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Uma noite por ano, Hollywood recebe todo o glamour do Oscar, mas sua Calçada da Fama é onde diariamente pessoas em situação de rua vão dormir. Esses mundos totalmente contrastantes se encontrarão no próximo mês graças ao desejo dos diretores de um documentário sobre a crise dos sem-teto, indicado ao prêmio, de convidar seus personagens para o tapete vermelho.

“Espero que no dia da cerimônia possamos mostrar um pouco dessa convivência e conscientizar sobre essa humanidade que está ali, literalmente do outro lado da rua, e que ignoramos há muito tempo”, disse o brasileiro Pedro Kos, codiretor do curta-metragem “Onde Eu Moro”. "Esperamos poder levar dois ou três deles conosco", acrescentou seu parceiro na direção do filme, o americano Jon Shenk, em entrevista à AFP.

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O documentário, disponível na Netflix, segue durante três anos várias pessoas desabrigadas e em situação de vulnerabilidade em Los Angeles, São Francisco e Seattle. Mostra de forma íntima suas rotinas e suas dificuldades nas ruas, assim como suas esperanças de sair delas.

Entre as pessoas que acompanham está Luis Rivera Miranda, um homem de meia-idade que tem um cachorro e que começa um romance com uma mulher também sem-teto; e Ronnie "Astaire do futuro" Willis, que dança na Hollywood Boulevard na frente de turistas como seu ganha-pão.

"Ele tem uma história extraordinária: alguém com formação clássica em dança que dançou com Janet Jackson, coreografou o sucesso 'Thong Song'”, de Sisqo, e "viveu tempos muito difíceis, infelizmente, por várias razões", explicou Kos.

Segundo os cineastas, parte do problema é que muita gente vê as pessoas vivendo nas ruas de forma desumanizada e se convence de que elas são os responsáveis por sua tragédia.

Ao abordar as causas que as empurraram para as ruas, o filme elenca vários fatores, como deficiências, rejeição de suas famílias por serem trans e depressão.

"Esperamos que o documentário possa fornecer uma nova perspectiva, que dê um rosto ao que está acontecendo", continuou Shenk. "Eles são americanos, são nossos vizinhos, têm direitos, são pessoas." Os diretores abraçaram seus personagens e ganharam sua confiança trabalhando com organizações de apoio aos moradores de rua.

Em vez de entrevistá-los diretamente, Shenk colocou sua câmera em abrigos onde pessoas desabrigadas participaram de entrevistas de "análise de vulnerabilidade", e saiu da sala para permitir que discutissem mais livremente sua situação.

Shenk e Kos não propõem uma solução para esse problema, o que cabe às autoridades dos municípios, mas acreditam que simplificar a enorme burocracia dos programas sociais disponíveis para os sem-teto poderia ser um começo.

O documentário aponta que a política de não despejo adotada durante a pandemia da covid-19 irá expirar em breve, possivelmente agravando ainda mais a crise. "Não temos dúvidas de que estamos passando por uma gigantesca crise humanitária nos Estados Unidos", ressaltou Shenk.

A cerimônia de entrega do Oscar, no próximo mês, contará com mensagens pré-gravadas dos vencedores em oito categorias, numa tentativa de deixar a cerimônia mais dinâmica, informaram os organizadores nessa terça-feira (22).

A decisão foi tomada "para priorizar os telespectadores" e dará mais tempo para as apresentações musicais, quadros de comédia e homenagens, explicou o presidente da Academia, David Rubin, em e-mail dirigido a membros e indicados.

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Os índices de audiência da maior premiação de Hollywood caíram drasticamente nos últimos anos. A edição de 2021 foi assistida por 10 milhões de pessoas, uma queda de 56% em relação ao ano anterior, que já havia registrado a pior audiência da cerimônia.

Oito prêmios “serão apresentados inicialmente no teatro Dolby uma hora antes do início da transmissão ao vivo”, e os destaques editados serão “encaixados perfeitamente no programa”, diz o e-mail, ao qual a AFP teve acesso. "Cada cineasta e artista de cada categoria continuará tendo o 'momento Oscar' de celebração merecido no palco do Dolby".

"Para o público de casa, o fluxo do espetáculo não muda, embora ele vá se tornar mais dinâmico com esse novo ritmo", assinalou Rubin.

Um membro da Academia, que pediu para não ter o nome divulgado, disse à AFP que “decisões difíceis e mudanças difíceis de aceitar são necessárias e têm que ser executadas", acrescentando que os membros “compreendem a comunicação” de Rubin. "Considerando o declínio recente da audiência televisiva, o espetáculo tem que evoluir com foco no futuro da cerimônia, bem como da Academia."

"Bestia", o curta chileno indicado ao Oscar, é baseado na vida de Ingrid Olderöck, agente da ditadura de Augusto Pinochet que se dedicou a "violar a alma" das mulheres, torturando-as sexualmente com cães treinados, disse à AFP seu diretor, Hugo Covarrubias.

Com a indicação na categoria de melhor curta de animação, "Bestia" é a décima terceira produção chilena a alcançar esse patamar em Hollywood.

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Antes disso, ganhou o festival de Clermont-Ferrand, o mais relevante em curtas-metragens; o Festival Internacional de Animação de Annecy e o Festival Internacional de Cinema de Guadalajara.

Pergunta: Quem foi Ingrid Olderöck?

Resposta: "Ela foi uma pessoa que encarnou o mal e reinou no Chile durante a ditadura. Ela é um elemento que trabalhou para as esferas de poder da ditadura. Como mulher, ela realizou uma tarefa que era treinar mulheres para torturar mulheres".

"Uma pessoa que se dedica a violar almas como ela obviamente deve ter tido sua alma violada em algum momento. Olderöck tinha muitos desvios mentais, ela era uma mulher muito paranoica, cheia de traumas que constantemente tentava se validar."

P: Qual é o papel do cachorro de Olderöck no curta-metragem?

R: "No curta, um dos aspectos que queríamos abordar é a relação íntima com o cachorro dela. Ela tinha três cachorros, mas no curta nós 'dramatizamos' essa parte porque queríamos mostrar o cão mais importante , o Volodia, e pouco a pouco é revelado o que ela faz com o cão". "Na realidade, o que ela fez foi treinar cães para cometer tortura, principalmente para estuprar mulheres."

P: Por que você decidiu filmar no formato Stop Motion?

R:"Trabalho nesta técnica desde 2005, basicamente é o que sei fazer. Gostamos porque há um componente plástico, manual e analógico que nos permite gerar mundos que seriam muito difíceis de criar digitalmente. Utilizamos escalas miniaturas feitas de papelão e personagens de 25 centímetros feitos de aço articulado, tecido e poliuretano".

P: Por que você acha que Bestia conseguiu conquistar o público no exterior?

R: "Bestia se destaca pelo tema, pela estética, pela forma como esse tema político é trabalhado. Também pelo gênero, um thriller psicológico e político que acabou sendo um curta bem diferente dos demais, o que não termina com um final feliz; nesse sentido também é diferente do resto, é bastante cru e poderoso".

P. O que uma indicação ao Oscar significa para você?

R: "Ser indicado ao Oscar é muito importante porque dá mais credibilidade ao seu filme e obviamente abre portas para uma carreira como diretor de cinema e para a equipe. Mas o mais importante é o assunto que está sendo falado e as pessoas que sofreram esse tipo de assédio".

A 94ªcerimônia do Oscar terá uma nova categoria: "o favorito dos fãs", que irá premiar o filme mais votado no Twitter, anunciaram os organizadores nesta segunda-feira, em uma tentativa de reverter a baixa audiência dos últimos anos.

O anúncio é feito depois que os blockbusters "Homem-Aranha: sem Volta para Casa" e "007 - sem Tempo para Morrer" não conseguiram uma indicação nas principais categorias do prêmio, cuja cerimônia de entrega será em 27 de março.

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Com a hashtag #OscarsFanFavorite, todos poderão votar no Twitter ou no site da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos naquele que consideraram o melhor filme do ano. O novo prêmio, no entanto, não será uma categoria formal do Oscar.

A iniciativa pode aumentar a audiência da cerimônia agregando à mesma um toque participativo e resgatar os sucessos de bilheteria que foram responsáveis por mobilizar multidões na reabertura dos cinemas após meses de fechamento devido à pandemia.

Em 2021, quando filmes mais artísticos foram os grandes vencedores da noite, apenas 10 milhões de espectadores assistiram à cerimônia, uma queda de 56% em relação a 2020, que já havia caído ao seu pior recorde.

Este ano, os organizadores esperam que a iniciativa “ajude a construir uma audiência digital engajada na cerimônia” e permita que os fãs “se envolvam com o programa em tempo real”, disse a vice-presidente de Conteúdo Digital da Academia, Meryl Johnson.

Para o Twitter, a colaboração com a Academia "é uma forma excitante de envolver os fãs do cinema e celebrar a sua paixão pelos filmes lançados no ano passado", disse Sarah Rosen, responsável por colaborações de entretenimento e notícias da plataforma nos Estados Unidos.

A votação termina em 3 de março e é possível votar até 20 vezes por dia. Três usuários serão convidados aleatoriamente para apresentar um Oscar na cerimônia do próximo ano.

Uma enquete separada pedirá às pessoas que escolham seu momento favorito de filme. Os cinco mais votados serão exibidos durante a cerimônia.

A mídia especializada informou hoje que as atrizes Regina Hall, Wanda Sykes e Amy Schumer serão as apresentadoras da cerimônia. A Academia não se pronunciou sobre o assunto.

Nesta terça-feira, dia 8, foi liberada a lista de indicados ao Oscar 2022. Através do canal oficial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, pudemos conhecer os candidatos que concorrerão a estatueta este ano.

O evento acontecerá em 27 de março de 2022.

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Confira todos os indicados a seguir:

Melhor diretor

Kenneth Branagh - Belfast

Ryûsuke Hamaguchi - Drive My Car

Paul Thomas Anderson - Licorice Pizza

Jane Campion - Ataque dos Cães

Steven Spielberg - Amor, Sublime Amor

Melhor filme

Belfast

No Ritmo do Coração

Não Olhe para Cima

Drive My Car

Dune (foto acima)

King Richard: Criando Campeãs

Licorice Pizza

O Beco do Pesadelo

Ataque dos Cães

Amor, Sublime Amor

Melhor atriz principal

Jessica Chastain - The Eyes of Tammy Faye

Olivia Colman - A Filha Perdida

Penélope Cruz - Mães Paralelas

Nicole Kidman - Apresentando os Ricardos

Kristen Stewart - Spencer

Melhor ator principal

Javier Bardem - Apresentando os Ricardos

Benedict Cumberbatch - Ataque dos Cães

Andrew Garfield - Tick, Tick... Boom!

Will Smith - King Richard: Criando Campeãs

Denzel Washington - A Tragédia de Macbeth

Melhor atriz coajudvante

Jessie Buckley, em A Filha Perdida

Ariana DeBose, em Amor, Sublime Amor

Judi Dench, em Belfast

Kirsten Dunst, em Ataque dos Cães

Aunjanue Ellis, por King Richard: Criando Campeãs

Melhor ator coadjuvante

Ciarán Hinds - Belfast

Troy Kotsur - No Ritmo do Coração

Jesse Plemons - Ataque dos Cães

J.k Simmons - Apresentando os Ricardos

Kodi Smit-McPhee - Ataque dos Cães

Melhor filme estrangeiro

Drive My Car (Japão)

Flee (Dinamarca)

A Mão de Deus (Itália)

Lunana: A Yak in the Classroom (Butão)

The Worst Person in the World (Noruega)

Melhor trilha-sonora

Nicholas Britell - Não Olhe Para Cima

Hans Zimmer - Duna

Germaine Franco - Encanto

Alberto Iglesias - Mães Paralelas

Jonny Greenwood - Ataque dos Cães

Melhor figurino

Jenny Beavan - Cruella

Massimo Cantini Parrini & Jacqueline Durran - Cyrano

Jacqueline West & Robert Morgan - Duna

Luis Sequeira - O Beco do Pesadelo

Paul Tazewell - Amor, Sublime Amor

Melhor fotografia

Greig Fraser - Duna

Dan Lautsen - O Beco do Pesadelo

Ari Wegner - Ataque dos Cães

Bruno Delbonnel - A Tragédia de Macbeth

Janusz Kominski - Amor, Sublime Amor

Melhor filme de animação

Encanto

Flee

Luca

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

Raya e o Último Dragão

Melhor canção original

Be Alive - King Richard: Criando Campeãs

Dos Oruguitas - Encanto

Down to Joy - Belfast

No Time to Die - 007 - Sem Tempo Para Morrer

Somehow You Do - Four Good Days

Melhor roteiro adaptado

Siân Heder - No Ritmo do Coração

Ryûsuke Hamaguchi & Takamasa Oe - Drive My Car

Jon Spaith, Denis Villeneuve & Eric Roth - Duna

Maggie Gyllenhaal - A Filha Perdida

Jane Campion - Ataque dos Cães

Melhor roteiro original

Kenneth Branagh - Belfast

Adam McKay - Não Olhe Para Cima

Zach Baylin - King Richard: Criando Campeãs

Paul Thomas Anderson - Licorice Pizza

Eskil Vogt & Joachim Trier - The Worst Person in the World

Melhor Som

Belfast

Duna

007 - Sem Tempo para Morrer

Ataque dos Cães

Amor, Sublime amor

Melhor curta de animação

Affairs of the Art

Bestia

Boxballet

Robin Robin

The Windshield Wiper

Melhor curta de live-action

Ala Kanchuu - Take and Run

The Dress

The Long Goodbye

On My Mind

Please Hold

Melhor edição

Hank Corwin - Não Olhe Para Cima

Joe Walker - Duna

Pamela Martin - King Richard: Criando Campeãs

Peter Sciberras - Ataque dos Cães

Myron Kerstein & Andrew Weisblum - Tick, Tick... Boom!

Melhor documentário curta-metragem

Audible

Lead Me Home

The Queen of Basketball

Three Songs for Benazir

When We Were Bullies

Melhor documentário

Ascension

Attica

Flee

Summer of Soul (... ou Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)

Writing with Fire

Maquiagem e Cabelo

Um Príncipe em Nova York 2

Cruella

Duna

The Eyes of Tammy Faye

Casa Gucci

Melhor Figurino

Cruella

Cyrano

Duna

O Beco do pesadelo

Amor, Sublime Amor

Melhores efeitos visuais

Duna

Free Guy: Assumindo o Controle

007 - Sem Tempo Para Morrer

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa

Melhor Design de Produção

Patrick Vermette - Duna

Tamara Deverell - O Beco do Pesadelo

Grant Major - Ataque dos Cães

Stefan Decbant - A Tragédia de Macbeth

Adam Stockhausen - Amor, Sublime Amor

A cerimônia do Oscar terá um apresentador este ano pela primeira vez desde 2018, anunciou a ABC nesta terça-feira (11), após a maior premiação do cinema perder audiência nos últimos anos.

Marcada para 27 de março, a 94ª edição dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas retornará ao tradicional Dolby Theatre em Hollywood, na Califórnia.

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A cerimônia nada tradicional realizada em abril do ano passado, que incluiu parte da premiação sem anfitriões em uma popular estação de trem de Los Angeles devido à pandemia de coronavírus, foi vista por 10 milhões de pessoas, 56% a menos que em 2020, ano em que o evento teve a menor audiência de sua história.

"Você ouviu aqui primeiro, posso confirmar que o Oscar deste ano terá um apresentador", disse Craig Erwich, presidente do grupo ABC Entertainment e Hulu Originals, em um painel de discussão organizado pela Associação de Críticos de Televisão.

Erwich não revelou mais detalhes, nem especificou se haverá a volta de Jimmy Kimmel - apresentador do talk show "Jimmy Kimmel Live!" - ou dos anfitriões das edições de 2017 e 2018. "Pode ser", comentou.

Em 2019, o humorista Kevin Hart desistiu de conduzir a cerimônia depois que ressurgiram publicações suas no Twitter com comentários homofóbicos, que ele havia feito anos antes.

Ele não foi substituído e, embora o formato sem uma figura central tenha sido elogiado e até imitado por outros prêmios, como o Emmy, as edições posteriores do Oscar foram criticadas por falta de foco e humor.

Nesta terça-feira, a Academia anunciou que o veterano Glenn Weiss dirigirá o evento pelo sétimo ano consecutivo e Will Packer será o produtor. Poucos detalhes, porém, foram divulgados sobre a cerimônia, adiada pelo segundo ano seguido.

A mudança de data - que, segundo especulações, visaria evitar competir com a final do futebol americano nos Estados Unidos e as Olimpíadas de Inverno - foi anunciada meses antes de a variante ômicron da covid-19 se espalhar e forçar o cancelamento de vários eventos presenciais em Holywood.

Sidney Poitier, o primeiro grande astro negro de Hollywood, morreu aos 94 anos, informou o vice-primeiro-ministro das Bahamas nesta sexta-feira (7).

Poitier era "um ícone, um herói, um mentor, um lutador, um tesouro nacional", escreveu Chester Cooper em sua página oficial no Facebook.

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Nascido prematuramente em Miami, Flórida, em 20 de fevereiro de 1927, quando seus pais se mudaram das Bahamas, Sidney Poitier obteve a dupla nacionalidade americana e bahamense.

Em 1964, ele foi o primeiro afro-americano a ganhar o Oscar de melhor ator por "Uma Voz na Sombras".

"A viagem foi longa para chegar aqui", disse emocionado ao receber a estatueta de ouro.

Graças aos seus papéis, o público pôde conceber que negros podiam ser médicos ("O Ódio É Cego" - 1950), engenheiros, professores ("Ao Mestre com Carinho" - 1967), ou mesmo policiais ("No calor da noite" - 1967).

Mas aos 37 anos, quando o ator recebeu seu Oscar, era o único astro negro de Hollywood.

"A indústria cinematográfica ainda não estava pronta para elevar mais de uma personalidade das minorias à categoria de estrela", decifrou em sua autobiografia "This Life".

"Na época, (...) eu encarnava as esperanças de todo um povo. Não tinha controle sobre o conteúdo dos filmes (...) mas podia recusar um papel, o que fiz muitas vezes".

Em "Adivinhe Quem Vem Para Jantar" em 1967, ele interpreta o noivo de uma jovem burguesa branca que o apresenta a seus pais, um casal de intelectuais que se acreditam ter a mente aberta.

O encontro é um choque, e o resultado é um grande filme sobre o racismo da época.

Ativistas da causa negra, no entanto, criticaram duramente Sidney Poitier por ter aceitado esse papel de médico de renome internacional, em desacordo com a discriminação sofrida por seus pares.

Suas qualidades irreais como genro ideal mascaram sua negritude e problemas racistas, dizem eles.

Em 2002, Sidney Poitier recebeu um Oscar honorário por "suas atuações extraordinárias, sua dignidade, seu estilo e sua inteligência".

A gala anual do Oscar honorário foi adiada, anunciou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas nesta quarta-feira (22), por conta da ameaça imposta aos Estados Unidos pela disseminação da variante ômicron da Covid-19.

Na cerimônia do Conselho de Governadores da Academia, os atores Samuel L. Jackson e Danny Glover, a atriz norueguesa Liv Ullmann e a atriz e diretora Elaine May receberão as estatuetas de ouro em homenagem a suas trajetórias.

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"Tomamos a difícil decisão de mudar nossos planos de celebrar a gala presencial dos prêmios do Conselho de Governadores em 15 de janeiro", anunciou a Academia em um comunicado.

"Devido à incerteza sobre as variantes e o impacto que isso poderia ter em nossa comunidade, sentimos que esta é a melhor e mais segura decisão para nossos convidados e homenageados", acrescentou.

A gala honorária do ano passado foi cancelada por causa da pandemia, mas a cerimônia principal do Oscar foi realizada em abril de forma presencial.

O comunicado da Academia acrescenta que "os planos para uma nova data (para a gala do Conselho de Governadores) serão anunciados mais tarde", enquanto o Oscar segue agendado para 27 de março.

O início da temporada de premiações de Hollywood contou com várias estreias presenciais, galas e recepções, mas diversos eventos foram cancelados ou adiados nos últimos dias.

A Califórnia tem a menor taxa de casos de Covid-19 nos Estados Unidos (3,3%) e continua sendo "um líder no país em termos de doses administradas da vacina", disse o governador Gavin Newsom nesta quarta-feira.

Porém, o estado viu "um aumento significativo no número de casos suspeitos" na semana passada, alertou. De acordo com as estatísticas, a ômicron já se tornou a variante dominante do coronavírus no estado.

Nesta semana, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas revelou as obras pré-indicadas nas categorias do Oscar 2022. Vale lembrar que as produções vão passar por duas fases eliminatórias até a decisão que será anunciada na cerimônia oficial, que ocorre em Los Angeles, Califórnia (EUA). A lista final será publicada em 8 de fevereiro e a premiação será realizada em 27 de março. Confira:

Melhores Efeitos Especiais

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Ao todo, foram dez longas-metragens pré-selecionados para concorrer a esta categoria do Oscar, em grande parte,  produções de ficção científica, ação e aventura: 007 – Sem Tempo Para Morrer”; “Duna”; “Eternos”; “Free Guy”; “Ghostbusters – Mais Além”; “Godzilla vs. Kong”; “Homem-Aranha – Sem Volta Para Casa”; “Matrix Resurrections”; Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”; “Viúva Negra”;

Melhor Trilha Sonora

Já nesta categoria, foram escolhidas 15 produções, que variam entre drama, animação e terror: “007 – Sem Tempo Para Morrer”; “A Crônica Francesa”; “Ataque dos Cães”; “Being the Ricardos”; “Candyman”; “Duna”; “Encanto”; “King Richard – Criando Campeãs”; “Madres Paralelas”; “Não Olhe Para Cinema”; “O Último Duelo”; “Spencer”; “The Green Knight”; “The Tragedy of Macbeth”; “Vingança & Castigo”.

Melhor Som

Já para a escolha de Melhor Som foram pré-escolhidos dez candidatos que também concorrem em outras categorias: “007 – Sem Tempo Para Morrer”; “Amor, Sublime Amor”; “Ataque dos Cães”; “Belfast”; “Duna”; “Homem Aranha – Sem Volta Para Casa”; “Matrix Resurrections”; “Noite Passada em Soho”; “Tick, Tick... Boom!”; “Um Lugar Silencioso: Parte II”.

Melhor Cabelo & Maquiagem

Para esta categoria, outros dez candidatos estão presentes na pré-seleção, desde produções mais conhecidas, até as menos repercutidas: “007 – Sem Tempo Para Morrer”; “Amor, Sublime Amor”; “Casa Gucci”; “Cruella”; “Cyrano”; “Duna”; “O Beco do Pesadelo”; “O Esquadrão Suicida”; “The Eyes of Tammy Faye”; “Um Príncipe em Nova York 2”.

 

 

Nesta semana, Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, concedeu entrevista ao The Hollywood Reporter e disse que a Academia do Oscar tem um certo preconceito quando se trata de filmes baseados em super-heróis, especialmente quando as obras são da Marvel Studios. Filmes como “Pantera Negra” (2018), que estiveram presentes na premiação recentemente, foram apontados como uma rara exceção por Feige.

Todo o debate começou quando o presidente da empresa foi questionado sobre as chances de “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (2021) na premiação mais aclamada de Hollywood. “Nós [da Marvel Studios] reconhecemos a excelência deste trabalho, as plateias também reconheceram, e eu certamente ficaria feliz se este trabalho de contar histórias fosse reconhecido [pelo Oscar]”, ponderou.

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Vale lembrar que apesar disto, ao longo dos anos diversos filmes da Marvel Studios estiveram presentes na premiação do Oscar, além do aclamado “Pantera Negra”. Assim como “Homem de Ferro” (2008), que foi lembrado na categoria de Melhor Edição de Som e “Guardiões da Galáxia” (2014), que foi indicado ao prêmio de Maquiagem e Cabelo. Além destes, outros nove filmes receberam indicação por Melhores Efeitos Visuais.

 

 

O maior evento dos mundos dos games ocorreu nesta quinta-feira (9). A The Games Awards trouxe novidades e coroou diversos jogos e jogadores com seus prêmios. Além disso, o evento também contou com novidades de produções audiovisuais. O LeiaJá preparou um resumo de tudo o que aconteceu na edição 2021 do "Oscar dos Games".

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- Babylon's Fall, jogo exclusivo de PlayStation, estt já em 3 de março de 2022;

- Star Wars Eclipse é o novo jogo da franquia de filmes;

- Warner anuncia jogo da Mulher Maravilha;

- Sonic 2 recebe novo trailer e mostra Tails e Knuckles;

- DLC de Cuphead chega em 2022;

- PUBG será gratuito a partir de 2022;

20 de novembro é a data da morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros na luta pela abolição da escravatura no Brasil. Em sua homenagem, desde 2011 se atribui a data como o Dia da Consciência Negra, que busca trazer a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

Pensando na importância de reflexão da data, o LeiaJá traz uma lista com filmes que podem ajudar você a entender melhor a luta diária dos negros:

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Quilombo – Youtube

Um clássico dos filmes nacionais, Quilombo retrata a história de Ganga Zumba, ex-escravo em fuga que se torna líder do quilombo dos Palmares e mais tarde, ensina seu filho Zumbi, a lutar pela abolição da escravatura no Brasil.

Histórias Cruzadas – Star+

O longa baseado no livro “The Help” retrata a relação de uma patroa branca, interpretada por Emma Stone, com suas empregadas negras, em plena época da luta pelos direitos civis nos EUA. Destaque para Octavia Spencer que chegou a vencer o Oscar de atriz coadjuvante pelo seu papel no filme em 2012.

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12 Anos de Escravidão – Star+

Solomon Northup é um negro livre, que ao aceitar um emprego em outra cidade, é sequestrado no caminho e vendido como escravo por seus dois senhores por 12 anos.

Estrelas Além do Tempo - Telecine

Durante a Guerra Fria entre EUA e Rússia, três mulheres afrodescendentes, cientistas da NASA, são a peça chave para vitória dos norte-americanos, liderando uma das maiores operações tecnológicas registradas na história da corrida espacial.

[@#podcast#@]

Malcom X – Amazon Prime

A história do líder ativista americano, que teve o pai morto pela Klu Klux Klan e a mãe internada por insanidade. Como protagonista, Denzel Washington deu seu melhor e deu um show no papel de Malcom.

Selma, Uma Luta Pela Igualdade – Amazon Prime

O drama retrata a luta de Martin Luther King Jr. e outros para garantir o direito de voto dos negros, de uma forma pacífica, partindo da cidade de Selma, interior do Alabama. No papel do pastor King, o ator David Oyelowo.

Invictus – HBO Max

Retratando o fim do apartheid, a África do Sul tem Nelson Mandela como presidente buscando liderar um país dividido de forma racial e econômica. Como estratégia, se une ao capitão do time de Rúgbi e promove a união a partir da Copa do Mundo do esporte, em 1995.

"King Richard: Criando Campeãs" narra a ascensão improvável de Serena e Venus Williams, que deixaram de treinar em quadras de tênis em ruínas na periferia pobre de Los Angeles para se tornarem as maiores atletas de todos os tempos.

O filme pode em breve se tornar um marco em outra jornada que parecia improvável: a da estrela de "Um Maluco no Pedaço", Will Smith, que tem a chance de ganhar seu primeiro Oscar de melhor ator no papel de pai, treinador e empresário das jogadoras de tênis.

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Smith "se apaixonou por Richard Williams" há duas décadas, depois de vê-lo defender sua filha Venus, então com 14 anos, em uma entrevista com um jornalista muito insistente.

"A aparência de Venus (...) essa imagem ficou gravada em meu coração", disse ele em uma coletiva de imprensa online. "Porque é assim que eu queria que a expressão da minha filha ficasse quando ela me visse defendê-la".

"Eu queria mostrar ao mundo um pai que protege sua filha dessa forma", disse Smith, que estrelou e produziu o filme da Warner Bros, lançado no domingo em Los Angeles durante o AFI Fest, que foca em como a família do bairro pobre e predominantemente negro de Compton, forjou seu futuro sucesso.

Richard Williams, um treinador autodidata, escreveu um plano de 78 páginas para tornar Venus e Serena as melhores jogadoras do mundo, mesmo antes de nascerem, depois de saber como os prêmios eram lucrativos.

Venus - cujos sete títulos de Grand Slam seriam mais tarde eclipsados pelos 23 de Serena - ocupa mais tempo na tela, enquanto pavimentou o caminho para sua irmã mais nova com suas primeiras vitórias em torneios juvenis.

“Adoro que Venus tenha aberto portas e sua irmã tenha passado por elas”, disse Saniyya Sidney, que interpreta Venus, à AFP.

Crescer assistindo "garotas que se parecem comigo em um esporte predominantemente branco significa muito", disse Sidney.

O filme segue os esforços de Richard para encontrar um treinador profissional para suas filhas nos clubes de tênis da Califórnia e como ele inicialmente enfrentou a rejeição, o ridículo e o racismo.

A família Williams boicotaria o prestigioso torneio de tênis Indian Wells na Califórnia por 14 anos, após vaias que Richard chamou de racista e que Serena mais tarde comparou a um “linchamento de gente refinada”.

Serena, cujo temperamento impetuoso às vezes entra em conflito com autoridades esportivas, foi proibida de usar leggings justas inspiradas no filme "Pantera Negra" em 2018.

"A indústria do tênis continua até hoje tentando monitorar o quão criativas elas são, tentando monitorar sua genialidade, e eles não foram capazes de fazer isso", disse à AFP Aunjanue Ellis, que interpreta sua mãe e parceira de treino, Oracene.

- "Leão" -

Para Smith - pai de três filhos - assistir Richard Williams proteger suas filhas anos atrás ajudou a moldar seu desempenho.

“Era como se [Venus] tivesse um leão. E ela estava muito confortável e muito certa de que seu leão não permitiria que nada acontecesse com ela”, lembra.

Embora Venus e Serena, além de duas de suas meio-irmãs, estejam envolvidas no filme, Richard não se participou, e o retrato em grande parte positivo do filme também sugere infidelidade conjugal.

Os cineastas originalmente planejaram dar a Smith maquiagem de efeitos especiais para se parecer com Williams Sr., mas eventualmente confiaram no ator para transformar a percepção do público.

Smith é o favorito da casa de apostas para ganhar o prêmio de melhor ator no Oscar de fevereiro, tendo perdido por sua interpretação do boxeador Muhammad Ali, em "Ali", e por "À Procura da Felicidade".

Neste fim de semana faz 60 anos desde que “Bonequinha de Luxo” (Breakfast at Tiffany's - 1961) chegou aos cinemas. O filme é uma adaptação da obra homônima de Truman Capote (1897 – 1981) que narra a história de Holly Golightly (Audrey Hepburn), uma acompanhante de luxo que pretende se casar com um homem rico e virar  uma referência em Hollywood. O filme é um marco na história do cinema, já que inspirou outras obras, e fez a atriz principal, Audrey Hepburn (1929-1993),  se tornar um símbolo na cultura pop.

De acordo com o crítico de cinema Franthiesco Ballerini, “Bonequinha de Luxo” acabou se tornando muito relevante no cenário cinematográfico por uma série de fatores, assim como o seu roteiro bem trabalho, que evoca toda a personalidade da protagonista interpretada por Audrey, como desejo, luxúria, prazer, moda e beleza. “Audrey Hepburn é um ícone e a direção de arte também é ótima. Esses fatores fizeram o filme ser tão icônico”, explica.

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Além disso, é importante ressaltar que o trabalho da atriz Audrey Hepburn foi fundamental no resultado do filme, em que pese o fato de ser impossível mensurar essa contribuição. “Foi um casamento perfeito entre roteiro e direção de arte. A escolha da atriz também foi perfeita para o papel”. Ballerini completa dizendo que a partir disso, a protagonista pôde se consolidar não apenas na cultura norte-americana, mas também na história do cinema mundial.

Para o crítico de cinema o filme dirigido por Blake Edwards envelheceu bem, justamente por conta de sua história atemporal, que deixou como legado um belo trabalho de figurino e direção de arte que inspirou vários outros filmes em seguida. Vale lembrar que outros filmes famosos beberam da fonte de “Bonequinha de Luxo”, assim como “Uma Linda Mulher” (1990), obra estrelada por Julia Roberts e Richard Gere.

Prêmios

Na época em que foi lançado, o filme foi reconhecido de imediato. Ao todo, “Bonequinha de Luxo” recebeu cinco indicações ao Oscar e ganhou duas delas: Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original (Moon River). Além disso, o longa estrelado por Audrey Hepburn também esteve presente em duas indicações ao Globo de Ouro, por Melhor Filme e Melhor Atriz, e por ter bastante conteúdo musical envolvido, o filme também garantiu presença no Grammy.

Indicações de filmes semelhantes

Dentre as principais sugestões que Ballerini recomenda para aqueles que gostaram de “Bonequinha de Luxo”, está outro clássico, mas desta vez protagonizado por Marilyn Monroe (1926 – 1962), e se trata de “Quanto Mais Quente Melhor” (1959). Além deste, também há “Levada da Breca" (1938), que segundo o crítico se trata de um belo filme com Katharine Hepburn (1907 – 2003). “[Ambos os filmes] têm uma certa semelhança. É para quem gosta também de ver essas divas em papéis mais desafiadores”, finaliza.

 

 

Nesta quinta-feira (11), o ator e produtor Leonardo Wilhelm DiCaprio, completa 47 anos. Mundialmente conhecido, DiCaprio iniciou sua carreira com pequenas participações em anúncios televisivos. Não demorou muito e ingressou na indústria cinematográfica, com sua primeira estreia em “Criaturas 3” (1991), da cineasta Kristine Peterson.

Outras obras deram sequência à carreira do ator, como “Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador” (1993), “Diário de um Adolescente” (1995) e “Romeu + Julieta” (1996).  Mas foi em 1997 que o DiCaprio catapultou sua carreira, quando interpretou Jack Dawson em “Titanic”, longa-metragem do diretor James Cameron, baseado no trágico acidente de 1912.

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Para o crítico de cinema Efrem Pedroza, DiCaprio se destaca por ser um dos atores mais versáteis de sua geração. “Além disso é ativista ambiental, o que o eleva ainda mais como ser humano e profissional”, aponta.

Pedroza lembra que apesar de possuir uma carreira invejável e ser muito admirado, DiCaprio precisou percorrer uma longa jornada para conquistar seu primeiro Oscar, algo que ele veio a conseguir com “O Regresso” (2015).

Antes disso, o crítico ressalta que o ator realizou atuações esnobadas pela academia, como “Prenda-me se for Capaz” (2002), “Ilha do Medo” (2010), “Django Livre” (2012) e “Os Infiltrados” (2016). “A grande realidade é que o astro, em todos esses anos de trabalho, conquistou todos dentro e fora das telas. Se contribuiu para o cinema e a arte? A carreira dele fala por si só”, afirma Pedroza.

Destaques de DiCaprio

Com inúmeras atuações de sucessos, Pedroza recorda do trabalho de DiCaprio em “Diamante de Sangue” (2006) do cineasta Edward Zwick. “Neste longa-metragem, ele teve uma atuação memorável como um anti-herói ao lado de Djimon Hounson”, comenta.

Outro destaque apontado pelo crítico é um de seus mais recentes trabalhos, “Era uma Vez em Hollywood” (2019), do icônico cineasta Quentin Tarantino, em que DiCaprio interpreta um frustrado ator de televisão, que tenta a todo custo ser levado a sério pela indústria. “O astro está solto e forma uma parceria incrível com o charme do ator Brad Pitt”, descreve Pedroza.

Em uma de suas primeiras atuações no cinema, "Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador”, do diretor Lasse Hallström, Pedroza lembra que com apenas 19 anos, DiCaprio conseguiu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 1994. “O jovem ator passa por cima de Johnny Depp e ganha destaque no filme com extrema facilidade”, pontua.

O crítico também enfatiza o longa-metragem “O Aviador” (2004), dirigido por Martin Scorsese, em que o ator deu vida ao personagem Howard Hughes. “Neste filme, DiCaprio consegue trazer complexidade ao seu personagem que, duelou no Oscar com Jamie Foxx interpretando Ray Charles (vencedor daquele ano)”, evidencia Pedroza.

Mas para o crítico, o grande destaque de DiCaprio é “O Lobo de Wall Street” (2013), também dirigido por Martin Scorsese. “irônico e cômico - com muita acidez -, o ator prova nesse filme sua total capacidade de atuação, versatilidade e talento”, finaliza Pedroza.

 

A bola de vôlei “Wilson”, que ficou mundialmente conhecida no filme Náufrago por ser a única companhia de Chuck Noland, interpretado pelo ator Tom Hanks, foi leiloada nessa quarta-feira por U$ 308 mil, cerca de R$ 1,6 milhões de reais, de acordo com a casa de leilões Prop Store.

A bola foi feita originalmente para parecer suja e durante as filmagens acabou passando muito tempo dentro d’água. Pela casa de leilões, Wilson foi descrita como “muito desgastada com tinta aplicada para criar aparência gasta e suja”.

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O filme

Em Náufrago, Tom Hanks sofre um acidente de avião e passa quase todo o filme sozinho em uma ilha deserta, tentando sobreviver, sua única companhia foi a bola que com sangue, desenhou um rosto como forma de tentar manter sua sanidade intacta e ter alguém para conversar.

Pelo filme, Hanks foi indicado ao Oscar em 2000, mas acabou perdendo para Russell Crowe pelo filme Gladiador.

Neste sábado (6), uma das atrizes mais conhecidas de Hollywood completa 33 anos: Emma Stone. A artista iniciou sua carreira fazendo participações em peças teatrais e até mesmo em séries, como “Zack & Cody: Gêmeos em Ação” (2005 – 2007), mas logo chegou ao cenário dos grandes filmes norte-americanos, recebeu três indicações ao Oscar, e ganhou um deles, se consolidando de vez na indústria cinematográfica. Em homenagem à data de seu aniversário, o LeiaJá preparou uma lista com cinco filmes para conhecer melhor o trabalho da atriz. Confira:

O Espetacular Homem-Aranha (2012)

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Apesar de ter integrado filmes populares, como “Superbad – É Hoje” (2007) e “Zumbilândia” (2009), Emma Stone passou a ser mais conhecida após viver a personagem Gwen Stacy, namorada do Homem-Aranha. Apesar de “O Espetacular Homem-Aranha” (2012) não ser o melhor filme do herói mascarado, a atuação de Emma em conjunto com Andrew Garfield é um dos elementos mais memoráveis no longa. Ambos eram namorados na época das gravações, o que tornou a química da relação mais presente na obra. Vale lembrar que essa mesma situação se repetiu na continuação: “O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro” (2014).

Birdman ou A Inesperada Virtude da Ignorância (2014)

Na primeira tentativa em assumir um papel em um filme voltado para a categoria “cult”, Emma Stone mostrou todo seu potencial, e levou a primeira indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Em “Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância” (2014), a atriz interpreta a personagem Sam, filha do protagonista Riggan Thomson (Michael Keaton), e sua performance como uma jovem adulta cheia de questionamentos e revoltas fica nítido, seja perante os diálogos ou até mesmo por suas feições. Nesta ocasião, Emma não levou o prêmio, que acabou ficando com Patricia Arquette, pelo filme “Boyhood: Da Infância À Juventude” (2014).

La La Land: Cantando Estações (2016)

Nesta ocasião, Emma protagonizou junto com Ryan Gosling o filme musical que foi unânime em relação às críticas positivas. Em “La La Land: Cantando Estações” (2016), o público é apresentado a dois aspirantes a artistas: o pianista Sebastian (Gosling) e a atriz Mia (Emma). Assim, o filme segue a jornada de ambos os personagens que se apaixonam, em uma Los Angeles repleta de cores e cenários lúdicos que refletem a psicologia do casal. Ao todo, o filme recebeu 13 indicações ao Oscar, e venceu seis prêmios: diretor, música original, trilha sonora, fotografia e design de produção. Além desses, também houve o prêmio de Melhor Atriz, que ficou com Emma.

A Favorita (2018)

O filme é orquestrado pelo trio composto por Olivia Colman, Rachel Weisz e Emma Stone. A história se passa no início do Século XVIII, em um momento de guerra entre Inglaterra e França e traz como trama principal o drama entre a Rainha (Olivia), e as candidatas a ter o posto de favorita (Rachel e Emma). Além do filme trazer inúmeros elementos características da época, toda a trilha sonora e ambientação é conduzida de modo que o espectador entre de vez na história e acompanhe a trajetória das personagens. Nesta ocasião, Emma recebeu a indicação de Melhor Atriz Coadjuvante, mas perdeu o prêmio para Regina King, pelo filme “Se a Rua Beale Falasse” (2018).

Cruella (2021)

Após se consolidar de vez em Hollywood, Emma Stone integrou o spin-off da Disney que conta mais sobre a história da vilã dos dálmatas. Em “Cruella” (2021), a atriz entrega a performance que todos os espectadores queriam e esperavam: inocente e simpática, mas também maléfica e nefasta. Na trama, a jovem conhecida como Stella é sonhadora e almeja estar no topo da lista entre os melhores estilistas do mundo, e após ser contratada pela Baronesa Von Hellman (Emma Thompson), a aspirante à estilista passa a mudar de comportamento e percebe que ser má é uma opção em um mundo cheio de injustiças. Assim, Stella assume sua outra persona: Cruella.

 

 

Nesta sexta (15), a  Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou o nome do candidato que disputará uma vaga ao Oscar 2022 na categoria ‘Melhor Filme Estrangeiro’. O escolhido foi Deserto Particular, do baiano Alvy Muritiba. O longa já recebeu prêmios em importantes festivais internacionais e estreia nos cinemas brasileiros em 25 de novembro.

Deserto Particular estava entre os 15 filmes nacionais inscritos para a disputa. Após a escolha na Academia, o título vai concorrer a uma vaga entre os cinco indicados para a categoria de estrangeiros no Oscar 2022, que acontece em março do próximo ano. O longa já  foi premiado no Festival de Veneza deste ano com o prêmio do público, na mostra paralela Venice Days, e estará na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que começa no dia 21 de outubro. O público poderá assisti-lo nos cinemas a partir de novembro. 

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Pelo Instagram, o diretor Alvy Muritiba celebrou a indicação do seu trabalho para concorrer à mais importante das premiações do cinema. “E eis que esse dia chegou. O dia em que dois cabras nascidos em cidades pequenas, cabras que desenvolvem seu ofício longe dos grandes centros produtores, cabras que acreditam apaixonadamente na criação e na empatia, dois cabras que sentiram de falar de amor meio ao ódio, tiveram sua história escolhida pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil no Oscar. Hoje a gratidão é enorme e é direcionada a muitos e muitos que me ajudaram a fazer esse filme”. 

O filme "Titane", vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, dirigido por Julia Ducournau, representará a França no Oscar, anunciou o Centro Nacional de Cinematografia.

Ducournau, de 37 anos, conquistou o principal prêmio em Cannes com um filme que aborda as perguntas atuais sobre convenções dos gêneros, a relação entre seres humanos e máquinas e a paternidade.

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O filme é protagonizado pela jovem Agathe Rousselle e o veterano Vincent Lindon.

Apesar da proibição para menores de 16 anos na França, "Titane" já levou mais de 300.000 espectadores aos cinemas.

O filme estreou no início de outubro nos Estados Unidos e arrecadou mais de um milhão de dólares, informou a distribuidora do longa-metragem.

A 94ª cerimônia do Oscar está prevista para 27 de março de 2022 em Los Angeles.

No próximo domingo (15) faz 75 anos que o filme “Interlúdio” (1946) chegou aos cinemas de todo o mundo. A obra foi dirigida pelo mestre do suspense Alfred Hitchcock (1899 – 1980) e traz a história sobre uma jovem norte-americana (Ingrid Bergman) que se torna espiã, se infiltra no meio nazista e até chega a casar com um dos seguidores de Adolf Hitler (1889 – 1945), mas acaba se apaixonando por um agente no governo (Cary Grant).

O filme teve cenas ambientadas no Rio de Janeiro e repercutiu em grande escala na época. Prova disso é que o longa-metragem foi indicado ao Oscar, na premiação de 1947, na modalidade Melhor Ator Coadjuvante (Claude Rains) e Melhor Roteiro Original. Além do mais, “Interlúdio” também esteve presente no Festival de Cannes, concorrendo ao Grande Prêmio do Festival.

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De acordo com o crítico de cinema, Sérgio Rizzo, “Interlúdio” é mais um dos casos em que o mestre do suspense mostra sua habilidade em manipular e seduzir o público. “Hitchcock cria o medo e suspense pela capacidade de ‘plantar’ em todos nós uma expectativa em relação ao que pode vir a acontecer, como se nos dissesse, com o uso de imagem e som: ‘preste atenção, algo terrível está se desenvolvendo’. Não está na minha lista dos favoritos, mas sempre tive prazer ao ver o filme”, explica o crítico.

Dentro do modelo artístico de Hitchcock, existem certas estratégias narrativas e estéticas, segundo Sérgio. “Como o encontro da linha do olhar dos personagens, construída pela montagem a partir de enquadramentos que seduzem e orientam o olhar do espectador”. O crítico de cinema ressalta que outros cineastas usam a mesma técnica, como Pedro Almodóvar, que já falou a respeito de como “roubou” de Hitchcock soluções para problemas, como por exemplo, onde colocar a câmera numa determinada tomada, e como estruturar o ponto de vista narrativo em um filme ou sequência.

Curiosidades

Apesar de “Interlúdio” não ter repercutido tanto quanto outros filmes de Hitchcock, como “Um Corpo Que Cai” (1958), “Psicose” (1960) e “Os Pássaros” (1963), o longa de 1946 já trazia os elementos característicos do autor e chegou a impressionar diversos cineastas famosos, como o francês François Truffaut (1932 – 1984), que chegou a confirmar que o filme protagonizado por Ingrid Bergman é o melhor de Hitchcock.

Vale lembrar que a atriz principal não estava sendo cotada como a favorita pelo produtor do filme, já que Vivien Leigh (1913 – 1917), protagonista do clássico “... e o Vento Levou” (1939), estava no topo da lista entre as preferidas. Mas ao final, Ingrid conseguiu o papel, e assim, realizou sua segunda participação em filmes com o diretor Hitchcock. A primeira ocasião foi em “Quando Fala ao Coração” (1945), e a terceira em “Sob o Signo de Capricórnio” (1949).

 

 

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