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As partes envolvidas na guerra do Iêmen concordaram em uma troca de 1.081 prisioneiros após uma semana de discussões na Suíça, sob a égide das Nações Unidas, confirmou neste domingo (27) o enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths.

M. Griffiths saudou jornalistas e delegações do Iêmen para esta troca que é "o mais importante" na história do conflito que começou em 2014.

Ele também indiciou que as delegações concordam em se reunir "para negociar novas libertações", no anúncio feito em um hotel de Glion, próximo ao Lago Genebra.

Como parte de um acordo de paz patrocinado pela ONU e concluído na Suécia em 2018, o governo do Iêmen - apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita - e os rebeldes houthis apoiados pelo Irã concordaram em uma troca de cerca de 15.000 detidos no total.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha vai supervisionar o retorno dos prisioneiros às suas famílias. O conflito no Iêmen já custou dezenas de milhares de vidas, a maioria de civis, e resultou no que a ONU descreveu como a pior crise humanitária do mundo.

Em nota publicada nesta terça-feira (11), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) informou ter conhecimento de que circula nas redes sociais uma informação sobre a mudança na política do Período Letivo Excepcional (PLE). O discurso, inclusive, afirma que haverá ônus de cancelamento de disciplina durante o período. Entretanto, de acordo com a instituição, essa informação é falsa.

“Reiteramos que a Política do PLE não mudou e que o nosso compromisso com os dispositivos da resolução Nº 85/2020 – CEPE/UFRPE e do Regulamento Geral do PLE está mantido. Esses documentos foram construídos em um processo aberto e democrático de forma coletiva e socializados com toda comunidade acadêmica. Por meio desses documentos, a UFRPE assegura que serão adotadas todas as medidas cabíveis para evitar prejuízos aos discentes e garantir a qualidade em sua formação acadêmico-profissional”, informa UFRPE, em nota.

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Diante dessas informações, a Universidade ainda ressaltou o cancelamento do PLE poderá ser feito sem prejuízo. “Cumpre-nos chamar a atenção de toda a comunidade da UFRPE para o Artigo 21 da Resolução 085/2020 - CEPE, que dispõe sobre a regulamentação para o PLE: Durante o Período Letivo Excepcional (PLE), o discente poderá realizar o cancelamento sem ônus das unidades curriculares em data prevista no calendário acadêmico”.

Além disso, no parágrafo único do mesmo artigo, assegura-se que “o trancamento extemporâneo do PLE poderá ser solicitado pelo discente em casos excepcionais, mediante justificativa enviada à coordenação de curso de graduação”. As disposições da Resolução 085/2020 CEPE também contemplam o que está previsto na Resolução nº 298/2003 CEPE, que identifica situações classificadas como de “força maior” para o trancamento extemporâneo de matrícula. O procedimento de trancamento extemporâneo não traz ônus de reprovação para o aluno que o solicita durante o PLE. 

 No mesmo sentido, no Art. 36 do Regulamento Geral da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, afirma-se: “A reprovação em unidades curriculares cursadas no Período Letivo Excepcional  não será contabilizada no histórico do discente para efeito de acompanhamento/desligamento.”

Em transmissão ao vivo nesta terça-feira (14), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a comentar a declaração em que associou o Exército a um genocídio, ao se referir à crise sanitária instalada no País em meio à pandemia do novo coronavírus, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde. A pasta é ocupada interinamente pelo general Eduardo Pazuello há quase dois meses.

O ministro disse que a declaração foi feita em um 'contexto puramente acadêmico' e lembrou que o ex-chefe da Saúde, Luís Henrique Mandetta, e o médico Dráuzio Varella, que participaram do debate, também apontaram problemas na gestão administrativa da pandemia.

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"O ministro Mandetta inclusive usou uma expressão dizendo que se o general que lá está (Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde) e que é especializado em logística, talvez fosse mais especializado em balística, tendo em vista o número de mortes que ele conseguiu. Portanto, foi nesse contexto que essa conversa se desenvolveu", disse Gilmar.

O ministro do STF também lembrou que a decisão do colega Alexandre de Moraes, que deu autonomia para estados e municípios adotarem medidas de quarentena e isolamento social, não isenta a responsabilidade da União no enfrentamento à crise sanitária.

"O Supremo na verdade não disse que os estados são responsáveis pela Saúde. O Supremo disse apenas que isso era uma competência compartilhada, como está no texto constitucional. Mas o presidente esquece esta parte e diz sempre que a responsabilidade seria do Supremo e a responsabilidade seria dos estados. Então eu disse: se de fato se quer mostrar isso do ponto de vista político, isso é um problema e isso acaba sendo um ônus para as Forças Armadas, para o Exército, porque eles estão lá inclusive na condição de oficiais da ativa", esclareceu.

Mais cedo, diante de reações de repúdio do comando das Forças Armadas e do próprio governo, o ministro divulgou nota 'reafirmando o respeito' aos militares e indicando que 'nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das políticas públicas de saúde' do País. "Em um contexto como esse (de crise aguda no número de mortes por Covid-19), a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas", afirmou.

O comentário de Gilmar que gerou críticas do governo foi feito no sábado, 11, em videoconferência realizada pela revista IstoÉ. "Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa", afirmou.

"Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso", prosseguiu o ministro.

Após a fala, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o ministro 'forçou a barra' e 'ultrapassou o limite de crítica'. O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo afirmou estar 'indignado' com o que chamou de 'acusações levianas'. A pasta anunciou que vai encaminhar uma representação à Procuradoria-Geral da República contra o ministro.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que expeça ato normativo que assegure aos consumidores a possibilidade de cancelamento sem ônus de passagens aéreas nacionais e internacionais para destinos atingidos pelo novo coronavírus (Covid-19).

No entendimento do MPF, a cobrança de taxas e multas, em situações de emergência mundial em saúde, é prática abusiva e proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

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A medida deve atender clientes de companhias aéreas que tenham adquirido passagens até 9 de março (data de assinatura da recomendação), tendo como origem os aeroportos do Brasil. Além disso, deve garantir também a possibilidade de remarcação de viagens para a utilização de passagens no prazo de até 12 meses.

O MPF quer ainda que as companhias aéreas devolvam valores eventualmente cobrados a título de multas ou taxas a todos os consumidores no Brasil que já solicitaram o cancelamento de passagens em função da epidemia. A recomendação foi expedida com base em inquérito civil que tramita no Ministério Público Federal no Ceará para acompanhar a propagação do coronavírus.

Titular da investigação, a procuradora da República Nilce Cunha Rodrigues argumenta que o Código de Defesa do Consumidor prevê, como direito básico do consumidor, a revisão de cláusulas contratuais devido a fatos supervenientes, como é o caso da situação atual de enfrentamento da emergência de saúde pública. “Mesmo não sendo de responsabilidade das empresas o fato extraordinário, a vulnerabilidade do consumidor nessas relações de consumo autoriza tal medida”, disse.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro, Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo Covid-19. O Brasil seguiu o mesmo caminho. Em 3 de fevereiro, o Ministério da Saúde decretou Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional com a publicação da Portaria MS nº 188.

Situação do Covid-19 no Brasil

No país, de acordo o Ministério da Saúde, dados divulgados nessa terça-feira (10), ao todo, são 34 casos confirmados em todo o país, sendo seis por transmissão local, cinco em São Paulo e um na Bahia, e 28 casos importados. Atualmente, são monitorados 893 casos suspeitos e outros 780 já foram descartados. De acordo com a pasta, os dados foram repassados pelas Secretarias Estaduais de Saúde.

*Com informações do Ministério Público Federal no Ceará

Um grupo de sete governadores dos Estados do Nordeste e Minas Gerais acusam o governo federal de tentar transferir para os governos estaduais responsabilidade pela solução da crise dos caminhoneiros que bloqueiam as estradas brasileiras. Em carta aberta, eles acusam o governo e classificam a política de preços dos combustíveis da Petrobrás de "absurda, perversa e irresponsável".

Assinada pelos governadores da região da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) - Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Minas Gerais - a carta diz que o governo tenta fugir às suas responsabilidades convocando os governos a renunciar à arrecadação do ICMS para atender demandas dos representantes dos transportadores participantes da paralisação.

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Para os governadores, a política da Petrobrás toma por base a premissa de que a empresa deve precificar seus produtos sempre em patamares superiores aos do mercado internacional, acompanhando as suas oscilações apenas quando há elevação de preços, sem jamais repassar aos consumidores brasileiros as suas eventuais reduções.

Em reunião na sexta-feira, o presidente Michel Temer pediu apoio dos Estados e propôs uma mudança na forma de cobrança do ICMS. Na se trata, porém, de uma redução das alíquotas. O ICMS é o tributo que tem maior peso no preço do diesel, entre 12% a 25%, a depender de cada Estado. Uma reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) está marcada para a próxima semana para deliberar sobre proposta. Para ser aprovada é preciso de maioria simples.

"Colocar sobre os Estados Federados o ônus de qualquer redução da alíquota sobre os combustíveis - além de ser desrespeitoso - é atitude inconsequente e, por isso mesmo, inaceitável", criticam os governadores.

Eles também criticam a zeragem da CIDE sobre o diesel, tributo que é dividido com Estados e municípios e destinado à manutenção das rodovias.

Para os governadores, é absolutamente incompreensível que o governo autorize a Petrobrás a adotar uma política de preços direcionada, unicamente, à "obtenção de lucro e ao acúmulo de receitas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Organizações não-governamentais (ONGs) brasileiras e estrangeiras se unem e levarão o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), do Rio de Janeiro, para a Organização das Nações Unidas. Na terça-feira, entidades como a Conectas usarão a tribuna do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para denunciar o Estado brasileiro em um discurso diante dos demais governos estrangeiros. Enquanto isso, nos bastidores, relatores das Nações Unidas estão se mobilizando para exigir uma resposta sobre a morte da ativista.

A relatora sobre Execuções Sumárias da ONU, Agnès Callamard, por exemplo, é uma das que já estão trabalhando no caso e, segundo a reportagem apurou, vem recebendo informações sobre as circunstâncias da morte. Nos próximos dias, ela deve enviar uma carta sigilosa ao governo brasileiro exigindo respostas. O assunto também entrou no radar do relator Michel Forts, responsável na ONU pelos defensores de direitos humanos.

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A coalizão de ONGs vai pedir um compromisso para que haja uma investigação e que os sobreviventes e testemunhas sejam alvo de proteção. O grupo ainda denunciará os problemas enfrentados pelo programa de proteção aos defensores de direitos humanos no País.

Na semana passada, a ONU reagiu à morte da vereadora e emitiu um comunicado solicitando que os responsáveis fossem levados à Justiça. Mas o sentimento na entidade é de que o caso pode acabar sendo simbólico e usado para tentar modificar um comportamento do Brasil de simplesmente ignorar a situação de ativistas. O Itamaraty enviou instruções a seus embaixadores pelo mundo para "explicar" a posição governo diante da morte da ativista. Mas a decisão das ONGs em expor o Brasil diante dos demais governos promete aumentar a pressão sobre o governo.

Em 2017, durante a sabatina de direitos humanos na ONU em que o Brasil foi questionado por suas políticas, a falta de uma ação do Estado para garantir a vida desses defensores foi duramente criticada por vários governos. O governo belga, por sua vez, pediu que houvesse "garantias de que a morte de defensores seja imediatamente investigada e que os responsáveis sejam levados à Justiça".

A Holanda recomendou ao Brasil que federalizasse as investigações relacionadas com violência contra defensores de direitos humanos. O governo da Noruega pediu "a restauração da operação" do programa nacional de proteção aos ativistas, enquanto a Polônia sugeriu "passos mais decisivos" por parte do Estado brasileiro nesse aspecto.

Dois governos especificamente alertaram sobre a falta de recursos para o programa. Um deles foi a República Tcheca, que solicitou "um fortalecimento" do programa brasileiro. Já a Irlanda quer uma "implementação efetiva do programa nacional de proteção a defensores de direitos humanos por meio da adoção de leis específicas, alocação de orçamento e equipes multidisciplinares". A Tunísia, por exemplo, pediu que houvesse uma "melhor proteção" de defensores de direitos humanos, apelo que foi ecoado por Austrália, França, Palestina, Mongolia, Eslováquia e outros governos.

Num informe apresentado pelo governo no ano passado à ONU, o Brasil aponta que existe uma proteção a 349 pessoas e que outros 500 ativistas teriam seus casos sendo avaliados. Mas o próprio governo admitia: "Apesar dos esforços, ainda existem desafios para a proteção de defensores de direitos humanos no Brasil".

Dados de entidades internacionais revela o fracasso das políticas. O Brasil é o lugar no mundo onde mais se matam ativistas de direitos humanos e, apenas em 2017, 49 deles foram ameaçados ou mortos, em relação com suas atividades e principalmente ao se opor ou questionar interesses econômicos. Os dados foram coletados pela Business & Human Rights Resource Center, uma organização com sede em Londres.

Pelos cálculos da entidade, um total de 290 pessoas foi vítima de algum tipo de ataque durante o ano passado. Um em cada seis ataques no mundo, porém, ocorreu contra lideranças brasileiras.

Um acidente envolvendo um ônibus e um caminhão deixou ao menos 12 feridos na madrugada de hoje na BR-040, no município de Curvelo, em Minas Gerais. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a batida ocorreu no quilômetro 388, por volta da 1 hora.

O ônibus colidiu contra a traseira do caminhão. Parte dos feridos foi levada para o Hospital Imaculada Conceição. As vítimas com ferimentos leves foram atendidas no local do acidente. O trânsito ficou parcialmente fechado na rodovia durante a madrugada. Às 11 horas, a BR-040 não tinha mais bloqueios e o trânsito fluía normalmente. A polícia vai investigar as causas do acidente.

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