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Ao menos três pessoas morreram e 13 ficaram feridas em um ataque com mísseis das forças russas contra o porto de Odessa, no sul da Ucrânia, informaram nesta quarta-feira (14) as autoridades militares locais.

As tropas russas dispararam quatro mísseis de cruzeiro Kalibr a partir de um navio no Mar Negro, anunciou Sergiy Bratchuk, porta-voz da administração militar de Odessa, no Telegram.

Um projétil atingiu um depósito comercial e matou três funcionários. Sete pessoas ficaram feridas.

"Outras pessoas podem estar sob os escombros", disse o porta-voz militar, que também relatou um incêndio no local.

Além disso, outras seis pessoas ficaram feridas depois que um centro empresarial, estabelecimentos comerciais e um complexo residencial do centro da cidade foram atingidos "em consequência dos combates aéreos e da onda expansiva da explosão", disse Bratchuk.

A cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, era um destino de férias muito apreciado por ucranianos e russos antes de o presidente Vladimir Putin determinar a invasão do país vizinho em fevereiro do ano passado.

Desde o início da invasão, Odessa foi bombardeada diversas vezes pelas tropas russas.

Em janeiro, a Unesco classificou o centro histórico de Odessa como um dos lugares sob ameaça na lista de Patrimônio da Humanidade.

O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou, nesta segunda-feira (12), que a contraofensiva do Exército ucraniano contra as forças russas começou.

"A contraofensiva ucraniana começou há vários dias", declarou Macron ao lado do chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, e do presidente polonês, Andrzej Duda, no Palácio do Eliseu.

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A operação deve se desenvolver durante "várias semanas, ou até meses", indicou Macron, que se reuniu com os dirigentes alemão e polonês no marco da iniciativa "Triângulo de Weimar", que prevê cúpulas regulares entre os três países.

No sábado, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, anunciou que estavam sendo realizadas "ações de contraofensiva e defensivas" na Ucrânia, mas sem indicar se as mesmas faziam parte da grande operação de retomada de territórios preparada há semanas.

Sete vilarejos foram reconquistados das forças russas no sul e no leste do país como parte dessas operações, afirmou, na noite desta segunda, o governo ucraniano.

"Nós desejamos que [a contraofensiva] seja o mais vitoriosa possível para que, em seguida, seja possível iniciar uma fase de negociação em boas condições", explicou o presidente francês.

Macron também confirmou que a França continuará "intensificando" sua ajuda militar à Ucrânia.

"Intensificamos as entregas de armas e de munição, de veículos blindados, e também o apoio logístico", ressaltou.

"Continuaremos [fazendo isso], de acordo com o calendário que dei [ao presidente Zelensky] nos próximos dias e semanas", acrescentou o chefe de Estado francês.

Scholz, por sua vez, também destacou que a Ucrânia seguirá "recebendo apoio pelo tempo que for necessário", com tanques, artilharia e defesa antiaérea.

"A guerra de agressão travada pela Rússia já é um fracasso estratégico e geopolítico para o agressor", apontou Macron.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, informou neste sábado (10) sobre "ações contraofensivas" de seu Exército no "front", mas se negou a dar detalhes do grande ataque que está sendo preparado há meses por seu Estado-Maior.

As autoridades ucranianas estão sendo ambíguas sobre sua estratégia, mas os militares russos relatam ataques há seis dias, alguns com equipamentos fornecidos por países ocidentais, principalmente contra posições no sul da Ucrânia.

"Estão sendo realizadas ações contraofensivas e defensivas na Ucrânia, das quais não vou falar em detalhe", declarou Zelensky, em entrevista coletiva.

"Tem que ter confiança nos nossos militares, e eu tenho confiança neles", afirmou.

Zelensky havia sido questionado sobre as declarações, ontem, do presidente russo, Vladimir Putin, de que a grande contraofensiva ucraniana para repelir as tropas de Moscou já havia começado.

Putin afirmou, no entanto, que o Exército ucraniano não atingiu "seu objetivo" e sofreu perdas significativas. "Todos os esforços de contraofensiva até agora fracassaram, mas o regime de Kiev continua tendo um potencial ofensivo", disse ele.

Depois de elogiar, na noite de sexta-feira, o "heroísmo" dos soldados ucranianos, envolvidos em "duros combates", o presidente ucraniano pediu neste sábado que não se dê crédito às declarações de Putin.

As autoridades ucranianas parecem minimizar a importância dos combates, mas o Exército russo descreveu, em seu relatório diário deste sábado, ataques de forças de Kiev nas regiões de Zaporizhzhia (sul) e de Donetsk (leste), e também perto da cidade devastada de Bakhmut, também no leste.

- Tanques destruídos -

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou um vídeo mostrando uma coluna de tanques e veículos blindados de fabricação ocidental destruídos. Segundo a instituição, as imagens foram feitas em Donetsk.

O porta-voz do Comando do Leste do Exército ucraniano, Serguii Cherevati, informou neste sábado, em declaração a uma televisão, que as tropas ucranianas conseguiram avançar 1.400 metros ao redor da cidade de Bakhmut depois que a Rússia reivindicou sua captura em maio.

Na frente diplomática, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em visita a Kiev neste sábado, culpou a Rússia pela destruição da reserva hidrelétrica de Kakhovkva, no sul da Ucrânia, na terça-feira passada. A catástrofe causou a inundação de dezenas de cidades e vilarejos às margens do rio Dnieper.

"Não temos dúvidas de que a destruição da represa é uma consequência direta da decisão da Rússia de invadir o país", declarou Trudeau ao lado de Zelensky, sem acusar Moscou, diretamente, pela explosão que destruiu a barragem.

Até agora, ambos os lados se acusaram mutuamente pela ação.

De acordo com o último balanço do Ministério ucraniano do Interior, cinco pessoas morreram nessas inundações, e 27 foram declaradas desaparecidas nas áreas sob controle ucraniano. As autoridades de ocupação russas relataram, por sua vez, pelo menos oito mortes.

A população foi retirada de ambas as margens do rio Dnieper onde, segundo o balanço ucraniano, há 78 cidades inundadas, 14 delas em território ocupado.

Também no sul, a cidade portuária de Odessa, às margens do Mar Negro, foi atacada por drones ao amanhecer, deixando três mortos e 26 feridos, segundo as autoridades locais.

Do outro lado do "front", a Rússia prometeu, neste sábado, adotar medidas de represália, após a decisão da Islândia de fechar sua embaixada em Moscou. Foi o primeiro país a tomar essa decisão desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022. Reykjavik afirmou que a decisão não implica, contudo, a ruptura das relações diplomáticas com Moscou.

Ucrânia e Rússia acusaram-se mutuamente, nesta quinta-feira (8), de bombardear as áreas alagadas na província de Kherson, onde milhares de civis estão sendo evacuados após as inundações causadas pela destruição de uma represa.

A destruição da represa de Kakhovka na terça-feira resultou em evacuações em massa após o aumento das águas do rio Dnieper, no sul da Ucrânia.

Os ucranianos acusaram o Exército russo de bombardear Kherson durante as operações de salvamento.

Segundo Kiev, uma pessoa morreu e 18 ficaram feridas, incluídos membros do serviço de resgate.

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky classificou os socorristas que trabalham "sob fogo" russo de "heróis", em mensagem publicada nas redes sociais após visitar a região, onde mais de 600 km² de território estão embaixo d'água.

Por ora, as autoridades ucranianas e as da ocupação russa informaram que há seis mortes.

As autoridades da ocupação russa na Ucrânia acusaram Kiev de bombardear a área e matar duas pessoas, entre elas uma mulher grávida, no centro de evacuação de Golan Pristan, na zona controlada pela Rússia.

- Batalha de duas horas -

Por sua vez, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, declarou que suas tropas haviam repelido um ataque nesta quinta na província de Zaporizhzhia, mais ao norte, no momento em que Kiev afirma estar concluindo os preparativos de uma contraofensiva para recuperar territórios.

"Hoje [quinta-feira], às 01h30 [19h30 de quarta-feira em Brasília] da manhã na zona de Zaporizhzhia, o inimigo tentou abrir caminho em nossa defesa com [...] até 1.500 homens e 150 veículos blindados", afirmou Shoigu em comunicado. "O inimigo foi bloqueado e recua com graves perdas", acrescentou.

Após uma batalha de duas horas, as forças ucranianas perderam 30 tanques, 11 veículos de combate de infantaria e até 350 homens. Estas informações não puderam ser verificadas com uma fonte independente.

Ucrânia e Rússia culpam-se de forma recíproca pela destruição da barragem, que gera o temor de uma catástrofe humanitária e ambiental.

Kiev acusa Moscou de querer frear a ofensiva ucraniana rumo ao sul, enquanto para o presidente russo, Vladimir Putin, foi um ato de "selvageria" cometido pelos ucranianos.

De acordo com o governo ucraniano, 2.339 pessoas foram evacuadas da zona inundada, onde 32 localidades ficaram submersas.

Do lado russo, "5.000 pessoas" foram retiradas, indicou Vladimir Saldo, um responsável da administração da ocupação russa, no Telegram.

Segundo o ministro de Energia ucraniano, German Galushchenko, mais de 20.000 lares estavam sem eletricidade. Ele também pediu à Europa que fornecesse mais energia ao país.

- Sem risco nuclear 'iminente' -

Galushchenko afirmou que a central nuclear de Zaporizhzhia, que utiliza as águas do rio Dnieper para resfriar seus reatores, não apresentava "nenhum risco iminente por ora", mas que era necessário "monitorar a situação".

Depois de uma avaliação, constatou-se que a operação de bombeamento de água "deveria ser capaz de continuar mesmo que o nível fique abaixo de 12,7 metros", explicou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em um comunicado.

Mais cedo, o chefe da operadora ucraniana Ukrhydroenergo, Ihor Syrota, chegou a afirmar que as reservas de água não eram mais suficientes para resfriar os reatores da central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.

Quando não é mais possível usar a água da represa, a central pode usar "uma enorme piscina de retenção situada a pouca distância, assim como reservas menores e poços no local, que poderão proporcionar água de resfriamento por vários meses", detalhou a AIEA.

Em Kherson, Tatiana Olmechenko, de 65 anos, contou à AFP que esperou por dois dias os socorristas e que teve que sair por seus próprios meios por uma janela quebrada para chegar ao bote de resgate.

"No meu prédio, a água chegou até o terceiro andar e lá ainda há pessoas", afirmou.

Segundo Laura Musiyan, do centro meteorológico de Kherson, as águas estão 5,33 metros acima do nível normal, mas parece que a cheia começa a ceder levemente. "Se esta tendência continuar, será uma boa notícia para os moradores", afirmou.

Na quarta-feira, Zelensky criticou a falta de ajuda humanitária da ONU e da Cruz Vermelha.

Também afirmou, em uma videoconferência, que foram inundados "depósitos de combustível, de produtos químicos, de fertilizantes, cemitérios de animais [...]".

A Cruz Vermelha disse que participa das operações de evacuação em território ucraniano com cerca de 50 voluntários. A ajuda da ONU vai aumentar, disse Kiev nesta quinta.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu para discursar durante a assembleia geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que será realizada no fim do mês, em Washington, informou a organização nesta quarta-feira (7).

Em fevereiro, quando se completou um ano da invasão russa à Ucrânia, Zelensky se propôs a aumentar a lista de países que o apoiam contra Moscou, principalmente na África e América Latina. Quase todos os países latinos condenaram a operação russa, mas relutam a sancionar Moscou ou a enviar armas à Ucrânia.

Neste contexto, a missão observadora permanente da Ucrânia solicitou por escrito à OEA que Zelensky "possa fazer um discurso ao vivo e apresentar um gravado durante o diálogo com os observadores permanentes na quarta sessão plenária da Assembleia Geral", como fez no ano passado.

"O pedido de um país observador não está sujeito a aprovação", explicaram fontes da OEA, o que equivale a que ele faria uso da palavra durante a 53ª assembleia geral, instância política máxima da organização.

Zelenski falaria às Américas em um momento de tensão com o Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja que o país atue como mediador entre outros países "neutros", incluindo a China, em uma eventual negociação para pôr fim à guerra, mas diz ter ficado incomodado por não ter se reunido com Zelensky paralelamente à reunião de cúpula do G7 no Japão, no mês passado, supostamente por problemas de agenda.

A Rússia deixou de ser um observador permanente da OEA no ano passado, após ser suspensa pela organização até que "cesse suas hostilidades e retire as tropas" da Ucrânia.

Equipes ucranianas e unidades russas resgataram nesta quarta-feira (7) milhares de civis das áreas inundadas após a destruição da represa de Kakhovka, em uma área controlada pela Rússia no sul da Ucrânia, que teme uma catástrofe humanitária e ecológica.

Moscou e Kiev trocam acusações sobre o ataque de terça-feira contra a represa estratégica, que abastece a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e está localizada na direção das tropas ucranianas que almejam reconquistar os territórios ocupados.

A cidade de Kherson, sob controle ucraniano desde novembro, a 70 km da represa, estava com as ruas inundadas nesta quarta-feira. Natalia Korj, 68 anos, afirmou que precisou nadar para sair de casa.

"Todas os cômodos estão debaixo d'água. Minha geladeira está flutuando. Estamos acostumados com tiros (de artilharia), mas uma catástrofe natural é um verdadeiro pesadelo. Eu não esperava isso", declarou à AFP, descalça e com as mãos paralisadas pelo frio, depois de ser resgatada pelos serviços de emergência.

- Água na altura da cintura -

Nas ruas do centro de Kherson, a água chegava na altura da cintura dos moradores. Perto do rio Dnieper, o nível atingiu cinco metros.

"O perigo vem de lá ou daqui", declarou Svetlana Abramovitch, 56 anos, apontando para o front de batalha, onde canhões russos estão posicionados, e depois para a água em seus pés.

"Mais de 1.450 pessoas foram retiradas das áreas inundadas sob controle ucraniano até o momento", afirmou Oleksandr Khorunzhyi, porta-voz dos serviços de emergência. Do lado russo, as autoridades mencionaram a retirada de 1.274 moradores.

Muitos civis - um número indeterminado até o momento - deixaram a região por conta própria.

Serguii, um policial de 38 anos, declarou à AFP em Kherson que sua equipe salvou 30 pessoas, incluindo uma criança. "Vamos trabalhar até retirar todo mundo", disse.

Ucrânia afirmou que o ataque contra a represa, tomada pela Rússia nos primeiros dias da guerra - em fevereiro do ano passado -, foi uma tentativa de Moscou de frear a esperada ofensiva de Kiev, que segundo o governo não será afetada.

A Rússia acusou a Ucrânia de "sabotagem deliberada".

Para o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, a Rússia provocou "uma das piores catástrofes ao meio ambiente das últimas décadas".

Os aliados ocidentais da Ucrânia também criticaram o ataque, que coloca em risco a vida de civis, em uma região já devastada pela guerra.

O governo dos Estados Unidos afirmou que a explosão pode ter provocado várias mortes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o ataque é "outra consequência devastadora da invasão russa à Ucrânia".

A China, aliada crucial da Rússia, expressou preocupação com "impacto humano, econômico e para o meio ambiente" da explosão.

Oleksander Prokudin, comandante militar da região de Kherson, afirmou que a "água ainda subirá um metro nas próximas 20 horas".

As autoridades ucranianas anunciaram que mais de 17.000 pessoas precisam ser retiradas de várias localidades inundadas.

- "Bomba ambiental" -

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou a Rússia de detonar uma "bomba ambiental de destruição em massa". Mais de 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas no rio e milhares de hectares de terra arável serão inundados, de acordo com Kiev.

"Perdas de peixes já foram registradas perdas na região", alertou o ministério ucraniano da Agricultura, que também citou uma futura haverá escassez de água para irrigação com o esvaziamento do reservatório de Kakhovka.

"O mundo tem que reagir", afirmou Zelensky.

A destruição parcial da represa, construída na década de 1950, provoca o temor de consequências para a central nuclear de Zaporizhzhia, que fica a 150 km de distância, porque a usina hidrelétrica de Kakhovka garante água de resfriamento para o local.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) destacou, no entanto, que "não há perigo imediato" e acrescentou que os especialistas estão monitorando a situação.

Assim como a represa, a central nuclear fica em uma área ocupada pelas forças russas.

A cheia do rio Dnieper, que tem a margem direita sob controle das forças ucranianas e a margem esquerda sob domínio de Moscou, submergirá as linhas de defesa russas.

Mas afetará, em particular, as forças ucranianas e a sua eventual operação militar na região, como parte de uma contraofensiva para recuperar territórios no sul e leste do país.

A destruição de uma barragem em uma área do sul da Ucrânia controlada pela Rússia provocou a retirada de moradores nesta terça-feira (6) das localidades próximas, que enfrentam o risco de inundações, e uma troca de acusações entre os dois países em guerra.

A Ucrânia afirmou que a destruição da barragem aumenta rapidamente o risco de uma "catástrofe nuclear" na central de Zaporizhzhia, que usa água da represa atingida para sua refrigeração, mas a Rússia e a Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) descartaram um perigo imediato.

A barragem Kakhovka, que fica em uma área ocupada da região de Kherson (sul), foi parcialmente destruída por "múltiplos ataques" ucranianos, denunciaram as autoridades designadas por Moscou.

Autoridades ucranianas, no entanto, acusaram a Rússia de ter destruído a barragem para tentar "frear" a contraofensiva que Kiev prepara para recuperar territórios perdidos no sul e leste do país.

"O objetivo dos terroristas é evidente: criar obstáculos para as ações ofensivas das Forças Armadas ucranianas", declarou Mikhailo Podoliak, conselheiro da presidência.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional depois do "crime de guerra" russo, afirmou seu chefe de gabinete, Andriy Yermak.

A Ucrânia chamou a Rússia de "Estado terrorista" na Corte Internacional de Justiça (CIJ). O ataque contra a barragem de Kakhovka "provocou a retirada de civis e graves danos ecológicos", declarou o representante de Kiev, Anton Korinevich, na principal jurisdição da ONU.

"As ações da Rússia são as ações de um Estado terrorista, de um agressor", acrescentou.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a Rússia prestará contas pela destruição de uma infraestrutura civil, o que ele também classificou de "crime de guerra".

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, criticou a "brutalidade" da Rússia após a destruição da barragem hidreléctrica.

- Inundações e risco nuclear -

O comandante militar ucraniano em Kherson, Oleksander Prokudin, disse que várias localidades ficaram "completamente ou parcialmente inundadas" e a população começou a abandonar a região.

"Quase 16.000 pessoas estão na zona crítica, na margem direita da região de Kherson", afirmou Prokudin nas redes sociais.

Do outro lado, o governador de Kherson nomeado pela Rússia, Andrey Alekseyenko, disse que nenhuma grande cidade está sob ameaça de inundação após o aumento de entre "dois e quatro metros" do nível da água.

A barragem de Kakhovka, tomada no início da ofensiva russa na Ucrânia, abastece a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, e também fornece água de resfriamento para a central nuclear de Zaporizhzhia.

Por este motivo, Podoliak alertou que o risco de "catástrofe nuclear" na central, a maior da Europa, "aumenta rapidamente" após a destruição parcial da barragem.

Os alertas foram rebatidos pelo governante russo local e pela AIEA.

"Os especialistas da AIEA na central nuclear de Zaporizhzhia estão monitorando de perto a situação. Não há risco imediato para a segurança nuclear na central", tuitou a agência da ONU.

Os danos à barragem aconteceram após um dia marcado por informações contraditórias: a Ucrânia reivindicou avanços ao redor da cidade de Bakhmut (leste) e a Rússia anunciou que impediu um ataque em larga escala em Donetsk.

A vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Maliar, disse que Bakhmut permanece como o "epicentro das hostilidades". "Estamos avançando em um front bastante amplo", destacou.

Maliar também admitiu que as tropas ucranianas estão "executando ações ofensivas" em alguns pontos do front, mas sem revelar detalhes.

- Silêncio sobre a contraofensiva -

A Ucrânia prepara há vários meses uma contraofensiva para tentar recuperar os territórios perdidos para a Rússia desde o início da invasão, mas o governo destacou que não anunciaria o local nem a data de início da operação.

O conflito ficou ainda mais tenso nas últimas semanas, com o aumento dos ataques nos dois lados da fronteira com a Rússia.

Os analistas militares acreditam que as forças ucranianas pretendem testar as defesas da Rússia para encontrar seus pontos fracos antes do início de uma contraofensiva em larga escala.

Na segunda-feira, o ministério da Defesa da Rússia anunciou que impediu, no domingo (4), uma "grande ofensiva" em cinco pontos do sul da região de Donetsk.

A pasta afirmou que suas tropas mataram "1.500 soldados" ucranianos e destruíram mais de 100 veículos blindados.

Porém, o fundador do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgueni Prigozhin, chamou as versões de Moscou de "fantasias" e disse que as forças ucranianas avançaram na cidade de Bakhmut, que Moscou afirma ter conquistado em maio.

O polêmico empresário mantém uma disputa pública com o exército e já acusou os comandantes militares pela falta de munição para as tropas do grupo Wagner.

Zelensky agradeceu às tropas pelos avanços nas proximidades de Bakhmut e chamou a reação de Moscou de "histérica". "O inimigo sabe que a Ucrânia vai vencer", declarou.

Uma localidade russa na fronteira com a Ucrânia foi alvo neste domingo (4) de uma nova incursão de combatentes pró-Kiev, que foram expulsos de acordo com Moscou, que prosseguiu ao mesmo tempo com a campanha de ataques aéreos no país vizinho.

O governador da região russa de Belgorod, alvo nos últimos dias de bombardeios ucranianos, relatou "combates" neste domingo na localidade de Novaya Tavolzhanka, próxima da fronteira.

"Um grupo de sabotadores apareceu e está acontecendo um combate neste momento em Novaya Tavolzhanka", disse o governador Viacheslav Gladkov em seu canal no Telegram. "Espero que todos sejam destruídos", acrescentou.

O exército da Rússia afirmou pouco depois que impediu, com a ajuda da artilharia, a entrada de um grupo de "terroristas" ucranianos em Belgorod.

"As unidades que vigiam a fronteira estatal do distrito militar oeste e a unidade de fronteira do Serviço Federal de Segurança descobriram uma tentativa - de um grupo de sabotagem de terroristas ucranianos - de cruzar o rio perto da localidade de Novaya Tavolzhanka", afirma um comunicado militar.

O grupo foi "atingido pela artilharia. O inimigo se dispersou e recuou", acrescenta a nota.

O governador também afirmou que os agressores, que identificou como combatentes russos que lutam ao lado de Kiev, tomaram prisioneiros e apresentaram uma proposta de troca.

A nova incursão das forças pró-Ucrânia em território russo aconteceu poucas horas depois de um ataque aéreo contra a região central da Ucrânia.

Um ataque na noite de sábado matou uma menina de dois anos e deixou 22 pessoas feridas na cidade de Dnipro. Outro bombardeio, na manhã de domingo, atingiu uma base aérea.

O exército da Rússia confirmou ataques noturnos contra bases aéreas militares ucranianas e destacou que os bombardeios atingiram "postos de comando, estações de radar e equipamentos", mas não revelou a localização dos alvos.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, culpou a Rússia pelo ataque em Dnipro e afirmou que vítimas continuam nos escombros de dois prédios residenciais.

O governador da região afirmou que o ataque destruiu parcialmente dois edifícios de dois andares, 10 casas particulares, um estabelecimento comercial e um gasoduto.

A Rússia intensificou os bombardeios contra a Ucrânia nas últimas semanas, ao mesmo tempo que aumentaram as incursões das tropas de Kiev no território russo.

A Ucrânia prepara há vários meses uma grande contraofensiva para tentar recuperar os territórios perdidos desde a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

- Base ucraniana atacada -

O exército ucraniano informou que mísseis russos atingiram uma base aérea próxima da cidade de Kropyvnytskyi, no centro do país.

"Seis mísseis e cinco ataques com drones foram executados pela Rússia", afirmou o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuriy Ignat.

Em Kiev, o comandante da administração militar local informou que as defesas aéreas da capital derrubaram vários mísseis e drones durante a noite.

"De acordo com informações preliminares, nenhum alvo foi atingido na capital", afirmou Serhiy Popko no Telegram.

Do lado russo, um bombardeio ucraniano no sábado matou duas pessoas em Belgorod, informou o governador Viatcheslav Gladkov.

Os municípios fronteiriços em Belgorod foram alvos de ataques sem precedentes, com o total de sete mortes durante a semana.

Gladkov pediu neste domingo aos moradores das áreas bombardeadas que abandonem suas casas. "Peço aos habitantes das localidades bombardeadas, em particular os moradores do distrito de Shebekino, que sigam as instruções das autoridades e abandonem temporariamente suas casas", declarou o governador.

Se o governo não nos ajudar a reconstruir e não entregar moradias, todos os habitantes (de Shebekino) ficarão desabrigados", disse Yevgeny Klioutshnikov, que descreveu a localidade como uma 'cidade fantasma' marcada por crateras provocadas por bombas.

Um ataque aéreo no sábado à noite contra um bairro residencial na cidade ucraniana de Dnipro matou uma criança de dois e deixou 22 feridos, anunciaram as autoridades do país neste domingo.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, culpou a Rússia pelo ataque que, segundo um governador local, destruiu parcialmente um edifício de dois andares, 10 casas particulares, uma estabelecimento comercial e um gasoduto.

A Rússia intensificou os bombardeios contra a Ucrânia nas últimas semanas, ao mesmo tempo que aumentaram as incursões das tropas de Kiev no território russo.

A Ucrânia prepara há vários meses uma grande contraofensiva para tentar recuperar o território perdido desde a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Entre os escombros do ataque de sábado, as equipes de emergência encontraram o corpo de uma menina de dois anos.

"Durante a noite, o corpo de uma menina foi retirado dos escombros de uma casa no bairro de Pidhorodnenska", anunciou Serhiy Lisak, governador da região de Dnipropetrovsk.

"Ela havia acabado de completar dois anos", acrescentou.

O governador informou ainda que entre os 22 feridos, cinco são crianças. Três delas, em estado grave, precisaram passar por cirurgias.

Zelensky acusou a Rússia pelo ataque e afirmou que muitas pessoas estavam presas nos escombros.

"Mais uma vez, a Rússia demonstra que é um Estado terrorista", afirmou.

Em Kiev, o comandante da administração militar local informou que as defesas aéreas da capital derrubaram vários mísseis e drones.

"De acordo com informações preliminares, nenhum alvo foi atingido na capital", afirmou Serhiy Popko no Telegram.

"As forças de defesa aérea destruíram tudo que se aproximava da cidade a longa distância. Pela segunda noite consecutiva, os moradores de Kiev não ouviram o som de explosões acima deles".

Ao mesmo tempo, o exército ucraniano informou neste domingo que mísseis russos atingiram uma base aérea próxima da cidade de Kropyvnytskyi, no centro do país.

"Seis mísseis e cinco ataques com drones foram executados pela Rússia", afirmou o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuriy Ignat.

"Infelizmente, nem todos foram destruídos. Dos seis, quatro foram destruídos pela defesa aérea e dois atingiram a base próxima de Kropyvnytskyi", afirmou, sem revelar mais detalhes.

Kropyvnytskyi é uma cidade pequena da região de Kirovohrad, ao sul de Kiev.

No sábado, um bombardeio ucraniano matou duas pessoas em Belgorod, uma região russa na fronteira que foi alvo de vários ataques na última semana, informou o governador local.

Os municípios fronteiriços em Belgorod foram alvos de ataques sem precedentes, com o total de sete mortes durante a semana.

Os ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) iniciaram uma reunião na Noruega nesta quinta-feira (1º) para buscar um área de acordo sobre a delicada adesão da Ucrânia, antes da cúpula da aliança marcada para julho em Vilnius, na Lituânia.

A menos de um mês do encontro de cúpula, o consenso ainda parece distante e nenhum ponto foi resolvido, em uma situação que gera temores de fracasso, especialmente entre os líderes lituanos, anfitriões do encontro.

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Em Oslo, as discussões centram-se nas garantias de segurança que a Otan pode oferecer à Ucrânia até que a adesão ao bloco transatlântico se torne uma realidade.

Na abertura da reunião, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, destacou que é necessário "estar vigilante para que a história não se repita (...). Portanto, devemos agir para oferecer à Ucrânia garantias de segurança para o pós-guerra" contra a Rússia.

O principal integrante da Otan, os Estados Unidos, se opõe atualmente a que a aliança forneça tais garantias à Ucrânia, disse à AFP um ministro, que pediu anonimato.

A Otan ofereceu recentemente estas garantias à Suécia, um país que formalmente entrou com um processo de adesão, mas enfrenta o veto de outro ator central da aliança, a Turquia.

- Expectativas da Ucrânia -

Assim, o principal elemento de divisões dentro da Otan é a busca por uma expansão mais ampla para o Leste, incluindo a Ucrânia.

Enquanto isso, a Ucrânia não se preocupa em esconder suas enormes expectativas. O próprio presidente, Volodimir Zelensky, disse esperar "uma mensagem muito clara" de que a Ucrânia fará parte da Otan no final da atual guerra com a Rússia.

Uma fonte diplomática francesa, entretanto, apontou que "existem linhas divergentes entre certos aliados".

"A Ucrânia quer um roteiro claro, a confirmação de uma trajetória. A perspectiva de adesão não está em questão. Mas hoje não é realista, porque a Ucrânia pode ativar o artigo 5 no dia de sua entrada", disse a fonte.

Esta cláusula de defesa coletiva obriga todos os aliados a participar no caso de um ataque contra um deles. Isso significaria que a Otan poderia se envolver em uma guerra aberta com a Rússia.

O chefe da diplomacia de Luxemburgo, Jean Asselborn, disse nesta quinta-feira que "a Otan fará 75 anos e nunca houve adesão de um país em meio a um conflito armado, porque isso poderia levar a recorrer ao artigo V do tratado".

Se isso acontecer, acrescentou, estaríamos enfrentando uma "guerra entre a Otan e a Rússia".

- Renovação e nível de gastos -

Mas o encontro de Oslo, na Noruega, tem pela frente outros assuntos extremamente delicados, como o veto da Turquia à adesão da Suécia, a eventual renovação do mandato de Stoltenberg e o nível de gastos militares.

Nomeado secretário-geral da Otan em 2014, o norueguês de 64 anos já teve o mandato renovado três vezes. Seu sucessor deveria ser um europeu e vários países da UE desejam a nomeação de uma mulher.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que terá a última palavra, receberá a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen, potencial candidata, no dia 5 de junho.

Enquanto isso, Stoltenberg anunciou que visitará a Turquia "em um futuro próximo" para discutir com o presidente Recep Tayyip Erdogan o veto do país à adesão da Suécia à Otan.

"Estou confiante de que a Suécia será um membro (da Otan) e estamos trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível", disse ele nesta quinta-feira.

A difícil questão dos gastos militares é outro tema a ser discutido em Oslo. Em 2024, os aliados prometeram destinar 2% do PIB de cada país à defesa, mas em Vilnius a ideia é fazer com que esses 2% não sejam um máximo, mas um piso mínimo.

Apenas sete países alcançaram e meta e a Dinamarca está longe de cumprir sua parte do esforço coletivo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que conversou, na manhã desta sexta-feira, 26,, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que recusou o convite feito para visitar o país neste momento. De acordo com Lula, foi reiterada a posição do Brasil em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Conversei agora por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Agradeci a um convite para ir ao Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, e respondi que não posso ir a Rússia nesse momento", declarou Lula, em publicação no Twitter. O Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo acontece entre os dias 14 e 17 de junho.

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Ao negar o convite, o chefe do Executivo disse ter reiterado a disposição do Brasil, "junto com a Índia, Indonésia e China, de conversar com ambos os lados do conflito em busca da paz".

Durante reunião do G7, na semana passada, que contou com a presença de Lula, o brasileiro tentou negociar o encontro com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, após pressão das sete principais democracias desenvolvidas do mundo reunidas no evento, que aconteceu em Hiroshima, no Japão. O encontro, contudo, não aconteceu. Durante sua passagem ao Japão, Lula reiterou que sente que nem Putin nem Zelenski "falam em paz" neste momento.

O presidente da Ucrânia se encontrou com o assessor da Presidência da República do Brasil para assuntos internacionais, Celso Amorim, em Kiev, capital do país, no início de maio e disse esperar uma visita de Lula ao país sobre a guerra.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, acusou nesta quinta-feira (25) a Rússia de prosseguir "aterrorizando" seu país e afirmou que o exército de Kiev derrubou 36 drones russos durante ataques noturnos.

A Rússia "continua aterrorizando a Ucrânia" e lançou 36 drones contra a Ucrânia, declarou Zelensky no Telegram. "Nenhum atingiu o alvo", acrescentou, ao elogiar a defesa antiaérea do país.

O exército ucraniano afirmou que os drones fabricação iraniana Shahed 136/131 foram lançados das regiões norte e sul.

"O inimigo pretendia atingir infraestrutura crucial e áreas militares no sul do país", destacou Zelensky.

A Rússia intensificou nas últimas semanas os ataques noturnos com mísseis e drones contra a Ucrânia.

Em duas ocasiões, as tropas de Moscou utilizaram mísseis hipersônicos Kinzhal, mais difíceis de interceptar. Kiev afirma que derrubou os mísseis graças ao sistema de defesa aérea americano Patriot.

Na Rússia, o Serviço Federal de Segurança (FSB) anunciou a detenção de dois "sabotadores" ucranianos que pretendiam perturbar o funcionamento de centrais nucleares do país.

"Um grupo de sabotagem do serviço de inteligência ucraniano (...) tentou explodir quase 30 linhas de transmissão de energia das centrais nucleares de Leningrado e Kalinin", no noroeste do país, no início de maio, afirmou o FSB em um comunicado.

“A ideia dos serviços especiais ucranianos era interromper os reatores nucleares, perturbar o funcionamento normal das centrais nucleares e provocar danos significativos à economia e à reputação da Rússia", afirma a nota.

Os detidos foram identificados como dois "cidadãos ucranianos, Aleksander Maystruk, nascido em 1978, e Eduard Usatenko, nascido em 1974". Eles podem ser condenados a até 20 anos de prisão, de acordo com o FSB.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, não vão se reunir no G-7. Após pressão da comunidade internacional, a delegação brasileira chegou a negociar o encontro com a contraparte ucraniana, mas as tratativas não prosperaram. O motivo ainda é pouco claro.

A informação oficial é a de que as agendas não se compatibilizaram. Lula ofereceu horários em aberto na sua programação deste domingo, mas a equipe de Zelensky não conseguiu encaixar nos horários vagos. O presidente ucraniano vai dar uma coletiva de imprensa em Hiroshima nesta noite e, em seguida, já retorna a Kiev. Lula decola para o Brasil amanhã cedo, depois de uma coletiva de imprensa.

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Até o horário do almoço, a probabilidade de um encontro entre Lula e Zelensky era considerada alta entre diplomatas que estão em Hiroshima, cidade-sede do G-7. Isso apesar da resistência de Lula em se reunir com Zelensky desde ontem, quando o pedido de encontro foi feito pela parte ucraniana.

No hotel em que Lula está instalado na cidade-sede do evento, e onde travou parte dos encontros de hoje, jornalistas chegaram a ser convocados para acompanhar o início das reuniões bilaterais e se instalaram no mesmo andar do presidente. No espaço reservado à imprensa, havia duas bandeiras, uma do Brasil e outra da Ucrânia, uma sobre a outra.

A principal hipótese é a de que elas teriam sido postas sobre a mesa para desamassar, antes de serem hasteadas na sala de reuniões de Lula. Sem explicações, os jornalistas foram dispensados após acompanharem as conversas bilaterais com os líderes de Ilhas Comores e Vietnã.

Mais cedo, Lula participou, em Hiroshima, de um painel do G-7 em que estava Zelensky. Diferentes líderes internacionais cumprimentaram o ucraniano, mas o presidente brasileiro permaneceu sentado, como se vê na transmissão oficial da cúpula.

Lula resistia ao encontro desde o início. Zelensky veio ao G-7 para tentar ampliar sua aliança na guerra contra a Rússia. De acordo com relatos, o presidente brasileiro ficou desconfortável com a pressão da comunidade internacional pela reunião bilateral diante da postura brasileira de manter neutralidade no conflito.

Há a previsão de uma coletiva de imprensa do presidente às 8 horas (horário do Japão, 12 à frente de Brasília) nesta segunda-feira. Lula volta ao Brasil logo em seguida, em voo que vai sair às 9h.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, quer uma reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Hiroshima, no Japão. Autoridades ucranianas entraram em contato com a diplomacia brasileira solicitando o encontro na cidade-sede do G-7. Lula ainda não deu resposta formal ao convite.

Zelenski estará em Hiroshima no domingo, 21, para participar das discussões do G-7 sobre a guerra na Ucrânia. O bloco, formado pelos sete países mais ricos do mundo, tem adotado uma postura fortemente crítica à Rússia e anunciou mais cedo novas sanções a Moscou. Lula prefere uma posição de neutralidade para tentar negociar a paz, o que incomoda a Ucrânia e os países do G-7, incluindo os Estados Unidos.

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Fortes explosões foram ouvidas em Kiev na manhã desta quinta-feira (18) após um novo ataque da Rússia. Autoridades ucranianas disseram que todos os artefatos foram destruídos pela defesa antiaérea. Um prédio não residencial pegou fogo após ser atingido por destroços, segundo a Administração Militar da capital ucraniana.

Não há informações sobre vítimas, e não ficou claro qual seria o alvo principal da ofensiva. O ataque foi realizado a partir da região do Cáspio, provavelmente com mísseis de cruzeiro, e a Rússia posteriormente lançou naves de reconhecimento sobre Kiev.

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Foi a nona vez neste mês que ataques aéreos da Rússia atingiram a capital da Ucrânia, em uma clara escalada de tensão após semanas de calmaria, e antes de uma contra-ofensiva ucraniana muito esperada, com o uso de armas ocidentais avançadas recém-fornecidas. Em Odessa, no sul do país, mísseis russo mataram uma pessoa e feriram outras duas. Fonte: Associated Press.

O governo da Ucrânia afirmou nesta terça-feira (16) que derrubou seis mísseis hipersônicos russos Kinzhal durante um ataque noturno contra Kiev.

"Outro sucesso incrível da Força Aérea ucraniana! Durante a noite, nossos defensores do céu derrubaram SEIS mísseis hipersônicos russos Kinzhal e outros 12 mísseis", escreveu no Twitter o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov.

A Ucrânia anunciou há uma semana que derrubou pela primeira vez um míssil hipersônico Kinzhal utilizando sistemas fornecidos pelos Estados Unidos.

Os mísseis Kinzhal ("punhal" em russo) são mais difíceis de interceptar do que outros tipos de projéteis.

O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou este míssil em 2018 e o chamou de "arma ideal" por sua dificuldade de interceptação.

Kiev recebeu em meados de abril os primeiros Patriot, um dos sistemas de defesa antiaérea mais avançados dos Estados Unidos, utilizado para derrubar o primeiro míssil Kinzhal.

As autoridades ucranianas não divulgaram que sistema foi utilizado para derrubar os mísseis Kinzhal nos ataques da noite passada.

Alguns destroços caíram em vários bairros de Kiev, incluindo no zoológico da capital ucraniana, e três pessoas ficaram feridas, segundo o prefeito da cidade, Vitali Klitschko.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, viajou nesta segunda-feira (15) ao Reino Unido para uma reunião com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que prometeu fornecer à Ucrânia centenas de mísseis antiaéreos e drones de ataque de longo alcance para a defesa do país contra a invasão russa.

Zelensky desembarcou na Inglaterra no início da manhã, confirmou o governo britânico, depois de visitar Alemanha e França durante o fim de semana e receber novas promessas de ajuda militar, antes de uma aguardada contraofensiva ucraniana.

"O Reino Unido lidera no que diz respeito a a ampliar nossas capacidades terrestres e aéreas", tuitou Zelensky antes do encontro com Sunak em Checkers, a residência de campo dos primeiros-ministros britânicos.

"Esta cooperação continuará hoje. Terei uma reunião com meu amigo Rishi. Vamos estabelecer negociações substanciais frente a frente e com delegações", acrescentou.

As negociações acontecem às vésperas de uma reunião de líderes do Conselho da Europa na Islândia, que terá um discurso de Zelensky por videoconfereência, e de uma reunião de cúpula do G7 no Japão.

"Este é um momento crucial na resistência da Ucrânia a uma terrível guerra de agressão que não escolheram nem provocaram", afirmou Sunak em um comunicado. "Não podemos decepcioná-los", acrescentou.

"A linha de frente da guerra de agressão de (o presidente russo, Vladimir) Putin pode estar na Ucrânia, mas as linhas de divisão se estendem por todo o mundo", insistiu. "Interessa a todos que a Ucrânia tenha sucesso e que a barbárie de Putin não seja recompensada".

Em Chequers, Sunak confirmará "o fornecimento adicional do Reino Unido de centenas de mísseis de defesa aérea e mais sistemas não tripulados, incluindo centenas de novos drones de ataque com um alcance de mais de 200 km", destaca o comunicado.

"Todos serão entregues nos próximos meses, enquanto a Ucrânia se prepara para intensificar a resistência à invasão russa em curso", acrescenta a nota.

O Reino Unido se tornou na semana passada o primeiro país ocidental a oferecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro de longo alcance, os foguetes Storm Shadow.

Londres é o segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, depois de Washington, e adicionou treinamento de voo de combate ao programa de ajuda, mas não incluiu aviões de combate no pacote.

As tropas ucranianas conseguiram avanços significativos ao redor da cidade cercada de Bakhmut (leste), epicentro dos combates contra a Rússia há vários meses, anunciou nesta sexta-feira (12) a vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar.

"O inimigo sofreu baixas importantes. Nossas forças de defesa avançaram dois quilômetros nas proximidades de Bakhmut. Não perdemos nenhuma posição na cidade esta semana", afirmou Maliar em um comunicado divulgado nas redes sociais.

As declarações de Maliar foram divulgadas depois que uma fonte da cúpula militar ucraniana anunciou esta semana que as tropas russas recuaram em algumas áreas de Bakhmut, depois dos contra-ataques das forças de Kiev.

A Rússia, no entanto, negou na quinta-feira que a Ucrânia tenha registrado avanços em Bakhmut e afirmou que os relatos de perdas territoriais ao redor da cidade "não correspondem à realidade".

O grupo paramilitar russo Wagner, que comanda o ataque terrestre de Moscou contra Bakhmut, reclamou recentemente da falta de munições e ameaçou abandonar a localidade se não recebesse mais apoio do Kremlin.

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos, destaca em uma análise divulgada nesta sexta-feira que Kiev "provavelmente perfurou algumas linhas russas durante contra-ataques perto de Bakhmut".

O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, disse esperar uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país para "continuar o diálogo" sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. A declaração ocorreu após ter se encontrado com o assessor da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, em Kiev, capital do país.

Em publicação nas redes sociais, Zelensky disse que teria enfatizado a Amorim que a única forma de impedir os ataques da Rússia contra a Ucrânia seria por meio de um plano de paz "formulado" pelo próprio país comandado por ele. Além disso, o presidente ucraniano também disse que foi discutida a possibilidade de realizar a "Cúpula Ucrânia-América Latina".

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"Espero continuar o diálogo com o Presidente Lula e dar-lhe as boas-vindas à Ucrânia", finalizou Zelensky.

Amorim se reuniu na quarta-feira, 10, em Kiev, com o presidente da Ucrânia e com o vice-chanceler ucraniano, Andrei Melnik. A ida de Amorim a Kiev passou a ser cobrada depois que ele viajou a Moscou e se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, em abril.

O presidente Vladimir Putin prometeu nesta terça-feira (9) a "vitória" na guerra na Ucrânia, que segundo ele foi orquestrada pelo Ocidente para destruir a Rússia, em uma tentativa de traçar um paralelo com Segunda Guerra Mundial, no dia em que o país celebra a vitória contra a Alemanha nazista em 1945.

Ao mesmo tempo, o fundador do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, que está na linha de frente na localidade de Bakhmut, aproveitou a data simbólica para denunciar a incapacidade das autoridades russas de derrotar a Ucrânia e acusou a hierarquia militar de querer "enganar" o presidente russo.

Mais de um ano após o início da ofensiva na Ucrânia, Putin insiste em apresentar o conflito como uma estratégia dos países ocidentais.

"A civilização está novamente em um ponto de inflexão. Uma guerra foi desencadeada contra nossa pátria", disse Putin na Praça Vermelha de Moscou, diante de milhares de soldados, políticos e várias autoridades de ex-repúblicas soviéticas.

O chefe de Estado falou diretamente para as tropas russas, em particular para as centenas de milhares de reservistas mobilizados: "Nada é mais importante agora que a tarefa militar de vocês. A segurança do país depende, hoje, de vocês. O futuro do nosso Estado e do nosso povo depende de vocês".

Putin voltou a acusar as potências ocidentais de utilizar a Ucrânia para provocar "o colapso e a destruição de nosso país".

"Pela Rússia, por nossas corajosas Forças Armadas, pela vitória! Hurra!", clamou, antes do início do desfile de milhares militares e tanques blindados.

A cerimônia anual tem o objetivo de enaltecer o poder russo, em particular quando a vitória de 1945 ocupa um lugar central no nacionalismo promovido por Putin.

Mas em 2023, as celebrações acontecem à sombra dos reveses militares na frente de batalha, enquanto Kiev afirma que está preparando uma grande contraofensiva.

Na segunda-feira, 8 de maio, dia em que muitos países ocidentais celebram o fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu que a Rússia será derrotada "como o nazismo foi derrotado".

Ao romper com a tradição soviética do dia 9 de maio, Kiev recebeu nesta terça-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para celebrar o Dia da Europa.

A União Europeia (UE) "não se deixará intimidar pela demonstração de força" exibida por Putin em Moscou, afirmou o chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, no Parlamento Europeu.

Na frente de batalha, após 15 meses de ofensiva na Ucrânia, o exército russo parece enfraquecido por baixas, reveses nos combates e tensões entre o Estado-Maior e os paramilitares do grupo Wagner.

- Acusações do grupo Wagner -

O fundador da milícia escolheu a data simbólica de 9 de maio para acusar a hierarquia militar de querer "enganar" Putin sobre a ofensiva.

Prigozhin também disse que os soldados do exército oficial fugiram de suas posições em Bakhmut, epicentro dos combates no leste da Ucrânia.

"Hoje (terça-feira), uma das unidades do ministério da Defesa fugiu de um de nossos flancos (...) Eles abandonaram suas posições, todos fugiram", acusou Prigozhin em um vídeo postado no Telegram.

"Por que o Estado não consegue defender o país?", questionou, antes de destacar que o que é exibido na televisão russa não corresponde à realidade.

As comemorações de 9 de maio acontecem com grandes medidas de segurança, depois de um aumento considerável dos ataques em território russo que Moscou atribui a Kiev.

Os ataques acontecem quando muitos consideram iminente uma ampla contraofensiva ucraniana, com o objetivo de tentar recuperar os territórios ocupados pela Rússia no sul e leste do país.

O ataque mais chamativo, mas que provoca muitas perguntas, aconteceu na semana passada, quando dois drones se aproximaram do Kremlin.

Moscou apresentou o ato como uma tentativa de assassinato de Putin. A Ucrânia negou qualquer envolvimento e sugeriu que a ação poderia ser obra de um movimento rebelde interno ou uma tentativa de provocação do governo russo.

Também foram registrados nas últimas semanas ataques contra instalações do sistema de energia da Rússia, sabotagens em ferrovias e a tentativa de assassinato do escritor nacionalista Zakhar Prilepin, que ficou ferido em uma explosão no sábado.

- Desfiles cancelados -

Os ataques provocaram o cancelamento de vários eventos e cerimônias programadas para 9 de maio em diversas cidades da Rússia, em particular nas áreas de fronteira com a Ucrânia e na península anexada da Crimeia.

Ao mesmo tempo, a Rússia prossegue com os bombardeios na Ucrânia.

A Força Aérea ucraniana afirmou nesta terça-feira que derrubou 23 mísseis de cruzeiro russos, de um total de 25 lançados durante a noite.

O comando militar de Kiev anunciou que derrubou 15 "objetivos aéreos inimigos" ao redor da capital, mas não relatou vítimas ou danos consideráveis.

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