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O maior leilão de uma área de petróleo no Brasil, o do campo de Libra, que será realizado amanhã, tem pelo menos um consórcio preparado para fazer lance. Reúne a Petrobras e duas empresas chinesas que ainda não atuam no País, as estatais CNOOC e CNPC, além de outros dois grupos. E esse acerto, que deve garantir o sucesso do leilão, pode ser apenas parte de um acordo mais amplo costurado com a participação dos governos brasileiro e chinês.

Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, entram nesse pacote os projetos de refinarias da estatal brasileira na região Nordeste e a possibilidade de compra e venda de participação em blocos exploratórios que pertencem à Petrobras. Além das duas estreantes chinesas, também a Sinopec, que já atua no Brasil, deve participar do acordo de intenções mais amplo com a Petrobras.

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Estão no pacote os projetos de refinarias da estatal brasileira no Nordeste e possibilidade de compra e venda de participação de blocos exploratórios.

As companhias chinesas, tidas como as grandes vedetes do leilão de Libra, devem participar de forma mais comedida do que o esperado inicialmente, e apenas foram convencidas a entrar na disputa depois de ser oferecida uma parceria além do leilão, mesmo que essa parceria ainda não esteja totalmente desenhada, segundo as fontes.

Discussões

A ideia está em maturação pelo menos desde 2012, antes mesmo de o governo anunciar os três aguardados leilões de petróleo e gás deste ano, sendo o mais importante o de amanhã, que inaugura o sistema de partilha e que renderá ao governo R$ 15 bilhões apenas em bônus de assinatura.

Já no ano passado, a presidente da Petrobras, Graça Foster, deu uma pista desse caminho, ao ser questionada no conselho de administração sobre os esforços para encontrar um parceiro que descongelasse o projeto das refinarias do Nordeste, contou um interlocutor.

Como e por que alguém investiria numa refinaria multibilionária, com interesses políticos envolvidos, que a própria Graça suspendera do plano de negócios, para revisão, por estar cara demais? Pior, uma refinaria cujos combustíveis produzidos (os preços são controlados pelo governo) seriam vendidos por valores abaixo dos de mercado?

Graça, segundo a fonte, tinha uma resposta pronta: a Petrobras poderia fazer uma associação que envolvesse negociações com campos de petróleo. A parte não rentável da refinaria seria compensada com uma oferta de um ativo de petróleo.

As conversas entre a estatal brasileira e grupos chineses acontecem há tempos. O presidente da Sinopec, Fu Chengyu, por exemplo, esteve no Rio no ano passado com uma comitiva de uma centena de funcionários e assessores. Também se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Em meados deste ano, Graça viajou à China para fazer três apresentações, de várias horas cada, a executivos de três estatais. O tema foi principalmente o pré-sal, mas também a construção da refinaria Premium I, no Maranhão, segundo a própria Graça.

"Fui e voltei da China em três dias. Não passei nem em hotel, tomei banho em aeroporto. O bom é que o celular não pega", brincou, em coletiva, há três semanas. "Tudo o que a gente tem feito com os chineses tem sido uma experiência boa."

Carta de intenções

Em 11 de junho, Graça e Fu formalizaram o acordo, com assinatura de uma carta de intenções entre Petrobras e Sinopec para desenvolver estudo conjunto do projeto da refinaria maranhense.

O acerto pode ter seu pontapé se vencer o consórcio da Petrobras com chineses na disputa da área gigante de Libra, um prospecto com reserva estimada entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, quase tão grande quanto todas as reservas provadas do País (15,7 bilhões de barris). Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a estimativa é que a produção de petróleo no campo possa chegar a 1,4 milhão de barris por dia.

As negociações com a Sinopec, disse Graça, podem vir a ser estendidas para a Premium II, no Ceará, ambas com capacidade para processar 300 mil barris por dia. O projeto das refinarias ficou mais enxuto e menos oneroso após a contratação de uma consultoria americana para revisá-los.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang, confirma que a negociação da Petrobras com a Sinopec envolveu o governo. "Tive o privilégio de ser fomentador disso. O ministro (Lobão) me disse que não aguentava mais discutir com as empresas que estava discutindo, pois não chegavam nunca a uma conclusão", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário nigeriano Aliko Dangote, apontado pela Forbes como o homem mais rico da África, anunciou nesta quarta-feira, 4, planos de construir uma refinaria de petróleo e usinas petroquímicas e de fertilizantes ao custo total de US$ 9 bilhões.

De acordo com comunicado da Dangote Industries, a empresa obteve um empréstimo de US$ 3,3 bilhões de um consórcio de bancos locais e estrangeiros. "As instalações, que terão custo total de US$ 9 bilhões, gerarão 9.500 empregos diretos e 25 mil indiretos, além de reduzir os volumes de importação de combustíveis em cerca de 50%" e eliminar a importação de fertilizantes, diz o comunicado.

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A refinaria deve atingir capacidade de processamento de 400 mil barris de óleo cru por dia.

A construção das instalações, no sudoeste do país, deve ser concluída em três ou quatro anos, segundo um porta-voz da Dangote Industries. Fonte: Dow Jones Newswires.

A estatal Petroleos de Venezuela (PDVSA) avalia que a participação na Refinaria Abreu e Lima, em Suape (PE), está muito cara, mas ainda não tomou uma decisão final sobre a permanência no projeto da joint venture, disse o ministro do Petróleo venezuelano, Rafael Ramirez.

"Estamos revisando os custos da refinaria e é muito caro", avaliou. "Isso faz parte das discussões com a Petrobras", completou. A PDVSA não conseguiu cumprir uma série de prazos ao longo dos últimos dois anos para que ofereça as garantias de empréstimos e financiamentos para a participação nos 230 mil barris por dia da refinaria. Já a Petrobras afirmou que pretende continuar com a refinaria com ou sem a participação da PDVSA no projeto.

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De acordo com Ramirez, o custo de investimento para a PDVSA é de, aproximadamente, US$ 20 bilhões. Ele comparou o projeto a outro empreendimento que é construído na Venezuela com um consórcio da Coreia do Sul, que produzirá 100 mil barris, diariamente. Os investimentos da estatal venezuelana não chegaram a US$ 2 bilhões.

Quando questionado sobre a situação do projeto do Brasil, Ramirez disse que a PDVSA e a Petrobras permanecem em discussões diretas. O ministro do Petróleo da Venezuela decidiu não fazer mais comentários até que uma decisão seja tomada. Além disso, Ramirez disse que a PDVSA está à procura de compradores para algumas das refinarias que tem nos Estados Unidos que, atualmente, não processam petróleo venezuelano. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Repsol anunciou nesta quinta-feira, 25, que o seu lucro líquido incluindo a YPF aumentou em 9% no segundo trimestre, atingindo 267 milhões de euros, contra 244 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

A maior produção e o aumento do lucro da empresa de gás natural compensaram as quedas das margens de refino.

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A produção aumentou de 320 mil barris de óleo por dia para 359 mil barris de óleo por dia, alta de 12,18% entre o segundo trimestre de 2012 e de 2013. O lucro operacional da empresa de gás natural passou de 78 milhões de euros no segundo trimestre de 2012 para 170 milhões de euros entre abril e junho deste ano, crescimento de 117,9%.

Na mesma base de comparação, a margem de refino recuou 44,7%, de US$ 4,7 por barril para US$ 2,6 por barril.

Entre abril e junho deste ano, a receita líquida foi de 13,7 bilhões de euros, queda de 2,1% frente a mesmo período do ano passado (14 bilhões de euros).

Os valores incluem os resultados da YPF, filial de petróleo e gás natural do governo argentino que foi expropriada no segundo trimestre do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após alcançar uma taxa de 98% de utilização nas atividades de refino ao longo do primeiro trimestre de 2013, a Petrobras pretende manter o indicador em patamares considerados elevados ao longo do ano. Sem revelar metas de números, o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, afirmou que o "desafio" é importante, mas que esse é um objetivo a ser buscado.

"Nossa meta de refinarias é manter o nível de processamento elevado porque proporciona redução de custo de produto vendido. O nível atual é bastante elevado, mas estamos trabalhando para isso", disse Cosenza.

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Questionado se é possível que a taxa de utilização volte a crescer nos próximos trimestres, o executivo disse que melhorar "é sempre possível", mas ressaltou o já alto nível de utilização da empresa. "Temos unidades novas que estão entrando e vão nos ajudar", ressaltou. Em 2014 entra em operação o primeiro trem da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Sgundo o executivo, o cronograma da unidade, assim como a do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), está dentro do prazo esperado pela companhia.

Em relação aos projetos das refinarias Premium I e Premium II, a Petrobras mantém análises para torná-las rentáveis. "Queremos ter refinarias operando com rentabilidade, agregando resultado para a companhia", disse Cosenza.

O executivo também revelou que o ritmo de paradas para manutenção no segundo trimestre deve ser maior do que no primeiro trimestre deste ano. Entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, a Petrobras deve concentrar atividades de manutenção em unidades de médio e pequeno porte. No quarto trimestre a Petrobras realizará uma parada mais expressiva em São Paulo. "Queremos compensar (as paradas) com as outras refinarias", disse o executivo.

Com esse ritmo de produção, a Petrobras pretende "estabilizar" o volume de importações de derivativos.

Em cerimônia com a presença da presidente Dilma Rousseff e da presidente da Petrobras, Graça Foster, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), revelou na terça-feira o investimento da refinaria Premium II: US$ 11 bilhões. O anúncio foi feito em Fortaleza durante solenidade no Centro de Eventos do Ceará (CEC) em que o governador doou à Petrobras o terreno para a instalação da refinaria.

A obra, cuja pedra fundamental foi lançada com festa em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com estimativa inicial de gerar 90 mil empregos, foi suspensa depois que Graça assumiu a presidência da companhia em 2012. Graça considerou o projeto caro e quis readequá-lo a métricas internacionais de custo, prazo e qualidade.

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A decisão gerou desconforto político no governo federal, já que Gomes e o PSB são aliados do PT na gestão Dilma. Graça disse que queria evitar que se repetisse o exemplo da refinaria de Pernambuco (Rnest), que produzirá 230 mil barris/dia e está orçada em US$ 20 bilhões, pelo menos seis vezes mais cara do que uma similar estrangeira. A Premium II foi projetada para processar 300 mil barris por dia.

Graça posou para fotos com o governador, mas não discursou e saiu sem conversar com jornalistas. Dilma se pronunciou apenas sobre outros projetos do Estado que terão apoio do governo federal. Apenas Cid Gomes discursou sobre a refinaria. "Este é um passo decisivo no que será o maior empreendimento do século. A refinaria trará grande poder de repercussão na economia tanto do Ceará, quanto do Nordeste. Será um investimento de US$ 11 bilhões", disse o governador.

Gomes afirmou que desde o início do primeiro governo Lula (2003) até a gestão de Dilma existe uma atenção especial do governo federal em relação ao Nordeste. No mês passado, Graça havia dito a jornalistas que o projeto da refinaria avançara, mas ainda não estava dentro das métricas que ela queria. Também a Premium I, no Maranhão, foi suspensa para revisão. A análise pela Petrobras deverá ser concluída em julho. A petroleira negocia o projeto com investidores asiáticos, mas a parceria ainda não está confirmada.

A refinaria, cujo terreno fica no Complexo Industrial e Portuário de Pecém (município de Caucaia, a 50 Km de Fortaleza), integra a relação de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Foi projetada com o objetivo de produzir derivados de petróleo para exportação.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) já autorizou a cessão do terreno, que era reivindicado pela tribo anacé. Ainda se discute o tamanho de uma reserva indígena que será criada para abrigar os remanescentes tribais. A previsão da Petrobrás é de início das operações em dezembro de 2017.

A refinaria processará óleo diesel (63,5% da produção), nafta petroquímica (15,3%), querosene de aviação (12,6%), coque (2,8%) e óleo bunker (1,6%), segundo o governo do Ceará.

Com um plano de desinvestimento de US$ 9,9 bilhões, a Petrobras já tem um comprador para a refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa, no Japão. A operação chegou a avançar, mas teve que ser suspensa porque a licença de funcionamento da unidade estava vencida, o que a Petrobras está resolvendo.

A refinaria é um dos ativos que a petroleira pretende se desfazer para reforçar seu caixa e, com isso, viabilizar seu pesado plano de negócios, que prevê investimentos de US$ 236,7 bilhões entre 2013 e 2017.

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A unidade de Okinawa foi comprada por cerca de US$ 50 milhões pela Petrobras, que não detalhou investimento nas instalações. O negócio tinha como objetivo aumentar a capacidade da estatal de refino no exterior.

A operação de Okinawa inclui a refinaria com capacidade de processar 100 mil barris de petróleo leve por dia, produzindo derivados de alta qualidade. Na época de aquisição, estava prevista ainda a utilização da capacidade de um terminal para impulsionar a negociação de biocombustíveis no mercado asiático.

Mas a aquisição do ativo aconteceu antes da crise financeira internacional que detonou problemas no setor sucroalcooleiro no Brasil, com redução na oferta de etanol para exportação.

Terminal

O terminal de petróleo e derivados tem capacidade para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três píeres com potencial para receber navios de produtos de até 97.000 tbp e uma monobóia de carregamento para navios petroleiros de até 280.000 tbp.

A Petrobras e a TonenGeneral, subsidiária da ExxonMobil, concluíram em 1.º de abril de 2008 o acordo para a compra de 87,5% de participação societária na refinaria - chamada, na cidade, de Okinawa- pelo valor aproximado de US$ 50 milhões. A Sumitomo Corporation permaneceu com 12,5% da empresa, em sociedade com a Petrobras.

Em 1.º de abril de 2010, a Sumitomo Corporation informou à PIB B.V., subsidiária integral da Petrobras, o interesse de exercer o direito de venda de 12,5% das ações do capital da refinaria.

A Petrobras fez reserva sobre o valor de venda, mas a nota explicativa de um documento protocolado na Securities and Exchange Commision (SEC) mostra que, em 29 de setembro de 2010, o acordo de compra e venda das ações foi assinado e, em 20 de outubro de 2010, "o pagamento foi feito por R$ 49 (2.365 milhões de ienes)".

A transação com acionistas não controladores resultou numa redução de "R$ 18 no patrimônio líquido" atribuível aos acionistas da companhia, como contribuição adicional de capital.

O Vietnã assinou neste domingo acordos com empresas do Japão e do Kuwait para construir uma refinaria de petróleo avaliada em quase US$ 9 bilhões, em resposta à crescente demanda por energia no país. A refinaria Nghi Son, que deve entrar em operação até 2017, na província de Thanh Hoa, transformará petróleo do Kuwait em gasolina e outros derivados.

A refinaria terá capacidade para processar 10 milhões de toneladas de óleo cru por ano, segundo o governo. A estatal PetroVietnam terá uma participação de 25,1% na joint venture, enquanto a japonesa Idemitsu Kosan e a Petroleum International, do Kuwait, terão 35,1% cada. Os 4,7% restantes ficarão com a japonesa Mitsui Chemicals.

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O Vietnã possui reservas offshore, mas ainda gasta bilhões de dólares ao ano com a importação de derivados de petróleo para alimentar sua crescente economia.

A primeira refinaria do país, a Dung Quat - que custou US$ 2,5 bilhões e tem capacidade para processar 6,5 milhões de toneladas de óleo cru por ano - foi inaugurada em 2009, após longos atrasos.

Segundo a PetroVietnam, as duas refinarias devem atender a 65% das necessidades de petróleo e gás do país. A estatal também está planejando a construção de uma terceira refinaria, na província de Ba Ria-Vung Tau, no sul do Vietnã. As informações são da Dow Jones.

A Petrobras selecionou o Citigroup para vender sua refinaria na área de Houston, nos EUA, enquanto continua se desfazendo de ativos para ajudar a financiar a exploração em alto mar no Brasil, afirmaram ao Wall Street Journal fontes com conhecimento do assunto. A venda da refinaria, que tem capacidade para processar 100 mil barris por dia, provavelmente vai resultar em prejuízo para a companhia, que pagou quase US$ 1,2 bilhão pela unidade, segundo as fontes.

A estatal brasileira comprou uma fatia de 50% na refinaria em 2006, por US$ 360 milhões. Em seguida, após uma batalha judicial com o parceiro na empresa, a Petrobras adquiriu os 50% restantes em julho, por US$ 820,5 milhões, sendo US$ 466 milhões estabelecidos como o valor da propriedade e o restante para cobrir taxas judiciais e gastos com juros.

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O valor levou alguns parlamentares brasileiros a questionarem a compra. Apesar disso, a refinaria pode ser considerada atraente, principalmente por causa de sua localização. Localizada em Pasadena, no Texas, ao sul de Houston, a refinaria está bem posicionada para receber as crescentes ofertas de petróleo bruto extraído de formações de xisto no Estado, segundo Allen Good, analista da Morningstar, que acrescentou que a localização no canal navegável de Houston é uma importante ligação com os mercados de exportação.

Mais de metade da produção da refinaria de Pasadena se compõe de gasolina, um combustível cuja demanda está aumentando na América Latina.

A Petrobras está em meio a um esforço para se desfazer de cerca de US$ 15 bilhões em ativos antes de 2017, enquanto tenta levantar recursos para financiar o desenvolvimento dos campos de petróleo profundos em alto mar no Brasil. A companhia planeja gastar US$ 237 bilhões no desenvolvimento do pré-sal. Anteriormente, a estatal contratou o Morgan Stanley para ajudar a encontrar um comprador para uma fatia em seus campos no Golfo do México. As informações são da Dow Jones.

Em greve desde o dia 30 de outubro, os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da Petroquímica Suape (PQS) voltaram, na manhã desta quinta-feira, aos canteiros de obras, acatando a uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que considerou a paralisação ilegal. O retorno aconteceu após o fechamento de um acordo, assinado na última terça-feira, entre o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon).

Negociado com o apoio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) em Pernambuco, o acordo incluiu a criação de uma tabela que prevê uma média dos salários como novo piso para 32 categorias profissionais. Na tabela, segundo o Sintepav-PE, os ganhos variam de 16% a 71%. A compensação pelos dias parados será feita caso a caso, por empresa. Os trabalhadores reivindicavam a equiparação salarial, já que as participantes do consórcio responsável pelas obras praticam políticas salariais diferentes.

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No retorno aos canteiros, no entanto, muitos trabalhadores tiveram o crachá recusado na portaria, o que de acordo com os representantes sindicais pode ser um sinal de que eles estariam na lista de demitidos por conta do movimento. Os números extraoficiais apontam pelo menos 90 demissões por justa causa e outras 700 "normais", segundo o sindicato da categoria. Essas últimas seriam motivadas por desmobilização natural no canteiro, à medida que a construção das obras avança.

Segundo o presidente do Sintepav, Aldo Amaral, a entidade continua tentando reverter as demissões que têm relação com a paralisação. Já a advogada do Sinicon, Margareth Rubem, não haverá readmissão dos dispensados por justa causa. "Não vamos readmitir os que foram demitidos porque destruíram patrimônio e fizeram barricadas. Não há o que discutir", destacou.

Os quase 55 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica estavam parados desde o fim de outubro. Durante este período, houve várias tentativas de acordo, com a retomada parcial do trabalho por alguns dias e na sequência novas paralisações. No começo de novembro, o ministro do Trabalho, Leonel Brizola Neto, chegou a se reunir com empresários e trabalhadores na sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), no Recife, para tentar fechar um acordo, o que não aconteceu.

A greve dos 55 mil trabalhadores nas obras de construção da refinaria Abreu e Lima (Rneste) e Petroquímica Suape (PQS), no município metropolitano de Ipojuca (PE), perdeu força e 70% dos operários retomaram nesta quarta-feira suas atividades.

Sem poder fazer a assembleia com os trabalhadores na portaria da refinaria, por decisão judicial - que concedeu liminar a um pedido patronal - o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada em Pernambuco (Sintepav-PE), Aldo Amaral, afirmou que restam poucas pendências a serem tratadas e que, na sexta-feira (23), deve chegar ao fim a paralisação, iniciada em 30 de outubro e considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região.

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As pendências se referem à reivindicação de abono dos dias parados e reversão de 50 demissões por justa causa. De acordo com Amaral, a equiparação salarial - principal motivo da paralisação - "está praticamente alinhada". Os operários reclamavam da diferença de até 47% na remuneração de uma mesma função, já que as empresas dos consórcios responsáveis pelas obras adotam políticas salariais diferentes.

O Sintepav-PE tentou na quarta-feira (20), em Brasília, retomar as negociações com a mediação do ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que desempenhou esta missão, sem sucesso, em duas rodadas, nos últimos dias 10 e 12. Desta vez, o presidente do sindicato sequer foi recebido, sob a alegação de que não trazia nova proposta a ser apresentada aos empregadores.

Com o movimento enfraquecido, o Sintepav-PE vai distribuir na quinta-feira um panfleto explicando aos trabalhadores que as negociações acerca das pendências restantes estão em curso. "Quem concordar (dos 30% restantes), deve voltar ao trabalho", afirmou Amaral.

Depois de cinco horas de negociação entre representantes sindicais e patronais da Refinaria Abreu e Lima e Petroquímica Suape, um acordo começa a ser delineado, em reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco, no Recife, com mediação do ministro do Trabalho, Brizola Neto.

Cinquenta e cinco mil trabalhadores paralisaram as obras no dia 30 de outubro, reivindicando o fim de disparidades salariais. Eles alegam que as várias empresas do consórcio responsável pelas obras praticam políticas salariais diferentes.

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De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, a tendência é de fechamento de um acordo. Até o momento, já foram acertados os pisos salariais de 13 funções - a exemplo de torneiro mecânico, operador de motoniveladora, mecânica de máquinas pesadas e operador de escavadeira. Os ajustes salariais de outras 19 funções estão sendo discutidos. Em caso de acordo, uma assembleia será realizada nos próximos dias nos canteiros das obras, em Suape, na região metropolitana do Recife para avaliação dos grevistas. Uma saída negociada começou a ser discutida na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo, no sábado(10).

A Refinaria de Petróleos de Manguinhos informou que submeterá ao governo do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, proposta que permite manter suas operações no local onde estão situadas há quase 60 anos. O governo estadual decretou a desapropriação da área na semana passada. Segundo a refinaria, a proposta a ser apresentada consiste em transferir ao Estado uma área de aproximadamente 100 mil metros quadrados, ou seja, 20% do total hoje ocupado pela companhia.

"A faixa de terra em questão consiste na frente do terreno, à margem da Avenida Brasil, e seu solo é o único em todo o complexo que está livre da contaminação provocada por técnicas obsoletas de descarte de dejetos, empregadas no passado, quando não havia sequer legislação ambiental a proibir tal prática e a atividade de refino assim procedia em larga escala", diz a companhia, no comunicado. "Por essas razões, a área oferecida, onde atualmente estão as instalações administrativas da companhia, está pronta para ser habitada", acrescenta a empresa. "Trata-se da porção mais valiosa do terreno, avaliada preliminarmente, em aproximadamente R$ 350 milhões."

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Conforme o comunicado da companhia, "a oferta a ser apresentada foi elaborada criteriosamente pela direção da companhia ao longo da última semana e busca contemplar todos os interesses, inclusive a demanda por moradias populares na região, iniciativa manifestada publicamente pelo governo estadual".

A companhia explica que a ocupação residencial da área não conflitaria com as atividades ali desempenhadas atualmente. "Ao contrário, a continuidade das operações da companhia conferiria segurança à população, uma vez que impediria o trânsito de pessoas em áreas hoje inapropriadas, enquanto a companhia prosseguiria com o trabalho de descontaminação, hoje já em curso, sob a supervisão do próprio Estado, por meio de sua agência de controle ambiental, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea)."

A empresa afirma ainda esperar que, "aquiescida sua proposta, possa seguir com seu programa de investimentos, que soma R$ 1,4 bilhão ao longo dos próximos quatro anos". De acordo com a refinaria, esse projeto elevará a capacidade de tancagem dos atuais 1,8 milhão de barris para 6,5 milhões de barris de óleo equivalente (BOE), "o que a posicionará como um ativo estratégico para a indústria petroleira no Estado do Rio de Janeiro, às vésperas do momento singular que será proporcionado pela exploração das reservas na camada pré-sal".

Ainda conforme o comunicado, "na concretização desses planos reside a confiança depositada pelos mais de 7 mil acionistas minoritários que compõem atualmente o capital da Refinaria de Petróleos de Manguinhos S/A, bem como da continuidade das suas operações depende o emprego direto e indireto das 4.000 pessoas que hoje atuam nas diversas atividades exercidas, decorrentes do uso daquele terreno".

Na última quinta-feira, a companhia obteve uma liminar na Justiça impedir que fossem retomadas as negociações com as ações de sua emissão na BM&FBovespa. As negociações estão suspensas desde o último dia 15.

A Exxon Mobil Corp. informou a ocorrência de vazamento de gases em sua refinaria Joliet, III, nesta sexta-feira, segundo documento escrito à National Response Center, tornado público neste sábado (20).

A refinaria, que produz 238.600 barris/dia, liberou dióxido de hidrogênio, óxido de nitrogênio e sulfureto de hidrogênio no ar após um incidente que provou "aumento de pressão" em um unidade não informada.

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Esse vazamento durou pelo menos 30 minutos e a unidade teve de ser paralisada e as válvulas reinicializadas, segundo informações do Centro. A empresa não foi respondeu aos pedidos de entrevistas. As informações são da Dow Jones.

A diretoria da Refinaria de Manguinhos informou, por meio de nota, que mantém planos de investimentos em expansão do terminal de tanques de armazenagem com um valor previsto de, aproximadamente, R$ 1,4 bilhão. Em resposta a questionamentos da Agência Estado sobre o projeto de desapropriação do terminal, anunciado no domingo (14) pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a direção da empresa citou a Constituição Federal e "as leis do País", para declarar "que confia nas instituições públicas para a garantia de seus direitos de livre iniciativa de sua atividade econômica".

"Conforme amplamente divulgado pela mídia, a empresa vem desenvolvendo grandes projetos para ampliação e modernização de seu parque de refino e estocagem", informou a empresa. Para proteger investimentos dos quase 7 mil acionistas, "entre eles grandes instituições internacionais", a empresa solicitou à BM&F a suspensão, por prazo indeterminado, da negociação de suas ações, conforme fato relevante divulgado nesta segunda-feira, "até que se possa proceder com a apuração dos fatos".

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O discurso oficial de que o projeto original do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ainda vale começa a ser desmentido pelas providências da Petrobras em relação à estrutura montada há cinco anos, antes do início das obras. Setores criados para planejar como seria a petroquímica do complexo - composto por duas refinarias e uma área petroquímica - não funcionam mais.

O projeto petroquímico não deverá ser totalmente eliminado, mas passa por um processo de redução. A participação da gigante Braskem, que chegou a ser anunciada como parceira no empreendimento petroquímico do Comperj, poderá ser reduzida.

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As duas companhias discutem como deverá ser implementada a ação conjunta no Comperj. A Braskem informou que desconhece a desmobilização empreendida pela Petrobras e que suas equipes continuam a trabalhar no projeto do Comperj. A empresa diz que mantém o projeto de participação no complexo petroquímico, com a construção de um cráquer para a produção de eteno e de plantas de fabricação de resinas.

A Petrobras informou que "as reestruturações organizacionais e societárias promovidas no âmbito do Comperj "não alteraram, em nenhum momento, o escopo maior do projeto, que é a implantação de um complexo industrial de refino e petroquímica associados". "Essas reestruturações visaram exclusivamente a aperfeiçoar a organização para fazer frente aos desafios do projeto, que se alteram ao longo do tempo à luz de eventos de natureza econômica, mercadológica e de custos", informa o comunicado da estatal.

Um dos exemplos de desativação da estrutura é a incorporação da subsidiária Comperj Participações S/A pela Diretoria de Abastecimento da Petrobras, em estudos pela estatal. A sociedade anônima foi criada para representar a Petrobras nas sociedades que surgiriam a partir do planejamento inicial: Comperj Petroquímicos Básicos S/A (produtora de petroquímicos básicos), Comperj PET S/A (PTA/PET), Comperj Estirênicos S/A (estireno), Comperj MEG S/A (etilenoglicol e óxido de eteno) e Comperj Poliolefinas S/A (poliolefinas).

Oficialmente, a Petrobras mantém o projeto do Comperj com uma refinaria a ser inaugurada no primeiro semestre de 2015 e uma segunda, em 2018. Ambas com atraso mínimo de três anos em relação ao anunciado pelo governo quando o projeto foi tornado público. Juntas, as duas terão capacidade de produzir 465 mil barris diários de derivados de petróleo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Subiu para 24 o número de mortos na explosão ocorrida neste sábado na refinaria de Amuay, a maior da Venezuela e uma das maiores do mundo, disseram autoridades locais. Pelo menos outras 86 pessoas ficaram feridas no acidente. Entre os mortos estava um menino de 10 anos.

A explosão, provocada por um vazamento de gás, ocorreu pouco depois das 11h de sexta-feira no horário de Brasília (1h deste sábado , no horário local), segundo o ministro do Petróleo, Rafael Ramírez. Algumas casas dos arredores ficaram danificadas no acidente, informou ele.

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De acordo com a governadora do Estado de Falcón, Stella Lugo, o incêndio provocado pela explosão foi controlado pelos bombeiros.

Já o vice-presidente venezuelano, Elías Jaua, disse que vários dos mortos eram soldados da Guarda Nacional que serviam na refinaria.

Amuay faz parte do complexo de Paraguana, que também inclui a refinaria de Cardón. Juntas, as refinarias processam 900 mil barris de petróleo e 200 mil barris de gasolina por dia. Ainda não se sabe até que ponto o acidente pode comprometer os embarques de petróleo da Venezuela, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). As informações são da Associated Press.

Uma forte explosão ocorreu neste sábado na refinaria de Amuay, a maior da Venezuela e uma das maiores do mundo, deixando ao menos 19 mortos e 53 feridos, segundo autoridades locais. Entre os mortos havia um menino de 10 anos. A explosão, provocada por um vazamento de gás, ocorreu pouco depois das 11h00 de sexta-feira no horário de Brasília (1h00 deste sábado, no horário local), segundo o ministro do Petróleo, Rafael Ramírez.

Algumas casas dos arredores ficaram danificadas no acidente, informou Ramírez. De acordo com a governadora do Estado de Falcón, Stella Lugo, "as áreas que tinham de ser evacuadas foram evacuadas." "A situação está sob controle. Claro que ainda há um incêndio, mas...os especialistas me disseram que não há risco de outra explosão", afirmou a governadora.

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Amuay faz parte do complexo de Paraguana, que também inclui a refinaria de Cardón. Juntas, as refinarias processam 900 mil barris de petróleo e 200 mil barris de gasolina por dia. Ainda não se sabe até que ponto o acidente pode comprometer os embarques de petróleo da Venezuela, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). As informações são da Associated Press.

Os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica no Complexo Industrial e Portuário de Suape decidiram colocar um ponto final na paralisação conturbada, iniciada há 15 dias. Nesta quinta-feira (16), a categoria retomou às atividades após entrar em acordo com a classe patronal.

Durante uma reunião realizada entre o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) e as empresas, houve avanço nas negociações. Ficou acordado que 70% dos dias parados serão abonados. Os outros 30% serão descontados na rescisão do contrato e compensados com trabalho em horas-extras. 

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Greve - Os cerca de 51 mil funcionários da Refinaria Abreu e Lima e Petroquímica Suape estavam de braços cruzados desde o dia 1ª de agosto. A greve foi iniciada um dia após o acordo, acertado em assembleia da Convenção Coletiva do Trabalho 2012/2013, em que foram estabelecidos um reajuste de 10,5% nos salários, vale-alimentação de R$ 260 e abono dos dias da mobilização de 27 a 30 de julho. 

No dia 8 de agosto, o clima no entorno da complexo ficou tenso. Vários ônibus foram queimados, além de representantes da Sintepav - PE sofrerem agressões de operários da Refinaria. O Batalhão de Choque foi acionado, junto a Polícia Militar (PM), para controlar a situação. 

Na última segunda-feira (13), a classe decidiu retomar às atividades, mas devido ao posicionamento das empresas em decidir descontar os dias parados, os funcionários voltaram a cruzar os braços.

Os investigadores do Conselho de Segurança Química dos Estados Unidos, uma agência independente com base em Washington, examinando a causa de um incêndio na refinaria de petróleo da Chevron, procuram uma possível corrosão em um oleoduto com décadas de existência que a companhia inspecionou no fim do ano passado, de acordo com a Associated Press, neste sábado, citada pela Dow Jones.

Segundo a AP, os investigadores federais estão tentando descobrir o motivo de a Chevron não ter substituído a tubulação após a inspeção quinquenal realizada em novembro, quando a companhia substituiu uma parte do duto que se conectava com a que falhou na segunda-feira.

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"Concordamos que esse é um incidente sério que nos permite fazer uma investigação completa. Estamos cooperando com todas as agências reguladoras e estamos comprometidos com um melhor entendimento sobre a causa deste incidente", disse um porta-voz da Chevron à Associated Press. As informações são da Dow Jones.

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