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Dias após o primeiro turno no Uruguai, quando Daniel Martínez, da governista Frente Ampla, obteve 39% dos votos e o conservador Luis Lacalle Pou ficou com 29%, forçando o segundo turno, o opositor percebeu que precisava de um plano de longo prazo. Selou uma aliança com o Partido Colorado - o terceiro mais votado, com 12% -, com o Cabildo Abierto - que obteve 11% -, e com os partidos Popular e Independente, ambos com 1%.

Os cinco partidos da coalizão, com ideologias que vão da direita até a centro-esquerda, coordenaram, entre outubro e novembro, ações conjuntas entre seus militantes. Enquanto isso, a Frente Ampla, que agrupa legendas de esquerda, não obteve o apoio de nenhum dos outros dez partidos do Uruguai.

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O resultado desses dois caminhos antagônicos seguidos por Martínez e Lacalle Pou - somado à perda de confiança dos eleitores na coalizão governista em meio ao aumento da criminalidade e à desaceleração do crescimento econômico - foi detectado pelas pesquisas eleitorais.

Na última delas, divulgada três dias antes do segundo turno de domingo, o instituto Cifra previa que Lacalle Pou teria 51,5% dos votos, enquanto Martínez ficaria com 44,5%. A margem de erro era de 3,1 pontos porcentuais.

Após a eleição de domingo, a diferença entre os dois candidatos na votação foi tão pequena que será necessário esperar o Tribunal Eleitoral realizar a recontagem dos votos para anunciar oficialmente o novo presidente. A apuração deu 48,71% dos votos a Lacalle Pou e 47,51% a Martínez.

"A Frente Ampla teve dificuldades para convencer os eleitores de que a continuidade era o caminho certo", disse Gerardo Caetano, professor de história e ciências políticas da Universidade da República, em Montevidéu. "O Uruguai faz parte desse padrão de sociedades irritadas e infelizes que viram um aumento no poder de compra e, em razão desse aumento, começaram a exigir mais", disse Caetano. "As pessoas estão com raiva e se voltaram contra o governo."

Mesmo sem o anúncio oficial, Lacalle Pou tende a ser o novo presidente do Uruguai. A quantidade dos chamados "votos observados" (35.229) - que serão analisados pela Corte Eleitoral - é maior do que a diferença entre os dois candidatos (28.666), mas para Martínez reverter o resultado precisaria que a distribuição fosse diferente da que ocorreu no primeiro turno, quando apenas 27% deles foram para a Frente Ampla. O governista precisaria agora de receber 91% desses votos, que pertencem em geral a eleitores que votaram fora de sua zona eleitoral de origem, especialmente mesários e militares.

Lacalle Pou teria de fazer acordos mais fortes do que os já que conseguiu no Congresso e precisaria construir uma política social com a esquerda.

O resultado apertado de domingo - a eleição foi a mais disputada do país em 25 anos - envia uma mensagem a Lacalle Pou de que é preciso costurar alianças e ceder algum terreno a Martínez, que não ficou tão atrás como mostravam as pesquisas e agora aparece numa posição política de poder de negociação. Resta saber se ele de fato ficará afastado da política, como havia anunciado, ou se fará uma oposição mais atuante.

Lacalle Pou, um advogado de 46 anos, ex-senador do Partido Nacional, foi um crítico feroz do governo de Tabaré Vázquez. Um dos focos de sua campanha foi o aumento da criminalidade, representado pelos 414 homicídios registrados em 2018.

Descendente de uma família de políticos, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-1995) e de uma ex-senadora, Lacalle Pou foi candidato presidencial nas eleições de 2014, mas foi derrotado no segundo turno justamente por Tabaré. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato opositor à presidência do Uruguai, Luis Lacalle Pou (centro-direita), chega como favorito à eleição deste domingo (24) no Uruguai, o que pode marcar o fim de 15 anos de governos de esquerda no país.

Líder do Partido Nacional, Lacalle Pou obteve menos votos do que seu adversário da situação, o ex-prefeito de Montevidéu Daniel Martínez, no primeiro turno de outubro. Para o segundo, porém, conseguiu compor uma coalizão de partidos liberais, de direita e esquerda socialdemocrata que agora lidera as pesquisas.

As últimas sondagens dão a Lacalle Pou mais de 50% das intenções de voto, enquanto Martínez, da governista Frente Amplo (esquerda), reúne até 44%.

- Um plebiscito para a esquerda -

Para o cientista político Diego Luján, da Universidade da República, a votação equivale a um plebiscito sobre as conquistas da esquerda.

"Quando há um partido que está no governo durante três períodos [desde 2005] com maioria parlamentar (e) podendo levar sua agenda adiante", sem necessidade de acordos com outras siglas políticas, "os resultados são responsabilidade desse partido", afirmou Luján, na entrevista à AFP.

O pesquisador ressaltou que, "em um sistema de partidos institucionalizado" como o do Uruguai, "com atores estáveis que são sempre os mesmos, as pessoas identificam claramente quem é responsável pela gestão de governo. Então, há uma avaliação" de resultados.

Nas eleições de 2014, com uma economia em crescimento e liderado por um de seus líderes históricos - Tabaré Vázquez, primeiro presidente proveniente de um partido de esquerda no Uruguai -, a Frente Ampla derrotou Lacalle Pou. À época, ele buscava a Presidência pela primeira vez.

A avaliação então "jogava a favor" da esquerda, "porque tinha conquistas para exibir", mas "há poucas conquistas neste terceiro governo", estima Luján.

Em seus dois primeiros governos, a coalizão aprovou emblemáticas leis, como a do aborto (2012), casamento entre pessoas do mesmo sexo (2013) e a pioneira legalização da maconha (2013).

- Insegurança e impostos, temas em jogo

No topo das preocupações dos eleitores está a insegurança crescente. Um país considerado seguro no violento contexto latino-americano, o Uruguai registrou um aumento de 45% dos casos de homicídio entre 2017 e 2018, e esta taxa passou de 5,7 para 8,4 a 100.000 habitantes, entre 2005 e 2015, com a esquerda no poder.

Além disso, a economia se encontra estancada, com o desemprego em torno de 9,5%, em meio às queixas pelo custo das tarifas públicas, combustível e pressão tributária entre empresários e comerciantes.

"O Uruguai não aguenta mais impostos", repete o advogado Lacalle Pou, que se comprometeu não apenas a não elevar a carga tributária, como a gerar US$ 900 milhões de poupança no Estado para baixar o persistente déficit fiscal de 4,9% do PIB.

Já Martínez considera que se deve fazer "o impossível" para não subir impostos, mas não descarta a medida.

E, embora fale de renovação, recorrerá à Velha Guarda da Frente Ampla. Já anunciou que o ex-presidente José Mujica (2010-2015), de 84 anos, será seu ministro da Agricultura, e o atual ministro da Economia, Danilo Astori, de 79, seu chanceler.

A decisão gerou atritos em uma campanha que teve dificuldades desde o começo, quando vários nomes propostos para integrar a chapa presidencial com Martínez terminaram descartados, ou rejeitando o convite.

A Frente Ampla também ficou sem parceiros. Embora mantenha uma parcela de 39% do eleitorado e das cadeiras no Parlamento, perdeu suas maiorias. Nenhum partido do arco opositor lhe estendeu a mão para o segundo turno.

"Três períodos consecutivos com maioria parlamentar lhe foram úteis para não depender de outros partidos", mas isso "foi colocando os partidos de oposição atrás de um discurso cada vez mais de mudança e de alternância", inclusive entre formações que estão nos extremos ideológicos, estimou Luján.

Cerca de 2,6 milhões de uruguaios são esperados nas urnas no domingo. O voto é obrigatório no país. Eleito por maioria simples, o próximo presidente assumirá em 1º de março de 2020 para um mandato de cinco anos.

Antes do pontapé inicial, Argentina e Uruguai posaram para fotos unidas e em sinal de companheirismo, em Tel-Aviv (Israel). Mas bastou o apito inicial para que as seleções envolvidas no clássico sul-americano mostrassem que o amistoso seria encarado como um jogo oficial. O empate por 2 a 2 foi justo para um Uruguai, mais organizado, diante de uma Argentina que vai ganhando corpo com o trabalho do técnico Lionel Scaloni.

Os quatro gols do Clássico do Rio da Prata foram marcados por estrelas internacionais: Cavani e Suárez, pelo Uruguai, e Aguero e Messi, pela Argentina, que vinha de vitória sobre a seleção brasileira, por 1 a 0, na última sexta-feira.

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Várias faltas duras foram registradas no primeiro tempo, com três cartões amarelos sendo distribuídos. Messi sofreu forte marcação, mas mesmo assim a Argentina foi melhor, ao concentrar o início de suas jogadas pelas laterais.

Mas uma bobeada na marcação argentina não foi desperdiçada pelos uruguaios. Torreira descobriu Suárez pela direita e o atacante do Barcelona tocou rápido para a chegada fulminante de Cavani, que, mesmo visivelmente fora de forma, abriu o placar: 1 a 0, aos 33 minutos.

Em desvantagem no placar, a pressão argentina aumentou. Dybala chegou a empatar, aos 38 minutos, mas o gol foi anulado por causa de um toque de mão na bola. O Uruguai ajustou uma retranca quase intransponível, responsável pelos 13 jogos consecutivos sem derrota do time de Óscar Tabárez - não perde no tempo regulamentar desde 20 de novembro de 2018, quando perdeu para a França.

O panorama foi o mesmo no segundo tempo. Detalhe: Messi, mais agitado que o normal, se apresentava para iniciar todas as jogadas. O esforço do craque foi recompensado, aos 17 minutos. Sua cobrança de falta pela esquerda foi na cabeça de Aguero: 1 a 1. Mas não deu tempo nem para comemorar. Suárez, em cobrança de falta, colocou o Uruguai mais uma vez na frente do placar: 2 a 1, aos 23 minutos.

A partir daí, só deu Argentina no ataque. Aguero (duas vezes) e Dybala tiveram boas chances para marcar, mas o gol de empate só veio aos 45 minutos, em cobrança de pênalti de Messi, premiando mais uma boa atuação do craque, que havia dado o passe para o gol de Agüero, além de ter distribuído dribles e toques de efeito.

A Petrobras iniciou o processo de venda de seus negócios de distribuição de combustíveis, lubrificantes e fertilizantes no Uruguai. A companhia pretende se desfazer de 100% das ações detidas pela Petrobras Uruguay na Petrobras Uruguay Distribuición (PUDSA).

O portfólio de ativos da estatal brasileira no Uruguai inclui uma rede de 90 postos, 16 lojas de conveniência, um terminal logístico de lubrificantes e uma planta de QAV, sendo a segunda maior distribuidora do país vizinho. A empresa atua também na distribuição de fertilizantes líquidos, por meio de dois terminais logístico de armazenamento, a maior comercializadora do Uruguai.

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Depois de se tornar desfalque de última hora do Flamengo para o clássico contra o Botafogo, disputado na noite da última quinta-feira, no Engenhão, onde não pôde atuar por causa de uma entorse no joelho esquerdo, Arrascaeta acabou sendo cortado nesta sexta da pré-lista de convocados pelo técnico Óscar Tabárez para a seleção uruguaia que fará amistosos contra a Hungria, em Budapeste, e a Argentina, em Tel-Aviv (Israel), respectivamente nos próximos dias 15 e 18.

Antes de o meio-campista se lesionar em treino na última quarta-feira, segundo informou o Flamengo apenas no dia seguinte, o clube carioca chegou a solicitar à Associação Uruguaia de Futebol (AUF) a liberação do atleta destas duas próximas partidas da seleção, que ocorrerão em Datas Fifa.

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O Flamengo visava preservar Arrascaeta para a final da Copa Libertadores, no dia 23 de novembro, contra o River Plate, em Lima, no Peru, e também alegou inicialmente à AUF que contava com o jogador à disposição para o duelo com o Grêmio, no dia 17, em Porto Alegre, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com a lesão no joelho que sofreu, porém, agora ainda não é possível prever quando ele poderá voltar a atuar.

Caso se recupere da lesão no joelho nos próximos dias, Arrascaeta também poderia fazer o seu retorno ao time no clássico com o Vasco, antecipado da 34ª jornada da competição, para o dia 13 (quarta-feira que vem), justamente por causa do envolvimento da equipe na decisão da Libertadores.

Substituído por Vitinho na escalação do time rubro-negro que superou o Botafogo por 1 a 0, no Engenhão, e voltou a abrir oito pontos sobre o vice-líder Palmeiras no Brasileirão, o meia uruguaio é tido como desfalque certo para o duelo diante do Bahia, neste domingo, às 18 horas, no Maracanã, pela 32ª rodada do Brasileirão.

Após a vitória sobre os botafoguenses, o elenco rubro-negro se reapresentou para os treinamentos no final da tarde desta sexta-feira, no Ninho do Urubu, onde Arrascaeta também deu continuidade ao seu tratamento intensivo da lesão no joelho.

MARACANÃ ABERTO PARA DECISÃO - O fato de a decisão da Libertadores acontecer em jogo único em Lima não impedirá a torcida do Flamengo de fazer uma grande festa no Maracanã no dia do confronto com o River. O clube confirmou que o estádio será aberto para um evento batizado de "Final Fun Fest - Libertadores 2019", no qual cerca de 50 mil rubro-negros poderão estar presentes e acompanharão a decisão por meio de dez modernos telões de LED, de 60m2 cada.

Também serão espalhados dentro do Maracanã 14 torres de som de alta qualidade para que os torcedores consigam ter uma experiência parecida com a qual estão acostumados em dia de partidas do Fla no local. E esse aparato tecnológico também servirá para que os flamenguistas possam assistir ao jogo das arquibancadas e não precisem acessar a área do gramado, cujo espaço é normalmente usado em dias de grandes shows no estádio. O fato preservará a condição do campo, que depois da final com o River será utilizado pelo time carioca em duas partidas do Brasileirão: uma no dia 27, contra o Ceará, pela 35ª rodada, e depois na 37ª e penúltima jornada do torneio, diante do Avaí.

Como atrativo extra para os torcedores irem ao Maracanã no dia 23, o evento terá, antes do início da decisão, shows musicais dos artistas Ludmilla, Buchecha, DJ Marlboro e Ivo Meirelles. Mas vale lembrar que o acesso ao estádio não será gratuito. Para poder participar do evento, a torcida terá de comprar ingressos cujo primeiro lote terá preços que variam de R$ 30 (setor norte) a R$ 300 (Maracanã Mais). A venda dos bilhetes começará neste sábado, com prioridade para os sócios-torcedores, por meio do site flamengo.com.br/ingressos, sendo que a comercialização para o público em geral será aberta na próxima terça-feira.

INGRESSOS PARA A FINAL NO PERU - Também nesta sexta-feira, o Flamengo divulgou nota oficial para informar que, devido à mudança de sede da final do dia 23 para o Peru, "a Conmebol, organizadora da Libertadores e responsável pelo processo de venda dos ingressos, cancelou todas as entradas que foram compradas para Flamengo x River Plate, que seria em Santiago, no Chile".

O clube, porém, ressaltou que, como compensação para este inesperado contratempo motivados pelo protestos violentos no Chile, "os torcedores que desejarem comprar novamente um ingresso para a decisão, que agora será em Lima, deverão usar o mesmo código que utilizaram na primeira venda" e também confirmou que "a Conmebol informou que os torcedores que compraram ingresso na primeira venda terão um período exclusivo para comprar sua entrada para o jogo em Lima".

Os códigos utilizados anteriormente para a decisão que estava prevista inicialmente para ocorrer em Lima estão disponíveis em http://mengo.com.br/libertadores. "Ainda não está confirmada a data de abertura e nem o período exclusivo da nova venda de ingressos para a final", informou o clube ao encerrar a sua nota oficial.

Depois de cumprir uma suspensão de três meses, aplicada pela Conmebol por criticar a entidade e sugerir a existência de um suposto favorecimento à seleção brasileira durante a última Copa América, Lionel Messi voltou a ser convocado pela Argentina nesta quinta-feira. O astro do Barcelona foi incluído em uma lista de 26 nomes chamados para defender a equipe nacional nos amistosos contra o Brasil e Uruguai, respectivamente nos próximos dias 15 e 19 de novembro.

O confronto diante da seleção brasileira ocorrerá em Riad, na Arábia Saudita, enquanto o duelo com os uruguaios será realizado em Tel Aviv, Israel, e fecharão a temporada dos argentinos, que neste ano foram eliminados pelo time comandado por Tite nas semifinais da Copa América, em Belo Horizonte.

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Depois daquela derrota por 2 a 0 para o Brasil, no Mineirão, a Argentina conquistou o terceiro lugar do torneio ao bater o Chile no jogo seguinte, na Arena Corinthians, onde Messi foi expulso no fim do primeiro tempo após trocar empurrões com o zagueiro Medel. Depois do jogo, revoltado com mais uma atuação da arbitragem, o atacante

desabafou e não poupou críticas ao árbitro equatoriano Roddy Zambrano, que apitou a semifinal entre brasileiros e argentinos. E o astro insinuou que a Conmebol estava agindo de forma corrupta ao reclamar que, no máximo, deveria ter sido punido com o cartão amarelo no duelo com os chilenos.

"Um cartão amarelo resolveria. O que disse na vez passada (depois do jogo com o Brasil) talvez tenha servido para agora. Não fui à premiação (do terceiro lugar) porque nós não temos que ser parte desta corrupção. Nos faltaram com respeito durante toda esta Copa. Não nos deixaram chegar na final", disse Messi, que reclamou anteriormente da não marcação de dois pênaltis a favor da Argentina no jogo diante dos brasileiros e também questionou a isenção do VAR, não utilizado para rever estes dois lances naquela ocasião.

Por causa da punição que recebeu após a competição continental, em uma sanção que também incluiu a aplicação de uma multa de US$ 50 mil, Messi não pôde ficar disponível ao técnico Lionel Scaloni para os amistosos que a Argentina realizou em setembro e outubro. No primeiro destes meses, a seleção empatou com o Chile (0 a 0) e goleou o México (4 a 0). Depois, no mês seguinte, contabilizou um 2 a 2 com a Alemanha e atropelou o Equador por 6 a 1.

Agora novamente liberado para defender a equipe nacional, Messi liderou a lista de destaques convocados por Scaloni, que também incluiu nomes como Paulo Dybala, Lautaro Martínez, Sergio Agüero e Giovani Lo Celso. Estes dois últimos haviam ficado ausentes dos dois amistosos que a seleção disputou neste mês de outubro.

KANNEMANN É CHAMADO - O zagueiro Kannemann foi incluído nesta lista de convocados anunciada nesta quinta-feira e, com isso, vai desfalcar o Grêmio no jogo contra o Flamengo, no dia 17 de novembro, em Porto Alegre, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

E vale destacar o fato de que Scaloni não convocou nenhum jogador do River Plate, tendo em vista o envolvimento do clube na final da Copa Libertadores, contra o Flamengo, no dia 23 de novembro, em Santiago, no Chile. Os únicos atletas que defendem times argentinos que foram incluídos nesta lista foram o goleiro Esteban Andrada, do Boca Juniors, e o meio-campista Nicolás Domínguez, do Vélez Sarsfield.

Confira os convocados da seleção argentina:

Goleiros - Agustín Marchesín (Porto), Juan Musso (Udinese) e Emiliano Martínez (Arsenal) e Esteban Andrada (Boca Juniors).

Defensores - Juan Foyth (Tottenham), Renzo Saravia (Porto), Nicolás Otamendi (Manchester City), Germán Pezzella (Fiorentina), Marcos Rojo (Manchester United), Walter Kannemann (Grêmio), Nicolás Tagliafico (Ajax) e Nahuén Pérez (Famalicao-POR).

Meio-campistas - Guido Rodríguez (América-MEX), Giovani Lo Celso (Tottenham), Leandro Paredes (PSG), Nicolás Domínguez (Vélez Sarsfield), Rodrigo de Paul (Udinese), Marcos Acuña (Sporting), Roberto Pereyra (Watford) e Lucas Ocampos

(Sevilla).

Atacantes - Lionel Messi (Barcelona), Sergio Agüero (Manchester City), Nicolás González (Stuttgart), Lucas Alario (Bayer Leverkusen), Lautaro Martínez (Inter de Milão) e Paulo Dybala (Juventus).

O ex-presidente do Uruguai, José Mujica, mais conhecido como Pepe Mujica, foi eleito senador. Ele havia renunciado ao cargo no Senado ano passado, quando justificou que "estava cansado da longa viagem" e se afastaria "antes de morrer de velho".

Nss eleições gerais no Uruguai, ocorridas nesse domingo (27), os cidadãos votaram para presidente e vice, deputados e senadores.

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Ao decidir voltar para a política, Mujica decidiu se candidatar pelo Movimiento de Participación Popular (MPP), que faz parte da coalizão de esquerda Frente Ampla. O partido vai disputar a presidência em segundo turno, tendo à frente o candidato Daniel Martínez.

Após votar, Mujica disse que deve voltar às ruas para fazer campanha para Martínez, na disputa do segundo turno. A coalizão da qual Mujica e Martínez fazem parte está há 15 anos no poder.

Daniel Martínez enfrentará Luis Lacalle Pou, candidato de direita pelo Partido Nacional. No primeiro turno, Martínez obteve 38,6% dos votos, enquanto Lacalle Pou obteve 28,2%.

Os candidatos que ficaram em terceiro e quarto lugar nas votações, Ernesto Talvi (Partido Colorado) e Guido Maníni Ríos (Partido Cabildo Abierto), receberam, respectivamente, 12,1% e 10,7% dos votos. Ambos anunciaram que apoiarão Lacalle Pou no segundo turno.

Congresso

O Uruguai tem 19 departamentos. A votação de ontem deixou clara a polarização no país. A Frente Ampla, coalizão de esquerda, obteve maioria em 9 departamentos, enquanto o Partido Nacional, de direita, também venceu em 9. O Partido Colorado obteve maioria em 1 departamento.

Com essa divisão, nenhum partido conseguirá a maioria parlamentar no próximo governo e terão de negociar a aprovação das leis. Foram renovados 30 assentos no Senado e 99 na Câmara.

A Frente Ampla elegeu 13 senadores e 41 deputados. O Partido Nacional elegeu 10 senadores e 31 deputados. O Partido Colorado conquistou 4 vagas para o Senado e 13 para a Câmara. O partido Cabildo Abierto, fundado este ano, conquistou 3 vagas para o Senado e 11 para a Câmara dos Deputados. O Partido Independente e o Partido da Gente conquistaram, cada um, um assento na Câmara.

Pela primeira vez em 15 anos, a esquerda uruguaia chega à reta final de uma eleição na defensiva. A Frente Ampla, partido do presidente Tabaré Vázquez, enfrenta hoje nas urnas uma oposição fortalecida e disposta a formar uma coligação capaz de vencer no segundo turno. Nas últimas semanas, porém, um escândalo protagonizado por um líder opositor devolveu a esperança aos governistas.

A Frente Ampla viveu os últimos anos acuada por uma onda de insegurança (o número de homicídios aumentou 46% em 2019), uma crise na educação (com a taxa de ingresso de 50% no nível secundário, quando Vázquez prometeu chegar a 75%) e uma série de irregularidades, como a que envolveu o ex-vice-presidente Raúl Sendic. Ele renunciou após ter dito que era formado em genética humana, quando não era, e após terem descoberto que ele fez uso abusivo de cartões de crédito corporativos quando era presidente da estatal petrolífera, Ancap, no governo de José Mujica.

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O segundo turno está marcado para o último domingo de novembro. Apenas uma vez desde 1966, quando foi feita a reforma eleitoral, um candidato conseguiu ganhar no primeiro turno. Foi Vázquez em 2004, após a crise econômica de 2002.

As pesquisas mostram um avanço da Frente Ampla, cujo candidato é o ex-prefeito de Montevidéu Daniel Martínez, e o estancamento da oposição. A média dos principais institutos (Cifra, Equipos, Opción, Radar e Factum) dá à esquerda 41% das intenções de voto, 27% ao Partido Nacional, 13% ao Partido Colorado e 11% ao Cabildo Abierto, mas a expectativa é que os três últimos se unam contra o governo no segundo turno. O restante se divide entre pequenos partidos e eleitores que votarão em branco ou nulo.

Nas últimas eleições, as pesquisas subestimaram a Frente Ampla. Com base nisso, as alas governistas esperam chegar aos 43% e advertem que esse é o "número mágico" para se ir ao segundo turno em novembro com chances de vencer.

Há fatos de última hora que muitas pesquisas não conseguiram avaliar. Um dos principais dirigentes do Partido Nacional e intendente da cidade de Colônia é, desde quinta-feira, 24, protagonista de um escândalo sexual: vazaram áudios nos quais ele dá a entender que ampliaria os contratos de alguns funcionários em troca de relações sexuais com uma dirigente do partido.

O Partido Colorado, aliado do Partido Nacional, que fez grande parte de sua campanha exaltando o modelo chileno, vem recebendo numa onda de críticas pela situação do Chile. Já o Cabildo Abierto, com forte marca militar, vem advertindo que, se a Frente Ampla ganhar, estas poderão ser as últimas eleições no Uruguai, sugerindo que o país poderia seguir o caminho de Cuba ou da Venezuela - declarações rechaçadas por vários partidos.

Na reta final de campanha, a Frente Ampla conseguiu realizar importantes mobilizações que reuniram 300 mil pessoas em Montevidéu, cidade de 1,4 milhão de habitantes - o Uruguai tem 3 milhões e 2,6 milhões de eleitores.

O Partido Nacional, de centro-direita, é liderado pelo senador Luis Lacalle Pou, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-1995). Sua campanha foi marcada por promessas de encolher o Estado, aumentar o policiamento e devolver à polícia o poder de pedir documentos nas ruas - além de fazer uma reforma na educação que retire dos professores a representatividade nas decisões educacionais.

O Partido Colorado, rival do Partido Nacional até a chegada da democracia, em 1985, é liderado pelo economista Ernesto Talvi, que já anunciou apoio a Lacalle no segundo turno. Como dizia o argentino José Luis Borges, "o que os une não é o amor, mas o ódio" - no caso, à Frente Ampla, a qual esperam tirar do poder. Em troca, Lacalle pode dar a Talvi alguns ministérios.

A terceira força da oposição, é o Cabildo Abierto, que muitos consideram um "partido militar". Seu líder é Guido Manini Ríos, ex-comandante do Exército que foi destituído pelo presidente Vázquez em março. Ele foi afastado após acusar a Justiça de ter abandonado "os princípios mais elementares do direito" - aludindo a julgamentos de militares acusados de crimes de lesa-humanidade durante a ditadura militar (1973-1985).

Ele também é investigado por dar cobertura a um tenente-coronel da reserva que confessou ter jogado num rio o corpo de um preso político. Lacalle Pou depende de Manini Ríos - que, embora tenha adiantado que não apoiará a Frente Ampla, não deixou claro se formará uma coalizão com o Partido Nacional ou com o Colorado.

Plebiscito

Hoje os uruguaios também votarão em um plebiscito, proposto pelo Partido Nacional, para decidir se concedem aos militares o poder de polícia, se serão permitidas blitze noturnas - prática comum nos tempos da ditadura - e se haverá prisão perpétua para quem cometer crimes graves, o que inclui assassinos, molestadores de crianças e autores de homicídios múltiplos.

Para que o projeto seja aprovado, precisa obter 50% dos votos. Pesquisas mostram que a maioria dos cidadãos é favorável às propostas, mas por uma margem tão pequena que há dúvidas sobre o resultado da votação.

Luis Lacalle Pou, Ernesto Talvi e até o líder do Cabildo Abierto, o ex-comandante do Exército Guido Manini Ríos, já se manifestaram contra o projeto, impulsionado pelo ex-pré-candidato à presidência e senador do Partido Nacional Jorge Larrañaga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se o Flamengo não teve jogadores convocados para a seleção brasileira porque Tite preferiu não chamar atletas que atuam no futebol brasileiro, o técnico do Uruguai, Óscar Tabárez, convocou nesta sexta-feira o meia Arrascaeta para dois amistosos em novembro.

A seleção do Uruguai enfrentará a Hungria, dia 15 de novembro, em Budapeste, e tem outro amistoso marcado para o dia 19, ainda sem adversário definido. É possível que o duelo seja contra a Argentina, em Tel Aviv, Israel. E a decisão da Copa Libertadores, em confronto único com o River Plate, em Santiago, ocorrerá logo depois, em 23 de dezembro.

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Dessa forma, Arrascaeta deve desfalcar o Flamengo em duas partidas do Campeonato Brasileiro. Ele não poderá enfrentar o Grêmio, em Porto Alegre, no dia 17 de novembro, pela 33ª rodada, e também deve ficar de fora do clássico contra o Vasco. O jogo contra o rival carioca está inicialmente marcado para o dia seguinte à final da Libertadores e será antecipado, provavelmente, para o dia 13.

O Flamengo pode tentar um acordo para que a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) libere Arrascaeta. Se isso não acontecer, o meia deve se encontrar com a delegação do Flamengo já no Chile, dias antes da decisão.

O jogador é nome frequente nas convocações de Óscar Tabárez. Ele não defendeu o Uruguai nos últimos amistosos em outubro porque se recuperava de lesão no joelho esquerdo, operado no último dia 4. Recuperado do problema, o meio-campista voltou à equipe rubro-negra na goleada por 5 a 0 sobre o Grêmio, na última quarta-feira, no Maracanã, pelo confronto de volta da semifinal da Libertadores.

TREINO - Depois de atropelar os gremistas pelo torneio continental e ganharem uma folga do técnico Jorge Jesus na última quinta-feira, o elenco do Flamengo retornou aos treinos no final da tarde desta sexta-feira, no Ninho do Urubu, onde iniciou a preparação para enfrentar o CSA, neste domingo, às 19 horas, no Maracanã, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Com 64 pontos, o time rubro-negro ostenta dez de vantagem sobre o vice-líder Palmeiras. Neste sábado, a partir das 9 horas, o treinador português comandará a última atividade antes do duelo com a equipe alagoana.

Neste domingo, dia 27, haverá eleições tanto na Argentina quanto no Uruguai. Hoje (24) é o último dia de campanha eleitoral em ambos países. As sondagens mostram uma vitória em primeiro turno da chapa de Alberto Fernandez e Cristina Kirchner na Argentina. As eleições no Uruguai devem ir para o segundo turno.

Nas eleições primárias, em agosto deste ano, os argentinos votaram majoritamente pela volta do kirchnerismo. As primárias, conhecidas como PASO (Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) funcionam como uma sondagem e serviram para definir os partidos e candidatos habilitados a participar das eleições gerais.

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A chapa peronista-kirchnerista composta por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, que atualmente é senadora, recebeu 47% dos votos. Mauricio Macri, o atual presidente do país, recebeu 32%. Caso esses valores se repitam nas eleições de domingo, Fernández e Kirchner levam a disputa em primeiro turno.

Na Argentina, é necessário 45% dos votos ou 40% e dez pontos de vantagem em relação ao segundo colocado. Um eventual segundo turno será realizado no dia 24 de novembro e o novo governo assumirá dia 10 de dezembro.

Cerca de 34 milhões de argentinos deverão votar para presidente, senadores, deputados e governadores.

No Uruguai, as pesquisas apontam para um segundo turno. Para vencer em primeiro turno, o candidato tem que receber 50% dos votos mais um. O candidato com mais intenções de voto é Daniel Martínez, com cerca de 33%. Martínez é do partido de esquerda Frente Amplio, há 15 anos no poder.

Em segundo lugar nas pesquisas aparece Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, de direita, com 25% das intenções de voto.

Em terceiro lugar, praticamente empatados, aparecem Ernesto Talvi, do Partido Colorado, e Manini Ríos, do Partido Cabildo Abierto, ambos com cerca de 11%.

Os uruguaios irão votar para presidente, senadores e deputados. Cerca de 2,7 milhões de uruguaios estão habilitados para votar. Caso haja segundo turno, a votação será no dia 24 de novembro, assim como na Argentina. A posse será no dia 1º de março do ano que vem.

 

As seleções peruana e uruguaia empataram por 1 a 1 nesta terça-feira (15), em amistoso disputado no Estádio Nacional de Lima e marcado pela reação da equipe visitante, que conseguiu arrancar a igualdade mesmo estando com um jogador a menos durante toda a etapa final.

As seleções já haviam se enfrentado em outro amistoso nesta Data Fifa, na última sexta-feira (11), quando os uruguaios haviam triunfado por 1 a 0, no Estádio Centenário, em Montevidéu, com o gol marcado por Brian Rodríguez.

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Esse, portanto, foi o terceiro duelo entre as seleções em 2019, pois as equipes tinham se enfrentado pelas quartas de final da Copa América, com o Peru avançado de fase na disputa de pênaltis após empate por 0 a 0 na Fonte Nova, em Salvador.

Atuando em casa, o Peru iniciou o amistoso desta terça-feira com Cueva, do Santos, e Guerrero, do Internacional, como titulares, mas foi dominado pela seleção uruguaia, que quase abriu o placar com Lozano logo nos minutos iniciais - o jogador do mexicano Santos Laguna acertou a trave em sua finalização.

Mas o controle uruguaio se esvaiu com a expulsão de Martín Cáceres por reclamação com a arbitragem, aos 26 minutos. Logo depois, aos 34, o Peru aproveitou a vantagem numérica para abrir o placar. Na jogada, Advíncula fez bela jogada individual e cruzou para Christofer González finalizar às redes, de cabeça.

O Uruguai, porém, cresceu no segundo tempo do amistoso, a partir das mudanças realizadas pelo técnico Oscar Tabarez, que deram mais organização e ofensividade à sua seleção. Mesmo com um a menos, se lançou ao ataque, enquanto o Peru recuou. E o gol de empate saiu aos 35 minutos. Viña cruzou para Darwin Núñez marcar de cabeça. O jovem atacante, de 20 anos, haviam entrado em campo aos 35 minutos, tendo ido às redes logo na sua estreia pela seleção uruguaia.

Na Data Fifa de novembro, o Uruguai tem um amistoso agendado contra a Hungria, no dia 15, em Budapeste. Já o Peru duelará com a Colômbia, no dia 14, em Miami, e contra o Chile, no dia 19, em Lima.

Apenas nos seis primeiros meses deste ano, mais de 250 mil brasileiros viajaram ao Uruguai, um aumento de 6% em relação ao ano passado. A capital do país,  Montevidéu, Punta del Este, Colônia do Sacramento e Carmelo são algumas das cidades mais conhecidas do país, que tem como pontos fortes o turismo gastronômico, de vinhos, esportes e natureza.

Os brasileiros ficam em segundo lugar no ranking dos visitantes ao Uruguai, atrás apenas dos argentinos. Para se ter uma ideia, em 2018, 466 mil brasileiros estiveram a passeio no país vizinho, muito menos que os mais de 2,3 milhões de argentinos.

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Entre os brasileiros que mais visitam o Uruguai estão, naturalmente, os gaúchos, mais próximos geograficamente. Os brasileiros da região Sul somam, apenas este ano, cerca de 180 mil viagens ao país vizinho. Além da proximidade física, os gaúchos compartilham com os uruguaios vários aspectos culturais, como o hábito de tomar chimarrão (mate, para os uruguaios), a gastronomia (com prevalência das carnes vermelhas e churrascos), o agroturismo e os vinhedos.

A brasiliense Evie Gonçalves, 35 anos, jornalista, viajou ao Uruguai há poucos meses, com a mãe e o avô. Eles estiveram em Montevidéu, Punta del Este, Punta Ballena e Colônia do Sacramento. "Em termos de cidade, eu curti muito Colônia. O estilo de pedra, medieval, tem mais a ver comigo. Montevidéu é incrível, amei a Rambla (avenida à beira do Rio da Prata, que margeia a cidade), percorrê-la de bicicleta foi uma delícia".

Para Evie, o ponto alto da viagem, no entanto, foi conhecer a Casapueblo, em Punta Ballena. O museu, que é uma das principais atrações do Uruguai, tem uma arquitetura que lembra construções gregas. Obra do artista Carlos Páez Vilaró, o museu oferece, todos os dias, a "Cerimônia ao Sol", quando uma poesia de Vilaró é declamada durante o pôr do sol.

"Foi maravilhoso, uma experiência muito linda, ver o pôr do sol no oceano, naquela casa que é maravilhosa, inspira a arte. A arte faz parte da minha vida. Aquele poema recitado ali, exatamente no momento em que o sol se põe, para mim foi ponto alto da viagem", contou Evie à Agência Brasil.

"O Uruguai já era um país que eu queria conhecer há muito tempo, um país vizinho, que considero muito "civilizado" dentro do atual contexto histórico e político da América do Sul. Eu queria conhecer por questões de afinidade mesmo, pela questão da liberação da maconha, que eu acho que qualquer país decente deveria praticar. Mas não só isso. É um país com direitos humanos assegurados, onde as pessoas têm liberdade de ir e vir. É um povo hospitaleiro, que acolhe, que tem políticas sociais muito próximas do que eu considero positivas e saudáveis para um país".

A única crítica que Evie tem ao Uruguai é a questão dos preços. "Achei muito caro. Fiquei chocada com os preços. É mais caro do que algumas cidades da Europa. Para tomar uma cerveja, por exemplo, eu convertia e dava vinte reais", afirma.

Outros destinos

O vice-ministro de Turismo do Uruguai, Benjamin Liberoff, afirmou que cada vez mais brasileiros têm escolhido o país como destino de férias e ressaltou a diversificação das cidades visitadas, aumentando o leque de possibilidades para os turistas. Ele afirmou que a estratégia de divulgação do país no exterior tem sido exitosa, promovendo as qualidades do país, que pode ser desfrutado o ano todo, não apenas nas altas temporadas em Punta Del Este e Montevidéu.

“Somos um país cheio de encanto e simpatia, que está disponível todo ano para os brasileiros. Reforçamos nossa política de bem-estar ao turista”, afirmou Benjamin Liberoff.

Na página do Ministério do Turismo uruguaio, os brasileiros encontram informações em português sobre turismo de aventura e esportivo, náutico, religioso, cultural e histórico, além de praias, termas, cruzeiros e natureza.

Entre os diferentes atrativos uruguaios estão as águas termais de Salto e Paysandú, as praias da Costa de Rocha, os balneários de águas cristalinas de Piriápolis e Cabo Polônio, a reserva natural do Cerro Pan de Azúcar e a cidade de Tacuarembó, onde está situado o Museu de Carlos Gardel, o maior cantor de tango de todos os tempos. Apesar de haver suspeitas sobre a nacionalidade de Gardel, se é argentino ou uruguaio, os moradores de Tacuarembó não têm dúvidas: garantem que era uruguaio.

A data das eleições gerais, tanto na Argentina quanto no Uruguai, se aproxima. Dentro de exatamente um mês, argentinos e uruguaios irão às urnas escolher seus presidentes e vices, senadores e deputados. Na Argentina, votam também para escolher governadores.

Na Argentina, a disputa está entre o atual presidente, Mauricio Macri, representando a coalizão Juntos por el Cambio, e Alberto Fernández, da coalizão Frente de Todos, cuja candidata a vice é a senadora e ex-presidente, Cristina Kirchner. Roberto Lavagna, que é ex-ministro da Economia, aparece como terceiro candidato pela coalizão Consenso Federal.

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Em agosto, nas eleições primárias do país, que funcionam como uma grande pesquisa nacional, a chapa Fernández-Kirchner surpreendeu ao conquistar 47% das intenções de voto, mais do que os 45% necessários para vencer em primeiro turno.

Macri obteve 32% mas está determinado a recuperar a diferença e levar a disputa a um segundo turno.

Após o resultado das eleições primárias, o dólar disparou e Macri se viu obrigado a lançar uma série de medidas para tentar conter a inflação e aliviar um pouco o bolso dos argentinos.

O país enfrenta uma grave crise econômica e social; a inflação este ano deve chegar a 55%; 30% das pessoas vive na pobreza e os sem-teto chegam a quase 10% da população.

Além disso, a Argentina pegou um empréstimo de 57 bilhões de dólares com o FMI no ano passado e agora aguarda o desembolso de uma parcela, que só será paga após as eleições, caso haja acordo com o próximo governo.

Uruguai

No Uruguai, as diversas sondagens apontam para diferentes percentuais, mas todas coincidem que o partido de esquerda, Frente Amplio, do candidato Daniel Martínez, lidera o ranking, com cerca de 30% das intenções de voto.

O Partido Nacional, do candidato de direita Luis Lacalle Pou, vem em segundo lugar, com 23%. Depois, aparecem os partidos Colorado, representado por Ernesto Talvi, e Cabildo Abierto, do candidato Guido Manini Rios, quase empatados, com cerca de 12% das intenções de voto.

Enquanto o Frente Amplio e o Cabildo Abierto vêm crescendo nas pesquisas, o Partido Nacional, com seus representantes conhecidos como "os blancos", e os colorados, vêm caindo.

No Uruguai, para ganhar em primeiro turno, é necessário 50% dos votos mais um. O Partido Nacional aposta levar as eleições a um segundo turno. O vencedor assume a presidência no dia 20 de março de 2020. Na Argentina, a posse será dia 10 de dezembro deste ano.

 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lançou nesta segunda-feira (16), em Ponta Porã (MS), a campanha Movimento Vacina Brasil nas Fronteiras, com ações de fortalecimento da vigilância em cinco cidades brasileiras fronteiriças aos países que compõem o Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai).

“Uma das principais ações é aprimorar e fortalecer as coberturas vacinais, em parceria com todos os nossos vizinhos. Podemos aumentar em muito essas parcerias com os países que fazem fronteira com o Brasil, garantindo proteção para todos”, destacou o ministro, Luiz Henrique Mandetta.

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O Movimento Vacina Brasil nas Fronteiras acontece desta segunda a 27 de setembro. O Brasil enviou 37 mil doses extras da vacina tríplice viral (sarampo) e 4 mil doses de vacina contra a febre amarela para as regiões foco da campanha. Para febre amarela, apenas a cidade de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul, solicitou doses extras ao Ministério da Saúde. Assim, foram enviadas 4 mil doses de vacina à cidade gaúcha.

No Brasil, a ação acontece nas cidades de Ponta Porã (MS), Dioníosio Cerqueira (SC), Barra do Quaraí (RS) e Foz do Iguaçu e Barracão (PR). No Paraguai, em Pedro Juan Caballero e Ciudad del Este. Já na Argentina, a ação acontecerá Bernardo de Irigoyen e Puerto Iguazú. No Uruguai, a vacinação acontece em Bela Unión.

O Brasil registrou 3.339 casos confirmados de sarampo em 16 estados, nos últimos 90 dias. Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul estão entre os estados com surto ativo da doença

No início deste ano, houve a identificação da circulação do vírus da febre amarela na Região Sul do Brasil. Até o dia 31 de maio, foram confirmados 85 casos e 15 óbitos pela doença no país, sendo 14 casos e três óbitos na Região Sul. A maior parte dos infectados são jovens adultos do sexo masculino, que moram ou trabalham em áreas rurais.

 

O tumor maligno nos pulmões do presidente do Uruguai Tabaré Vázquez tem não é operável, informou a imprensa local nesta quinta-feira citando fontes médicas e políticas.

Segundo a mídia, o tumor que afeta Vázquez tem metástases e inicialmente está fora da possibilidade de uma cirurgia.

Oficialmente, a Presidência da República informou que Vázquez iniciou um "tratamento de radiocirurgia em sua lesão no pulmão" e que "ele continuará cumprindo suas funções governamentais regularmente".

O próprio Vázquez relatou sua doença em um comunicado à imprensa e, em uma entrevista subsequente, disse que vai concluir seu mandato, que termina em 1º de março, quando um novo presidente assumir.

O presidente apareceu em várias reuniões oficiais nos últimos dias.

O Uruguai realizará eleições gerais em 27 de outubro e a Frente Amplio (esquerda), no poder desde 2005, busca alcançar seu quarto mandato consecutivo.

Vázquez, oncologista de 79 anos que se tornou um ícone na luta contra o tabagismo, foi diagnosticado com câncer de pulmão duas semanas atrás, depois que um nódulo pulmonar foi encontrado em um exame de rotina.

Integrante da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), o líder do PT no Senado, Humberto Costa, denunciou nesta segunda-feira (26) os crimes cometidos por Jair Bolsonaro em relação ao meio ambiente, que possibilitaram um aumento expressivo de queimadas na Amazônia, e cobrou uma dura medida por parte do bloco contra o presidente brasileiro.

Para Humberto, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao afrouxar as regras de crimes ambientais, desacreditar órgãos competentes, demitir cientistas renomados e apontar ONGs ligadas à preservação da floresta e ambientalistas como culpados pelas queimadas. 

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“O grande responsável pela maior crise ambiental da história do Brasil se chama Jair Bolsonaro, por suas ações, ideias e visão sobre o tema. Já na campanha eleitoral, ele dizia que as riquezas naturais da Amazônia deveriam ser exploradas, que não demarcaria mais nem um centímetro de terras indígenas e que os índios precisavam trabalhar”, afirmou.

  No discurso aos colegas parlamentares, na sede do Parlasul, em Montevidéu, no Uruguai, o senador lembrou que a presença dos povos originários nas terras demarcadas é a maior garantia contra o processo de devastação da floresta. “É indissociável lutar pela Amazônia e denunciar esse governo criptofascista do Brasil. Um governo que odeia a natureza, os índios e condena as políticas de direitos humanos. O Parlasul não pode se omitir a tudo isso”, disse.

O parlamentar ressaltou que o governo Bolsonaro também foi omisso ao não tomar qualquer atitude em relação ao plano de fazendeiros de queimar a Amazônia. Chamada de “dia do fogo”, a ação foi previamente avisada pelo Ministério Público à gestão do capitão reformado, que nada fez. 

“Essa é a triste realidade do Brasil hoje. Essa tragédia não acontece por causas naturais, mas sim por ação do homem. E quem incendeia a mata, a partir dos estímulos de Bolsonaro? São maus produtores rurais, em nome do lucro e do dinheiro, que desconhecem o benefício da preservação das riquezas da floresta; são garimpeiros, que exploram ilegalmente riqueza minerais; e grileiros, que adquirem terras que não os pertencem com base na violência”, pontuou.

Cinco anos após a legalização da maconha no Uruguai, há 47.970 consumidores registrados para se abastecer da droga por meio do cultivo próprio, nos 125 clubes de maconha e nas 17 farmácias que vendem a substância plantada pelo Estado. Mas a produção não é suficiente, o narcotráfico continua a ganhar terreno e o mercado ilegal de cannabis originária do Paraguai está longe de desaparecer.

Diego Olivera, secretário-geral da Junta Nacional de Drogas (JND), argumenta que uma das razões pelas quais muitos se voltam para o mercado ilegal é que as duas empresas produtoras de cannabis para o governo colheram menos que o esperado. "Cada empresa tem permissão para produzir até duas toneladas de flores secas de cannabis - o que é vendido é a flor, não a planta inteira -, mas nenhuma foi capaz de superar os 30% do permitido, cerca de 600 quilos por ano", diz o funcionário. A JND planeja autorizar mais três empresas a produzir a droga antes do fim do ano, o que permitirá uma colheita maior.

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Outro problema apontado pelo próprio governo é a falta das farmácias autorizadas a vender maconha. São apenas 17, das quais 10 em Montevidéu. As demais estão em diferentes locais do interior. Há usuários forçados a viajar centenas de quilômetros para encontrar uma farmácia que lhes venda os 40 gramas que cada consumidor pode comprar por mês. Olivera argumenta que "há outras 30 farmácias que querem entrar no sistema, mas como o que é produzido é limitado, elas ainda não podem se habilitar". Todos os meses, nas 17 farmácias formam-se longas filas de consumidores esperando horas para obter um pacote pelo preço de US$ 1,2 por grama das quatro variedades de cannabis vendidas pelo Estado.

"Uma das razões pelas quais é produzido pouco é que as empresas preferem vender maconha para fora, em vez do Uruguai, pois se paga muito pouco; preferem vendê-la no exterior", diz Laura Blanco, uma das referências da cultura de cannabis do Uruguai. Militante da legalização, ela aconselhou o governo na regulamentação da lei. Países como a Alemanha compraram maconha do Uruguai para fins medicinais.

Laura alega que o principal problema está na lei, que estabelece um preço baixo do medicamento, para competir com os narcotraficantes. "O que não é levado em conta é que 40 gramas de flor não são o mesmo que 40 gramas de cannabis prensadas do Paraguai, com fungos, com o nitrogênio liberado pelo plástico no qual é embalado. São produtos diferentes."

Os consumidores alertam que os clubes de cannabis, que podem agora receber até 45 sócios, devem expandir esse número para 250 ou 300 para se tornarem lucrativos e a taxa não é tão cara. Hoje, para fazer parte de um clube de cannabis, no qual cada consumidor pode levar 40 gramas de drogas por mês, diz Laura, deve-se pagar uma taxa entre US$ 100 e US$ 300.

A legalização também não reduziu o crime. A guerra entre gangues de narcotraficantes é comum em alguns bairros de Montevidéu. Este é um fenômeno que se dirige para a fronteira. Por exemplo, em janeiro tentou-se passar 225 quilos de maconha do Paraguai ao Uruguai, ao longo da fronteira com o Brasil, no Chuí.

Eleição

Ante a possibilidade de que a Frente Ampla - a força política de centro-esquerda que governa o país desde 2005 - perca as próximas eleições em 27 de outubro, surge uma dúvida sobre o que acontecerá com a regulamentação da cannabis caso haja uma mudança política no país.

As últimas pesquisas divulgadas indicam que, embora a Frente Ampla continue sendo a força mais popular, com mais de 37% das intenções de voto; o Partido Nacional (centro-direita), o Partido Colorado (centro-direita), o Partido Independente (centro-esquerda) e o Cabildo Aberto (direita) estão em posição de, juntos, superar 50% dos votos. Caso se unam num segundo turno, em 24 de novembro, teriam condição de vencer a esquerda.

Existem aspectos da lei que não estão de acordo com os dois principais partidos da oposição, o Nacional e o Colorado. Além do fato de continuarem a entrar no país grandes carregamentos de maconha do Paraguai, e a guerra entre gangues de drogas estar cada vez mais evidente em algumas áreas do país, existem aspectos práticos da regulamentação que podem ser revisados. Um deles tem a ver com o fato de que, embora o sistema venha a ser autossustentável, o Estado ainda é obrigado a transferir dinheiro para o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (Ircca), responsável pelo controle da venda de maconha.

Os consumidores também alertam que mudanças devem ser feitas. Argumentam que os clubes de cannabis não são economicamente sustentáveis e a escassez do produto nas farmácias às vezes leva os fumantes registrados a recorrer ao mercado ilegal. Isso é compartilhado pela Frente Ampla, que em seu programa de governo expressa a necessidade de uma maior produção para chegar a todos os consumidores.

O programa da Frente Ampla também adverte que "serão promovidas ações de redução de danos para consumidores problemáticos de drogas ilegais, que serão financiadas com ativos apreendidos do narcotráfico", mas não fala nada sobre as drogas legais como a maconha.

20% de consumidores registrados

No Uruguai, um país com pouco mais de 3 milhões de habitantes, 238 mil pessoas com mais de 17 anos consumiam maconha em 2018, revelou a última Pesquisa Nacional de Consumo de Drogas pelas Famílias. Destes, apenas um em cada cinco era registrado para obter a substância legalmente.

"Isso não significa que todos aqueles que não estão registrados tenham se abastecido no mercado ilegal. Deve-se considerar que se trata de uma substância psicoativa de uso compartilhado. Para cada pessoa registrada para o cultivo doméstico, estimamos que existam pelo menos mais duas que têm acesso à cannabis", diz Diego Olivera, secretário-geral da Junta Nacional de Drogas.

Um estudo divulgado em setembro pela consultoria Factum alerta que enquanto em 2014 - quando as políticas de regulamentação começaram a ser implementadas - 9,3% da população uruguaia declarou ter consumido maconha, em 2017 esse número passou para 15,4%. No Chile, onde não foi realizada uma política de regulação, o consumo nesse período passou de 11,3% para 14,8%.

A Lei 19.172, que regulamentou a maconha no Uruguai, estabelece em seu artigo 12.º que a Junta Nacional de Drogas (JND) é "obrigada a realizar campanhas educativas, publicitárias e de divulgação e conscientização da população em geral sobre os riscos, efeitos e possíveis danos do uso de drogas".

Lacalle Pou, candidato a presidente pelo Partido Nacional, que não apoiou a liberação da maconha, mas concorda com o cultivo próprio, adverte que isso não é cumprido. É o que também diz Ernesto Talvi, candidato a presidente pelo Partido Colorado. "Um dos grandes erros cometidos no Uruguai foi liberalizar a maconha em uma atmosfera festiva. Algumas campanhas foram feitas, mas nestas os danos do consumo foram relativizados. Já existem pesquisas mostrando as consequências disso: segundo um estudo da JND, apenas 40% da população do ensino médio crê que o uso de maconha apresenta riscos à saúde", diz Talvi.

O Tribunal de Contas está analisando as finanças do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (Ircca), a agência responsável pelo controle da venda de maconha. Segundo o jornal El País do Uruguai, embora a estatal possa ser financiada sem assistência do Estado, a cada ano esse instituto recebe cerca de US$ 570 mil pelo que recebe das licenças e permissões para plantar e vender a droga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Presidência da República do Uruguai emitiu um comunicado oficial na tarde de hoje (23) confirmando que Tabaré Vázquez está com um tumor maligno no pulmão.

O oncólogo responsável pelo exame, Mauricio Cuello, informou que "no dia de hoje se realizou a intervenção diagnóstica prevista onde se confirmou a presença de um tumor maligno. O informe definitivo estará disponível nos próximos dias".

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A nota diz ainda que o presidente está em excelente estado de saúde e que superou o procedimento sem complicações. O tratamento que será realizado será definido após o resultado dos estudos ainda em curso.

No início desta semana, Vázquez convocou uma coletiva de imprensa para informar que, em um exame de rotina, havia sido detectado um nódulo no pulmão direito.

Há menos de um mês, no dia 31 de julho, a esposa de Vázquez, María Auxiliadora Delgado, faleceu de infarto. Eles estavam casados há mais de 50 anos. Vázquez tem 79 anos.

Vida marcada

O câncer marcou profundamente a vida de Vázquez. Na década de 1960, ele perdeu a mãe, o pai e a irmã, todos vítimas da doença. Nos anos 1970, Vázquez ingressou no Serviço de Radioterapia da Faculdade de Medicina e, partir de então, dedicou a sua vida à oncologia.

Apesar de já ter sido fumante, Vázquez não fumava há mais de 50 anos. E, após ter deixado o hábito, se tornou um crítico atroz do tabaco. No primeiro mandato como presidente, em 2008, aprovou a lei que proíbe o fumo em locais fechados e impõe restrições severas à publicidade de cigarros.

Vázquez publicou um livro em 2011, intitulado Crônicas de um mal amigo, em que aborda a doença. “É um flagelo da humanidade que chega sem ser chamado, fica sem ser convidado e se desenvolve em organismos sem primeiro levantar suspeitas sobre suas intenções. Um belo dia - melhor dito, um dia ruim - é apresentado em cena no que constitui o último ato de uma longa representação biológica, que passou em silêncio, talvez por muito tempo e que se não diagnosticada em tempo hábil e tratada adequadamente, ele acaba destruindo quem lhe deu abrigo”, escreveu Vázquez sobre o câncer.

 

 

O desemprego no Uruguai registrou no mês de junho, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística do país, 9,8%, o maior índice desde julho de 2007, quando ultrapassou os 10%. O segundo trimestre teve uma taxa de desemprego de 8,9%, também a pior a pior marca dos últimos 12 anos. Estima-se que, no último ano, o país perdeu aproximadamente 15 mil postos de trabalho.

O Uruguai é um país pequeno, que faz fronteira com o Sul do Brasil, e tem uma população de 3,5 milhões de pessoas. Conhecido por ser um país progressista, com forte estabilidade política e social, uma democracia consolidada e com grande segurança jurídica, o Uruguai amarga números negativos em relação ao emprego. Há, atualmente, cerca de 190 mil desempregados no país. O ministro da Economia, Danilo Astori, disse que o emprego é o "principal problema econômico do Uruguai".

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A taxa de emprego, em junho deste ano, ficou em 55,3%, a mais baixa desde 2006, com uma queda de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano passado. Para o trimestre passado (abril, maio, junho), a taxa de emprego entre homens e mulheres variou 16,6%, sendo que 64,9% dos homens estão empregados e 48,3% das mulheres.

Entre os mais jovens (de 14 a 24 anos) e entre os idosos (com mais de 60 anos), a taxa de emprego é menor do que o resto da população. Entre as pessoas de 14 a 24 anos, 47,4% dos homens estão empregados e 35,4% das mulheres. Considerando a população economicamente ativa, entre 25 e 60 anos, cerca de 93% dos homens estão empregados, assim como 78% das mulheres.

Brasil

A taxa de desocupação no Brasil, no trimestre encerrado em junho de 2019, ficou em 12%, o que significa uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. No período anterior (janeiro, fevereiro e março), a taxa tinha ficado em 12,7%. Há 12,8 milhões de pessoas sem trabalho no país.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Peru é semifinalista da Copa América. Após empate por 0 a 0 no tempo normal, o time do técnico argentino Ricardo Gareca derrotou o Uruguai por 5 a 4 nas cobranças de pênaltis, na Arena Fonte Nova, em Salvador, e vai encarar o Chile, nesta quarta-feira, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, por uma vaga na final da competição continental, marcada para o dia 7 de julho, no Rio de Janeiro.

Nas penalidades, Cavani, Stuani, Bentancur e Torreira marcaram para o Uruguai, enquanto que Guerrero, Ruidíaz, Yotún, Advíncula e Flores balançaram as redes para o Peru. O centroavante Luis Suárez perdeu a primeira cobrança uruguaia, defendida pelo goleiro Gallese. Durante o tempo regulamentar, os uruguaios tiveram três gols anulados por impedimento, em lances que envolveram a atuação do árbitro de vídeo (VAR).

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Maior campeão da Copa América com 15 títulos (Argentina tem 14 e Brasil, 8), o Uruguai se despede. A última conquista uruguaia aconteceu em 2011, na Argentina, após derrotar o Paraguai por 3 a 0 na final.

Campeão em apenas duas ocasiões (1939 e 1975), o Peru chega pela terceira vez à semifinal, contando as últimas quatro edições do torneio.

Três das quatro partidas que definiram os semifinalistas da Copa América terminaram empatadas sem gols e foram decididas nos pênaltis: Uruguai x Peru, Brasil x Paraguai e Colômbia x Chile. A outra foi a vitória da Argentina por 2 a 0 sobre a Venezuela.

Uruguai e Peru fizeram um primeiro tempo com poucas chances de gols e tecnicamente ruim. Preocupado em não deixar espaços no setor defensivo, principalmente à dupla Suárez e Cavani, a seleção de Ricardo Gareca foi combativa e taticamente disciplinada, mas não teve forças para chegar ao ataque. Isolado, Paolo Guerrero pouco produziu. A única chance peruana em toda primeira etapa aconteceu aos 43 minutos, após um chute fraco e sem perigo de Flores.

O Uruguai, por sua vez, pecou na criatividade do meio de campo. Falhou na transição da defesa para o ataque e não permitiu que a bola chegasse com qualidade para sua qualificada dupla de ataque. Com o meio congestionado por até seis peruanos, restou as jogadas pelas laterais.

A melhor chance de toda a primeira etapa foi do Uruguai. Aos 28 minutos, Nández cruzou da direita, a zaga peruana afastou mal e Arrascaeta chutou forte para as redes. O árbitro de vídeo entrou em ação e anulou o gol corretamente, anotando impedimento de Nández.

O confronto melhorou no segundo tempo e, logo nos primeiros minutos, cada seleção teve uma boa chance para abrir o placar: Flores acertou a defesa uruguaia no momento da conclusão dentro da área e Godín completou com perigo sobre o gol.

Aos 13 minutos, o Uruguai marcou novamente, mas o árbitro de vídeo anulou o gol, anotando impedimento de Cavani, que havia balançado as redes após encobrir Gallese. Os uruguaios ainda tiveram um terceiro gol anulado pelo VAR. Aos 27, Cáceres cruzou da esquerda e Suárez completou para as redes, mas estava em posição de impedimento.

Após os 40 minutos, o Uruguai se lançou de vez ao ataque na tentativa de evitar as cobranças de pênaltis. Apertou o Peru contra o seu campo, mas não conseguiu criar uma chance clara para marcar o gol da vitória.

FICHA TÉCNICA

URUGUAI 0 (4) x (5) 0 PERU

URUGUAI - Muslera; Giovanni González, Giménez, Godín e Cáceres; Nández (Torreira), Bentancur, Valverde (Stuani) e Arrascaeta; Luis Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

PERU - Gallese; Advíncula, Zambrano, Abram e Trauco; Tapia, Yotún, Cueva (Ruidíaz), Flores e Carrillo (Christofer Gonzáles); Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

CARTÕES AMARELOS - Godín e Valverde (Uruguai); Zambrano e Cueva (Peru).

ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (Fifa/Brasil).

RENDA - R$ 3.134.820,00.

PÚBLICO - 18.083 pagantes.

LOCAL - Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

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