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A Europa avançava, neste domingo (9), no desconfinamento, com o levantamento do estado de alarme na Espanha ou o relaxamento das restrições na Alemanha, enquanto a Índia continua imersa numa situação trágica - com mais de 4.000 mortes em um dia.

A Espanha comemorou nas ruas o fim do estado de alarme, que também significou o levantamento em muitas regiões do toque de recolher que prevalecia há meses, em um país conhecido por sua agitada vida noturna.

Gritos, aplausos, música e até fogos de artifício explodiram em Barcelona quando os relógios marcaram meia-noite e centenas de jovens foram à praia, onde se improvisou uma festa.

"Parece que é fim de ano", disse Oriol Corbella, de 28 anos.

Com exceção do Natal, quando as restrições foram afrouxadas por alguns dias para permitir reuniões familiares, os espanhóis não podiam deixar suas regiões desde o início do estado de alarme, no final de outubro.

Com quase 79 mil mortes e 3,5 milhões de infecções, a Espanha foi um dos países mais atingidos pelo vírus na Europa, um continente que continua a avançar no desconfinamento.

Na Bélgica, depois de quase sete meses, as áreas externas de cafés e bares reabriram, embora a polícia tenha tido que intervir em Bruxelas para dispersar centenas de pessoas que festejavam nas ruas na madrugada.

E na Alemanha, mais de sete milhões de vacinados começaram a se beneficiar do relaxamento das restrições e agora podem ir ao cabeleireiro sem um teste negativo, entre outras coisas.

O coronavírus já deixou 3.272.332 mortos no mundo desde o final de 2019 e contaminou mais de 156.790.180, segundo balanço da AFP estabelecido no sábado.

- 4.000 mortos na Índia em 24 horas-

A situação europeia contrasta com a da Índia, onde mais de 4.000 pessoas morreram em um dia.

A virulência da pandemia subjugou o frágil sistema de saúde deste país de 1,3 bilhão de habitantes, que registrou 4.197 mortes no sábado, segundo dados oficiais.

Pessoas infectadas com o coronavírus continuam morrendo nas portas de hospitais que colapsaram, apesar da ajuda internacional.

E o pior ainda está por vir, segundo especialistas, que esperam um pico no final de maio.

O gigante asiático acumula 238.270 mortes e 21,9 milhões de casos, números que vêm aumentando rapidamente.

Na Nova Zelândia, as autoridades de saúde anunciaram neste domingo a retomada dos voos sem quarentena de Sydney por consideraram que a situação epidêmica está sob controle.

Na América Latina, com mais de 948.000 mortes desde o início da pandemia, o número de infecções parece estar diminuindo.

O México reduzirá as medidas sanitárias na capital na próxima semana, devido ao contínuo declínio das infecções.

Mas a situação continua a criar agitação social. Na Guatemala, dezenas de pessoas exigiram no sábado a renúncia do presidente Alejandro Giammattei devido à falta de vacinas contra a covid-19.

"O governo tem sido muito pouco transparente com o uso do dinheiro. Há uma incompetência total na administração pública", disse Jorge Búcaro, líder da associação estudantil da Universidade de San Carlos (USAC).

E em Honduras, sete prefeitos da oposição imploraram ao presidente do vizinho El Salvador, Nayib Bukele, que lhes dê vacinas porque sua "população está morrendo".

Com cerca de dez milhões de habitantes, Honduras recebeu apenas 248.600 doses de vacinas, enquanto El Salvador, com 6,5 milhões de habitantes, é o país da região com o maior índice de vacinação.

- Levantamento de patentes -

Enquanto isso, o debate no mundo sobre o levantamento das patentes das vacinas anticovid.

A União Europeia devolveu a bola aos Estados Unidos sobre a suspensão das patentes, pedindo a Washington "propostas concretas".

Os europeus consideram que a produção e exportação de vacinas nas fábricas existentes é a melhor forma de responder rapidamente à demanda global.

A possível suspensão das patentes dos imunizantes foi proposta pela Índia e África do Sul, e recebeu apoio surpreendente dos Estados Unidos.

O governador Paulo Câmara anunciou, em pronunciamento divulgado nesta quinta-feira (22), que Pernambuco irá estender as atuais restrições contidas no Plano de Convivência até o dia 9 de maio, com alguns ajustes que passarão a vigorar a partir da próxima segunda-feira (26).

Segundo Câmara, os números das últimas três semanas indicam uma estabilização de casos, internações e óbitos devido ao novo coronavírus em Pernambuco, mas com percentuais ainda em um patamar alto.

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“Vamos autorizar o comércio de praia, de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h, mantendo a proibição nos finais de semana. O funcionamento das atividades de maneira geral será estendido, nos finais de semana, até às 18h, para quem iniciar às 10h. Os estabelecimentos que abrirem às 9h só poderão funcionar até às 17h”, detalhou Paulo Câmara.

O Comitê de Enfrentamento à Covid-19 continuará analisando diariamente os números da pandemia para avaliar a necessidade de novos ajustes para o período a partir de 10 de maio. “Seguimos contando com a compreensão de toda a população pernambucana. É nosso dever manter as atitudes preventivas. Evite aglomerações, higienize as mãos e sempre use máscara”, finalizou o governador.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) acionou o Ministério Público do Rio contra determinações do governos municipais e estaduais que restringiram a circulação de pessoas em praias e faixas de areia no momento crítico da pandemia. O parlamentar alega que as medidas não poderiam ser editadas pois os locais se tratam de terrenos da União e, não do Estado ou da Prefeitura.

"Sendo competência da União as praias e faixas de areia, solicita este parlamentar que seja permitido o trânsito de ir e vir por pedestres em qualquer área que seja de poder da União e que não tenha restrições impostas pelo ente Federal haja vista que o Prefeito do Rio de Janeiro editou um decreto com uma série de restrições que recai sobre direito de ir e vir em áreas da União", anotou Carlos à Promotoria.

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O filho do presidente também disse não ser 'plausível' o bloqueio de áreas abertas utilizadas para atividades físicas e geração de empregos.

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As restrições às praias e faixas de areia foram determinadas no último dia 24 no pacote de medidas do 'feriadão' de dez dias no Rio de Janeiro, encerrado nesta segunda, 4. Durante o período, ficou proibida a permanência de pessoas nas praias do Estado, inclusive para banho de mar.

Na capital fluminense, o prefeito Eduardo Paes baixou medidas ainda mais severas de circulação e determinou a abertura somente de atividades essenciais, como farmácias. Bares e restaurantes não poderiam atender clientes, que poderiam apenas comprar os produtos para consumir em casa.

Apesar de a Organização Mundial da Saúde reconhecer que o 'lockdown' pode frear a transmissão do novo coronavírus, tendo em vista que o contato entre pessoas é restringido, dois juízes do interior paulista afirmaram, em decisões sobre restrições para combater a covid-19 no Estado de São Paulo, que a entidade seria 'contra' a medida e teria 'apelado aos governantes para que deixem' de usá-la. Um dos despachos chegou a referenciar um artigo classificado pelo Estadão Verifica como enganoso por distorcer a fala de um enviado especial da OMS.

As decisões em questão foram proferidas pelos juízes Augusto Bruno Mandelli e Giovani Augusto Serra Azul Guimarães durante o plantão judiciário em Avaré e Ribeirão Preto, respectivamente. O teor dos despachos foi revelado pelo site Consultor Jurídico.

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O documento mais recente é datado do dia 28 de março e diz respeito a um mandado de segurança impetrado pelo dono de um restaurante contra decreto municipal que proibia a venda de bebidas alcoólicas durante a fase emergencial do Plano São Paulo. A norma acabou sendo revogada no dia seguinte à decisão judicial.

Na ocasião, o juiz Augusto Bruno Mandelli liberou a venda de bebidas alcóolicas pelo dono do restaurante, apontando que as medidas previstas no decreto municipal 'nada se relacionavam com o combate da pandemia'. O magistrado afirmou que a 'impetração era digna de elogios'.

Com relação ao lockdown, o magistrado fez referência à lei federal com medidas de combate à covid-19 e lembrou que o Supremo Tribunal Federal entendeu que Estados e municípios podem executar as medidas que avaliarem necessárias para conter o avanço do novo coronavírus, como determinar o isolamento social e definir as atividades locais essenciais.

"O STF firmou entendimento de que devem os entes federados seguir as orientações da OMS Organização Mundial da Saúde, bem como justificar suas ações, sendo certo que que há meses a OMS se pronunciou contra as medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos (lockdown ainda que disfarçado de quarentena) que, por sua vez, jamais justificaram, a não ser por gráficos e números imprecisos e sem qualquer base científica, suas providências. O descumprimento da decisão do STF, nesses pontos, é flagrante", registrou o magistrado.

O julgamento do Supremo também foi lembrado por Giovani Augusto Serra Azul Guimarães na decisão em que relaxou, por 'manifesta ilegalidade', a prisão em flagrante de um comerciante que teria descumprido determinações sanitárias e incitado outros a fazerem o mesmo.

O magistrado questionou o respaldo do decreto que instituiu a fase emergencial contra a covid-19 'diante da Constituição da República, da decisão do Supremo Tribunal Federal pertinente ao tema, das orientações da Organização Mundial da Saúde e da ciência'.

Sobre a OMS em específico, Guimarães registrou: "A Organização Mundial da Saúde já apelou aos governantes para que deixem de usar o lockdown, medida que 'tem apenas uma consequência que você nunca deve menosprezar: torna os pobres muito mais pobres'".

A frase citada pelo magistrado foi extraída de um texto classificado como enganoso pelo Estadão Verifica. O conteúdo distorcia a fala de David Nabarro, enviado especial da Organização Mundial da Saúde, durante entrevista para a revista britânica The Spectator. Frases de Nabarro já haviam sido retiradas de contexto em outra ocasião, sendo que projeto Comprova também classificou tal conteúdo como enganoso.

O que diz a OMS sobre o lockdown

Em seu site, a OMS informa que reconhece a importância de lockdowns para frear a transmissão do coronavírus, tendo em vista que o contato entre pessoas é restringido. A organização aponta que em determinados momentos, alguns países "não tiveram opção a não ser decretar lockdowns para ganhar tempo".

A OMS ressalta que tais medidas têm um "impacto negativo profundo" nos indivíduos, comunidades e sociedades. E lembra que os mais afetados são os "mais pobres, imigrantes e refugiados, que dependem do trabalho do dia-a-dia para subsistir". No entanto, termina dizendo que "espera que os países utilizem intervenções onde e quando forem necessárias, baseados na situação de cada local".

COM A PALAVRA, OS JUÍZES

A reportagem buscou contato com os magistrados até a publicação desta matéria, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

O governo do Ceará anunciou que o decreto de isolamento social será renovado por mais uma semana e as atividades não essenciais poderão ser retomadas no Estado a partir da próxima segunda-feira (12). A medida foi tomada em conjunto com a Prefeitura da capital Fortaleza e anunciada no domingo (4) pelo governador Camilo Santana (PT)

"Por uma questão de princípio de precaução, pela orientação dos nossos profissionais do comitê, dos nossos cientistas, nós estamos anunciando aqui, eu e o (prefeito de Fortaleza) José Sarto (PDT), em nome do Comitê, que vamos iniciar a flexibilização, a abertura de forma planejada, gradual, das atividades não essenciais no Estado do Ceará a partir de 12 abril", disse o governador.

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De acordo com dados desta semana, o Estado apresenta ocupação dos leitos de UTI de 95,2% e dos leitos de enfermaria de 79,7%.

Uma matéria de um canal francês de televisão, denunciando jantares de luxo "clandestinos" em Paris, apesar da pandemia, provocou uma investigação e um furor político pelas afirmações de que a elite ignora descaradamente as regras que ela mesma estabeleceu.

Na sexta-feira à noite, o canal privado M6 exibiu uma reportagem gravada com uma câmera escondida em um local apresentado como "um restaurante clandestino" em um bairro nobre da capital francesa. Nas imagens, nem os clientes, nem os funcionários usavam máscara de proteção contra a covid-19.

A França mantém todos os restaurantes e cafés fechados e, neste fim de semana, adotou um aumento das restrições, porque os casos dispararam, e os hospitais estão praticamente lotados.

A hashtag #OnVeutLesNoms (Queremos os nomes) viralizou no Twitter, enquanto havia especulações sobre quem pode ter participado desses jantares.

O promotor de Paris, Rémy Heitz, disse no domingo que abriu uma investigação criminal após a matéria na televisão, sob a acusação de "colocar a vida de outras pessoas em risco".

A investigação busca comprovar "se as noites foram organizadas desafiando as normas sanitárias e determinar quem foram os possíveis organizadores e participantes".

Uma fonte entrevistada pelo M6, cuja identidade não foi divulgada, disse ter participado de duas ou três noites em restaurantes "clandestinos" e que entre os convidados presentes havia, inclusive, ministros.

A fonte foi depois identificada pela imprensa e pelos internautas como Pierre-Jean Chalençon, dono do luxuoso "Palais Vivienne" no centro de Paris.

Em uma declaração enviada à AFP por meio de seu advogado, Chalençon reconheceu implicitamente ser a fonte, mas pareceu retratar a alegação de que os ministros estavam envolvidos, dizendo que queria apenas mostrar "humor" e um "senso de absurdo".

A reação de vários membros do gabinete do presidente Emmanuel Macron, dias depois do anúncio de novas restrições, foi imediata.

A ministra da Cidadania, Marlene Schiappa, disse que, se houver ministros, ou legisladores, "devem ser multados e penalizados como qualquer outro cidadão".

O ministro da Economia, Bruno Le Maire, respondeu: "Todos os ministros, sem exceção", respeitam as regras".

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, alertou que os envolvidos devem ser processados, se as alegações forem confirmadas. "Não existem dois tipos de cidadãos: os que têm direito à festa, e os que não têm", afirmou.

Museus, varandas dos cafés e escolas de ensino médio de Portugal voltaram a abrir, nesta segunda-feira (5), após dois meses de fechamento, na segunda fase do plano de desconfinamento do país, duramente atingido pela Covid-19 no início do ano.

Depois da reabertura das escolas primárias em 15 de março, nesta segunda-feira foram os alunos do ensino médio que voltaram às salas de aula.

Os demais setores que retomarem as atividades deverão seguir rígidas normas sanitárias.

As reuniões estão limitadas a quatro pessoas por mesa nos terraços, e os museus terão de adaptar seus horários. Nas academias, as aulas coletivas não estão autorizadas.

"Esperamos receber muito poucos visitantes", já que não há turistas estrangeiros, explicou à AFP António Nunes Pereira, diretor do Palácio Nacional da Pena, na vila turística de Sintra, a cerca de 30 km de Lisboa.

Segundo ele, haverá uma "verdadeira retomada" no verão (inverno no Brasil), quando "o processo de vacinação estiver mais avançado na Europa", e as restrições de viagens forem reduzidas. Muito menos afetado do que outros países europeus durante a primeira onda da pandemia, Portugal teve de enfrentar uma explosão de casos depois das festas de fim de ano.

Os hospitais ficaram saturados, e o governo impôs um segundo confinamento geral em meados de janeiro. Uma semana depois, as escolas foram fechadas.

Pela segunda vez, o feriado de Páscoa ocorrerá em meio à pandemia do novo coronavírus. Mas, agora, com o Brasil batendo recordes sucessivos de números de casos e mortes em razão da Covid-19, as mudanças serão bastante relevantes nas cerimônias tradicionais.

Na maior parte das localidades, eventos com potencial de provocar aglomerações estão proibidos, numa medida contra a circulação do novo coronavírus, diante de um cenário com esgotamento da estrutura de atendimento do sistema de saúde e filas de espera para leitos de unidades de terapia intensiva.  

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Pela segunda vez em 276 anos, por exemplo, foi cancelada a Procissão do Fogaréu, na cidade de Goiás, que costuma reunir milhares de pessoas durante a Páscoa. Na celebração, dezenas de farricocos – soldados romanos encapuzados – percorrem as ruas do centro histórico carregando tochas e participando de encenações. No lugar, a prefeitura fará uma transmissão com gravações de ritos anteriores.

Outra tradição bicentenária, os tapetes devocionais de Ouro Preto serão feitos neste ano apenas por pequenos grupos de fiéis locais. Não será permitida a participação de outras pessoas na confecção das centenas de metros de tapetes de flores, serragem e pó de café, atividade que costumava reunir milhares de moradores e turistas. As missas também serão sem público, transmitidas pela internet.

Paixão de Cristo

As mais típicas encenações da Paixão de Cristo também foram submetidas a restrições pelo país.

Em São Paulo, a celebração de Santana do Parnaíba, a 40 quilômetros (40) da capital, foi cancelada. Antes da pandemia, o município abrigava a encenação da peça “Drama da Paixão”, que recebia a presença de milhares de fiéis. Igrejas, templos e outras sedes de congregações religiosas podem ficar abertas, mas apenas para manifestações individuais de fé.

Em Pernambuco, outro espetáculo cancelado pelo segundo ano consecutivo foi o de Nova Jerusalém, que encena a Paixão de Cristo no que é conhecido como o maior teatro a céu aberto do mundo, com 100 mil m2, no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano.

O espetáculo ocorria há mais de 50 anos, e nesse tempo, já foi visto por mais de 4 milhões espectadores, segundo os organizadores. Em 2019, quando ocorreu a última encenação, a média de público foi de 6 mil pessoas diárias ao longo de oito dias de temporada.

Outra cerimônia com histórico de grande mobilização religiosa cancelada foi a encenação da Via Sacra do Morro da Capelinha, em Planaltina, no Distrito Federal, a 40 km de Brasília. O evento também realizava uma dramatização da morte e da ressurreição de Cristo. Em 2019, no último ano em que o evento foi realizado, ele reuniu 15 mil fiéis que subiram o íngreme morro.

Norte a Sul

Em cidades de forte mobilização católica, como Belém, procissões que costumam reunir milhares de devotos, como a do Senhor Morto, não devem ocorrer. Na capital do Pará, missas mais tradicionais, como o Sermão das Sete Palavras, serão celebradas sem público.

Já em Gramado, no Rio Grande do Sul, toda a extensa programação anual de Páscoa foi transferida para a internet, com a transmissão de peças infantis e recitais. Polo nacional de produção de chocolates, antes da pandemia a cidade da Serra Gaúcha recebia grande quantidade de turistas nesta época do ano. Mesmo com restrições, a prefeitura manteve a tradicional decoração iluminada da cidade, com coelhos, ovos e chocolates.

CNBB

Neste ano, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) produziu um documento de orientações às paróquias do país sobre o feriado no contexto de pandemia. O documento sugere evitar procissões. Já o Domingo de Ramos teve de ser celebrado dentro das igrejas, respeitando as orientações sanitárias de distanciamento e higiene, sem distribuição de ramos.

A Missa do Crisma teve (ou terá) de ser celebrada com uma representação de pastores, ministros e fiéis. A confederação acrescentou como orientação uma oração pelos que padecem com a pandemia da Covid-19.

A Polícia Civil de São Paulo já tem 23 inquéritos abertos para apurar ameaças, algumas delas de morte, recebidas pelo governador João Doria (PSDB) em decorrência das ações adotadas para o enfrentamento da pandemia. Em pelo menos três desses inquéritos, a polícia investiga ligação entre autores de ameaças e integrantes de grupos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro responsáveis por protestos na casa do governador, nos Jardins, zona sul da capital.

A mudança de Doria para a ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, na zona sul, se deu em parte por causa das ameaças, em parte por causa dos protestos. Algumas das mensagens recebidas por Doria são explícitas ao ameaçar de morte o governador e sua família, com indicação de detalhes da rotina deles, segundo relatos de assessores. Elas são levadas a sério pela Casa Militar do palácio, que, além de recomendar a mudança, adotou uma série de protocolos de segurança adicionais para a escolta de Doria em eventos.

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Outro motivo para a mudança foi a avaliação de que a hostilidade dos manifestantes que vinham fazendo protestos em frente à casa de Doria poderia gerar reações dos agentes da PM enviados até o local, e que um eventual confronto entre policiais e manifestantes poderia ser explorado politicamente por adversários bolsonaristas.

Entre os 23 inquéritos, parte deles está a cargo da Delegacia de Crimes Eletrônicos da Polícia Civil e apura crimes de injúria e ameaça. Eles foram abertos a partir de ataques postados contra Doria nas redes sociais ou mensagens dessas redes enviadas ao perfil do governador.

Há 15 investigações, entretanto, que foram concentradas na Delegacia Antissequestro, uma equipe especial da Polícia Civil. São inquéritos que foram instaurados após pedido de advogados de Doria, que fizeram representação para denunciar ameaças recebidas em e-mails do governo e no celular.

A investigação mais adiantada chegou à identificação de 45 pessoas, moradoras de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Segundo um policial civil que trabalha no caso, foi vazado a este grupo o número de celular particular de Doria e, então, eles passaram a xingá-lo e ameaçá-lo. Todos eles foram identificados, uma vez que usaram seus próprios telefones para fazer as ameaças.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) em caráter de urgência nesta quinta-feira, 1º, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu a suspensão de todos os decretos ou atos administrativos baixados por governadores e prefeitos para proibir celebrações religiosas na pandemia, sobretudo na Páscoa.

O pedido, assinado pelo advogado-geral da União, André Mendonça, foi encaminhado em uma ação apresentada pelo Partido Social Democrático (PSD) contra o decreto do governador João Doria (PSDB) que, no pacote de medidas para enfrentamento do coronavírus, impediu os templos de abrirem as portas para atividades coletivas em São Paulo. A AGU pede a derrubada da ordem do tucano e a extensão dos efeitos para eventuais determinações semelhantes de outros Estados ou municípios.

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Na petição, a AGU argumenta que as restrições totais às celebrações são 'desproporcionais' e violam o direito de crença e a liberdade religiosa. A pasta defende limitações alternativas e menos duras.

"A completa interdição de atividades religiosas, traduz, em si mesma, uma medida excessivamente onerosa, porquanto poderia ser substituída por restrições parciais, voltadas a evitar situações em que haja o risco acentuado de contágio. Em outros termos, é particularmente excessiva, no ponto, a proibição irrestrita de realização de eventos religiosos", diz um trecho da manifestação.

O envio com selo de urgência decorre, segundo a AGU, da iminência da Sexta-feira da Paixão e do Domingo de Páscoa. "Ao longo desses anos, não se tem notícia de uma vedação tão forte à celebração da Páscoa em templos e igrejas", argumenta Mendonça, que é pastor presbiteriano.

"A Páscoa é talvez a celebração mais importante de todas, unindo todos os segmentos do cristianismo, como o catolicismo romano, a ortodoxia oriental e o protestantismo, nas suas mais variadas vertentes. No Brasil, país em que cerca de 80% da população é católica ou evangélica, mesmo descontando-se a parcela não praticante, a importância religiosa da efeméride é indiscutível para milhões de brasileiros.", acrescenta.

O processo foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes. Na sexta-feira, 26, ele levantou a 'complexidade e importância da matéria em debate' e pediu manifestações do governo de São Paulo, da AGU e da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de decidir sobre o pedido. Em outra frente, determinou o envio da ação para análise do plenário.

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (31), prorrogar até o dia 16 de abril as medidas de restrição à presença de parlamentares e servidores nas sessões plenárias, reuniões de comissões e unidades administrativas da Casa. As regras foram adotadas por causa da pandemia da Covid-19.

A decisão, assinada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), determina que as sessões do Plenário e as reuniões de comissões continuem sendo realizadas online, com a presença apenas dos presidentes dos colegiados, líderes e servidores em serviço.

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Começa nesta quinta-feira (1) a Operação Semana Santa de segurança nos balneários e estradas do Pará. Com bandeiramento vermelho no Estado, por causa do avanço da pandemia de covid-19, além da fiscalização do Decreto Estadual, que determina o toque de recolher a partir das 21 horas, agentes da segurança estarão nas ruas para orientar as pessoas e multar infratores. O acesso às praias está proibido de sexta-feira a domingo.

Em Mosqueiro, na Região Metropolitana de Belém, o esquema envolverá as Polícias Civil e Militar, Guarda Municipal de Belém, Departamento Estadual de Trânsito (Detran/Pa), Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), VI Conselho Tutelar, Corpo de Bombeiros, Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e Agência Distrital de Mosqueiro (Admos). A operação começa às 6 horas do dia 1º e vai até até segunda-feira, 5 de abril.

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Uma força-tarefa vai percorrer as praias durante o dia. As medidas serão de orientação e prevenção. A partir das 21 horas, começa o toque de recolher e não será permitida a presença de pessoas nas ruas e praças de Mosqueiro.

Segundo a agente distrital Vanessa Egla, o comércio de Mosqueiro vai funcionar até as 18 horas para atendimento presencial. A partir desse horário, somente os serviços de delivery.

Na área da apiocaria, na Vila, mesas e cadeiras serão recolhidas, também a partir das 18 horas. O comércio de vendas de bebidas alcoólicas nas lojas de conveniência segue com determinações diferenciadas, informadas por meio de comunicado aos comerciantes.  

Sete agentes da Semob vão atuar nas rondas. Já o Detran atuará desde o quilômetro 2 da PA-391 até o Pórtico de Mosqueiro. 

O acesso às praias está proibido, mas restaurantes e barracas podem funcionar até às 18 horas na Semana Santa. Boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que o Pará tem 417.524 casos de covid-19 e 10.426 mortes.

Com informações da Agência Belém e Sespa.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), passará a morar, pelo menos temporariamente, no Palácio dos Bandeirantes por causa dos constantes protestos em frente à casa dele, no Jardim Europa (zona oeste da capital), e das ameaças que vem recebendo.

A situação se agravou após o endurecimento das regras de restrição à circulação de pessoas no Estado, que enfrenta o pior momento da pandemia da covid-19. Doria, atualmente um dos principais adversários do presidente Jair Bolsonaro, tem acionado a polícia por causa das ameaças e inquéritos já foram instaurados.

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"Meu desprezo por estes extremistas que ameaçam a mim, a minha família e ameaçam pessoas que defendem a vida. É uma decisão difícil, mas necessária nesse momento de muita intolerância ao pensamento contraditório, de belicismo verborrágico e de cegueira ideológica", diz trecho do comunicado assinado por Doria divulgado ontem e antecipado pelo blog da Coluna do Estadão.

Desde sua posse, em janeiro de 2019, Doria vinha utilizando a ala residencial do Bandeirantes apenas para despachos e reuniões de trabalho. Mas, segundo apurou o blog da Coluna do Estadão, os manifestantes, que se revezam em turnos, tiraram o sossego do governador e, principalmente, de seus familiares, limitando visitas inclusive nos fins de semana.

"O negacionismo na pandemia deixou de ser um delírio das redes sociais, provocado pela paixão política, e está se tornando algo muito mais perigoso para a vida, a ciência e a democracia: uma seita intolerante e autoritária", afirma o comunicado do governador de São Paulo.

'Tempos obscuros'

A nota diz ainda que "o fanatismo ideológico ignora a racionalidade e a legalidade" e "tem ultrapassado os limites do embate político e do questionamento técnico com ameaças e agressivas manifestações, perturbando o bairro e vizinhos". "Diante do radicalismo, decidi me mudar para o Palácio dos Bandeirantes. Regredimos a tempos obscuros em que a integridade física daqueles que defendem a vida e a democracia está sob ameaça. Vivi esse mesmo sentimento quando acompanhei meu pai no exílio. Dessa vez, no entanto, não haverá exílio, nem ditadura. Haverá ciência, vacinas, vidas salvas e democracia", afirma o comunicado.

No início de março, após a volta da fase vermelha no Estado, Doria registrou queixa por ameaça de morte. No dia 19, um grupo de cerca de 50 manifestantes tentou fazer um protesto na frente da casa do governador, mas não conseguiu chegar ao local porque a Polícia Militar, informada do ato, bloqueou várias ruas na região. O grupo levava caixas de som tocando músicas a favor de Bolsonaro e bandeiras do Brasil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entram em vigor nesta quinta-feira (25) as novas medidas restritivas que o governo do Amapá adotou para tentar conter a disseminação do novo coronavírus no estado. Anunciadas pelo governador Waldez Góes na noite desta quarta-feira (24), as novas regras mantêm o toque de recolher e limitam o atendimento presencial a clientes, restringindo inclusive o horário de funcionamento dos estabelecimentos que vendem alimentos, como supermercados.

O novo decreto estadual deve ser publicado no Diário Oficial estadual desta quinta-feira. Ontem, ao antecipar detalhes das medidas, Góes anunciou que elas vão vigorar até a próxima quarta-feira (31). Além de manter a proibição ao consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais e em vias públicas, que já estava em vigor, o governo vetou a comercialização desses produtos também por supermercados, mercearias e distribuidoras de bebidas.

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As novas medidas também preservam o toque de recolher diário, entre 20h e 6h, que já tinha sido instituído. E estabelecem um cronograma de três fases para o que o próprio governo trata como um lockdown (fechamento do comércio). 

Nos primeiros dois dias, hoje e amanhã (26), os estabelecimentos comerciais considerados essenciais abrem de forma escalonada, em turnos de 6 horas, conforme determinação das autoridades estaduais: supermercados e atacarejos funcionarão para atendimento presencial das 7h às 13h, e minibox e similares das 13 às 19h.

Entrega

Ainda durante os dois primeiros dias da vigência das novas medidas, lanchonetes e restaurantes só poderão funcionar para serviço de entrega das 6h às 18h, enquanto academias abrirão das 6h às 20h – estas não poderão funcionar entre sábado (27) e quarta-feira (31).

No segundo momento, de sábado a domingo (28), apenas estabelecimentos de venda de medicamentos, combustível, gás de cozinha e água poderão abrir. Farmácias e postos de gasolina poderão funcionar em horário normal, mas exclusivamente para vender medicamentos, fraldas e combustíveis. Já as lojas de conveniência que eventualmente funcionem junto a estes estabelecimentos não poderão operar. As revendedoras de gás e água também podem funcionar 24 horas ao dia.

Por fim, entre segunda-feira (29) e quarta-feira (31), os supermercados, atacarejos e miniboxes terão que voltar a se revezar nos horários de 7h às 13h, e de 13 às 19h, seguindo o mesmo escalonamento de quinta e sexta-feira, e mantida a proibição à venda de bebidas alcoólicas, atendimento presencial em lanchonete, restaurante e magazines instalados no interior dos supermercados.

Durante este terceiro período, também podem abrir presencialmente, de 6h às 20h, açougues, peixarias, batedeiras de açaí e revenda de gás e água, além de serviços e clínicas médicas e de exames laboratoriais.

Atividades suspensas

Até 31 de março, todos os portos do Amapá estarão fechados para desembarque de passageiros. Bares, boates, casas de show, teatros, casas de espetáculos, centros culturais e cinemas estão proibidos de funcionar, da mesma forma como não podem ocorrer atividades de lazer em clubes e balneários públicos e privados, incluindo reuniões em família, eventos em estádios, ginásios, quadras poliesportivas e praças.

As igrejas e templos religiosos poderão funcionar na modalidade presencial de segunda a sexta-feira, das 6 às 20 horas, com apenas metade da capacidade de lotação, até o limite de 50 pessoas.

Continuam suspensas a prática de esportes de contato (jiu jitsu, judô, taekwondo, submission, MMA, boxe e muay thai) e as aulas de natação, hidroginástica, dança de salão, balé e similares. Além disso, estão proibidos eventos corporativos, técnicos, científicos, culturais.

Parques, museus, bibliotecas, centros culturais, shoppings centers e galerias comerciais não podem abrir neste período, bem como autoescolas, cursos livres de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional, idiomas e música, cursos de formação e reciclagem e instrução.

Segundo o governador Waldez Góes, a situação epidemiológica no estado será avaliada diariamente e novas medidas serão anunciadas na próxima quarta-feira (31). Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Góes disse esperar o engajamento dos amapaenses. “Quanto maior for o distanciamento social e o cuidado com a higiene pessoal, mais vidas serão protegidas”, disse o governador, anunciando a chegada de um novo lote de vacinas ao estado. “Avançando na vacinação dos idosos e dos grupos prioritários, vamos chegar rapidamente aos trabalhadores da educação, da segurança pública e do sistema prisional e, assim, proteger mais vidas no estado”, finalizou.

A terceira onda da Covid-19 segue avançando neste domingo (21) na Europa, com protestos contra as restrições como pano de fundo, e, no mundo, com as praias do Rio de Janeiro fechadas e Miami Beach sob toque de recolher.

Esta semana, 465.300 novas infecções foram registradas todos os dias no mundo. Com exceção da África e Oriente Médio, todas as regiões registraram altas: + 34% na Ásia, + 18% na Europa, + 15% nos Estados Unidos/Canadá e + 5% na América Latina e Caribe.

"Dado o aumento dos casos da Covid-19 nos Estados-membros", o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, decidiu que os dirigentes da União Europeia (UE) se reunirão na quinta e sexta-feira à distância, e não em Bruxelas, informou um porta-voz.

Diante do aumento das infecções, alguns estados da Alemanha defendem a extensão das restrições impostas para conter o vírus até o mês de abril, segundo documento consultado pela AFP, apesar do cansaço dos cidadãos com essas medidas.

No sábado, milhares de pessoas protestaram em vários países europeus (Alemanha, Holanda, Áustria, Bulgária, Suíça, Sérvia, Polônia, França e Reino Unido), bem como no Canadá, contra a "ditadura" das restrições sanitárias.

Pelo menos 36 pessoas foram presas e vários policiais ficaram feridos em Londres durante um dos protestos.

Em Cassel, no centro da Alemanha, houve confrontos com as forças da ordem, que fizeram uso de spray de pimenta, cassetetes e canhões d'água.

"A covid é uma farsa", dizia as faixas de manifestantes, de Montreal a Belgrado.

Essa onda de descontentamento coincidiu com a entrada em vigor de um terceiro confinamento para 21 milhões de franceses, incluindo parisienses, embora menos estrito do que os anteriores, e um confinamento parcial na Polônia.

Ainda assim, cerca de 6.500 pessoas se reuniram para celebrar o carnaval em Marselha, no sul da França, sem máscaras. Um ato não autorizado que foi descrito como "irresponsável" pela polícia, que interveio para dispersar a multidão.

- Fim de festa -

Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos administraram mais de três milhões de doses de vacinas em 24 horas por dois dias consecutivos pela primeira vez, uma nova indicação de que a campanha de imunização do país se acelerou, segundo dados oficiais divulgados neste domingo.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 24,5% da população já recebeu pelo menos uma dose, enquanto 13,3% estão totalmente vacinados.

No entanto, na Flórida, a ilha de Miami Beach foi obrigada a impor toque de recolher devido à chegada de turistas determinados à festa, apesar da pandemia.

"O volume de pessoas é claramente maior do que nos anos anteriores", disse o prefeito de Miami Beach, Dan Gelber.

"Acho que em parte se deve ao fato de que há poucos lugares abertos no resto do país, ou são muito frios, ou estão fechados e também muito frios", comentou.

Na Ásia, as Filipinas também anunciaram novas restrições, como o fechamento de igrejas em Manila, quando as infecções atingiram um número recorde de mais de 7.000 novos casos por dia.

O Brasil, por sua vez, teve um novo dia de números alarmantes, com 2.438 mortes em 24 horas, para um total de 292.752 desde o início da pandemia, enquanto acumula mais de 11,9 milhões de infecções.

Para conter os contágios, o prefeito do Rio de Janeiro decidiu fechar as praias a partir deste final de semana. Pouco mais de 5% da população recebeu a primeira dose da vacina e menos de 2% a segunda.

No vizinho Paraguai, que já foi um dos países exemplares da região, os leitos de terapia intensiva se esgotaram no sábado.

O Peru, que também tem seus hospitais saturados, ultrapassou a marca de 50.000 mortes por Covid-19. E o Chile registrou 7.000 infecções em um único dia pela primeira vez, situação que levou o governo a confinar 28 municípios.

Para combater a pandemia, a Colômbia recebeu 245 mil doses da vacina AstraZeneca pelo mecanismo Covax, além de 770 mil doses da Sinovac oferecidas pela China, cujo presidente Xi Jinping disse esperar "cooperação reforçada" entre os dois países.

- Atrasos da AstraZeneca -

Os governos também se esforçam para intensificar a vacinação, quando a pandemia já matou pelo menos 2.710.382 pessoas no mundo, segundo balanço apurado pela AFP neste domingo.

Depois de enfrentar temores sobre supostos efeitos adversos nas últimas semanas, a vacina AstraZenenca, que vários países europeus vêm administrando novamente desde sexta-feira, agora enfrenta uma ofensiva da UE por atrasos nas entregas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ameaçou no sábado bloquear as exportações da vacina, caso a UE não receba primeiro as doses acordadas.

O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, alertou hoje na SkyNews que o bloqueio seria "contraproducente" para "um bloco comercial que se gaba de [cumprir] a lei".

Apesar dos esforços de imunização, os organizadores das Olimpíadas de Tóquio decidiram não receber espectadores do exterior, considerando altamente improvável que eles possam viajar ao Japão para a competição marcada para 23 de julho a 8 de agosto.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), anunciou na manhã desta sexta-feira (19) que a partir de sábado (20) as praias da cidade serão fechadas. O novo decreto do Executivo carioca complementa o anterior, que já impunha restrições para o funcionamento do comércio e de bares e restaurantes, por exemplo. No desta manhã, a Prefeitura optou por focar na orla, enquanto manteve shoppings e demais locais fechados em funcionamento.

Novas medidas mais restritivas serão anunciadas na segunda-feira (22) que vem, segundo o prefeito, após uma reunião com o comitê científico. Por enquanto, está proibido: permanecer na areia das praias, incluindo esportes, banho de mar e atividades econômicas; entrada de ônibus e veículos fretados no município; estacionamento na orla; funcionamento das áreas de lazer, como os calçadões.

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"As praias, os epidemiologistas entendem que são lugares de menos contágio do que os locais fechados, mas é um lugar simbólico no Rio de Janeiro", apontou Paes, que discutirá novas iniciativas nos próximos dias com prefeitos da região metropolitana e com o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC). O prefeito fala em criar um "consenso metropolitano" para adotar medidas mais duras, que ele defende.

"Por que não hoje? A cidade do Rio não é uma ilha, é o centro de uma conurbação, de um conglomerado urbano, de uma região metropolitana. Portanto, qualquer decisão que seja tomada sem uma solidariedade metropolitana se torna mais difícil."

No decreto anterior, já estava proibido: permanecer na rua entre 13h e 5h; eventos e festas; funcionamento de boates; venda de bebidas alcoólicas em bancas.

Na entrevista coletiva desta sexta, Paes também cobrou do governo federal medidas econômicas que permitam que as pessoas cumpram com mais tranquilidade o isolamento social. Estímulos econômicos costumam ser cobrados por donos de bares e restaurantes, por exemplo.

"A capacidade da Prefeitura de fazer é muito pequena, pela dificuldade financeira e porque não emitimos moeda. Nossa capacidade de incentivos é bastante limitada, pelas características que são nossos tributos", disse. "É uma questão nacional. Vocês não ouvirão de mim qualquer tipo de agressão, de fanfarronice, de qualquer pedido mais assertivo, mas esse é um momento de solidariedade nacional. É fundamental o auxílio, a consciência do Congresso e do Executivo nacional para podermos avançar."

Tanto o prefeito quanto o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, fizeram apelos para a população permanecer em casa. Soranz sugeriu evitar até mesmo a prática de exercícios ao ar livre, prática que durante a maior parte da pandemia não foi considerada de alto risco. "Temos uma nova variante do vírus, a P1, que está circulando na cidade, circulando intensamente. É o momento de evitar qualquer tipo de circulação", apontou. "O momento agora é de evitar qualquer tipo de exposição, de ficar em casa o máximo possível."

Sem avisar, a polícia dispersa com gás lacrimogêneo os retardatários em frente aos bares de uma favela da capital do Malauí para impor o toque de recolher. "E como faço para viver?", lança Yvonne, uma jovem prostituta.

Seu bordel está propositadamente localizado bem próximo a um dos bistrôs mais movimentados da zona 25, em Lilongwe. Desde o início das restrições decretadas pela Covid-19 e das batidas policiais diárias, os clientes vão embora às 20h.

"Meu trabalho começa ao anoitecer, quando todos se vão", lamenta a jovem de 25 anos com um vestido vermelho justo e dreads loiros para destacar sua tez clara em uma mesa, bebendo um refrigerante junto com uma amiga. Nesses tempos de crise, não pode pagar outra coisa.

País muito pobre, o Malauí foi até janeiro um dos últimos a não ter optado pelo confinamento para combater a pandemia.

Em abril de 2020, a Justiça proibiu as restrições para tentar salvar uma economia frágil, baseada principalmente no emprego informal. No início deste ano, porém, devido ao aumento das infecções, o presidente Lazarus Chakwera ordenou um toque de recolher noturno, limitou a venda de álcool e fechou as escolas por três semanas.

Segundo dados oficiais, o Malauí tem quase 33.000 casos de covid-19 e cerca de mil mortes, para 18 milhões de habitantes.

No mês passado, dezenas de profissionais do sexo foram às ruas para protestar contra as restrições sanitárias, que as privam de seu sustento.

"É injusto. Por causa das novas normas, não ganhamos dinheiro", acusam.

- "Pagar o colégio" -

"A prostituição é um trabalho de verdade. Pagamos nossas contas, nossos aluguéis, mandamos nossos filhos para a escola com esse dinheiro", explica à AFP Zinenani Majawa, do sindicato de profissionais do sexo.

De acordo com a organização, que milita para estender a abertura dos bares até meia-noite e nos finais de semana, o país tem mais de 20 mil prostitutas.

Neste pequeno Estado do sul da África, a lei pune o rufianismo (cafetinagem), mas não a prostituição.

Em Chipoka, uma cidade portuária que já foi próspera às margens do lago Malauí, Joyce Banda, de 58 anos, conta à AFP que passou por altos e baixos durante seus 33 anos como prostituta. Mas nada comparado aos problemas causados pela pandemia.

"Temos filhos para alimentar. Temos que nos lavar e lavar nossas roupas. Como vamos comprar sabão, se os bares fecham às 20 horas?", questiona angustiada.

"Onde vamos encontrar clientes?", pergunta Martha Mzumara, também prostituta.

Nem todos neste país conservador se compadecem.

"Eu as considero um pouco egoístas. Muitas empresas foram afetadas, várias fecharam. No Malauí, temos sorte de as grades estarem abertas", opina o juiz Madalitso Banda, da coalizão de defensores dos direitos humanos.

A Ordem dos Advogados do país, a Law Society, acredita que as regras são "justificadas" no contexto de uma pandemia global.

"Alguns direitos podem ser limitados para salvaguardar outros", afirma a diretora Martha Kaukonde.

A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) anunciam a interrupção de acesso ao público nos museus e centros culturais sob a sua gestão no período entre 18 e 28 de março, em cumprimento às medidas temporárias determinadas pelo Governo do Estado para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus e Covid-19.

SEGUE ABAIXO A LISTA DE EQUIPAMENTOS CULTURAIS 

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Recife

Cinema São Luiz

Espaço Pasárgada

Museu do Estado de Pernambuco

Casa da Cultura de Pernambuco

Teatro Arraial Ariano Suassuna

Torre Malakoff

Museu do Trem / Estação Central Capiba

Olinda

Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco - Galeria Tereza Costa Rego

Museu de Arte Sacra de Pernambuco

Caruaru

Museu do Barro de Caruaru

Triunfo

Cine Teatro Guarany

*Via  Assessoria de Comunicação

Além de seguirem as determinações da "fase emergencial" impostas pela gestão João Doria (PSDB), municípios de São Paulo têm adotado medidas adicionais para tentar reduzir o agravamento rápido da pandemia da Covid-19. As restrições incluem veto a aluguel de chácaras, suspensão da venda de bebida alcoólica e a proibição de grupos de mais de três pessoas. Em alguns casos, gestores recorrem ao toque de recolher.

Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, cerca de 30 prefeituras decidiram adotar restrições mais rígidas do que o Estado. "Quando aquela localidade verifica a intensidade da pandemia e a necessidade de agir para poder intensificar essas ações. E estamos apoiando essas restrições."

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A lista inclui São José do Rio Preto, Orindiúva, Bady Bassitt, Guapiaçu, Monte Aprazível, Cedral, Ibirá, Tanabi, Nova Granada, Palestina, Onda Verde, Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Brodowski, Jaboticabal, Orlândia, Batatais, Sertãozinho, Campinas, Santos, Pauliceia, Araraquara, Pirassununga, Boraceia, Lins, Itapeva, Buri e Capão Bonito. Há, ainda, outros municípios como Itararé, Tupã e Araçatuba, dentre outros, que não foram incluídos.

Para essas prefeituras, um dos principais exemplos são os resultados positivos obtidos por Araraquara, que reduziu em 53% a média móvel de novos casos em pouco menos de um mês após instituir lockdown. "A gente viu o que aconteceu lá, que teve redução considerável. A gente espera colher daqui uns dias uma redução no número de óbitos", diz José Henrique Frascá Junior, secretário de Negócios Jurídicos de Monte Alto.

Em Tupã, a venda de bebidas foi suspensa nos próximos dois fins de semana, assim como o funcionamento da maioria dos estabelecimentos comerciais considerados essenciais, exceto os postos de combustíveis e as farmácias. A 75 quilômetros de Marília, com 65 mil habitantes e 100% de ocupação na UTI, o município também vetou a presença de menores de 12 anos em todos os espaços comerciais e de serviços.

Em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, uma praça que teve registros de aglomerações foi fechada. O mesmo foi determinado em Itararé, na divisa com o Paraná. O município classificou, ainda, como aglomeração qualquer agrupamento de mais de três pessoas, proibindo que ocorra tanto nas vias públicas quanto em locais privados. A venda de bebidas alcoólicas após as 17 horas está suspensa, até por delivery.

Com o toque de recolher em vigor a partir das 20h desta quinta-feira, quem for flagrado em festas ou reuniões familiares com mais de dez pessoas receberá multa de R$ 3 mil em Campinas. O responsável ainda poderá ser processado com base no Código Penal, podendo ser condenado a até 1 ano de prisão. A maior cidade do interior, com 1,2 milhão de habitantes, está com todos os leitos de UTI ocupados com doentes da covid-19 e mais de cem pessoas na fila de espera por internação.

Mais UTIs. Outras cidades tentam ampliar a capacidade hospitalar, na medida do possível. Já contando com um hospital de campanha, Santo André, no ABC, instalou mais 50 leitos covid e passou a contar com 132 vagas exclusivas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar do agravamento da pandemia de covid-19 no Distrito Federal, com alta nas internações e falta de leitos, o governador Ibaneis Rocha afrouxou mais uma vez as medidas de combate à doença que ele havia determinado no fim de fevereiro. Nesta sexta-feira, 5, Ibaneis editou decreto que libera aulas presenciais em todas as creches, escolas, universidades e faculdades da rede privada e também reabre academias de esporte de todas as modalidades, ambas a partir da segunda-feira, 8. No caso das academias, no entanto, fica proibida a realização de qualquer tipo de aula coletiva.

Os dois setores estavam proibidos de funcionar desde domingo, 28. Os outros serviços não essenciais listados no decreto anterior seguem com as atividades suspensas. Desde o último dia 26 de fevereiro, quando Ibaneis reconheceu a aceleração da doença na capital federal, ele já editou vários decretos diferentes. A cada ato, Ibaneis vai aliviando as restrições, que chegaram a ser impostas por tempo indeterminado e para quase todos os serviços não essenciais. O 'meio lockdown', no entanto, agora tem vigência apenas até dia 15 de março e deixa várias áreas de fora, como igrejas e agora escolas particulares e academias.

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A liberação para funcionamento de novas atividades ocorre no momento que o Distrito Federal acumula 4.918 mortes por covid-19. Segundo dados atualizados pelo próprio Governo do Distrito Federal nesta quinta-feira, 4, às 20h36, nas últimas 24 horas, foram registrados 18 óbitos em decorrência da doença. Brasília acumula 302.185 casos confirmados da doença. As medidas restritivas mais duras foram adotadas no fim da semana passada, após a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) atingir 98%. Hoje, a taxa atual de ocupação de UTI está em 94%, considerando as redes pública e privada.

O decreto de hoje também autoriza a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) a interditar imediatamente atividades econômicas e estabelecimentos que descumprirem as restrições impostas pelo governo pelo prazo de 60 dias. A punição deverá ser aplicada nos casos de constatada a aglomeração de pessoas nas dependências do estabelecimento fiscalizado ou descumprimento grave das medidas de proteção contra a disseminação do novo coronavírus. A violação também acarreta multa de até R$ 20 mil.

Pelo decreto, também poderá ser aplicada multa individualizada de até R$ 1 mil para cada uma das pessoas participantes do evento ou da reunião que provocaram aglomeração irregular.

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