A Microsoft e o Ministério da Ciência e Tecnologia assinaram, nesta terça-feira (17), um protocolo de intenções para a criação de seis aceleradoras de empresas, autossustentáveis, voltadas para fomentar a inovação e o empreendedorismo no País, em seis cidades brasileiras. Quatro delas já foram escolhidas: Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
Elas funcionarão como incubadoras de startups desenvolvedoras de soluções e aplicações, principalmente nos segmentos de Games, Telecomunicações (mobilidade), Petróleo & Gás, Saúde e Educação. Trata-se de um projeto pioneiro da Microsoft no mundo e, segundo a empresa, já existem negociações para reproduzi-lo na Rússia.
"Cada aceleradora poderá ter o máximo de 10 startups, incubadas por um período de até três anos, ao longo do qual receberá todo apoio da Microsoft no quesito tecnologia, como já acontece com mais de 2 mil startups participantes do programa BizSpark de apoio ao empreendedorismo, e também apoio nas áreas de gestão, marketing e tudo o que uma empresa precisa para crescer", explica Paulo Iudícibus, diretor de Inovação e Novas Tecnologias da Microsoft.
Do ponto de vista da Microsoft, a iniciativa reforça programas já desenvolvidos pela empresa no Brasil, como o próprio programa BizSpark e o Imagine Cup, e tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de produtos inovadores. Tanto que as as startups participantes serão selecionadas entre as 2 mil já apoiadas pela Microsoft, como é o caso da Proativa Soluções de Tecnologia, fundada por alunos da Universidade Federal de Pernambuco, vencedores da Imagine Cup este ano com o Prodeaf – que permite estender as capacidade comunicativas dos surdos, possibilitando a comunicação por meio de um software que realiza a tradução entre as linguagem de sinais e a falada. As startups participarão de torneios similares à Imagine Cup, sem temas definidos para não inibir a inovação.
A infraestrutura das aceleradoras, sempre ligadas a universidades locais, será muito semelhante à do centro de tecnologia inaugurado pela Microsoft também nesta terça-feira, em São Paulo, o segundo e maior Technology Center da empresa na América Latina. "Serão MTCs satélites, interligados ao de São Paulo", diz Fábio Souto, diretor do centro.
Pela Microsoft, o acordo recebeu assinatura do presidente da empresa no Brasil, Michel Levy. Pelo MCTI, o acordo foi assinado pelo titular da Secretaria de Política de Informática (Sepin), Virgílio Almeida. A intenção do governo, que tem papel indutor importante com apoio financeiro em áreas estratégicas para a competitividade do País, é de desenvolvimento de empresas nacionais fortes, com propriedade intelectual nacional, que sejam bem-sucedidas, gerando oportunidades para jovens brasileiros e um ecossistema rico no Brasil, do qual a Microsoft se beneficie indiretamente.