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Representantes do Ministério da Saúde, do instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina Sputnik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do imunizante Covaxin, reúnem-se na próxima sexta-feira (5) para negociar a aquisição de mais 30 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.

Segundo o Ministério da Saúde, o avanço nas negociações foi decidido depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o novo protocolo com simplificação do processo de concessão de uso emergencial e temporário de vacinas, dispensando a realização de estudos clínicos de Fase 3. O ministério espera ter acesso aos imunizantes ainda neste mês.

No encontro, serão discutidos também os termos contratuais, de acordo com as minutas de contrato solicitadas nesta quarta-feira (3), incluindo as bases das negociação, além do cronograma de entrega e dos valores das doses dos imunizantes.

A farmacêutica russa Gamaleya, que instalou uma linha de produção no Distrito Federal, adiantou ao Ministério da Saúde que, havendo acordo com a pasta, terá condições para entregar 10 milhões da Sputnik V, que serão importadas da Rússia, nos meses de fevereiro e março. A empresa russa informou que, a partir de abril, passará a produzir mensalmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e 8 milhões de doses no Brasil.

O laboratório indiano Bharat Biotech também disse acreditar no êxito das negociações com o governo brasileiro. Caso isso se viabilize, poderá entregar mais 8 milhões de doses da Covaxin ainda neste mês. A empresa afirmou ter condições de entregar mais 12 milhões de sua vacina em março.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve mudar regras para que empresas peçam o uso emergencial de vacinas para covid-19 no Brasil e facilitar a entrada da Sputnik V. A agência estuda retirar a exigência de que estudos de fase 3 estejam em andamento no País para conceder este aval.

A discussão ocorre no momento em que a Anvisa é pressionada para liberar o uso do imunizante, desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. No Brasil, a União Química afirma que pode receber 10 milhões de doses prontas do imunizante até março. Além disso, entregar 150 milhões de unidades em 2021, somando a produção que seria feita no Brasil.

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A retirada desta exigência também pode facilitar a entrada de outras vacinas no País. O laboratório indiano Bharat Biotech, por exemplo, já mostrou interesse em trazer a Covaxin ao setor público e privado brasileiro.

A Sputnik V tem eficácia de 91,6% contra casos sintomáticos da covid-19. Os dados, avaliados por pesquisadores independentes, foram publicados na terça-feira, 2, na revista científica The Lancet. A vacina já está sendo aplicada na Rússia e em outros países, como Argentina e Argélia.

Mesmo sem a exigência da fase 3 de pesquisa, a Anvisa ainda aguarda dados de segurança e eficácia da Sputnik V. Ao Supremo Tribunal Federal (STF), a agência aponta a falta de dados básicos da vacina. Já a União Química chama, na mesma ação, as cobranças da Anvisa de "exageradas". O governo federal tem apostado na compra da Sputnik V, que nos bastidores tem sido vista como uma possível "vacina de Bolsonaro".

A agência, hoje, cobra em seu guia para submissão do pedido de uso emergencial que estudos finais da vacina estejam pelo menos sendo conduzidos no Brasil. Por esta regra, apenas as vacinas de Oxford/AstraZeneca, a Coronavac e os imunizantes da Janssen e da Pfizer podem solicitar o uso emergencial.

Como o Estadão mostrou, porém, os diretores da Anvisa já apontavam a cobrança da fase 3 como uma barreira que pode ser dissolvida, caso os imunizantes recebam alguma qualificação de agências reguladoras de peso ou entreguem dados robustos de segurança e eficácia.

O Congresso também tem pressionado a Anvisa. Como mostrou a Coluna do Estadão, o líder do governo na Câmara e ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), trabalha em projeto para suspender a exigência de pesquisa no Brasil. Além disso, o Congresso deve inserir em medida provisória a possibilidade de a Anvisa aceitar autorização excepcional para importação e distribuição no Brasil de vacinas aprovadas pelas agências sanitárias da Rússia e da Argentina. O governo da Bahia também foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar liberar a Sputnik V.

A Rússia quer aumentar a produção de sua vacina Sputnik V no exterior, informou nesta quarta-feira (3) o porta-voz do Kremlin, um dia depois de a revista científica The Lancet publicar que a eficácia do fármaco é de quase 92%.

"Em um futuro muito próximo queremos começar a produzir em outros países para responder a demanda crescente de mais e mais países", disse Dmitri Peskov.

A vacina russa há muito é tratada com suspeita em face da falta de dados científicos públicos.

No entanto, a Sputnik V já foi aprovada em mais de 15 países: em vizinhos ex-soviéticos como Belarus e Armênia, em aliados como Venezuela e Irã, mas também na Argentina, Argélia, Tunísia e Paquistão. Na terça-feira, as autoridades mexicanas aprovaram o uso da vacina russa.

Em vez de exportar, Moscou quer desenvolver parcerias de produção. No momento, Cazaquistão, Índia, Coreia do Sul e Brasil produzem a Sputnik V. Mas nem todos a utilizam ainda.

A Rússia também iniciou o processo de aprovação junto à Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar aberta, condicionalmente, à ideia de usá-la na Europa.

A Sputnik V é uma vacina de vetor viral em duas injeções, mas terá uma versão "light", de uma só dose.

A Comissão de Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) do México, que regulamenta o uso de medicamentos, autorizou nesta terça-feira (2) o uso emergencial da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19, informaram as autoridades.

“A Cofepris acaba de conceder autorização para o uso emergencial da vacina Sputnik V”, anunciou Hugo López Gatell, subsecretário de Saúde e estrategista contra a pandemia, em coletiva de imprensa.

Uma vez autorizado o uso do Sputnik V, os russos têm “o compromisso de enviar 400 mil doses ao México em poucos dias", que serão injetadas em 200 mil pessoas por tratar-se de uma fórmula que necessita duas aplicações.

Ele explicou que o México já assinou o contrato de compra da vacina e que o documento é enviado à Rússia na mesma noite desta terça-feira para que os russos façam o mesmo.

Em 25 de janeiro, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou, após uma ligação com seu homólogo russo, Vladimir Putin, que o México havia concordado em comprar 24 milhões de vacinas Sputnik V.

O jornal médico The Lancet publicou nesta terça-feira que o Sputnik V tem uma eficácia de 91,6% contra a covid-19 em suas manifestações sintomáticas.

O México foi o primeiro país latino-americano a aplicar a vacina contra covid-19 no dia 24 de dezembro, seguido, no mesmo dia, pelo Chile e pela Costa Rica.

Até agora, só se utilizou a fórmula da parceria americano-alemã Pfizer / BioNTech, aplicada a profissionais de saúde de todo o país e a professores do sul do México.

A outra vacina já aprovada pelo Cofepris é a da AstraZeneca, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford e que será embalada neste país após ser produzida na Argentina.

O México se junta a uma dezena de países que já aprovaram a vacina russa contra covid-19, incluindo Argentina e Venezuela.

Dias atrás, o México recebeu a primeira remessa do princípio ativo da AstraZeneca e a previsão é que a partir de março esteja disponível para uso local e para exportação para a América Latina.

O México, com 126 milhões de habitantes, acrescentou 1.874.092 infecções e 159.533 mortes de covid-19 até terça-feira.

Os excelentes resultados publicados nesta terça-feira (2) sobre a eficácia da vacina russa Sputnik V abrem as portas para a expansão do arsenal global de combate à covid-19.

- Qual é a melhor?

Atualmente, as vacinas Pfizer / BioNTech e Moderna, ambas com tecnologia de RNA mensageiro, apresentam as maiores taxas de eficácia de 95% e 94,1%, respectivamente.

Mas a Sputnik V, cujos fabricantes russos foram acusados de precipitação e falta de transparência pela comunidade científica, subiu ao pódio nesta terça-feira, mostrando uma eficiência de 91,6% contra as manifestações sintomáticas da covid-19, de acordo com os primeiros resultados verificados por especialistas independentes e publicados na The Lancet.

Já a vacina AstraZeneca / Oxford tem 60% de eficácia, segundo a Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Esta e a Sputnik V são vacinas de "vetor viral", ou seja, utilizam outros vírus previamente manipulados para torná-los inofensivos ao organismo que como consequência será capaz de combater a covid.

Mas enquanto a AstraZeneca usa apenas um adenovírus de chimpanzé, o russo usa dois adenovírus humanos diferentes para cada dose. De acordo com seus fabricantes, isso poderia explicar sua melhor resposta imunológica.

Por outro lado, as vacinas Pfizer / BioNTech e Moderna devem ser armazenadas em temperaturas muito baixas, -70 ° C e -20 ° C, respectivamente.

Já a Sputnik V pode ser mantida entre 2ºC e 8ºC.

Outras empresas farmacêuticas avançaram na eficácia de suas vacinas ainda não aprovadas, como a americana Novavax (89,3%) e a Johnson & Johnson (66%). O percentual é de 79% para a chinesa Sinopharm.

Mas em todos esses produtos, as dúvidas permanecem: por quanto tempo eles são eficazes? Eles evitam a transmissão do vírus?

- Quantas vacinas existem?

Mais de 100 milhões de doses de vacinas foram administradas no mundo, quase dois meses após o início das primeiras campanhas de imunização, segundo balanço da AFP. Dos 77 países ou territórios onde já há vacinação, Israel é o mais avançado: 37% de sua população recebeu pelo menos uma dose.

Na UE, três vacinas foram licenciadas, as da Pfizer / BioNTech, Moderna e AstraZeneca / Oxford.

O fundo soberano russo que participou do desenvolvimento da Sputnik V anunciou que havia iniciado o procedimento de homologação junto à EMA. Além da Rússia, a vacina foi aprovada em 16 países, entre eles Argentina, Venezuela e Bolívia.

No Reino Unido, as vacinas disponíveis são da Pfizer / BioNTech e AstraZeneca / Oxford. Nos Estados Unidos, os imunizantes aplicados são da Pfizer / BioNTech e Moderna.

O México aprovou o uso da Pfizer / BioNTech, o da AstraZeneca e no final de janeiro concordou em comprar vacinas russas.

Além das vacinas atualmente disponíveis no mercado, 58 estão sendo testadas em humanos em ensaios clínicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

- Qual é a eficácia contra as variantes?

Os especialistas questionam se essas vacinas desenvolvidas contra o vírus SARS-CoV-2 detectado inicialmente na China serão igualmente eficazes contra suas variantes atuais, como a britânica, a sul-africana e a brasileira.

Particularmente preocupante é uma mutação comum aos dois últimos, E484K, que pode tornar as vacinas menos eficazes, de acordo com vários estudos realizados in vitro.

A Moderna disse na semana passada que sua vacina foi eficaz contra a variante britânica e também contra a sul-africana, mas em menor grau.

A empresa, portanto, trabalhará para desenvolver uma dose especificamente dirigida contra a segunda variante.

A Pfizer / BioNTech afirmou que o seu imunizante é eficaz contra as principais mutações de ambas.

- As doses podem ser espaçadas?

Para tentar vacinar um número maior de pessoas com a primeira dose, alguns países como Dinamarca e Reino Unido decidiram adiar a segunda, para 6 e 12 semanas, respectivamente.

Os imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna foram projetados para serem administrados em intervalos de 3 e 4 semanas.

A OMS determinou em janeiro que a segunda dose pode ser espaçada "em circunstâncias excepcionais", mas desaconselhou ultrapassar seis semanas.

Alguns cientistas, por sua vez, defendem que os prazos iniciais sejam respeitados para evitar perda de eficiência.

A futura vacina da Johnson & Johnson pode facilitar as coisas, já que requer apenas uma injeção.

- Quais são os efeitos colaterais?

Os ensaios clínicos das vacinas aprovadas não revelaram quaisquer preocupações de segurança notáveis.

Mas a vigilância é mantida para detectar quaisquer efeitos colaterais graves a médio ou longo prazo.

Nas últimas semanas, houve relatos de várias mortes de idosos e doentes que receberam a vacina Pfizer / BioNTech.

A EMA concluiu após examinar os casos que "os dados não mostram relação" com a vacinação.

Por outro lado, como todas as vacinas, também podem causar efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção e fadiga.

A vacina russa Sputnik V tem eficácia de 91,6% contra a covid-19 em suas manifestações sintomáticas - é o que aponta uma análise dos testes clínicos publicada nesta terça-feira (2) pela revista médica The Lancet e validada por especialistas independentes.

O fármaco russo já está sendo administrado na Rússia e em outro países, como Argentina e Argélia.

"O desenvolvimento da vacina Sputnik V foi criticado por sua precipitação, o fato de que pulou etapas e por uma ausência de transparência. Mas os resultados apresentados são claros e o princípio científico desta vacina ficou demonstrado", afirmaram dois especialistas britânicos, os professores Ian Jones e Polly Roy, em um comentário publicado com o estudo.

"Isto significa que uma vacina adicional pode se unir ao combate para reduzir a incidência da covid-19", completam os pesquisadores.

Os primeiros resultados verificados corroboram as afirmações iniciais da Rússia, recebidas com desconfiança no ano passado pela comunidade científica internacional.

A Sputnik V ficaria, assim, entre as vacinas mais eficazes, próxima dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna (quase 95% de eficácia).

Nas últimas semanas, algumas autoridades na Europa solicitaram que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) avaliasse rapidamente a vacina russa.

Os resultados publicados na revista The Lancet procedem da última fase dos testes clínicos, a 3, que reuniu quase 20.000 voluntários.

Como acontece nestes casos, os resultados foram apresentados pela equipe que elaborou a vacina e conduziu os testes, antes de serem submetidos a outros cientistas independentes.

Os dados mostram que a Sputnik V reduz em 91,6% o risco de desenvolver sintomas de covid-19.

Os participantes no teste realizado entre setembro e novembro receberam duas doses, ou um placebo, com três semanas de intervalo.

No total, 16 voluntários dos 14.900 que receberam a vacina foram diagnosticados como casos positivos de covid-19, ou seja, 0,1%, contra 62 dos 4.900 que receberam um placebo (1,3%).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e integrantes da Vigilância Sanitária do Distrito Federal inspecionaram nesta quarta-feira (27), em Brasília, a fábrica da União Química, empresa que firmou parceria para a produção da vacina russa Sputnik V.

De acordo com a Anvisa, a União Química ainda não começou a produzir insumos farmacêuticos ativos em escala industrial para uso humano. A atividade da fábrica tem sido voltada para a fabricação de “lotes de desenvolvimento”.

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Tais lotes fazem parte do processo de transferência tecnológica entre o desenvolvedor da vacina, o Instituto Gamaleya, na Rússia, e a União Química. Este é o processo por meio do qual uma tecnologia criada em outro país pode ser usada por um laboratório daqui.

Segundo nota divulgada pela Anvisa, a União Química ainda não concluiu o processo de transferência tecnológica.

Esse tipo de acordo foi celebrado também entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, para produção da vacina CoronaVac, e pelo consórcio Universidade de Oxford e AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No comunicado, a Anvisa esclareceu que o objetivo foi averiguar a situação da produção e das instalações implantadas pela União Química, mas a inspeção não cumpre o papel de avaliação de boas práticas de fabricação, que faz parte da análise de um pedido de autorização emergencial.

Os responsáveis pela vacina têm se reunido com a Anvisa para discutir os procedimentos e requisitos para a solicitação de uso emergencial. A agência já informou que faltam documentos para dar andamento à análise.

Nesta semana, a agência reguladora informou ao Supremo Tribunal Federal que, por causa da “insuficiência e a incompletude de dados relevantes à análise do pleito”, a solicitação está inviabilizada neste momento, uma vez que foi constatada a “inadmissibilidade dos documentos apresentados pelo interessado”.

CoronaVac

Tambémhoje, a Anvisa emitiu um alerta sobre a aplicação da CoronaVac. O segundo lote da vacina, com previsão de 4,8 milhões de doses, é distribuído em frascos de 5 ml com 10 doses. Assim, a agência chama a atenção para a importância dos profissionais observarem a quantidade para aplicar a dose exata.

A Anvisa destacou ainda a importância do cuidado com o tempo de validade de cada frasco, de 8 horas. Assim, uma vez que um recipiente for aberto para ministrar a primeira dose, o restante deve ser aplicado dentro desse período.

A agência também reforçou a necessidade de assegurar o armazenamento conforme as temperaturas definidas, de 2ºC a 8ºC.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 61 anos, recebeu nesta quinta-feira, 21, a primeira dose da vacina Sputnik V, contra o novo coronavírus, um dia depois de a agência reguladora do país autorizar a imunização de pessoas com mais de 60 anos.

A vacina foi aplicada no braço esquerdo do chefe de governo pela enfermeira Marcela Yanni, no Hospital Posadas, localizado na Província de Buenos Aires.

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Após ser imunizado, Fernández reafirmou, por meio de comunicado, a segurança e a eficácia da Sputnik V, que é produzida na Rússia, e garantiu que a prioridade dele é fazer com que o mesmo aconteça com a maior parte da população, no menor tempo possível.

O presidente argentino, apesar de manifestar confiança na vacina russa, deixou claro que pretende "contar com todas as que estejam a disposição".

Fernández agradeceu aos trabalhadores do setor de saúde pela luta contra a covid-19 e também a todos que estão envolvidos com o desenvolvimento e a distribuição das vacinas.

No mês passado, a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica da Argentina (Anmat) recomendou a autorização emergencial pelo Ministério da Saúde da Sputnik V, que está sendo aplicada desde 29 de dezembro, quando chegou o primeiro lote de 300 mil agentes imunizantes enviados pela Rússia.

Na terça-feira, foi iniciada a aplicação da segunda dose da vacina, para as pessoas que receberam a inicial há mais de 21 dias.

Na quarta, a Anmat anunciou que estava autorizada a aplicação da vacina Sputnik V em pessoas com mais de 60 anos de idade. Segundo o órgão regulador, a vacina mostrou uma taxa de eficácia de 91,8% nesta faixa etária.

A Argentina espera receber até o fim de janeiro os outros 5 milhões de frascos da vacina russa de duas doses, e em fevereiro 14,7 milhões de doses adicionais.

O Paraguai e Emirados Árabes aprovaram esta semana o uso da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou. Eles se juntam ao grupo de países que aprovaram o uso emergencial da vacina que inclui Bolívia, Venezuela, Argélia e Sérvia, além da Rússia.

Os casos positivos de covid-19 na Argentina totalizavam 1.831.681 até quarta-feira, e os mortos chegavam a 46.216, de acordo com o Ministério da Saúde. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Alemanha está disposta a ajudar a Rússia, apesar das tensões atuais, a desenvolver sua vacina Sputnik V contra a Covid-19, declarou nesta quinta-feira (21) a chanceler Angela Merkel.

"Deixando de lado todas as nossas diferenças políticas, que atualmente são importantes, podemos, no entanto, trabalhar juntos no contexto de uma pandemia, no campo humanitário", explicou a chanceler em entrevista coletiva.

As autoridades russas iniciaram o processo de homologação na União Europeia (UE) da Sputnik V e esperam um "primeiro exame (dos documentos enviados) para fevereiro".

Nesse contexto, Merkel propôs que o instituto federal alemão Paul-Ehrlich, responsável pela regulamentação de medicamentos, "apoie a Rússia" em sua demanda perante a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

"E se essa vacina for aprovada pela EMA, poderemos então falar sobre a produção conjunta e também sobre o seu uso", acrescentou Merkel.

No início de janeiro, o presidente russo Vladimir Putin confidenciou que havia discutido com a chanceler alemã sobre a possibilidade de uma "produção conjunta de vacinas" contra a covid-19.

Berlim e Moscou têm vários pontos de atrito, entre eles o caso do opositor russo Alexei Navalny, que foi tratado na Alemanha após o que vários países consideraram uma tentativa de envenenamento, antes de retornar à Rússia em 17 de janeiro e ser preso.

A vacina foi aprovada na Rússia em agosto, o que gerou críticas internacionais devido a um anúncio considerado prematuro, antes dos ensaios de Fase 3 e da publicação de resultados científicos.

Putin afirmou em 13 de janeiro que a Sputnik V é "a melhor" vacina do mundo e ordenou que a inoculação em massa fosse iniciada na Rússia.

O Consórcio do Nordeste está se movimentando para adquirir a vacina Sputnik V, da Rússia. Segundo informado pelo secretário André Longo, o Governo da Bahia entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para que houvesse a aprovação do uso emergencial dessa vacina.

Longo aponta que o Consórcio tem memorandos para aquisição de algo em torno de 50 milhões de doses da Sputnik V. 

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"Esperamos que o Ministério da Saúde possa exercer sua prioridade na aquisição de todas as vacinas seguras, de qualidade e eficazes para que a gente tenha a continuidade da vacinação", explica André Longo. 

O secretário complementa dizendo que "a escassez de doses que hoje é apresentada aos estados começa a gerar uma série de problemas no processo de execução dessas vacinas, gerando um ambiente que não é o melhor para o processo da vacinação", salienta.

As doses, se compradas, serão administradas pelos estados que integram a região. A informação também foi confirmada pelo presidente do consórcio, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). 

Em nota divulgada, o Consórcio reclamou do entrave da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O órgão determinou a exigência do início de estudo clínico realizado no Brasil para analisar o pedido de uso emergencial da vacina. “Uma vez que a Sputnik tem estudos com 44 mil pessoas, o que vai agregar um estudo feito no Brasil com 5 mil? Não somos jacarés e eles seres humanos”, reclama o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem 72 horas para confirmar ao Supremo Tribunal Federal (STF) se recebeu o pedido de autorização temporária para uso emergencial da vacina russa Sputnik V formalizado pelo Governo da Bahia. A entidade também deverá informar o estágio de análise do requerimento e eventuais pendências para a aprovação do imunizante contra a covid-19.

A ordem partiu do ministro Ricardo Lewandowski nesta quarta-feira, 20. O magistrado atendeu a um pedido do governador Rui Costa (PT). O petista acionou o tribunal na tentativa de garantir a compra da vacina russa sem intermediação do governo federal. Isso porque a Bahia fechou um acordo de cooperação com o fundo responsável pela distribuição do imunizante - já aprovado na Rússia, Argentina e Paraguai - prevendo o fornecimento de até 50 milhões de doses.

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"Considerada a afirmação do autor, feita na petição inicial, de que já foi requerida a autorização temporária para uso emergencial da vacina Sputnik V, informe, preliminarmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas, se confirma tal afirmação e, em caso positivo, esclareça qual o estágio em que se encontra a aprovação do referido imunizante, bem assim eventuais pendências a serem cumpridas pelo interessado", diz um trecho do despacho.

Ao Supremo, Rui Costa argumenta que a Medida Provisória editada no início do mês pelo Planalto para regulamentar a aquisição de vacinas e insumos necessários à imunização da população contra o novo coronavírus cria 'restrições' para a importação e a distribuição das doses pelos governos locais e, por isso, em uma instância, é inconstitucional.

Nos termos da MP, o governo federal autoriza a compra de vacinas antes mesmo de a Anvisa conceder o registro ou aval para uso emergencial do produto, desde que tenham sido aprovadas pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, União Europeia, Japão, China ou Reino Unido.

Rui Costa defende que a autorização deve ser estendida aos imunizantes registrados em qualquer uma das agências reguladores certificadas pela Organização Panamericana de Saúde. Na avaliação do governador, a circunscrição aos cinco países previstos na Medida Provisória é 'irracional'.

"A falta de razoabilidade na opção por determinadas agências, ao invés da abertura e da adoção de outro critério pertinente e menos restritivo, é patente, induzindo à inconstitucionalidade", diz um trecho da ação enviada ao Supremo. "É induvidoso que nenhum laboratório, isoladamente, terá capacidade de atender à demanda brasileira, no momento atual, sobretudo em face da manifesta ausência de planejamento do Governo Federal. Nesse sentido, a abertura do país a mais vacinas, desde que todas sejam criteriosamente respaldadas e estejam cientificamente embasadas por autoridades sanitárias de referência, é medida impositiva", completa.

O Grupo União Química e o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF, da sigla em inglês) protocolaram junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um pedido para uso temporário emergencial da vacina Sputnik V no Brasil. O imunizante russo foi o primeiro contra Covid-19 a ser registrado no mundo, ainda em agosto.

A empresa já havia acertado nesta semana a parceria com o RDIF para o fornecimento de 10 milhões de doses da vacina, que serão entregues no primeiro trimestre de 2021, com início já em janeiro. Como parte do acordo, a RDIF deve facilitar a transferência de tecnologia e fornecer biomateriais para o começo da produção no País.

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"A Sputnik V, amplamente utilizada e aprovada por vários países no mundo, será produzida em nossas fábricas de Brasília e de Guarulhos, através de acordo de transferência de tecnologia firmado entre a companhia e o RDIF. A União Química entende que com o avanço da pandemia no Brasil e no mundo, todos os esforços, seja do setor público ou do setor privado, deverão ser empenhados de forma a combater a pandemia da Covid -19, inclusive com ações extraordinárias e excepcionais em razão da urgência e relevância que o momento exige", disse a empresa.

A Sputnik V já foi aprovada em emergência por Argentina, Bolívia, Argélia, Sérvia e Palestina. Segundo o anúncio, funcionários brasileiros da Embaixada na Rússia já estão sendo vacinados.

Kirill Dmitriev, CEO do RDIF, e Fernando De Castro Marques, presidente da União Química, debateram a possibilidade de propor aos outros países membros do Brics (Índia, China e África do Sul) a criação de uma força-tarefa para combater a Covid-19 e pela cooperação na obtenção de imunizantes.

"Nossos parceiros da União Química foram um dos primeiros no mundo a se interessar pela vacina russa Sputnik V. Do nosso lado, estamos prontos para uma cooperação em larga escala no abastecimento e na produção para iniciar a vacinação da população do Brasil o mais rápido possível", afirmou Dmitriev.

Uma delegação da União Química deve visitar as linhas de produção da Sputnik V na Rússia. O imunizante, que custa US$ 10 (cerca de R$ 53) por injeção, tem uma eficácia acima de 90% em casos graves da Covid-19 e pode ser armazenado entre 2ºC a 8ºC, temperaturas de geladeiras convencionais.

Neste domingo (17), a Anvisa responderá aos pedidos de uso emergencial de outras duas vacinas contra a Covid-19, a Coronavac, uma parceria do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac, e outro imunizante que é feito pela Universidade de Oxford em conjunto com o laboratório AstraZeneca.

Os criadores da vacina russa contra o novo coronavírus, a Sputnik V, afirmaram nesta quinta-feira (14) que o Twitter restringiu o acesso à sua conta oficial. A página, porém, já foi normalizada.

"A conta da Sputnik V @sputnikvaccine foi restrita", disse em um comunicado o Fundo Soberano Russo (RDIF), que financiou o desenvolvimento do imunizante.

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O perfil voltou ao ar ainda nesta quinta e publicou um tuíte explicando que, segundo a rede social, o bloqueio ocorreu devido à uma possível violação de segurança no estado da Virgínia, nos Estados Unidos.

Horas antes, um aviso havia aparecido na conta da Sputnik V no Twitter: "Atenção: esta conta está temporariamente bloqueada". No entanto, o perfil podia ser acessado clicando no botão "Sim, visualizar perfil".

Batizada de "Sputnik V" em homenagem ao primeiro satélite enviado ao espaço pela União Soviética em 1957, a vacina foi registrada em agosto na Rússia.

Dessa forma, o país se tornou o primeiro do mundo a aprovar uma vacina contra a covid-19, apesar de ter recebido críticas da comunidade internacional, que apontou que o anúncio foi prematuro, já que foi feito antes dos testes de fase 3 e da publicação dos resultados científicos.

Na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que que a Sputnik V é "a melhor" do mundo e ordenou o início de uma campanha maciça de vacinação no país a partir da próxima semana.

O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) informou nesta quarta-feira (13) que dez milhões de doses da vacina Sputnik V contra COVID-19 serão disponibilizadas ao Brasil no primeiro trimestre deste ano.

As primeiras entregas do imunizante serão feitas ainda em janeiro. Até o fim de 2021, 150 milhões de doses do imunizante serão entregues ao Brasil.

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O acordo foi firmado após uma reunião entre Kirill Dmitriev, diretor-geral do RFPI, com Fernando de Castro Marques, presidente da farmacêutica brasileira União Química.

Como parte da parceria com a União Química, o RFPI vai facilitar a importação de tecnologia da Sputnik V para o Brasil, incluindo fornecimento de documentos e biomateriais. A produção local da Sputnik V no Brasil foi iniciada em janeiro.

Além disso, o RFPI e a União Química vão solicitar ainda nesta semana a autorização de uso emergencial da Sputnik V à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Um grupo de cerca de 20 brasileiros que trabalham na embaixada da Rússia no Brasil já estão sendo vacinados com a Sputnik V. As informações foram publicadas no site do próprio RFPI.

"Nossos parceiros da União Química foram um dos primeiros no mundo a se interessar pela vacina russa Sputnik V. Por nossa parte, estamos prontos para uma cooperação em larga escala no fornecimento e na produção para iniciar a vacinação da população no Brasil o mais rápido possível", destacou Kirill Dmitriev.

O uso emergencial da Sputnik V foi aprovado em vários países, incluindo Argentina, Bolívia, Argélia, Sérvia e Palestina.

"A Sputnik V é uma vacina segura e eficaz criada em uma plataforma comprovada e bem pesquisada de vetores adenovirais humanos. Vários países da América Latina já estão vacinando pessoas com a Sputnik V e esperamos que o Brasil se junte a eles nas próximas semanas", completou Dmitriev.

O RFPI e a União Química também informaram que vão propôr aos países do BRICS para que seja criada uma força-tarefa para combater a COVID-19 e realizar cooperação em vacinas.

No dia 29 de dezembro, a União Química submeteu o pedido para a realização de testes clínicos da fase 3 no Brasil à Anvisa.

Mais de 1,5 milhão de pessoas já foram vacinadas com a Sputnik V no mundo até esta quarta-feira (13). A eficácia do Sputnik V é superior a 90%, com proteção total contra casos graves de COVID-19.

Da Sputnik Brasil

Quatrocentas doses da vacina Sputnik V contra o novo coronavírus, com a qual a Argentina iniciou a imunização, tiveram que ser descartadas após perder a cadeia de frio, informaram nesta segunda-feira (4) autoridades de saúde, que denunciaram uma suposta sabotagem.

"Na madrugada desta segunda-feira foi registrada uma sabotagem no Hospital provincial de Oncologia Luciano Fortabat, da cidade de Olavarría, devido à perda da cadeia de frio de 400 doses da vacina Sputnik V por fatos de extrema gravidade", destacou o ministério da Saúde da província de Buenos Aires em um comunicado de imprensa.

O episódio ocorreu na cidade de Olavarría, 350 km a sudoeste da capital argentina.

"Ficou em evidência uma série de fatos irregulares graves: foi cortada a transmissão da câmara de segurança que enfoca o freezer às 02H50 da madrugada e não voltou a ter conexão. Também houve movimentos estranhos ao redor do hospital", disse Ramiro Borzi, diretor da Região Sanitária IX, com jurisdição em Olavarría.

Borzi disse não descartar "que tenha sido uma ação intencional".

"Estávamos com muitíssima expectativa e nos deparamos com isto que não sabemos bem o que foi, se é uma sabotagem ou um boicote, mas estamos acionando judicialmente para avançar na investigação", disse.

A Argentina começou na terça-feira da semana passada sua campanha de vacinação contra a Covid-19 com a aplicação da vacina Sputnik V, elaborada pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, da Rússia.

A campanha começou simultaneamente em todo o país e tem como prioridade a vacinação voluntária do pessoal sanitário.

Em 24 de dezembro, chegaram ao país as primeiras 300.000 doses da vacina, autorizada "com caráter de emergência" pelo ministério da Saúde.

Destas doses, 123.000 foram distribuídas na província de Buenos Aires, o maior distrito, onde vivem 17 milhões dos 44 milhões de argentinos e que não inclui a cidade autônoma de Buenos Aires.

O acordo com a Rússia compreende outras 19,7 milhões de doses entre janeiro e fevereiro, com opção de compra de mais cinco milhões. A Sputnik V prevê uma segunda dose, a ser aplicada 21 dias após a primeira.

Em meio a uma polêmica sobre o uso de uma vacina que está na fase 3 de pesquisa, circulam informações falsas sobre supostos efeitos adversos graves da vacina e inclusive lhe foi atribuída a morte de um cabo do Exército, que não foi inoculado, segundo verificou a AFP Factual.

A Argentina registra desde março passado mais de 1,6 milhão de contágios e superou as 43.600 mortes por Covid-19.

Após receber as primeiras 300 mil doses da vacina russa Sputnik V, a Argentina iniciou nesta segunda (28) a distribuição para que o programa de imunização em massa comece hoje nas províncias. O Fundo de Investimento Direto Russo, que financiou o desenvolvimento da vacina, planeja enviar mais 10 milhões de doses ao país em 2021.

"Recebemos as primeiras 300 mil doses para iniciar este grande desafio que é a campanha de vacinação mais importante da história da Argentina", disse a secretária de Saúde, Carla Vizzotti, parte da delegação que viajou à Rússia para receber informações técnicas sobre a Sputnik V - ela voltou no mesmo avião que transportou as primeiras doses. A Rússia alega que a eficácia de sua vacina, vista com desconfiança por parte da comunidade científica ocidental, é de 91,4%.

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A segunda leva do imunizante será enviada à Argentina nas próximas três semanas, segundo o diretor do Centro Gamaleya, criador da Sputnik V, Alexander Gintsburg. Ele afirmou que os fabricantes conseguiram eliminar um desequilíbrio na produção do primeiro e do segundo componentes, que são inoculados com um hiato de 21 dias.

A vacinação começará às 9 horas (horário local), segundo informou o presidente argentino, Alberto Fernández, no fim de semana. Na primeira fase, a vacinação será destinada aos profissionais de saúde de grandes centros urbanos, onde a pandemia teve um impacto maior e o risco de uma segunda onda é mais elevado.

O coordenador do setor de logística do Ministério da Saúde, Juan Pablo Saulle, afirmou que "todo o calendário foi elaborado para fazer a entrega a cada ponto em cada província, para chegar ao mesmo tempo, com uma diferença de apenas 3 a 4 horas".

O plano de vacinação estima um total de 54,4 milhões de doses, considerando um esquema de duas doses e calculando uma taxa de perda estimada em 15%, que atingiria entre 23 e 24 milhões de pessoas de uma população de 45 milhões.

O contrato de aquisição da Sputnik V é o terceiro assinado pela Argentina: o primeiro foi com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford - vacina que será aplicada em março - e o segundo com a aliança internacional Covax, da ONU, embora outros acordos ainda estejam sendo negociados. "A ideia é que, quando chegar o outono, já tenhamos vacinado todas as pessoas em grupos de risco", disse Fernández. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Argentina recebeu seu primeiro lote de 300 mil doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V, elaborada pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, na Rússia. Com o a primeira leva do imunizante, o país deve iniciar em breve seu plano de vacinação. O acordo assinado pelo governo argentino prevê o fornecimento de 25 milhões de doses.

A Sputnik V foi aprovada "em caráter de emergência" pelo Ministério da Saúde argentino na quarta-feira (23). É a primeira autorização que o imunizante russo recebe na América Latina, informou um comunicado do Fundo de Investimento Direto da Rússia, que participou do financiamento do desenvolvimento da vacina.

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Ainda na quarta-feira, o órgão regulador de alimentos e medicamentos da Argentina (ANMAT) autorizou o uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNtech, enquanto o governo negocia um acordo com a empresa.

O país também já tem convênios para fornecimento de vacinas com a Universidade de Oxford associada à farmacêutica AstraZeneca, e faz parte do mecanismo Covax da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Argentina tem mais de 1,5 milhão de casos confirmados do novo coronavírus e contabiliza mais de 42 mil mortes. (Com agências internacionais)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira que será vacinado contra o coronavírus "quando for possível", com base na sua faixa etária, e repetiu que a vacina russa Sputnik V é "boa e segura".

"Escuto as recomendações dos especialistas e, portanto, ainda não o fiz, mas está claro que o o farei quando possível", afirmou o presidente, de 68 anos, durante sua entrevista coletiva anual.

"Temos uma boa vacina, segura e eficaz (...) com um nível de proteção de 96 a 97%, segundo os especialistas", completou Putin, que responde as perguntas dos jornalistas por videoconferência, devido à pandemia de covid-19.

O presidente russo disse esperar que seu país tenha "milhões de doses de vacina" no próximo ano.

Putin considerou que a Rússia administrou a pandemia "com dignidade e melhor que outros países do mundo", mas admitiu que "nenhum sistema (de saúde) no mundo estava preparado para enfrentar" um problema de "tal magnitude".

A vacina russa Sputnik V apresentou eficácia de 91,4% contra o coronavírus, segundo coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 14, pelo Fundo Russo de Investimento Direto e pelo Centro Nacional Gamaleya. O resultado foi obtido após a fase 3 (clínica) ter atingido o ponto de controle com 78 pessoas infectadas pelo vírus, entre 26 mil voluntários.

De acordo com Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, representantes da farmacêutica Astrazeneca teriam entrado em contato com os pesquisadores da Sputnik V para utilizarem um componente da vacina russa no imunizante desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford.

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Ele afirmou ainda que o nível de confiança do imunizante entre a população da Rússia tem aumentado nas últimas semanas e que cerca de 200 mil pessoas já receberam o imunizante durante a campanha de vacinação no País.

Dmitriev também anunciou que pretende entregar ainda neste mês os resultados de eficácia às agências reguladoras de Belarus, Índia, Emirados Árabes e Argentina. Ele afirmou ainda que há a previsão de firmar contratos para a distribuição do imunizante em países da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina nos próximos meses.

Denis Logunov, vice-diretor do Gamaleya, afirmou que a Sputnik V ainda protegeu 100% dos casos graves de coronavírus e que nenhum dos voluntários apresentou efeitos colaterais graves após a aplicação da vacina. Ainda não foi anunciada uma previsão de quando os resultados serão entregues à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, os governos estaduais do Paraná e da Bahia já firmaram contratos individuais com o instituto para a aquisição do imunizante.

A vacina Sputnik V contra a Covid-19 poderá fornecer até dois anos de imunidade contra a doença, informou neste sábado (12) Aleksander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.

Segundo Gintsburg, a imunidade fornecida pela Sputnik V será superior à da vacina produzida pela Pfizer e BioNTech, que oferecerá proteção por quatro ou cinco meses.

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Durante participação no canal Solovyov Live, no YouTube, o diretor do Centro Gamaleya disse que "em relação à nossa vacina [a Sputnik V] e à plataforma em que foi criada, a vacina de Ebola, há evidências experimentais de que o uso dessa plataforma, com métodos de preparação semelhantes, oferece proteção por pelo menos dois anos, talvez mais".

"É difícil dizer por quanto tempo a vacina da Pfizer dará imunidade, mas com base nas descobertas gerais dessas vacinas, deve-se pensar que o período de proteção não será mais do que quatro ou cinco meses, embora isso requeira dados experimentais", acrescentou Gintsburg.

O diretor do Centro Gamaleya também falou sobre dados de testes clínicos da Sputnik V, que mostraram que a vacina é 96% eficaz na prevenção de infecções. Além disso, Gintsberg assinalou que, se alguém contrair a Covid-19 mesmo depois de vacinado, terá sintomas mais leves do que os que não forem imunizados.

Da Sputnik Brasil

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