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Após defender a candidatura de Rogério Marinho (PL) à Presidência do Senado, o ex-juiz Sergio Moro (UB) se espremeu entre dezenas de congressistas para ser um dos primeiros a cumprimentar o senador Rodrigo Pacheco (PSD) pela reeleição. 

Como estreante no Senado, Moro apoiava a candidatura do ex-colega de ministério do governo Bolsonaro, enquanto o atual governo se posicionou pela reeleição de Pacheco.

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Após o resultado, o presidente recebeu um abraço caloroso do aliado Davi Alcolumbre (UB). Aos risos, ele chegou a dar um beijo na testa do colega que foi seu antecessor na gerência do Senado. 

Pouco depois, Pacheco estava de costas quando foi surpreendido pelo ex-juiz. Moro driblou um mar de senadores para apertar a mão de Pacheco. O presidente reeleito foi abraçado por Moro e recebeu os cumprimentos em uma postura mais resistente.

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Um dia antes da votação, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro disse nas redes sociais que não tinha nada contra Rodrigo Pacheco e que seu voto seria a favor de uma oposição ao atual governo.

O senador e presidente do PP Ciro Nogueira anunciou, neste sábado (28), a criação de um bloco no Senado Federal em parceria com o Partido Liberal e o Republicanos em apoio à candidatura do senador Rogério Marinho (PL), à Presidência da Casa. 

No anúncio, Nogueira destacou que “não é uma união contra ninguém, mas, sim, a favor do Senado, do Brasil e dos cidadãos de bem do nosso País”. 

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O deputado estadual do Rio de Janeiro Anderson Moraes (PL), em comentário na publicação do Twitter, parabenizou a união. Ele afirmou que é preciso ter “consciência de que qualquer divisão da direita ou de políticos sensatos que repudiam a nítida deterioração da democracia devido ao enfraquecimento do Senado é entregar a vitória ao Pacheco”. 

A oficialização da formalização do bloco dos partidos também foi oficializada neste sábado pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. “Vamos unir os três partidos: PP, Republicanos e PL”. A sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu mão de indicar um nome à vice-presidência da Câmara e cedeu a cadeira ao Republicanos em troca do apoio à candidatura de Marinho à presidência do Senado. 

Por sua vez, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, afirmou que a eleição à presidência do Senado não é um “terceiro turno” das eleições presidenciais, tendo em vista o fim do pleito em 30 de outubro de 2022. “Esta união que se consolida hoje do PL, do PP e do Republicanos para o apoio à eleição do meu amigo, também meu irmão, Rogério Marinho, não é um terceiro turno como alguns têm dito”. 

 

Uma nova leva de conversas vazadas pelo The Intercept Brasil no início da tarde desta terça-feira (12), em publicações no Twitter e transmissão ao vivo no Youtube, aponta que o procurador Deltan Dallagnol comemorou a derrota do senador Renan Calheiros (MDB) na disputa pela Presidência do Senado em fevereiro deste ano. 

As mensagens publicadas pelo site mostram que, no grupo do Telegram chamado "filhos do Januario 3", Deltan e os procuradores Athayde Ribeiro Costa, Roberson Pozzebon, Diego Castor de Mattos e Jerusa Viecili conversaram sobre o assunto.  

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"Renan vai por a culpa no Deltan", comenta Athayde Costa no dia 2 de fevereiro. Depois ele completa: "Renan 5 votos que lavada". E o chefe da Lava Jato em Curitiba responde: "Ele não vai me dar essa moral".  

"Agora se Renan perder, e tivermos essa virada histórica, é graças à nossa equipe e a muitos brasileiros corajosos que tomaram postura, como o Mude que começou o abaixo assinado quando a própria TI recusou entrar neste assunto (e depois voltou atrás e entrou recentemente", acrescenta Deltan Dallagnol. 

Logo depois, Dallagnol observa: "nunca vi um acompanhamento tão acirrado da escolha do presidente do Congresso. O Brasil está mudando."

O Instituto Mude, inclusive, é o mesmo movimento que o procurador, de acordo com outras conversas vazadas, teria se utilizado para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF). 

Já em uma conversa privada, ao mesmo tempo de acordo com o The Intercept, o procurador Vladimir Aras parabeniza Deltan e diz que o ministro da Justiça, Sergio Moro, ficou feliz com a derrota do senador. "Parabéns. Você ajudou a derrubar Renan e o enfraquecimento de Bandeira no CNMP vem de quebra", diz Aras ao colega. "Nós todos Vlad. Era a coisa certa a fazer. Valeu!", responde Deltan. E Aras, em seguida, afirma: “Parabéns, Moro ficou feliz. Falei com ele também.”

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A afirmativa de que Renan poderia culpar Deltan Dallagnol pela derrota se deu pelo movimento do procurador chefe da Lava Jato em Curitiba em defesa de um abaixo-assinado que pedia votação aberta na eleição para presidente do Senado. Em janeiro, o emedebista chegou a trocar acusações com Deltan nas redes sociais. 

“Deltan Dallagnol continua a proferir palavras débeis, vazias, a julgar sem isenção e com interesse político, como um ser possuído”, escreveu no Twitter, Renan Calheiros, na época. 

A postura de Dallagnol rendeu, inclusive, uma representação de Renan contra o procurador no Conselho Nacional do Ministério Público acusando-o de quebra de decoro e exercício irregular de atividade político-partidária.

A eleição para presidente do Senado acontece nesta quarta-feira (1º) e as inscrições para vaga são permitidas até o início da sessão, previsto para 16h. A tendência é que dois candidatos disputem o cargo: Eunício Oliveira (PMDB-CE) e José Medeiros (PSD-MT). Conheça um pouco mais sobre cada candidato:

Eunício Oliveira
Favorito para ficar com a vaga, o peemedebista conta com o apoio de seus correligionários – o PMDB tem 19 senadores – e de partidos da base aliada. Tradicionalmente, o partido com a maior bancada da Casa consegue emplacar o presidente.

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Líder do PMDB, Eunício é senador desde 2011. Antes, havia sido deputado federal em três legislaturas (de 1999 a 2010). Na Câmara, ele foi líder do PMDB entre 2003 e 2004 e vice-líder do partido em diversas oportunidades. Em 2004, foi ministro das Comunicações, cargo que ocupou até 2005.

Faltando um dia para as eleições, Eunício ainda não lançou oficialmente a campanha para presidente do Senado. Ou seja, ele ainda não tem uma plataforma e sequer se pronunciou sobre o que deseja fazer quando assumir o cargo.

José Medeiros

O anúncio da candidatura de José Medeiros foi feito no dia 19 de janeiro, mesmo dia do acidente que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Naquele dia, Medeiros chamou mais atenção por uma postagem no Twitter do que pelo anúncio da candidatura.

Ele soube, em primeira mão, que Teori poderia estar entre as vítimas do acidente e publicou o seguinte: “Não vou antecipar furo porque não sou jornalista mas o Jornal Nacional hoje trará uma bomba de forte impacto no Brasil, envolvendo STF”. Horas depois, a morte do ministro foi confirmada.

Se o dia do anúncio da candidatura foi bombástico, o mesmo não se pode dizer da candidatura em si. Sem o apoio da maioria dos senadores, Medeiros faz campanha pela democracia: “um grupo de senadores colocou uma candidatura à presidência do Senado porque só tinha uma. A gente sente que o anseio das ruas é que o Senado seja radicalmente democrático. E para fazer democracia é preciso fazer uma eleição”, afirmou em vídeo publicado na sua página do Facebook.

Medeiros tem uma curta trajetória no Senado. Ele era suplente do então senador Pedro Taques e chegou à Casa depois que o titular venceu a disputa para o governo de Mato Grosso, em 2015. No ano passado, depois que Temer assumiu a presidência da República, Medeiros se tornou vice-líder do governo na Casa. Entre as comissões que Medeiros participou está a do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A demissão de estagiários, que criticaram o presidente do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), tem gerado tensão entre os servidores e os parlamentares da casa. As jovens que trabalhavam no setor de Recursos Humanos foram demitidas depois que postaram em uma Rede Social que Calheiros representa “um problema” para o Senado.

As declarações foram realizadas sobre a imagem de um rato morto que foi fotografado nas dependências da gráfica do Senado, por isso alguns funcionários começaram a apagar os comentários políticos. Uma das estagiárias é sobrinha do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

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Ao tomar conhecimento da demissão, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), criticou a postura autoritária e está começando muito mal o seu mandato com o presidente. “As redes sociais são um território para livre expressão, elas não são uma fazendo da qual o senador Renan é coronel. Se isso vira moda nenhum servidor poderá se expressar”, reforçou.

Segundo a assessoria do presidente do Senado, a demissão das estagiárias foi uma medida tomada pela Direção-Geral da Casa e que Renan não sabia do acontecido.

O senador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), criticou a candidatura de seu colega de partido e de senado, Renan Calheiros (PMDB), à presidência da casa que oficializou seu nome em meio a denuncias do uso de notas frias feita pelo Ministério Público.

Segundo Jarbas, que acompanhou as denúncias, enquanto quase dois terços dos parlamentares não estavam no Senado, um candidato como Renan pode trazer momentos ruins, “É um mergulho no imponderável, uma coisa negra”.

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Ele reforçou que por hipótese alguma votará no seu nome. “Renan imaginou que se lançando a presidência do senado, na véspera da eleição, iria escapar das denúncias. É demais admitir a sua candidatura calado”, retrucou Jarbas.

Um dos nomes alternativos que vão disputar a presidência do senado, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ao conceder entrevista ao Portal LeiaJá, comentou que não cai bem uma instituição pública, ter um presidente eleito sem debater os principais temas do parlamento. 

O senador, Renan Calheiros (PMDB) é o nome indicado pelo executivo federal e pelo PMDB para presidir a Casa e provavelmente seja eleito nesta sexta-feira (1), quando os parlamentares escolhem os 10 membros da Mesa diretora. “Não podemos concordar com esse falso consenso construído. O Congresso Nacional vive uma crise, principalmente por causa dos micos, quase king Kong, dos nossos parlamentares”, reforçou Randolfe.  

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Rodrigues ressaltou que um cargo como esse precisa ser debatido junto à sociedade. "O presidente do senado não pode ser eleito se afastando da cidadania e da opinião pública. São cerca de R$ 3 bilhões anuais de orçamento e não se tem um debate com a opinião pública sobre a reforma política e a reforma eleitoral. Alguma coisa está errada, alguma coisa está fora da ordem”, declarou.

Alguns senadores do PMDB, como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simom (PMDB-RS) são contrários à indicação de Renan, além de Cristovão Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT), outro nome que vai concorrer à presidência. “Os votos dos senadores que apoiam uma candidatura alternativa poder ir para mim ou Pedro Taques. É difícil sagrarmos vitoriosos, mas a ideia é mais importante do que o voto”, comentou Randolfe.

Segundo o senador, não é justo um sistema político e eleitoral inadequado, onde os interesses de uma empreiteira estão à cima do interesse público. “No último ano, o Senado só fez votar medidas provisórias do executivo. Precisamos votar a reforma política e o financiamento de campanha. Também precisamos discutir e votar a partilha do Fundo de Participação dos Estados. O parlamento não teve a competência de priorizar uma agenda do Brasil. Precisamos mudar”, pontuou Randolfe.

Uma petição online aberta pela ONG Rio da Paz, no site da AVAAZ, já reuniu em 24 horas mais de 100 mil assinaturas contra a pretensão do senador, Renan Calheiros (PMDB), voltar a assumir a presidência do Senado. O manifesto, que será entregue aos senadores antes da votação, tem apoio de diversos políticos brasileiros que se opõem à candidatura de Calheiros e ganhou enorme repercussão nas redes sociais.

A AVAAZ é a maior plataforma de campanhas online do mundo, com mais de 17 milhões de membros em todos os países. No Brasil, já realizou inúmeras campanhas exitosas de grande alcance e eficácia, como o "Veta Dilma", que reuniu mais de 2 milhões de assinaturas do mundo todo contra a reforma do Código Florestal.









O senador de Pernambuco, Armando Monteiro Neto (PTB), defendeu a candidatura de nomes alternativos para disputar a presidência do senado. “Valorizo o surgimento dessas candidaturas alternativas porque esses nomes irão obrigar o senador Renan a explicitar compromissos e dizer o que ele vai fazer na presidência”, comentou Armando ao conceder uma entrevista a uma rádio local. 

O senador do estado do Amapá, Randolph Rodrigues (PSOL-AP) poderá disputa a presidência juntamente com o um nome indicado pelo PMDB. Mas nesse momento o senado vive uma situação inusitada, pois quem vai ser o presidente da casa não se assume candidato. “Isso nos constrange, admitir que alguém assuma a presidência sem assumir qualquer compromisso da mesa diretora, ou explicitar qualquer propostas, é algo estranho”, criticou.  

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Segundo Armando Monteiro, o ex governador e atual senador do estado de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB), mesmo estimulado por outros parlamentares, declinou o convite para disputar o cargo de presidente da casa.

“O processo foi afunilando e restou o nome do senador Renan Calheiros (PMDB), um político influente, mas desejamos que ele venha a público dizer quais os compromissos que ele assume em relação a reforma administrativa, na transparência de gastos, entre outros temas”, ressaltou.

Armando afirmou que apesar de ser favoráveis ao surgimento de nomes alternativos, certamente o partido com a maior bancada irá determinar a escolha do presidente e do restante dos membros da mesa diretora do senado. “Como o processo da proporcionalidade, a escolha se dá no seio do PMDB que é o partido majoritário e os outros senadores chancelam a escolha da bancada majoritária”, defendeu.

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