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Onze pessoas que integravam dois grupos que recrutavam dependentes químicos, alcoólatras e pessoas com problemas financeiros para quebrar braços e pernas e fingir acidentes, o que possibilitava receber dinheiro de seguros, foram detidas em Palermo, sul da Itália, informaram autoridades locais.

Entre os detidos está uma enfermeira que fornecia analgésicos às vítimas para tentar reduzir o desespero no momento das fraturas, provocadas com pesos como os utilizados nas academias de ginástica.

As vítimas eram abandonadas à beira de uma estrada nas proximidades de Palermo, onde falsas testemunhas descreviam o acidente aos serviços de emergência.

Os grupos criminosos prometiam às vítimas 30% do dinheiro do seguro, que dependendo da gravidade das lesões poderia alcançar até 150.000 euros.

Mas de acordo com a polícia, as vítimas recebiam entre 50 e 100 euros, apenas, inclusive quando as lesões as deixavam em cadeiras de rodas ou incapacitadas por vários meses.

O chefe de polícia de Palermo, Roberto Ruperti, afirmou que esta foi a primeira vez que descobriu um comércio criminoso tão cruel.

A investigação policial começou em janeiro de 2017, quando um tunisiano foi encontrado morto, com várias fraturas, ao que tudo indicava depois de um atropelamento.

Os médicos legistas descobriram durante a necropsia que as fraturas não correspondiam a um acidente, que não havia rastros do automóvel e que as declarações dos peritos não faziam sentido.

Entre os detidos está um perito de seguros, considerado o chefe de um dos grupos.

A presidente Dilma Rousseff encaminhou na quarta-feira, 11, ao Congresso Nacional textos de três projetos de lei. As mensagens de envio estão publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) com data da quarta-feira. Os textos não trazem o teor das mudanças propostas.

O primeiro projeto "abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor de Encargos Financeiros da União, crédito suplementar no valor de R$ 1.908.053.072,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente".

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O segundo texto "altera o Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados e regula as operações de seguros e resseguros".

O terceiro projeto enviado "dispõe sobre o Sistema Nacional de Emprego, criado pelo Decreto no 76.403, de 8 de outubro de 1975".

O mercado de seguros projeta um 2016 mais desafiador do lado operacional, com aumento da sinistralidade como reflexo da crise no País, mas ainda assim espera sustentar expansão de prêmios de dois dígitos no próximo ano. Haverá, de qualquer forma, uma desaceleração desses prêmios e o resultado financeiro crescerá de modo mais contido, obrigando as companhias do setor a serem mais competitivas em preço, mesmo que essa postura signifique sacrificar um pouco as margens do segmento.

Depois de sentir a crise de modo mais forte no terceiro trimestre, o mercado de seguros revisou suas expectativas para 2015 e também prevê menor avanço neste 2016. Espera alta de 11% nos prêmios emitidos em 2015, contra cerca de 12% estimados no final de 2014 pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). No próximo exercício, o crescimento deve ficar em 10,3%, segundo a entidade.

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"Teremos um crescimento um pouco mais modesto, mas o Brasil ainda tem espaço para crescer em seguros", avalia o superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Roberto Westenberger, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Um dos responsáveis pela desaceleração mais rápida do setor, conforme demonstram as projeções da CNseg, é o ramo de saúde complementar. O setor deve crescer 11,4% em 2016, contra projeção de avanço de 13,2% para este ano. Marcio Coriolano, presidente da Bradesco Saúde e da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), explica que a crise econômica e também a Lava Jato, que resultou em várias demissões nas empresas envolvidas, afetam diretamente o setor, que ainda assim mostra "resiliência" pelo fato de o plano de saúde ser um dos últimos itens a entrar na lista de ajuste das famílias.

O segmento também será afetado, conforme Coriolano, em termos de sinistralidade, uma vez que as pessoas que engordam a lista do desemprego tendem a utilizar mais o plano. Gabriel Portella, presidente da SulAmérica, observa, porém, que o mercado está mais bem preparado sob o ponto de vista de gestão de sinistros. "Em 2009, não estávamos preparados e o mercado também não. Agora, as empresas estão mais conscientes, o desenho dos planos mudou, os funcionários participam mais com co-participação", admite o executivo.

Já na área de seguro de automóvel, o mercado prevê leve aceleração. A CNseg espera expansão de 3,9% no próximo ano, contra expectativa de alta de 3,5% em 2015. Como estímulo para o segmento, a despeito da queda nas vendas de automóveis, o presidente do conselho de administração da Porto Seguro e também interino da CNseg, Jayme Garfinkel, cita o seguro popular, que permite a utilização de peças usadas no conserto de carros segurados, atualmente em consulta pública.

"51,9 milhões de veículos com mais de cinco anos de uso não têm seguro. É um mercado que pode passar a ser explorado a partir do seguro popular, que deve ser realidade no ano que vem", avalia ele.

Garfinkel admite, entretanto, que a sinistralidade tende a piorar no segmento, assim como as fraudes, por conta do ambiente atual, mas não projeta um "aumento dramático". Uma alternativa, segundo ele, são produtos securitários mais simples. Ao longo de 2015, a demanda por soluções mais econômicas já aumentou. A Ituran, que vende rastreadores acompanhados de coberturas securitárias mais simples, espera crescimento de cerca de 30% neste ano, enquanto o mercado tradicional de seguro de automóvel cresce menos de 5%.

Aquisições

O próximo ano também deve ser movimentado para o mercado de seguros sob o ponto de vista de aquisições e vendas de carteiras. Há muitas conversas em andamento que podem, já no primeiro trimestre, render negócios. Um deles é a busca da Bradesco Seguros por um parceiro internacional para formar uma joint venture na área de grandes riscos. A alemã HDI, que vai perder o balcão do HSBC para a seguradora por conta da venda do banco inglês ao Bradesco, e a suíça Swiss Re, conforme fontes, estão entre as apostas do mercado.

Também ficou para 2016 a venda da carteira de seguro de vida em grupo do Itaú Unibanco e o que sobrou da Garantec, empresa com foco em garantia estendida. Na área de resseguros, a gestora Vinci Partners colocou à venda o Grupo Austral, que contempla uma seguradora e uma resseguradora. Dentre os players que negociam o ativo, conforme fontes, está a XL Group. A lista de interessados, segundo as mesmas fontes, pode incluir ainda a Swiss Re, a Ace e a Axa. Entre as corretoras, novos negócios também podem ocorrer. Recentemente, a americana Lockton, maior corretora de capital fechado do mundo, adquiriu a brasileira VIS.

Além de aquisições, são esperados desfechos quanto ao futuro do IRB Brasil Re e da Caixa Seguridade. Ambos planejaram abrir capital na bolsa brasileira, mas tiveram seus planos interrompidos diante da deterioração da economia e consequente perda de grau de investimento por parte das agências de rating. No caso da Caixa Seguridade, ainda é preciso negociar com os controladores franceses, a CNP Assurances. Já o IRB tem até 2018 para listar ações no âmbito do processo de desestatização que o transformou em uma empresa privada, mas antecipou os planos em meio à necessidade do governo de ajustar suas contas.

Resultado financeiro

O reforço que as seguradoras tiveram ao longo de 2015 do ponto de vista financeiro, de acordo com executivos, será mais brando no próximo ano. Isso porque, embora as expectativas indiquem novos aumentos de juros, a intensidade menor deve limitar os ganhos. De janeiro a outubro, o resultado financeiro das seguradoras cresceu 39,5%, para cerca de R$ 56 bilhões, segundo dados da Susep. As seguradoras são consideradas grandes investidoras por aplicarem boa parte das chamadas reservas técnicas, recursos acumulados para fazer frente às indenizações futuras, em títulos públicos.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro, o Gaeco de Santa Catarina, a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP do Rio e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar deflagraram, nesta quarta-feira (7) uma operação para cumprir 72 mandados de prisão, sendo três contra PMs, no Rio. A Operação Corte de Seguro tem o objetivo de combater uma quadrilha que fraudava seguros de carros.

A investigação começou há um ano, pelo Ministério Público de Santa Catarina. Há ainda outros 78 mandados de prisão sendo cumpridos em Santa Catarina. Em 19 cidades dos dois Estados, os agentes cumprem também 110 mandados de busca e apreensão. No Rio, a ação mobilizou 300 policiais militares.

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Segundo a investigação, o braço fluminense da fraude é composto por aliciadores, que entravam em contato com donos de veículos segurados no Rio e adquiriam os carros, que eram transportados para Santa Catarina.

No Sul, os veículos eram repassados para receptadores, representantes de estabelecimentos comerciais, que desmontavam os carros para vender as peças no mercado negro. Os donos dos veículos, no Rio, faziam falsos registros de ocorrência por roubo para receberem o dinheiro do seguro.

Segundo o Gaeco, foram identificados crimes como integração de organização criminosa, falsa comunicação de crime, furto, roubo, estelionato, receptação qualificada e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.

Nesta quarta-feira (30), a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) promove palestra gratuita sobre ‘A venda online no mercado segurador - Aspectos jurídicos e impactos nas relações entre as partes envolvidas’. O encontro faz parte do lançamento do MBA em Direito Securitário em Recife. O curso é voltado para profissionais que pretendem atuar no mercado segurador.

A palestra será realizada por Liliana Caldeira, coordenadora do MBA e superintendente Jurídica da Mongeral Aegon. No primeiro semestre de 2015, o setor de seguros registrou crescimento de 22,4% com receitas de R$ 42,5 bilhões, segundo levantamento feito pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). As inscrições para a palestra na Unidade Pernambuco da Escola Nacional de Seguros (Funenseg) devem ser feitas por meio do site da instituição. A Escola fica na Avenida Frei Matias Teves, 280, Sala 819, no bairro da Ilha do Leite.

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O mercado de seguros deve acelerar o ritmo de crescimento no próximo ano e alcançar expansão de 12,4% em relação a 2014, segundo projeção da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Os destaques, conforme a Confederação, serão os segmentos de saúde e previdência privada, com alta de 17,5% e 10,5%, respectivamente.

"Temos expectativa de Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem bastante conservadora. Mesmo em um cenário sem muita expansão da economia, o mercado de seguros vai continuar com sua rota de crescimento na casa de dois dígitos", destacou Marco Antônio Rossi, presidente da CNseg e da Bradesco Seguros.

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A expectativa da CNseg para o segmento de seguro de vida é de 8,7% e para seguros gerais é de avanço de 7,6% no ano que vem ante 2014. Já o segmento de capitalização, segundo Rossi, deve apresentar incremento de 8,0%.

Ele afirmou ainda que o mercado de seguros deve encerrar este ano com crescimento levemente acima da projeção da CNseg, com expansão de 11,2%. Recentemente, a Confederação revisou para baixo sua expectativa para o crescimento do segmento em 2014, que passou de 15,6% para 11%.

Para o segmento de saúde, a CNseg projeta alta de 15,2% este ano ante 2013 e de 11% para previdência privada. Seguros gerais, vida e capitalização devem crescer 9,0%, 5,9% e 5,0%, respectivamente, e na mesma base de comparação.

De janeiro a outubro, considerando saúde até junho, os prêmios do mercado de seguros alcançaram R$ 154,9 Bilhões, aumento de 7,9% em um ano, segundo a CNseg, com base nos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Excluindo saúde, o avanço foi de 8,9%.

Na análise por regiões, os destaques foram Centro-Oeste e Nordeste, com expansões de 14,94% e 9,40%, respectivamente e na mesma base de comparação. Já entre os segmentos, os maiores avanços vieram de saúde e previdência privada.

O desafio para o próximo ano, segundo Rossi, é ampliar a oferta de seguros para os consumidores, oferecendo proteção para os diversos riscos aos quais as pessoas estão expostas. O segmento de pequenas e médias empresas, conforme o presidente da CNseg, é uma oportunidade de crescimento para o setor.

O mercado de seguros hoje representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Há 15 anos, estava em 1%. O patrimônio líquido do segmento atingiu R$ 117,7 bilhões ao final de outubro (sendo saúde com dados até junho), e as provisões técnicas somaram R$ 557,3 bilhões.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição da carteira de seguros de grandes riscos do Itaú Unibanco pela norte-americana ACE. Conforme fato relevante de julho, a ACE pagará R$ 1,515 bilhões em espécie ao Itaú Unibanco e às suas subsidiárias, que alienarão as ações da Itaú Seguros Soluções Corporativas (ISSC).

"Para o Grupo Itaú Unibanco, a operação está associada à estratégia do grupo de comercialização de seguros massificados, tipicamente relacionados ao varejo bancário. Para o Grupo ACE, a operação permitirá complementar e aprofundar a presença do grupo no Brasil". O aval do Cade à operação é assinado pela Superintendência-Geral do órgão e está publicado no Diário Oficial da União.

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Nesta quinta-feira (11), o Sindicato dos Corretores de Pernambuco (Sincor-PE) promove o IV Workshop de Seguros de Pernambuco. O evento, que será realizado no Mar Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, contará com a presença de profissionais do setor, entre corretores, seguradores, empresários e representantes dos sindicatos.

Durante a programação estão previstas várias palestras. Uma delas é com o professor Gustavo Mello, que mostrará como administrar uma corretora de seguros. Para participar, os interessados devem realizar a inscrição através do site do Sindicato. Os investimentos são de R$ 100 para sócio, aluno e professor da Funenseg e R$ 200 para não sócio. Para obter mais informações, os interessados devem ligar para os telefones (81) 3241-3882 ou enviar uma mensagem para o endereço eletrônico sincorpe@sincorpe.org.br.

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IV Workshop de Seguros de Pernambuco

Rua Barão de Souza Leão, 451 - Boa Viagem

(81) 3241-3882 | sincorpe@sincorpe.org.br

 

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) estuda trazer para o Brasil seguro para os participantes de fundos de pensão, afirmou na terça-feira, 26, o superintendente da autarquia, Roberto Westenberger. O objetivo do produto é oferecer proteção para o risco de longevidade. Segundo ele, o produto poderá contribuir para diminuir o efeito da desaceleração econômica no mercado de seguros. Atualmente, a Susep está montando um grupo para estudar as características de seguros para as fundações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No primeiro semestre de 2014, o Seguro DPVAT pagou 340.539 indenizações, um crescimento de 14% na comparação com os seis primeiros meses de 2013. Na mesma base de comparação, as indenizações por morte caíram 13%, enquanto as por invalidez subiram 21%. As informações foram contabilizadas pela Seguradora Líder-DPVAT, administradora do seguro de trânsito obrigatório (DPVAT) no País.

Os acidentes com motociclistas representam 75% dos benefícios pagos pela Seguradora Líder DPVAT no semestre, de 256.387. Já os automóveis foram responsáveis por 23%, com 67.906.

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Região

O Nordeste registrou o maior número de acidentes indenizados pelo Seguro DPVAT (Morte, Invalidez Permanente e Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares), com 34% (113.996) durante o período de abril a junho deste ano. A região possui a terceira maior frota do País. Já o Sudeste, que possui a maior frota, ficou em segundo lugar, com 26% (89.466) das indenizações pagas. As regiões Sul, Norte e Centro-Oeste registraram, respectivamente, 19%, 11% e 10% do total pago.

No Sudeste, as indenizações pagas por morte somam 37% do total pago no primeiro semestre. Nordeste ficou em segundo lugar, com 29%.

Na divisão pelo perfil da vítima, tanto com morte como invalidez, a maioria são homens (75%) e 52% são jovens entre 18 e 34 anos.

As taxas das apólices de seguro, que haviam baixado nos últimos anos, como reflexo da forte concorrência neste segmento, devem subir agora por conta dos vários desastres com aeronaves nos últimos meses. As indenizações às famílias de vítimas em acidentes com aviões de grande porte podem demorar anos para serem concluídas, mas os impactos nos preços internacionais do seguros, como nas recentes ocorrências com dois aviões da companhia Malaysia Airlines, são imediatos.

O ano de 2014 tem sido marcado por um volume inesperadamente alto de acidentes aéreos. Além dos aviões da Malaysia, entre os casos recentes, um acidente durante o pouso com a aeronave da companhia TransAsia com 58 pessoas a bordo, em Taiwan, o principal aeroporto na Líbia foi bombardeado em julho, afetando 20 aviões, e um ataque Talibã provocou estragos em um terminal no Paquistão. Fora isso, cresceram os acidentes de aviões de menor porte, como o que vitimou o candidato à presidência da República, Eduardo Campos, na semana passada.

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"É possível que ocorra um ajuste das taxas. Os preços das apólices no segmento de aviação caíram significativamente nos últimos anos, assim, é esperado que os prejuízos assumidos pelos resseguradores nos últimos anos revertam este movimento de queda nas taxas", admite Daniel Veiga, diretor de Subscrição - Riscos Especiais do IRB Brasil Re, maior ressegurador da América Latina.

Até o começo deste ano, o mercado mundial de seguros para aviões estava mais tranquilo, com menos sinistros e preços em queda. Isso se refletiu na redução substancial do volume de prêmios no mundo nos últimos anos. De cerca de US$ 1 bilhão emitidos em 2005, o total baixou para US$ 650 milhões no ano passado, caracterizando o momento "soft" do mercado, ou seja, muito competitivo e com preços baixos por conta da sinistralidade controlada. Foram menos de 50 grandes acidentes superiores a US$ 1 milhão por ano no mundo desde 2011 quando ocorreu o fatídico "11 de setembro", segundo o especialista Gustavo Mello, da Correcta Seguros, com foco no setor aeronáutico.

Os seguros para aviões são complexos e envolvem valores elevados, por conta dos custos altos das aeronaves e das indenizações em casos de acidente. A principal apólice é a chamada "todos os riscos" ("all risks") e cobre as perdas dos cascos e indenizações a terceiros. No caso da Malaysia Airlines, a cobertura total para cada aeronave é de US$ 2,25 bilhões, por conta dos aviões de maior porte que costuma usar, como os Airbus A380, que transportam cerca de 500 passageiros.

Guerra

As companhias aéreas, incluindo as brasileiras, também costumam contratar a chamada cobertura de guerra principalmente aquelas que voam para locais de maior tensão, como no Oriente Médio. No caso da Ucrânia, muitas seguradoras alertaram para os riscos de voar naquela região por conta do aumento da tensão com a Rússia. Apesar disso, especialistas do setor relatam forte aumento de sinistros nesta cobertura no mundo, batendo em US$ 600 milhões só neste ano, enquanto os prêmios emitidos não chegaram a US$ 70 milhões.

O aumento das taxas para apólice de guerra, conforme Mello, da Correcta, deve se refletir nos preços dos mercados que precisam de resseguro, a exemplo de Índia e Brasil. "O Brasil pagará mais porque tem necessidade de absorver resseguro no exterior. Hoje, uma taxa de cobertura de guerra está em 0,12% do valor do avião. Se houver aumento, pode subir para 0,15%", estima ele.

A proteção para guerra foi acionada no segundo acidente com o avião da Malaysia, um Boeing 777, que levava 298 pessoas a bordo, uma vez que foi atingido por um míssil na região rebelde separatista no leste da Ucrânia. Tal cobertura estava com a seguradora Atrium Underwriting Group, que deverá responder pelo sinistro. "A Atrium e seus cosseguradores trabalharam com a corretora Willis e os advogados e concordaram em acionar a cobertura de guerra", afirmou o presidente da Atrium, Richard Harries, em um comunicado.

No caso do avião MH370, que partiu de Kuala Lumpur à Pequim e desapareceu com 239 pessoas, em março último, também da Malaysia, o risco deve ser rateado entre a Allianz, responsável pela apólice "all risks", e a seguradora que ofereceu a proteção de guerra.

O presidente da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) no Brasil, Angelo Colombo, explica que essa divisão ocorre quando a causa do acidente não é identificada. "Para que os envolvidos não tenham prejuízo e fiquem esperando eternamente, as seguradoras optam pelo rateio e uma vez descoberta a causa do acidente, a seguradora que não teve responsabilidade pela cobertura faz o ressarcimento à outra", disse ao Broadcast.

As seguradoras líderes no segmento de aviação no mundo incluem players como a alemã Allianz, as norte-americanas United States Aviation Underwriters, AIG, e Berkley, a inglesa Lloyds of London e a XL, com sede nas Bermudas. No Brasil, as maiores são a espanhola Mapfre, e as nacionais Itaú, que recentemente vendeu sua carteira de grandes riscos para a americana ACE, e Bradesco, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O mercado brasileiro responde por 20% dos prêmios globais de resseguros, com mais de US$ 152 milhões em prêmios, segundo Mello. Tal volume é explicado pelo tamanho da frota local e demanda de resseguro internacional. No primeiro semestre deste ano os prêmios de seguros somaram R$ 175,4 milhões, aumento de 9,8% ante igual intervalo de 2013.

Depois de anos de trabalho, conquista de clientes e uma posição consolidada no segmento de supermercados, uma das unidades da rede pernambucana Arco-Íris viveu uma cena impressionante. Em maio deste ano, a greve da Polícia Militar de Pernambuco escancarou o que muitos indivíduos, com o enfraquecimento da ordem, são capazes de fazer. Na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, centenas de moradores invadiram a loja e saquearam praticamente todos os produtos. Após o crime, o cenário do comércio foi de destruição e incerteza. Diante do caos, como seria possível reestruturar a loja, que foi praticamente destruída, sem demitir os funcionários ou prejudicar as finanças do empreendimento?

Além do supermercado Arco-Íris, outras empresas, localizadas no município de Abreu e Lima, também na Região Metropolitana do Recife, foram alvo de saques durante a greve da PM. Calçados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, entre outros produtos, foram saqueados, deixando empresários e funcionários no prejuízo. “Nunca vi um coisa dessas. Foi uma reação de tristeza para todos nós. Tenho fé em Deus que vamos recuperar tudo”, disse o gerente da unidade do Arco-Íris, Gerbesson Lins, em depoimento após o crime. São situações dessa gravidade que deixam claro como é importante que os empresários garantam a segurança dos seus estabelecimentos. É por isso que muitos empreendedores, em busca de tranquilidade para seus negócios, firmam contratos de seguros empresariais. No caso do supermercado Arco-Íris, a assessoria de marketing da instituição informou que a empresa tinha seguro, o que proporcionou um planejamento de recuperação após os roubos. Veja abaixo em um vídeo publicado na internet cenas dos roubos:

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Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), do Governo Federal, mostram que mais de um milhão das empresas privadas brasileiras têm seguro empresarial, chamado também de seguro compreensivo empresarial. O setor de comércios, com 554.645 apólices, lidera a relação dos segmentos da economia assegurados. Indústria, serviços e hotéis completam a lista. Ainda segundo a Susep, o total de prêmios de seguros emitidos no ano passado foi de um montante no valor de R$ 2.028.133.024,00.

Principais sinistros - FONTE: Susep

De acordo com o superintendente executivo do Grupo Bradesco Seguros, Almir Ximenes, o seguro empresarial visa garantir o patrimônio de pequenas, médias e até grandes empresas, dependendo do valor total da cobertura básica. Essa cobertura corresponde a incêndio, queda de raio e explosão. “Além da definição deste valor, que pode englobar o imóvel e/ou o conteúdo (mercadorias, matérias primas, máquinas, entre outros), é necessário conhecer a atividade desenvolvida no endereço segurado e algumas características do imóvel, como localização e tipo de construção”, explica o superintendente.

Ainda segundo Ximenes, existem coberturas além da básica. Elas amparam danos por fenômenos da natureza, roubo de mercadorias de valores, danos causados por sobrecorrente e sobretensão em equipamentos e circuitos elétricos e até queda de aeronave, entre outros. “Também podem ser amparados saques em estabelecimentos comerciais, por meio da contratação da cobertura adicional de tumultos. As empresas também podem contratar coberturas que garantam a perda de receita da empresa (lucro e despesas fixas) em decorrência da paralisação da empresa por um incêndio, por exemplo. Outra cobertura importante é a de Responsabilidade Civil, que garante o reembolso de danos causados a terceiros pela operação da empresa”, complementa.

Segundo o corretor de seguros da CRW, empresa atuante no Recife, Cláudio Torres Wanderley, os preços para a contratação dos serviços de cobertura variam conforme a localização dos estabelecimentos, estados físicos das empresas e as atividades exercidas pelo empreendimento. Ele explica que é importante os empresários adquirirem um serviço de tradição no mercado, aliando custo-benefício.

De olho no contrato

Assim como os seguros de outros segmentos, no momento da contratação de um seguro empresarial, o cliente precisa atentar bastante para o contrato fornecido pela instituição
asseguradora. Como exemplo, é necessário verificar as situações cobertas pelo plano. O advogado e mestre em direito corporativo, Marcel Costi, dá dicas importantes sobre o assunto. Confira no vídeo abaixo:

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A resseguradora local IRB Brasil Re apresentou lucro líquido de R$ 226,076 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 62,410 milhões registrado um ano antes. As informações constam em relatório que acompanha as demonstrações financeiras da BB Seguridade e consideram os meses de março, abril, maio e junho. Em relação ao primeiro trimestre, quando o lucro do IRB ficou em R$ 41,804 milhões, a cifra foi 440,8% maior.

O desempenho foi motivado, conforme relatório da BB Seguridade, pelo crescimento do resultado operacional e também do financeiro. De abril a junho, a operação do IRB Brasil alcançou resultado de R$ 377,608 milhões ante prejuízo de R$ 63,180 milhões em um ano. Já o resultado financeiro foi a R$ 144,240 milhões, aumento de 204,6% na mesma base de comparação.

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Os prêmios emitidos de resseguros do IRB totalizaram R$ 694,311 milhões de abril a junho, incremento de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 597,020 milhões. No semestre, porém, a cifra foi 20,4% menor, para R$ 952,814 milhões.

O índice de sinistralidade do IRB ficou em 35,0% no segundo trimestre, recuo de 104,3 pontos porcentuais em um ano e de 63,9 pontos porcentuais na comparação com o trimestre anterior. Como consequência, o índice combinado, que mede a eficiência operacional de seguradoras e resseguradoras, melhorou 40,7 pontos porcentuais no segundo trimestre ante 12 meses, para 76,9%. No comparativo com o primeiro trimestre, de 102,1%, a redução foi de 25,2 pontos porcentuais. Neste caso, quanto menor, melhor. Acima de 100%, indica prejuízo da operação.

"A linha de 'sinistros ocorridos' apresentou comportamento bastante favorável, trazendo o índice de sinistralidade para níveis bem abaixo da média histórica", destaca a BB Seguridade, em relatório.

Ao final de junho, o patrimônio líquido do IRB estava em R$ 2,778 bilhões, aumento de 14,7% em um ano, de R$ 2,422 bilhões. Em relação a março, foi identificado crescimento de 2,4%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) do ressegurador foi a 26,8% no segundo trimestre ante 9,6% nos três meses anteriores.

Os ativos totais do IRB somaram R$ 11,580 bilhões, retração de 2,8% ante um ano. Na comparação com os três meses anteriores a queda foi de 3,5%.

Fundado em 1939, o IRB detinha o monopólio em seu mercado de atuação até o ano de 2007. Com a abertura do mercado e o aumento da concorrência, a companhia perdeu market share e foi forçada a se reestruturar para ser mais competitiva. Diante disso, iniciou um processo de desestatização que resultou, dentre outros fatores, na aquisição de 20,51% do IRB pela BB Seguridade, em 2013, que passou a compor o bloco de controle com o Tesouro Nacional, Bradesco, Itaú, e o Fundo de Investimentos em Participações Caixa Barcelona. O último passo é a abertura de capital esperada para os próximos anos.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) aprovou a mudança de denominação social da UBB Participações para Itaú Seguros Soluções Corporativas, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União. A mudança foi deliberada pelos acionistas da empresa em assembleia geral extraordinária realizada em 20 de junho de 2014.

A portaria também autoriza a Itaú Seguros Soluções Corporativas a operar seguros de danos e pessoas em todo o território nacional e ratifica que o capital social da empresa é de R$ 15 milhões. O documento ainda confirma que o controle acionário direto e a ingerência efetiva nos negócios de Itaú Seguros Soluções Corporativas são exercidos por Itaú Seguros, com sede na cidade de São Paulo (SP).

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As autoridades japonesas de regulação concluíram nesta quarta-feira (16) que dois reatores do sudoeste do país cumprem os critérios de segurança, uma etapa técnica crucial para a retomada do programa de energia nuclear no Japão, nos próximos meses.

Reunidos na manhã desta quarta, os membros responsáveis pelo expediente aprovaram um relatório de 420 páginas segundo o qual as medidas técnicas adotadas pela companhia Kyushu Electric Power para as usinas Sendai 1 e 2 são tecnicamente compatíveis com as novas normas de segurança.

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Esta é a primeira vez desde o acidente de Fukushima que as autoridades de regulação emitem um parecer sobre o cumprimento dos critérios de segurança em uma usina nuclear, quando a totalidade dos 48 reatores atômicos do Japão estão paralisados.

O megainvestidor norte-americano Warren Buffett fez uma nova aposta no mercado de seguros brasileiro e terá também uma resseguradora eventual no País. A Berkshire Hathaway recebeu na quinta-feira autorização da xerife do setor, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), para operar como uma companhia eventual, ou seja, sem precisar ter um escritório de representação no País.

Buffett já está presente no mercado brasileiro por meio da principal resseguradora do Grupo, a General Re. Considerada uma das maiores do mundo, a empresa tem licença desde 2008 para atuar como uma empresa admitida, ou seja, com escritório no País e conta em moeda estrangeira vinculada ao órgão regulador. A resseguradora tem rating AA+ pelas agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch Ratings, segundo a Susep, e opera no ramo de danos e pessoas.

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Agora, com uma empresa eventual, a Berkshire poderá explorar ainda mais o mercado de resseguros, que responde pelos seguros das seguradoras - mas, desta vez, sem precisar ter um escritório de representação no País. Conforme as leis do Reino Unido, a companhia precisa ter US$ 150 milhões de patrimônio líquido e classificação de risco um degrau acima do mínimo de grau de investimento. Também não pode estar sediada em paraíso fiscal.

Os negócios de seguros, resseguros e serviços administrados respondem por mais da metade dos resultados do grupo Berkshire, que tem ações listadas bolsa de Nova York. No primeiro trimestre deste ano, a companhia apresentou lucro líquido de US$ 4,705 bilhões - montante 3,8% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Em 2013, o conglomerado do megainvestidor registrou um lucro recorde US$ 19,5 bilhões, ante US$ 14,8 bilhões em 2012.

A nova ofensiva de Warren Buffett no País mostra que, mesmo passados cerca de seis anos da abertura do mercado de resseguros brasileiro, o setor ainda continua atraindo competidores internacionais, a despeito do baixo crescimento da economia e da queda do resultado dessas empresas no País.

Em 2013, o mercado de resseguros brasileiro viu seu lucro líquido recuar 46,2%, para R$ 271 milhões, ante mais de meio bilhão de reais em 2012, segundo análise feita pela resseguradora Terra Brasis Resseguros com base nas demonstrações financeiras publicadas em jornais.

Desde a abertura do mercado, mais de 100 companhias desembarcaram no País como resseguradoras locais ou como companhias estrangeiras com licenças para atuar como admitida ou eventual, na classificação da Susep.

Disputam esse mercado empresas nacionais como IRB, J.Malucelli, Austral, BTG Pactual e Terra Brasis, e também companhias internacionais, como Munich Re, Swiss Re, Allianz, AIG, Ace e Zurich, dentre outras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) autorizou a BTG Pactual Vida e Previdência, controlada pelo Banco BTG Pactual, a operar seguros de pessoas e previdência complementar em todo o território nacional. A decisão consta de portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Na mesma portaria, a Susep aprovou a transformação do tipo societário - de sociedade empresária limitada para sociedade por ações - da BTG Pactual PV Holding, que agora passa a ser denominada BTG Pactual Vida e Previdência. O documento ainda ratifica que o capital social da seguradora é de R$ 30 milhões.

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A Brasil Insurance, holding de corretoras de seguros, desacelerou o seu apetite para aquisições e está debruçada na integração das 52 unidades que formam a companhia, segundo Miguel Longo Junior, diretor Financeiro e de Controle e Diretor de Relação com Investidores. Mais do que comprar novas corretoras, o grande desafio da empresa é integrar as existentes, conforme o executivo.

Embora esse processo não seja concluído neste ano, para 2015, de acordo com Longo, a Brasil Insurance pode voltar a retomar um ritmo mais acelerado de aquisições. Este ano, a Brasil Insurance adquiriu 99,90% da I.S.M. Corretora de Seguros, a 52ª empresa do grupo e com sede em São Paulo, por R$ 18 milhões, sendo 40% pagos em dinheiro e 60% em ações da Brasil Insurance.

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"Não mudamos de estratégia de aquisição que faz parte do nosso negócio. Há negociações em curso. Pode acontecer alguma aquisição ainda em 2014, mas o nosso foco é integração, processo este que acreditamos que vai agregar no longo prazo mais valor para a empresa", afirma Longo, em entrevista ao Broadcast.

Segundo ele, a Brasil Insurance está mais "seletiva" e "crítica" quanto aos processos de due dilligence (auditoria) para as próximas aquisições. Essa postura é reflexo, de acordo com o executivo, não só da aprendizagem obtida com as corretoras compradas. Pesou ainda, conforme o executivo da Brasil Insurance, o caso da 4K Seguros, que tinha mais de 90% do seu resultado concentrado em apenas um cliente e com a perda deste contrato teve sua performance prejudicada.

No primeiro trimestre deste ano, o lucro líquido contábil da Brasil Insurance teve declínio de 69,7% ante o mesmo período do ano anterior, para R$ 8,304 milhões. A forte queda no resultado pode ser explicada, conforme Longo, pelo prejuízo contábil de cerca de R$ 11 milhões por conta da renegociação do contrato de garantia de performance junto à 4k Seguros. Ele explica que quando a corretora foi adquirida, estava previsto que a corretora daria lucro líquido de R$ 27 milhões entre o primeiro trimestre de 2011 e o primeiro trimestre deste ano. Entretanto, esse desempenho foi impactado pela perda de contrato.

Apesar disso, Longo garante que a renegociação do contrato foi "bastante favorável" para os acionistas a despeito do prejuízo contábil e que não deve ocorrer novamente no segundo trimestre. Acrescenta ainda que não existe outro caso similar ao da 4k Seguros que possa gerar novos prejuízos para a Brasil Insurance devido à perda de contrato.

Além do foco em integração e crescimento orgânico, a holding de corretoras de seguros segue debruçada no projeto de unificação do seu modelo de negócios e de seus processos iniciado junto à consultoria Falconi em julho do ano passado e batizado de "projeto evolução". "Queremos criar um conceito de centro de serviços compartilhados", resume Longo.

A alteração no comando da Brasil Insurance, na visão do executivo, deve agregar para as mudanças que estão ocorrendo na companhia. Hoje, Edward Lange, que foi presidente e CEO da seguradora Allianz no Brasil, assume o cargo de diretor-presidente. Antonio José Lemos Ramos, conhecido como Tuca, passou para o Conselho de Administração, que reúne ao todo cinco membros. Além de Tuca, são Fabio Franchini, fundador da Promove Corretora, e os membros independentes Miguel Roberto Gherrize, com passagem na Ernest&Young, David Peter Trezies, vindo da corretora Marsh, e Farid Eid Filho, que foi presidente da seguradora ACE no Brasil. Na bolsa, as ações da Brasil Insurance vêm sofrendo desvalorização. Em maio, acumulam queda de quase 13%. Neste ano, já caíram mais de 52%.

A BB Seguridade, holding que controla os negócios de seguros do Banco do Brasil, anunciou lucro líquido ajustado de R$ 648,7 milhões de janeiro a março, cifra 42,6% superior a igual intervalo do ano passado, de R$ 454,934 milhões. Em relação ao quarto trimestre de 2013, o resultado teve queda de 8,3%, desempenho explicado pela sazonalidade nas vendas, com maior concentração no encerramento de cada semestre, conforme a companhia.

No primeiro trimestre, o lucro foi impulsionado, segundo explica a BB Seguridade em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, pelo aumento de 25,9% da receita de comissões; crescimento de 29,6% do resultado do segmento de vida, habitacional e rural (BB Mapfre SH1) e melhora em 79,2% do resultado financeiro. Também beneficiou o resultado o aumento de 37,2% da arrecadação em previdência; alta de 250,7% do resultado do segmento de patrimônio e automóveis (Mapfre BB SH2), crescimento de 147,6% do resultado do segmento de capitalização e reconhecimento de R$ 8,6 milhões em receitas de investimentos da participação adquirida no ressegurador IRB Brasil Re.

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O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado da BB Seguridade ficou em 46,7% ao final de março, aumento de 12 pontos porcentuais em um ano. Na comparação com dezembro, porém, foi vista redução de 6,8 pontos porcentuais. Já o retorno da coligada BB Mapfre SH1 ficou em 34,1%, alta de 10,7 pontos porcentuais. enquanto o da Mapfre BB SH2 foi a 12,5%, aumento de 8,5 pontos porcentuais.

Embora no primeiro trimestre não tenham tido resultados extraordinários, segundo a BB Seguridade, o lucro de R$ 648,7 milhões sem o conceito ajustado no primeiro trimestre foi 37,5% maior em 12 meses, de R$ 471,970 milhões. Ante o quarto trimestre, foi visto recuo de 28,2%. O patrimônio líquido da BB Seguridade foi a R$ 6,8 bilhões ao final de março, aumento de 10,6% ante um ano e redução de 2,4% na comparação com dezembro.

Os ativos totais somaram R$ 8,3 bilhões, incremento de 9,4% em 12 meses, impulsionado pelo maior saldo de investimentos, em razão do resultado das coligadas no período, e de outros ativos, principalmente na linha de comissões a receber da BB Corretora. No trimestre, os ativos da BB Seguridade registraram recuo de 5,7% devido à redução dos recursos em caixa, justificada pelo pagamento de dividendos aos acionistas da holding em fevereiro último.

A Bradesco Seguros emitiu R$ 11,450 bilhões em prêmios de seguros no primeiro trimestre de 2014, montante 4,5% maior que o registrado em um ano, de R$ 10,953 bilhões. Em relação ao último trimestre do ano passado, porém, foi verificada queda de 21% devido a fatores sazonais.

O lucro líquido da operação de seguros do Bradesco foi a R$ 1,040 bilhão no primeiro trimestre, aumento de 11,8% em relação ao visto em igual intervalo de 2013. Na comparação trimestral foi registrado incremento de 3,9%. A Bradesco Seguros respondeu por 30% do lucro líquido ajustado do banco nos três primeiros meses deste ano, de R$ 3,473 bilhões.

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O índice combinado, que mede a eficiência operacional de uma seguradora, ficou em 86,4%, piora de 0,4 ponto porcentual em um ano e de 0,3 ponto porcentual em relação ao último trimestre de 2013. Quanto menor o indicador, melhor. Acima de 100% indica prejuízo da operação.

Dos prêmios emitidos no primeiro trimestre os destaques foram o segmento de saúde, cujos prêmios cresceram 23,3% ante um ano, para R$ 3,748 bilhões, e ramos elementares, que avançou 34,6% na mesma base de comparação, para R$ 1,399 bilhão. Em contrapartida, os prêmios de vida e previdência recuaram 12,4% no primeiro trimestre em 12 meses e os demais ramos declinaram 46,1%. Capitalização teve aumento de 22,6%.

A seguradora do Bradesco encerrou março com patrimônio líquido de R$ 17,602 bilhões, queda de 4,5% em um ano e alta de 2,0% ante dezembro. O retorno anualizado sobre o patrimônio ficou em 26% no período abaixo do 27,3% visto ao final de dezembro.

Os ativos totais foram a R$ 162,712 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 4,9% em um ano. Na comparação com os três meses anteriores o crescimento foi de 1,1%. Já a sinistralidade da Bradesco Seguros ficou em 70,1% ao final de março ante 71,1% em dezembro. Em um ano, o indicador piorou 0,50 ponto porcentual.

A Bradesco Seguros somava 45,3 milhões de clientes, com redução de 400 mil segurados ante o número de dezembro. Em um ano, porém, foram acrescidas 2,4 milhões de pessoas em sua carteira. Para 2014, a seguradora espera que os prêmios emitidos avancem no mínimo 9% e no máximo 12%.

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