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Bia Haddad Maia conquistou o maior título de sua carreira na manhã deste domingo (12). A brasileira fez história ao vencer a americana Alison Riske, número 40 do mundo, por 2 sets a 1 e conquistou o WTA 250 de Nottingham, na Inglaterra. Este é o primeiro título da carreira da brasileira, que se torna a primeira tenista do país a conquistar um título no circuito desde Teliana Pereira, em 2015. As parciais da partida foram 6/4, 1/6 e 6/3.

Bia também é a primeira brasileira a vencer um título na grama na era aberta, após Maria Esther Bueno, em 1968. A tenista mostra que chegará forte para a disputa do WTA de Birmingham e também para as disputas em Wimbledon. Número 48 do ranking, a brasileira entrará no Top 40 com o título.

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"É incrível, nunca esperei tanta gente torcendo aqui por mim. Muito obrigado por fazerem este dia tão especial. Assim é o tênis, especialmente na grama tudo muda muito rápido. Riske é uma ótima jogadora, ela dificultou o jogo, eu me mantive concentrada. Tenis é assim, então estou muito feliz porque competi comigo mesma e conquistei este troféu", disse a tenista, que fez neste domingo a sua segunda final da carreira, após ser vice-campeã em Seoul, em 2017.

"Nunca imaginei que meu primeiro título seria na grama, dei 100% em cada ponto. Estou muito feliz e Nottingham ficará guardado em meu coração. Tenho mais um jogo hoje, vou jogar nas duplas e tentar chegar bem nas próximas competições para fechar a temporada de grama", completou.

Bia Haddad foi superior para abrir 1 a 0 no primeiro set. Muito concentrada, a brasileira teve boas chances para abrir uma vantagem até mais tranquila, mas a disputa foi fechada com parcial de 6/4. Após Bia perder a chance de abrir 4 a 1 por muito pouco, as duas tenistas confirmaram seus serviços até o fim do set.

No segundo set, Riske fez quatro pontos consecutivos para confirmar rapidamente o primeiro game. Bia Haddad teve várias chances de empatar, mas não confirmou os break-points que teve e a adversária abriu 2 a 0. No game seguinte, Bia abriu vantagem, mas a disputa foi mais uma vez para o break-point e Riske se salvou, abrindo 3 a 0.

A tenista paulistana seguiu errando muito no segundo set e viu a americana abrir 5 a 0. Bia chegou a desempenhar bem e vencer o game seguinte, mas Riske fez um 0/40 para fechar o set em 6 a 1 e empatar as disputas.

Bia voltou para o jogo no primeiro game do último set, confirmou o serviço, mas Riske empatou no game seguinte e conseguiu a virada ao quebrar o serviço da Bia, 2 a 1. Com vacilos da Riske, Bia aproveitou para empatar no game seguinte e virar com tranquilidade para 3 a 2.

Com o jogo 3 a 3, Bia conseguiu venceu um game decisivo de virada para fazer 4 a 3, em um duelo emocionante. A brasileira ainda abriu vantagem para 5 a 3 ao quebrar o serviço de Riske. Com saques precisos para confirmar o título, Bia mostrou toda sua força para confirmar o maior título de sua carreira.

Bia Haddad Maia ainda disputará a final das duplas ao lado da chinesa Zhang Shuai no início da tarde deste domingo. Elas enfrentarão a americana Caroline Dolehide e a romena Monica Nicuslescu.

MEDVEDEV É SURPREENDIDO NA FINAL

No torneio de Hertogenbosch, na Holanda, tivemos uma surpresa daquelas na manhã deste domingo. O russo Daniil Medvedev, número dois do ranking da ATP, foi derrotado na final por 2 sets a 0 pelo holandês Tim Van Rijthoven, número 205 da ATP. O tenista holandês vence seu primeiro título na carreira e se torna o atleta com ranking mais baixo a ser campeão na temporada.

Van Rijthoven saiu na frente, mas o primeiro set foi bastante equilibrado e o dono da casa fechou a vitória por 6 a 4 ao confirmar os últimos dois games com certa tranquilidade. A partir daí, Medvedev sumiu do jogo nos pontos seguintes e o segundo set terminou 6 a 1 para Tim confirmar o título.

No feminino, tivemos outra surpresa. A russa Ekaterina Alexandrova, número 30 do ranking WTA, venceu Aryna Sabalenka, de Belarus, por 2 sets a 0 para ficar com o título. A número seis do ranking perdeu o jogo com parciais de 7/5 e 6/0.

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A brasileira Bia Haddad Maia está na final do WTA 250 de Nottingham, na Inglaterra. A paulistana, número 48 do ranking, segue fazendo grande temporada e buscará seu primeiro título na carreira neste domingo. Bia Haddad avançou na semifinal após abandono por problemas físicos da checa Tereza Martincová.

A brasileira fará a decisão diante da vencedora do duelo entre a americana Alison Riske, número 40 do mundo, e a suíça Viktorija Golubic, número 55 do ranking, que também se enfrentam na manhã deste sábado.

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Após ambas as tenistas converterem seus primeiros serviços no jogo, Bia abriu vantagem e venceu o primeiro set por 6/3. A brasileira teve tranquilidade no segundo set e chegou a abrir 4 games a 1, quando a adversária abandonou o jogo alegando problemas físicos.

A final na grama será a segunda da carreira de Bia Maia, que foi vice-campeã em Seoul, na Coreia do Sul, em 2017. Caso conquiste o título, Bia chegará à 32ª posição do ranking WTA. No momento, ela já superou Teliana Pereira, que foi número 43 em 2015. Teliana também foi a última atleta a trazer um título para o Brasil no circuito, em 2015.

DISPUTAS NA HOLANDA

Outro brasileiro em quadra nesta manhã foi Marcelo Melo, que acabou eliminado nas duplas ao lado do sul-africano Raven Klaasen, no Torneio de Hertogenbosch, nos Países Baixos. A dupla perdeu por 2 sets a 1 para os australianos Matthew Ebden e Max Purcell. O confronto também foi pelas semifinais do torneio.

Também em Hertogenbosch, pelo WTA, a russa Ekaterina Alexandrova e Aryna Sabalenka, de Belarus, se enfrentarão na final feminina do simples na grama. Sabalenka eliminou a americana Shelby Rogers por 2 sets a 0 neste sábado pela semifinal, enquanto Alexandrova superou a compatriota Veronika Kudermetova também por 2 a 0.

O tênis brasileiro celebra nesta quarta-feira um dos feitos mais importantes de sua história. Foi em um dia 8 de junho que Gustavo Kuerten conquistou seu primeiro título de Roland Garros no ano de 1997, há exatos 25 anos. O troféu "transformou nossas vidas", disse Guga, nesta quarta.

Na época, o tenista catarinense surpreendeu o mundo não somente por estar fora da lista dos cabeças de chave. Mas também por ser o então 66º do ranking. Antes de Guga, nenhum tenista havia se sagrado campeão de Roland Garros com um ranking tão baixo. O brasileiro, portanto, jogou contra todas as apostas para levantar o Troféu dos Mosqueteiros.

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Em vídeo publicado nesta quarta, o agora ex-tenista celebrou a conquista ao apontar uma foto em que aparece erguendo a taça, há 25 anos. "Fala, galera. Olha aí, 25 anos comemorando aqui em Roland Garros. Aquela alegria do primeiro título... duas semanas que o mundo virou de cabeça para baixo. A zebra estava solta aqui em Paris. Estava de azul e amarelo para celebrar esse momento que transformou nossas vidas", lembrou.

Há 25 anos, Guga iniciou sua trajetória no saibro de Paris com uma vitória em sets diretos sobre o checo Slava Dosedel. Depois superou o sueco Jonas Bjorkman, antes do importante confronto com o austríaco Thomas Muster, então número cinco do mundo e o Rei do Saibro da época, num suado confronto de cinco sets. Nas oitavas de final, despachou o ucraniano Andrei Medvedev.

Nas quartas, outro grande desafio. Encarou o russo Yevgeny Kafelnikov, número três do mundo e um dos principais jogadores de sua geração. Guga chegou a aplicar um "pneu" no rival naquele duelo de cinco sets. Nas semifinais, a vitória foi sobre o belga Filip Dewulf. E, na decisão do título, desbancou por 3 a 0 o espanhol Sergi Bruguera, que já tinha dois troféus de Roland Garros no currículo.

O feito, de fato, "transformou" a vida de Guga. O brasileiro passou a ser respeitado no circuito e, na sequência, mostraria que o feito de 1997 não era lance do acaso. Ele se sagrou bicampeão de Roland Garros em 2000 e tri, em 2001. Foram 20 títulos de nível ATP ou Grand Slam na carreira, incluindo a Masters Cup de 2000 (atual ATP Finals), quando venceu na sequência os americanos Pete Sampras e Andre Agassi e assumiu o posto de número 1 do mundo.

Após seguidas cirurgias no quadril, Guga acabou enfrentando dificuldades no circuito a partir de 2002. Perdeu parte das temporadas seguintes por conta de processos de reabilitação física e acabou oficializando sua aposentadoria das quadras em 2008, no próprio saibro de Roland Garros, quando foi homenageado.

Rafael Nadal e Novak Djokovic arrasaram seus adversários nesta sexta-feira, pela terceira rodada de Roland Garros. Espanhol e sérvio, maiores candidatos ao título em Paris, avançaram às oitavas de final. Já o brasileiro Bruno Soares se despediu na segunda rodada da chave de duplas masculinas.

Djokovic foi o primeiro a entrar em quadra nesta sexta. E não teve qualquer dificuldade contra o esloveno Aljaz Bedene, atual 195º do mundo. O líder do ranking venceu por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/3 e 6/2. Ele faturou cinco quebras de saque ao longo da partida, finalizada em 1h44min, e não perdeu o serviço em nenhum momento.

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O favorito anotou ainda 30 bolas vencedoras, contra 23 do tenista da Eslovênia. E cometeu apenas 18 erros não forçados, diante de 37 do adversário. Nas oitavas, Djokovic vai enfrentar o argentino Diego Schwartzman, que superou o búlgaro Grigor Dimitrov por 6/3, 6/1 e 6/2. O sérvio nunca perdeu para o sul-americano no circuito - são seis vitórias consecutivas. O confronto será o de número 100 do sérvio em Roland Garros.

Elevando seu nível a cada jogo, o líder do ranking tenta em Paris igualar o recorde de títulos de Grand Slam, que pertence atualmente a Nadal, com 21 troféus. Os dois poderão vir a se enfrentar na fase de quartas de final.

Nadal

Nesta sexta, o espanhol fez a sua parte para se aproximar desse duelo. O dono de 13 títulos em Paris superou o holandês Botic Van De Zandschulp, 29º do mundo, por 3 a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/4, em 2h11min.

Apesar de dominante, Nadal não apresentou performance tão forte quanto a de Djokovic. Ele sofreu duas quebras de saque e se impôs no serviço do rival em seis games. Terminou o jogo com 25 bolas vencedoras, contra 19 do holandês. Porém, cometeu menos erros não forçados: 13 a 31.

Nas oitavas, o tenista da Espanha vai enfrentar o canadense Felix Auger-Aliassime (9º cabeça de chave), que avançou ao derrubar o sérvio Filip Krajinovic por 7/6 (7/3), 7/6 (7/2) e 7/5.

Mulheres

No feminino, mais duas cabeças de chave se despediram nesta sexta. Atual campeã olímpica, a suíça Belinda Bencic (14ª) foi superada pela canadense Leylah Annie Fernandez (17ª), atual vice-campeã do US Open, por 7/5, 3/6 e 7/5. A vencedora terá pela frente a americana Amanda Anisimova (27ª), que avançou diante do abandono da checa Karolina Muchova no terceiro set: 6/7 (7/9), 6/2 e 3/0.

Já a alemã Angelique Kerber, ex-número 1 do mundo e 21ª cabeça de chave, foi derrotada pela belarussa Aliaksandra Sasnovich por 6/4 e 7/6 (7/5). Sasnovich encara agora a italiana Martina Trevisan, que superou a australiana Daria Saville por 6/3 e 6/4. As cabeças de chave Coco Gauff (18ª) e Elise Mertens (31ª) avançaram.

BRASILEIRO CAI NAS DUPLAS

Sem ritmo no saibro, Bruno Soares e Jamie Murray foram eliminados logo na segunda rodada da chave de duplas masculinas em Paris. Brasileiro e escocês perderam para os americanos Mackenzie McDonald e Tommy Paul por 2 sets a 1, com as parciais de 7/6 (9/7), 4/6 e 6/3.

A dupla vinha de uma estreia bem tranquila em Roland Garros. Mas estava sem ritmo porque disputaram apenas um torneio no saibro na temporada antes de Paris. No Torneio de Genebra, foram eliminados logo na estreia, neste mês.

A superfície não é a favorita deles, que costumam se destacar na quadra dura - os títulos de Grand Slam da parceria vieram no US Open e no Aberto da Austrália. Em Roland Garros, o melhor resultado do brasileiro foi o vice-campeonato, em 2020.

Atual número 21 do mundo no ranking de duplas, o tenista brasileiro ainda busca seu primeiro título do ano. Ele soma agora sete vitórias e nove derrotas nas duplas masculinas em 2022.

A venda do novo tênis destruído lançado pela grife de luxo Balenciaga, por R $10 mil, repercutiu nas redes sociais nas últimas semanas. Rasgado e sujo, este é o estilo “full destroyed” (“completamente destruído”). Disponíveis em versões mule, e de cano alto, o calçado é a nova aposta da marca e gerou memes nas redes sociais, inclusive no Brasil. As criações levam a assinatura do georgiano Demna Gvasalia, diretor criativo da Balenciaga, no posto desde 2015 quando substituiu o americano Alexander Wang à frente da grife francesa,, fundada pelo espanhol Cristóbal Balenciaga, em 1917.  

“Esquisito e solitário”, como se autodenominou em entrevistas, Gvasalia nasceu na Geórgia em 25 de março de 1981, numa família russa ortodoxa sob então o domínio soviético. Em 1993, com apenas 12 anos, foi obrigado a abandonar o país natal devido à guerra civil, rumo à Alemanha. Mais tarde, voltou à Geórgia para estudar economia internacional na Universidade Estadual de Tbilisi, na capital do país, por quatro anos e depois frequentou a Real Academia de Belas Artes da Antuérpia, na Bélgica, onde obteve seu mestrado em design de moda em 2006. Atualmente, vive com seu marido, o músico e compositor francês, Loick Gomez, em um vilarejo na Suíça. A experiência como refugiado moldou sua personalidade e se reflete em suas coleções. 

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Quando foi nomeado pelo conglomerado de luxo Kering, dono da Balenciaga de outras grifes, como Saint Laurent, Gucci, Boucheron e outras marcas, para o posto de chefe de criação, Gvasalia era desconhecido – mais conhecido na indústria como o fundador da Vetements, a marca de streetwear que lançou com seu irmão em 2014. Mas, com seu estilo e ativismo, o georgiano consolidou e transformou a Balenciaga na marca de crescimento mais rápido dentro do grupo.

Em 2019, seu faturamento foi considerado uma das três grifes em alta no ranking das marcas e produtos mais populares da moda. “Acho que esta década provavelmente representou o momento mais caótico da moda”, afirmou Gvasalia sobre as mudanças na indústria da moda em entrevista ao jornal britânico Financial Times em 2019.  

Na mais recente Semana de Moda de Paris, em março deste ano, Gvasalia prestou homenagens aos refugiados. Enquanto as modelos desfilavam, ele recitava um poema em ucraniano, num momento em que confessou ter sido difícil a nível pessoal. A crise na Ucrânia, segundo o georgiano, fez ressurgir um trauma antigo. “Tornei-me um refugiado para sempre”, disse ele em um comunicado divulgado antes do desfile.  

Por Camily Maciel 

A Balenciaga lançou um tênis com aparência suja e rasgada, que pode chegar até R$ 10 mil, o Paris Sneaker. O lançamento da pré-venda nesta segunda-feira (9), agitou a internet. 

Disponível na versão mule por US$ 495 (cerca de R$ 2,6 mil), e de cano médio por US$ 1,8 (cerca de 10 mil), o tênis "full destroyed" é a nova aposta da marca que consolidou o Triple S no mercado dos sneakers. 

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Os sapatos desenhados por Demna Gvsalia estão disponíveis em três cores: vermelho, preto e branco, sendo todos de cano alto. As exceções são os mules, que têm a parte de trás recortada, ainda que a frontal traga a silhueta marcante do tênis com design parecido com o Chuck Taylor, da Converse. 

O que chama atenção na aparência são os detalhes: o tecido é rasgado e a sola traz desenhos rabiscados com o nome "Balenciaga", que contrastam com os tons desbotados. 

No site da grife os tênis são descritos como de "algodão e borracha completamente destruidos", e os "rasgos em todo o tecido". 

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Esta semana o ex-tenista profissional norte-americano Robert Charles Bryan, mais conhecido como Bob Bryan, completou 44 anos de idade. Nasceu em Camarillo, cidade da Califórnia. Bryan nasceu minutos antes de seu irmão gêmeo, Mike Bryan, com quem fazia dupla no tênis. Em entrevista para o New York Times em 2020, a dupla anunciou que não iria jogar nem no retorno dos torneios. 

Em 2003, os irmãos chegaram ao topo em duplas tornando-se a número 1 do mundo e conquistaram mais de 100 títulos em dupla. Ganhou todos os Grand Slam em dupla com seu irmão. A parceria de Bob e seu irmão Mike, é considerada por muitos analistas esportivos e críticos de tênis como a melhor do tênis. Bob possui uma Década Slam no tênis, que ocorre quando durante dez anos seguidos o tenista ganha pelo menos um dos torneios do Grand Slam por temporada.  

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Bob Bryan ganhou em duplas pelo ao menos um torneio do Grand Slam de 2005 a 2014. Já conquistou três títulos ATP World Tour Finals em duplas. Em 2014, ao garantir o Masters de Xangai, Bob e seu irmão Mike foram a primeira parceria a completar o “Career Golden Masters”, que consiste em conquistar todos os títulos de Masters 1000 possíveis.  

Ainda em 2014, ao conquistar os Masters de Paris, Bob e Mike também foram os primeiros tenistas a vencerem seis títulos de Masters 1000 na mesma temporada. Disputou os Jogos Olímpicos de Atenas de 2004 e Pequim 2008, nesta última competição obteve a medalha de bronze, mas nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012, ganhou a medalha de ouro.  

Em Jogos Pan-Americanos, ganhou a medalha de bronze em Winnipeg, em 1999. Também representou os Estados Unidos na Copa Davis por ter sido campeão em 2007. Disputou quatro vezes o U.S. Open, chegando no máximo à segunda rodada em 1998.  

Por Camily Maciel

Após se destacar no Torneio de Belgrado, na semana passada, o tenista brasileiro Thiago Monteiro subiu sete posições no ranking da ATP atualizado nesta segunda-feira. O número 1 do Brasil apareceu no 103º posto da lista e se reaproximou do Top 100, que costuma dar vagas diretas nas principais competições do circuito.

No saibro do torneio sérvio, de nível ATP 250, Monteiro venceu quatro partidas, duas delas pelo qualifying. Na chave principal, as duas vitórias foram conquistadas sobre rivais de ranking superior. Nas quartas de final, foi eliminado pelo russo Karen Khachanov, atual 26º do mundo.

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Com a subida no ranking, Monteiro fica perto de assegurar a vaga direta na chave principal de Wimbledon, o terceiro Grand Slam do ano, que será disputado no início de junho. O brasileiro deixou o Top 100 no fim de janeiro. E agora está perto de voltar à lista dos 100 melhores do mundo nas próximas semanas.

Os demais brasileiros na lista da ATP sofreram quedas nesta segunda. Felipe Meligeni perdeu duas posições e agora aparece em 192º. Matheus Pucinelli caiu três colocações e figura em 218º. E Thiago Wild trocou o 230º pelo 231º lugar.

No Top 10, o destaque é o espanhol Carlos Alcaraz, que entrou nesta seleta lista pela primeira vez na carreira. Aos 18 anos, subiu duas posições para alcançar o nono posto após se sagrar campeão do Torneio de Barcelona, de nível ATP 500, no fim de semana. No ranking da temporada, que soma apenas os pontos obtidos neste ano, ele já é o terceiro colocado, atrás apenas do compatriota Rafael Nadal e do grego Stefanos Tsitsipas.

Em outra alteração no Top 10, o canadense Felix Auger-Aliassime caiu um posto e agora aparece no 10º lugar. E o britânico Cameron Norrie deixou a lista mais restrita do ranking para ocupar a 11ª posição.

No feminino, o Top 10 sofreu apenas uma alteração. A espanhola Paula Badosa, mesmo parando na semifinal do Torneio de Stuttgart, na semana passada, subiu do terceiro para o segundo posto da lista. Está atrás apenas da polonesa Iga Swiatek. A checa Barbora Krejcikova caiu para o terceiro lugar.

A melhor brasileira do ranking é Beatriz Haddad Maia. Ela manteve o 65º posto, ainda perto de obter sua melhor posição na lista da WTA, o 58º lugar, em 2017. Laura Pigossi, medalhista em duplas na Olimpíada de Tóquio, e Carolina Meligeni, perderam duas e três posições, respectivamente, para 128º e 232º.

 

Confira abaixo o Top 10 de cada ranking:

1.º - Novak Djokovic (SER), 8.400 pontos

2.º - Daniil Medvedev (RUS), 8.080

3.º - Alexander Zverev (ALE), 7.465

4.º - Rafael Nadal (ESP), 6.435

5.º - Stefanos Tsitsipas (GRE), 5.770

6.º - Matteo Berrettini (ITA), 4.570

7.º - Casper Ruud (NOR), 4.110

8.º - Andrey Rublev (RUS), 4.025

9.º - Carlos Alcaraz (ESP), 3.827

10.º - Felix Auger-Aliassime (CAN), 3.625

1º - Iga Swiatek (POL), 7.181

2º - Paula Badosa (ESP), 5.045

3º - Barbora Krejcikova (RCH), 5.043

4º - Aryna Sabalenka (BEL), 4.711

5º - Maria Sakkari (GRE), 4.651

6º - Anett Kontaveit (EST), 4.511

7º - Karolina Pliskova (RCH, 4.207

8º - Danielle Collins (EUA), 3.151

9º - Garbiñe Muguruza (ESP), 3.070

10º - Ons Jabeur (TUN), 3.015

Novak Djokovic disputou sua primeira final da temporada e saiu de quadra sem o título. O vice veio neste domingo, após uma derrota por 2 sets a 1 sofrida diante do russo Andrey Rublev, com parciais de 6/2, 6/7 (4) e 6/0, na decisão do ATP 250 de Belgrado. O torneio é organizado pela família do polêmico número 1 do mundo, ausência em várias disputas importantes desde que adotou a postura de não tomar a vacina contra covid-19.

Até agora, Djokovic disputou apenas três torneios na temporada. Além de Belgrado, ele esteve no ATP 500 de Dubai, no qual caiu nas quartas de final, e em Monte Carlo, onde não passou da primeira fase do Masters 1000. O momento ruim chegou a custar o primeiro lugar do ranking, assumido por Daniil Medvedev em fevereiro e devolvido a Nole em março.

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Já Rublev, atual número 8 do mundo e impedido de exibir símbolos russos por causa da invasão à Ucrânia, celebrou a conquista do terceiro título de nível ATP neste ano. Vencedor em Marselha e Dubai, em fevereiro, ele divide o título de maior campeão da temporada com a lenda Rafael Nadal. O duelo deste domingo foi o segundo encontro dele com Djokovic. No primeiro, durante a fase de grupos do ATP Finals, foi derrotado.

"É muito bom jogar contra você e dividir a quadra pela segunda vez", disse Rublev a Djokovic durante a premiação. "Espero que tenhamos mais batalhas. Eu me sinto tão bem aqui, é uma cidade muito agradável, parece realmente especial. Quero agradecer muito a todos os espectadores por apoiarem todos os jogadores durante toda a semana. Ver plateias cheias novamente é especial para todos nós", completou.

Durante o encontro deste domingo, Rublev venceu o primeiro set por 6 a 2 e viu Djokovic levar o segundo no tie-break. Assim, nasceu a esperança de que o sérvio poderia repetir o que fez nas três rodadas anteriores, nas quais conquistou viradas contra Laslo Djere, Miomir Kecmanovic e Karen Khachanov. No fim das contas, o russo não deu chances para o número 1 e finalizou o terceiro set com um pneu para se tornar campeão.

A organização do Masters 1000 de Roma, na Itália, confirmou nesta quarta-feira que o sérvio Novak Djokovic poderá competir normalmente neste ano, apesar de não ter comprovante de vacinação contra a covid-19. A competição, uma das principais da gira de saibro na Europa, será disputada entre os dias 8 e 15 de maio.

"As regras relativas à participação dos tenistas no torneio são estabelecidas pelo governo e pela ATP", declarou o presidente da Federação de Tênis da Itália, Angelo Binaghi. O dirigente indicou que contou com a aprovação do governo para permitir a entrada de tenistas não vacinados na competição. Ele fez as declarações ao lado de Valentina Vezzali, secretário de esportes do governo italiano.

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Pelas regras atuais do governo italiano, podem entrar no país pessoas que apresentem comprovante de vacinação ou alguma prova de que já se infectou com a doença ou ainda teste negativo para a covid-19. Djokovic alega que já contraiu o vírus duas vezes, a últimas delas em dezembro do ano passado.

O líder do ranking não pôde disputar o Aberto da Austrália, em janeiro, justamente por não ter se vacinado. Ele chegou a entrar no País, acionou a Justiça para poder competir em Melbourne, mas acabou sendo deportado, num dos casos mais rumorosos da história recente do tênis mundial.

Sem o comprovante de vacinação, Djokovic também não pôde disputar os dois primeiros Masters 1000 do ano, em Indian Wells e em Miami, ambos nos Estados Unidos, nos últimos meses. Nesta semana, ele compete no Torneio de Belgrado, cujos direitos pertencem a sua família. Trata-se apenas da sua terceira competição no ano. Antes, esteve em Dubai e em Montecarlo, na semana passada, quando foi eliminado logo na estreia.

Djokovic tem cinco títulos no saibro de Roma. No ano passado, foi derrotado pelo espanhol Rafael Nadal na final. O tenista da Espanha não deve competir na edição deste ano, em razão de problemas físicos.

RÚSSIA E BELARUS

Ainda nesta quarta, a organização do torneio italiano anunciou que não terá nenhuma restrição aos tenistas russos e belarussos, vetados de competir em Wimbledon, em anúncio feito mais cedo nesta quarta. No entanto, o governo avisou que "sempre estará ao lado dos atletas ucranianos".

Nesta terça-feira (19), a ex-jogadora profissional de tênis da Rússia e ex-número 1 do ranking da WTA Maria Yuryevna Sharapova, mais conhecida como Maria Sharapova, completou 35 anos de idade. Com 19 anos de profissionalização, se aposentou em 2020. A seguir, confira a trajetória dos jogos históricos de Sharapova desde 2004 até 2012.  

Em 2004, na final do WTA Tour Championships, derrotou Serena Williams por 4-6, 6-2,6-4. Sharapova foi a segunda jogadora a vencer o torneio estando participando pela primeira vez. No terceiro set, quando estava perdendo de 4-0, reagiu e venceu os seis games seguintes quando Serena sentia problemas musculares. Esta conquista trouxe polêmicas, pois outras jogadoras russas a acusaram de receber instruções do técnico durante os jogos e de seus gritos de entusiasmo (“Come On!”). 

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Em 2005, na semifinal de Indian Wells, perdeu para Lindsay Davenport por 6-0, 6-0. Essa foi a pior derrota de Sharapova em sua carreira. Foi também a primeira vez que uma tenista Top 3 do mundo perdeu um jogo sem ganhar ao menos um game. 

Em 2006, na semifinal do US. Open, derrotou Amélie Mauresmo por 6-0, 4-6, 6-0. Sharapova derrotou a então número 1 do mundo pela primeira vez em sua carreira. Foi a primeira vez na era aberta em que uma tenista marcou um duplo 6-0 na semifinal da competição.  

Em 2007, na final do Australian Open, perdeu para Serena Williams com parciais de 6-1, 6-2. Entrou em quadra como a favorita, mas não demonstrou nenhuma reação contra a inspirada americana. Sharapova justificou o saque fraco como um fator forte que a fez perder a decisão. 

Em 2008, na final do Australian Open, derrotou a sérvia Ana Ivanovic e ficou com o título do torneio sem perder nenhum set em toda a competição. E em 2012, na final de Roland Garros, derrotou a italiana Sara Errani e conquistou seu “career slam”, que é ganhar todos os Grand Slams pelo menos uma vez.  

Por Camily Maciel

Antes era o frio de 4 graus negativos, agora é o calor carioca de 34. Há um mês, Iryna Shymanovich treinava sob o rígido inverno da cidade de Minsk, em Belarus. Agora a tenista bate bola sob o sol escaldante, debaixo do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A mudança brusca de ambiente tem uma explicação: a guerra. A invasão russa na Ucrânia também trouxe consequências para atletas que não são destes dois países.

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País vizinho de russos e ucranianos, Belarus se tornou o grande pivô do confronto por sua localização e pelo apoio à Rússia, tornando-se um pária na Europa. Algumas investidas russas na Ucrânia partem de soldados russos localizados Belarus, que se tornou uma forte base militar do vizinho poderoso. Por isso, o país também vem sofrendo sanções econômicas, que passaram a preocupar os atletas. No início do mês, belarussos foram impedidos de participar dos Jogos Paralímpicos de Inverno, em Pequim, assim como aconteceu com os russos.

Diante do risco de novas sanções, Iryna Shymanovich decidiu buscar outro local para treinar. "Estava preocupada que as fronteiras pudessem ser fechadas em pouco tempo. Então decidi deixar Belarus", explica a tenista ao Estadão. Com contatos na Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) e amigos em comum, a belarussa de 24 anos escolheu o Brasil e aceitou o convite para treinar na Rio Tennis Academy.

A burocracia foi resolvida rapidamente e Iryna atravessou 10.900 quilômetros para treinar no bairro das Laranjeiras no início de março. Sem tempo para planejar a drástica mudança de vida, a atleta veio sem técnico e sem família. Mas garante ter recebido todo o apoio dos dois lados para dar essa guinada na carreira. "O meu treinador me disse para tentar vir ao Brasil em prol da minha carreira. Ainda estamos em contato, conversamos todos os dias", conta.

Ex-número 2 dois do mundo no circuito juvenil, ela agora recebe as orientações do brasileiro Leandro Afini e treina na companhia de Ingrid Martins, número seis do Brasil e eventual parceira de duplas de Beatriz Haddad Maia, principal tenista de simples do País.

A maior preocupação da sua nova equipe é com o desafio de treinar sob altas temperaturas. "Ainda estou me adaptando ao calor do Rio de Janeiro. Estava vivendo em temperatura abaixo de zero no meu país", relata a belarussa, que vinha enfrentando limitações em seus treinos em Minsk. "Nosso foco é trabalhar a parte física agora. Pela falta de treinamentos adequados em Belarus, por tudo o que está ocorrendo, ela perdeu um pouco do físico, mas em breve estará de volta", explica Afini, o treinador brasileiro.

Enquanto recupera a parte física, a atual 265ª do ranking da WTA faz os primeiros amigos no Brasil. "Conheci pessoas muito legais aqui, como a Ingrid, que está cuidando de mim. Gosto das pessoas daqui. Elas curtem a vida e isso me inspira." Longe de casa, ela não deixa de manter contato com a família. "Estamos conversando todos os dias graças à tecnologia moderna", brinca.

Apesar de acostumada a competir em países europeus e nas Américas, Iryna não deixa de se surpreender com situações que não vê em seu país, comandado há 28 anos pelo presidente Alexander Lukashenko, conhecido como "o ditador mais antigo da Europa". Em sua primeira semana no Rio, ficou espantada ao ver uma manifestação de professores no centro da cidade, ameaçando greve. "Aqui as pessoas podem fazer isso?", questionou a tenista aos seus novos amigos brasileiros.

Uma das últimas atletas profissionais a deixar Belarus, Iryna enfrenta restrições no mundo esportivo. As entidades que comandam o tênis não proibiram a presença de atletas russos ou belarussos no circuito, mas vetaram suas bandeiras. Na prática, a belarussa e suas compatriotas, como Aryna Sabalenka (5ª do mundo) e Victoria Azarenka (ex-número 1 do mundo e dona de dois títulos de Grand Slam), competem como atletas neutras.

Além disso, o país não pode disputar a Copa Davis e a Billie Jean King Cup (novo nome da Fed Cup), torneio entre países da elite do tênis que Iryna costumava disputar com suas compatriotas. No circuito, porém, ela diz não sentir preconceito por parte das tenistas de outros países. "Não estou sentindo nenhuma reação negativa sobre mim, mas não posso falar por outras jogadoras de Belarus."

*Foto: Reprodução/Instagram/@irynashymanovich/@audartsev

Ashleigh Barty surpreendeu o mundo do tênis ao anunciar, no fim desta terça-feira, sua aposentadoria das quadras. Por meio de uma publicação em suas redes sociais, a tenista australiana informou a decisão e disse que dará maiores explicações sobre o porquê de sua aposentadoria em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

"Hoje é difícil e cheio de emoção para mim ao anunciar minha aposentadoria do tênis. Eu não tinha certeza de como compartilhar essa notícia com vocês. Sou muito grata por tudo que este esporte me deu e saio orgulhosa e realizada. Obrigado a todos que me apoiaram ao longo do caminho, sempre serei grata pelas memórias que criamos juntos ao longo da vida ", escreveu a australiana.

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Ashleigh Barty tem apenas 25 anos e é atualmente a líder do ranking da WTA, posição que domina desde junho de 2019. A australiana foi campeã do Aberto de seu país no início de 2022 e era apontada como favorita para os demais Grand Slams da temporada. Barty também conquistou Roland Garros, em 2019, e o Torneio de Wimbledon, em 2021.

Recentemente, Barty havia anunciado a desistência de competir no torneio de Indian Wells e no Masters 1000 de Miami. Ela alegou que precisa "cuidar do corpo". Cansaço físico e mental podem ser as principais motivações para a jovem estrela do tênis abandonar a profissão no auge da carreira.

A australiana também tem carreira vitoriosa jogando em duplas. Foi campeã do US Open de 2018, em parceria com a norte-americana Coco Vandeweghe.

Em 2014, Ashleigh Barty fez uma pausa na carreira de tenista para se dedicar a outro esporte pelo qual é apaixonada: o críquete. Assinou contrato com o Brisbane Heat, mas logo voltou ao tênis. Em 2016, retomou a carreira e rumou ao topo do ranking, posição que ostenta até hoje.

Em resposta à publicação em que Barty anuncia sua aposentadoria, a WTA (Associação de Tênis Feminino) agradece a australiana por toda a dedicação ao esporte: "Obrigada por ser uma embaixadora incrível para este esporte e para as mulheres ao redor do mundo. Sentiremos sua falta".

A tenista ucraniana Elina Svitolina, número 15 do ranking mundial, anunciou que não irá jogar contra a russa Anastasia Potapova, em duelo das qualificatórias do WTA 250 de Monterrey, caso as principais entidades do tênis não acatem as recomendações recentes feitas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre atletas da Rússia e de Belarus. Svitolina divulgou o comunicado nesta segunda-feira, um dia antes do jogo, marcado para terça.

Com a tensão mundial gerada pela invasão da Rússia à Ucrânia, o COI emitiu uma nota nesta manhã para orientar federações e organizadores de eventos esportivos a barrarem a participação de atletas russos e de Belarus em competições. O comitê também afirmou que, se a proibição não for possível por algum motivo, representantes dessas nacionalidades devem competir sem estabelecer relações oficiais com o país de origem, opção defendida pela tenista ucraniana.

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"Eu acredito que a situação pede um posicionamento claro de nossas organizações: ATP, WTA e ITF. Assim, nós - ucranianos - pedimos que sigam as recomendações do COI de aceitar atletas de Rússia e Belarus apenas como atletas neutros, sem uso de nenhum símbolo nacional como cores, bandeiras ou hinos," escreveu Svitolina.

"Quero anunciar, portanto, que eu não vou jogar amanhã em Monterrey, nem nenhum outra partida contra jogadores da Rússia ou de Belarus, até que as organizações tomem a decisão necessária", completou.

A ucraniana também disse que, apesar de defender a punição, não tem nenhum problema com as tenistas russas e as isentou de qualquer responsabilidade. "Eu não culpo nenhuma atleta russa. Elas não são responsáveis pela invasão efetuada por sua terra natal. Além disso, quero mostrar meu respeito a cada atleta, especialmente russos ou de Belarus, que bravamente se posicionaram contra a guerra. O apoio deles é essencial", afirmou.

Hoje, o tênis conta com protagonistas russos e de Belarus tanto nas disputas masculinas quanto nas femininas. O top 10 do WTA tem a presença de Aryna Sabalenka, de Belarus, em terceiro lugar. Já no ranking do ATP, a primeira colocação é do russo Daniil Medvedev, que alcançou o posto oficialmente nesta segunda, ultrapassando o sérvio Novak Djokovic. Dentro do top 10 masculino, ainda há a presença de Andrey Rublev, em sexto. Tanto Medvedev quanto Rublev se manifestaram contra a guerra ao longo da última semana.

Daniil Medvedev está oficialmente na primeira colocação do ranking da ATP, até então ocupada por Novak Djokovic. A atualização da classificação foi divulgada nesta segunda-feira e confirmou a ascensão do russo de 26 anos, conquistada quando ele venceu as quartas de final do ATP 500 de Acapulco, contra o japonês Yoshihito Nishioka, na semana passada.

Com o salto na tabela, o russo se torna o primeiro jogador de fora do chamado "Big Four’, formado por Djokovic, Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray, a alcançar a primeira colocação em 18 anos. O último a conseguir o feito foi norte-americano Andy Roddick, em 2004.

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"Todo mundo estava esperando que a geração mais jovem começasse a ganhar mais eventos importantes e ocupasse os primeiros lugares no ranking", disse Murray recentemente em entrevista à ATP Media. "Daniil definitivamente merece", completou.

No jogo seguinte após confirmar a ascensão, Medvedev foi eliminado na semifinal por Rafael Nadal, mais tarde consagrado como campeão do torneio, mas o título de número 1 do mundo já estava garantido. A eliminação de Djokovic para o checo Jiri Vesely, no ATP 500 de Dubai, abriu caminho para a ultrapassagem. O torneio foi o primeiro disputado pelo sérvio na temporada, iniciada com muita polêmica para ele, barrado do Aberto da Austrália por não ter se vacinado contra a covid-19.

Dono de quatro título de ATP Masters 1000 e campeão do US Open e do ATP Finals, Medvedev atingiu mais um objetivo que perseguia há muito tempo. "Quando você é mais novo, você pensa que é impossível, e é por isso que você sonha com isso", comentou o agora número 1 do mundo após a vitória sobre Nishioka em Acapulco.

O objetivo de Medvedev foi alcançado a passos largos durante uma franca evolução iniciada em 2016, quando entrou pela primeira vez no Top 100. No ano seguinte, já integrava o Top 50. Então, passou a integrar a lista de 20 melhores em 2018 antes de se colocar entre os grandes do Top 10, em 2019, ano em que venceu três títulos em dez semanas e se tornou o número 4 do mundo. Desde maio do ano passado, estava na segunda colocação.

Além da primeira posição de Djokovic tomada por Medvedev, o top 10 teve outras alterações nesta nova atualização. Rafael Nadal, algoz do russo em Acapulco e campeão do torneio, subiu para o quarto lugar e jogou o grego Stefanos Tsitsipas para quinto, assim como Andrey Rublev, vencedor do ATP de Dubai, roubou a sexta colocação do italiano Matteo Berrettini e o deixou em sétimo

O alemão Alexander Zverev se manteve em terceiro. Mais para baixo, o norueguês Casper Rudd e o canadense Felix Auger-Aliassime também se ficaram em suas posições anteriores, oitava e nona, respectivamente. Já o décimo lugar ficou com o polonês Hubert Hurkacz, desbancando o italiano Jannik Sinner. O brasileiro melhor colocado é Thiago Monteiro, no 114º lugar.

Veja o ranking atualizado da ATP:

1º - Daniil Medved (Rússia)

2º - Novak Djokovic (Sérvia)

3º - Alexander Zverev (Alemanha)

4º - Stefanos Tsitsipas (Grécia)

6º - Andrey Rublev (Rússia)

7º - Matteo Berrettini (Itália)

8º - Casper Rudd (Noruega)

9º - Felix Auger-Aliassime (Canadá)

10º - Hubert Hurkacz (Polônia)

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114º - Thiago Monteiro (Brasil)

Quinto do mundo, invicto em 2022 e recém-campeão do Aberto da Austrália. Rafael Nadal tem motivos de sobra para festejar a temporada. A excelente fase já fazem os fãs e a crítica questionarem se o espanhol caminha para o retorno à liderança do ranking, na qual não figura desde janeiro de 2020. Sincero, o maior vencedor de Gran Slans da história, com 21, descarta a hipótese e cita seus problemas físicos para não se ver mais como número 1.

"Acho que o tempo passou para mim, infelizmente. De alguma forma, meus problemas físicos me impedem de terminar mais um ano na carreira como número um", disse Nadal na coletiva após passar sem sustos pelo americano Denis Kudla, por 6/3 e 6/2, na estreia no ATP de Acapulco, no México.

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"Por algum tempo eu senti que estava pronto para ser o número um, mas meu físico não me permitia. Hoje meus objetivos são outros, não vou perseguir esse objetivo de qualquer forma, acho que seria um erro persegui-lo", admitiu o espanhol. "Jogo muito pouco há anos", completou, revelando que vem sendo seletivo com os torneios a disputar justamente por causa dos problemas e da idade. Ele está com 35 anos e já não consegue repetir o desempenho forte ao longo do ano todo.

"Me perguntam se vou reduzir mais o calendário e digo que se eu reduzir ainda mais, deixo de ser tenista. Essa é a realidade porque jogo muito pouco há anos e no final o que fazemos é jogar tênis e, se possível, tento jogar onde me apetece, onde gosto. Neste momento da minha carreira, este (ATP de Acapulco) é um dos lugares onde historicamente tive bons sentimentos."

Na busca para igualar o recorde de conquistas em Acapulco - soma três diante de quatro do austríaco Thomas Muster e do compatriota David Ferrer -, Nadal terá Stefan Koslov nas oitavas de final nesta quarta-feira. Maduro, ele não se sente pressionado pelo título, mesmo sendo o favorito da torcida e até de alguns tenistas na disputa do torneio.

"Neste momento, não mais. Estou com quase 36 anos, competindo há muitos anos e garanto que não há nada externo que me pressione mais do que minha auto-exigência. Me produz satisfação, felicidade, e sentir o amor das pessoas é a única coisa que me ajuda a jogar melhor e a ser melhor."

A conquista do título do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, no domingo (30), em Melbourne, valeu um recorde para Rafael Nadal, agora o maior vencedor entre os homens em torneios deste nível com 21 taças. Mas não representou mudanças em seu ranking. Nesta segunda-feira, a ATP atualizou a sua lista e o tenista espanhol segue na quinta colocação.

Com os dois mil pontos computados pelo título, Nadal subiu para 6.875 e ficou mais perto do quarto colocado, o grego Stefanos Tsitsipas, que tem 7.170. A explicação para sua estagnação no ranking é a ausência de várias competições no ano passado, especialmente no segundo semestre, por conta de uma lesão no pé esquerdo.

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A terceira posição é do alemão Alexander Zverev, com 7.780 pontos, mas a briga é boa pela liderança. Mesmo que tivesse conquistado o título do Aberto da Austrália, o russo Daniil Medvedev seguiria atrás do sérvio Novak Djokovic, mas teria deixado a diferença entre eles 800 pontos menor. Contudo, a ausência do número 1 em Melbourne fez com que a distância para seu principal perseguidor caísse para apenas 890.

As próximas três semanas serão movimentadas para os dois primeiros da ATP, mesmo que eles não joguem. Isso porque neste período serão descontados os pontos referentes à ATP Cup e ao Aberto da Austrália de 2021, que foram disputados mais tarde do que o comum.

Djokovic aumentará a sua vantagem para o russo na próxima semana, já que defende 140 pontos da ATP Cup contra 500 de Medvedev, com a distância indo então para os 1.250 pontos. Contudo, duas semanas depois será a vez do sérvio perder os 2.000 pontos do título no Melbourne Park, vendo a diferença entre eles chegar aos 450.

Inscrito no ATP 500 de Roterdã, na Holanda, que será disputado na próxima semana, Medvedev tem a chance de conseguir alcançar a liderança do ranking pela primeira vez se for campeão do torneio. Porém, para que isso aconteça, ele não apenas precisará do título na competição holandesa, mas também não ver Djokovic somar mais de 50 pontos nas próximas três semanas.

Outro fator que deixará a disputa pela ponta bem interessante neste mês de fevereiro é a defesa de Djokovic dos 500 pontos conquistados com o título em Dubai, torneio nos Emirados Árabes Unidos que acontece na última semana de fevereiro.

Mesmo que Medvedev não consiga ultrapassar Djokovic nos próximos 30 dias, os dois chegarão muito próximos para a disputa dos Masters 1000 de Indian Wells e Miami, ambos nos Estados Unidos, onde travarão uma nova disputa pela ponta com mais dois mil pontos em jogo. O sérvio defende apenas 45 neste dois eventos e o russo um pouco mais com 270.

OUTRAS POSIÇÕES - Semifinalista em Melbourne, o italiano Matteo Berrettini subiu um lugar e é o sexto, melhor desempenho de sua carreira, deixando o russo Andrey Rublev em sétimo. O norueguês Casper Ruud, o canadense Felix Aliassime e o também italiano Jannik Sinner mantiveram as posições e fecham o Top 10. O suíço Roger Federer descartou a semifinal de 2020 que estava congelada e perdeu 13 posições, ficando agora com a 30.ª colocação. O austríaco Dominic Thiem foi pior - perdeu 21 da final daquele mesmo ano e caiu para a 37.ª posição.

Eliminado na estreia do Aberto da Austrália, o brasileiro Thiago Monteiro teve uma queda acentuada na atualização do ranking da ATP nesta segunda-feira. Ele despencou 13 colocações e agora é o número 92 do mundo, com 754 pontos. Thiago Wild é o segundo do Brasil ao ocupar a 131.ª posição.

Confira o ranking da ATP:

1.º - Novak Djokovic (SER) - 11.015 pontos

2.º - Daniil Medvedev (RUS) - 10.125

3.º - Alexander Zverev (ALE) - 7.780

4.º - Stefanos Tsitsipas (GRE) - 7.170

5.º - Rafael Nadal (ESP) - 6.875

6.º - Matteo Berrettini (ITA) - 5.278

7.º - Andrey Rublev (RUS) - 4.830

8.º - Casper Ruud (NOR) - 4.065

9.º - Felix Auger-Aliassime (CAN) - 3.923

10.º - Jannik Sinner (ITA) - 3.705

11.º - Hubert Hurkacz (POL) - 3.336

12.º - Denis Shapovalov (CAN) - 2.930

13.º - Cameron Norrie (GBR) - 2.865

14.º - Diego Schwartzman (ARG) - 2.640

15.º - Aslan Karatsev (RUS) - 2.633

16.º - Gael Monfils (FRA) - 2.553

17.º - Pablo Carreño Busta (ESP) - 2.475

18.º - Cristian Garin (CHI) - 2.420

19.º - Roberto Bautista Agut (ESP) - 2.385

20.º - Taylor Fritz (EUA) - 2.310

92.º - Thiago Monteiro (BRA) - 754

131.º - Thiago Wild (BRA) - 550

229.º - Felipe Meligeni Alves (BRA) - 278

Rafael Nadal levou as mãos ao rosto, em êxtase, e abriu o sorriso mais largo possível neste domingo (30) ao conquistar seu 21º título de Grand Slam, com uma virada espetacular sobre o russo Daniil Medvedev. Após perder os dois primeiros sets, a lenda espanhola ganhou a final do Aberto da Austrália, em Melbourne, por 3 sets a 2, com parciais de 2/6, 6/7 (5/7), 6/4, 6/4 e 7/5, depois de mais de cinco horas de jogo.

Agora, Nadal está isolado como o maior campeão de majors da história, deixando para trás Novak Djokovic e Roger Federer, ambos donos de 20 títulos do nível. Além disso, coloca-se ao lado do sérvio na prateleira dos únicos tenistas que possuem pelo menos dois títulos de cada um dos Grand Slams.

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Agora com 90 títulos no circuito profissional, o espanhol de 35 anos entrou também para lista dos mais velhos vencedores do Aberto australiano, atrás de Ken Rosewall e Federer, campeões em Melbourne aos 36. Na atual temporada de torneios de nível ATP, ninguém comemorou mais triunfos do que ele, vencedor de dez partidas.

Nadal começou o primeiro set perdendo e conseguiu a virada por 2 a 1, mas logo viu Medvedev ganhar dois games seguidos e confirmar a quebra de saque. A partir daí, o russo foi avassalador e não deixou o espanhol vencer mais nenhum game, fechando a parcial em 6 a 2. O set seguinte foi muito mais equilibrado, tanto que ficou empatado por 6 a 6 e foi levado ao tie-break, no qual Nadal abriu 5 a 3, mas levou a virada e perdeu por 5 a 7.

Com duas parciais de vantagem para Medvedev, a situação do veterano de 35 anos ficou complicada, mas logo ele lembrou o adversário a razão de figurar entre os gigantes do tênis. O terceiro set foi caminhando com cada tenista vencendo um game, alternadamente, até Nadal tomar a dianteira por 5 a 4 e ampliar para 6 ao vencer o game final sem deixar o rival pontuar, fechando a parcial com vitória.

A partida já tinha mais de 3 horas de duração quando começou o quarto set. Medvedev saiu na frente vencendo o primeiro game e deu sinais de que talvez estivesse melhor fisicamente. Na sequência, Nadal buscou a virada e levou o empate, mas reconquistou a vantagem e não a perdeu mais, até fechar o set com 6/4, em uma reação incrível.

A história do jogo fez Nadal chegar ao set final com muita confiança e apoiado intensamente por boa parte da torcida, que vibrava com seus pontos, cheia de energia mesmo após 5 horas de jogo. Isso não impediu que Medvedev continuasse o desafiando de igual para igual.

O russo salvou um break-point ainda no primeiro game, antes de enfrentar mais dois e sofrer a quebra no segundo. As tentativas de empate foram frustradas por três breaks salvos por Nadal, que cresceu cada vez mais, apesar do sofrimento diante de um adversário tão grande quanto ele. Quando vencia por 6 a 5, buscou mais uma quebra, sacou e viu o russo acertar a bola na rede após um duelo breve, garantindo o título com uma virada impressionante.

Após fazer história ao chegar à final das duplas femininas no Aberto da Austrália, a tenista brasileira Bia Haddad, ao lado de Anna Danilina, do Cazaquistão, chegou perto de vencer as checas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova na grande decisão, mas levou a virada e terminou o torneio como vice, na madrugada deste domingo (horário de Brasília). Com parciais de 6/7 (3), 6/4 e 6/4, a dupla checa, medalhista de ouro na Olimpíada de Tóquio e campeã em Roland Garros, levou o troféu do slam australiano para casa.

O resultado mantém Maria Esther Bueno, vencedora do título ao lado da britânica Christine Truman, em 1960, como a brasileira com melhor campanha no torneio. Apesar de não ter conseguido igualar o feito da lenda nacional do esporte, Haddad pode dizer que fez uma campanha histórica em Melbourne, pois se juntou a Maria Esther e Cláudia Monteiro no seleto grupo das únicas tenistas que já representaram o Brasil em uma final de Grand Slam.

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Além disso, Bia é a primeira brasileira a jogar a decisão do Aberto da Austrália na chamada Era Aberta do tênis, iniciada em 1968. Participar da final também foi especial para Anna Danilina. Nascida na Rússia e naturalizada cazaque, ela se tornou a única tenista da história Casaquistão a decidir um título de major.

Confiantes por terem chegado até lá, Haddad e Danilina não se intimidaram diante das cabeças de chave número 1 do torneio e começaram a partida muito bem, pressionando as adversárias, com protagonismo para os saques firmes da canhota brasileira. Depois de abrirem 4 a 2, chegaram a tomar a virada por 5 a 4, em meio a alguns erros, mas reagiram. No tie-break, um saque preciso de Bia fechou a vitória parcial.

Foi o primeiro set perdido pelas checas no torneio, e acabou sendo o único. A dupla europeia já começou o segundo set quebrando o saque da brasileira e construiu uma vitória por 6/4, mesmo resultado da última parcial, quando Haddad e Danilina perderam intensidade e sofreram com a inteligência e experiência de Krejcikova.

TRAJETÓRIA - Bia Haddad superou diversos obstáculos nos últimos dois anos. A tenista número 1 do Brasil em simples enfrentou uma suspensão de 10 meses por doping, mais três de afastamento causados pela pandemia de covid-19 e uma cirurgia para retirar um tumor da mão esquerda, com a qual joga.

Sua fase difícil começou em 2019, justamente após se destacar em Wimbledon, quando derrubou a ex-número 1 Garbiñe Muguruza. Na semana seguinte, recebia aviso de suspensão por doping. Bia provou que o resultado positivo para SARM S-22 e SARM LGD-4033 (agentes anabolizantes) era consequência de contaminação por um suplemento. Escapou de uma punição pesada, que poderia chegar a quatro anos, mas não passou ilesa: levou 10 meses de gancho.

Ela poderia retornar em maio de 2020, mas a pandemia mudou seus planos e estendeu o afastamento por mais três meses. Como se não bastassem as dificuldades para voltar a jogar, um tumor benigno no dedo médio da mão esquerda fez a canhota parar mais uma vez, entre outubro e fevereiro do mesmo ano.

Depois de tantos contratempos, a temporada 2021 foi de superação e vitórias. Bia mudou seu treinador e passou a trabalhar com Rafael Paciaroni numa parceria com o Instituto Rede Tênis Brasil (IRTB), entidade que surgiu da união entre o Instituto Tênis e a Tennis Route. Os resultados apareceram rápido. Ela chegou a emplacar 13 vitórias e dois títulos consecutivos.

No total, foram 76 vitórias em 2021, sua melhor marca da carreira. Uma delas foi especial. Em Indian Wells, desbancou a checa Karolina Pliskova, então número 3 do mundo, no maior triunfo de uma brasileira na chamada "Era Aberta" do tênis, desde 1968. Até então, seu melhor resultado era uma vitória sobre a americana Sloane Stephens, então 4ª do mundo, em 2019.

A temporada 2021 só não foi melhor que 2017, quando Bia alcançou sua melhor posição no ranking: 58º. Hoje é a 83ª em simples. Nas duplas, está em 150º, mas dará um salto nesta lista, para o 41º posto. Desde que voltou da suspensão, em setembro de 2020, Bia soma 14 finais e 10 títulos, entre chaves de simples e duplas em nível ITF e WTA. Neste ano, na preparação para o Aberto da Austrália, ela foi campeã nas duplas, jogando ao lado de Danilina, no WTA de Sydney.

A decisão da chave de simples masculina do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, em Melbourne, será entre Rafael Nadal e Daniil Medvedev. Campeão do torneio em 2009 e vice em outras quatro edições, o espanhol dominou do início ao fim a partida contra o italiano Matteo Berrettini, nesta sexta-feira, e marcou as parciais de 6/3, 6/2, 3/6 e 6/3 para alcançar a sua 29.ª final de Major e a sexta na Austrália. Também em quatro sets, o russo fez 7/6 (7/5), 4/6, 6/4 e 6/1 contra o grego Stefanos Tsitsipas.

Aos 35 anos, Nadal tenta conquistar o seu 21.º troféu de Grand Slam, o que faria dele um recordista isolado em número de títulos, superando as 20 conquistas dos rivais Roger Federer e Novak Djokovic. O sérvio e o suíço têm duas finais de Grand Slam a mais que o espanhol.

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A vitória desta sexta-feira também foi especial para Nadal por outros dois motivos. Ele comemorou seu triunfo de número 500 em quadras de piso duro e o 75.º no Aberto da Austrália. O ex-número 1 do mundo e atual quinto colocado busca o seu 90.º título no circuito profissional e o segundo na temporada. Há três semanas, venceu um ATP 250 também disputado em Melbourne.

Nadal tem nove vitórias seguidas neste começo de 2022, situação contrastante com o fato de a presença do espanhol ter sido colocada em dúvida antes do torneio, primeiro pela lesão no pé esquerdo que comprometeu seu desempenho durante todo o segundo semestre de 2021 e depois pelo recente diagnóstico de covid-19 em dezembro.

A partida foi disputada com teto fechado na Rod Laver Arena por conta da chuva desta sexta-feira em Melbourne. Por mais que as condições mais rápidas do estádio pudessem ajudar o saque de Berrettini, o cenário também poderia ser interessante para Nadal. Por diversas vezes ao longo do carreira, o espanhol declarou que prefere atuar em quadras mais rápidas porque isso possibilita que ele possa controlar mais pontos com seu forehand.

Berrettini liderou a estatística de aces por 14 a 5 e a de winners por 38 a 28, mas o italiano cometeu 39 erros não-forçados contra 19 do espanhol. Nadal criou oito break points na partida, com quatro quebras, e só perdeu um game de saque, tendo enfrentado apenas dois break points em todo o jogo.

Adversário de Nadal na final marcada para o próximo domingo, Medvedev terá de superar um retrospecto negativo contra o espanhol no circuito profissional. O atual número 2 do mundo só venceu uma vez em quatro confrontos até o momento - uma das derrotas foi na decisão do US Open de 2019.

A segunda semifinal foi das mais movimentadas, teve dois adversários jogando um tênis incrível nos dois primeiros sets, um "showzinho" de Medvedev com a arbitragem no fim da segunda parcial e terminou com uma vitória imponente do russo na reta final após 2 horas 33 minutos.

Vice no ano passado - perdeu para Djokovic -, Medvedev tentará um feito ainda inédito no circuito desde o começo da Era Aberta, podendo se tornar o primeiro a faturar um Grand Slam logo no evento seguinte a seu primeiro título deste porte, algo que só aconteceu no feminino. A última a alcançar tal feito foi a japonesa Naomi Osaka, ao faturar o US Open de 2018 e o Aberto da Austrália de 2019.

O russo terminou a partida com 13 aces e incrível aproveitamento de saque, vencendo 86% com o primeiro e 72% com o segundo. Ele levou a melhor na batalha de winners (39 a 35) e conseguiu também cometer menos erros não forçados (28 a 32).

DUPLAS MISTAS - A francesa Kristina Mladenovic e o croata Ivan Dodig conquistaram o título de duplas mistas. Cabeças de chave número 5 no torneio, os dois superaram a parceria convidada da casa, formada por Jaimee Fourlis e Jason Kubler, por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4.

Mladenovic tem agora três títulos de Grand Slam nas duplas mistas, dois deles no Aberto da Austrália. A primeira conquista foi em 2014 com o canadense Daniel Nestor. A francesa de 28 anos também já venceu o torneio duas vezes nas duplas femininas junto da húngara Timea Babos, em 2018 e 2020.

Já o parceiro Dodig conquistou seu quarto título de Grand Slam nas duplas mistas, mas o primeiro na Austrália. Na modalidade mista, ele havia conquistado duas vezes Roland Garros e uma vez em Wimbledon. Em Melbourne, venceu o torneio nas duplas masculinas no ano passado ao lado do eslovaco Filip Polasek.

Finalistas, Fourlis e Kubler eliminaram algumas duplas bem mais experientes no caminho para a final em Melbourne. Este é o segundo ano que uma dupla australiana chega à final, assim como havia acontecido com Samantha Stosur e Matthew Ebden em 2021. Ebden fez parte da última parceria da casa a ser campeã em duplas mistas na Austrália, ao lado de Jarmila Gajdosova em 2013.

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