Nesta segunda-feira (19), o Ministério da Saúde iniciou a segunda chamada para o Programa Mais Médicos. Na primeira fase, apenas 1.618 profissionais confirmaram a participação, preenchendo apenas mais 10% das 15.460 vagas. Eles irão atuar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
Até o dia 30 de agosto, as prefeituras e profissionais que não aderiram ou que não completaram a inscrição na primeira fase do programa podem se inscrever pelo site. Para médicos, o edital será reaberto mensalmente durante três anos ou até que a demanda apresentada pelos municípios seja atendida. Já para municípios, após essa chamada, a previsão é que seja aberto novo edital somente no final do ano.
##RECOMENDA##Todos os municípios do país podem participar, mas a prioridade de atendimento será dada às regiões de maior vulnerabilidade social, ou seja, áreas com os maiores percentuais de população em extrema pobreza e DSEIs. As cidades que já aderiram não precisam aderir novamente, mas podem atualizar suas informações solicitando, inclusive, mais profissionais.
No caso dos médicos, podem aderir os formados no Brasil e também dos que têm registro profissional em outros países. A prioridade será dada aos profissionais registrados no Brasil. De acordo com o governo, os médicos que participam do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) ou que fazem residência médica em instituição de educação superior precisam se desligar desses programas caso decidam participar do Mais Médicos.
Em relação aos estrangeiros, podem participar egressos de faculdades de Medicina com tempo de formação equivalente ao brasileiro, que tenham conhecimentos em Língua Portuguesa, autorização para livre exercício da Medicina em seu país de origem e vindos de países onde a proporção de médicos para cada grupo de mil habitantes é superior à brasileira (1,8 médicos/1 mil habitantes). Todos os profissionais vindos de outros países cursarão especialização em Atenção Básica e serão supervisionados por instituições de ensino que participam do programa.
Os médicos contratados pelo programa receberão uma bolsa de R$ 10 mil e ajuda de custo para moradia e alimentação. A jornada de trabalho será de 40 horas semanais. O programa é válido por três anos, com possibilidade de prorrogação por mais três.