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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para a próxima segunda-feira, 26, às 18 horas, uma Reunião Extraordinária da Diretoria Colegiada para apreciar os pedidos de importação da Sputnik V, vacina russa desenvolvida pelo Instituto Gamaleya contra a covid-19.

"A data da reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido pela Lei, e confirmado pelo STF, para que a Anvisa avalie os pedidos de importação de vacinas para covid sem registro", explicou a agência, reforçando que os pedidos foram feitos por alguns Estados e municípios.

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Especialistas da Anvisa terminam neste sábado, 24, uma visita de inspeção nas empresas Generium e UfaVita, que participam da produção da vacina Sputnik V.

Os brasileiros estão na Rússia desde sexta-feira, 16, e o relatório com as informações coletadas ajudará na decisão.

Além de decidir sobre a Sputnik V, a Anvisa marcou para a terça-feira, 27, às 15 horas, uma reunião para apreciar o pedido de uso emergencial da "combinação dos medicamentos biológicos banlanivimabe e etesevimabe, do laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda".

As duas reuniões terão transmissão pelos canais da agência.

Uma pesquisa divulgada na última segunda-feira (19) pelo Instituto Gamaleya e o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF) demonstrou que a vacina russa Sputnik V possui eficácia de 97,6% na imunização contra o coronavírus (Covid-19). O número é superior aos 91,6% divulgados pela revista científica The Lancet, no início de 2020.

O estudo se baseou nos 3,8 milhões de cidadãos russos que receberam a primeira e a segunda dose da vacina. Depois do trigésimo quinto dia de aplicação, foram calculadas as taxas de infecção pelo vírus e, segundo dados, a incidência foi de 0,027%, quando comparados aos 1,1% dos que ainda não foram vacinados.

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De acordo com o estudo, assim como as demais vacinas, a eficiência da aplicação necessita de duas doses, com período de 21 dias de uma para a outra. Além disso, a pesquisa também destaca que o efeito do imunizante se manifesta duas semanas após a segunda dosagem. Outro fato destacado no levantamento é que, atualmente, a vacina é a que apresenta maior eficácia contra o coronavírus entre todas as que existem.

Na última sexta-feira (16), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou inspetores a Rússia para analisar a administração sanitária de produção da Sputnik V, que já foi aprovada em mais de 60 países. No Brasil, ela encontra-se com o uso retido, devido a problemas documentais.

Representantes do consórcio do Nordeste de governadores e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram nessa terça-feira (6) em Brasília para discutir a demanda de importação de lotes da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, que possui parceria com a empresa brasileira União Química.

De acordo com o presidente do consórcio, o governador do Piauí Wellington Dias (PT), a equipe da Anvisa fez uma apresentação técnica, mas houve uma polêmica sobre o pedido de aprovação excepcional do uso do imunizante russo que seria importado pelos governos estaduais.

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Os estados do Nordeste negociam quase 40 milhões de doses com o governo russo. Mas a conclusão do contrato está condicionada à autorização por parte da autoridade sanitária local, a Anvisa.

A Anvisa informou que fará uma visita à Rússia para avaliar as condições de fabricação da Sputnik V. Contudo, os governadores requereram que essa visita não seja uma condição para a permissão excepcional.

Semana passada, a Anvisa negou a Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos ao laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a vacina Covaxin, usada contra a Covid-19, depois de visita de inspeção, como a que será feita à fabricante russa. 

“A decisão da Anvisa é que pode garantir que tenhamos mais vacinas em abril. A intenção é ter 37 milhões de doses compradas pelos estados e mais 10 milhões adquiridas pelo governo federal. Temos 4 mil pessoas que morreram nas últimas 24 horas. Tirar essas vacinas seria um desastre para o Brasil”, disse Wellington Dias, após o encontro.  

Conforme o governador do Piauí, a legislação brasileira prevê a validação da autorização excepcional quando um imunizante tiver recebido o aval de autoridade sanitária de uma série de países.

No Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), questionou a posição da Anvisa de ir à Rússia para avaliar o pedido de importação, classificando-a como “inacreditável” diante da situação da pandemia no país.

Uma nova reunião foi marcada para esta quarta-feira para dar continuidade às tratativas sobre a possibilidade de importação da Sputnik V.

Anvisa

A Anvisa divulgou uma nota na noite desta terça-feira em que diz que vai " buscar de forma proativa informações que busquem superar aspectos técnicos do pedido de importação da Sputnik feito pelos estados."

A agência se reuniu nessa terça com 14 governadores, quando fez uma apresentação técnica do cenário nacional e internacional da vacina Sputnik. Segundo a Anvisa, a medida tem o ojetivo de "permitir a avaliação do pedido de importação feito pelos estados com a garantia de qualidade necessária para a vacina" e incluem a busca de informações  junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMEA).

A Anvisa explicou que o "processo de importação excepcional é mais simples do que a avaliação para o uso emergencial ou para o registro de uma vacina."

Neste momento a Anvisa avalia o pedido de importação da Sputnik feito por 12 estados e é um processo independente e separado do pedido de uso emergencial feito pelo laboratório União Química para a vacina Sputnik.

A reunião desta terça-feira foi realizada por video-conferência e contou com a participação dos governadores do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe. 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo argentino, Alberto Fernández, tiveram uma conversa nesta segunda-feira, 5, seguindo o anúncio de que Fernández contraiu a covid-19, mesmo após ter recebido as duas doses da vacina russa Sputnik V. Em comunicado, o Kremlin afirmou que o presidente da Argentina expressou confiança e agradeceu pelo imunizante ter evitado uma manifestação mais agressiva da doença. Ambos ressaltaram o interesse em seguir a colaboração durante a pandemia, segundo documento.

Ontem, o chefe de gabinete do governo de Fernández, Santiago Cafieiro, anunciou a chegada de mais 497.745 doses da Sputnik V ao país. Em seu Twitter, Cafieiro afirmou que a Argentina conta com mais de 7 milhões de doses para lidar com a pandemia.

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O Instituto Gamaleya, responsável pelo desenvolvimento da vacina russa SputnikV, respondeu ao tuíte do presidente argentino Alberto Fernández, no qual ele anunciou ter testado positivo para covid-19, reforçando sobre a eficácia da vacina. Fernández havia tomado as duas doses da Sputnik, em janeiro e em fevereiro.

"Estamos tristes de ouvir isto (o anúncio da infecção do presidente argentino). A SputnikV é 91,6% efetiva contra a infecção e 100% eficaz contra casos raros. Se a infecção de fato é confirmada e ocorre, a vacinação garante rápida recuperação sem sintomas severos. Desejamos a você (Fernández) uma rápida recuperação", afirmou o Instituto na postagem pelo Twitter.

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Em entrevista à CNN que foi ao ar nesta manhã o médico Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa, afirmou que em 35 países a Sputnik ainda não teve aprovação de agências sanitárias. Procurado pela reportagem, o instituto não confirmou essa informação, mas reforçou que a Sputnik está aprovada para uso em 59 países e que é a segunda no mundo em número de aprovações por órgãos reguladores governamentais.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou neste sábado, por meio de sua conta no Twitter, que testou positivo para a covid-19. Fernández já havia sido vacinado com a vacina russa Sputnik V.

"No fim do dia de hoje, após ter registrado febre de 37,3 graus e uma leve dor de cabeça, fiz um teste de antígeno cujo resultado foi positivo. Aguardo a confirmação pelo teste PCR, mas já me encontro isolado, cumprindo o protocolo vigente e seguindo as orientações do meu médico", disse Fernández pelo Twitter.

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No dia 21 de janeiro, o presidente argentino postou no Twitter uma foto sua na qual aparecia recebendo a vacina Sputnik.

Na postagem de hoje, Fernández informou também que entrou em contato com as pessoas com as quais havia se reunido nas últimas 48 horas para avaliar se seria necessário que também ficassem em isolamento.

"Estou bem fisicamente e, ainda que quisesse ter terminado o dia do meu aniversário (ontem, 2) sem esta notícia, também encontro-me bem de ânimo", continuou o presidente no Twitter hoje. Ele pediu ainda que os cidadãos mantenham os cuidados ante a pandemia.

"Devemos ficar muito atentos. Peço a todos e todas que se preservem e sigam as recomendações vigentes. É evidente que a pandemia não passou e devemos continuar nos cuidando", afirmou.

Contato: clarice.couto@estadao.com

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste sábado, 27, que suspendeu o prazo de análise de pedido de uso emergencial da vacina contra covid-19 Sputnik V, desenvolvida na Rússia, por falta de apresentação de dados solicitados pela reguladora. O órgão regulador diz que, apesar da suspensão, continua a análise das demais informações entregues pela União Química. Com a decisão, o prazo inicial, de sete dias, é interrompido e só volta a contar com a complementação da documentação pela empresa.

Nesta sexta-feira, 26, a União Química, que será responsável por fabricar a Sputnik no Brasil, e o Fundo Soberano da Rússia (RDIF) fizeram novo pedido à Anvisa de uso emergencial. Em janeiro, a agência devolveu uma primeira solicitação de mesmo teor, sob alegação de que não recebeu dados mínimos para a análise. Em painel disponível no seu site, a Anvisa informa que, dos documentos exigidos da empresa, 62,02% estão em análise, 18,21% estão pendentes de complementação e 18,67% não foram apresentados.

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O Ministério da Saúde comprou 10 milhões de doses deste imunizante, que começam a chegar ao País no próximo mês. O Consórcio do Nordeste, formado por governadores da região, comprou outras 37 milhões de unidades, que também serão repassadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e distribuídas a todo o País. A eficácia do imunizante, que exige a aplicação de duas doses, é de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica The Lancet.

O pedido de uso emergencial foi feito com base em dispositivos de lei aprovada neste mês, que prevê facilitar a entrada de vacinas já autorizadas em outros países, como a Rússia. Pela regra, a Anvisa terá sete dias para apresentar um parecer sobre o uso da vacina. A Anvisa usará dados das agências estrangeiras, mas ainda pode negar o pedido neste prazo. Caso considere as informações insuficientes, a agência pode utilizar a "regra geral", que prevê até 30 dias para a análise de uso emergencial para vacinas que não tiveram estudos clínicos no Brasil.

A Argentina recebeu nesta segunda-feira (22) 500 mil novas doses da vacina Sputnik V, contra a Covid-19, que permitirão ao país avançar no processo de imunização, no qual mais de 3,2 milhões de doses já foram aplicadas.

"Recebemos meio milhão de vacinas Sputnik V, o que faz com que tenhamos 3,3 milhões de doses desse imunizante e cheguemos a 4,8 milhões no total, que já estão sendo aplicadas", declarou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, após receber o carregamento no aeroporto internacional de Ezeiza.

"Nosso propósito era que as pessoas de maior risco pudessem estar vacinadas até o próximo dia 31. Acredito que essa data será prorrogada por um mês, mas, se conseguirmos concretizar os últimos acordos, poderemos cumprir nosso objetivo até o fim de abril", declarou o presidente do país, Alberto Fernández.

A Argentina recebeu vacinas Sputnik V, Sinopharm e Covichield. O governo alertou que irá endurecer o controle nas fronteiras e pediu aos argentinos que evitem viagens ao exterior, diante da onda de contágios nos países vizinhos e do surgimento de novas variantes de coronavírus.

O país registrou hoje 6.401 novos casos, superando 2,25 milhões de infectados desde o começo da pandemia, entre 44 milhões de habitantes.

O governador Paulo Câmara anunciou, neste sábado (20), a compra de quatro milhões de doses da vacina Sputnik V, adquirida através de negociação direta do Consórcio Nordeste com o Fundo Soberano da Rússia. Os primeiros lotes do imunizante deverão chegar ao Brasil no mês de abril.

Novas doses

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Também neste sábado, chegaram a Pernambuco mais 172 mil doses da Coronavac e outras 36 mil da AstraZeneca/Oxford. Com isso, terá início a vacinação em idosos acima de 70 anos de idade em todo o Estado.

“O melhor é que poderemos utilizar não só essas vacinas, mas também as 198 mil doses que já foram repassadas aos municípios no meio da semana, todas como primeira dose. Ou seja, são 400 mil doses que serão aplicadas em sua totalidade, sem necessidade de guardar 50% para a segunda aplicação”, detalhou Paulo Câmara, destacando que até o fim do sábado, todas as gerências regionais de saúde já terão recebido as novas doses para repassar às cidades.

Governador pede que pessoas fiquem em casa

O governador afirmou que as novas vacinas trazem esperança, diante da crise causada pela pandemia, mas reforçou que não é momento para se abaixar a guarda.

“Vamos continuar perseguindo qualquer oportunidade de aquisição direta de imunizantes para acelerar a vacinação dos pernambucanos e pernambucanas. Enquanto não chega a sua vez de vacinar, evite sair de casa. Se for necessário sair, use máscara o tempo todo”, completou Paulo Câmara.

Em uma ação que tem chamado atenção no mundo do futebol, o clube russo Zenit São Petersburgo iniciou uma campanha de vacinação de seus torcedores. Desde o último fim de semana, para ser imunizado contra a covid-19 com a vacina Sputnik V, fabricada no país, é preciso ter mais de 18 anos e comparecer à Arena Gazprom durante os jogos da equipe.

O centro de vacinação no estádio do Zenit São Petersburgo foi inaugurado no sábado, na partida contra o Akhmat, pelo Campeonato Russo. A promessa do clube é que o local funcionará até o fim da temporada, em maio.

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Desde junho do ano passado, quando o Campeonato Russo foi retomado, os estádios estão liberados para receber torcedores. O Zenit tem atualmente média de público de 17 mil pessoas por jogo.

O clube conta no seu elenco com três brasileiros: Douglas Santos (ex-Atlético-MG), Wendel (ex-Fluminense) e Malcom (ex-Corinthians). Wendel, inclusive, usou as redes sociais para divulgar a campanha de vacinação do clube, atual bicampeão russo.

Na Rússia, mais de 4 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus e o país registra 90 mil mortes por covid-19. Foram vacinadas até agora com ao menos uma dose 5,5 milhões de pessoas, o equivalente a 3,8% da população.

O governo de Donald Trump pressionou o Brasil a rejeitar a Sputnik V, a vacina russa contra Covid-19. Em relatório do Departamento de Saúde dos EUA sobre as atividades de 2020, os americanos afirmam expressamente que o escritório de assuntos globais da pasta (OGA, na sigla em inglês) "trabalhou para fortalecer os laços diplomáticos e oferecer serviços técnicos e assistência humanitária para dissuadir países da região de aceitar ajuda" de Cuba, Venezuela e Rússia. Os países são classificados no documento como "Estados mal intencionados".

O Brasil é citado como um exemplo desses esforços. "Exemplos incluem o uso do gabinete do adido de saúde do OGA para persuadir o Brasil a rejeitar a vacina russa contra covid-19", diz o texto. O relatório do Departamento de Saúde foi publicado em 17 de janeiro, três dias antes do fim do mandato de Donald Trump.

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O caso foi publicado inicialmente pelo site Poder360, após o perfil oficial da Sputnik V no Twitter chamar a atenção para o trecho do relatório, com uma publicação em português. "O Departamento de Saúde dos Estados Unidos confirmou publicamente que pressionou o Brasil contra a Sputnik V. Os países devem trabalhar juntos para salvar vidas. Os esforços para minar as vacinas são antiéticos e custam vidas", afirmava a mensagem da conta da Sputnik V na rede social.

O trabalho para que o Brasil rejeitasse a vacina é mencionado no tópico em que a pasta informa o que faz para "combater a influência maligna nas Américas". "O OGA usou relações diplomáticas nas Américas para mitigar os esforços de Estados, incluindo Cuba, Venezuela e Rússia, que estão trabalhando para ampliar a influência na região em detrimento da segurança dos EUA", diz o relatório.

Na última sexta-feira (12), o Ministério da Saúde brasileiro assinou contrato para compra de 10 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Rússia, que tem eficácia de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica The Lancet. A movimentação do governo federal aconteceu após governadores do Nordeste se mobilizarem para comprar 39 milhões de doses do imunizante russo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os governadores do Nordeste anunciaram neste sábado (13) a compra de 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19. Após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficou decidido que as vacinas integrarão o Plano Nacional de Imunização do governo federal.

"Nós comunicamos ao ministro Pazuello o fechamento de um contrato firme para 37 milhões de vacinas Sputnik entre o Consórcio Nordeste e o Fundo Soberano Russo. Também tratamos com a equipe do Ministério da Saúde os termos para mantermos um regramento para que haja vacina para todo o Brasil", afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias, em suas redes sociais.

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A Sputnik V ainda não conta com o registro emergencial ou definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser utilizada no Brasil.

Os governadores do Nordeste, porém, se apoiam na lei, sancionada nesta semana, que autoriza Estados e municípios a importarem vacinas aprovadas por autoridades de outros países e blocos como Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Reino Unido, Rússia, Índia, Coreia do Sul, Canadá, Austrália e Argentina.

Segundo Dias, até a próxima segunda-feira (15), a Advocacia Geral da União (AGU) irá trabalhar em uma minuta para que a pasta da Saúde participe como "interveniente" no contrato. "Assim garantimos que essas 37 milhões de doses serão distribuídas para todo o Brasil a partir de abril", completou o governador.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, elogiou o espírito colaborativo entre o consórcio Nordeste e o Ministério da Saúde. "Mais uma luz se abriu hoje na luta por mais vacinas. Caberá à União, fazer toda a logística de distribuição, armazenamento, transporte e entrega dessas vacinas aos Estados", destacou.

O Ministério da Saúde já assinou um contrato para receber 10 milhões de doses Sputnik V, que serão importadas da Rússia pelo laboratório brasileiro União Química. A expectativa é de que as primeiras 400 mil doses cheguem ao País em abril.

Na reunião deste sábado, Pazuello também anunciou um novo cronograma com entregas semanais aos Estados dos imunizantes já em uso no Brasil: a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, e a vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fiocruz.

A vacina russa Sputnik V será produzida na Itália a partir de julho, anunciou nesta terça-feira à AFP a Câmara de Comércio Itália-Rússia, uma novidade na União Europeia, que ainda não autorizou o fármaco.

"A vacina será produzida a partir de julho de 2021 nas fábricas (da farmacêutica ítalo-suíça) Adienne na Lombardia, na localidade de Caponago, perto de Monza", norte da Itália, afirmou Stefano Maggi, assessor de imprensa do presidente da Câmara de Comércio.

"Serão produzidas 10 milhões de doses entre 1 de julho 1 de fevereiro de 2022", completou Maggi.

"Este é o primeiro acordo no âmbito europeu para a produção no território da UE da vacina Sputnik", disse.

A vacina Sputnik V ainda não foi autorizada na UE, mas na semana passada a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que tem sede em Amsterdã, começou a examiná-la em seu processo de homologação.

Após o anúncio da EMA, as autoridades russas afirmaram que estavam preparadas para fornecer vacinas a 50 milhões de europeus a partir de junho.

Depois de recordar que sua vacina já foi aprovada em 46 países, o fundo russo que produz a Sputnik V voltou a criticar nesta terça-feira a EMA por "ter adiado durante meses" o processo de validação do fármaco.

Vários países da UE, impacientes com um processo considerado muito lento, recorreram a vacinas ainda não autorizadas pela EMA. Este é o caso da Hungria, que começou a administrar a vacina russa em sua população no mês passado.

A Rússia também criticou e exigiu um pedido de desculpas pelos comentários de uma diretora da EMA, que comparou a autorização emergencial da vacina Sputnik V por alguns países europeus a uma "roleta russa".

"Se a vacina não for autorizada na Europa até 1 de julho de 2021, as doses produzidas serão adquiridas pelo fundo soberano russo e distribuídas nos países onde a vacina Sputnik já foi autorizada", explicou Maggi à AFP.

A vacina russa, recebida com ceticismo pelos países ocidentais, convenceu os especialistas, especialmente depois da publicação de seus resultados na revista científica The Lancet, que mostraram uma eficácia de 91,6%.

Até o momento, três vacinas foram autorizadas pela UE: Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca.

Uma quarta vacina, da Johnson & Johnson, está em processo de autorização. Além da Sputnik V, outras duas estão sendo revisadas, Novavax e CureVac.

O ministério da Saúde da Itália, procurado pela AFP, não comentou a notícia.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta quinta-feira (4) que começou a examinar a vacina russa Sputnik V contra o coronavírus, etapa crucial para sua homologação na União Europeia (UE).

"A EMA inicia um estudo contínuo da Sputnik V, uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo centro nacional russo Gamaleya de epidemiologia e microbiologia", informou a agência em um comunicado.

Nas últimas semanas foram registradas declarações contraditórias entre as autoridades responsáveis pela vacina russa, que afirmaram ter enviado todas as informações para que o fármaco fosse aprovado pela EMA, e o órgão regulador europeu, que afirmou não ter recebido nada.

Nesta quinta-feira, as autoridades russas se disseram prontas para fornecer vacinas para 50 milhões de europeus a partir de junho, coincidindo com o anúncio da EMA.

"Após a aprovação por parte da EMA, estaríamos capacitados para fornecer vacinas para 50 milhões de europeus a partir de junho de 2021", disse em um comunicado Kirill Dmitriyev, diretor do fundo soberano russo, que contribuiu para o desenvolvimento da vacina Sputnik V contra o coronavírus.

"A Sputnik V pode contribuir de maneira manera importante para salvar milhões de vidas na Europa", declarou Dmitriyev.

"Quem trabalha em conjunto com as vacinas deve deixar a política de lado. A cooperação com a EMA é o exemplo perfeito de que unir esforços é a única forma de acabar com a pandemia", acrescentou, destacando que a vacina já foi aprovada por quase 40 países.

A vacina russa foi recebida com ceticismo pelos países ocidentais, mas está convencendo os cientistas, sobretudo depois da publicação de resultados na revista científica The Lancet, segundo os quais a Sputnik V tem eficácia de 91,6% dos casos sintomáticos de Covid-19.

Na manhã desta segunda-feira (1º), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que os novos pagamentos do auxílio emergencial serão feitos em parcelas de R$ 250 até junho. O líder da Casa também comentou sobre a entrega de mais lotes de vacina nos próximos meses.

O novo presidente declarou que 140 milhões de vacinas serão entregues pelo Governo Federal nos meses de março, abril e maio. No anúncio, ele não especificou com qual empresa negociará, nem o imunizante que será distribuído.

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Por outro lado, governadores articulam um consórcio independente e já planejam adquirir em conjunto a vacina russa Sputnik V. Sem relação com o Ministério da Saúde, nesta terça (2), 18 gestores devem visitar Brasília para uma reunião na sede da representante do imunizante no Brasil, a farmacêutica União Química.

Em relação aos novos parâmetros do auxílio, Lira afirmou em seu perfil do Twitter que a decisão foi tomada em reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesse domingo (28).

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O governador Paulo Câmara se reúne, nesta terça-feira (2), em Brasília, com a diretoria da farmacêutica União Química, produtora no Brasil da vacina Sputnik V, para negociar a aquisição direta do imunizante russo. A iniciativa é uma ação conjunta do Fórum de Governadores do Brasil.

O laboratório União Química protocolou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),  o pedido para uso emergencial no Brasil de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V. A empresa também informou que o imunizante será produzido no Brasil nas fábricas de Brasília e Guarulhos. A vacina tem origem russa e apresentou eficácia acima de 90% contra o novo coronavírus na última etapa de testes, segundo a Rússia.

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Na última terça-feira (23), o Supremo Tribunal Federal autorizou Estados e municípios a adquirir vacinas contra o novo coronavírus, mesmo sem a certificação da Anvisa, no caso de as doses previstas no Plano Nacional de Imunização (PNI) serem consideradas insuficientes.

Da assessoria

O México recebeu nesta terça-feira (23) o seu primeiro carregamento da vacina russa Sputnik V. Cerca de 200 mil doses chegaram ao aeroporto da Cidade do México a bordo de um voo que partiu de Moscou.

As autoridades mexicanas planejam usar as doses para iniciar a imunização de idosos nas periferias da cidade na quarta-feira (24). O secretário de Relações Exteriores do país, Marcelo Ebrard, confirmou o recebimento do imunizante.

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O México recebeu o primeiro lote de vacinas da Pfizer em meados de dezembro, mas se voltou para a Sputnik V em janeiro, quando houve atrasos em outros carregamentos. Em meados de fevereiro, o imunizante recebeu aprovação para uso emergencial no país e o governo mexicano assinou um contrato para comprar 400 mil doses da vacina.

Marta Selis, uma aposentada de 71 anos, esperava ansiosamente a hora de ser imunizada contra a Covid-19 e esse dia chegou nesta quinta-feira (18), quando foi vacinada com uma dose da Sputnik V, fabricada pelo instituto russo Gamaleya, a primeira aplicada na Argentina.

A campanha de vacinação com idosos acima de 70 ou 80 anos, conforme decidido por cada distrito, começou nesta quinta na populosa província de Buenos Aires, onde vivem quase 40% dos 45 milhões de habitantes da Argentina.

"Estava esperando. A verdade é que não via a hora, pois já faz um ano que estava trancada, embora não possamos culpar ninguém por isso. Mas estou feliz e logo vou receber outra dose”, comemorou Selis.

A cena ocorreu em uma escola estadual na área que os argentinos chamam de 'subúrbio profundo', a periferia sul da capital argentina.

Dezenas de idosos compareceram, com hora marcada, no bairro de Ezeiza, a 20 quilômetros de Buenos Aires e não muito longe do aeroporto internacional, uma região de classe média e operária. Eles foram acomodados em um grande salão da escola, onde cinco enfermeiros os aguardavam.

"Na verdade, fiquei muito alegre e não pensei que seria tão cedo", disse Nilda Martínez, outra aposentada de 86 anos.

A seu lado, Gustavo Bordazar, filho de Nilda, acrescentou: “Recebemos com muita alegria. Agora esperamos a segunda dose para termos uma vida normal”.

“Chegaram à escola 600 doses e está prevista a vacinação de 150 pessoas por dia”, informou à AFP a coordenadora do posto de vacinação, Zulema Iriarte. O local vai funcionar todos os dias até 28 de fevereiro, com uma equipe de 25 pessoas.

Os idosos primeiro responderam a uma pesquisa e, após a administração, tiveram que esperar meia hora, por prevenção, caso sofressem alguma reação adversa. Depois de 21 a 60 dias, eles devem retornar para a segunda dose.

A Argentina registrou mais de 50 mil mortes e mais de dois milhões de infecções por covid-19 desde o início da pandemia. O país já recebeu 1,22 milhões de doses da Sputnik V e 580 mil da Covishield, vacina do Serum Institute of India.

O plano de imunização argentino inclui, mais a frente, vacinas da aliança britânica Oxford/AstraZeneca e de outros contratos, inclusive por meio do mecanismo de cooperação internacional Covax, totalizando 62 milhões de doses.

Tratada nos bastidores do governo como a possível "vacina de Bolsonaro", a Sputnik V ganhou reforço no time que trabalha para emplacar o imunizante. A União Química, farmacêutica que pretende fabricar o produto em território nacional, contratou o ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Fernando Mendes para sua área de relações institucionais - nome oficial para quem faz lobby em Brasília.

Mendes foi contratado após cumprir quarentena de seis meses. Ele deixou o cargo na Anvisa em março de 2020, ao fim do mandato. Na agência, chegou a ser presidente substituto e diretor da área que trata de medicamentos e vacinas. Na União Química, se junta a caciques políticos que já atuam em favor do imunizante. Entre eles o ex-deputado Rogério Rosso (PSD-DF), ex-líder do Centrão na Câmara que se tornou diretor de negócios em 2019.

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A empresa também costumava financiar campanhas eleitorais quando a doação era permitida. Em 2014, doou R$ 2,25 milhões para candidatos de PSD, MDB, PCdoB e PT em diversos Estados. O próprio dono, Fernando de Castro Marques, em 2018 tentou se eleger senador pelo Distrito Federal. Na ocasião, destinou R$ 5 milhões para bancar outros políticos, além da própria candidatura.

As conversas em Brasília envolvem tanto as negociações com o Ministério da Saúde quanto a defesa de mudanças nas regras para a aprovação dos imunizantes, o que levanta debates sobre prejuízo à análise de segurança e eficácia. Na semana passada, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou ao Estadão que iria "enquadrar" a Anvisa, numa declaração entendida por integrantes da agência como pressão política. No mesmo dia, o Congresso aprovou regra para que a agência aprove, em cinco dias, o uso emergencial de vacinas já autorizadas em outros países, como a Rússia.

A medida, caso entre em vigor, beneficia principalmente a Sputnik V. Para o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a mudança torna a autoridade sanitária um mero órgão "cartorial", sem capacidade de análise. Ele avalia ir ao Supremo Tribunal Federal, caso a regra seja sancionada por Bolsonaro.

A alteração na lei, incluída pelo Congresso em uma medida provisória, ocorre no momento em que o governo é pressionado a ampliar o cardápio de vacinas no País. Ao Estadão, Rosso negou que haja pressão sobre a Anvisa ou Congresso para alterar regras e beneficiar a Sputnik V. Ele disse que a mudança proposta na MP, por exemplo, refletiu a "necessidade do povo brasileiro de ter mais vacinas".

A empresa ainda aguarda o aval da Anvisa para realizar a fase 3 de pesquisa. Além disso, quer permissão para uso emergencial de 10 milhões de doses de vacinas que seriam importadas da Rússia. Segundo técnicos da agência, o passo seguinte que a empresa pretende dar - a produção da vacina no Brasil - também exigirá minuciosa análise técnica.

STF

A pressão pela entrada da Sputnik V no Brasil também é feita por governadores, até de oposição ao governo. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), foi ao STF para destravar a aprovação do imunizante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira (3) que está negociando a compra de 30 milhões de doses da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin, depois que a agência reguladora de saúde, Anvisa, simplificou as regras para autorizar o uso emergencial dos imunizantes.

Até o momento, as únicas vacinas que têm permissão e estão sendo aplicadas no país são a britânica da farmacêutica AstraZeneca e da Universidade de Oxford e a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.

O Ministério da Saúde se reunirá nesta sexta-feira "com representantes do instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina Sputnik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, para negociar a aquisição de 30 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19", informou o governo em uma afirmação.

Se o acordo for fechado, 10 milhões de doses da Sputnik V poderão ser importadas da Rússia e da Índia, respectivamente, "entre fevereiro e março", e 8 milhões de Covaxin em fevereiro e outros 12 milhões no mês seguinte, disse o relatório do Ministério.

Pouco antes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia anunciado que não exigirá mais, ao analisar as solicitações de uso emergencial, que os ensaios de fase 3 - nos quais se verifica a eficácia e segurança das vacinas - sejam realizados no Brasil.

A decisão abre portas para que outros imunizantes, como o Sputnik V e o Covaxin, obtenham autorização para serem incorporados à campanha de vacinação que o gigante sul-americano iniciou de forma gradativa em 17 de janeiro, a começar por profissionais de saúde, idosos e indígenas.

A Sputnik V, que por muito tempo foi tratada com desconfiança devido à pressa em desenvolvê-la e à ausência de dados científicos publicados, já foi aprovada por mais de quinze países, incluindo Argentina e México, e poderá ser produzida em larga escala no Brasil.

De acordo com uma análise de ensaios clínicos publicada na revista científica The Lancet, validada por especialistas independentes, a vacina é 91,6% eficaz contra as formas sintomáticas de Covid-19.

Com 212 milhões de habitantes, o Brasil registra mais de 227 mil mortes por covid-19 e vive atualmente uma segunda onda, com média de 1.062 mortes e 50 mil casos por dia na última semana.

O Instituto Butantan de São Paulo, que desenvolve a CoronaVac junto com a Sinovac e o produz no Brasil, planeja entregar 46 milhões de doses ao governo até o final de abril e outras 54 milhões até o final de agosto.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde e que desenvolve a vacina em conjunto com a AstraZeneca / Oxford, prevê a entrega de 100,4 milhões de doses ao longo do primeiro semestre e outras 110 milhões até o final de 2021.

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