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O Pentágono recebeu duras críticas por suas novas diretrizes, que equiparam os correspondentes de guerra a espiões e afirmam que, em alguns casos, os repórteres podem ser tratados como "partes beligerantes não privilegiadas".

As diretrizes receberam pouca atenção quando foram publicadas em junho no novo manual Legislação de Guerra do Departamento de Defesa, um compêndio de conselhos legais para comandantes e outros integrantes do corpo militar americano.

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Mas em um editorial publicado nesta segunda-feira o jornal New York Times criticou as normas, pediu a revogação e denunciou que poderiam transformar as coberturas jornalísticas de conflitos armados em "mais perigosas, difíceis e sujeitas a censura".

A parte do manual sobre o tratamento dos jornalistas afirma que, em geral, são civis que deveriam ser protegidos de um ataque.

Em outras instâncias definidas vagamente afirma, no entanto, que os jornalistas podem ser "partes beligerantes não privilegiadas", a mesma categoria atribuída a guerrilhas ou membros da Al-Qaeda.

"Informar sobre operações militares pode ser muito similar a obter dados de inteligência ou, inclusive, espionar", afirma o manual.

"Um jornalista que atua como um espião pode estar sujeito a medidas de segurança e punido se for capturado. Para evitar ser confundidos com espiões, os jornalistas devem atuar abertamente e com a permissão das autoridades relevantes".

O manual também defende a censura do trabalho jornalístico.

"Os países podem precisar censurar o trabalho jornalístico ou adotar outras medidas para que os jornalistas não revelem informação sensível ao inimigo", afirma o texto.

"Sob a lei de guerra, não há direito especial que permita aos jornalistas entrar no território de um país sem seu consentimento ou ter acesso às áreas de operações militares sem o consentimento do país que está realizando as operações", completa.

O NYT advertiu que manter as diretrizes do Pentágono "provocaria um dano severo às liberdades de imprensa".

Misturar espionagem com jornalismo, argumenta, alimenta a propaganda de governos autoritários que já estão tentando desacreditar repórteres ocidentais com falsas acusações sobre espiões.

O Comitê de Proteção dos Jornalistas também criticou as diretrizes. No mês passado denunciou o impacto negativo que terão em um momento de número recorde de jornalistas sequestrados e assassinados em conflitos como os da Ucrânia e Congo.

O Pentágono está finalizando um plano que permite a trangêneros servirem abertamente no Exército dos Estados Unidos a partir do início de 2016, informou o secretário de Defesa, Ashton B. Carter, nesta segunda-feira.

O plano dará fim a uma das últimas leis discriminatórias baseadas em gênero ou sexualidade que ainda estão em vigor para entrar no exército, além de representar o reconhecimento do fato de que já servem as tropas norte-americanas cerca de 15 mil transgêneros, de acordo com estimativas.

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De acordo com autoridades do exército, um comunicado deve ocorrer ainda esta semana. Carter está criando um grupo de trabalho que fará um estudo de seis meses sobre o impacto do fim da proibição.

Carter declarou que a lei atual, que proíbe que trangêneros cumpram serviço militar, está ultrapassada e qualquer um que queira servir o exército deve poder fazê-lo. Fonte: Associated Press.

Forças especiais dos Estados Unidos conduziram um ataque no leste da Síria na noite da sexta-feira (15) e mataram um líder do grupo Estado Islâmico, informaram autoridades. Segundo o governo, a esposa do militante, que é suspeita de integrar o grupo, foi capturada.

O Pentágono afirmou neste sábado que os militares conduziram uma operação em solo em Al-Amr, na região leste do país, para capturar Abu Sayyaf e sua esposa, Umm Sayyaf. A missão representa um exemplo raro das forças norte-americanas conduzindo uma ação militar em solo na Síria.

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Durante a missão, Sayyaf teria resistido e foi morto, segundo comunicado divulgado pelo Pentágono. Segundo o texto, Sayyaf ajudava a gerir os negócios de óleo e gás do Estado Islâmico, além de realizar também operações financeiras. Nenhum militar norte-americano foi ferido na ação.

"A operação representa um novo golpe ao Estado Islâmico, e é um lembrete de que os Estados Unidos nunca irão hesitar em negar proteção a terroristas que ameaçam nossos cidadãos, amigos e aliados", afirma o secretário de Defesa, Ash Carter, em nota.

A Casa Branca também divulgou comunicado, por meio do Conselho Nacional de Segurança, afirmando que o presidente Barack Obama autorizou a operação, que libertou uma jovem yazidi que aparentemente era mantida pelo casal como uma escrava. Segundo a nota, a refém será entregue à sua família "assim que possível". Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Defesa norte-americano Ash Carter convocou uma reunião extraordinária nesta segunda-feira, seis dias após ter assumido o cargo, para discutir os aspectos mais importantes da geralmente criticada estratégia de combate do governo ao grupo Estado Islâmico e para investigar suas falhas e fraquezas. O encontro acontece em Campo Arifjan, no Kuwait.

Carter disse que reuniu uma série de generais norte-americanos, diplomatas e oficiais de inteligência não apenas para ouvir sobre os progressos mais recentes no campo de batalha, mas também para entender melhor os fundamentos intelectuais da estratégia do presidente Barack Obama para combater o Estado Islâmico, o que inclui as formas como a força militar deve ser combinada com medidas políticas e econômicas para reverter os ganhos obtidos pelo grupo e, por fim, derrotá-lo.

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Durante uma breve sessão de fotos no início do encontro, Carter disse que precisa entender melhor a abordagem do governo ao que ele chamou de problema "muito complicado", representado pelo grupo extremista. "É um problema que tem uma dimensão militar importante, mas não se trata puramente de um problema militar, trata-se de um problema político-militar."

Ao redor da enorme mesa estavam cerca de 25 graduados oficiais, dentre eles o general Lloyd Austin, chefe do Comando Militar Central; os enviados presidenciais John Allen e Brett McGurk; os comandantes das forças norte-americanas na Europa e na África e embaixadores dos Estados Unidos na Jordânia, Kuwait, Arábia Saudita, Egito e outros países árabes, com participação na luta contra o Estado Islâmico.

Carter chamou o grupo de "time América". A reunião é altamente incomum para um chefe do Pentágono em início de mandato. Em vez de ir para o Iraque e conversar com os comandantes lá, Carter disse que queria uma olhar mais amplo e profundo do Estado Islâmico, em parte porque é novo no cargo.

Dentre outros importantes participantes estavam o general do Exército Joseph L. Votel, comandante do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos, e o tenente-general Michael Nagata, chefe do programa que treina e equipa uma força rebelde moderada na Síria. Vários dos principais auxiliares de Carter no Pentágono também participaram do encontro.

Em declarações para as tropas em Campo Arifjan, antes do início da conferência, Carter disse que a chave para o sucesso contra o Estado Islâmico é garantir que os países ameaçados pelo grupo possam preservar os ganhos obtidos pela campanha militar, liderada pelos Estados Unidos. Fonte: Associated Press.

Um estudo feito pelo Pentágono em 2008 afirma que o presidente russo, Vladimir Putin, tem síndrome de Asperger, e atribui a esta condição uma necessidade de exercer "controle extremo" quando confrontado com crises, revelou um informe publicado nesta quinta-feira.

Após estudar os movimentos e as expressões faciais do chefe de Estado russo em imagens de vídeo, especialistas especularam que o desenvolvimento neurológico de Putin sofreu algum distúrbio na infância, dando a ele um senso de desequilíbrio físico e desconforto com a interação social, segundo relatório elaborado pelo 'think tank' (centro de estudos) interno do Pentágono, o 'Office of Net Assessment'.

"Esta profunda mudança comportamental foi identificada por neurocientistas de renome como Síndrome de Asperger, um distúrbio do espectro autista, que afeta todas as decisões dele", escreveu a autora do estudo, Brenda Connors, da Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos.

"Em situações de crise, para estabilizar a si próprio e suas percepções, diante de qualquer contexto em evolução, ele reage impondo um extremo controle", escreveu Connors, que também estudou a linguagem corporal de outros líderes mundiais.

O jornal USA Today foi o primeiro a divulgar o estudo, na quarta-feira, seguindo um pedido baseado na Lei da Liberdade de Informação.

A condição de Putin também pode levá-lo a "privar-se de estímulos sociais, como fez na época do incidente com o submarino nuclear Kursk", no ano 2000, quando a embarcação russa naufragou no Mar de Barents, matando sua tripulação, acrescentou o estudo.

A teoria sobre a condição de Putin não poderia ser confirmada definitivamente sem um exame de escâner cerebral, explicaram os autores da pesquisa. Mas especialistas citaram os movimentos corporais do presidente russo e suas "micro-expressões" como indícios de Asperger, uma forma de autismo de alto rendimento.

Desde que chegou ao poder, mais de uma década atrás, Putin tem atormentado os Estados Unidos. Especialistas em Washington foram pegos de surpresa pela decisão do presidente de anexar a península da Crimeia, no ano passado, e apoiar separatistas pró-Moscou na Ucrânia.

É conhecida a expressão do ex-presidente americano, George W. Bush, que dizia olhar nos olhos do colega russo e, mesmo assim, ser incapaz de enxergar "sua alma". Mas o estudo do Pentágono afirma que o olhar indiferente de Putin reflete uma anormalidade neurológica e a incapacidade de captar dicas sociais.

Sua condição significa que Putin demonstraria uma "hipersensibilidade" e "uma forte confiança em respostas diretas, rápidas e frias" ao invés de um comportamento social mais variada, acrescentou.

O Pentágono negligenciou o estudo, afirmando que nunca completou a trajetória até a mesa do Secretário de Defesa ou outros altos tomadores de decisão.

"O Office of Net Assessment não enviou estes informes ao secretário e não está informado sobre quaisquer demandas de um líder do DoD (Departamento de Defesa) para revisar estes relatórios", declarou à AFP a tenente-coronel Valerie Henderson, porta-voz do Pentágono.

Todos os indícios eram de que "os relatórios permaneceram no escritório", afirmou.

O autor do informe, no entanto, argumentou que examinar o movimento corporal de líderes e seu potencial "para prever o comportamento e as decisões é um instrumento poderoso como um sistema de defesa em evolução".

O lendário editor do jornal "Washington Post" Ben Bradlee, que dirigiu a cobertura do escândalo do Watergate, assim como a publicação de documentos do Pentágono, morreu nesta terça-feira (21), aos 93 anos - anunciou o jornal.

Bradlee, que "guiou a transformação do 'Post' em um dos jornais mais importantes do mundo, faleceu em 21 de outubro em sua casa, em Washington, de causas naturais", informou o jornal em sua página na Internet.

Como editor do Washington Post, Bradlee entregou aos jovens jornalistas Bob Woodard e Carl Bernstein a investigação sobre o arrombamento do Comitê Nacional Democrata, no prédio Watergate, na capital americana.

Durante a investigação, os dois repórteres estabeleceram uma ligação entre a Casa Branca e o arrombamento do Comitê, desvendando um escândalo que levou à renúncia do presidente republicano Richard Nixon, em 1974.

"Ben foi um verdadeiro amigo e um líder genial do jornalismo", expressaram Bernstein e Woodward em uma declaração conjunta no site do Post. "Seu princípio irredutível foi o compromisso com a verdade e a necessidade de sua busca. Tinha a valentia de um Exército".

Como editor do Washington Post, entre 1968 e 1991, Bradlee não apenas obteve para o jornal o prêmio Pulitzer por sua cobertura do caso Watergate, mas também obrigou o Pentágono a revelar documentos secretos sobre a Guerra do Vietnã.

"Ben Bradlee foi o maior editor de jornal dos Estados Unidos de sua época", disse Donald E. Graham, que presidiu o Washington Post.

Alan Mutter, ex-editor do Chicago Daily News e do Sun-Times, disse que "se há uma figura para representar o salto da velha relação entre jornalistas e políticos para a atual relação entre jornalistas e políticos, esta figura é Ben Bradlee".

"O jogo entre a imprensa e os políticos mudou radicalmente com o Watergate, quando a discrição e a cortesia mútua da qual desfrutaram durante longo tempo deu lugar a uma investigação profunda, e não apenas envolvendo o escândalo Watergate, mas todos os delitos que o sucederam".

O resultado, destaca Mutter, foi "uma era de maior transparência que jamais havia existido".

Bradlee nasceu em 1921, na cidade de Boston, e após se formar na Universidade de Harvard, serviu como oficial de comunicações da Marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial.

Ben Bradlee trabalhou como repórter no Washington Post antes de viajar à França para ser o correspondente da Newsweek em Paris.

Como repórter, cobriu em 1960 a vitoriosa campanha de John F. Kennedy e se tornou amigo e confidente do presidente democrata dos Estados Unidos.

O Exército dos EUA está analisando um plano para expandir seu apoio aos países do Oeste da África afetados pela epidemia de ebola, informaram autoridades de defesa nesta sexta-feira (12). Os norte-americanos estão considerando uma série de opções potenciais, incluindo o envio de mais médicos e especialistas de assistência à saúde, o fornecimento de suprimentos hospitalares e a condução de treinamento para funcionários na Libéria e em outros países.

Os militares já enviaram oito médicos para a região onde o surto de ebola se propagou. O departamento também anunciou que vai enviar uma unidade hospitalar portátil com 25 camas à Libéria para ajudar no tratamento de funcionários da Saúde, mas não planeja usar seus funcionários para geri-la.

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Uma autoridade disse que entre as opções consideradas, hospitais portáteis adicionais poderiam ser enviados, desta vez com médicos especialistas. O secretário de imprensa do Pentágono, contra-almirante John Kirby, afirmou que o governo dos Estados Unidos vai continuar a ter seu papel na "tentativa de resolver a crise", acrescentando que o departamento de defesa discutia como poderia ajudar. "No Departamento de Defesa, o que fazemos melhor é responder ao chamado e fazer tudo o que pudermos, onde e quando pudermos, e fornecendo capacidades apropriadas", ele disse.

Autoridades de defesa dos EUA disseram que ainda não havia uma decisão final sobre quais aptidões serão usadas. Mas descartaram o envio de navios-hospitais ou navios anfíbios que geralmente são usados em crises humanitárias. Uma autoridade disse que se o vírus conseguir chegar a uma dessas embarcações, poderia se transmitir de forma muito rápida e seria difícil erradicá-lo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, disse que os ataques aéreos norte-americanos ajudaram o Iraque e as forças curdas a recuperarem sua estabilidade, mas ele acredita que os militantes do grupo extremista Estado Islâmico vão se reagrupar e organizar uma nova ofensiva.

O presidente dos líderes de juntas militares, general Martin Dempsey, afirmou que é possível conter os insurgentes, mas que isso não pode ser feito de forma permanente sem atacar o grupo na Síria. Falando a repórteres junto a Hagel, Dempsey disse que não estava prevendo ataques aéreos no território sírio, mas que o problema deve ser enfrentado diplomaticamente, politicamente e militarmente pelos EUA e por seus aliados.

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Hagel disse que todas as opções estavam sendo consideradas, incluindo ataques aéreos na Síria. Os EUA restringiram sua ação militar no Iraque, mas as preocupações com a segurança na região são crescentes. Os comandantes do Estado Islâmico têm estendido seu controle enquanto trabalham de fortalezas seguras na Síria. Fonte: Associated Press.

Com a escalada dos casos de Ebola na África, a FDA, agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, autorizou, na quarta-feira (6), o uso de um exame desenvolvido pelo Pentágono para diagnosticar a contaminação. O novo teste será o meio mais rápido e confiável disponível para detectar o vírus, totalizando quatro horas desde a coleta do sangue até o diagnóstico, de acordo com o geneticista Eduardo Castan, cientista da Thermo Fisher Scientific, empresa que forneceu os reagentes e equipamentos utilizados no teste.

Segundo Castan, o exame utiliza a técnica conhecida como Reação em Cadeia da Polimerase (PCR, em inglês). "O teste utiliza uma máquina de PCR em Tempo Real, que é um equipamento bastante comum e um kit já pronto com os reagentes", disse. "O novo teste é capaz de diagnosticar o Ebola mesmo quando o vírus está incubado, ou a carga viral é muito baixa." Uma pequena amostra de sangue do paciente é colocada em um tubo com os reagentes e a máquina, por sucessivas variações de temperatura, opera várias reações.

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No início, as células presentes no sangue têm suas membranas rompidas e as moléculas de DNA e RNA ficam expostas. A partir daí, são sintetizadas moléculas de DNA complementares ao RNA do vírus, quando ele está presente.

Depois, entra em ação outro elemento do kit: cópias sintéticas de pequenos trechos do genoma do vírus - os "primers" -, que se ligam aos trechos complementares das moléculas de DNA sintetizadas. "As enzimas presentes no kit, então, começam a copiar exponencialmente esse material. Em 40 minutos, temos alguns bilhões dessas moléculas idênticas a um trecho do genoma do vírus", explicou Castan.

Um outro componente é então ativado: um agente fluorescente conhecido como sonda TaqMan. "Quando a enzima que copia o RNA encontra o agente fluorescente, ele emite luz, que é detectada pela máquina. O resultado é um gráfico que nos mostra de forma inequívoca a presença do vírus."

Segundo a FDA, o teste foi aprovado em caráter emergencial e será usado só em comunidades sob risco de exposição ao vírus nas zonas endêmicas e em militares, equipes humanitários e de emergência.

O diagnóstico precoce do Ebola é considerado fundamental para impedir que a epidemia se alastre, pois possibilita o isolamento dos infectados. Mas a tarefa é difícil: os sintomas podem ser confundidos com os de gripe, malária, ou dengue hemorrágica. Além disso, podem levar três semanas para aparecer. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

O Pentágono afirmou nesta segunda-feira que não tem intenção de realizar uma ação militar coordenada com o Irã ou suas forças militares para a crise no Iraque, posição que parece diferente na comparação com comentários anteriores feitos pelo secretário de Estado John Kerry.

Em entrevista que foi ao ar nesta segunda-feira, Kerry disse que os Estados Unidos estavam abertos para conversações com o Irã a respeito da crise no Iraque e que ele não descartava a possibilidade de uma cooperação militar entre os dois antigos adversários.

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Horas mais tarde, o almirante John Kirby, porta-voz do Pentágono, disse que os Estados Unidos podem discutir a crise no Iraque com autoridades iranianas, mas que lideres militares norte-americanos não trabalhariam com homólogos iranianos ou realizariam uma resposta coordenada para combater militantes sunitas que tomaram boa parte do norte do Iraque.

"Não há absolutamente qualquer intenção, nenhum plano para coordenar atividades militares entre Estados Unidos e Irã", afirmou o almirante Kirby, acrescentando que o Pentágono concordou que seria apropriado realizar conversações às margens nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, em Viena.

Kerry deu a entender, em entrevista concedida ao Yahoo! News, que conversações entre Estado Unidos e Irã eram prováveis.

A respeito de uma possível cooperação militar, ele disse que "eu não desconsideraria nada que seja construtivo para fornecer a estabilidade verdadeira, o respeito à Constituição (iraquiana), o respeito ao processo eleitoral e o respeito à capacidade do povo iraquiano de formar um governo que represente todos os interesses do Iraque, não de um grupo sectário ou de outro".

Um graduado funcionário do governo disse que não há diferença entre o que Kerry e o Pentágono disseram.

O almirante Kirby disse que os Estados Unidos discutiram questões ligadas ao Afeganistão e outros temas de segurança regional com o Irã no passado, mas que as discussões sobre o Iraque serão limitadas. "Não existem planos para consultar o Irã sobre atividades militares no Iraque", afirmou Kirby. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Pentágono notificou o Congresso dos Estados Unidos a intenção de vender ao Brasil pacotes de modernização de veículos blindados de transporte e tanques no valor de US$ 241 milhões, informou a instituição nesta quarta-feira (11). "A venda proposta contribuirá para a política externa e a segurança nacional dos Estados Unidos, ao ajudar a melhorar a segurança do Brasil, que foi e continua sendo uma importante força regional de estabilidade e progresso econômico na América do Sul", anunciou o Pentágono em um comunicado.

Os Estados Unidos venderiam ao Brasil 434 equipamentos de atualização de veículos blindados M113, usados para o transporte de tropas e armamento, por US$ 131 milhões. Em outra venda diferente, as forças armadas brasileiras obteriam equipamentos para modernizar 40 tanques M109A5, no valor de US$ 100 milhões.

A principal fabricante dos equipamentos é a americana BAE Systems. A atualização dos veículos blindados M113 dotará o Brasil de "uma capacidade de mobilidade de infantaria mais confiável, ágil e eficaz", enquanto os tanques reconfigurados servirão para "ampliar a interação" entre as forças armadas americanas e brasileiras, segundo o comunicado.

"O Brasil não terá dificuldades em absorver este equipamento em suas forças armadas", indicou o Pentágono. O Congresso americano tem agora 30 dias para decidir se há alguma objeção.

A comercialização dos equipamentos é a segunda operação que o Pentágono planeja com o Brasil em um mês, após ter anunciado, em maio, a intenção de vender ao país 16 mísseis AGM-84L Harpoon Block II, assim como quatro mísseis da mesma série para treinamento aéreo, além de contêineres, peças e suporte.

Em dezembro, o Brasil deu um enorme passo no processo de modernização de sua capacidade militar, ao anunciar que o caça sueco Gripen NG foi o vencedor de uma licitação multimilionária por 36 aeronaves e toda tecnologia que os compõem.

Um grupo de trabalho do Pentágono estuda a linguagem corporal de dirigentes estrangeiros, entre eles o russo Vladimir Putin, para entender melhor seu comportamento, admitiu nesta sexta-feira (7) o porta-voz do ministério da Defesa americano.

Além de Putin, o grupo analisou o finado presidente iraquiano Sadam Hussein, o também finado líder da Al-Qaeda Osama Bin, o líder norte-coreano Kim Jong-Un e o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, entre outros dirigentes, revelou um funcionário.

Mas os resultados "não são utilizados para elaborar políticas ou tomar decisões", afirmou o porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby. A responsável pelo grupo, Brenda Connors, publicou em 2004 um artigo em um jornal de Rhode Island em que apresentava alguns aspectos do comportamento de Vladimir Putin, com base em sua linguagem corporal.

Os movimentos do presidente russo mostram "um homem que luta para avançar (...) e essa instabilidade é compensada por uma necessidade urgente de controle interno, que se manifesta na exibição de sua força". O Pentágono já investe cerca de 300 mil dólares anuais desde 2009 nestes estudos.

O Pentágono afirmou ao Congresso dos Estados Unidos que mesmo estando mais forte, o Exército do Afeganistão ainda precisará de formação e ajuda financeira mesmo depois de 2014, quando será concluída a missão dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em um relatório para o Congresso, o Pentágono afirmou que é difícil avaliar se o Afeganistão pode manter a vantagem contra o Taleban após a saída das forças norte-americanas do país.

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O argumento do Pentágono ocorre em meio à discussão sobre a relutância da Casa Branca em anunciar se todos os soldados norte-americanos permanecerão no Afeganistão depois de 2014 para ajudar as forças afegãs a lutar contra o Taleban.

Alguns funcionários da Casa Branca defendem a possibilidade de que as forças dos Estados Unidos não deveriam ficar, mas nenhuma decisão foi tomada. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou nesta segunda-feira (7) os novos responsáveis pela secretaria da Defesa e pela direção da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês). Obama indicou o republicano Chuck Hagel para secretário da Defesa e John Brennan para o comando da CIA. Ambas as escolhas são polêmicas e atraíram críticas do Partido Democrata, o de Obama, e também da oposição republicana.

Hagel, de 66 anos, foi senador durante o governo de Obama e os dois se aproximaram durante viagens de trabalho ao exterior. Republicano moderado e veterano condecorado da guerra do Vietnã, Hagel pode melhorar o diálogo no gabinete de Obama, caso seja confirmado. Mas o ex-senador pelo Nebraska tem enfrentado críticas no Congresso, principalmente dos republicanos, desde que surgiu como o principal concorrente à direção do Pentágono, embora legisladores de seu partido não tenham chegado a dizer que podem impedir sua nomeação.

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Hagel é o segundo escolhido por Obama para um cargo importante no setor de segurança a enfrentar críticas do Congresso mesmo antes da nomeação. A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, retirou seu nome da lista para ocupar o cargo de secretária de Estado (chancelaria) em meio a acusações de senadores republicanos de que ela havia enganado a população em seus relatos iniciais sobre os ataques contra norte-americanos, que estavam numa representação diplomática em Benghazi, na Líbia.

Após a desistência de Rice, Obama indicou o senador John Kerry para comandar o Departamento de Estado. Ele deve ser facilmente confirmado por seus antigos colegas do Senado.

Numa tentativa de suavizar o terreno para Hagel, a Casa Branca alertou os democratas do Senado no domingo que Hagel será nomeado para suceder o secretário de Defesa Leon Panetta no segundo mandato de Obama, de acordo com um funcionário do Congresso que pediu para não ser identificado.

Caso seja confirmado no cargo, Hagel vai assumir um Pentágono que enfrenta cortes orçamentários e a volta dos soldados norte-americanos do Afeganistão. O presidente afegão, Hamid Karzai, deve se encontrar com Obama nesta semana em Washington para discutir a presença norte-americana no país após a conclusão formal da guerra, prevista para 2014. Hagel deve apoiar uma saída mais rápida das tropas norte-americanas do Afeganistão.

Já Brennan, de 58 anos e que trabalha na CIA há 25 anos, é atualmente o principal conselheiro de contraterrorismo de Obama. Obama já havia pensado em Brennan para ocupar o principal cargo da CIA em 2008, mas o candidato retirou seu nome em meio a questionamentos a respeito de sua ligação com o uso de técnicas de interrogatório muito duras durante o governo de George W. Bush. Brennan negou envolvimento com os controversos métodos de interrogatório, que incluem afogamento, e declarou-se contrário a eles. Segundo conselheiros da Casa Branca, Obama escolheu Brennan para o cargo porque ele teve um papel importante na operação que resultou na morte do líder terrorista Osama bin Laden no Paquistão em 2011.

Brennan também é um dos principais mentores da polêmica política norte-americana de usar aviões teleguiados e não tripulados, os chamados drone, para matar terroristas e suspeitos de terror no Paquistão, Afeganistão e principalmente no Iêmen. Embora polêmica, a política de enviar os drone para assassinar suspeitos é considerada um sucesso. Brennan foi um dos criadores do Centro Contra a Ameaça do Terror, após os atentados de 11 de Setembro de 2001, e serviu vários anos na administração anterior de George W. Bush. Ele era o encarregado, até 2005, das informações confidenciais sobre o terror que eram passadas pessoalmente a W. Bush.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

 

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está se preparando para notificar todos os seus funcionários civis sobre possíveis licenças obrigatórias e não-remuneradas caso o Congresso e o presidente Barack Obama não cheguem a um acordo antes de 2 de janeiro para evitar cortes automáticos de gastos, segundo o Wall Street Journal.

Um oficial disse neste domingo que o Pentágono notificará 800 mil funcionários civis sobre a possibilidade dessas licenças. O alerta é muito mais sério do que o feito recentemente. O Pentágono havia dito que não haveria impacto imediato sobre pessoal ou operações se um acordo não fosse fechado até janeiro.

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Os cortes automáticos de gastos foram determinados pelo acordo de controle de orçamento de 2011, e preveem uma redução de gastos de US$ 110 bilhões, dividida entre programas de defesa e outras agências domésticas. As reduções devem ocorrer nos nove primeiros meses de 2013. Depois disso, haverá US$ 110 bilhões em cortes por mais oito anos. Democratas e republicanos vêm tentando substituir ou adiar os cortes, mas ainda não chegaram a um acordo.

O Pentágono será obrigado a reduzir seus gastos em US$ 55 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, o que representa um corte de cerca de 10% em muitos de seus programas. Os cortes terão impacto não somente no pessoal, uma vez que a Casa Branca alertou que o orçamento militar para compra de aeronaves, mísseis e outros itens será reduzido drasticamente.

Outras agências também terão de adotar licenças obrigatórias ou começar a demitir caso os cortes não sejam revertidos. Alguns parlamentares disseram que empresas que fazem negócios com o governo também terão de demitir trabalhadores por causa do impacto das reduções de gastos.

Segundo o senador republicano Lindsey Graham, o secretário de Defesa, Leon Panetta, disse a ele que "não haverá nada" no acordo do abismo fiscal para evitar os cortes automáticos de gastos. As informações são da Dow Jones.

O Pentágono anunciou nesta terça-feira que o comandante norte-americano no Afeganistão, o general John Allen, está sob investigação por supostas "comunicações impróprias" com uma mulher que teria recebido e-mails ameaçadores de Paula Broadwell, com quem o ex-diretor da CIA David Petraeus teve um caso extraconjugal.

O secretário da Defesa, Leon Panetta, disse em comunicado aos jornalistas que o FBI entregou a questão ao Pentágono no último domingo e que ele já pediu o início das investigações.

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Uma autoridade da Defesa disse que Allen se comunicava com Jill Kelley, uma socialite que trabalha como voluntária na base da força aérea da Flórida, mas que não é funcionária do governo. Ela teria recebido e-mails ameaçadores de Paula, cujo caso amoroso com Petraeus começou depois que ele se tornou diretor da CIA, em setembro de 2011. Petraeus renunciou ao cargo na última sexta-feira. Allen o havia substituído como comandante norte-americano no Afeganistão em julho de 2011.

A autoridade, que discutiu o assunto sob condição de anonimato, disse que Panetta achou prudente iniciar uma investigação, mas não explicou a natureza das conversas problemáticas de Allen. Segundo ele, o Pentágono vai analisar entre 20 e 30 mil páginas de e-mails e outros documentos que envolvem Allen e Jill, mas ele não revelou se as conversas envolvem conteúdos sexuais ou informações confidenciais, e disse não saber se Petraeus é mencionado nos e-mails.

"O general Allen nega que esteja envolvido em qualquer tipo de comportamento inapropriado", disse a autoridade, acrescentando que o general continua em Washington.

Panetta informou que enquanto ocorrem as investigações, Allen continuará em seu cargo. Essa decisão, juntamente com a transferência da questão do FBI ao Pentágono, sugerem que o ocorrido é visto como uma possível infração de regras militares, em vez de violação de uma lei federal. As informações são da Associated Press.

O grupo hacker Anonymous anunciou no Twitter na última sexta-feira ter invadido a rede da principal prestadora de serviços do Departamento de Defesa dos Estados Unidos,a ManTech. A promessa era de que, em 24 horas, os autores da ação publicariam documentos comprovando a efetividade da ação, mas até o momento eles não voltaram a se manifestar.

"ManTech foi dominada. Liberação em 24h", dizia a mensagem postada no microblog. O Anonymous tem concentrado suas ações em alvos militares, empresas do setor de defesa e aliados políticos dos EUA. O grupo diz usar a prática de hacking para chamar atenção para seu ideário. Em julho - quando o Anonymous entrou na rede da unidade da polícia italiana responsável pelo combate ao cibercrime - Cerca de 8 GB de dados internos teriam sido roubados, um material que o grupo também ameaça publicar.

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No começo de julho, o Anonymous divulgou um banco de dados com 90 mil logins e senhas de e-mails militares, após invadir outra empresa do setor de defesa, a Booz Allen Hamilton. depois, no último dia 21, publicou um documento restrito de um servidor da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).

Agências internacionais de combate ao crime têm tentado prender membros do grupo, mas os hackers vêm conseguindo escapar.

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