O dono da Riachuelo, que deixou o comando da empresa para lançar sua pré-candidatura a presidente do Brasil, desembarcou no Recife nesta quinta-feira (19), para participar de um debate na UNINASSAU. Muitos podem não concordar, mas o presidenciável tem a seu favor alguns pontos diferenciais ao desenvolver um grande império empreendedor no setor da moda, não compor a desgastada classe política brasileira, bem como por ter um domínio sobre gestão e economia, o que se reflete em sua forma de falar com domínio.
Antes do início do evento, durante entrevista, Rocha relembrou que é recifense e que, com alegria, volta ao estado. "É uma alegria estar de volta à minha terra. Sou pernambucano, sou do Recife, apesar de ter saído muito cedo e agora volto com uma nova missão completamente diferente da missão que eu tive a vida toda, que foi ser empresário e gerar emprego".
##RECOMENDA##O empreendedor deixou claro que não pensava em ser candidato, mas se mostrou bastante insatisfeito com o atual cenário político brasileiro e, por isso, assumiu o desafio."Minha carreira empresarial estava no seu melhor momento, mas me angustiava profundamente ver o Brasil se tornar um país hostil ao talento e ao empreendedorismo", contou.
"Eu acredito que um país próspero é aquele que o sonho do jovem é empreender e não subir para a carruagem estatal e ficar lá acomodado. Quando alguém empreende e é bem-sucedido, isso fertiliza, isso próspera, isso gera uma árvore frondosa em cujas sombras outras sementes germinam e prosperam e a prosperidade que garante a inclusão social", ressaltou afirmando que será o povo que vai decidir se quer um país próspero nas urnas em outubro.
Pelo currículo abastado, os simpatizantes do empresário acreditam que ele possa dar um novo rumo ao país. Ele não nega a própria experiência. "Eu acho que trago um aprendizado, uma colaboração", afirmou.
Flávio Rocha disse que o maior patrimônio que o país possui são os jovens, que estão sendo preparados para o mercado do trabalho. Para ele, esse tema remete a outro tema maior: prosperidade. "O que o governo tem que fazer é arar a terra do ambiente do negócio, fertilizar essa terra para que essa semente do talento lançado no mercado possa prosperar. A prosperidade é o caminho que o Brasil precisa".
Durante o debate, ele ressaltou que o eleitor está mais maduro em relação a escolher melhores candidatos e disse que a classe política que não está conseguindo "formatar o produto político". "Eles estão apavorados porque as donas Marias estão acordando", salientou também expondo que uma empresa bem sucedida é aquela que consegue agradar todo dia o seu cliente.
Rocha ainda criticou a pequena minoria que trabalha em prol de garantir os seus próprios privilégios, mas que se esquece da maioria. "Há uma máquina de opressão asfixiante, pesada e cara".