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Peças confeccionadas pelos jovens durante oficinas de arte estão à venda no estande Libert’Arte  A Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco (Funase) marca presença em mais uma edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte).

Cerca de 50 socioeducandos da instituição expõem peças que aprenderam a confeccionar ao longo de oficinas ministradas nas várias unidades geridas pelo órgão. O evento acontece até 16 de julho, em Olinda, recebendo cerca de cinco mil artesãos de todos os estados brasileiros e outros 27 países. 

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 Entre os artigos elaborados pelos jovens estão pinturas em tela, pesos para porta, espelhos decorativos, tapeçarias, artesanatos em corda de sisal, panos de pratos, sousplat e puffs. Mosaicos de louça e artesanatos em barro fazem parte das novidades pensadas especialmente para a edição deste ano, com várias das obras dialogando com o tema geral da Fenearte 2023: “Louceiros de Pernambuco - Arte da Terra, Poesia das Mãos”. 

Além do caráter educativo e de abrir portas para o interesse na arte como profissão, a atividade também estimula nos meninos e meninas a consciência socioambiental, através da reutilização de materiais descartados como matéria-prima para criação das peças. Os puffs, por exemplo, são feitos a partir de pneus reaproveitados. 

As lições são ensinadas aos socioeducandos por servidores e funcionários da Funase, além de artistas parceiros. Este ano, um dos voluntários foi o artesão ceramista Joane Alves, natural do Alto do Moura, em Caruaru, e atuante há 52 anos na arte de moldar e transformar o barro em artigos utilitários e decorativos.

   “A Funase participa da Fenearte desde a sua primeira edição, o que nos deixa muito felizes justamente por ser uma oportunidade de apresentarmos à sociedade o trabalho que é feito nas unidades, por nossos adolescentes e jovens, com suporte de nossos educadores”, afirma Nadja Alencar, presidente da Funase.

“É um compromisso exercido com muito carinho e cuidado, lembrando sempre que as atividades vão além do papel ocupacional, assumindo também a atribuição de externar a capacidade desses meninos e meninas de produzir arte e se comunicar através dela”. 

As peças estão disponíveis para venda no estande Libert’Arte, mesmo nome que batiza o selo dos produtos. Metade da renda arrecadada será destinada para as famílias dos adolescentes que participaram das oficinas produtivas. Os outros 50% serão entregues para a manutenção e o suporte das unidades em que aconteceram as produções. 

ARTE PERMANENTE

  A participação dos socioeducandos na Fenearte funciona como uma grande vitrine para uma ligação mantida permanentemente entre a Funase e a produção artística. A fundação dispõe, desde 1977, de um box na Casa da Cultura de Pernambuco, localizada no bairro de São José, às margens do Rio Capibaribe, Centro do Recife.  Lá são vendidos artigos também idealizados e elaborados pelos jovens e adolescentes, todos também sob o selo Libert’Arte. O espaço fica na Cela 102 - Raio Oeste, funcionando de domingo, das 9h às 17h. O acesso é gratuito.

*Da assessoria 

 Nessa quinta-feira (8), quatro reeducandos ficaram feridos ao tentar fugir da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Uma rebelião tumultuou a unidade e a Polícia Militar foi acionada.  

Moradores do entorno observaram a chegada de viaturas da PM e um coluna de fumaça escura sair do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Pirapama. Em nota, a Fundação apontou que os internos queimaram colchões para dificultar a entrada dos agentes.   

Prejuízos

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O comunicado informa que a Polícia conseguiu conter o motim e que os quatro jovens sofreram ferimentos leves quando tentaram escalar o muro para deixar a unidade. Apesar dos danos materiais, nenhuma fuga foi registrada e nenhum profissional se feriu. 

“As coordenadorias de Segurança e de Inteligência e a Corregedoria da Funase estão no local acompanhando a ocorrência e irão apurar os fatos”, ressaltou o órgão.

No Brasil, os presos provisórios e os jovens que cumprem medidas socioeducativas podem votar nas eleições, desde que tenham título de eleitor em situação regular. Essa possibilidade é constitucionalmente garantida porque, nesses casos, não há suspensão de direitos políticos. Apenas as pessoas que têm condenação criminal transitada em julgado perdem o direito a voto enquanto durar a pena.

Ao todo, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), existem cerca de 220 locais de votação em unidades prisionais espalhadas pelo país. Nessas seções, estão registrados 14.653 votantes, mas nem todos são presos, uma vez que mesários e funcionários de estabelecimentos penais também costumam estar registrados para votar nesses locais. Também não há anotação específica sobre quantos desses são jovens que cumprem medidas socioeducativas, que são eleitores na faixa etária entre 16 a 21 anos, idade máxima de cumprimento das medidas de internação.

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Distrito Federal

Em Brasília, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) finalizou a montagem das seções eleitorais instaladas em estabelecimentos penais e em unidades de internação neste sábado (1º). Serão cinco seções em unidades de menores internos: unidades de internação de Santa Maria, de Planaltina, de Brazlândia, de São Sebastião e do Recanto das Emas. Ao todo, são 215 adolescentes e jovens que cumprem medidas socioeducativas aptos a votar nas referidas seções, além 44 servidores e mesários.

Na unidades prisionais convencionais do DF, foram instaladas três seções eleitorais: Centro de Progressão Penitenciária (CPP), Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) e Complexo Penitenciário da Papuda. As unidades somam 60 presos aptos e 120 servidores e mesários cadastrados para votar nas referidas seções.

Socioeducandos dos Centros de Atendimento Socioeducativos (Cases) de Pernambuco estão aprendendo a transformar sucatas, restos de madeiras, PVC e outros produtos em artesanatos.

Adriano Emídio, do Parque Profissionalizante Professor Paulo Freire, é o responsável pelo curso dado aos socioeducandos. “A receptividade está sendo maravilhosa. Todo o Parque trabalha de forma integrada para ajudar. Todo esse esforço é notado no resultado final e na alegria dos adolescentes”, diz o artesão.

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Essa primeira turma está servindo como projeto piloto, onde funcionários e socioeducandos irão aprender técnicas. “Com a experiência desse projeto iremos montar um plano para o curso e novas turmas serão iniciadas”, detalhou o coordenador do Parque Profissionalizante e do Eixo de Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer, Normando de Albuquerque.

Um dos adolescentes, de 17 anos, que está participando do curso, diz que já tinha trabalhado ajudando o tio em uma marcenaria, mas que aprender a fazer artesanato está sendo uma experiência incrível. “Quando cumprir minha medida vou querer fazer vários artesanatos e vender minha arte”.

Toda aula os socioeducandos aprendem uma coisa diferente e obras de arte vão surgindo. Eles já fizeram painéis, esculturas, relógios de parede e abajures. Em breve, tudo estará exposto no box da Funase, na Casa da Cultura.

Nesta quarta (13) e quinta-feira (14), adolescentes e jovens internados ou em semiliberdade na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Pernambuco vão fazer o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL). Ao todo, 437 socioeducandos se inscreveram para as provas.

Em Pernambuco, o Exame será aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC), nas unidades da Funase espalhadas por nove cidades. 

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“É muito representativo que essas provas aconteçam dentro do ambiente socioeducativo, no espaço onde eles cumprem a internação ou semiliberdade”, comentou a coordenadora do Eixo Educação da Funase, Sônia Melo.

A participação no Encceja PPL é voluntária, gratuita, e permite que os socioeducandos consigam o certificado de conclusão do Ensino Fundamental ou Médio. A redução de adolescentes em atendimento pela instituição foi refletida na diminuição de inscritos em comparação à edição anterior.

No ano passado as provas não foram aplicadas. Em 2019, 507 socioeducandos participaram. Já em 2018, foram 427. 

Para a certificação do Ensino Fundamental, os adolescentes a partir de 15 anos completos na data de realização do Exame realizarão provas de Ciências Naturais, Matemática, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física, Redação, História e Geografia.

Já para o Ensino Médio, os jovens a partir de 18 anos farão uma redação e respondem questões de Ciências da Natureza, Matemática, Ciências Humanas e Linguagens.

Nesta quarta-feira (18), Pernambuco começa a imunizar adolescentes entre 12 e 17 anos que estão na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). O novo grupo foi incluso no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) contra a Covid-19 no dia 30 de julho.

Conforme levantamento da Funase, 496 socioeducandos menores de idade estão aptos a receber a primeira dose. A maioria está no Recife, que aloja 167 jovens.

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Os demais estão nas unidades do Cabo de Santo Agostinho (79), Jaboatão dos Guararapes (41), Timbaúba (30), Vitória de Santo Antão (40), Caruaru (60), Garanhuns (36), Arcoverde (18) e Petrolina (25). A Funase informa que as doses para o público já estão nas 12 Gerências Regionais de Saúde.

Maiores de idade já iniciaram o ciclo de imunização

A entidade lembra que também acomoda jovens entre 18 e 21 anos. A faixa etária vem sendo imunizada desde junho, conforme os calendários dos municípios. "Até o momento, 290 socioeducandos maiores de 18 anos já receberam ao menos uma dose da vacina contra o coronavírus", informou em nota.

Em todo o Estado, 749 adolescentes e jovens estão em atendimento pela Funase. 

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Ampliação das vacinas para a juventude

“Não apenas na Funase, mas fora dela também, temos adolescentes com deficiência, adolescentes grávidas, puérperas e lactantes e que, agora, recebem essa ação de saúde", lembrou o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes. Além dos adolescentes privados de liberdade, a Lei Federal 14.190/21 incluiu na imunização os adolescentes com deficiência permanente, com comorbidades, gestantes e puérperas.

Mais 18 internos fugiram da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, nessa quarta-feira (11). Esta é a quarta fuga neste mês, que registrou a evasão de 30 adolescentes antes de completar 15 dias, aponta a entidade.

Só nesta semana, 24 internos conseguiram deixar a unidade. Seis fugiram na terça (10) e mais 18 na manhã dessa quarta (11).

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Procurados

As duas primeiras fugas em agosto ocorreram na semana passada. No dia 2, dois socioeducandos escaparam e no sábado (7), outros quatro fugiram do local. Ao todo, 30 internos fugiram neste mês e 19 foram recapturados, informa a Funase. 

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A reincidência de casos em um intervalo de 13 dias indica falhas de segurança na unidade. Contudo, a Funase ressalta que não há superlotação em Garanhuns, nem déficit de agentes.

Troca de direção

Na quarta (11), 71 jovens estavam no local, que disponibiliza de 101 vagas e possui o mesmo número de profissionais de segurança, destaca a entidade. A crise ocorre em meio à troca de comando da unidade. O novo diretor Alfredo Gois tomou posse na última sexta (6).

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) de Pernambuco, realizou a inscrição de 437 socioeducandos da instituição no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja PPL). A prova é destinada a pessoas privadas de liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade com intuito de obtenção da conclusão do ensino fundamental ou médio. O exame está previsto para ser realizado nos dias 13 e 14 de outubro.

Para obter a certificação na modalidade fundamental, é necessário que o candidato tenha no mínimo 15 anos completos até a data do exame e realizar as provas de Ciências Naturais, matemática, língua portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, artes, educação física, redação, história e geografia. Já para os candidatos do ensino médio, a idade mínima é de 18 anos e responder questões de Ciências da Natureza, matemática, Ciências Humanas e Linguagens, além de escrever uma redação.

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A coordenadora do Eixo Educação da Funase, Sônia Melo, pontua a importância do exame no incentivo de um novo começo para os candidatos: “Concluímos a adesão ao exame recentemente. É uma prova que mobiliza muito os adolescentes e os funcionários que os acompanham, porque é uma oportunidade para trilhar uma mudança de vida pela educação. Possibilitar isso dentro de um ambiente de privação de liberdade é muito representativo”, avalia a coordenadora segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

O Encceja PPL é realizado de forma voluntária e gratuita em todo o país. No estado de Pernambuco, as provas serão aplicadas em oito Casas de Semiliberdade (Casem) e de dez Centros de Atendimento Socioeducativo (Case) administrados pela Funase em nove municípios.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) está promovendo cursos profissionalizantes destinados a todos os 17 adolescentes em internação no Case/Cenip Arcoverde, no Sertão. As formações estão sendo viabilizadas em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), responsável pela certificação das atividades. Há cursos nas áreas de alimentação, artesanato e libras, com respeito às normas de distanciamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

A partir desta quinta-feira (20), quatro alunos irão participar do curso de Culinária Básica e serão instruídos sobre como fazer doces finos, trufas, ovos de páscoa, pães, pizzas, coxinhas e bolinhos fritos. Além disso, todos os estudantes terão aulas de noções de empreendedorismo. Como trabalho de conclusão do curso, terão que elaborar uma feira gastronômica dentro da unidade. Esse e os demais cursos estão sendo coordenados pela equipe do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase.

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 As aulas estão sendo ministradas por três agentes socioeducativos. No início da semana, oito socioeducandos iniciaram os cursos de Artesanato em Pneus e de Libras, cada um com quatro alunos. Já na terça-feira (18), começou a ser ofertado o curso de Artesanato em Feltro. A aula inaugural teve a participação de cinco alunos, que aprenderão a desenvolver peças para enfeites e decoração.

“O início dos cursos está atrelado ao retorno das atividades, proporcionando aos adolescentes um momento importante de aprendizado, através de que eles terão a oportunidade de desenvolver novas técnicas. Estamos, de fato, cumprindo com o que rege a proposta pedagógica da Funase, que é proporcionar a profissionalização dos nossos socioeducandos. Eles estão adorando as aulas e aproveitando cada momento das atividades ofertadas”, diz a coordenadora geral do Case/Cenip Arcoverde, Paula Cibele.

Neste domingo (10), adolescentes e jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) tiveram que celebrar o Dia das Mães à distância, por causa da pandemia do coronavírus. Para comemorar a data, os socioeducandos visitaram suas mães virtualmente através de videochamadas.

Implantado para frear os efeitos da Covid-19, o projeto está funcionando em todas as unidades de internação do Estado. Segundo o coordenador geral do Case Vitória de Santo Antão, Abinoan Barboza, os socioeducandos resolveram fazer homenagens, mas muitos deles não conseguiram.

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De acordo com o gestor, a emoção tomou conta durante as chamadas em vídeo. Em Vitória de Santo Antão, na Região Metropolitana do Recife (RMR), os adolescentes e jovens que participaram da iniciativa foram supervisionados pelos computadores da instituição. Por medidas de segurança, as visitas presenciais em todas as unidades continuam suspensas em virtude da proliferação do coronavírus.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) realizou um levantamento para constatar os principais interesses profissionais dos jovens privados de liberdade. No total, 879 socioeducandos participaram da pesquisa.

De acordo com o levantamento, mecânica, com 421 votos, foi a área profissional escolhida pela maioria dos jovens. Em um recorte mais específico, mecânica de moto também foi um segmento que se destacou, com 218 votos.

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A partir dos resultados, a Funase realiza parcerias com instituições para ofertas vagas em cursos de qualificação. No ano anterior, mais de 2 mil vagas foram oferecidas.

“Nas aulas de moto, por exemplo, os adolescentes aprendem sobre sistema de suspensão, de direção, de freio e elétrica. Além da teoria, etapas práticas fazem parte do curso. Também tiveram destaque na preferência dos socioeducandos os cursos ligados à área de construção (167 votos), com as aulas de pedreiro como principal demanda. Uma novidade foi a área de beleza e estética, terceira mais citada, com 118 votos, e a área de alimentação, que, após experiências bem-sucedidas em 2018, com a oferta de cursos de panificação e produção de massas, teve a participação ampliada entre as escolhas dos adolescentes”, detalhou a instituição.

Vinte e três temas são pauta de cursos realizados nas unidades da Funase. Alguns deles são barbearia, mobiliário, eletrônica, moda e vestuário. “Tivemos experiências interessantes, por exemplo, com o ramo de alimentação, que não era tão solicitado e começou a aparecer bastante na pesquisa mais recente. No ano passado, foram ofertados cursos nessas áreas em unidades como o Case Caruaru, o Case Jaboatão e o Case Vitória de Santo Antão, com um bom envolvimento dos meninos. Esse levantamento serve como um norte para as ações e articulações que desenvolvemos junto às instituições que colaboram com o sistema socioeducativo”, comentou o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando Albuquerque, conforme informações da assessoria de comunicação da Fundação. 

 Os jovens e adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Pernambuco, se apresentam nesta quinta-feira (13) em dois eventos gratuitos no Recife. As apresentações acontecem no centro e na zona sul da cidade.

Os internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Abreu e Lima farão uma apresentação musical com a banda Liberdade na abertura de uma reunião solene sobre educação na Câmara Municipal do Recife, às 17h. Já os socioeducandos do Case Jaboatão dos Guararapes terão quadros pintados por eles, expostos em uma mostra, que acontecerá após a missa em homenagem a Santa Luzia, às 19h30, na Igreja Matriz da Boa Viagem.

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Os eventos são gratuitos.

Serviço

Apresentação da Banda Liberdade

13 de dezembro  | 17h

Câmara Municipal do Recife (Rua Princesa Isabel, 410, Boa Vista)

 

Exposição de quadros de socioeducandos do Case Jaboatão

13 de dezembro | 19h30

Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem (Rua Barão de Souza Leão, s/n, Boa Viagem) 

É possível imaginar pessoas livres dentro de uma instituição destinada a reeducar adolescentes em conflito com a lei? Na Fundação de Atendimento Socioeducativo, a Funase, de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, sim. Lá, um grupo de jovens está provando o quão libertária a música pode ser através da banda fundada por eles, que não poderia ter outro nome: Liberdade.

O grupo de forró, com pouco mais de um ano de formação, é resultado das oficinas de música promovidas pelo agente socioeducativo Artur Silva, que dá aulas durante dois dias na semana para os adolescentes da instituição. Mas, a ideia sofreu resistência a princípio, tanto dentro quanto fora da unidade: "Eles não acreditavam que a música faria alguma diferença", relembra. O professor, entretanto, não desistiu e após uma espera de 12 meses teve a autorização para iniciar o projeto.

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Os resultados brotaram rapidamente e o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Abreu e Lima, que se encontrava então envolto em um momento tenso de muitas rebeliões e violência, viu seu cenário mudar. Daí veio a criação da Banda Liberdade, que só corroborou com a melhoria da unidade e dos jovens que ali cumpriam suas penas: "A banda influencia tanto na parte cognitiva deles, enquanto alunos, como no comportamento deles e dos demais. Os que participam do grupo têm atividades externas, têm tratamento 'diferenciado' por conta de serem representantes do projeto. Então eles têm possibilidade maior de sair, de fazerem cursos. Eles acabam se tornando referenciais dentro das alas. O comportamento, a desenvoltura e a progressão deles na medida socioeducativa ela cresce por conta do trabalho da música", explica Artur.

Ao lado do agente trabalha o professor Clóvis Benvindo. Ele leciona matemática no sistema socioeducacional e se dedica aos ensaios da banda em seus dias de folga. O trabalho voluntário é feito com um sorriso no rosto do educador: "A maior recompensa nossa é ver esses meninos mudando de comportamento e dar esperança para cada um deles", diz. Artur complementa o colega: "Não é somente tirar o jovem da criminalidade, do ato infracional, mas é propor a ele alguma coisa. Tem que ter algo para substituir aquela representação que tem as drogas ou o ato infracional e a música faz isso. A música tem esse poder  libertário e eles começam a sonhar".

Os dois, que também integram a banda - um no teclado e vocal e o outro no contrabaixo -, não hesitam em demonstrar o carinho pelo grupo. "A banda é uma família, então cada um de nós temos que nos ajudar, para que a gente possa alcançar nosso objetivo", diz Clóvis. Artur acrescenta: "Tem que ser pai, irmão e amigo, tem que ter esse lado de afeto".  

Jovens músicos

Atualmente, a banda Liberdade é composta por 10 adolescentes, entre 16 e 18 anos, além dos professores. Destes, apenas três tinham algum envolvimento com música antes de entrarem na instituição, por meio da capoeira que praticavam. Eles reconhecem e comemoram, a transformação que a música vem provocando em suas vidas. "A pessoa fica mais leve, tira (da cabeça) altos pensamentos bobos de fazer besteira. A banda mudou a minha vida. Meus pensamentos agora são só para fazer coisa boa", diz L., de 18 anos. S.J., também de 18, o membro mais antigo do grupo, explica como acontece a mudança: "A gente chega aqui todo marrento, não quer ir pra escola, não quer fazer curso, mas a cada dia vai mudando o pensar, a convivência. A banda mudou meu jeito de ser, eu era mais fechado agora converso, brinco. Mudou em mim e em vários também".

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Os rapazes da Banda Liberdade costumam se apresentar dentro do Case Abreu e Lima e fora também. No último dia 5 de outubro, eles fizeram um show de pré-lançamento de seu primeiro CD, na Faculdade Facigma, no Recife. O álbum está em processo de finalização e logo será lançado oficialmente. Os meninos estão ansiosos por este primeiro trabalho e, também, esperançosos de que ao término do cumprimento de suas medidas socioeducativas a música siga com eles do lado de fora da unidade: "A música mudou nossa vida. Se Deus permitir eu for pra rua com força e saúde, e se aparecer umas oportunidades eu me apresento, digo que participei do projeto social com a banda. Se der certo, vou viver na música", diz S.J.  

Música e trabalho

Além de contar com o trabalho voluntário dos professores, o projeto musical do Case Abreu e Lima e a Banda Liberdade contam com doações e empréstimos de instrumentos para manter as suas atividades. O CD que está prestes a ser lançado tem como objetivo divulgar este projeto e os próprios meninos, no intuito de viabilizar sua inclusão em cursos, estágios e até empregos. Além disso, o grupo está aberto a convites para apresentações em eventos por toda a Região Metropolitana do Recife. Interessados podem entrar em contato com a instituição através dos telefones (81) 3184-2410 e 3184-2411.

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A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) segue angariando apoio para o fortalecimento do esporte como um dos pilares da reinserção social em suas unidades. Desta vez, o Sport Club do Recife doou 15 camisas oficiais do time para serem distribuídas aos socioeducandos.

A ideia é utilizar esses itens como premiações para os vencedores de torneios que a fundação vem promovendo com cada vez mais frequência. O mais recente, a Copa Funase de Futsal, que ocorreu há uma semana, envolveu adolescentes e jovens de três unidades de internação e terminou com o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Vitória de Santo Antão como vencedor.

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As tratativas da Funase com equipes do futebol pernambucano em busca de parcerias envolvem, além do Sport, o Santa Cruz, o Náutico, o Central e o Salgueiro. “O Sport foi o primeiro que nos respondeu e, de modo muito cordial, fez a doação de camisas oficiais para que a Funase desenvolva um trabalho com os socioeducandos. Mas estamos na expectativa também de que outros times com os quais estamos mantendo contato deem um retorno positivo”, afirmou o coronel Jonas Barbosa, coordenador de Segurança da Funase e articulador da parceria.

Para o gerente de Segurança do Sport, coronel Romero Ribeiro, a doação das camisas oficiais para os socioeducandos é uma amostra do papel social que o clube desempenha. “Nos sentimos muito felizes em atender à solicitação que foi feita. É essencial esse estreitamento de relações tendo em vista a responsabilidade social. De agora em diante, temos esse contato com a Funase e esperamos que ele permaneça e cresça”, avaliou.

Da assessoria de imprensa

Socioeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) agora poderão participar de cursos de extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). O objetivo do apoio mútuo é regulamentar as ações que já existiam entre as entidades nos campi do IFPE do interior do Estado, como de Vitória de Santo Antão, Garanhuns e Caruaru. 

A inserção dos socioeducandos nas capacitações é fruto de uma parceria entre as entidades, que durará cinco anos, com avaliações anuais e possibilidade de prorrogação. Nos últimos três meses, dez adolescentes participaram de um curso de produção de massas. “Eles se envolveram muito. Tanto que, perto do fim do curso, um conseguiu liberação da unidade, mas seguiu comparecendo às aulas”, disse o diretor-geral do Campus Vitória do IFPE, Mauro França, de acordo com a assessoria de imprensa.

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Alguns socioeducandos de Caruaru também foram beneficiados pelo projeto. Ao assistirem o curso de Eletricidade Veicular, além de ter concluído a formação com bom comportamento, os alunos receberam da Vara Regional da Infância e Juventude do município o direito de progredir da internação para a liberdade assistida.“Temos que pensar que os socioeducandos estão agora na Funase, mas, em breve, vão voltar para a sociedade. De que forma queremos que eles estejam quando voltarem a conviver conosco nas ruas, nos bairros, nos shoppings? É por isso que agradecemos a quem encampou a ideia de cuidar desses adolescentes”, declarou a presidente da Funase, Nadja Alencar, segundo informações da assessoria de imprensa.

Num ato de luta pelas possibilidades da reintegração social, socioeducandos entregaram nesta quinta-feira (7) corações - confeccionados por eles mesmos - no Marco Zero, Bairro de Recife, na tentativa de chamar a atenção da sociedade para o fato de que eles merecem ser vistos como qualquer outro cidadão. Essa ação é uma iniciativa da Casa de Semiliberdade (Casem) de Areias, espaço ligado à Funase (Fundação De Atendimento Socioeducativo), que abriga cerca de 45 jovens que cometeram algum ato infracional.

“Com a chegada do fim de ano, nós começamos a pensar como poderíamos provocar os meninos na sociedade, a partir daí surgiu essa ideia de entregarmos os corações no centro do Recife”, revelou Lilian Fonseca, psicóloga da unidade. Como representatividade do amor, a escolha do coração foi bem pensada pelos integrantes desse evento. “Todas as vezes que falamos de afeto e sentimentos, quando pedimos para qualquer adolescente nomear isso, vez ou outra aparece o coração; seja tatuado no corpo, na representação da família e qualquer ação de ligação com o outro”, pontuou a psicóloga.

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“Uma ação como essa é bom para distrair a mente, tirar desse mundo onde só está acontecendo coisa ruim”, explicou W., menor que participou do ato. “A gente quer mostrar que não somos o que muita gente pensa. Não somos maloqueiros e fazemos isso como um ato de solidariedade. Já bolei até uma frase: coração do amor, pegou se apaixonou”, comentou G., outro jovem participante do evento.  “Queremos mostrar a sociedade que nós temos caráter, queremos mudar, não ser mais como já fomos. A gente quer fazer curso, concurso e mostrar que somos capazes de fazer acontecer”, complementou L.D., que tem um sonho de ser advogado.

Nas falas e ações desses menores, é possível observar o quão impactante foi a marginalização na vida deles para que viessem a cometer uma infração. “Muitos desses adolescentes quando chegam nos Casem, vem sem perspectivas de vida e uma falta de equiparação da idade junto com o ano letivo escolar, por exemplo. Quando encaminhados para esse espaço de semiliberdade, os psicólogos, pedagogos, assistente social e toda uma equipe tenta mostrar as possibilidades de vida para esses meninos”, disse o pedagogo Sthenio Magalhães. “Tanta coisa já foi negada que esses menores não sabiam nem que podem frequentar um cinema público, por exemplo  Até nas escolas que encaminhamos os socioeducandos, existe um preconceito muito grande do próprio professor".

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Entrega dos Corações

O Marco Zero do Recife foi a escolha para esse ato, que iniciou às 10h da manhã desta quinta-feira (7), tendo seu ponto maior a entrega de um dos corações para os policiais que estavam fazendo a segurança do entorno. “Acho muito importante um ato como esse, já que é uma forma de pedir desculpas pelos erros já cometidos. Poderia ser meu irmão, meu amigo e uma ação como essa é muito positiva para a reintegração deles. Eu não esperava por isso”, comentou Gabriela Adria, 18 anos, que andava pelo local antes de ser surpreendida e saber quem eram as pessoas que estavam entregando a confecção.

A estudante Aline Gomes estava no Marco Zero para tirar fotos que farão parte de sua formatura do ensino médio. Não contava que nesta quinta (7) se depararia com esse evento e chegou a se surpreender. “Eu acho muito importante isso para que as pessoas percebam esses meninos e não discriminem por um erro que cometeu”, relatou. A ação contou com cerca de 40 pessoas, entre socioeducandos e coordenadores. Um dos menores se vestiu de Papai Noel e dançou ao som do maracatu, tudo para chamar a atenção de quem passava pelo local.

Marginalização

Quando indivíduos vivem em condições de abandono social, ele é caracterizado como um marginal, ou seja, está à margem da sociedade. Mesmo mediante à alguns avanços sociais que o Brasil passou, milhares de pessoas ainda vivem marginalizadas pela falta de visibilidade e imersos na pobreza que assola o país; confinando os indivíduos a uma posição inferior na sociedade. É importante salientar que o marginal não escolhe integrar esse “grupo”; isso fica inerente a eles, que são empurrados pela desigualdade social e econômica.

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A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) iniciou chamado para cidadãos interessados em trabalhar como voluntários. De acordo com a instituição, os colaboradores desenvolverão, junto aos jovens reeducandos de Pernambuco, atividades educativas e de ressocialização. A seleção também conta com o apoio do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).

Uma das atividades realizadas entre os reeducandos é o curso de iniciação à informática. Ao todo, são 16 horas de qualificação que contempla atividades básicas como internet e conhecimento do Office. As aulas são realizadas na Biblioteca Pública Estadual (BPE), localizada no Recife. 

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De acordo com a coordenadora de Programa Sociais e Pedagógicos do CIEE, Telma Muniz, o apoio dos voluntários e as atividades de capacitação ajudam os reeducandos a vislumbrarem um futuro longe do mundo do crime. “Por meio desse trabalho conseguimos mudar a realidade de vida desses adolescentes. O contato com conteúdos de formação e de preparação para o mundo do trabalho faz com que esses jovens em situação de vulnerabilidade comecem a despertar para as possibilidades de inserção no mercado de trabalho. Para isso temos o apoio grandioso dos nossos voluntários”, comentou Telma, conforme informações da assessoria de imprensa.

Os interessados no trabalho voluntário devem entrar em contato com o telefone (81) 3184-5449 ou pelo e-mail profissionalizacao@funase.pe.gov.br. Segundo a Funase, não é exigida formação profissional. As unidades da Fundação estão localizadas na Região Metropolitana do Recife e em alguns municípios do interior do Estado. 

    

Socioeducandos fugiram, na manhã desta sexta-feira (30), do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Abreu e Lima, segundo informações da assessoria de imprensa da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).

De acordo com a comunicação do órgão, ainda não há números de quantos reeducandos fugiram nem de quantos já foram recapturados pela Polícia Militar. A contagem está sendo realizada e será divulgada ainda nesta sexta-feira.

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--> Dois internos fogem da Funase de Timbaúba

Dois internos conseguiram fugir no final da tarde da última sexta-feira (26) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Timbaúba, na Mata Norte de Pernambuco. Até o momento, ninguém foi recapturado.

Segundo a assessoria da Funase, uma corda foi arremessada pelo lado externo do muro da unidade, fazendo com que os dois jovens conseguissem fugir. A Polícia Militar fez buscas nas redondezas.

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A Funase informou ainda que o clima no local é de tranquilidade na unidade. Uma sindicância para apurar a responsabilidade do ocorrido será aberta.

Oito internos do Centro de Internação Provisória (Cenip) da Fundação de Atendimento Socioeducativo de Caruaru, no Agreste, fugiram na noite da quinta-feira (11). Segundo a assessoria da Funase, o grupo fugiu pelo muro da unidade após atear fogo em colchões.

Ainda de acordo com a Funase, o clima no Cenip é de tranquilidade e não houve feridos na ocorrência. A Polícia Militar fez buscas na localidade, mas até o momento ninguém foi recapturado. Uma sindicância foi aberta para apurar o fato. 

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Abreu e Lima – Também na última quinta-feira (11), a Funase de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), registrou um motim. A rebelião resultou em sete feridos, com escoriações leves. O motivo da confusão seria a rivalidade entre os jovens.

 

 

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