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O Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu na terça-feira, 13, parecer em que requer a extinção ou a declaração de total improcedência da ação civil pública ajuizada pela Defensoria Pública da União (DPU) contra o Magazine Luiza por seu programa de trainee exclusivo para candidatos negros, lançado em setembro. No parecer, o MPT também requer a rejeição do pedido de tutela de urgência. Segundo o órgão, não há "direito ou risco de violação de interesse protegido pelo ordenamento constitucional".

No parecer, o MPT diz que a DPU defende pública e regularmente as ações afirmativas para igualdade material de pessoas negras e afirma que a ação é fruto de um ato isolado do autor da ação, "com violação ao princípio do defensor natural". Segundo o MPT, esse princípio garante que o DPU atue na defesa dos "necessitados e dos direitos fundamentais deles". "Assim sendo, muito embora integrante da divisão temática na área trabalhista, não demonstra o defensor público que subscreve a ação designação ou procedimento administrativo de assistência jurídica que teria originado a demanda em defesa da população não-negra, alegadamente atingida pela ação afirmativa voltada ao ingresso dos jovens negros no mercado de trabalho", aponta o MPT no parecer.

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O documento também diz que houve desvio de finalidade por parte do autor da ação. "Ao revés, a ação pretende impedir a concretização do direito fundamental à igualdade de oportunidades no acesso a cargos de liderança em empresa privada por jovens negros universitários, socialmente discriminados na ocupação de tais vagas, fato que, além de admitido pela empresa-ré, se comprova através de estudos produzidos por institutos idôneos de pesquisa como IPEA, IBGE, Instituto Ethos, dentre outros", diz o documento.

O MPT rebate ainda o argumento de que o Magazine Luiza praticou "racismo reverso" em seu programa de trainee. "No Brasil, o racismo foi sedimentado na exploração do trabalho, na violência simbólica e física e na subalternidade da população negra ao longo de 3,5 séculos. Não há, pois, como ignorar essa realidade histórica e inverter a posição dos grupos sociais historicamente discriminados e privilegiados", diz o MPT no parecer.

A Defensoria Pública da União solicitou à Polícia Federal que garanta proteção ao defensor público Jovino Bento Júnior, que assina ação civil contra o programa de trainees exclusivos para negros da Magazine Luiza. O servidor pediu a escolta em ofício enviado à entidade na última sexta, 9, após alegar ter sofrido ameaças após apresentar o processo contra a empresa.

O defensor também solicitou o afastamento temporário do cargo com manutenção do salário 'considerando a falta de segurança e o clima tanto dentro quanto fora da instituição'. Este pedido, porém, foi negado por não ter previsão legal. No ofício, Jovino Bento Júnior também alegou que não recebeu apoio dentro da entidade.

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"Tenho sido fortemente atacado nas redes sociais por uma militância que não consegue enxergar que a ação foi proposta de modo técnico e fundada em plausível tese jurídica, dentro dos limites da independência funcional", afirmou o defensor.

A ação de Jovino contra a Magalu provocou forte mal-estar entre os defensores, que classificaram a medida 'péssima' e 'muito constrangedora' para a Defensoria. Nos bastidores, o processo foi encarado como uma 'reação' de um grupo minoritário de defensores públicos mais alinhados à gestão Jair Bolsonaro.

Uma fonte relatou ao Estadão que acredita que a ação teve o objetivo de 'mostrar que dentro da carreira também existe apoiador do governo'.

No ofício em que pede afastamento, Jovino critica representação feita por 'grupo formado por pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT)' à Controladoria-Geral da Defensoria Pública da União (CGDPU).

"Isso se deu unicamente pelo 'pecado' de ter ajuizado uma ação trabalhista em defesa dos interesses da maior parte dos meus assistidos, como se a DPU não fosse instituição autônoma da República e como se seus membros não tivessem a prerrogativa da independência funcional. Trata-se, obviamente, de perseguição política e de ataque direto às prerrogativas de um Defensor Público", acusou.

Além do afastamento temporário do cargo e da escolta policial, Jovino também pediu ao defensor público geral, Gabriel Faria Oliveira, que elaborasse uma manifestação em desagravo à sua situação por considerar não ter recebido apoio dentro da entidade.

Procurada, a Defensoria Pública da União afirmou que negou o pedido de afastamento temporário do defensor 'por não ter previsão legal'. "O DPGF enviou ofício à Polícia Federal ontem também (13) solicitando proteção policial ao defensor", afirmou.

Mais cedo, a Comissão de Prerrogativas da Defensoria Pública da União emitiu nota de apoio ao defensor por vislumbrar que 'têm circulado nas redes sociais, inclusive em sites, meios jornalísticos e televisivos, declarações que desbordam da mera crítica ou discordância' sobre a atuação do defensor.

"Não se mostra admissível que Defensoras e Defensores Públicos, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, atuando com arrimo na garantia da independência funcional, sofram ataques de ojeriza de quem quer que seja e, igualmente condenável, que sejam alvos de distorções midiáticas tendenciosas e irresponsáveis com a clara intenção, tal como no presente caso, de fomentar a polarização", afirmou a comissão. "Nenhuma Defensora ou Defensor deve ser reprimido no exercício do seu nobre mister, porque isso importaria em calar a voz de parcela da sociedade".

Procuradoria e grupo de defensores públicos defendem trainee da Magalu

A ação contra o programa de trainee exclusivo para negros levou o Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União (DPU) a emitir uma nota técnica na semana passada defendendo a legalidade do processo seletivo.

Segundo os defensores, o processo movido por Jovino Bento 'não reflete a missão e posição institucional da Defensoria Pública da União quanto a defesa dos direitos dos necessitados'. "Mais que isso, contraria os direitos do grupo vulnerável cuja DPU tem o dever irrenunciável de defender", afirmaram.

"A polêmica gerada em torno dessa ação afirmativa reside apenas no fato de poucas empresas hoje adotarem postura semelhante à louvável ação afirmativa acima referida, valendo lembrar que polêmicas igualmente foram geradas pelas primeiras ações coletivas sobre o tema de cotas étnicas e ações afirmativas que hoje são legal e constitucionalmente consolidadas no Brasil", apontou o grupo de trabalho.

Na última sexta, 9, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal considerou 'louvável' a iniciativa da Magazine Luiza. Sem citar a ação do defensor contra a empresa, os procuradores Marco Antonio Delfino de Almeida e Carlos Alberto Vilhena criticaram o uso da expressão 'racismo reverso' para tentar enquadrar o trainee da Magazine Luiza como ilegal.

"A alegação de 'racismo reverso' constitui uma falácia retórica para encobrir o privilégio que contempla, historicamente, as parcelas hegemônicas da sociedade brasileira; esse argumento enganoso busca enfraquecer a evidência do racismo estrutural", afirmam. "Não é possível confundir com racismo medidas destinadas a reparar distorções e desigualdades sociais e demais práticas discriminatórias adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo de formação social do Brasil".

COM A PALAVRA, A DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

O defensor solicitou afastamento do cargo. O pedido foi negado ontem (13) pelo DPGF por não ter previsão legal. O defensor pediu também proteção policial. O DPGF enviou ofício à Polícia Federal ontem também (13) solicitando proteção policial ao defensor.

A mineradora de ouro e metais básicos Aura Minerals está com inscrições abertas, até o dia 13 de novembro, para o seu programa de trainee 2021. Há seis vagas nas áreas de engenharia de minas, metalurgia, geologia, engenharia química e de produção nos municípios de Pontes e Lacerda, no Estado do Mato Grosso. 

O programa terá 12 meses de duração, com início a partir de fevereiro de 2021. Podem participar profissionais e estudantes graduados entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2021. Os candidatos serão selecionados através de testes de lógica, inglês e fit cultural, além de passarem por vídeo entrevista, dinâmica de grupo, business case (painel de negócios) e visita à operação.  

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“Nossa cultura é baseada em meritocracia e no desenvolvimento de talentos. Nossa gestão é descentralizada, com uma cultura de construção do negócio, onde se trabalha com autonomia e responsabilidade alinhadas aos nossos valores. O programa de trainees é um passo estratégico à sustentabilidade do pipeline de lideranças e para inovar a companhia”, explica o CEO da Aura Minerals, Rodrigo Barbosa. O valor do salário não foi informado.

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Estão abertas as inscrições para o Programa de Trainee Nutrindo Talentos, da empresa Yara - companhia que atua com nutrição de plantas -, que visa preencher 17 vagas distribuídas entre as unidades industriais de Cubatão, Paulínia e Sumaré, localizadas no Estado de São Paulo. Também há oportunidades para o centro de operações de excelência da empresa, em Porto Alegre, e na área comercial, destinada a todo Brasil.

Interessados podem se inscrever até o dia 2 de novembro por meio do site da seleção. Há oportunidades para as áreas de marketing e vendas, comercial, business excellence, finanças, TI, transformation office e planejamento, logística, entre outros segmentos.

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Para participar do programa, o candidato precisa atender a alguns requisitos, como ser formado entre dois a quatro anos, ter no mínimo dois anos de experiência profissional, inglês a partir do nível intermediário e disponibilidade de mudança e viagens. O processo seletivo aceitará candidatos com os seguintes cursos técnicos ou superior: administração, análise e desenvolvimento de sistemas, ciência da computação, ciências contábeis, comunicação, direito, economia, engenharia agrícola, engenharia agronômica, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia da computação, engenharia de produção, engenharia de segurança do trabalho, engenharia elétrica, engenharia industrial, engenharia mecânica, engenharia química, logística, marketing e sistemas de informação.

“A diversidade é uma das bandeiras da Yara e uma prioridade nesta seleção. É uma ferramenta fundamental para formarmos um pipeline de liderança cada vez mais plural em nossa empresa, nesta jornada para a construção de um ambiente colaborativo, inclusivo, respeitoso e inovador, onde o profissional é encorajado a, simplesmente, ser a sua melhor versão”, explica, por meio de nota, Daniela Machado, gerente do Centro de Operações de Excelência.

Selecionados, os trainees trabalharão durante um ano e seis meses, e receberão capacitações técnicas e de desenvolvimento de soft skills, com atividades da área, desenvolvimento de projetos de melhoria e inclusão. Os profissionais ainda ganharão mentorias individuais com executivos da Yara e participarão de vivências que apoiarão na construção da sua carreira na empresa.

O salário e a jornada de trabalho não foram informados. Confira mais detalhes através do site da seleção.

O Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União (DPU) emitiu nota técnica repudiando a ação civil movida pelo defensor Jovino Bento Júnior contra a Magazine Luiza, acusada de promover "marketing de lacração" com o anúncio de um programa de trainee destinado a candidatos negros. Dentro da entidade, o processo contra a empresa provocou forte mal-estar entre defensores, que classificaram a medida "péssima" e "muito constrangedora".

A nota técnica assinada por onze defensores afirma que a ação movida por Jovino Bento "não reflete a missão e posição institucional da Defensoria Pública da União quanto a defesa dos direitos dos necessitados". "Mais que isso, contraria os direitos do grupo vulnerável cuja DPU tem o dever irrenunciável de defender", aponta.

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Os defensores elogiaram a iniciativa da Magazine Luiza e destacaram que o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, já defendeu a utilização de cotas raciais como instrumento de ação afirmativa.

"A polêmica gerada em torno dessa ação afirmativa reside apenas no fato de poucas empresas hoje adotarem postura semelhante à louvável ação afirmativa acima referida, valendo lembrar que polêmicas igualmente foram geradas pelas primeiras ações coletivas sobre o tema de cotas étnicas e ações afirmativas que hoje são legal e constitucionalmente consolidadas no Brasil", apontaram os defensores.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão que atuam em tribunais superiores de Brasília, a repercussão interna da ação contra a Magazine Luiza foi "péssima" e muitos defensores se manifestaram contra a posição de Jovino Bento Júnior, que atua na área trabalhista da entidade. Um defensor classificou o caso como "muito constrangedor" para a instituição.

A reação ocorre pelo fato do defensor ter citado o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, na ação contra a Magazine Luiza. O jornalista foi alvo de recursos da própria Defensoria para tirá-lo do cargo por medidas que vão de encontro à defesa do movimento negro, como a publicação de textos que atacavam a figura de Zumbi dos Palmares.

Em junho, reportagem do Estadão revelou áudios de Camargo chamando o movimento negro de "escória maldita", que abriga "vagabundos" e chamou Zumbi de "filho da puta que escravizava pretos".

Mais cedo, a DPU emitiu nota de esclarecimento sobre a ação movida contra a Magalu, afirmando que a política de cotas "constitui-se em forte instrumento" para a "construção de uma sociedade livre justa e solidária". Apesar disso, a entidade pontuou que o defensor tem independência funcional, e não depende de prévia análise de mérito ou autorização hierárquica para apresentar uma ação contra a empresa.

"Como instituição constitucionalmente encarregada de promover o acesso à justiça e a promoção dos direitos humanos de dezenas de milhões de pessoas, a DPU apoia e incentiva medidas do poder público e da iniciativa privada que proporcionem redução de carências e de vulnerabilidade", afirmou a DPU. "Com o mesmo objetivo, a Instituição defende, de forma intransigente, a independência funcional de seus membros, prerrogativa voltada à boa atuação do membro em favor do assistido da instituição".

A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau promoverá, nos dias 13, 14 e 15 de outubro, o “Preparatório Para Programa de Trainee”. De acordo com a instituição de ensino, a proposta do evento é “simular etapas de um processo seletivo, dar orientações e desenvolver as habilidades dos candidatos”.

O preparatório é gratuito e direcionado a alunos e ex-universitários do centro universitário. Com início às 19h30, as aulas serão realizadas de forma on-line.

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Os interessados em participar da ação podem se inscrever, sem taxa de adesão, até 9 de outubro, por meio da internet. No mesmo endereço virtual é possível obter mais detalhes informativos sobre o preparatório.

A empresa multinacional Alpargatas, fabricante das Havaianas, Osklen, Mizuno e Dupé, está com inscrições abertas até a próxima segunda-feira (5) para seu programa global de trainee 2021. Serão selecionados 20 jovens para vagas distribuídas entre as unidades da empresa em São Paulo, Madri, Los Angeles e Hong Kong. 

Para participar, é necessário ter graduação em qualquer curso com formatura entre 2017 e 2020, falar inglês avançado e, no caso de estrangeiros, possuir visto de moradia e trabalho no país ao qual se candidata. Experiência profissional e conhecimento em outros idiomas (além do inglês) são diferenciais na seleção. 

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Os candidatos serão selecionados em cinco etapas: testes on-line, dinâmica de grupo em formato de game board, Alpa Challenge (desafio on-line, com a participação de gestores das áreas), entrevistas individuais e um painel com o CEO e diretores da empresa. Os candidatos selecionados começam a trabalhar na segunda quinzena de janeiro de 2021.

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Nesta segunda-feira (28), começam as inscrições para o programa trainee 2021 da empresa Unilever, destinado a jovens com ensino superior, cursos técnicos ou tecnólogos em quaisquer áreas, com formação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2020. Interessados podem realizar as inscrições até 20 de outubro, através do site Unilever para Todes.

Segundo a empresa, os selecionados atuarão nas áreas de marketing; finanças; supply chain; tecnologia da informação; vendas e recursos humanos. Será exigida Carteira Nacional de Habilitação (CNH) somente para candidatos da área de vendas. Ter língua estrangeira não é uma requisito.

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O processo seletivo será 100% on-line, cuja a primeira etapa é a inscrição. Em seguida, os candidatos passarão por avaliações via games, entrevistas e desafios, previstos entre novembro e dezembro. O início das atividades profissionais estão previstas para março de 2021.

Os contratados terão benefícios como assistência médica e odontológica; vale refeição, plano de previdência privada, dentre outros. Outros detalhes - como valor da remuneração ou tempo de contrato -, serão informados ao participantes por meio do e-mail cadastrado no ato de inscrição.

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A processadora global Louis Dreyfus Company (LDC), abriu um processo seletivo para o programa de trainee 2021. Os interessados devem realizar as candidaturas até 18 de outubro, através do site da LDC.

Para participar, o candidato deve ter completado a graduação superior entre dezembro de 2018 e dezembro de 2020. Além disso, há exigência de inglês em nível avançado e disponibilidade para viajar ou mudar a cidade.

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Os inscritos passarão por quatro etapas, sendo a primeira a candidatura on-line. Em seguida, teste de raciocínio lógico; entrevista por vídeo; além de dinâmica de grupo. A contratação está prevista para janeiro de 2021, com contratos de dois anos.

Segundo a LDC, os selecionados atuarão na área de Trading, Finanças, Comercial, Operação, Agrícola ou TI. A remuneração e carga horário não foram informados. Outros detalhes podem ser obtidos através do site da companhia e por meio de informativos, enviados pelo e-mail de cadastro no processo seletivo.

A processadora global Louis Dreyfus Company (LDC), abriu um processo seletivo para o programa de trainee 2021. Os interessados devem realizar as candidaturas até 18 de outubro, através do site LDC.

Para participar, o candidato deve ter completado a graduação superior entre dezembro de 2018 e dezembro de 2020. Além disso, há exigência de inglês em nível avançado e disponibilidade para viajar ou mudar a cidade.

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Os inscritos passarão por quatro etapas, sendo a primeira a candidatura on-line. Em seguida, teste de raciocínio lógico; entrevista por vídeo; além de dinâmica de grupo. A contratação está prevista para janeiro de 2021, com contratos de dois anos. 

Segundo a LDC, os selecionados atuarão na área de Trading, Finanças, Comercial, Operação, Agrícola ou TI. A remuneração e carga horário não foram informados. Outros detalhes podem ser obtidos através do e-mail cadastrado em seletiva.

Estão abertas as inscrições para o programa de estágio 2021 da empresa Unilever. Os candidatos podem realizar as inscrições pelo site Unilever para Todes, até o dia 12 de outubro.

Segundo a empresa, o objetivo é contratar jovens universitários em Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Serão aceitos jovens universitários com previsão de término da graduação entre dezembro de 2021 à dezembro de 2022, de qualquer curso. O processo não exige língua estrangeira.

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A seleção terá cinco etapas e será realizada remotamente. O início das atividades estão previstos para fevereiro de 2021. Os contratados terão carga horária de 30 horas semanais, além de benefícios como vale refeição/alimentação; convênio médico e odontológico, dentre outros. 

De acordo com o cronograma, a Unilever ainda abrirá mais dois processos seletivos, sendo um para o programa de trainee, previsto para 28 de setembro, e para o programa “Senhor Estagiário”, a partir do dia 5 de outubro.

“Pela primeira vez eu vou ter uma seleção onde vão olhar as minhas habilidades e não a cor da minha pele”. Essas palavras expressam o sentimento do estudante de engenharia de produção Marcos Madeira, 31 anos. Ele participou da primeira seleção destinada a pessoas negras promovida pela cervejaria Ambev, que assim como a varejista Magazine Luiza, recebeu diversas críticas sobre a decisão após repercussão das oportunidades.

Representatividade em postos de trabalho

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 64,2% da população desempregada e 66,1% da população com mão-de-obra subutilizada são representadas por pessoas negras. Ou seja, através desses dados podemos considerar que mesmo sendo mais de 56% da população brasileira, pessoas negras ainda não são maioria em postos de trabalho com algum prestígio.

Hoje, Marcos está em seu primeiro ano de estágio - viabilizado pelo programa “Representa”-, e atua na área de relações corporativas na Ambev. Morador da cidade de São Paulo, ele é um dos primeiros a fazer um curso superior e a alcançar um cargo de destaque dentro de sua família.

“Quando a gente pensa no racismo  - sistema político fundado sobre o direito de uma raça considerada pura e superior sobre outra - e como ele é construído, no preconceito, a pessoa negra é sempre colocada num local de ser inferior”, explicou o futuro engenheiro de produção, sobre referências negras. “Então, quando você vê uma grande empresa que abre um processo seletivo você não se enxerga nela”, completou.

Marcos é filho de Marilene Pereira Madeira, que em toda sua vida profissional atuou como auxiliar de serviços gerais. De origem simples, Marilene estudou até o terceiro ano do ensino fundamental. O filho conta que dona Marilene sempre foi muito rígida quanto aos estudos e que desde de muito cedo foi estimulado a buscar alternativas profissionais para além da qual Marcos conhecia.

“Eu entrei primeiro na faculdade, e isso certamente causou um impacto com relação aos meus irmãos”, relembrou. “Depois minha irmã mais velha acabou entrando e até já se formou, e meu irmão mais novo ainda não entrou na faculdade, mas ele já tem essa referência dentro da casa dele que eu acho fundamental”, comemorou. Antes do cargo na cervejaria, o jovem trabalhava como dog walker - passeador de cães, em inglês - desde os 15 anos e custeava seus estudos com a função.

Mesmo com a vontade de mudar a sua realidade, indo pelo caminho indicado pela mãe, Marcos relata que as condições nunca eram as mesmas. “Sempre é tudo muito injusto quando nós estamos falando sobre negros e brancos”, enfatizou.

“Sempre vai ser injusto para a pessoa negra, porque ela está mil vezes atrás. Ela nunca parte da mesma linha de partida”. “Nós entendemos que os processos como injustos, porque a maior parte das experiências que as pessoas que estamos concorrendo tem a gente não tem”, desabafou Marcos, ao analisar como geralmente ocorre as seletivas.

A reflexão de Marcos, mostra-se similar a outros relatos vistos nas redes sociais. Atualmente trabalhando na Magazine Luiza como trainee, Emilene Lopes Angelo, contou a sua experiência com processos seletivos em seu perfil no LinkedIn e comemorou a iniciativa da empresa em promover uma seleção que oferece condições mais justas a pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades.

No relato, Emilene diz que na reta final de sua graduação a sua meta era “ser trainee em uma grande empresa”, mas que uma das barreiras era o inglês avançado, um obstáculo na evolução nas seletivas. “E aí surgiu o programa da Magazine Luiza que pedia inglês intermediário e eu pensei 'não tenho nada a perder, vou tentar'. Passei pelo teste de inglês e assim fui sendo aprovada de etapa em etapa”, relembrou com felicidade.

O ano era 2015 e Emilene tinha sido aprovada para a turma daquele ano. “Essa foi a oportunidade de ouro da minha vida. Eu, preta e pobre, estava tendo a chance de entrar em um programa de jovens talentos em uma grande empresa”, disse, ao LeiaJá. Ao finalizar o relato, a profissional demonstra gratidão pela oportunidade que teve na "Magalu" e comemora o lançamento do programa trainee 2021, destinado apenas a pessoas negras.

Se formos basear as experiências trazidas em dados, iremos identificar que apenas 4,7% das posições executivas são ocupadas por pessoas negras, ou seja, ao passo que subimos na pirâmide dos cargos, menos representativa racial existe. Os dados são da Instituto Ethos e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Para ampliar os apontamentos, conversamos com a advogada e presidenta da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB/PE), Manoela Alves. A magistrada explica que “o artigo quinto da constituição vai falar que todos são iguais perante a lei, mas na prática sabemos que somos diferentes”.

Nesse sentido, iremos “entender essa igualdade como uma igualdade material, que é aquela que vai nos levar a entender que nós precisamos tratar desiguais de forma desigual na medida de sua desigualdade”, ou seja, através desse “tratamento desigual é que iríamos poder de fato igualar [as oportunidades]”, explica Manoela. “Então, é por isso que nós falamos hoje de equidade”, diz.

Como exemplo, há o modelo de seleção para pessoas negras realizada pela Ambev. Segundo a gerente de Gente e Gestão, Rosi Teixeira,  o programa fez o “exercício de olhar para nosso ambiente corporativo e identificamos, por exemplo, que a diversidade étnica e inclusão racial são pontos a serem desenvolvidos”.

Além da definição de público, outras mudanças foram feitas com o objetivo de oportunizar acessos aos jovens negros universitário dentro da cervejaria. “Além de eliminar o teste de inglês do processo de estágio, a cervejaria  adotou seleção às cegas, que não avalia idade, gênero, curso ou faculdade. A Ambev quer deixar nossas portas abertas e incluir cada vez mais pessoas e ajudá-las a se desenvolverem. A companhia não olha para o curso ou para a proficiência em inglês, porque o importante é o candidato ter 'fit' com a cultura - que estimula a curiosidade, incentiva que os talentos assumam desafios e tenham mentalidade de dono nos projetos”, explica Rosi. 

Para a advogada Manoela Alves, atitudes como essas vão além da empregabilidade. “O próprio Estatuto da Igualdade Racial também pressupõe o apoio às políticas afirmativas calcadas nas questões raciais numa perspectiva de garantir igualdade de oportunidades a todas pessoas, de todas as raças, dentro das instituições”, afirma a profissional. 

Manoela garante ainda  que não há ilegalidade com relação a processos seletivos destinados a um grupo social específicos. Pelo contrário: ela afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) “reconheceu a constitucionalidade de processo de cotas para pessoas negras acessarem o ensino superior”, por exemplo.

E reforça que “esse tipo de política não pode ser vista como uma política desmerecedora do trabalho ou da competência da população negra. Pelo contrário, precisa entender essas políticas afirmativas numa perspectiva de inclusão social e entender também numa perspectiva de garantir as mesmas oportunidades para todas e todos no contexto específico” que viabilize “mais uma oportunidade de ascender profissionalmente nos espaços das instituições corporativas”.

Repercussão

Visto com entusiasmo por muitos jovens negros, o anúncio de vagas voltadas apenas para grupos afrobrasileiros gerou debates em todo Brasil. Entre elogios e até processos no Ministério Público, alegando “racismo reverso”, pessoas da sociedade civil organizada expõem que o conceito é equivocado. 

“Sobre as pessoas que acusam a empresa de racismo: primeiro, elas não sabem o que é racismo; segundo, elas estam sendo racistas; e terceiro, elas não têm o mínimo de conhecimento e de percepção do que é desigualdade racial na sociedade brasileira, neste caso, o ‘racismo reverso’ não existe”, detalhou Adrielly Gomes, ativista do movimento negro e graduanda em letras. “Essas pessoas estão agindo de má-fé e estão extremamente equivocadas”, pontuou.

Adrielly vai além e explica que é importante entender que o “racismo estrutural não fala só de pessoas especificamente e não só de instituições especificamente, nos está falando de uma sociedade como um todo”.

Nesse sentido, “as instituições e as pessoas são materializadas através da estrutura social, essa estrutura que nega direitos para as pessoas negras e indígenas em prol de grupos raciais dominantes, que são as pessoas brancas. Isso Silvio Almeida explica muito bem no livro 'Racismo Estrutural', inclusive”, conclui.

A ativista também aponta que ao “ver instituições tendo que abrir vagas especificamente para pessoas negras, já sabe que tem alguma coisa errada”, pois se há uma necessidade de promover ações como essas “é porque existe uma sociedade que ainda é pautada pela desigualdade racial, que pessoas negras ainda estão em desvantagem em relação às pessoas brancas”. 

Apesar da críticas negativas sobre a iniciativa, e diante do racismo estrutural, a gestora de Gente da Ambev, Rosi Teixeira, revela que a empresa continuará com o compromisso de ser “agente dessa mudança e ajudar na promoção de um ambiente cada vez mais diverso e inclusivo”.

“Estamos trilhando um caminho de evolução quando falamos sobre diversidade étnica e racial na companhia hoje. Até o momento, 49% da população da Ambev é negra ou parda, sendo 30% fazendo parte da nossa liderança, mas, nossa preocupação central é justamente construir uma cervejaria cada vez mais diversa”, diz Rosi, ao celebrar o resultado.

O resultado colocado pela gestora foi um dos primeiros pontos observados pelo estagiário Marcos Madeira durante a seletiva. O jovem conta que durante a entrevista presencial, ao notar a diversidade posta no grupo avaliador, sentiu que poderia se sentir acolhido no ambiente.

Passos para o futuro

Perguntados sobre a possibilidade de haver novos processos destinados a pessoas negras, a Ambev informou que há planos de “ampliar a representatividade étnica em nosso quadro, por isso, estender a seleção ao Programa de Trainee não é algo distante, mas uma proposta que pode ser estudada em um futuro próximo”.

Desempenhando um papel na área de comunicação externa e interna, Marcos continua investindo como pode em sua preparação para novas possibilidades profissionais. “Dentre meus planos na companhia, o meu próximo passo é ser trainee, e ir para algum cargo de liderança”, projetou o funcionário.

Em avaliação final, a presidenta da Comissão de Igualdade Racial da OAB/PE indica esse caminho como rico para a corporação, e fomenta que atitudes como essas auxiliam na desestruturação do racismo nas empresas saindo do lugar de  subalternidade através da equidade.

Contudo, Manoela, ressalta que “precisamos de diversidade de todas as naturezas, sendo de raça, gênero, posicionamento político e filosóficos, religiosos, pois nós somos diversas e diversos”, enumera. Em resumo, a advogada reforça que essa convivência plural deve se dar de forma respeitosa como um todo.

Estão abertas as inscrições para os Programas de Estágio e Trainee da Porto Seguro, que juntos visam preencher 32 vagas em diversas áreas da empresa. Para concorrer no Programa de Estágio da seguradora, os candidatos têm até o dia 9 de outubro para se inscrever. Já quem deseja participar do Programa de Trainee, tem até o dia 25 de outubro para se candidatar.

Com duração de até dois anos e em regime home office, o Programa de Estágio está ofertando 11 vagas para estudantes previstos para concluir o ensino superior em dezembro de 2022, nas áreas de produtos, investimentos, novos negócios, precificação, serviços, atuária, além de crédito financiamento, todas para a matriz da companhia, em São Paulo.

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A seleção será realizada de forma virtual em várias etapas: inscrição, avaliação educacional (assessments), dinâmica de grupo, painel e entrevistas. Ao serem selecionados, os estagiários trabalharão de 20 a 30 horas semanais. A remuneração não foi informada. Confira mais detalhes através do site do processo seletivo.

Já quem visa conquistar uma das 21 oportunidades no Programa de Trainee, sendo uma vaga para o Rio de Janeiro, precisa atender a alguns requisitos como, por exemplo, ter se formado entre julho de 2017 e dezembro de 2020, possuir inglês intermediário e ter experiência profissional. As vagas são nas áreas de cartão de crédito, serviços e soluções financeiras.

O processo seletivo dos candidatos também será on-line e dividido em cinco etapas: inscrição, jornada de testes on-line, desafio, painel de negócios e feedbacks. Os profissionais classificados ingressarão em janeiro de 2021 e atuarão como líderes de projetos estratégicos e relevantes para o negócio da empresa.

Os selecionados ainda receberão benefícios como plano de saúde e odontológico, previdência privada, seguro de vida e bolsa de estudos. A jornada de trabalho e a remuneração não foram informadas. Saiba mais informações por meio do site da oportunidade

“A diversidade de negócios da companhia oferece opções de atuação muito além do ramo de seguros e possibilita que os jovens impulsionem o seu autodesenvolvimento e contribuam com a evolução da organização”, declarou a diretora de Recursos Humanos do Grupo Porto Seguro, Carolina Zwarg, conforme informações da assessoria de imprensa.

O Ministério Público do Trabalho em São Paulo indeferiu uma série de denúncias recebidas contra o Magazine Luiza por suposta discriminação na decisão da empresa de selecionar apenas negros em seu próximo programa de trainees. Para o MPT, não houve violação trabalhista, mas sim uma ação afirmativa de reparação histórica.

Ao todo foram recebidas 11 denúncias em que a varejista é acusada de promover "prática de racismo", uma vez que, nas palavras de um dos denunciantes, "impede que pessoas que não tenham o tom de pele desejado pela empresa" participem do processo seletivo.

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Anunciada na última sexta-feira, 18, a iniciativa do Magalu teve larga repercussão nas redes sociais, despertando elogios e críticas - inclusive com acusações de "racismo reverso" e ameaças de representação contra a empresa no Ministério Público, o que se confirmou.

Para o MPT, a política da empresa é legítima e não existe ato ilícito no processo de seleção, já que a reserva de vagas à população negra é plenamente válida e configura ação afirmativa, além de "elemento de reparação histórica da exclusão da população negra do mercado de trabalho digno". Essa exclusão, segundo o Ministério Público, se traduz na falta de oportunidades de acesso ao emprego, na desigualdade de remuneração e na dificuldade de ascensão profissional, "quando comparado aos índices de acesso, remuneração e ascensão profissional da população branca".

Em 2017, uma pesquisa do Instituto Ethos com as 500 empresas de maior faturamento do Brasil alertou que os profissionais negros correspondiam a apenas 6,3% dos postos de gerências e 4,7% do quadro executivo. O estudo aponta que nas posições de liderança se refletem as desigualdades raciais que impedem a representatividade majoritária da população negra, configurando o racismo estrutural que inviabiliza a equidade no mercado de trabalho.

O MPT também ressaltou no indeferimento que ações afirmativas como a do Magazine Luiza possuem amparo na Constituição Federal, no Estatuto da Igualdade Racial (lei 12.288/2010) e na Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, da qual o Brasil é signatário. Além disso, são objeto de atuação estratégica e prioritária do próprio MPT, por meio do Projeto Nacional de Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho, consolidado em 2018 na Nota Técnica do Grupo de Trabalho de Raça.

"O que os empregadores não podem fazer é criar seleções em que haja reserva de vagas ou preferência a candidatos que não integram grupos historicamente vulneráveis", alerta a coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho, procuradora Adriane Reis de Araujo. Em 2006, o Brasil já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por um caso considerado "prática de discriminação odiosa".

Seguem abertas até 30 de setembro, as inscrições para dois programas de contratação de trainees da mineradora Vale. Há disponibilidade de 130 vagas, sendo 30 delas para a modalidade ‘Global Trainee Program’, e 100 para o programa trainee ‘Especialista em Engenharia e Geologia’.

As candidaturas devem ser feitas através do site Vale Trainee. De acordo com nota enviada à imprensa, o objetivo da seleção é “atrair talentos recém-graduados que desejam ocupar posições de liderança e estejam alinhados com o processo de transformação cultural da empresa, que tem foco na diversidade”.

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No Global Trainee Program, há oportunidades de contratação para candidatos de todas as graduações, entre julho de 2018 e dezembro de 2020. Além desse requisito, é necessário ter inglês avançado; mindset digital; disponibilidade para mudanças ou viagens; dentre outros. Os contratos têm duração de 18 meses.

Já para a seleção programa trainee especialistas, poderão participar apenas os graduados nos cursos de engenharia e geologia, entre dezembro de 2017 e dezembro de 2020. Dentre os requisitos, há exigência de inglês intermediário. Os contratos têm duração de 12 meses. A empresa ressaltar que estudará os casos de graduações em atraso em decorrência da pandemia da Covid-19.

Após inscrição nos processos seletivos, os concorrentes passarão por uma avaliação de habilidades. Em seguida, serão entrevistados por diretores e gerentes, que poderão ser mentores dos contratados. Nesse sentido, todo o processo será realizado entre os meses de setembro de 2020 e janeiro de 2021, na forma on-line. O resultado final será divulgado em fevereiro de 2021 e a contratação está planejada para o mês de maio do mesmo ano.

Os contratos terão benefícios como participação nos lucros e resultados; plano de previdência privada; assistência médica e odontológica; vale alimentação; auxílio farmácia; e seguro de vida em grupo. A remuneração mensal não foi divulgada, no entanto a empresa reforça que o salário será “compatível com o de mercado”.

No ano em que os movimentos por inclusão e diversidade ganharam importância inédita, o Magazine Luiza abriu as inscrições para seu programa de trainees de 2021 - e vai aceitar apenas candidatos negros. "O objetivo é trazer mais diversidade racial para os cargos de liderança da companhia, recrutando universitários e recém-formados de todo Brasil, no início da vida profissional", diz a empresa.

Atualmente, a varejista tem em seu quadro de funcionários 53% de pretos e pardos. Mas apenas 16% deles ocupam cargos de liderança. "O alerta despertado por essa baixa participação fez com que o Magalu decidisse atuar, oferecendo oportunidades para quem ainda está começando a carreira", reforça a companhia.

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Para a consultora e professora de MBA na área de Recursos Humanos, Jorgete Lemos, a iniciativa vem em um momento no qual as diferenças sociais e raciais ficaram escancaradas, tanto em razão da pandemia, quanto em virtude das manifestações antirracistas americanas. Movimentos como o Black Lives Matter voltaram com força em todo o mundo este ano, após o assassinato do americano George Floyd.

Segundo a especialista, além de estar sensível a uma preocupação que é global, a varejista deverá ter ganhos na ponta do lápis. "As empresas favorecem seu próprio negócio quando reduzem a desigualdade", garante Jorgete. Vários estudos acadêmicos comprovam os ganhos financeiros quando o quadro de empregados é mais diverso. Além disso, para ela, o desenvolvimento econômico do País só virá quando a população negra for incluída economicamente. "Estamos falando de cerca de 57% da população."

A professora da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pesquisadora em racismo e seus efeitos no mercado de trabalho, Alessandra Benedito, chama a atenção para o fato de que processos deste tipo ajudam o crescimento profissional dos jovens contratados.

Para ela, ações afirmativas são, por natureza, temporárias, com o sentido de reduzir desigualdades históricas. "Ações afirmativas não são permanentes. Devem existir enquanto existe o processo de exclusão."

Regras

As inscrições para o programa de trainee do Magalu tiveram início nessa sexta-feira (18) e podem participar profissionais formados entre dezembro de 2017 e dezembro 2020, em qualquer curso superior. O conhecimento em língua inglesa e experiência profissional anterior não fazem parte dos pré-requisitos para a seleção.

O processo seletivo será dividido em seis etapas. A seleção começará com testes online. Em seguida, os candidatos passarão pela etapa que consiste na gravação de um vídeo de apresentação profissional e por entrevistas com o departamento de recursos humanos.

Aqueles que seguirem no processo serão entrevistados por diretores de área e, depois, pela diretoria executiva. Os finalistas participarão de uma conversa com o presidente da empresa, Frederico Trajano.

O programa de trainees 2021 foi desenvolvido em parceria com as consultorias Indique Uma Preta e Goldenberg, Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), Faculdade Zumbi dos Palmares e Comitê de Igualdade Racial do Mulheres do Brasil.

A empresa farmacêutica Bayer abriu vaga para seu programa de trainee 2021 voltado a profissionais negros, o “Liderança Negra Bayer”. Entre os requisitos, está a formatura em cursos de graduação ou pós-graduação entre dezembro de 2017 e dezembro de 2020, com possibilidade de avaliação de casos em que a formatura sofreu atrasos decorrentes da pandemia de Covid-19. 

Não foi informado onde os trainees serão lotados, mas a empresa, que tem sede na cidade de São Paulo, afirma que quem morar em uma cidade diferente da que sediar a vaga desejada, precisa ter disponibilidade para mudanças. O salário, também de acordo com a Bayer, é de R$ 6.900.

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As inscrições foram abertas nesta sexta-feira (18) e podem ser feitas através do site do programa de trainee, até o dia 21 de outubro. A seleção será composta por uma jornada on-line, dinâmica de grupo virtual, um encontro preparatório para a última etapa e pelo chamado “Bayer Day”, composto por uma roda de conversa com profissionais da empresa, painel de negócios e entrevista final. 

A admissão dos candidatos selecionados será realizada nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Entre os benefícios oferecidos pela empresa aos trainees, estão assistência médica e odontológica, transporte, restaurante no local de trabalho, seguro de vida, previdência privada, subsídio a medicamentos, academia, incentivos à qualidade de vida, Conte Comigo (assistência psicológica, consultoria jurídica e financeira) e CoopBayer (Cooperativa que tem como objetivo a educação financeira dos colaboradores). 

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Estão abertas as inscrições para o novo Programa de Trainee da Vivo. A seleção é destinada a profissionais formados nos últimos dois anos ou estudantes com formação prevista até dezembro de 2020.

Para se inscrever, os interessados devem acessar o site da companhia. Ao todo, serão 30 vagas para atuação em São Paulo. Do total, 30% serão destinadas ao público negro. A oportunidade não está exigido fluência em idiomas, pois ficará a cargo da companhia a responsabilidade por desenvolver essa habilidade durante o programa.

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Nesta edição, o processo seletivo abordará um Laboratório Scrum, onde os candidatos serão capacitados e aprenderão a trabalhar nesse formato e também com OKRs (objetivos e resultados-chave). Os participantes terão acesso a conteúdo e experimentarão dinâmicas para aprender os conceitos e a prática, que já são realidades na cultura da empresa.

Ao serem selecionados, os profissionais terão uma remuneração de R$ 6.800, além de outros benefícios como pacote de benefícios compatíveis com os de mercado, bem como haverá diferenciais como trabalho remoto, smartphone corporativo com plano de dados ilimitado, entre outros.

O programa tem duração de 18 meses. Para obter mais informações, acesse o site da seleção.

Os trainees são apostas importantes das empresas. Por isso, as vagas são bastante concorridas e para quem não quer perder essas oportunidades, o LeiaJá preparou uma lista de empresas que estão com inscrições abertas em processos seletivos.

Entre as vagas, há chances para diversas formações de nível superior como engenharia, arquitetura e áreas relacionadas à tecnologia, negócios, entre outros segmentos. Veja as oportunidades:

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Grupo Saint-Gobain

Vagas: 30

Saiba como se inscrever e veja mais informações sobre a seleção 

Dennis Group

A empresa não informou o quantitativo de vagas

Confira mais informações sobre a seleção 

Stone

Número de vagas não informado

Clique e faça sua candidatura

Itaú Unibanco

A empresa não informou o quantitativo de vagas

Confira detalhes da seleção e se inscreva aqui 

Grupo Rodobens

O número de vagas não foi revelado

Saiba como se inscrever e confira mais detalhes sobre o processo seletivo

Heineken

A empresa não informou o quantitativo de vagas

Clique aqui para se inscrever e saiba mais detalhes da seleção 

Telefonaktiebolaget LM Ericsson

Vagas: 3

Confira detalhes da seleção e faça a sua inscrição

International Paper

A empresa não informou o quantitativo de vagas

Saiba mais informações e se inscreva aqui

Ernst & Young Global limited (EY)

A empresa não informou o quantitativo de vagas

Obtenha mais informações e se inscreva 

Bunge bioenergia

A companhia não informou o quantitativo de vagas

Clique aqui para se inscrever e saiba mais detalhes da seleção 

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) em Pernambuco anunciou, nesta terça-feira (8), que está com inscrições abertas para a seleção de profissionais graduados para vagas de trainee. Interessados em se candidatar devem enviar o currículo para o e-mail selecao@ielpe.org.br com o assunto: “BOLSISTA/MANUTENÇÃO”.

A oportunidade é destinada aos profissionais com graduação em engenharia mecânica, elétrica, eletrônica, mecatrônica ou de produção. Para concorrer a uma das vagas, os candidatos ainda devem atender a alguns requisitos como ter, no máximo, cinco anos de formação, experiência em indústria, de preferência na área de planejamento de manutenção, entre outros critérios.

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A seleção será composta por análise curricular. Os selecionados irão atuar no Complexo Portuário de Suape, localizado em Jaboatão dos Guararapes, de segunda a quinta-feira, das 7h30 às 16h30, e às sextas-feiras, das 7h às 16h. Além disso, os treinee aprovados receberão uma bolsa de R$ 2,5 mil. O programa não informou o número de vagas.

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