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O Ministério Público de Portugal arquivou uma investigação sobre o ex-presidente da Portugal Telecom Miguel Horta e Costa com a alegação de que não há indícios de que ele tenha pago US$ 7 milhões para arcar com dívidas de campanha do PT.

Segundo os portugueses, o único fato concreto é que houve uma reunião entre Miguel Horta e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Mas não é possível afirmar que houve acerto de repasse de dinheiro nessa conversa. O dinheiro seria para facilitar a compra da Telemig pela Portugal Telecom.

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Depoimento

O relato do encontro com Lula foi feito por Marcos Valério Fernandes de Souza em depoimento feito em dezembro 2012 no qual buscava fechar um acordo de delação premiada após ter sido condenado a 37 anos de prisão no mensalão.

O documento do Ministério Público de Portugal, com data de 4 de setembro, cita o fato de a Procuradoria no Brasil não ter conseguido avançar na investigação. Na sexta-feira, segundo o jornal Folha de S.Paulo, o Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu o arquivamento das investigações por falta de provas.

Segundo a investigação inicial do MP brasileiro, a negociação teria começado no Palácio do Planalto no dia 19 de outubro de 2004, em uma reunião entre o presidente da empresa e Lula. "Esse encontro teria sido facilitado por Marcos Valério Fernandes de Sousa (proprietário de agências de comunicação conhecido por prestar serviços ao Partido dos Trabalhadores Brasileiro) que tinha livre trânsito no Palácio do Planalto", afirmou o documento português.

Segundo a investigação brasileira, Horta e Costa indicou que Portugal Telecom queria entrar no mercado brasileiro, comprando a Telemig. Mas precisava da autorização da Anatel.

"A fim de contornar esse potencial obstáculo, Miguel Antonio Horta e Costa teria mencionado aos governantes brasileiros, nomeadamente a José Dirceu de Oliveira e Silva e a Lula da Silva, que existia a disponibilidade para adiantar a quantia de US$ 7 ou 8 milhões para ajudar a custear as despesas de campanha do PT contra a autorização - melhor, a não oposição por parte da entidade reguladora brasileira - da realização do referido negócios", afirma o documento português.

Em sua conclusão, porém, o MP indica que "analisados os dados indiciários recolhidos nos autos resulta que, apesar de ser seguro ter ocorrido um encontro entre Lula da Silva e Miguel Horta e Costa na Casa Civil sita no Palácio do Planalto (Brasil), não é possível concluir que o representante da Portugal Telecom tenha prometido entregar uma elevada quantia monetária a altos responsáveis" do PT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os sócios brasileiros da Oi estão reunindo informações e preparando um documento para se resguardarem, no caso de a Portugal Telecom (PT) falhar no cumprimento do acordo assinado na última semana, com revisão dos termos da fusão entre as companhias, de acordo com fonte ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O memorando de entendimento, que ainda precisa ser formalizado para entrar em vigor, foi firmado depois que veio à tona uma aplicação de risco feita pela tele portuguesa na Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo, que, por sua vez, tem 10,05% da PT. O principal ponto acertado foi a redução da participação da PT de 37,3% para 25,6% na CorpCo, empresa que surgirá da união. A fatia poderá ser retomada pela tele portuguesa em até seis anos.

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O documento em elaboração, porém, só será usado caso a PT não honre todos os pontos do acordo. Segundo a fonte, não é descartada uma ação judicial contra a PT, se a empresa falhar em algum item acertado no memorando. No entanto, neste momento, a possibilidade de recorrer à Justiça não está na mesa, uma vez que as empresas ainda estão em negociação.

Entre os sócios brasileiros, a percepção é de que é necessário se protegerem ainda mais agora, depois que a sócia portuguesa fez o investimento de 897 milhões de euros (cerca de R$ 2,7 bilhões) sem informar a Oi. Nesta semana, o calote foi confirmado. A ação contra a Rioforte, caso ocorra, será ajuizada pela PT na Justiça portuguesa.

"Se começar a degringolar o acordo, certamente será feito um novo documento. O que os sócios brasileiros estão fazendo agora é preparando o documento se alguma coisa desandar, como forma de precaução", disse a fonte.

Também foi feita uma ata do memorando de entendimentos que permite que os sócios brasileiros tenham o direito de fazer questionamentos à PT.

Na próxima semana, sócios brasileiros da Oi irão se reunir para discutir os principais pontos do novo documento. Neste momento, cada um está discutindo internamente o que acha mais relevante e isso será posteriormente reunido.

Uma das preocupações é não prejudicar o orçamento do próximo ano da CorpCo. A estrutura orçamentária de 2015 está em aprovação e os sócios não querem comprometer as prioridades da companhia, entre elas a redução de reclamações nos atendimentos. "Isso estava previsto e não pode atrasar, porque vai prejudicar muito a imagem da empresa", disse a fonte.

Bônus

Após pedido de esclarecimento feito ontem pela Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), a PT enviou hoje comunicado à imprensa negando a existência de provisão de 30 milhões de euros para pagamento de bônus extraordinário à equipe de gestão da empresa, que estaria relacionado ao aumento de capital da Oi e à fusão com a operadora brasileira.

Em nota, a tele portuguesa informa que "não só não foi pago qualquer bônus sobre as referidas operações, como também não existe qualquer provisão nas contas da Portugal Telecom relacionada com este tema".

Diante de indícios da existência do bônus, os acionistas minoritários da PT enviaram ontem uma carta à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), pedindo que o órgão regulador do mercado de capitais português solicitasse essa informação para a PT.

Sócia da Oi, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil)vendeu ações da operadora após o aumento de capital realizado pela companhia em abril deste ano, uma das etapas do processo de fusão com a Portugal Telecom (PT). Com o movimento, a fatia da fundação baixou de 1,2% para 0,9% do capital da operadora.

De acordo com o prospecto de aumento de capital da companhia, a venda de papéis pelos controladores estava proibida até final julho por conta de uma prática conhecida como "lock up", em que acionistas do bloco de controle não podem negociar as ações por três meses. Em documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última quinta-feira, a Oi revelou, no entanto, que controladores negociaram com os papéis durante o mês de junho.

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Procurada, a Previ confirmou a venda de ações e garantiu não estar impedida de vender suas ações. A fundação teria questionado a Oi sobre a possibilidade de se desfazer das ações logo após o aumento de capital e recebido um aval da área de relações com investidores da companhia no início de maio.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a Previ só aceitou participar do aumento de capital quando obteve a garantia da Oi que estaria fora do grupo de controladores obrigados a seguir as regras do lock-up. Atualmente, a fundação, segundo a fonte, já atua como uma grande minoritária na operadora brasileira, sem ser decisiva nos rumos da gestão. Tanto que na CorpCo, empresa que surgirá da união entre a Oi e a PT, não participará do acordo de acionistas. A operadora brasileira informou que não iria comentar o assunto.

Após registrar fortes quedas nos últimos dias, as ações da Oi mudaram de rumo e fecharam com a maior alta do índice Bovespa. Os papéis preferenciais subiram 13,38%, mas não conseguiram neutralizar as perdas acumuladas em 2014. No ano, a queda já soma 55%. Em nota, a Oi atribuiu as oscilações com as ações às notícias em torno da situação financeira das empresas do Grupo Espírito Santo.

Sanções

A Oi e o BTG Pactual - emissora e líder da oferta de ações realizada em abril pela operadora - poderão sofrer sanções caso seja comprovado que prestaram informações inconsistentes no prospecto da operação, O documento divulgado pela operadora brasileira não cita quais acionistas estariam liberados de seguir a regra do lock up.

Segundo fontes, a CVM já está atuando diretamente no caso. Questionada, a xerife do mercado informou de forma genérica que "acompanha e analisa as informações e movimentações do mercado, e eventuais infrações à legislação (Instruções CVM 358/02 e 400/03, entre outras) são apuradas pela Autarquia".

A Instrução 400 da CVM determina que "o ofertante é responsável pela veracidade, consistência, qualidade e suficiência das informações prestadas por ocasião do registro e fornecidas ao mercado durante a distribuição". As responsabilidades pelo descumprimento da regra recaem sobre os administradores da instituição líder da oferta - no caso da Oi, o banco BTG Pactual - e da emissora e ofertante (a Oi S.A.)

Uma das etapas do processo de fusão da Oi com a Portugal Telecom, a oferta de ações da operadora brasileira movimentou R$ 13,96 bilhões, o que incluiu o aporte de ativos da operadora portuguesa no valor de R$ 5,7 bilhões. A operação ocorreu em abril, sendo que a expectativa era de que a união das companhias fosse concluída em outubro deste ano.

Um dos principais acionistas minoritários da Oi, a Tempo Capital, está se mobilizando para formar um grupo contrário à fusão da companhia com a Portugal Telecom e, dessa forma, barrar a operação. Para isso, busca apoio de outros acionistas e quer representá-los em assembleia da companhia no próximo dia 27, quando será votada proposta de alteração do limite de capital da empresa, parte desse processo.

A Tempo Capital fez um pedido público de procuração aos acionistas da Oi para representação na assembleia e para votar contra a proposta da Oi. Na reunião, também será proposta a aprovação do laudo de avaliação dos ativos da PT, que serão usados no aumento de capital da companhia. Os minoritários dizem que os ativos, avaliados em laudo do Santander Brasil, estão supervalorizados, o que resultará em uma maior diluição deles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a saída da Portugal Telecom (PT) do capital social da Contax Participações, empresa de call center da Oi. A decisão está em despacho publicado nesta quarta-feira, 8, no Diário Oficial da União (DOU).

Pela operação, serão reorganizadas as participações no controle da Contax detidas pelos grupos Andrade Gutierrez (AG Telecom) e Jereissati, por meio da LF Tel. Assim, a Portugal Telecom deixa de ter participação na sociedade de contact center para concentrar seus investimentos no Brasil exclusivamente em atividades de telecomunicações por meio da operadora Oi, empresa com a qual pretende se fundir, conforme acordo preliminar anunciado em outubro, também em análise do Cade. A intenção das companhias - que juntas dariam origem à CorpCo - é realizar um aumento de capital de cerca de R$ 13,1 bilhões na operadora brasileira.

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A saída da PT da Contax será efetivada por meio de cisões da Pasa, EDSP75, AG Telecom e LF Tel, seguidas de permuta de ações detidas direta ou indiretamente pela Portugal Telecom por ações das demais acionistas em companhias do Grupo Oi. O controle da Contax passará, portanto, a ser exercido pelos grupos AG e LF, em conjunto com o outro acionista controlador, a Fundação Atlântico de Seguridade Social (FASS).

A fatia atual da Portugal Telecom na CTX participações é de 19,9%, da AG, de 34,9%, da LF Tel, de 34,9% e da FASS, de 10,1%. Já na Contax Participações a PT tem 6,2%, a LF Tel, 3,9%, a AG, 3,9%, a FASS, de 1,1%, CTX Participações, de 27,5% e as ações livres no mercado somam 57,5%. Na nova estrutura da CTX participações, a AG terá 44,9%, a LF Tel, 44,9%% e a FASS, 10,1%. Na Contax Participações, a nova configuração deverá ser de 27,5% da CTX, 7% da AG, 7% da LF Tel, 1,1% da FASS e 57,5% free float.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou o julgamento da saída da Portugal Telecom do capital da Vivo - do grupo Telefonica -, ocorrida ainda em setembro de 2010. De acordo com o conselheiro relator do caso, Eduardo Pontual, o adiamento ocorreu a pedido das empresas.

Apesar do adiamento do julgamento, o Cade já considerou a saída por completo da Portugal Telecom da Vivo, quando aprovou em dezembro do ano passado a compra pelo grupo europeu de cerca de 22% do capital da Oi, realizada também no fim de 2010.

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O órgão de defesa da concorrência ainda deve analisar a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, cujo acordo preliminar foi anunciado em outubro deste ano. A intenção das companhias - que juntas dariam origem à CorpCo - é realizar um aumento de capital de cerca de R$ 13,1 bilhões na operadora brasileira.

O governo da presidente Dilma Rousseff chancelou a operação que permitiu a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, criando uma supertele no Brasil com capital externo. O negócio começou a ser discutido em sigilo há cerca de um ano e estava no radar do Planalto por causa da enorme dívida que a holding Telemar Participações tem com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A dívida da holding, que não possui ações em bolsa, é de R$ 3,3 bilhões, dos quais perto de R$ 2 bilhões são com o BNDES. Com a bênção do governo, a Portugal Telecom injetará R$ 4,5 bilhões na nova empresa, que servirão para quitar ou abater parte dos débitos.

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Batizada de CorpCo, a supertele estará entre as maiores do mundo e, no governo, o comentário é que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovará a fusão. "Eu não vejo grandes problemas", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "Até onde eu vi, vai ser uma empresa binacional, com 100 milhões de usuários e atuação no Brasil, em Portugal e na África." Embora o governo tenha avalizado o negócio, a ordem de Dilma é para que ministros não se manifestem sobre o tema. "Não é assunto do governo", disse Bernardo.

Mesmo quando o Planalto acompanha as tratativas e o BNDES atua como "facilitador" nas negociações, auxiliares de Dilma dizem que o assunto é de interesse de empresa privada.

Supertele. A união entre a Oi e a Brasil Telecom foi sacramentada no governo Lula, sob o argumento que estava sendo criada uma supertele brasileira. Agora, porém, com a Oi em apuros, com uma dívida de R$ 29 bilhões, o governo incentivou a formação da multinacional.

"Para nós, competição é bom e ajuda o mercado. A briga entre as teles faz com que o consumidor acabe ganhando", afirmou Bernardo. O ministro admitiu que o BNDES e os fundos de pensão haviam sido consultados sobre eventual aumento de participação na Oi.

Ao deixar na quarta-feira, 2, uma audiência no Senado, Bernardo disse que a fusão da Oi com a Portugal Telecom representa a "consolidação de uma estratégia que já vinha se desenhando".

O acordo deve capitalizar a Oi e proporcionar à empresa grandes investimentos. Para Bernardo, não há constrangimento no fato de a supertele brasileira, defendida pelo ex-presidente Lula, ter agora se unido à companhia portuguesa. "A sede da nova empresa será no Brasil e a maioria do capital vai ser brasileiro."

No Cade, a fusão não deve enfrentar resistências porque a formação da companhia não altera a concentração no mercado brasileiro, uma vez que a Portugal Telecom já deixou há tempos a participação que tinha na Vivo, do grupo Telefonica.

Esse foi o argumento exposto por Alessandro Octaviani, conselheiro do Cade, em relatório apresentado no julgamento da compra de 22,4% da Oi pela Portugal Telecom, fechada em 2010. A operação foi julgada e aprovada por unanimidade, sem restrições, em 12 de dezembro do ano passado.

Octaviani considerou em seu voto que, no mercado de telefonia, ocorreria "tão somente uma substituição de agente econômico (a Portugal Telecom deixará a Vivo e passará a atuar pela Oi), de modo que não há, a princípio, qualquer preocupação de ordem concorrencial".

Na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a fusão também não será barrada. O negócio é visto com bons olhos por representar uma injeção de recursos na Oi, que precisava de capital para investimentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O calendário da união entre Portugal Telecom e Oi prevê a aprovação do negócio pelos reguladores até o quarto trimestre de 2013. Até o primeiro semestre de 2014 estão previstas as assembleias de acionistas, aumento de capital da companhia e a conclusão da operação.

A nova estrutura de governança corporativa da CorpCo, empresa formada por Oi e Portugal Telecom, terá o atual CEO da Oi e da PT Portugal, Zeinal Bava, como CEO do grupo conjunto. Além de Bava, a empresa terá José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha como chairmain e Henrique Manuel Fusco Granadeiro como vice-chairman.

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"É um processo importante para a companhia e desejado há algum tempo. Traz para ambas as companhias condições muito favoráveis", disse Carneiro da Cunha nesta quarta-feira.

Estão abertas até 7 de abril as inscrições para o 11.º Prêmio Portugal Telecom. Os livros brasileiros inscritos devem ter a primeira edição no País entre 1.º de janeiro e 31 de dezembro de 2012. Já obras em primeira edição escritas em português e publicadas fora do Brasil devem ter sido editadas no país de origem entre 1.º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012, desde que tenham sido publicadas no Brasil em 2012.

A inscrição deve ser feita no site www.premioportugaltelecom.com.br. A Curadoria 2013 é formada pela curadora coordenadora e consultora da Portugal Telecom, Selma Caetano, o poeta Antonio Carlos Secchin, e os escritores Luiz Ruffato e Marcelino Freire. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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