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O deputado federal Delegado da Cunha (PP-SP) é acusado de agredir a própria mulher, a nutricionista Betina Raísa Grusiecki Marques, de 28 anos, de acordo com o boletim de ocorrência registrado pela vítima.

As agressões teriam ocorrido no sábado (14), em um apartamento em Santos (SP). Da Cunha comemorava 46 anos e estava bêbado, segundo a vítima. O deputado federal xingou a mulher, ameaçou matá-la e bateu a cabeça dela na parede por duas vezes. Betina relatou que foi enforcada e chegou a desmaiar devido aos ataques.

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Os relatos constam no boletim de ocorrência feito na Delegacia da Mulher de Santos nesse domingo (15). O Estadão teve acesso ao documento. Na delegacia, ela pediu que fossem adotadas medidas protetivas para que o deputado fosse mantido afastado dela.

"Hoje o autor, após consumir bebida alcoólica, promoveu uma discussão e atacou a sua honra, dizendo 'putinha, não serve para nada, lixo', passando a bater a sua cabeça na parede, e apertando o seu pescoço, vindo a vítima a desmaiar e, ao recordar, ele veio novamente em sua direção, e a vítima jogou um secador na cabeça dele, neste interregno, ele bate sua cabeça novamente na parede e disse: 'Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e vou matar a sua mãe', quebrando seus óculos e jogando cloro nas roupas da vítima", diz o boletim.

Betina e Da Cunha tinham uma união estável há três anos. A reportagem tenta contato com o parlamentar. Ele tem negado as acusações.

Da Cunha foi eleito em 2022 pelo estado de São Paulo com 181,5 mil votos. Ele ganhou popularidade nas redes sociais após produzir vídeos em operações policiais. É acusado, no entanto, de inventar prisões e simular ações. A ex-mulher do deputado, a advogada Camila Rezende da Cunha, também já o acusou de violência doméstica, mas ela se disse arrependida, ao jornal Folha de S.Paulo, de ter registrado o boletim de ocorrência.

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, nesta quarta-feira (2), ao menos seis suspeitos de participarem do espancamento que causou a morte do torcedor do Santa Cruz Lucas Gabriel Rosendo, em maio deste ano. A vítima, de 21 anos, foi escolhida aleatoriamente e abordada em uma parada de ônibus, a caminho de uma partida do clube pernambucano, no Arruda, Zona Norte do Recife. O crime foi cometido por vingança, após a morte de um torcedor rival, do Sport. 

Os presos têm de 21 a 29 anos. Nove mandados de prisão e nove de busca e apreensão domiciliar foram expedidos em Recife, Paulista e Olinda; o número de presos deve aumentar conforme o andamento das investigações. Segundo o delegado Marcos Maggi, titular da 9ª DPH, alguns participantes demonstraram arrependimento, e outros reiteraram que a vingança era necessária.  

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“Alguns se arrependeram, outros não, ou preferiram ficar calados. Outros acham que deve ser assim mesmo, que perderam um amigo e cabe a vingança. Muitos já têm passagem e são reincidentes em crimes previstos no Estatuto do Torcedor, pela violência nos estádios. Alguns por tráfico, mas a maioria por violência nos estádios”, explicou Maggi. 

O crime 

No último dia 21 de maio, Lucas Gabriel Rosendo estava em um ônibus da linha Rio Doce/CDU, a caminho do jogo do Santa Cruz contra o Campinense, que aconteceria no Arruda. O coletivo estava lotado de torcedores tricolores, seguindo para o mesmo destino. Enquanto Lucas desembarcava em Olinda, para pegar um segundo ônibus que o levaria à Zona Norte da cidade, o veículo foi alvo de uma emboscada e uma confusão se iniciou. 

Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram momentos diferentes do crime. A investida ao ônibus, pessoas correndo e se deitando no chão do coletivo, além de vândalos soltando bombas na rua, na tentativa de parar o veículo. Outro vídeo já mostra a vítima caída no chão, coberta de sangue, enquanto os rivais celebram o crime. 

Lucas foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Cidade Tabajara, também em Olinda, onde teve uma parada cardiorrespiratória e morreu no dia 22 de maio. Ele foi agredido com pedras e pedaços de madeira. À polícia, a família de Lucas confirmou que ele também era integrante de torcida organizada. 

“São integrantes da Torcida Organizada Jovem do Sport. Alguns foram presos, hoje, pela agressão, e outros, pela organização. É um crime que vinga um homicídio de fevereiro, quando houve a morte de um torcedor do Sport, da torcida rival, a Jovem. A vítima foi escolhida aleatoriamente porque eles queriam qualquer um com o uniforme do Santa Cruz. Eles tiraram a camisa ensanguentada, já enquanto a vítima estava bastante debilitada, para levar como troféu e postar nas redes sociais. Todos se juntaram com a camisa da vítima [para a foto]”, concluiu o delegado. 

 

Policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam em flagrante, na madrugada desta segunda-feira (10), o responsável por um espancamento que levou à morte de um homem de 39 anos na madrugada de domingo (9), em Perdizes, zona oeste da capital paulista.

"O indiciado estava com o punho lesionado devido às agressões. Ele foi localizado em Francisco Morato (cidade da região metropolitana de São Paulo) e confessou o crime", afirma a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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O autor do crime é um homem de 22 anos, segundo a SSP. Ele foi levado ao DHPP, onde a prisão foi formalizada, e permanece à disposição da Justiça para a conclusão do caso.

De acordo com o G1, o espancamento aconteceu na rua Piracuama, próximo à Avenida Professor Alfonso Bovero. O motivo teria sido um desentendimento durante um jogo de cartas em um posto de gasolina.

O juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara de Registro, no interior paulista, absolveu o procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo, que espancou a chefe Gabriela Samadello Monteiro dentro da Prefeitura de Registro em 20 junho de 2022. O magistrado reconheceu que Demétrius é inimputável - quando um investigado não pode ser responsabilizado pelo crime cometido - após ele ser diagnosticado com esquizofrenia paranoide.

Como 'medida de segurança', foi aplicada ao procurador uma internação em hospital de custódia por três anos. Demétrius já está internado provisoriamente. Na sentença assinada nesta quarta, 14, o juiz Raphael Ernane Neves destaca a 'periculosidade' do procurador e pondera sobre a necessidade de se manter Demétrius segregado para que continue seu tratamento 'em ambiente de custódia adequado'.

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Demétrius foi denunciado por tentativa de feminicídio, coação do curso do processo e injúria. O magistrado entendeu que o cometimento dos crimes era evidente - ponderou, por exemplo, que Demétrius 'tomou contra vítima comportamento que tendia a lhe ceifar a vida'. No entanto, o juiz destacou que, por mais que reconhecido o episódio, o procurador não pode ser responsabilizado penalmente, 'porque não é culpável'.

"O caso, então, é de absolvição imprópria, uma vez que o réu somente se defendeu argumentando não ser capaz de entender o caráter ilícito do fato, tendo efetivamente demonstrado, por perícia médica, que realmente não poderia ser responsabilizado com a resposta própria dos tipos legais que foram reconhecidos como por ele praticados", anotou o juiz.

Ao longo do processo o procurador municipal foi examinado por cinco médicos. Em março, peritos do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (Imesc) atestaram que o procurador apresenta quadro de esquizofrenia paranoide. O documento diz que a doença psiquiátrica que acomete Demétrius 'prejudica sua capacidade crítica e pragmatismo'. "Tais sintomas que estavam presentes à época dos fatos permitem concluir que a capacidade de entendimento encontrava-se prejudicada, enquanto a capacidade de determinação restava abolida", registra o texto.

A avaliação final foi a de que o procurador é inimputável. Os médicos responsáveis pela avaliação recomendaram que o procurador fosse internado por, no mínimo, três anos - sugestão encampada por Raphael Ernane Neves.

A inimputabilidade é prevista no Código Penal. "É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento", estabelece o texto.

As agressões cometidas por Demétrius se deram no dia 20 de junho de 2022 e foram registradas em vídeo. Ele derruba a procuradora-geral de Registro, dá socos e pontapés nela e ainda a chama de 'vagabunda' e 'puta'. Outras servidoras tentaram conter o procurador. Uma delas acabou empurrada com violência contra uma porta.

Demétrius foi preso dias depois, localizado em uma clínica de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. No mesmo dia, ele foi denunciado pelo Ministério Público estadual por tentativa de feminicídio, injúria e coação no curso do processo.

Os promotores de Justiça Ronaldo Pereira Muniz e Daniel Porto Godinho da Silva denunciaram o procurador, narrando que ele, com 'evidente intento homicida, tentou matar' Gabriela, 'por intermédio de violentos golpes desferidos principalmente contra a cabeça' da chefe, 'apenas não se consumando o delito por circunstâncias alheias à vontade do agente'.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ALBERTO ZACHARIAS TORON, QUE REPRESENTA A PROCURADORA ESPANCADA

"A absolvição do Procurador do Município de Registro que brutal e covardemente agrediu sua colega é, na verdade, o resultado do reconhecimento da sua inimputabilidade. Por isso, ele será submetido à internação em manicômio judiciário pelo prazo mínimo de 3 anos. Isso atende perfeitamente os reclamos da acusação e da própria vítima."

Cinco policiais militares foram flagrados espancando um jovem negro, rendido, que havia denunciado ter sofrido racismo em um supermercado de Carapicuíba, na Grande São Paulo. Em uma rua próxima ao estabelecimento, os agentes se revezaram nas agressões e deram um mata-leão no rapaz. O golpe foi proibido na corporação em 2020. 

Dois homens negros, de 19 e 29 anos, se desentenderam com um funcionário do supermercado, localizado no bairro Jardim Ana Estela. O colaborador teria seguido os dois dentro do estabelecimento e os agredido após uma discussão. 

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O 33º Batalhão de Polícia Militar foi acionado para atender a ocorrência na tarde da quinta (23). Já do lado de fora, a discussão continuou entre os agentes e os denunciantes. O vídeo da ação mostra o mais novo no chão, recebendo chutes e socos dos policiais, que se revezam nas agressões.

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Segundo a versão da corporação publicada pelo R7, os homens entraram em luta corporal com os policiais. O de 29 anos teria tentado fugir e o mais novo foi detido após pular telhados das casas vizinhas e cair dentro de uma residência. Ele é o que aparece nas imagens. 

Após as agressões, os dois foram levados à delegacia e liberados em seguida. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que um inquérito policial militar foi instaurado para apurar os fatos.

Os policiais envolvidos no espancamento deixaram as ruas e foram realocados em serviço administrativo até a conclusão das investigações, prevista para os próximos 60 dias. 

Os peritos do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (Imesc) atestaram que o procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo - que espancou a chefe Gabriela Samadello Monteiro dentro da Prefeitura de Registro em 20 junho de 2022 - apresenta quadro de esquizofrenia paranoide.

De acordo com o laudo, o procurador é considerado inimputável - ou seja, não pode ser responsabilizado pelo crime cometido. Os médicos responsáveis pela avaliação recomendam que ele seja internado por, no mínimo, três anos.

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Segundo o laudo de 17 páginas subscrito pelos peritos Luiz Felipe Rigonatti, Patricia A. P. Cardoso e Elcio Rodrigues da Silva, a doença psiquiátrica que acomete o procurador "prejudica sua capacidade crítica e pragmatismo'.

"Tais sintomas que estavam presentes à época dos fatos permitem concluir que a capacidade de entendimento encontrava-se prejudicada, enquanto a capacidade de determinação restava abolida", registra o texto.

O documento elaborado a pedido do juízo da 1ª Vara Judicial de Registro, no Vale do Ribeira, 190 quilômetros da capital paulista, foi juntado na terça-feira, 14, ao processo a que o procurador responde por tentativa de feminicídio. A perícia foi realizada no dia 12 de dezembro de 2022.

As agressões cometidas por Demétrius se deram no dia 20 de junho de 2022 e foram registradas em vídeo. Ele derruba a procuradora-geral de Registro, dá socos e pontapés nela e ainda a chama de 'vagabunda' e 'puta'. Outras servidoras tentaram conter o procurador. Uma delas acabou empurrada com violência contra uma porta.

Demétrius foi preso dias depois, localizado em uma clínica de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. No mesmo dia, ele foi denunciado pelo Ministério Público estadual por tentativa de feminicídio, injúria e coação no curso do processo.

Os promotores de Justiça Ronaldo Pereira Muniz e Daniel Porto Godinho da Silva narraram que o procurador, com 'evidente intento homicida, tentou matar' Gabriela, 'por intermédio de violentos golpes desferidos principalmente contra a cabeça' da chefe, 'apenas não se consumando o delito por circunstâncias alheias à vontade do agente'.

Aos médicos responsáveis pelo laudo psiquiátrico, Demétrius comentou sobre o dia do crime. Segundo ele, na ocasião, Gabriela estava conversando com um outro servidor, 'dizendo para prestar outros concursos'. O procurador disse ter achado 'que a conversa era para ele, que ele não era bem-vindo no ambiente'.

"Então sentiu muita raiva e a agrediu", descreve o laudo. "Uma outra funcionária os separou, mas ainda estava com muita raiva, se desvencilhou e a agrediu de novo. Parou de a agredir sozinho, não sabe o motivo. Começou a dizer palavrões."

Segue o laudo. "Acredita que estava sendo vítima de assédio moral. Já tinha feito denúncia ao prefeito, que não tomou nenhuma atitude. A noiva dizia para ele se concentrar no trabalho. Achou que a agressão seria uma forma de resolver o problema. Acredita que agiu de forma instintiva para se defender."

O procurador ainda disse aos médicos que agora "entende que foi um equívoco', 'mas não sente que deveria estar em tratamento médico, hoje ou à época". Atualmente, o procurador está custodiado no Centro de Detenção Provisória de Taiúva, no interior de São Paulo. Lá faz uso de medicações diariamente. Aos peritos que o avaliaram, o procurador disse "não ter nenhum transtorno mental".

Um comerciante de 46 anos foi encurralado, arrastado para fora do próprio carro e espancado por usuários da Cracolândia de São Paulo às 19h desta segunda-feira (12). O ataque aconteceu embaixo do Elevado João Goulart (Minhocão). Guardas civis metropolitanos e policiais militares chegaram ao local pouco tempo depois do início da ocorrência, mas não efetuaram prisões.

O local do ataque corresponde ao novo endereço adotado pelos usuários da Cracolândia, na Avenida São João, altura do número 1723. Antes instalados na Rua Helvétia, no bairro dos Campos Elíseos, eles têm migrado dali para o vão do elevado, ocupando os quarteirões seguintes e por vezes interrompendo o trânsito da região.

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Pelas imagens, é possível ver que um grupo de ao menos dez pessoas arrasta a vítima (vestida de camiseta vermelha) para fora do próprio veículo e começa a atacar o homem com socos, chutes e pisões. Enquanto ele é agredido, um casal invade o carro, ao mesmo tempo em que um agente da Guarda Civil Metropolitana e outro da Polícia Militar chegam ao local.

Segundo o relato da vítima, ele estava dirigindo pela Avenida São João quando foi cercado por usuários da Cracolândia que começaram a bater nos vidros e na lataria do carro. Após o ataque, a orientação do policial militar presente no local foi para que o comerciante registrasse um boletim de ocorrência online.

Na tarde desta terça-feira, 13, policiais civis da 1ª Delegacia Seccional Centro realizaram uma nova etapa da Operação Caronte nas redondezas da Rua dos Gusmões, na República, para identificar os usuários vistos no vídeo. "Ser dependente químico não é salvo conduto para a prática de delitos", aponta o delegado Roberto Monteiro, em entrevista ao Estadão.

Segundo Monteiro, alguns usuários responsáveis pelo cerco ao comerciante já migraram do local e foram identificados. Ao todo, a Polícia Civil buscou 17 suspeitos com mandado de prisão por tráfico e outros delitos.

"O fato foi presenciado por um policial militar que não os prendeu em flagrante, que seria o caso. Agora, cabe à Polícia Civil identificá-los e prendê-los", observa o delegado.

A operação continuou até o início desta noite e segue nos próximos dias com trabalho de investigação e identificação dos outros suspeitos. O total de pessoas detidas ainda não foi divulgado pela Polícia Civil.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que os agentes da Guarda Civil Metropolitana apenas "prestaram apoio" à ocorrência e que demais detalhes são de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP).

Procurada pelo Estadão, a SSP não comentou o caso nem explicou por que o policial militar não prendeu em flagrante nenhum dos envolvidos no ataque.

O juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara de Registro, no Vale do Ribeira, em São Paulo, marcou para o dia 12 perícia psiquiátrica do procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo, réu por espancar a procuradora-chefe Gabriela Samadello Monteiro de Barros dentro da prefeitura em junho passado. O procedimento será realizado a pedido da defesa de Demétrius, que ingressou com um incidente de insanidade mental na Justiça. Os advogados do procurador de 34 anos sustentam que ele sofre de uma doença psiquiátrica, com surtos psicóticos, e precisa de tratamento.

Quando foi preso, três dias depois de agredir sua chefe na Procuradoria Municipal, Demétrius foi localizado em uma clínica médica em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo. Alvo de prisão preventiva - sem data para acabar - o procurador está custodiado na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista, enquanto responde à ação penal por tentativa de feminicídio, injúria e coação no curso do processo. O criminalista Alberto Zacharias Toron atua no processo como assistente da acusação.

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No último dia 23, a Justiça negou um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil para que Demétrius, que é advogado, fosse transferido para sala de Estado Maior da Polícia Militar em São Paulo. A avaliação do juiz Raphael Ernane Neves foi a de que a transferência não é necessária, uma vez que o procurador está em ala separada e "em instalações condignas com sua condição de advogado".

"A despeito de habitar com frequência o isolamento, em razão de seu comportamento arredio também amplamente noticiado, consoante também relatou a autoridade do estabelecimento, o demandado de regra permanece detido em local diferenciado, como lhe garante a distinção decorrente de seu grau como causídico. Nessa linha, sendo garantida a permanência em local condigno e separado, como no caso, tenho que respeitada a regra do art. 7º, V da lei 8.906/94, não havendo necessidade de se efetuar transferência de estabelecimento, menos ainda, de concessão de prisão domiciliar", ressaltou o magistrado no despacho de 23 de novembro.

Um dia antes, Demétrius teve um ataque de fúria na cela de isolamento do presídio, quebrando um lavatório e pratos de material plástico usados para sua alimentação. Com o estrado da cama ele quebrou o vidro da cela.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, o advogado responde a procedimentos apuratórios disciplinares "em razão de desobediência à ordem de servidor, falta de urbanidade com os colegas de cela, e por descumprir os deveres referentes à manutenção de higiene pessoal e da cela".

A defesa apresentou à Justiça laudo do famoso psiquiatra forense Guido Palomba indicando que Demétrius sofre de esquizofrenia paranóide, estando sujeito a surtos psicóticos e alucinações. Ao Estadão, o advogado do procurador chegou a sustentar que Demétrius possui doença psiquiátrica grave e incurável, que é causadora dos distúrbios que o levaram à prisão e que continuam se manifestando devido à falta de tratamento adequado.

Quatorze pessoas, entre elas três mulheres, foram espancadas nesta quarta-feira (23), por ordem de um tribunal afegão do regime talibã, que as declarou culpadas de "crimes morais" e de roubo – informou um funcionário provincial de alto escalão.

Estas são as primeiras flagelações confirmadas desde que o líder supremo dos talibãs, Hibatullah Akhundzada, ordenou, em meados do mês, a aplicação da lei islâmica ("sharia") em sua totalidade. Nela, estão previstos apedrejamentos, execuções públicas, chicotadas e, no caso de ladrões, a amputação de membros.

Os condenados não foram açoitados em público, disse à AFP o chefe de Informação e Cultura da província de Logar (leste), Qazi Rafiullah Samim, acrescentando que as maiores punições foram de "39 chicotadas".

Há mais de um ano, as redes sociais estão repletas de fotos e de vídeos de flagelações públicas aplicadas pelos talibãs a pessoas acusadas de diferentes delitos.

Outros informes relatam flagelações por adultério em áreas rurais, depois da oração muçulmana às sextas-feiras. Não foi possível confirmar estas informações com fontes independentes.

Akhundzada não foi filmado, nem fotografado, desde a volta dos talibãs ao poder em agosto de 2021. Ele governa de Kandahar (sul), berço do movimento fundamentalista islâmico.

Em seu primeiro mandato no Afeganistão (1996-2001), os talibãs infligiam regularmente punições corporais em público, incluindo açoitamentos e execuções no estádio nacional de Cabul.

A Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira, 28, a denúncia do Ministério Público do Estado contra o procurador municipal de Registro, no Vale do Ribeira, Demétrius Oliveira de Macedo, que espancou a procuradora-chefe Gabriela Samadello Monteiro de Barros dentro da prefeitura.

A decisão é do juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara de Registro, e torna o procurador réu por tentativa de feminicídio. Macedo foi preso preventivamente após um vídeo com as agressões vir a público. Ele terá dez dias para apresentar sua defesa prévia.

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"O Ministério Público apresentou descrição suficiente dos fatos criminosos relacionados à ofensa à integridade corporal", diz um trecho da decisão.

As agressões ocorreram no último dia 20, após a abertura de um processo disciplinar contra o procurador motivado pela agressividade no trabalho.

O episódio foi registrado em vídeo. Após derrubar Gabriela, ele dá socos e pontapés na procuradora, a quem é subordinado. Também a chama de "vagabunda" e "puta". Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.

A procuradora registrou um boletim de ocorrência. Em um primeiro momento, o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial de Registro, não prendeu Macedo em flagrante. Com a repercussão do caso, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do procurador. Ele foi encontrado em um hospital psiquiátrico, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

Antes de espancar a procuradora-geral de Registro, no Vale do Ribeira, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, o também procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo vinha mostrando um comportamento violento no trabalho. Ele foi preso preventivamente após as agressões.

Mensagens trocadas entre Gabriela e a agente administrativa Thainan Maria Tanaka, que também trabalha na Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos e Segurança Pública, indicam que os funcionários do setor tinham medo do procurador. Segundo as conversas, reveladas pelo G1, os servidores evitavam ficar sozinhos com Macedo.

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"Se não tiver ninguém na fala, a gente sai. E também para sempre ter testemunhas das coisas", sugere a procuradora-chefe. "Ficar depois do horário é perigoso também", acrescenta Thainan.

Em outro trecho, as duas relatam "ansiedade" e "pesadelos". "Hoje estou bem ansiosa. Eu estava com tremedeira", conta Gabriela.

As mensagens foram trocadas entre os dias 27 e 30 de maio. As agressões contra Gabriela ocorreram na segunda-feira, 20, após a abertura de um processo disciplinar contra o procurador motivado pela agressividade contra os colegas.

O episódio foi registrado em vídeo. Após derrubar Gabriela, ele dá socos e pontapés na procuradora, a quem é subordinado. Também a chama de "vagabunda" e "puta". Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.

A procuradora registrou um boletim de ocorrência. Em um primeiro momento, o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial de Registro, não prendeu Macedo em flagrante. Com a repercussão do caso, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do procurador. Ele foi encontrado em um hospital psiquiátrico, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. O Ministério Público do Estado também entrou com uma denúncia contra o procurador municipal por tentativa de feminicídio.

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A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça nesta quarta-feira, 22, a prisão preventiva do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu brutalmente na segunda-feira, 20, a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, na segunda-feira, 20. Segundo o governo estadual, o delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, solicitou a prisão na 1ª Vara Criminal do município, do interior paulista.

O caso foi registrado em um boletim de ocorrência ainda na segunda, como lesão corporal e desacato, mas não ocorreu prisão em flagrante na data. No momento, a procuradora ainda apresentava ferimentos e sangramento no rosto após os repetidos chutes, cotoveladas, socos e empurrões. Parte das agressões físicas e verbais foi registrada em vídeos por testemunhas.

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Dois dias após as agressões, o delegado identificou que o procurado "vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública", segundo informações do governo. Os vídeos da agressão e o depoimento da procuradora-geral foram utilizados para fundamentar o pedido de prisão preventiva.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou o pedido de prisão nas redes sociais. "A agressão do procurador de Registro a uma colega não ficará impune. A Polícia Civil acaba de pedir a prisão do agressor Demétrius Macedo. Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher", publicou.

Em depoimento à polícia, Gabriela contou acreditar que as agressões ocorreram por ter aberto uma proposta de procedimento administrativo contra Macedo, encaminhada à Secretaria de Administração, após ser procurada por uma funcionária sobre atitudes hostis no ambiente de trabalho. Na segunda-feira, horas antes do episódio de violência, uma publicação do Diário Oficial determinou a criação de uma comissão para apurar a situação.

Segundo o depoimento, o espancamento ocorreu no ambiente de trabalho por volta das 16h50 de segunda-feira. Primeiro, ela foi atingida por uma cotovelada e, mesmo após cair no chão, foi agredida em diversas partes do corpo, principalmente na região do rosto e da cabeça.

Na sequência, uma funcionária tentou conter as agressões e foi também empurrada e atingida. Outra procuradora chegou a intervir, enquanto a violência e insultos verbais seguiram, até que conseguiu resgatar Gabriela. Outros servidores teriam chegado ao local e conseguiram conter Macedo.

Em nota, a prefeitura manifestou "o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora"."A administração municipal está tomando as providências necessárias", destacou. "Os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico."

A prefeitura de Registro determinou a suspensão preventiva por 30 dias do procurador. A decisão foi publicada no Diário Oficial da cidade na terça-feira, 21, e prevê ainda a suspensão do pagamento de vencimentos durante o período.

Segundo a legislação municipal, a suspensão pode ser prorrogada por mais 30 dias, se "houver necessidade de seu afastamento para apuração da falta a ele imputada". Em vídeo, o prefeito Nilton Hirota (PSDB) manifestou indignação com a agressão, que chamou de "execrável", e disse que vai tomar todas as providências necessárias, respeitando as orientações legais. "Vamos tomar todas as medidas dentro dos trâmites da lei, observando o Estatuto do Servidor."

A OAB/SP também anunciou ter determinado a instauração de ofício de representação contra o procurador e o início dos trâmites processuais "necessários à suspensão preventiva do acusado" do exercício da advocacia. Segundo a instituição, ele será notificado a comparecer e "manifestar-se a respeito dos fatos para deliberação pela Turma do TED competente, que deverá concluir o processo disciplinar no prazo máximo de 90 dias".

Já o Ministério Público de São Paulo designou dois promotores de Justiça para apurar o caso. "Os promotores contataram a vítima para orientá-la e colher os primeiros subsídios para a apuração dos fatos logo depois do episódio, que também é acompanhado pelo Núcleo de Gênero do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim)", informou em nota.

O Estadão não conseguiu contato com o procurador.

A prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, determinou a suspensão preventiva por 30 dias do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu brutalmente a colega de trabalho Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, procuradora-geral do município. A decisão foi publicada no Diário Oficial da cidade na terça-feira, 21, e prevê ainda a suspensão do pagamento de vencimentos durante o período.

O caso também foi registrado em um boletim de ocorrência na segunda-feira, 20, como lesão corporal e desacato. No momento, a procuradora ainda apresentava ferimentos e sangramento no rosto após os repetidos chutes, cotoveladas, socos e empurrões. Parte das agressões físicas e verbais foi registrada em vídeos por uma testemunha.

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Já a OAB/SP anunciou, em nota, que "tomou as providências disciplinares cabíveis, enfatizando que seguirá seu firme propósito no combate à violência contra a mulher, seja doméstica, seja em seu local de trabalho".

Segundo a legislação municipal, a suspensão pode ser prorrogada por mais 30 dias, se "houver necessidade de seu afastamento para apuração da falta a ele imputada". Em vídeo, o prefeito Nilton Hirota (PSDB) manifestou indignação com a agressão, que chamou de "execrável", e disse que vai tomar todas as providências necessárias, respeitando as orientações legais. "Vamos tomar todas as medidas dentro dos trâmites da lei, observando o Estatuto do Servidor."

Em depoimento à polícia, Gabriela contou acreditar que as agressões ocorreram por ter aberto uma proposta de procedimento administrativo contra Macedo, encaminhada à Secretaria de Administração, após ser procurada por uma funcionária sobre atitudes hostis do colega no ambiente de trabalho. Na segunda-feira, horas antes do episódio de violência, uma publicação do Diário Oficial determinou a criação de uma comissão para apurar a situação.

Segundo o depoimento, o espancamento ocorreu no ambiente de trabalho por volta das 16h50 de segunda-feira. Primeiro, ela foi atingida por uma cotovelada e, mesmo após cair no chão, foi atingida em diversas partes do corpo, principalmente na região do rosto e da cabeça.

Na sequência, uma funcionária tentou conter as agressões e foi também empurrada e atingida. Outra procuradora chegou a intervir, enquanto a violência e insultos verbais seguiram, até que conseguiu resgatar Gabriela. Outros servidores teriam chegado ao local e conseguiram conter Macedo.

Em nota, a prefeitura manifestou "o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora". "A administração municipal está tomando as providências necessárias", destacou. "Os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico."

O Estadão não conseguiu contato com o procurador.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra uma mulher espancando um homem após ter sido assediada por ele. A imagem registra o momento em que o suspeito entra no estabelecimento e passa a mão na coxa da mulher, que o agride em seguida.

Segundo o site Porto Alegre 24 Horas, a mulher se chama Miriam e tem 22 anos. Ela seria frentista de um posto de combustível localizado em Porto Alegre-RS, onde o caso foi filmado. O fato teria acontecido no útimo domingo (15).

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O vídeo mostra que o homem chega a cair no chão enquanto leva socos da mulher. Ele conseguiu fugir do local.

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A ex-presidente Dilma Rousseff entrou com ação de indenização por danos morais contra o ex-secretário de Saúde de Minas Gerais Carlos Eduardo Amaral em razão de uma publicação em que ela é retratada com lesões de espancamento - uma montagem veiculada no Instagram de Amaral no final de março. A petista pede que o ex-integrante do governo de Romeu Zema (Novo) e pré-candidato ao cargo de deputado federal por Minas Gerais seja condenado a pagar R$ 50 mil por causa do post e ainda se retrate publicamente.

No documento enviado à 3ª Vara Cível de Juiz de Fora, os advogados da ex-presidenta dizem que, ao usar 'uma imagem ofensiva a respeito da petista 'para reproduzir discriminações construídas socialmente e reforçar violências contra o sexo feminino', Amaral causou à petista 'danos morais dignos de reparação'.

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"Aqui, observa-se que a autora teve a sua imagem alterada para simular um espancamento, o que por si só já é gravíssimo, como também foi alvo de um estereótipo de gênero, qual seja, o de que mulheres são burras e, por isso, devem permanecer caladas, sob pena de violência física. Além disso, houve violência política de gênero, na medida em que condutas como a do réu visam a desestimular a participação das mulheres no debate político", sustentam os representantes de Dilma na ação.

Além do processo ajuizado no âmbito cível, os advogados de Dilma ainda apresentaram ao Ministério Público Federal uma notícia de fato (pedido de investigação) contra Amaral, por crime de violência política. O documento sustenta que a publicação do pré-candidato à Câmara dos Deputados não só atacou diretamente a ex-presidenta, mas consistiu em 'abominável golpe a todas as mulheres, pois, a partir do seu simbolismo, retrata mais uma forma de intimidá-las de expressarem as suas ideias e de participarem do debate político'.

"Não há dúvidas de que a intenção do noticiado foi de humilhar, constranger e ridicularizar a noticiante, com o propósito específico de minar seus direitos políticos. A fotografia da noticiante "espancada" com os dizeres "falou besteira leva um tapa? Se essa moda pega!" leva a uma só conclusão: o noticiado buscava impedir que a noticiante se expressasse livremente e manifestasse suas opiniões políticas, valendo-se do estereótipo de gênero de que pessoas do sexo feminino geralmente falam "bobagens" e são intelectualmente inferiores.", registra trecho da notícia de fato.

No centro da ação apresentada à Justiça e da notícia de fato entregue ao Ministério Público está uma publicação feita na página do Instagram de Amaral, em 29 de março. No post, a foto de Dilma foi editada para simular hematomas e escoriações no rosto da petista, e era acompanhada das frases: "Falou uma besteira leva um tapa? Se essa moda pega!". A postagem foi realizada no dia seguinte à cerimônia do Oscar, na qual o ator Will Smith deu um tapa na cara do comediante Chris Rock, após uma 'piada' sobre a doença da atriz Jada Smith.

Posteriormente, Amaral acabou apagando a publicação e divulgou vídeo em que diz 'não teve a intenção de promover a violência, mas sim de fazer uma sátira com a ex-presidente', dizem os advogados de Dilma. No entanto, os representantes da petista alegam que a exclusão da publicação 'não minimiza o dano à honra e à imagem da ex-presidente, que já havia se concretizado, tampouco o discurso discriminatório camuflado de manifestação humorística sarcástica, que não tem outra função senão a de reforçar estereótipos de gênero'.

COM A PALAVRA, CARLOS EDUARDO AMARAL

A reportagem buscou contato com o ex-secretário até a publicação desta matéria, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.

Um personal trainer, de 31 anos, é investigado por espancar um homem em situação de rua no bairro de Jardim Roriz, em Planaltina, no Distrito Federal. A ação ocorreu na última quarta-feira (9), após o educador físoco flagrar a esposa fazendo sexo dentro do carro com o sem-teto.

O momento foi registrado por uma câmera de segurança do local. As imagens mostram o marido agredindo o outro homem fora do veículo com chutes e socos. A agressão foi registrada na Polícia Civil. Confira o vídeo:

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No boletim de ocorrência é apontado que o personal interpretou que a esposa, de 33 anos, estava sendo estuprada. Além disso, ele teria afirmado aos policiais que a mulher passa por problemas psicológicos. O caso é investigado pela 16ª Delegacia de Polícia, de Planaltina. O sem-teto, assim como, a mulher e o marido foram levados a uma unidade de saúde.

Áudio

Após a repercussão do caso, a TV Globo obteve um áudio em que a esposa do educador físico diz ter visto "imagens do marido e de Deus" na vítima e, por isso, teve relações sexuais com ele. Nesse mesmo arquivo, a mulher relata que estava com a sogra ajudando pessoas em vulnerabilidade.

Em determinado momento, as duas se separaram. Na ocasião, ela foi abordada pelo homem agredido que, segundo a mulher, pediu dinheiro. Sem valores, o sem-teto pediu para ver a bíblia que ela carregava e, em seguida, solicitou um abraço. Após isso, de acordo com o áudio, os dois entraram no carro.

"Ele me pediu abraço e eu abracei. Antes disso, ele queria fazer carinho nos meus pés, e aí quando a gente sentou no banco, pediu pra cuidar de mim e começou a fazer carinho no meu pé. Senti uma coisa tão boa que, naquela hora, eu não enxergava meu marido. Aí depois disso ele perguntou se eu queria levar ele para algum lugar, eu disse que queria enxergando ele como meu marido”, relatou.

E continuou: “Eu o tempo todo confusa, às vezes enxergava ele como Deus e às vezes como meu marido. Ele ainda perguntou, eu estava com o coração aflito. Tem a foto, teve uma hora que todas as coisas que ele falava pra mim fazia sentido com tudo que eu estava enxergando. Teve momento que ele me pediu um beijo, mas antes ele falou um palavrão e mexeu na genitália na frente da minha sogra e antes disso pediram pra eles saírem, eu falei que era para elas saírem pra eu viver meu propósito. Minha sogra tentou me puxar e eu disse que ia no meu propósito".

A mulher também afirma que a sogra a repreendeu e avisou que se o filho visse mataria o homem. "A gente saiu depois do beijo e disse que 'ia' com ele, ele marcou comigo na rodoviária”, afirmou.

Uma estudante do ensino médio da rede estadual de ensino foi vítima de transfobia na manhã da quarta-feira (9) em um caso que gerou briga generalizada entre estudantes da escola Galdino Pinheiro Franco, na cidade de Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo. A aluna trans, que é menor de idade e teve identidade preservada, foi alvo de agressões físicas e xingamentos por parte de outros adolescentes.  

Após ter sido tratada pelo pronome masculino pelos colegas de classe, a vítima reagiu, tendo chutado carteiras e assentos da sala de aula. Na confusão, um dos objetos teria atingido uma outra aluna, o que desencadeou uma reação de outros estudantes; em seguida, um grupo se uniu para agredir a jovem trans.  

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Toda a briga ocorreu durante o intervalo. Nas imagens é possível ver a aluna sendo agredida com socos e pontapés em um corredor da escola. 

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A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (Seduc-SP) afirmou que repudia toda e qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar. "O caso seguirá sendo apurado pela Pasta, assim como pela DE e a direção da escola, para uma conclusão assertiva", diz o posicionamento.

Apesar da instituição pertencer ao Estado de São Paulo, o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), emitiu nota de repúdio ao acontecimento e se mostrou disposto a prestar assistência à vítima. “Como prefeito e, principalmente, como pai, os meus sinceros sentimentos a essa aluna. Todas as pessoas merecem respeito, dignidade e têm o direito de serem quem elas quiserem ser. Contem conosco para uma cidade segura e cada vez mais educativa”, escreve o gestor. 

O Fórum Mogiano LGBT realiza a acolhida da vítima e dos familiares. “Recebemos essa denúncia através das redes sociais e estamos tentando, por diferentes modos, fazer contato com a vítima e com a família para dar o acolhimento necessário e cobrar providências por parte do poder público”, afirma a presidente e fundadora Regina Maria Tavares. 

Confira a nota da Seduc:

“A Diretoria de Ensino (DE) de Mogi das Cruzes esclarece que o episódio ocorrido nesta quarta-feira (9) na EE Galdino Pinheiro Franco foi pontual, e que a direção da escola agiu assim que tomou conhecimento. A Ronda Escolar foi acionada para garantir a segurança dos estudantes e os familiares do envolvidos foram chamados pela direção da unidade, a fim de dar ciência dos fatos. O caso seguirá sendo apurado pela Pasta, assim como pela DE e a direção da escola, para uma conclusão assertiva. A equipe do Conviva, programa de convivência e segurança da Seduc-SP, foi acionada para dar suporte à comunidade escolar e o caso foi registrado no Placon, sistema do programa que tem como principal objetivo monitorar a rotina das escolas da rede estadual. A unidade escolar também dispões da assistência do Programa Psicólogos na Educação, que poderá ser acionado para auxiliar no caso, se for necessário.”

 

O quiosque onde o congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, trabalhava, funcionou normalmente enquanto o africano, depois de brutalmente espancado, esperava desmaiado pela chegada do socorro. O garçom morreu na semana passada, após ser agredido por cerca de 15 minutos na Barra da Tijuca,na zona oeste carioca. Segundo Yannick Kamanda, primo do refugiado, relatou à Rede Globo, Moïse foi amarrado e levou golpes com um taco de beisebol e um pedaço de madeira. A família do congolês afirmou que não tem mais vontade de continuar no Brasil.

"Vi meu primo sendo espancado até a morte", disse Yannick durante o programa 'Encontro', da TV Globo. Yannick não estava no local no momento das agressões, mas teve acesso às imagens das câmeras do quiosque. "Tudo partiu do responsável pelo quiosque à noite."

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De acordo com Yannick, Moïse fora ao estabelecimento cobrar o pagamento de uma diária - o valor seria em torno de R$ 200. O garçom trabalhava lá, sem vínculo empregatício, e era pago por dia. Houve uma discussão, e o responsável pelo quiosque pegou um pedaço de madeira. Revoltado com a situação, o congolês então pegou uma cadeira de madeira para se defender. Mas, segundo Yannick, não chegou a agredir ninguém com ela. Foi nesse momento que o responsável pelo estabelecimento pediu a "ajuda" de outros homens.

"Eram cinco pessoas", relatou Yannick. "Assim que vieram os reforços, já arremessaram ele (Moïse) no chão. Um agarrou ele com um mata-leão, um agarrou as pernas e outro já chegou dando madeirada nele", contou. "Apareceu taco de beisebol, madeira."

As agressões só cessaram quando o congolês já estava desacordado.

"Passaram uma corda nas pernas e no pescoço. Começaram a revezar batendo nele. Quando perceberam que ele não tinha mais reação, começaram a dar uns tapas no rosto. Como viram que ele não estava reagindo, se afastaram. O que deu o golpe nele, pegou a faca, cortou as cordas - dá para ver no vídeo -, tentou reanimar, e nada. Nisso aí, tinha outras pessoas observando. E o quiosque funcionando, como se nada estivesse acontecido", narrou Yannick, que afirmou ainda que o SAMU chegou cerca de 40 minutos depois.

Os nomes dos investigados não foram revelados pela Polícia Civil, que afirma que o inquérito é sigiloso. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que já ouviu oito testemunhas. O dono do quiosque onde ocorreu o crime deverá ser ouvido nesta terça-feira, 1.

Mãe de Moïse diz que família quer Justiça

Ivana Lay, mãe de Moïse, disse no "Encontro" que espera que os responsáveis sejam condenados pelo crime.

"Queremos justiça para pegar essas pessoas. Porque se não pegarem, vão fazer o mesmo com outras. Hoje foi o Moïse, e depois?", indagou.

Ivana, que chegou ao Brasil como refugiada do Congo em 2014, três anos após a chegada dos filhos ao País, demonstrou desalento.

"É triste. A gente escolheu o Brasil porque o Rio também tinha negros, e pensamos que iríamos viver aqui com calma, numa boa. Mas, olha hoje: o país que tínhamos na nossa cabeça matou ele", lamentou.

Para um dos irmãos de Moïse, o crime pode ter relação com preconceito.

"A gente acha que tem um pouco disso, porque às vezes eles chamavam nós de angolanos (de forma pejorativa), por causa da cor", disse Djodjo Kabagambe. "Nosso maior sonho era vir pro Brasil, conhecer o país, ficar calmo, poder levar comida pra casa. O maior sonho dele era vir para o Brasil. Olha o que o Brasil fez com nosso irmão."

Sobre o futuro, a família agora cogita em deixar o País. "A gente quer que a Justiça seja feita, embora nenhum de nós queira mais ficar no Brasil", afirmou Yannick.

Um possível agressor que espancou o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 25 anos, na última semana, foi à 34ª Delegacia de Polícia (Bangu), nesta terça-feira (1º), e disse ser uma das pessoas que agrediu o congolês. O suspeito, sem a identidade revelada, afirmou que “teme pela vida” e que “não queria matar o homem, por isso não bateram na cabeça”. Ele também é um dos funcionários do Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde Moïse trabalhava e foi assassinado.

Kabagambe tinha ido ao local que trabalhava como garçom, sem contrato, cobrar duas diárias ainda não pagas, quando foi amarrado e espancado até a morte.

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“A gente não queria tirar a vida de ninguém, nada disso era porque ele era negro ou de outro País”, afirmou o suspeito ao SBT Rio.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito esteve na unidade na manhã desta terça-feira (1º), e já foi encaminhado para prestar depoimento pelos agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Acompanhado por duas irmãs e um advogado, a família do suspeito o pressionou para se entregar por temer pela sua integridade física. O caso segue em sigilo e ainda sem mandados de prisão expedidos até a publicação desta matéria.

De acordo com o homem que não foi identificado, Moïse tentou agredir um senhor dentro do quiosque e três homens tentaram evitar, iniciando uma sessão de espancamento. A versão, no entanto, é diferente do que a família do congolês conta após ter visto nas imagens de segurança a vítima cobrando o valor de duas diárias de trabalho e sendo atacado por cinco homens.

Segundo o suspeito, ele tentou se entregar à Polícia duas vezes desde a noite do acontecido, no dia 24 de janeiro, mas que o órgão “não aceita”. “Disseram que não tinha nada contra mim”. Ele também afirmou que a agressão foi feita por “impulso”. “Ninguém devia nada a ele. Foi um fato que, no impulso, a gente agiu. Vimos ele com a cadeira na mão e fomos tentar ajudar o senhor”, contou.

Em áudios divulgados pelo SBT, o homem afirma não ser racista, que Moïse estava embriagado e tentou agredir um senhor com uma cadeira do quiosque. O suspeito contou que iria dormir no quiosque e que as agressões aconteceram próximo do horário de fechamento.

“A gente se meteu e demos umas porradas nele. Só que o cara não resistiu. Estou falando a verdade, a gente não foi para matar ele, tanto que não batemos na cabeça. Não foi por querer, mas acabei tirando a vida de uma pessoa. A gente foi defender uma pessoa, entendeu? Acabou acontecendo essa fatalidade”, defendeu o suspeito.

A Polícia Civil do Rio investiga a morte por espancamento do congolês Moise Kabamgabe, de 24 anos. Ele morava no Brasil desde 2014, trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Segundo parentes, o africano morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho, na última segunda-feira, 24. A família só ficou sabendo do caso na manhã de terça-feira, 25, mais de doze horas após a morte dele.

Kabamgabe chegou ao Brasil em 2014, com a família, fugindo da guerra no Congo. Familiares relataram que trabalhava como garçom, sem contrato, ganhando diárias em um quiosque da orla da Barra da Tijuca. Na segunda-feira foi ao local para cobrar duas diárias ainda não pagas. Então, foi amarrado e espancado, inclusive com um taco de basebol, segundo familiares. Parentes disseram ainda que os órgãos de Kabamgabe teriam sido retirados do seu cadáver.

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Parentes e amigos do congolês fizeram um protesto no sábado, 29, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Denunciaram o caso e exigiram que os culpados pelo assassinato sejam punidos.

Polícia diz que investiga o caso

A Polícia Civil informou em nota que "as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC)", que foi realizada perícia no local e imagens de câmeras de segurança já foram analisadas. "Diligências estão em curso para identificar os autores", afirma a nota.

Segundo a polícia, a informação de que os órgãos foram retirados do corpo da vítima não procede. "O laudo mostra que o corpo chegou ao IML sem nenhuma lesão no tórax além daquelas que causaram a morte. As imagens do exame de necropsia mostram o tórax aberto com os órgãos dentro", afirma a nota.

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