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O tufão Saola avança neste sábado (2) pelo sul da China, depois de provocar muitos danos e derrubar várias árvores em Hong Kong, que escapou do impacto direto de uma das tempestades mais potentes a atingir a região em várias décadas.

Dezenas de milhões de moradores da região do delta do rio das Pérolas, que engloba várias grandes cidades, permaneceram em alerta na sexta-feira antes da chegada do ciclone, que era classificado como supertufão.

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As autoridades chinesas retiraram mais de 880.000 pessoas de suas residências, ordenaram o retorno aos portos de 80.000 barcos pesqueiros e adiaram o início do ano letivo em 13 cidades.

Em Hong Kong, as autoridades emitiram o nível máximo de alerta para tufões, ativado apenas 16 vezes desde a Segunda Guerra Mundial. Algumas regiões registraram rajadas de vento de até 210 km/h.

Na madrugada de sábado, a tempestade foi rebaixada para a categoria tufão severo. O fenômeno meteorológico não provocou vítimas e foram registrados menos danos que em 2018, quando o potente ciclone Mangkhut atingiu o sul da China.

Apesar do cenário melhor que o esperado, as autoridades pediram aos moradores que permaneçam vigilantes, pois os ventos podem alcançar 145 km/h, e recomendaram que as áreas costeiras sejam evitadas.

Nas ruas de Hong Kong era possível observar árvores derrubadas, andaimes espalhados e janelas quebradas. A imprensa local informou que os ventos arrancaram os painéis solares dos telhados dos edifícios.

- "Um pouco de medo" -

"Ontem deu um pouco de medo", declarou Angelie neste sábado, ao sair para encontrar uma amiga, apesar da chuva forte. "Em nossa rua, várias árvores caíram e algumas janelas quebraram", acrescentou.

Na zona leste Hong Kong, uma moradora contou à AFP durante a noite sentiu o prédio "balançar um pouco".

"No final, não nos sentimos tão ameaçados como em 2018", afirmou, em referência à passagem do tufão Mangkhut, que deixou mais de 300 pessoas feridas nesta cidade e seis mortos na China continental.

A autoridade aeroportuária de Hong Kong anunciou neste sábado a retomada gradual dos voos, após vários cancelamentos e atrasos na sexta-feira.

A cidade vizinha de Macau, famosa por seus cassinos, anunciou a reabertura dos centros de jogos, que, em um ato incomum, interromperam as atividades por precaução antes da passagem do tufão Saola.

- Outro tufão avança para Taiwan -

O tufão não atingiu diretamente a ex-colônia portuguesa, mas tocou o solo durante a madrugada mais ao sul, na cidade de Zhuhai, na província de Guangzhou, informou o Centro Meteorológico Nacional da China.

Durante a tarde, o ciclone avançou para o oeste, na direção da zona turística de Hailing, na província de Guangdong, com ventos de 100 km/h.

As autoridades alertaram em um primeiro momento que Saola poderia ser o tufão mais potente registrado desde 1949 no delta do rio da Pérolas, que inclui Hong Kong, Macau e a cidade de Guangzhou.

Em Shenzhen, uma metrópole da província de Guandong com 17,7 milhões de habitantes, vizinha de Hong Kong, as autoridades ordenaram o fechamento dos estabelecimentos comerciais e dos mercados financeiros. Também anunciaram a abertura de abrigos.

Após a suspensão do sistema de transportes públicos, dezenas de entregadores enfrentaram ventos fortes e chuvas. "Vou trabalhar até sentir que é muito perigoso", afirmou Chai Jijie, 22 anos.

O sul da China é afetado com frequência durante o verão e outono (hemisfério norte, inverno e primavera no Brasil) por tufões que se formam nas águas quentes do oceano ao leste das Filipinas.

Na região do Mar da China Meridional, outro tufão, Haikui, avança rapidamente na direção de Taiwan, onde as autoridades emitiram um alerta, mas com a previsão de um impacto moderado.

A mudança climática aumentou a intensidade das tempestades tropicais, com mais chuvas e rajadas de vento mais fortes que provocam inundações repentinas e muitos danos, afirmam os cientistas.

A cidade de Pequim, na China, e a região no entorno enfrentaram chuvas torrenciais neste domingo, causadas pelo tufão Doksuri. Diante do fenômeno, as autoridades locais reforçaram medidas contra inundações e pediram aos moradores que não saíssem de casa "se não for necessário".

Para evitar qualquer incidente, muitos lugares emblemáticos da capital chinesa anunciaram fechamento temporário, incluindo a "Cidade Proibida" e o popular parque de diversões Universal Studios, além de bibliotecas e museus.

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O Centro Nacional de Artes Cênicas, localizado perto da Praça da Paz Celestial, também fechou e cancelou a programação de shows e óperas aos domingos.

Até pelo menos a tarde de segunda-feira, a China estará em alerta vermelho para forte chuva em grande parte do norte do país, onde vivem centenas de milhões de pessoas.

Dentre elas, está Pequim, com 22 milhões de habitantes. A metrópole vizinha de Tianjin, a província fronteiriça de Hebei, Shanxi, Shandong (leste) e Henan (centro) também foram incluídas na lista.

O Ministério dos Recursos Hídricos elevou o alerta para o nível 2 neste domingo, devido ao risco de inundações, e mobilizou mais agentes para controlar as correntes de água e barragens.

Em Pequim, mais de 27 mil pessoas que vivem em áreas de risco e cerca de 20 mil em Shijiazhuang, uma grande cidade localizada a 250 km a sudoeste da capital, foram retiradas, segundo a mídia oficial.

Alguns rios podem ultrapassar os limites de alerta e deslizamentos de terra podem ocorrer em áreas montanhosas. Diante desse cenário, o pedido do governo para que a população fique em casa foi amplamente aceito, já que muito menos pedestres e carros saíram às ruas neste domingo.

Empresas também foram estimuladas a "não obrigarem os trabalhadores a se deslocarem ao local de trabalho se não for necessário".

O Doksuri varreu o sudeste da China desde a última sexta-feira e migrou para o norte, onde sua influência está sendo sentida com chuvas torrenciais, segundo o serviço meteorológico chinês.

As autoridades estão muito cautelosas com as fortes chuvas desde 2021, quando fortes inundações no centro do país mataram mais de 300 pessoas, principalmente na grande cidade de Zhengzhou.

Na ocasião, muitos motoristas ficaram presos pela rápida subida das águas nos túneis da rodovia, o que gerou uma grande polêmica. O município foi acusado de ter demorado a enviar alertas meteorológicos.

O tufão Nanmadol atingiu neste domingo a costa sudoeste do Japão e as autoridades recomendaram que mais de sete milhões de pessoas procurem abrigo, diante da previsão de rajadas de vento violentas e chuvas torrenciais.

"O olho do tufão Nanmadol tocou o solo perto da cidade de Kagoshima às 19H00" (7H00 de Brasília), informou a Agência Meteorológica do Japão (JMA).

As rajadas de vento atingiam 235 km/h e o tufão já provocou 500 mm de chuva em menos de 24 horas em algumas áreas da ilha de Kyushu.

A JMA emitiu um "alerta especial" para as prefeituras de Kagoshima e Mizayaki, no sul de Kyushu, onde pelo menos 20.000 pessoas se preparavam para passar noite em abrigos.

O canal estatal NHK, que compilou informações das autoridades regionais, informou que mais de sete milhões de pessoas receberam ordens para procurar refúgios ou buscar proteção em edifícios resistentes.

Mais de 200.000 residências estavam sem energia elétrica nas regiões afetadas.

Também foram suspensas as operações dos trens regionais e de alta velocidade, quase 500 voos e o transporte marítimo na região.

A JMA advertiu que a região pode enfrentar um perigo "sem precedentes" com os ventos, as ondas e as chuvas torrenciais.

"Permaneçam afastados dos locais perigosos e saiam caso sintam algum perigo", tuitou o primeiro-ministro nipônico, Fumio Kishida, depois de convocar uma reunião do governo.

"Será perigoso sair à noite. Fiquem seguros enquanto ainda é dia", afirmou.

- "Intensidade nunca vista" -

"Pedimos prudência máxima", afirmou no sábado Ryuta Kurora, diretor da unidade de previsão da agência meteorológica. "É um tufão muito perigoso", destacou.

"O vento será tão forte que algumas casas podem desabar", disse Kurora, antes de alertar sobre inundações e deslizamentos de terra.

Ele recomendou à população que procurasse refúgio em edifícios resistentes e não se aproximasse das janelas.

Hiro Kato, diretor do Centro de Monitoramento e Alerta Meteorológico, alertou: "As áreas afetadas pela tempestade estão recebendo chuvas de uma intensidade nunca vista".

Depois de atingir Kyushu, o tufão deve seguir para o nordeste e afetar a principal ilha do Japão, Honshu, até a manhã de quarta-feira.

A temporada de tufões registra a maior intensidade entre agosto e setembro no Japão.

Em 2019, o tufão Hagibis provocou mais de 100 mortes no país, que na época era sede da Copa do Mundo de Rúgbi.

Os cientistas consideram que a mudança climática aumenta a intensidade e a frequência das tempestades e fenômenos meteorológicos extremos.

O número de mortos na passagem de um dos tufões mais violentos pelas Filipinas nos últimos anos subiu para 388.

A Defesa Civil de Manila informou que o balanço da passagem do tufão Rai, que afetou o centro e o sul do arquipélago em 16 e 17 de dezembro, aumentou para 388 mortos, com 60 desaparecidos e centenas de feridos.

O balanço anterior citava 375 mortos.

Mais de 300.000 pessoas continuam em abrigos e outras 200.000 estão nas casas de parentes ou amigos.

Alguns sobreviventes compararam o Rai ao supertufão Haiyan, que deixou 7.300 mortos ou desaparecidos no centro das Filipinas em 2013.

O arquipélago filipino é atingido por 20 ciclones em média a cada ano.

Nas áreas devastadas pelo Rai foram registradas pelo menos 140 pessoas doentes por suposta ingestão de água contaminada.

Oitenta pessoas foram atendidas com gastroenterite aguda na província de Dinagat (sul) e 54 foram levadas a um hospital por diarreia na ilha turística de Siargao, informou a subsecretária de Saúde, Maria Rosario Vergeire.

A cidade central de Cebu também registrou 16 casos de diarreia.

Vergeire informou que o tufão destruiu mais de 4.000 doses de vacinas contra a covid e que 141 hospitais e clínicas sofreram danos.

Concepción Tumanda vasculha os escombros de sua casa coberta de lama em uma ilha das Filipinas devastada pelo tufão Rai, que matou centenas de pessoas no país e deixou os sobreviventes clamando por água e comida.

"A casa foi destruída, tudo quebrou", declarou Tumanda à AFP, sem conter as lágrimas sobre as ruínas de sua residência na cidade de Loboc.

"Não sobrou nada", completou.

O tufão Rai atingiu na quinta-feira (16) da semana passada a ilha turística de Bohol, com fortes chuvas e ventos que arrancaram tetos e árvores.

Bohol, conhecida pelos pontos de mergulho, foi uma das ilhas mais afetadas pelas inundações.

Ao menos 98 pessoas morreram na localidade, informou o governador Arthur Yap. E outras 16 são consideradas desaparecidas.

Yap implorou ao presidente Rodrigo Duterte pelo envio recursos para a compra de alimentos e água para os moradores desesperados da ilha, que está sem energia elétrica e sistemas de comunicação.

"Precisamos de comida, especialmente arroz. E água", declarou Giselle Toledo, que teve a casa destruída pela inundação. "Não conseguimos salvar nada, não sabemos onde recomeçar nossas vidas".

Rai também provocou destruição nas ilhas Siargao, Dinagat e Mindanao, onde os ventos alcançaram 195 km/h.

Duterte declarou estado de calamidade nas áreas afetadas pelo tufão, que provocou pelo menos 375 mortes, o que libera recursos para ajudar os afetados.

Os militares enviaram navios, barcos, aeronaves e caminhões para entregar alimentos, água potável e equipamentos médicos aos sobreviventes.

A Cruz Vermelha também distribui ajuda e vários governos estrangeiros ofereceram milhões de dólares em ajuda financeira.

Mas as autoridades locais e os moradores reclamam que a ajuda demora muito a chegar.

Nas estradas de Bohol foram registradas longas filas de pessoas esperando com recipientes de água, enquanto as motocicletas formam filas nos postos de combustíveis.

"A água é o nosso principal problema", comentou Jocelyn Escuerdo, que perdeu a casa e está em um centro para desabrigados.

"Os recipientes que as agências nos entregaram não são grandes, apenas cinco litros, então a água acaba constantemente", declarou, antes de afirmar que recebe alimento suficiente apenas para o dia.

Embora muitas pessoas tenham deixado suas casas antes da tempestade, outras ficaram em suas residências para cuidar de seus animais, como galinhas e porcos, e também para proteger suas propriedades.

Alguns ficaram isolados pelas inundações e ficaram três dias sem alimentos, afirmou o dirigente local Pedro Acuna, que usou um barco a remo para distribuir comida.

Telesfora Toledo, moradora da ilha, disse que não sabe por onde começar, com "tantas coisas que precisam de reparo".

"Foi doloroso olhar o que restou da casa", disse Concepcion Tumanda, que tentava recuperar utensílios de cozinha.

"Vamos tentar consertar... se nos entregarem madeira e placas de telhado", disse.

Pelo menos 208 pessoas morreram na passagem do Rai pelas Filipinas, um dos tufões mais letais a atingir o país nos últimos anos, informa o balanço oficial atualizado divulgado neste domingo (19).

De acordo com a polícia, ao menos 239 pessoas ficaram feridas e 52 desapareceram depois que o tufão Rai varreu o sul e o centro do arquipélago.

Mais de 300.000 pessoas abandonaram suas casas e hotéis de praia. Várias áreas ficaram sem comunicação e sem energia elétrica, enquanto em outros lugares telhados foram arrancados, e postes de luz, derrubados.

Este balanço pode aumentar, à medida que as agências governamentais forem avaliando a amplitude do desastre.

O tufão Rai atingiu as Filipinas na quinta-feira (17) com ventos de 195 km/h. Milhares de policiais, militares, agentes da Guarda Costeira e bombeiros continuam mobilizados para ajudar nas buscas e resgates nas áreas atingidas.

No sábado, Rai se afastou, avançando pelo Mar da China Meridional e, no domingo, estava ao largo da costa do Vietnã, movendo-se para o norte.

Maquinário pesado, como retroescavadeiras e tratores, foi usado para ajudar a desobstruir estradas bloqueadas pela queda de postes e árvores.

Uma avaliação aérea dos danos ao norte de Bohol deixou "muito claro" que as pessoas sofreram muito em termos de casas destruídas e perdas agrícolas, disse Arthur Yap, governador de Bohol, um popular destino turístico. Ele declarou estado de emergência na ilha.

No encerramento de sua tradicional oração dominical do Ângelus, o papa Francisco expressou sua "proximidade com o povo das Filipinas", um país majoritariamente católico.

"Possa o santo Menino levar conforto e esperança às famílias com mais dificuldades", declarou, em referência ao Natal.

O tufão também causou destruição generalizada nas ilhas de Siargao, Dinagat e Mindanao.

Imagens aéreas distribuídas pelos militares mostraram os estragos na cidade de General Luna, em Siargao, onde estavam muitos surfistas e turistas antes das festas de fim de ano. Nas imagens, vê-se prédios sem telhado, e o chão, coberto de entulho.

Neste domingo, os turistas começaram a ser retirados.

Em Surigao City, no norte de Mindanao, as ruas ficaram cobertas de vidros quebrados, chapas de aço dos telhados e linhas de transmissão elétrica.

Os ventos do Rai caíram para 150 km/h, enquanto ele avança pelo país em chuvas torrenciais, arrancando árvores e destruindo estruturas de madeira.

A governadora de Dinagat, Arlene Bag-ao, disse no sábado que os danos à ilha "são uma lembrança, igual ou pior", da destruição causada pelo supertufão Haiyan, em 2013.

Haiyan é o ciclone mais mortal já registrado nas Filipinas, com mais de 7.300 pessoas mortas, ou desaparecidas.

Quase 100 pessoas morreram nas Filipinas na tragédia provocada pela passagem do tufão mais forte a atingir o país este ano, segundo dados oficiais divulgados neste domingo (19).

O fenômeno, que nas últimas horas atravessou as regiões sul e centro do território filipino, também fez mais de 300 mil cidadãos fugirem de suas casas e resorts à beira-mar.

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O "supertufão" interrompeu comunicações e a eletricidade em diversas áreas, arrancou telhados e derrubou postes de energia elétrica. As autoridades tentam agora distribuir comida e água às ilhas devastadas.

O governador da ilha turística de Bohol (centro), Arthur Yap, anunciou, na sua página no Facebook, que 63 pessoas morreram na sua província enquanto nas ilhas Dinagat há registro de 10 mortes. O número de vítimas pode aumentar à medida que as equipas de resgate chegarem às áreas afetadas pelo tufão.

"As comunicações continuam cortadas. Apenas 21 de 48 municípios entraram em contato conosco", afirmou.

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau alertaram já que o Rai vai entrar "na zona de alerta de 800 quilômetros de Macau na segunda-feira", prevendo que a tempestade enfraqueça gradualmente, apesar de ainda existirem "grandes incertezas quando à sua intensidade".

O tufão é registrado particularmente tarde para a habitual época em que a maioria das tempestades tropicais se formam no oceano Pacífico, entre julho e outubro.

Há muito tempo, a comunidade científica tem alertado para a crescente intensidade destes fenômenos, relacionada com o aumento do aquecimento global. O tufão Rai foi a 15ª e uma das mais mortais tempestades tropicais a atingir as Filipinas neste ano.

Da Ansa

Voos e serviços de trem estão sendo cancelados em Xangai, maior cidade da China, à medida que o tufão Chanthu se aproxima do território continental chinês nesta segunda-feira (13), após provocar fortes ventos e chuvas em Taiwan.

A mídia local chinesa informou que todos os voos seriam suspensos nos dois aeroportos de Xangai a partir das 15 horas de segunda, horário local. O metrô também se preparava para fechar, enquanto escolas e muitos escritórios e lojas baixaram as portas pelo resto do dia.

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O Chanthu causou chuvas de até 13 centímetros em Taiwan no domingo, após o epicentro da tempestade passar pela costa leste da ilha com ventos de até 162 quilômetros por hora, e antes de atingir o estreito de Taiwan rumo a Xangai.

Após provocar chuvas na cidade chinesa, o Chanthu deve rumar para o norte, na região leste da China, e dirigir-se para a Coreia do Sul e o Japão.

A tempestade passou pela ilha de Luzon, nas Filipinas, na última semana, mas não foram registrados danos ou enchentes.

Tufões são chamados de furacões no Atlântico Norte, no Pacífico Norte central e no Pacífico Norte oriental, mas tratam-se do mesmo fenômeno climático.

O tufão In-fa tocou o solo no sul de Xangai no fim de julho, cancelando voos e levando à retirada de cerca de 330 mil moradores do distrito de Fengxian, na região sul da cidade.

Chuvas e enchentes torrenciais em julho causaram a morte de ao menos 292 pessoas em Zhengzhou, uma grande cidade da província central de Henan, incluindo algumas que ficaram presas nos túneis do metrô.

Ao menos 21 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas nesta quinta-feira (29) após a passagem do tufão Molave pelo centro do Vietnã, que provocou um dos piores deslizamentos de terra e danos no país nos últimos anos.

A tempestade destruiu a área na quarta-feira, provocando chuvas intensas em uma região já afetada por semanas de inundações.

Nesta quinta-feira, centenas de socorristas se esforçavam para encontrar os sobreviventes nos locais onde houve deslizamento de terra, mas sua tarefa foi prejudicada devido às densas camadas de barro e às árvores derrubadas.

Na costa central do sul do país, 19 corpos foram retirados do barro em três aldeias da província de Quang Nam, informou a imprensa oficial. As autoridades afirmaram que havia provavelmente outras 45 pessoas soterradas.

Os militares também usaram escavadeiras para melhorar o acesso a duas das aldeias afetadas.

Outras duas pessoas morreram antes, quando tentavam proteger suas casas do tufão, a quarta tempestade que atinge o Vietnã neste mês.

As autoridades retiraram 375.000 pessoas antes da chegada do tufão Molave, ordenaram o fechamento das escolas e praias e cancelaram vários voos.

O tufão tocou o solo no sul da cidade costeira de Danang, acompanhado de ventos que sopravam a 145 km/h, antes de transformar-se nesta quinta-feira em uma tempestade tropical.

Segundo a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, quase 90.000 casas foram destruídas.

Um poderoso tufão atingiu, neste domingo (6), o sul do Japão, onde as autoridades alertaram a população para chuvas torrenciais e ventos violentos, de tal intensidade que poderiam derrubar postes de energia e virar veículos.

O tufão Haishen, classificado como "grande" e "extremamente forte", levou a ordens de evacuação para mais de três milhões de habitantes, principalmente em Kyushu, uma das principais ilhas do Japão, onde a tempestade deveria chegar nas próximas horas.

No entanto, o tufão enfraqueceu um pouco e, ao contrário das previsões anteriores, está se movendo para o oeste, distanciando-se do continente.

A Agência Meteorológica do Japão pediu aos habitantes "a maior prudência" diante de possíveis recordes de precipitações, ventos intensos e grandes ondas.

Tudo isso pode causar "deslizamentos de terra ou mesmo inundações nas proximidades de grandes cursos de água", disse Yoshihisa Nakamoto, diretor da divisão de previsões da agência meteorológica.

Conforme o tufão se aproxima de ilhas habitadas, seus ventos podem se tornar fortes o suficiente para derrubar postes de energia ou virar veículos, alertaram os meteorologistas.

Esta tarde, a tempestade passou por um grupo de pequenas ilhas perto de Kyushu.

Imagens da imprensa local mostraram árvores curvadas sob a força do vento, bem como importantes torrentes de água.

O primeiro-ministro Shinzo Abe, que organizou uma reunião para estudar as medidas a serem tomadas, alertou para os riscos de enchentes e deslizamentos de terra e pediu "muita prudência".

Às 15h00 (3h00 de Brasília), Haishen estava cerca de 110 km a sudoeste da ilha de Yakushima, com rajadas de vento de até 216 km/h.

A tempestade deve passar pela costa oeste da ilha de Kyushu antes de seguir para a Coreia do Sul, de acordo com a agência meteorológica japonesa.

Cerca de 2,5 milhões de residentes de Kyushu foram chamados a deixar suas casas, especialmente em Kagoshima e Miyazaki, a cidade vizinha.

Em todo o país, ordens de evacuação foram lançadas para cerca de 3,5 milhões de pessoas, de acordo com a televisão pública NHK.

Em vez de se instalar em escolas e centros destinados a esses casos, alguns moradores preferiram se refugiar em hotéis locais para tentar reduzir os riscos de contágio do coronavírus, segundo a mídia local.

"Moro perto de um rio e quero estar em um lugar seguro, mas sem esquecer o coronavírus", explicou uma moradora de Miyazaki à NHK após encontrar refúgio com sua família em um hotel.

A tempestade forçou a suspensão de 550 voos e perturbou o tráfego ferroviário.

Além disso, a Guarda Costeira japonesa teve de interromper as operações de busca da tripulação de um navio que naufragou e que pediu ajuda na quarta-feira perto da ilha de Amami Oshima, atingida pelo primeiro tufão, Maysak.

A Guarda Costeira resgatou um segundo sobrevivente na sexta-feira, dos 43 tripulantes que viajavam no "Gulf Livestock 1", que transportava cerca de 6.000 vacas.

Enquanto isso, os barcos-patrulha continuam no mar, para retomar as buscas assim que o tufão Haishen deixar a região, disse um funcionário à AFP.

Um poderoso tufão atingiu as duas Coreias nesta quinta-feira (3), causando pelo menos uma morte no Sul e inundando as ruas de uma cidade portuária do Norte.

O tufão Maysak atingiu o continente em Busan, na costa sul da Coreia do Sul, com rajadas de vento atingindo 140 km/h. Nesta cidade, uma mulher morreu por uma forte tempestade que destruiu as janelas de seu apartamento.

As ruas foram inundadas, o vento arrancou árvores e semáforos e mais de 2.200 residentes tiveram que ir para abrigos. No sul da península, bem como na ilha de Jeju, mais de 120.000 residências estavam sem eletricidade.

O tufão então se dirigiu para o norte, passando pelo Mar do Japão, antes de atingir o continente pela segunda vez em Kimchaek, uma cidade da Coreia do Norte.

As catástrofes naturais geralmente causam mais estragos na Coreia do Norte do que na Coreia do Sul, devido à fragilidade da infraestrutura norte-coreana.

O país também é muito vulnerável ao risco de inundações devido ao desmatamento. Na Coreia do Norte, o tufão foi acompanhado por fortes chuvas.

Na cidade portuária de Wonsan, localizada na costa leste do país, caíram 385 milímetros de chuva em poucas horas.

Pyongyang estava em alerta, com a mídia oficial transmitindo imagens ao vivo como as de um jornalista no meio de uma rua inundada na cidade portuária.

As autoridades, no entanto, suspenderam o alerta de tufão quando ele começou a enfraquecer ao seguir em direção à China.

"O tufão passará por Musan [na fronteira com a China] e deixará nosso país", disse um meteorologista na televisão norte-coreana.

"Não espero que haja consequências", acrescentou.

No Japão, as buscas no Mar da China Oriental continuavam para encontrar sobreviventes do naufrágio de um navio com 43 tripulantes a bordo e 5.800 vacas.

Uma única pessoa foi resgatada na tarde desta quinta-feira pela Guarda Costeira japonesa.

O "Gulf Livestock 1" emitiu um pedido de socorro na madrugada de quarta-feira, quando estava em um mar agitado pela passagem do tufão, a cerca de 185 quilômetros da ilha de Amami Oshima (sudoeste do Japão).

Um dos motores do navio parou de funcionar quando uma grande onda o virou, de acordo com o testemunho do único sobrevivente por enquanto, um filipino citado nesta quinta em um comunicado da Guarda Costeira japonesa.

Ele explicou que pulou no mar quando o barco estava virando e só teve tempo de colocar o colete salva-vidas. O navio então afundou, segundo ele.

Maysak é o segundo tufão a atingir a península coreana em uma semana.

O líder norte-coreano Kim Jong Un visitou uma região agrícola atingida pelo tufão Bavi em 28 de agosto, dizendo que estava aliviado pelo dano ser "menos significativo do que o previsto".

Meteorologistas alertaram sobre a aproximação do tufão Haishen, que deve atingir a península coreana na manhã de segunda-feira. São esperadas rajadas de vento de até 144 km/h.

As duas Coreias estão em alerta máximo nesta quarta-feira (2) com a aproximação de um tufão que pode ser um dos mais potentes dos últimos anos.

Mais de 300 voos domésticos foram cancelados nesta quarta-feira na Coreia do Sul, ante a proximidade do tufão Maysak, que já provoca fortes ventos na península.

O primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, afirmou que o tufão pode ser comparado ao de 2003 que provocou 131 mortes, além de prejuízos milionários, no país. "Estamos muito preocupados", disse.

Maysak deve tocar o solo durante a tarde de quarta-feira na costa sul da Coreia e na quinta-feira na Coreia do Norte. Os ventos podem ganhar força nas próximas horas, segundo o serviço meteorológico sul-coreano.

Os desastres naturais são temidos na Coreia do Norte, país com infraestruturas frágeis. O país também é muito afetado por inundações, devido ao desmatamento significativo em seu território.

A imprensa oficial de Pyongyang informou que "medidas urgentes" foram adotadas para minimizar os eventuais danos da passagem do tufão.

Maysak é o segundo tufão que afeta a península da Coreia em uma semana.

Mais de 140.000 pessoas estavam em abrigos de emergência nas Filipinas nesta sexta-feira (15), devido ao tufão Vongfong, uma situação que complica a luta contra o novo coronavírus no país.

Chuvas fortes caíram no centro do arquipélago desde a tempestade que atravessou, ontem, zonas povoados por centenas de milhares de pessoas.

Milhões de filipinos estão confinados em suas residências pela pandemia, mas mais de 140.000 pessoas foram forçadas a abandonarem suas casas em busca de abrigo, devido à forte tempestade, disseram as autoridades.

"Você precisa usar a máscara e observar as regras do distanciamento o tempo todo", disse à AFP Carlito Abriz, da polícia filipina. "É difícil aplicar isso, porque as pessoas estão estressadas", completou.

As autoridades indicaram que os abrigos de emergência funcionarão com 50% de sua capacidade e que fornecerão máscaras para quem não tem o acessório. Também tentarão não separar as famílias.

O problema é que muitos dos locais planejados em condições normais para servir como centros de evacuação se tornaram unidades de quarentena.

Felizmente, o centro do arquipélago atingido pela tempestade não é a área mais afetada pela Covid-19, que já infectou mais de 11.800 pessoas e causou 790 mortes nas Filipinas.

Todos os anos, o país é afetado por uma média de 20 tufões que causam vítimas e danos extensos, contribuindo para que milhões de pessoas vivam na pobreza.

O ciclone mais mortal já registrado no país foi o Supertufão Haiyan, que deixou mais de 7.300 mortos, ou desaparecidos, em 2013.

O número de mortos pelo poderoso tufão que atingiu as Filipinas no Natal totalizou 41, disseram autoridades no domingo, enquanto dezenas de milhares de pessoas permanecem abrigadas.

O tufão Phanfone deixou as Filipinas no sábado depois de passar por várias ilhas do arquipélago de Visayas, no centro, incluindo algumas muito populares entre os turistas.

Um balanço anterior das autoridades foi responsável por 28 mortes.

Entre os mortos, há três tripulantes de um navio que tombou devido aos ventos fortes, um policial morto por um poste caído e um homem atingido por uma árvore derrubada pela força do vento.

As autoridades ainda estão procurando 12 desaparecidos.

Segundo os últimos relatórios da agência nacional de catástrofes, 1,6 milhão de pessoas foram afetadas pelo tufão, que danificou cerca de 260.000 casas e forçou centenas de milhares de habitantes a se mudarem para abrigos de emergência.

Phanfone, chamado localmente "Úrsula", é o ciclone de número 21 que chegará às Filipinas em 2019.

Em geral, essas tempestades destroem plantações e casas, afetam seriamente a infraestrutura e condenam milhares de pessoas à pobreza permanente.

A passagem do tufão Phanfone por áreas turísticas e localidades isoladas das Filipinas durante o Natal deixou pelo menos 16 mortos, informou o governo nesta quinta-feira (26).

O Phanfone alcançou ventos de até 195 quilômetros por hora, destruiu muitas casas e derrubou parte dos cabos do sistema de energia elétrica, anunciaram as autoridades.

Um boletim da agência de resposta a desastres naturais afirma que 13 pessoas morreram na região de Visayas Ocidentais. Outra fonte do governo informou que três pessoas faleceram na área central do país.

O próprio governo, no entanto, afirmou muitas zonas afetadas pelo tufão estão sem cobertura telefônica, o que significa que o balanço das consequências do fenômeno ainda não pode ser considerado encerrado.

O Phanfone atingiu duramente importantes destinos turísticos como Boracay e Coron, famosos por suas praias de areias brancas.

O aeroporto de Kalibo, de onde decolam os aviões com destino a Boracay, foi muito afetado pelo tufão, de acordo com turistas coreanos que estavam presos no terminal aéreo e que enviaram imagens à AFP.

"As estradas estão bloqueadas, mas alguns esforços foram feitos para remover os escombros. A situação é bastante ruim", afirmou à AFP Jung Byung Joon em uma mensagem enviada pelo Instagram.

"Tudo em um raio de 100 metros ao redor do aeroporto parece quebrado. Muitas pessoas estão frustradas no aeroporto porque os voos foram cancelados", completou.

Apesar de consideravelmente menos grave, o Phanfone seguiu o mesmo trajeto o supertufão Haiyan, que em 2013 devastou o país e deixou mais de 7.300 vítimas fatais.

"Phanfone é como um irmão mais novo do Haiyan. É menos destrutivo, mas seguiu um caminho similar", declarou Cindy Ferrer, funcionária da agência de resposta a desastres em Visayas Ocidentais.

Dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em pleno Natal. Mas as tarefas de retirada não foram seguidas de acordo com o planejamento porque muitos aviões e balsas estavam foram de operação.

As Filipinas são a primeira grande massa de terra do cinturão de tufões do Pacífico. O país é atingido por quase 20 grandes tempestades em média por ano. Muitas tempestades são fatais e, com frequência, devastamo as colheitas, casas e infraestruturas.

Pelo menos 11 pessoas morreram nas Filipinas devido à passagem do tufão Kammuri. Outras 500 pessoas estão em centros de acolhimento, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.

Cinco vítimas mortais foram encontradas na região de Bicol (leste do país) , outras cinco em Mimaropa (oeste) e uma na cidade de Ormoc (centro). Os dados são do Centro Nacional de Gestão de Desastres.

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O tufão atingiu na noite de segunda-feira (2) o sudeste de Luzon, a maior ilha do arquipélago, e na terça-feira (3), o sul da capital filipina.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou nesta quarta-feira (16) uma ajuda de emergência de 710 milhões de ienes (6,5 milhões de dólares) para as vítimas do tufão Hagibis, que deixou pelo menos 74 mortos no país.

A ajuda imediata pretende melhorar as condições de vida nos refúgios das regiões afetadas, que abrigavam 4.400 pessoas nesta quarta-feira, segundo a agência de notícias Kyodo.

Os fundos representam uma parcela ínfima da reserva especial de 500 bilhões de ienes que o Estado japonês dispõe para administrar as situações de desastre.

O governo deu a entender que poder liberar uma ajuda maior após um decreto de estado de catástrofe natural, procedimento legal que exige mais tempo. Tóquio também decidiu acelerar a distribuição de subsídios já previstos para 300 áreas afetadas pelo tufão.

Empresas privadas, como Sony, Fast Retailing (Uniqlo) e Marubeni, também anunciaram doações financeiras ou materiais (roupas, por exemplo). O Japão prossegue com as buscas por sobreviventes mais de três dias após a passagem do tufão, que afetou o centro, leste e nordeste do país.

O número de mortos por conta da passagem do tufão Hagibis, que atingiu o centro-leste do Japão no final de semana, subiu para 70. De acordo com o último boletim divulgado pela emissora pública "NHK", 16 pessoas ainda estão desaparecidas e o balanço de mortos poderá aumentar nos próximos dias.

As operações de resgate estão sendo conduzidas por milhares de agentes das Forças de Autodefesa. Helicópteros e barcos foram disponibilizados para os socorristas chegarem em áreas inundadas.

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A passagem do Hagibis deixou 376 mil casas sem eletricidade e 14 mil sem água. O tufão é o mais forte a atingir o Japão nos últimos 60 anos e chegou em terra firme no último sábado (12), provocando ventanias, inundações e desmoronamentos.

Da Ansa

Sob ameaça de novas chuvas, milhares de socorristas no Japão continuam em busca de sobreviventes, dois dias após a passagem do poderoso tufão Hagibis, que matou pelo menos 56 pessoas.

Hagibis atingiu a terra no sábado (12) à noite vindo do Pacífico, acompanhado por rajadas de quase 200 km/h e precedido por chuvas torrenciais que afetaram 36 das 47 prefeituras do país (centro, leste e nordeste) e causou deslizamentos de terra e inundações.

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O número de vítimas tem aumentado constantemente desde sábado. Nesta segunda-feira à noite, a emissora nacional pública NHK informou, com base em dados coletados por seus jornalistas, que 56 pessoas morreram e 15 estão desaparecidas, enquanto 204 ficaram feridas.

"Ainda hoje muitas pessoas estão desaparecidas", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe em uma reunião de emergência nesta segunda-feira. "As equipes estão fazendo o possível para procurá-las e tentar salvá-las, trabalhando dia e noite", acrescentou.

Mais de 110.000 socorristas, incluindo 31.000 soldados da Força de Autodefesa Japonesa, foram mobilizados.

Mas os meteorologistas japoneses previram mais chuvas no centro e no leste do Japão e alertaram para o perigo de novos deslizamentos de terra e inundações.

"Hoje é esperado chuva nas áreas atingidas pelo desastre", disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, que pediu à população que "permaneça totalmente vigilante".

- "Continuar as operações" -

Na região de Nagano (centro), uma das mais atingidas, já está chovendo. "Estamos preocupados que essas chuvas tenham impacto nos esforços de busca e resgate", disse à AFP uma autoridade local, Hiroki Yamaguchi.

"Continuaremos as operações, sempre atentos a novos desastres devido às chuvas contínuas", acrescentou. No total, 176 rios transbordaram, principalmente no norte e no leste do Japão, segundo a imprensa local.

Um dique desmoronou na região de Nagano, descarregando as águas do rio Chikuma em uma zona residencial cujas casas foram inundadas.

Em alguns lugares, helicópteros resgatavam moradores refugiados em suas varandas ou telhados, enquanto equipes de resgate a bordo de barcos trafegavam pelas águas barrentas entre as casas em busca de pessoas presas.

"Tudo em minha casa foi arrastado pela água diante dos meus olhos imaginei", disse uma moradora de Nagano à NHK. "Acho que tenho sorte de estar viva", acrescentou.

As vítimas do tufão incluem pelo menos sete tripulantes de um navio de carga que afundou no sábado nas águas revoltas da Baía de Tóquio. Quatro outros foram salvos e um décimo segundo ainda era procurado, disse um porta-voz da Guarda Costeira.

Dezenas de milhares de pessoas estão em abrigos, sem garantia de poder voltar para suas casas em breve. Cerca de 75.900 famílias no país ainda estão sem eletricidade e cerca de 135.000 não têm acesso a água potável.

Hagibis paralisou os transportes na região de Tóquio este final de semana, prolongado por um feriado na segunda-feira, mas a maioria das ligações ferroviárias e aéreas foi retomada nesta segunda-feira. A tempestade também causou o cancelamento de três partidas da Copa do Mundo de Rugby, organizada no arquipélago japonês.

No entanto, a partida decisiva entre o Japão e a Escócia foi realizada no domingo à noite, e a equipe nacional trouxe algum conforto ao país ao vencer por 28-21, levando-a às quartas de final do torneio pela primeira vez em sua história.

Um minuto de silêncio foi observado no estádio antes do início da partida, e a equipe do Japão dedicou sua vitória às vítimas do tufão. "Para todos os que sofreram com o tufão, esta vitória é de vocês", afirmou o capitão da equipe, Michael Leitch

O tufão Hagibi, que atingiu a região sul de Tóquio, no Japão, no sábado (12) já deixou ao menos 14 mortos. O número foi divulgado pela agência de Gestão de Fogo e Desastres do governo japonês, mas é contestado por veículos do país. A agência Kyodo News aponta até 33 mortos, conforme números divulgados pela Associated Press (AP).

Os números oficiais do governo dão conta de 1.283 casas inundadas e outras 517 danificadas parcial ou totalmente. Ao todo, 187 pessoas ficaram feridas após a passagem do tufão que, neste domingo (13), perdeu força e foi reclassificado como uma tempestade tropical.

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"Este grande tufão causou danos imensos em grande parte do leste do Japão", disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, em coletiva neste domingo. Segundo o porta-voz, ao menos 376 mil casas ficaram sem eletricidade e 14 mil sem fornecimento de água.

A emissora pública japonesa NHK divulgou que 14 rios foram inundados pelo tufão. O Rio Tama, que corre por Tóquio, transbordou e alagou casas e outros prédios nas proximidades. Uma parte da cidade de Date, na área de Fukushima, também foi inundada.

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