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Mudar de carreira profissional pode ser algo assustador para qualquer pessoa, principalmente quando a escolha é diferente da formação ou trabalho que exerce. Quem deseja migrar para o setor de Tecnologia da Informação, por exemplo, se depara com novos desafios e experiências no percurso. No entanto, segundo a administradora Chief Operating Officer (COO) e co-founder da startup Recrut.Ai, Karol Branco, 32 anos, “todo mundo pode mudar para qualquer área, basta ela se preparar”. A Recrut.Ai é uma plataforma de recrutamento de inteligência artificial.

Da área comercial para T.I.

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Há cinco anos, a COO da startup de educação Trêsbê Educação Inovação e Eventos, Dani Bezerra, 40 anos, iniciou sua trajetória no ramo da tecnologia. Formada em Secretariado Executivo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a profissional conta que a decisão de mudar de carreira veio a partir da insatisfação com a profissão que havia escolhido.

“Nunca atuei na área de secretariado, sempre atuei na área comercial”, afirma Dani. Em contrapartida, ela revela que o secretariado lhe deu muita bagagem para gestão. "E eu percebi, depois de alguns bons anos, quase 12 anos na área comercial, que eu não sentia a questão do propósito”, disse. “E aí eu fui pensar em outras áreas em que eu pudesse atuar, e foi aí que eu conheci o Porto Digital [que é considerado uns dos maiores polos de Tecnologia da Informação e Economia Criativa do mundo]”, acrescenta.

A partir dos conhecimentos acessados no espaço, Dani encantou-se pelo novo caminho profissional que surgia à sua frente e passou a buscar mais informações para adentrar no mercado da tecnologia. Apesar disso, a jovem afirmar que “o processo de migração em si não foi fácil” devido as “suas próprias crenças limitantes e as dificuldades que você tem ao mudar de carreira, ainda tinha também as questões de: tecnologia não e uma área para as mulheres”, explica.

Agora, nessa nova fase de aprendizados e entrando de cabeça no universo da T.I., Dani conta que está indo muito mais além da área de gestão, da área de startup. "Eu estou realmente dando um pontapé final nessa fase de transição de carreira, que é aprendendo programação”, revela, em tom entusiasmado.

“Quando eu terminar o curso, vou estar completa na área de tecnologia, como uma programadora”, conclui Dani, que também é organizadora do Hackathon - evento serve para reunir profissionais para uma maratona de programação - da National Aeronautics and Space Administration (Nasa).

Thaís Yoshioka, 31 anos, que é UX Designer no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CÉSAR) (Foto: Cortesia)

Mesmo trabalhando em lugares diferentes e com funções distintas, a história da Thaís Yoshioka, 31 anos, que é UX Designer no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CÉSAR), também retrata uma mudança na carreira. Formada em Téxtil e Moda pela Universidade de São Paulo (USP), a sua experiência foI através das áreas de pesquisas e desenvolvimento de produto na capital paulista.

Ao chegar no Recife, há cinco anos, o primeiro caminho de migração foi a área de comunicação e, posteriormente, atuou como freelancer com consultorias. Ao longo do tempo, decidiu entrar em uma empresa maior que pudesse dar uma guinada na vida profissional.

“Eu percebi que queria continuar morando aqui na cidade e comecei a pensar em quais as empresas relevantes no cenário local e, que também, tivesse uma estrutura maior, pois eu queria sair desse contexto de freelancer”, relembrou. “Então, com meu repertório de pesquisa e comunicação, eu achei que poderia fazer sentido entrar em tecnologia”, completou. Ela apresentou aos recrutadores pontos de relevância da sua experiência profissional para entrar no setor de tecnologia.

“Então, não foi necessariamente uma área que eu escolhi porque conhecia”, enfatizou. Em entrevista, Thaís também explicou que não sabia o que era UX Designer -  profissional que cuida da experiência do usuário em uma determinada plataforma digital - antes de entrar no CESAR.

Em análise a esse segmento profissional que desempenha, Thaís entende que “o designer é uma área que é comum receber pessoas com repertório de outras áreas”. Na leitura de mercado, feita pela administradora Karol Branco, ela reforça que “não se deve desmerecer o que você fazia e os resultados que você alcançou”.

Karol Branco, 32 anos, afirma que T.I. é uma área em ascensão (Foto: Arthur Mota)

Dificuldades e vantagens

Quando observa o mercado, a empreendedora Dani Bezerra, fala que uma das dificuldades percebidas é que o “mercado de tecnologia ainda é muito machista e que se vê muitos homens”, distribuídos e atuado como “gestores de startups ou na área de programação”.

Em contrapartida, a COO Karol Branco fala que apesar de ainda ser um setor  “majoritariamente de público masculino, as empresas estão de portas abertas para contratação de mulheres”, pontua. Ela ainda observa que “o setor reflete uma questão histórica e estrutural da sociedade, de que mulheres não são “boas” [com tecnologia]”, no entanto, há “vários programas de incentivo para ter essa diversidade”.

Para exemplificar, podemos falar sobre o programa chamado MINAs - Mulheres em Inovação, Negócios e Artes -, que tem o intuito de fomentar a participação de mulheres na área de tecnologia, operando desde o incentivo pela área de ciências e tecnologia nas escolas, como também ao dispor apoio às mães que já trabalham no Porto Digital.

Dentre outras vantagens, estão alguns fatores caracterizados por Karol como “sedutoras”. “As empresas são mais informais e passam a imagem de uma empresa mais leve, você pode trabalhar de casa ou no escritório. O estilo de trabalho é mais tranquilo, a flexibilidade nos horários e a não burocratização, são sedutores”, explica a profissional.

Segundo informações de um levantamento feito pelo Porto Digital, há uma perspectiva de abertura de mais de 3.200 mil vagas em 2020. Até o momento, o polo tecnológico abriga 339 empresas e 32% dos funcionários é composto por público feminino.

Orientação para carreira em T.I.

Diante desse apanhado de informações sobre o setor, O LeiaJá elaborou uma lista com dicas práticas para quem tiver interesse de migrar para o setor de Tecnologia da Informação. Essa relação foi construída a partir das contribuições das experiências das entrevistadas Dani Bezerra, COO da Trêsbê Educação Inovação e Eventos, e da administradora Karol Branco. Confira, abaixo, as orientações concedidas:

Qualificação

“Se a pessoa quer trabalhar na área de T.I., ela tem que aprender a linguagem de programação, pois a maior demanda é na área de desenvolvimento”, explica Karol. Neste ponto, ela indica que as qualificações podem ser feitas de forma on-line ou até mesmo por meio de “formações de curto prazo, hackathons, palestras, dentre outros”, que podem ser encontradas no Porto Digital, por exemplo.

Networking

“Busquem se envolver no ecossistema da sua cidade”, enfatiza Dani Bezerra. “Busquem quais são as redes de apoio que existem na sua cidade, no Recife nós temos a Comunidade do Manguezal, que é uma comunidade de apoio às startups locais e tecnológicas”. “Busquem essas comunidades, busquem grupos, busquem pessoas que de alguma forma possa te ajudar a galgar essa mudança”, formula.

Ainda há outras opções, como o “SoftexRecife, que é uma Associação de empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), sem fins lucrativos e com o registro de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) em âmbito federal, estadual e municipal inscrito no Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI) do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI)”, explica o Community Manager, Isaías Dias, em entrevista ao LeiaJá.

“Nosso objetivo institucional é de desenvolver ações para o fortalecimento das empresas associadas - atualmente com 195”, afirmou o profissional. “Nossos eventos de conexões, são Match Day, Match Session, Investor Day, etc. São eventos com foco em criar conexões entre as nossas empresas associadas de T.I.C. com o mercado”, conclui Isaías.

A SoftexRecife faz parcerias conjuntas com o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), com entidades como o CÉSAR, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSESPRO),  e o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados do Estado de Pernambuco (SEPROPE).

Ter um portifólio

“Pessoas que trabalham com tecnologia podem começar a expor [seus trabalhos] na rede  profissional para pessoas de T.I., chamada GitHub e Behance - site em que você cria e expõe suas produções e programas feitos para ter um repertório”, orienta Karol.

Desenvolva habilidades sem desespero

“Não dá pra aprender tudo o que tem de disponível”, destaca Karol. “Então, olha o que as empresas estão pedindo de específico e foca nela para aprimorar e desenvolver essas habilidades”. “Observa [também] o que o mercado está pedindo de requisito e conhecimento”, finaliza.

Aposte na trajetória

“Está chegando no tempo em que o ser humano só vai fazer trabalho de ser humano, que é usar o cérebro”, afirma Karol. Para explicar esse último ponto, vamos relembrar um dos pontos fortes comentados pelas entrevistadas durante a reportagem, que foi a questão do repertório antes de entrar na área de tecnologia.

Neste sentido, a orientação ideal para colocar no currículo é realçar competências, habilidades e resultados que se aproximem da área em que deseja migrar.

Pois de acordo com Karol, nem sempre, na área de T.I., a graduação em no curso em específico é levada como premissa fundamental para atuar no setor, seja empreendendo ou desempenhando uma função em determinada empresa. Além disso, Karol acrescenta que outras “competências são observadas, como inovação, criatividade, curiosidade intelectual, e a capacidade de resolver problemas”.

A SONDA, empresa de TI, está com inscrições abertas para 108 vagas de emprego na área de tecnologia. As inscrições podem ser realizadas através do site da organização.

Há vagas, por exemplo, para os cargos de desenvolvedor mobile, técnico de suporte, analista de sistemas, analista de suporte, agente de service desk, desenvolvedor Java e Fullstack e administrador de banco de dados. O processo seletivo será composto por análise curricular e os profissionais selecionados poderão ter uma remuneração de R$1.350 a R$ 20 mil, a depender do cargo escolhido.

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Mais informações podem ser obtidas por meio do site da empresa, onde os candidatos podem consultar as localidades onde os aprovados atuarão.

O Banco do Brasil está nos ritos finais para o lançamento de um concurso público para atrair jovens profissionais que desejam construir carreira em diferentes áreas da tecnologia, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A iniciativa é inédita na instituição e se conecta a outros movimentos em curso de preparação para a transformação digital pela qual passa o setor financeiro, com a propagação de fintechs e o desembarque de gigantes de TI, as chamadas big techs.

O edital do concurso público do BB está previsto para ser divulgado ainda no terceiro trimestre, segundo fontes que concordaram em falar na condição de anonimato. Serão 120 vagas e a meta do banco é preenchê-las ainda em 2020, aumentando a já aquecida disputa por profissionais de TI no País.

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Com as medidas de isolamento para conter a pandemia e o home office mandatório, a oferta de vagas nesse segmento se multiplicou. Recentemente, os rivais Santander Brasil e Itaú Unibanco, além de gigantes como Magalu e Ambev saíram à caça de talentos para posições em TI.

"A demanda por desenvolvedores, que já era alta antes da pandemia, vem aumentando consideravelmente", diz o sócio da consultoria de recursos humanos Exec, Marcus Giorgi. "Os setores que mais têm demandado esses profissionais são os de varejo, serviços financeiros, incluindo bancos, e o de saúde como um todo."

Procura

A maior procura contribui para elevar a escassez de mão de obra tecnológica. O Brasil forma por ano entre 40 mil e 50 mil desenvolvedores, conforme estimativas de especialistas. O número não só é insuficiente para atender à demanda das empresas, como coloca o País numa posição muito aquém na formação de talentos de TI.

Nos Estados Unidos, por exemplo, são cerca de 600 mil por ano. Enquanto isso, na China, são um milhão de novos profissionais em TI a cada ano.

No caso do BB, o projeto de criar uma carreira em TI estava em gestação antes da pandemia. Engessado para contratar e reter talentos, o banco aposta no concurso público "sob medida" como novo modelo de atração dos profissionais que precisa. A ideia é torná-lo uma agenda anual em seu calendário.

Nesta primeira seleção, o BB quer atrair jovens talentos para vagas em diferentes áreas da tecnologia, tais como analytics, inteligência artificial, desenvolvimento de software e aplicativos (apps), dentre outras.

Para recrutar a moçada que entende de transformação digital, o BB também inovou na forma de divulgar o concurso. Pela primeira vez, o banco vai às redes sociais, além de webinars e faculdades de tecnologia em busca de jovens talentos.

Em contrapartida, os interessados terão de comprovar conhecimento na área. Uma prova com conteúdo exclusivamente tecnológico está sendo preparada para o concurso, cuja abrangência será nacional.

Os 120 selecionados devem passar por uma imersão tecnológica no banco. Para atrair os geeks, os antigos nerds, o BB oferecerá salário inicial de cerca de R$ 3,8 mil, somando benefícios. Mais do que isso, quer monitorá-los de perto.

A moçada será acompanhada por executivos de alta patente, que farão um trabalho de mentoria e capacitação, ajudando-os a construir a perspectiva de uma carreira de longo prazo. A intenção é desenvolver um processo nos moldes dos programas de trainees da iniciativa privada.

A abertura de uma porta de entrada para talentos de TI, que antes só existia via a carreira de escriturário, é mais um passo da estratégia do BB para enfrentar a arena digital do setor financeiro.

Recentemente, o banco anunciou que vai aportar R$ 200 milhões em startups, com as quais busca parcerias, e ainda aprovou um orçamento adicional de R$ 2,3 bilhões para tecnologia para os próximos três anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Safra está com 20 vagas abertas para o Technee, programa voltado a profissionais de tecnologia que buscam impulsionar sua carreira. Serão 36 meses focados no desenvolvimento de jovens talentos que vão ampliar ainda mais os projetos de tecnologia e negócios do banco. As inscrições vão até a próxima terça-feira (18), pela internet

Para se candidatar, é necessário ter experiência comprovada de ao menos três anos na área e já ser formado ou estar no último ano do curso, com disponibilidade para trabalhar em período integral a partir de outubro. As vagas são para São Paulo e voltadas às áreas de Desenvolvimento, Governança, Big Data e Analytics e Segurança da Informação.

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Os profissionais que participarem do programa terão uma formação técnica com um parceiro educacional e também formação interna, com passagem pelas principais áreas de Tecnologia do Banco. Eles ainda terão acompanhamento de carreira feito por especialistas do Safra e tutoria com executivos do banco.

Profissionais contratados vão contar com uma avaliação de performance e remuneração diferenciadas dentro de seu plano de carreira, participação nos lucros e resultados, plano de saúde e odontológico, gympass e outros benefícios.

Após a inscrição, os interessados vão passar por outras quatro etapas de seleção: testes online, entrevistas, hackathon e, por fim, entrevistas individuais. O início do programa com os selecionados será no dia 19 de outubro.

A Procenge, empresa de TI, anunciou, nesta segunda-feira (3), a seleção destinada ao preenchimento de uma vaga para o cargo de engenheiro de software. Interessados podem se inscrever até o dia 21 de agosto por meio do site da companhia.

Para concorrer a vaga, os candidatos precisam ter graduação em Sistema de Informação ou áreas afins, ter conhecimento em CENTURA, PL/SQL, MySql, C#, ANGULAR, HTML, CSS; e experiência em desenvolvimento de software. Segundo a Procenge, será um diferencial se o candidato tiver conhecimento do ERP Pirâmide, software desenvolvido pela empresa. 

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Efetivado, o candidato trabalhará em regime de home office, das 8h às 18h, e a remuneração será combinada com a empresa. Além disso, o selecionado atuará nos processos de desenvolvimento e manutenção da fábrica de software da corporação, com atuação em desenvolvimento front-end ou back-end. Plano de saúde e vale refeição estão entre os benefícios para o selecionado.

Os investigadores da Polícia Federal apontaram indícios de que a Qualicorp tenha fraudado contratos para dissimular repasses à campanha de José Serra (PSDB-SP) ao Senado Federal em 2014. O delegado Milton Fornazari Júnior, responsável pela operação que prendeu nesta terça, 21, o fundador do conglomerado de planos de saúde, José Seripieri Junior, afirmou que o empresário montou uma 'estrutura financeira e societária' para ocultar a transferência do dinheiro da Justiça Eleitoral.

"Houve por parte do controlador desse conglomerado empresarial da área de Saúde uma solicitação para uma pessoa que era sócia dele em uma empresa para que criasse toda essa estrutura que tinha por objetivo a transferência de recursos para o candidato investigado", afirmou o delegado.

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Ainda segundo Fornazari, os recursos foram repassados a um grupo que se encarregou da simulação de negócios jurídicos e contratos de compra e prestação de serviços para 'justificar os repasses' que teriam como destinatário final o tucano. De acordo com a PF, Serra teria recebido R$ 5 milhões, em três parcelas - duas de R$ 1 milhão e outra de R$ 3 milhões.

"Foi criada assim uma estrutura financeira autônoma e profissional ali para que os recursos fossem repassados de maneira dissimulada visando impedir que as autoridades estatais tivessem o conhecimento daquela fraude", explicou Fornazari.

A PF apontou indícios de fraudes em pelo menos duas frentes: na aquisição de licença de software e na contratação de serviços gráficos.

Além disso, os investigadores apuram a ligação do senador com uma empresa produtora de eventos de fórmula 1, que comercializa camarotes para corridas na capital paulista.

"Nas investigações em relação a essa empresa, que supostamente comercializava camarotes de Fórmula 1, nós identificamos uma elevada troca de valores com o partido do então candidato nas eleições de 2010. Nós identificamos também na busca de hoje a existência de contratos entre um dos sócios da empresa e o partido do então candidato. Nós conseguimos identificar robustos indícios da existência de vínculos entre os donos dessa empresa, que recebeu esses repasses por meio da criação de uma sociedade por conta de participação, e o candidato", disse o delegado.

Caixa 2 eleitoral

A Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral de São Paulo deflagraram na manhã de hoje a operação Paralelo 23 - a terceira fase da operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo - para investigar o suposto caixa dois na campanha de Serra.

Os agentes cumpriram três mandados de prisão temporária e outros 15 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal. Entre os alvos das buscas na capital federal estava o gabinete de Serra. No entanto, a entrada dos policiais no Senado foi barrada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, que acionou o Supremo Tribunal Federal e obteve parecer favorável do ministro Dias Toffoli para suspensão das buscas.

A PF busca provas que demonstrem se a Qualicorp pagou o tucano em troca de uma atuação favorável no mandato como senador. "Nós vamos aprofundar a investigação agora na fase ostensiva para identificar se eventualmente o repasse desses valores foi uma doação eleitoral apenas ou se foi uma doação eleitoral não contabilizada visando uma contrapartida desse candidato, dada a atuação dele na área da Saúde, que poderia favorecer a empresa do investigado que efetuou esses pagamentos de maneira dissimulada", adiantou delegado Fornazari.

COM A PALAVRA, SENADOR JOSÉ SERRA

O senador José Serra foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa, na qual, ressalte-se, José Serra jamais foi ouvido.

José Serra lamenta a espetacularização que tem permeado ações deste tipo no país, reforça que jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Serra mantém sua confiança no Poder Judiciário e espera que esse caso seja esclarecido da melhor forma possível, para evitar que prosperem acusações falsas que atinjam sua honra.

COM A PALAVRA, A QUALICORP

"A nova administração da Companhia informa que adotará as medidas necessárias para apuração completa dos fatos narrados nas notícias divulgadas nesta manhã na imprensa, bem como colaborará com as autoridades públicas competentes".

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA CELSO VILARDI, QUE DEFENDE O FUNDADOR DA QUALICORP

O advogado Celso Vilardi, que defende o empresário José Seripieri, irá se manifestar assim que tiver acesso aos autos.

COM A PALAVRA, FLÁVIA RAHAL, ADVOGADA DE SERRA

A reportagem fez contato com a criminalista Flávia Rahal, que defende o senador José Serra. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, O PSDB

O PSDB de São Paulo reitera sua confiança no senador José Serra, pautada nos mais de 40 anos de uma vida pública conduzida de forma proba e correta. Mantemos nossa confiança no poder judiciário e no esclarecimento dos fatos.

O grupo Neoenergia está recebendo inscrições para 27 bolsas em seu programa internacional de mestrado e doutorado na Espanha e Reino Unido, chamado Iberdrola. A iniciativa tem cursos voltados para o setor de energia nas áreas de meio ambiente, energias renováveis e tecnologia da informação (TI) em diversas instituições de ensino conveniadas.

Os interessados podem realizar as inscrições online até o dia 31 de março, às 11h do horário de Brasília. Informações sobre os pré-requisitos para a candidatura estão disponíveis nos editais, no site do programa de bolsas.  Outros esclarecimentos podem ser feitos por e-mail, através do endereço becas@neoenergia.com.

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O diretor-executivo de inovação e serviços do Ser Educacional, Joaldo Diniz, venceu o Prêmio Executivo de TI do Ano na categoria Educação. A edição de 2020 da premiação aconteceu na última quarta-feira (18), completamente on-line, devido a pandemia do novo coronavírus.

O prêmio é um reconhecimento ao trabalho dos profissionais da área que se destacaram durante o ano no desenvolvimentos de negócios que impactaram positivamente o mercado de TI no país.

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O evento, é realizado pela IT Mídia em parceria com a Korn Ferry, e nesta edição foram avaliados cerca de 376 inscrições, sendo 248 CIOs e 128 profissionais da Indústria para as 27 categorias.

Confira os vencedores:

Educação

Joaldo Diniz, Grupo Ser Educacional

Saúde

Bruno Henrique Machado, AMIL

Indústria Automotiva, autopeças e mecânica

Angelo Figaro, Renault-Nissan

Bancos

Rogério Pedro Câmara, Bradesco

Bens de consumo duráveis

Simone Okudi, Stanley Black & Decker

Bens de consumo não duráveis

Claudia Meira, Avon Cosmetics

Indústria de TI

Fabricante de Hardware e Software - CMO

Fernando Migrone, SAP Brasil

Fabricante de Hardware e Software - CEO

Dennis Herszkowicz, TOTVS

Um programa de bolsas do grupo Neoenergia está oferecendo cursos de mestrado nas áreas de tecnologia da informação, energia e meio ambiente para brasileiros (ou residentes no Brasil) na Espanha e no Reino Unido. As inscrições estão abertas e devem ser feitas até o dia 31 de março. 

No Reino Unido e na Espanha, as bolsas de mestrado não se destinam apenas a pessoas graduadas e exigem que o curso escolhido tenha pelo menos 70% das matérias nos temas de estudos informados no edital. Os estudantes contemplados terão direito a pagamento integral das taxas de matrícula, subsídio para transporte, moradia e auxílio para passagem aérea. 

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Para participar do programa, além de ter nascido e/ou morar no Brasil, é preciso ter diploma de graduação e histórico acadêmico com média igual ou superior a 7,01, além de comprovar proficiência em inglês por meio de testes como o da Universidade de Cambridge, IELTS, TOEFL e CEFR. Durante o período da bolsa, não é permitido receber nenhum tipo de ajuda econômica de instituições públicas ou privadas, trabalhar nem fazer estágio.

Para se candidatar, os interessados devem se inscrever no curso escolhido diretamente na universidade, uma vez que o processo de candidatura e seleção para o programa da Neoenergia ocorre simultaneamente. Os candidatos devem anexar o comprovante de inscrição no curso, cópia do RG, curriculum vitae, diploma acadêmico, histórico escolar e o certificado de proficiência em inglês ao formulário de inscrição.    

Para mais informações, acesse o edital.

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As falhas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) podem ter como explicação a perda de consultores que atuavam na área de tecnologia da informação do Ministério da Educação (MEC). No ano passado, 50 consultores deixaram a pasta.

Eles eram responsáveis pela manutenção e atualização de uma série de sistemas do MEC, entre eles o Sisu, plataforma que reúne as vagas em universidades públicas do País. Só este ano houve 1,8 milhão inscritos, para 237 mil vagas. O banco de dados para a operação do sistema é um dos maiores sob responsabilidade direta do MEC.

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Segundo servidores, o déficit de funcionários contribui para as falhas. Os consultores deixaram de atuar no MEC em julho de 2019, quando o ministro Abraham Weintraub anulou acordo de assistência técnica com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), em vigor desde 2008, após suspeita de irregularidades.

Há anos o sistema enfrenta instabilidades e servidores alertam sobre a necessidade de desenvolver uma plataforma mais robusta, que suporte receber a quantidade de acessos simultâneos dos estudantes. Mas, segundo os servidores, com a redução do quadro de consultores da área, a manutenção foi ainda mais precária, dificultando a detecção de falhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Responsável pelo funcionamento da plataforma do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Ministério da Educação (MEC) perdeu no ano passado 50 consultores que atuavam na área de tecnologia da informação (TI). Neste mês, estudantes relataram instabilidade e falhas na plataforma. Servidores ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo disseram que o déficit de funcionários contribui paras dificuldades de manutenção do Sisu, que chegou a ser suspenso por decisão judicial. Já o MEC diz que o sistema funciona "normalmente".

O Sisu é o sistema online em que universidades públicas oferecem vagas para quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Só este ano houve 1,8 milhão inscritos, para 237 mil vagas. O banco de dados para a operação do sistema é um dos maiores sob responsabilidade direta do MEC.

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Há anos o sistema enfrenta instabilidades e servidores alertam sobre a necessidade de desenvolver uma plataforma mais robusta, que suporte receber a quantidade de acessos simultâneos dos estudantes. Mas, segundo os servidores, com a redução do quadro de consultores da área este ano, a manutenção foi ainda mais precária, dificultando a detecção de falhas.

Além da instabilidade, como registrado em anos anteriores, estudantes relataram o vazamento da lista de aprovados - quando a publicação ainda estava vedada pela Justiça -, e problemas para participar da lista de espera. Conforme os relatos, candidatos foram inscritos em uma segunda opção de curso diferente da que escolheram.

Segundo os servidores, os 50 consultores representavam cerca de um terço da força de trabalho de tecnologia da informação do MEC. O grupo de 50 consultores deixou de atuar no MEC em julho de 2019, quando o ministro Abraham Weintraub anulou acordo de assistência técnica com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), em vigor desde 2008, após suspeita de irregularidades. Os consultores tinham como atribuição a manutenção e desenvolvimento de sistemas de informação do MEC, entre eles o Sisu.

À época, o MEC disse ter identificado supostas irregularidades formais no vínculo jurídico dos consultores. Procurado ontem, o MEC não se posicionou sobre a perda de funcionários nem informou o atual número de técnicos. Sobre as falhas, disse que o Sisu está "funcionando normalmente".

Problema

O sistema de informática do MEC é considerado frágil e historicamente operado por número de técnicos menor do que o necessário. Auditoria da Controladoria Geral da União, publicada em julho de 2018, alertou para a necessidade de melhorar os sistemas informatizados da pasta. Isso porque eles guardam dados e organizam políticas educacionais que alcançam milhões de brasileiros - entre alunos da rede básica, superior e docentes.

Este ano, o Enem teve erro na correção de 5.974 provas. Segundo o MEC, a culpa foi da gráfica que imprimiu os testes e não há prejuízo aos demais alunos. 

Com apoio do Google.org e da BID Lab a Junior Achievement, instituição mundial sem fins lucrativos, realizará um curso profissional de Suporte em TI, gratuito. Voltadas para jovens de 18 a 29 anos, as aulas acontecem no Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro. Os interessados em ter o certificado têm até o dia 25 de janeiro para realizar a inscrição pelo link.

 O treinamento busca preparar jovens para iniciar uma carreira na área de TI em nível inicial, compartilhando conhecimento técnico e desenvolvendo habilidades socioemocionais. Para participar do projeto é preciso ter concluído o Ensino Médio em escola pública, não estar trabalhando nem estudando e ter a renda familiar de até um salário mínimo. Não é preciso ter treinamento ou experiência profissional na área.

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 São 240 horas de aulas presenciais e 60 horas de conteúdo online. Além da disciplina de TI, o curso também trabalha comunicação, ética, pensamento crítico, resolução de problemas e criatividade. Pernambuco é um dos 12 estados que devem receber turmas piloto do projeto. Até 2022, serão realizadas nove turmas no estado.

  Na capital pernambucana, a primeira edição acontece no Compaz Ariano Suassuna. A previsão de início é no dia 5 de fevereiro, com aulas presenciais de terça a sexta, das 13h às 17h. O treinamento deve seguir até junho deste ano.

Se encerra nesta sexta-feira (10) o prazo de inscrição para o trainee da empresa de softwares de gestão em saúde MV. O Programa Jovem Consultor é voltado para recém-formados nas áreas de saúde, administração e tecnologia da informação (TI). As atividades serão iniciadas em março.

Ao todo, são oferecidas 40 vagas distribuídas entre Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. O programa tem 18 meses de duração, incluindo análise de currículo, avaliação online, conversa com analistas da multinacional de recursos humanos e entrevista com equipe de gente e gestão da empresa. 

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Este ano, o Natal para Elizangela Tavares, 34 anos, será especial. Mãe de quatro filhos, moradora do bairro de Águas Compridas, em Olinda, ela comemora a oportunidade de voltar ao mercado de trabalho depois de ter deixado a prisão. A reeducanda cumpre pena no regime aberto e vai integrar a equipe operações das estações de BRTs  do corredor norte, no trecho de Igarassu – Recife. O início dos trabalhos está marcado para segunda-feira, 16/12. O objetivo é promover a ressocialização dos apenados e reduzir a reincidência criminal.

A iniciativa de empregar ex-detentos é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) em parceria com a Conorte (concessionária do Grande Recife Consórcio de Transporte). Serão 22 novos trabalhadores, que somado aos 19 apenados que já trabalham no convênio, totalizam 41. Elizangela e seus colegas atuarão na logística das estações de BRT e do Terminal Integrado de Igarassu, responsáveis por organizar as filas, cuidar dos espaços e fiscalizar acessos prioritários.

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O contrato estipula seis horas de trabalho e a remuneração de um salário mínimo (R$ 998). A parceria é regida pela Lei de Execuções Penais, o que desobriga o empregador de encargos trabalhistas, como FGTS, 13º salário e férias. “Vou terminar o ano de 2019 com a certeza que agora tenho um trabalho para ganhar o sustento dos meus filhos. Para nós, que saímos da prisão, não é fácil recomeçar de forma honesta, mas é possível. O Natal vai ser mais feliz”, declara Tavares.

Os números apontam que a reincidência criminal é de apenas 1% entre os ex-detentos que trabalham por meio de convênios entre o Governo de Pernambuco e a empresas públicas e privadas. “A falta de oportunidade é um dos principais fatores que levam os reeducandos a voltar para o mundo do crime. Por isso que o apoio da sociedade e das instituições é tão importante. Quanto mais frentes de trabalho, menos violência nas nossas cidades”, aponta o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

Para a família da Elizangela, as conquistas não param por aí. Seu marido, que é serralheiro, também conseguiu um emprego recentemente. “Em 2020 meus planos são os mais simples: melhorar a condição de vida da minha família, trabalhar e mostrar para os meus filhos que podemos nos transformar”, finaliza a reeducanda.

Atualmente, 1.107 egressos prisionais trabalham através de parcerias como esta. O número de empresas parceiras é de 33. O acompanhamento é feito pelo Patronato Penitenciário, órgão vinculado à SJDH que também oferece assistência psicossocial e jurídica aos reeducandos.

*Da assessoria

Cinco convites para processos seletivos, por semana, costumam chegar pelo LinkedIn para o engenheiro de software Lucas Albuquerque, de 27 anos. São, em sua maioria, enviados por empresas europeias de Tecnologia da Informação (TI), que, assim como as brasileiras, sofrem com a falta de mão de obra. Diante da baixa oferta de trabalhadores qualificados na área, países como Alemanha, Suécia e Polônia têm aberto suas portas para brasileiros, e as companhias, bancado passagens e moradia para a família dos trabalhadores nos primeiros meses após a mudança.

Vivendo com a mulher na Polônia há dois anos, Albuquerque já comprou apartamento, viu seu filho nascer em um hospital onde as enfermeiras não falavam inglês - nem ele polonês - e mudou de emprego. "Nunca tinha pensado na Polônia, mas a empresa me encontrou (pela internet) e aí descobri que, enquanto a Alemanha concentra mais startups, a Polônia tem empresas mais robustas, o que deu segurança para eu mudar."

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Albuquerque já chegou a trabalhar ao lado de outros dois brasileiros em uma equipe de apenas dez profissionais. "Quando cheguei aqui, tinha como saber quem eram quase todos os brasileiros. Agora, não dá mais. O grupo no WhatsApp de brasileiros de TI em Cracóvia tem 207 pessoas."

Os altos índices de violência, a falta de serviços públicos de qualidade e a dificuldade para desenvolver tecnologias de ponta estão entre os fatores que têm levado os brasileiros de TI a deixar o País. Como consequência, está o aumento da distância entre o Brasil e os países mais avançados.

Na Suécia, por exemplo, o número de vistos concedidos para brasileiros trabalharem na área passou de 15 em 2014 para 126 no acumulado deste ano. Do total dos novos vistos em 2014, 19% eram para profissionais de TI. Hoje, esse número chega a 36%.

Um dos destinos mais procurados, a Alemanha deu 2.851 vistos de trabalho para brasileiros no ano passado - em 2014 foram 904. A embaixada alemã no Brasil não segmenta esse dado por área, mas calcula que, em 2018, 1,5 mil brasileiros trabalhavam com ciência e tecnologia no país.

"Falta talento na área. E o talento brasileiro que vem para a Europa costuma ser mais sênior", diz o português Pedro Oliveira, cofundador do Landing.jobs, um site que conecta empregadores da Europa e trabalhadores de tecnologia. Na plataforma, brasileiros são o segundo maior grupo de usuários, com 15% do total, atrás apenas dos portugueses, com 30%.

"Como esse é um momento de expansão do mercado, grande parte das empresas nunca para de contratar. As que têm estrutura para trazer pessoas de fora optam por esse caminho", diz o engenheiro de software Felipe Ribeiro Barbosa, de 34 anos.

Após sete anos na Suécia, Barbosa está agora nos Estados Unidos, trabalhando na Netflix. Na Suécia, ele chegou em 2012 e era o único brasileiro na companhia em que trabalhava. "Depois, em 2015, durante a crise no Brasil, foi impressionante a chegada de brasileiros. A empresa contratou até uma recrutadora brasileira." Em 2018, quando Barbosa deixou Estocolmo, já havia 30 brasileiros na empresa.

Segundo pesquisa do Boston Consulting Group (BCG), os EUA são o destino preferido dos brasileiros de TI. De 131 profissionais ouvidos pela consultoria aqui, 63% afirmaram estar dispostos a se mudar para o país. Canadá, Portugal e Alemanha aparecem em seguida.

Os países europeus, porém, acabam ganhando dos EUA por facilitarem a permanência de estrangeiros. É comum, por exemplo, que o cônjuge do profissional contratado também consiga visto de trabalho - o que dificilmente ocorre nos EUA.

Na Europa, a maioria dos países também não exige que o trabalhador tenha concluído o ensino superior. É o caso de Daniel Rodrigues da Costa Filho, de 37 anos - 23 deles como programador. Ele chegou a cursar Ciências da Computação, mas largou, o que não o prejudicou no processo de seleção. Apenas quando solicitou o visto no consulado alemão, precisou comprovar que tinha experiência na área.

O paulista trabalha em uma startup, mas já passou pelo N26, um dos maiores bancos digitais da Europa. "Trocar de emprego é simples aqui. A procura (por parte das empresas) é grande e, com o Brexit, tem muita empresa vindo para Berlim."

Salário X carreira

Salário mais alto em uma moeda mais forte não costuma ser o principal atrativo da Europa para brasileiros da área de Tecnologia da Informação (TI). Há casos em que o poder aquisitivo do trabalhador até diminui após a mudança, o que é compensado pela possibilidade de estar em um grande centro de inovação e se desenvolver profissionalmente.

Pesquisa da consultoria Boston Consulting Group (BCG), feita em parceria com a empresa de soluções para recrutamento The Network, mostra que, para os brasileiros de TI, o fator mais valorizado na hora de escolher um emprego é o desenvolvimento da carreira. O salário aparece na oitava posição na lista de prioridades para brasileiros. Na média global, está em quinto lugar.

O paulista Daniel Rodrigues da Costa Filho, de 37 anos, pensava em mudar para a Europa desde 2010. "Queria participar do desenvolvimento da tecnologia", diz. Há três anos, trocou São Paulo por Berlim, na Alemanha, mesmo perdendo poder aquisitivo. "Minha impressão era de que, na minha área, tudo acontecia fora do Brasil."

Na Noruega há pouco mais de um ano e após sete anos na Suécia, a engenheira Andressa Kalil, de 37 anos, destaca itens como segurança, bons serviços públicos e oportunidades de trabalho como fatores preponderantes que a levaram para a Europa. "As empresas que lideram na área de TI estão fora do País, e é nelas em que se tem mais possibilidades para aprender. O Brasil corre muito atrás do que já está desenvolvido."

A cearense Josiane Ferreira, que está há quatro anos em Estocolmo, lembra ainda que, na Suécia, há uma grande preocupação com a igualdade de gênero. "No Brasil, quando se trabalha com TI é comum ser a única mulher na equipe. Aqui, a questão de gênero é uma das prioridades das empresas."

Acima da média

O levantamento do BCG indica ainda que 87% dos brasileiros de TI estão dispostos a mudar de país para trabalhar. O número é maior que o registrado entre brasileiros de outras áreas (73%) e da média global de trabalhadores de TI (67%).

Diante dessa predisposição dos trabalhadores para deixar o Brasil, as empresas locais precisam fidelizar seus funcionários, oferecendo treinamentos e ensinando a cultura da companhia, diz Luiz Comazzetto, vice-presidente e sócio da consultoria de recrutamento Fesa. "Se você não cuidar do funcionário como um craque, ele te larga no primeiro momento."

As empresas precisam também se adaptar ao modo de remunerar e de garantir qualidade de vida aos empregados, afirma o consultor. Liberar os funcionários para trabalharem de casa, com flexibilidade de horário, é essencial, diz. Contratar o trabalhador por projeto, permitindo que atue para mais de uma empresa, também é uma possibilidade. "Hoje o pessoal de TI escolhe onde vai trabalhar. A única forma de segurar essa galera é se aproximar do que as empresas de fora oferecem", acrescenta.

Segundo Comazzetto, há polos no Brasil em que as empresas estão mais avançadas nessa transformação, como Recife (PE), Florianópolis (SC), Campinas (SP) e Pelotas (RS). "Nesses locais as companhias já entenderam as mudanças. Você pega um trabalhador do Recife, que vai à praia antes de trabalhar e tem boa qualidade de vida, dificilmente ele vai querer sair de lá."

O professor de Liderança e Pessoas da Fundação Dom Cabral, Paulo Almeida, destaca que, apesar das dificuldades atuais, o profissional de TI deve estar atento ao potencial de crescimento de mercado do Brasil. "Na Europa as carreiras costumam ser mais estagnadas. O Brasil é um país continental, com muito potencial." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caravana Cloud And Data vai levar a tecnologia de nuvem para João Pessoa, no dia 26 de outubro. O projeto, que teve seu início em Fortaleza e já percorreu mais de sete cidades do Brasil, vai contar com especialistas em tecnologia da informação para discutir novidades a respeito de processos em nuvem.

Ao todo, seis palestrantes vão explanar algumas das funcionalidades da plataforma de nuvem, demonstrando através de cases dos maiores fabricantes do mercado. Entre eles estão Diego Uchoa, Consultor da Microsoft na Intradb Consultoria e Serviços de TI, Klayton Gomes, Arquiteto de Software na Avanade do Brasil e Maycon Alves, também Consultor da Microsoft na Intradb.

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O objetivo do encontro é trocar conteúdos sobre computação em nuvem e plataforma de dados, com uma imersão nestas tecnologias, de forma prática. Quem quiser participar os ingressos estão disponíveis no site da Sympla e podem ser adquiridos até 24 de outubro. O evento será realizado na Faculdade Maurício de Nassau, Campus Epitácio, das 8h30 às 17h.

Confira a programação completa

08:00 - 09:00 - CHECK-IN - Recepção e Credenciamento

09:00 - 09:30 - Abertura do Evento - Introdução e Agradecimento aos Apoiadores

09:30 - 10:30 -  Azure Functions: vc já ouviu falar? Pra que serve? Como usar?

                           Palestrante: Klayton Gomes

10:30 - 11:30 -  Saiba como o Microsoft Cloud Adoption Framework pode te ajudar a montar seus projetos de Cloud Computing

                           Palestrante: Vinicius Perrott

11:30 - 12:30 -  Tudo está lento! Tudo mesmo? O SQL Server On-premise? O Azure SQL Database?

                           Palestrante: Maycon Alves

12:30 - 13:30 - Intervalo de Almoço

13:30 - 14:30 - Azure Error Avoidance

                          Palestrante: Anderson Ortolone

14:30 - 15:30 - Construindo seu Primeiro Dashboard com o Power BI.

                          Palestrante: Diego Uchoa

15:30 - 16:30 - Cenários de Disaster Recovery no Azure.

                           Palestrante: Francisco Ferreira

16:30 - 17:00 - Anúncios, Sorteios e Encerramento das Atividades no Auditório

Para celebrar seu primeiro ano de existência, o Cintia, Grupo de Mulheres do Centro de Informática (CIn) da UFPE, realizará um evento especial para discutir sobre mulheres na tecnologia. O encontro acontecerá dia 28 de agosto, a partir das 13h, no Anfiteatro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e será aberto ao público.

Para a programação, o grupo preparou uma tarde de apresentações e discussões sobre a presença da mulher no ambiente tecnológico, além de uma mesa redonda com convidadas especiais trocando ideias sobre o futuro feminino na informática. Também serão apresentados os projetos em andamento promovidos pelo Cintia, com direito a uma confraternização no fim do evento.

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Para participar, é preciso se inscrever antecipadamente. Confira a programação:

 Programação - 28 de agosto (quarta-feira) no Anfiteatro do CIn-UFPE

13h00 - Abertura 

13h15 - Apresentação dos Projetos do Cintia

com Alessandra Aleluia (Workshop de Python), Erika Pessôa (Programa, essa menina!) e Nathália Paiva (Hack Grrrl).

14h00 - Apresentação de Trabalhos: Mulheres na Informática 

com Cláudia Ferraz (Participação feminina em Game Jams), Anne Kelly (Motivações e desafios para entrada e permanência de mulheres na área de Tecnologia: Estudo de Caso no Centro de Informática da UFPE) e Natália Pinheiro (Diversidade e inclusão: cultura e percepção em empresas de T.I.)

15h00 - Intervalo

15h30 - Mesa Redonda sobre Mulheres e Tecnologia, com convidadas especiais

17h00 - Planos para o futuro do Cintia e Encerramento

17h10 - Confraternização 

Quem busca emprego na área de tecnologia da informação pode conferir as oportunidades oferecidas pelao Semantix. A corporação está com 60 vagas abertas para os cargos pleno e sênior de engenheiro de dados e cientista de dados. As posições são destinadas às cidades de Pinheiros, Alphaville, Vila Olímpia, Osasco e Interlagos, em São Paulo.

No total, são oferecidas 40 vagas para engenheiro e mais 20 para cientista. Os interessados podem realizar inscrições em alguma das unidades da Semantix, das 9h às 18h. O prazo para realizar as candidaturas é indeterminado, ou seja, estará aberto até o preenchimento do quadro de colaboradores.

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Para concorrer ao cargo de cientista de dados, é preciso ter experiência em modelagem e grande volume de dados e implementações de algoritmos de ML, lógica de programação e banco de dados SQL, desenvolvimento com Scala, Go, Shiny, Hadoop, R, Phyton e/ou Java, conhecimento de métodos de Machine Learning e Estatística Avançada.

Já quem pretende disputar as oportunidades de engenheiro de dados deve ficar atento, pois a empresa exige desenvolvimento em Phyton, Java e/ou Scala, desenvolvimento orientado a objetos, experiência com testes automatizados em SQL e Git (fluente). Além disso, é desejável conhecimento em Rstudio, Hive, Impala, Elastic, Spark e Ambiente AWS.

Os profissionais terão direito a vale refeição de R$ 30 por dia, vale alimentação de R$ 400 por mês, assistência odontológica, assistência médica, vale transporte, convênio com faculdades e instituições de ensino e reembolso de certificações realizadas com empresas parceiras. Além disso, também terão benefícios como tratamento interno de tecnologias, plataforma EAD com cursos e treinamento em tecnologias, inglês e espanhol in company, participação nos lucros e resultados, auxílio-creche e plano de carreira.

No próximo sábado (27), acontece na Lambda3, em São Paulo, o PerifaCode. O evento tem como objetivo apresentar as diferentes áreas de atuação que envolvem tecnologia (Front-end, Back0-end, Desenvolvimento Mobile, QA, DevOps, IoT, Data Science e UX) para jovens de periferia que desejam ingressar na carreira de T.I.

Quem quiser participar deve se inscrever pelo site Sympla, os ingressos custam R$ 5. O PerifaCode, acontece das 10h às 15h, mas o espaço está sujeito a lotação máxima de 100 pessoas. 

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Confira todas as áreas que serão abordadas durante o encontro

Desenvolvimento Front-end, com Melanie Miranda;

Desenvolvimento Back-end;

Desenvolvimento Mobile;

Analista de Qualidade (QA), com Glauber Castro;

Desenvolvimento e Operação de Software (DevOps), com Douglas Bernardes;

Internet das Coisas (IoT);

Ciência de Dados (Data Science), com Denise Avila;

Inteligência Artificial (IA), com Eduarda Gama;

Experiência do Usuário (UX).

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As mais de 300 empresas, que compõe o Porto Digital, no Recife, estão com mais de 900 vagas de trabalho disponíveis. As oportunidades são ligadas às áreas de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e de economia criativa, especialmente games, cine-vídeo-animação, música, fotografia e design. Para se candidatar é preciso preencher um formulário online e não precisa ter experiência, apenas formação e conhecimento de tecnologia.

Nos próximos cinco anos, a expectativa do Porto Digital é ampliar o parque tecnológico, passando de 328 empresas para 600 e de 9 mil colaboradores para cerca de 20 mil, até 2024. De acordo com a Gerente do Eixo de Pessoas do Porto Digital, Marcela Valença, a explicação para o número grande de vagas abertas atualmente é um acumulo recorrente de oportunidades que padecem de pessoas qualificadas para ocupá-las, por isso houve a iniciativa de criar um "Plano de Formação" em parceria com instituições de ensino superior.

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Foram criados cursos voltados às necessidades das empresas que compõe o Porto Digital e que tenham as competências técnicas aplicadas a problemas reais, pensando também nas questões socioeconômicas dos estudantes, para facilitar a frequência e permanência no setor.

“Falta capital humano no mercado. Muitas vezes a formação não está completamente alinhada. A parceria visa resolver ou tentar minimizar o problema. Construímos cursos modelados a partir da necessidade do parque para que os alunos trabalhem nas empresas do parque. São cursos de graduação e pós-graduação e os estudantes são estão inseridos nas empresas a partir do primeiro período”, explica Marcela Valença.

Para ingressar em um dos cursos, é preciso participar do processo seletivo normal de cada universidade parceira, uma delas é a CESAR School. Para conhecer as demais instituições e as formações disponíveis, clique aqui.

 

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