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No rol das candidaturas eletivas deste ano, é possível encontrar postulações com vínculos familiares. A afinidade familiar abrange pais e filhos, tios, sobrinhos e até esposos. Alguns sobrenomes protagonizam histórias políticas antigas, outros são mais recentes, fazendo assim com que o parentesco possa influenciar na disputa.
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Na família Coelho, pai e filhos disputam o pleito deste ano. Compondo a chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho concorre à vaga de senador, o filho mais velho, Fernando Filho, postula a reeleição à Câmara Federal e o mais novo, Miguel Coelho, disputa uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Todos eles são filiados ao PSB.
Neófito na postulação, Miguel Coelho afirmou que o relacionamento dos três não muda com a disputa política. “Cada um tem a sua agenda, sua campanha individual. Mas quando é possível sempre ficamos em família. Um ajuda o outro, em alguns lugares faço dobradinha com Fernandinho”, revelou.
Bezerra Coelho já foi prefeito de Petrolina, por três mandatos, deputado estadual e federal. Fernando Filho disputou o comando da gestão petrolinense em 2012 e exerce mandato federal. Segundo Miguel, o exemplo do irmão e do pai o inspirou na escolha pela candidatura.
“Sempre gostei de política, nasci dentro dela. Surgiu a possibilidade de ser candidato e, após consultar o nosso grupo político, vi que poderias ter êxito e poderia ajudar a construir e melhorar Pernambuco assim como o meu pai e o meu irmão vem fazendo”, ressaltou o candidato. Além deles, outro membro disputa um cargo no pleito deste ano, o vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho (PSDB), filho de Osvaldo Coelho e primo de FBC.
Sem espaço para disputar a reeleição, outro exemplo de candidaturas em família é o do deputado estadual Raimundo Pimentel (PSB). O parlamentar abriu mão da disputa para apoiar a esposa, Socorro Pimentel (PSL), que pleiteia o cargo estadual. “Isso foi uma decisão em função da conjuntura do momento. Estava procurando alguém para me representar e nada melhor do que ela”, revelou Pimentel. De acordo com o socialista, Socorro já disputou a vaga de prefeita de Araripina, no Sertão, e “tem um conhecimento bastante amplo” da política estadual.
O desafio durante a época de campanha é conciliar a agenda política da pessoal, segundo Pimentel, apesar dos sacrifícios, eles sempre encontram um espaço nas agendas para dedicar-se um ao outro. “Em época de campanha não tem tempo para nada, além da dedicação para política e campanha exclusivamente. Mas sempre tratamos com naturalidade, conciliamos as atividades políticas com as pessoais. É um sacrifício muito grande, principalmente nos fins de semana”, contou.
Outros exemplos
A disputa estadual e federal deste ano está cheia de laços familiares. O deputado Guilherme Uchoa (PDT), disputará o sexto mandato consecutivo na Alepe, ao lado do filho, Guilherme Uchoa Júnior (PSB), que também postula uma vaga na Casa Joaquim Nabuco. Os dois, apesar das mesmas defesas, participam da disputa em chapas diferentes. O partido do pai compõe a coligação Pernambuco Vai Mais Longe, liderada por Armando Monteiro (PTB), e a sigla do filho lidera a Frente Popular, com a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao governo estadual.
Os irmãos André (PMDB) e Anderson Ferreira (PR) também fazem parte do pleito. O primeiro é vereador do Recife e concorre ao parlamento estadual. Já Anderson, disputa à reeleição federal.
O casal Michele Collins e Cleiton Collins, ambos do PP, compõem outro exemplo de afetividade nas candidaturas. Ela, que é vereadora do Recife, postula uma vaga no âmbito estadual. E ele, deputado estadual, concorre a Câmara Federal.