papel] e gerar os empregos que a crise tirou dos pernambucanos”, afirmou, pontuando que a segurança pública e a educação também estão entre os principais pontos da sua administração.

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O pessebista, que acompanhou a apuração no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, Zona Sul da capital pernambucana, concedeu uma coletiva de imprensa logo depois da apuração dos votos ao lado de toda a chapa majoritária - também vitoriosa na disputa, uma vez que Humberto Costa (PT) conquistou a reeleição ao Senado e o deputado Jarbas Vasconcelos (MDB) foi eleito para ocupar uma das vagas de Pernambuco na Casa Alta.

No primeiro discurso depois da vitória, Paulo também disse que o esforço dele nos últimos quatro anos se soma ao que Eduardo Campos (PSB) fez enquanto governador por dois mandatos e salientou - de João Campos (PSB), eleito o deputado federal mais bem votado, e da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos - que sempre vai homenagear o padrinho político, falecido em 2014, quando tiver oportunidades. Além disso, o governador pontuou que a intenção dele é fazer “Pernambuco andar para frente”.

A decisão de vitória no primeiro turno saiu após os 92% das urnas apuradas, voto a voto. Mais cedo, ao votar acompanhado da candidata a vice, Luciana Santos (PCdoB), e dos demais membros da chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco, o governador já demonstrava estar confiante em um resultado favorável já neste domingo. Paulo Câmara chega ao segundo mandato com uma aliança de 12 partidos, entre eles o PT.

Sobre o acirramento, se retirava alguma lição disso, o governador minimizou e disse que a eleição é o momento do povo expressar seu desejo nas urnas e a dúvida era apenas se a vitória viria no primeiro ou no segundo turno.

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“Tivemos uma larga vantagem em relação aos adversários. É importante a gente saber que precisamos trabalhar, temos muito para fazer em Pernambuco. Sempre falei sobre isso. Temos que melhorar em muitas áreas, mas o povo de Pernambuco pode ter certeza que não vai faltar trabalho e determinação para fazer um Estado melhor, com mais segurança, mantendo essa educação que é a melhor, temos grande responsabilidade com o povo. Vamos devolver os empregos que eles perderam”, argumentou.

Agora com mais quatro anos pela frente, o governador ainda agradeceu a confiança do povo e disse que ele e Luciana Santos (PCdoB), eleita a primeira vice-governadora do Estado, não vão “faltar a Pernambuco”.

O prefeito eleito de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Professor Lupércio (SD) vai anunciar, na próxima quarta-feira (23), os nomes que vão compor a comissão organizadora do Carnaval 2017 na cidade. A divulgação vai acontecer durante uma reunião, às 18h, no Hotel Pousada São Francisco, no bairro do Carmo. Os festejos de Momo estão entre as principais atividades que giram a economia local e durante a campanha Lupércio foi acusado de querer acabar com a folia na Marim dos Caetés. 

Antes de definir a equipe, Lupércio, que ainda é deputado estadual, encontrou com artistas do município na noite dessa quarta (16). Durante a reunião, o parlamentar ouviu os profissionais e destacou que a futura gestão vai valorizar a participação dos nomes da cultura local na festividade. Entre as queixas mais abordadas pelos artistas, de acordo com Lupércio, estão a falta de segurança e a necessidade da melhoria da estrutura do evento. 

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“Vamos fazer um carnaval que priorize a multiculturalidade e valorize a participação dos artistas da terra. Também vamos trabalhar para garantir a segurança das pessoas e a limpeza nas ruas. Isso vai permitir que o folião se divirta com maior comodidade”, comentou o prefeito eleito.  

O processo de transição de governo em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), será coordenada pelo vice-prefeito eleito Márcio Botelho (SD). Ele vai intermediar o repasse de informações da gestão de Renildo Calheiros (PCdoB) para o prefeito eleito Professor Lupércio (SD). Uma equipe com 12 pessoas, composta por membros da prefeitura e representantes do novo gestor, devem iniciar uma série de reuniões a partir da próxima semana. 

Nessa quinta-feira (3), Botelho se reuniu com o secretário de Relações Institucionais da cidade, Roberval Veras, para definir como seria o processo. Segundo o vice, o encontro foi tranquilo e propositivo.

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Em entrevista recente ao Portal LeiaJá, Lupércio disse que apesar de ter concorrido contra do PCdoB no primeiro turno acredita que o processo de transição será sem desconfortos. "Já estamos nos preparando para analisar a questão do secretariado. Tenho nomes em mente, pensando em pessoas que sejam comprometidas com a população e possam fazer com que os olindenses se sintam representados na prefeitura”, pontuou, sem adiantar nomes. “Ainda vamos fazer os convites”, acrescentou garantindo que até 1º de dezembro terá a equipe montada. 

Segundo ele, a primeira ação a partir de 1º de janeiro será “um levantamento das obras em andamento e paralisadas na cidade”. “Espero que em pouco tempo possamos reativar os serviços da prefeitura”, projetou.

Única prefeita eleita no 2º turno em todo o país, Raquel Lyra (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (1º), que a primeira ação do mandato dela em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, será “cuidar da segurança pública”. Apesar de não ser uma atribuição municipal, a tucana pontuou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que a área será prioridade para a sua gestão. A cidade amarga índices alarmantes de homicídios. De acordo com Raquel, ocorre ao menos um homicídio por dia na capital agrestina. 

“Caruaru está vivendo o medo. Temos um homicídio por dia e a nossa meta é colocar o projeto Juntos Pela Segurança para funcionar. A prefeitura cumprindo a sua parte com o aumento da guarda municipal, cuidando da prevenção qualificada e políticas sociais”, observou, dizendo que pretende procurar as polícias Militar, Civil e Federal para reduzir a violência no município. 

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Além da meta já estabelecida, Lyra detalhou que pretende fazer uma “gestão territorializada”. “Assim como fizemos para a construção do programa de governo, vamos construir uma gestão territorializada, com participação das pessoas nas discussões das prioridades. Nossa intenção é poder transformar isso num canal permanente de dialogo”, frisou. 

Antes de assumir em 1º de janeiro, Raquel disse que o próximo passo é cuidar da transição e criar uma identidade para o seu governo. “Estamos começando a construir a nossa equipe de transição e vamos, a partir dos dados repassados, já trabalhar o enxugamento da máquina para poder sobrar recursos e colocar a cidade para funcionar”, destacou. “Vamos ter que ser mais criativos e ter que trabalhar de forma mais eficaz, cortando as gorduras da máquina para transformá-las em investimentos”, emendou, ao mencionar a crise econômica nacional.

Indagada sobre a montagem do secretariado, a tucana salientou que “tem nomes rondando na cabeça”, mas ainda não fez nenhum convite. “Vamos trabalhar primeiro a composição da estrutura de governo, como será o perfil das nossas secretarias e ver o modelo de gestão. Só faremos o convite na hora certa”, alegou. 

Eleita com 53,15% dos votos válidos contra 46,85% do adversário Tony Gel (PMDB), a vitória da filha do ex-governador João Lyra (PSDB) em Caruaru imprime, além da derrota ao histórico rival dos Lyra, uma espécie de revanche ao PSB e o governador Paulo Câmara (PSB) por ter desbancado a candidatura dela pela legenda socialista, motivo pelo qual Raquel ingressou no PSDB. 

Questionada se pretende firmar alianças com o PSB ou prefere deixar o partido na linha de oposição, a ainda deputada estadual ressaltou que os palanques foram desmontados. “A partir de 1º de janeiro sou prefeita e Paulo Câmara governador de Pernambuco, farei todas as parcerias que serão necessárias para atender a população de Caruaru. Ações de extrema relevância que necessitam, por exemplo, de parcerias estaduais e federais. Os palanques estão desmontados desde a divulgação do resultado”, cravou. 

Sob a ótica dela, ter tido o senador Armando Monteiro (PTB) em seu palanque não a prejudica diante do Palácio do Campo das Princesas. “Fizemos uma ampla aliança, agradeço e muito o apoio de Armando. Além dele, tivemos também outros atores, como o ministro da Educação Mendonça Filho. Foi uma aliança de 12 partidos e eu não acredito que prejudique, muito pelo contrário, aumenta a minha responsabilidade em buscar ainda mais aliados para devolver os serviços a população de Caruaru”, ponderou.

Raquel Lyra tem 37 anos, é formada em Direito e atuou como delegada da Polícia Federal até 2005. Naquele ano, foi aprovada para exercer cargo na Procuradoria Geral do Estado (PGE), à qual está vinculada até hoje, embora licenciada para atuar como deputada estadual. Ela tem como vice o empresário Rodrigo Pinheiro (PSDB).

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta quarta-feira (31), que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não é “algo que devemos comemorar”, mas sob a ótica dele, agora é o momento ideal para o Brasil “virar a página” e reorganizar as atividades econômicas. 

“O afastamento de dois presidentes da República, em menos de 25 anos, não é algo que devemos comemorar. No entanto, chegou a hora de virar a página, a população deseja que o Brasil faça o seu dever de casa, arrume suas finanças e restabeleça as condições para que a economia volte a crescer. E, dessa forma, criar empregos, que considero a maior missão para o novo governo”, disse, em nota encaminhada à imprensa.

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Para o socialista, “muita coisa se desarrumou nesses últimos anos” com a gestão petista. “Andamos para trás em áreas fundamentais. Por isso, precisamos restabelecer a confiança no futuro do nosso país, com firmeza, transparência, diálogo e muito trabalho”, salientou, o também vice-presidente nacional do PSB.

O mandato de Dilma foi deposto no início da tarde com a aprovação por 61 votos a 20 do processo de impeachment e a condenação da petista por crime de responsabilidade. Dos sete senadores do PSB, apenas dois votaram contra a cassação da ex-presidente, João Capiberibe (PSB-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA).

O primeiro fim de semana da equipe do presidente interino Michel Temer tem poucos compromissos públicos, mas será intenso no que diz respeito a negociações e trabalhos internos. Como os ministros tomaram posse na quinta-feira (12) e passaram essa sexta-feira (13) em reuniões no Palácio do Planalto e entrevistas coletivas, a expectativa é de que passem neste momento a tomar conhecimento da situação de suas pastas para que a gestão se inicie logo no começo da semana.

Com a orientação do presidente interino para que não haja desperdício de tempo, alguns ministros reúnem sua equipe neste sábado (14) e domingo (15) com o objetivo de preparar as primeiras ações. As conversas estão sendo feitas de modo informal, já que parte das equipes escolhidas pelos empossados por Temer não foram ainda sequer nomeadas. Durante essa rápida transição, o governo afastado da presidenta Dilma Rousseff designou um secretário de cada pasta para auxiliar os substitutos nos procedimentos e repassar informações.

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A agenda pública de Temer não prevê compromissos para este sábado. Ele permanecerá no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, mas não está descartada a possibilidade de ir para São Paulo no fim do dia. Na secretaria de Governo, o novo ministro Geddel Vieira Lima determinou que a equipe que vai assessorá-lo trabalhe nos próximos dias para que algumas atividades já estejam organizadas.

Já o titular de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, marcou uma reunião em pleno domingo (15). Ele coordena, às 17h, no prédio do ministério, em Brasília, uma “ampla reunião” com associações do setor energético, de acordo com sua assessoria de imprensa.

Com data marcada para anunciar os presidentes do Banco Central e dos bancos públicos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, continua se inteirando da situação econômica do país. Ele passa o fim de semana em São Paulo, onde ainda mora, e deve prosseguir as conversas finais para definir os nomes. Na segunda-feira (16), o novo ministro fará o anúncio dos quadros que, segundo ele, já “estão encaminhados”. Na sexta-feira (13), ele passou o dia na capital federal, conversando com técnicos do ministério e analisando números em busca do que chamou de “real situação das contas públicas.

No realinhamento de forças causado pela troca de presidentes da República, que deve se concretizar nesta quinta-feira, 12, o nome do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) aparece como favorito entre aliados de Michel Temer (PMDB) para assumir a liderança do governo na Câmara. A resistência fica por conta do grupo ligado ao presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tenta emplacar André Moura (PSC-SE) para o cargo. "A preferência é por alguém menos vinculado a Cunha e com mais autonomia", disse um provável ministro.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) avalia que o Brasil vive um momento de emergência nacional, com paralisia em vários segmentos, desemprego crescente e grande insatisfação e angústia da população. Em razão do cenário preocupante, ele acredita que o PSDB não pode fugir de sua responsabilidade de ajudar o eventual governo Michel Temer (PMDB) a encontrar soluções para a retomada da confiança e do crescimento. "O PSDB não pode ficar de braços cruzados", disse FHC, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, na madrugada desta segunda-feira, 2.

A decisão oficial do PSDB será tomada terça, 3, em reunião da Executiva Nacional, mas FHC adiantou que o partido deverá optar pelo apoio ao peemedebista com a participação no futuro governo. "(O PSDB) deverá participar (da nova gestão) e dar apoio", disse. Indagado se o seu partido não poderia se prejudicar com essa participação, em razão das eleições gerais de 2018, quando deverá lançar candidato à Presidência da República, Fernando Henrique disse: "Temos de correr o risco, política é assim. O Brasil está em primeiro lugar, o partido vem depois."

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Questionado sobre o nome do senador tucano José Serra (SP), cotado para ocupar o Ministério das Relações Exteriores, Fernando Henrique disse que, se a escolha for confirmada, será um nome que dará visibilidade à política externa brasileira. "O Brasil precisa mudar sua política externa. Se o Serra for (para o Itamaraty) será bom porque ele conhece bem o comércio internacional, conhece a América Latina, os Estados Unidos e outros países. Acho bom porque o Brasil precisa mudar a sua política externa e o Serra é inteligente." Além disso, FHC disse que o novo governo precisa ter uma equipe de "gente confiável", mas lembrou que a sociedade não quer mais impostos, o que deverá dificultar a tomada das necessárias medidas amargas, já que o governo está sem recursos.

Por conta do grave cenário que o País atravessa, FHC ressalta que Temer tem de fazer um governo de "emergência nacional", pluripartidário, sem o "toma lá, dá cá", com respostas rápidas, mesmo que os resultados sejam de mais longo prazo, e com detalhamento franco da real situação à sociedade. Para o ex-presidente, Temer deve procurar reduzir o tamanho da máquina pública e dar sinais de que vai resolver a dívida fiscal - que ele avalia como o maior problema. "Hoje não sabemos qual a real situação do BNDES e da Caixa Econômica", disse o ex-presidente, defendendo também alterações na Previdência.: "Todo mundo sabe que tem de mexer na idade mínima da aposentadoria, mas tem de ter regra de transição."

Apesar desses desafios, Fernando Henrique avalia que a chegada de Temer à Presidência deverá gerar uma expectativa muito positiva para o País. "A expectativa com Temer muda na hora." E se a gestão Temer der certo, ele não vê razão para o peemedebista não concorrer à reeleição, mesmo que já tenha se comprometido a não concorrer em 2018. "Eu sou favorável à reeleição, o que temos de ser é mais severos com o uso do poder", disse o tucano, contrariando posição defendida pelo presidente nacional de seu partido, senador Aécio Neves (MG), que colocou como uma das condições para o apoio a Temer que ele não concorra a um mandato consecutivo ao Palácio do Planalto.

Lula

Na entrevista, FHC falou sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando que o petista vive hoje uma situação difícil, tem um comportamento incompatível com a de um ex-presidente da República e "está enterrando a sua história". O tucano destaca que Lula fez muitas coisas pela nação, mas em determinado momento perdeu o rumo, o que é ruim para o próprio País.

Lava Jato

Fernando Henrique acredita que a Operação Lava Jato é um caminho sem volta e representa, nos dias atuais, um retrato da democracia e das instituições independentes no País. Por isso, avalia que independentemente de um novo governo no País, como o de Michel Temer, essa operação deverá ser continuada.

Impeachment

Ao comentar sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, FHC disse que já foi reticente a este expediente, mas agora avalia que a petista não tem mais condições de governar o País e que há base real para o pedido de seu afastamento da Presidência. "Dilma poderia ter mudado os rumos do Brasil", disse, alegando que a alertou sobre isso, mas ela nada fez. E que certas atitudes que ela vem pregando, como a de que dificultará o acesso de Temer e de sua equipe aos dados do governo, caso o seu afastamento se concretize, só contribuirá para "estragar a sua história".

Cunha

Sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Fernando Henrique Cardoso disse que não entende por que o Supremo Tribunal Federal (STF) não avançou nos processos contra ele, já que as suspeitas que pesam contra o peemedebista são consistentes. "Pelo que está dito, (Cunha) não tem condições morais de continuar na presidência da Câmara. Ele é inteligente, hábil e de uma frieza muito grande, tanto que faz a Câmara andar, mas tem acusações consistentes, acho que STF tem que falar, não pode tapar o sol com a peneira."

Congresso

 

Para FHC, a fragilidade brasileira está no Parlamento, com a proliferação de partidos políticos. "Essa é a verdadeira fragilidade da democracia brasileira, não o impeachment." Ele acredita que este não é um momento de celebração, mas sim de olhar pra trás e ver o que foi feito de errado. Mesmo assim, o tucano diz que continua confiando no Brasil e em seu potencial econômico e social. "Mas precisamos agir logo e revitalizar nosso sentimento moral que não aceita mais métodos equivocados de corrupção. O Brasil precisa voltar a acreditar em si mesmo."

Polícia Federal

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou também na entrevista ao Canal Livre, da TV Bandeirantes, sobre o depoimento que prestou na última sexta-feira, 29, à Polícia Federal, no caso envolvendo sua ex-namorada Miriam Dutra, que o acusou de ter remetido recursos ilegais para ela no exterior através da empresa Brasif, mas depois retirou as acusações.

FHC disse que as acusações não têm base, que inventaram um apartamento dele em Paris e que trata o "filho dela" e não seu, com carinho. "Paguei os estudos dele com dinheiro meu, inclusive a universidade caríssima nos Estados Unidos", afirmou.

Com o debate contra o impeachment surgindo entre diversos setores da sociedade, o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT), defendeu que a presidente Dilma Rousseff (PT) invista no diálogo com os movimentos sociais, a juventude e as mulheres brasileiras depois que o processo em tramitação na Câmara dos Deputados for arquivado. Na avaliação do senador, se o povo permanecer antagônico ao que ele chama de “golpe contra a democracia", o impeachment não passará na Câmara.

“Temos de ter coragem e perseverança para continuarmos na luta. A presidente tem plena consciência de que, depois de todo esse processo, deve fazer amplo chamamento ao diálogo, incluindo a classe média e os empresários. Vamos apresentar uma proposta mínima de ações para fazer o Brasil crescer e gerar empregos, sem perseguir ninguém. O objetivo é tentar trazer todos, sem exceção, para esse diálogo”, afirmou. 

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O senador ressaltou a importância da participação do ex-presidente Lula para ajudar o governo da presidenta Dilma a retomar completamente as conversas e o apoio das bases sociais e no Legislativo - a partir de bastante diálogo e propostas concretas a fim de se alterar o rumo das políticas. 

“As mudanças serão feitas com a liderança dessas duas grandes figuras da política brasileira. Temos condições de superar esse impasse cumprindo a lei, respeitando a democracia e seguindo a Constituição Federal. Tenho certeza que o Brasil vai retomar o seu rumo de crescimento”, disse.

No discurso, o parlamentar também contestou a ideia aventada por parte da oposição e setores da imprensa da renúncia de Dilma. Segundo ele, a sociedade já reconhece que nem o impedimento nem a renúncia da presidenta resolveriam os problemas do país.

“O impeachment subiu no telhado. Dificilmente vai se consolidar. Ora, por que insistem agora que uma presidenta eleita democraticamente renuncie junto com o vice para termos eleições gerais? Defendem que o governo não tem mais condições de governar, que não tem legitimidade. E existe legitimidade para esse Congresso Nacional aqui? Existe respeitabilidade para a Câmara?”, questionou.

Humberto acredita ser impossível que haja eleições para presidente da República e vice sem a mudança da atual legislatura do Congresso Nacional. "Como é possível isso existir? A ideia da eleição é falha. Teríamos que ter, então, eleição geral”, comentou.

O líder do governo também falou sobre o clima político hostil contra a presidente. Segundo ele, nem Jesus Cristo governaria com essa agressividade, essa campanha de parte da mídia e com o boicote de agentes econômicos a ações do governo. “Ninguém consegue governar com o clima que existe no país. Na verdade, a saída para a crise é os derrotados e contrários à política do Governo deixar a presidenta governar”, afirmou.

O novo governo conservador polonês vai encerrar, a partir de meados de 2016, o programa público de fertilização in vitro, uma das medidas emblemáticas do governo anterior, que era liderado pela liberal Ewa Kopacz.

O ministro da Saúde, Mikolaj Radziwill, fez o anúncio na terça-feira ao apresentar as diretrizes de sua política à Comissão de Saúde do Parlamento.

"O programa in vitro prosseguirá até meados do próximo ano. Depois desta data, não continuará", afirmou à agência PAP.

A fertilização in vitro vai permanecer legal, mas não será mais financiada pelo Estado, que atualmente cobre os custos de três tentativas.

A Polônia, um país onde a influência da Igreja Católica na vida política continua muito elevada, passou vários anos sem nenhuma lei para regulamentar este método de reprodução assistida.

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