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A Região Metropolitana do Recife (RMR) foi palco de 72 tiroteios envolvendo uma operação policial, entre janeiro e setembro de 2023. No mesmo período de 2022 foram registrados 46 episódios, indicando um aumento de 57% dos casos. Apenas em setembro deste ano houve um total de 11 conflitos armados entre policiais e civis, contra seis em 2022, sendo um crescimento de 83%. Os dados são do último relatório do Instituto Fogo Cruzado sobre violência armada na RMR, divulgado nesta terça-feira (10). 

No total, o levantamento apontou um crescimento geral do número de tiroteios na RMR. Foram 162 disparos de arma de fogo, 41% a mais, em comparação com setembro de 2022, que teve 115 registros. Em relação aos atingidos, 173 pessoas foram baleadas, sendo 46 feridas e 127 vítimas fatais. Em comparação com o mesmo período em 2022, que contabilizou 127 disparos, o aumento no número de mortos foi de 51%, e o de feridos, de 7%, 84 e 43, respectivamente. 

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Resumo do ano 

A pesquisa ainda apresenta dados do período de janeiro a setembro de 2023, que já soma um total de 1.346 tiroteios no Grande Recife, tendo como resultado 1.108 mortos e 420 feridos, totalizando 1.528 pessoas atingidas. O comparativo com o mesmo período de 2022 aponta queda apenas no número de feridos, 10% a menos do que no ano passado, mas com aumento de 15% dos mortos, e de 8% no número de tiroteios. Os primeiros nove meses de 2022 totalizaram 1.245 trocas de tiro, resultando em 964 mortos e 467 feridos. 

Confira dados do levantamento do Instituto Fogo Cruzado 

Entre os municípios mapeados pelo Instituto Fogo Cruzado, os mais afetados pela violência armada em setembro foram: 

Recife: 51 tiroteios, 38 mortos e 15 feridos 

Jaboatão dos Guararapes: 32 tiroteios, 26 mortos e 7 feridos 

Cabo de Santo Agostinho: 21 tiroteios, 16 mortos e 5 feridos 

Olinda: 17 tiroteios, 13 mortos e 6 feridos 

Camaragibe: 9 tiroteios, 11 mortos e 5 feridos 

Paulista: 9 tiroteios, 6 mortos e 3 feridos 

Entre os bairros, os mais afetados pela violência armada foram: 

Prazeres (Jaboatão dos Guararapes): 6 tiroteios, 5 mortos e 1 ferido 

Água Fria (Recife): 6 tiroteios, 3 mortos e 3 feridos 

Tabatinga (Camaragibe): 4 tiroteios, 6 mortos e 5 feridos 

Cajueiro Seco (Jaboatão dos Guararapes): 4 tiroteios e 4 mortos 

Ponte dos Carvalhos (Cabo de Santo Agostinho): 4 tiroteios, 3 mortos e 2 feridos 

Peixinhos (Olinda): 4 tiroteios, 3 mortos e 1 ferido 

Charnequinha (Cabo de Santo Agostinho): 4 tiroteios e 3 mortos 

Boa Viagem (Recife): 4 tiroteios, 2 mortos e 2 feridos 

O perfil da violência armada 

Entre os 127 mortos na região metropolitana em setembro, 50 eram negros, 27 eram brancos, um era indígena e 49 não tiveram a cor/raça revelada. Entre os 46 feridos, quatro eram negros, um era branco e 42 não tiveram a cor/raça revelada.  

Nove adolescentes foram baleados no mês de setembro no Grande Recife: quatro deles morreram e cinco ficaram feridos. Em setembro de 2022, quatro adolescentes foram baleados e sobreviveram. 

Dois idosos foram baleados no Grande Recife em setembro deste ano: um morreu e um ficou ferido. Em setembro de 2022, dois idosos foram mortos a tiros. 

Em setembro, 20 pessoas foram baleadas quando estavam dentro de casa: 16 morreram (11 homens e cinco mulheres) e quatro ficaram feridas (três homens e uma mulher). Em setembro de 2022, nove pessoas foram baleadas dentro de casa: seis morreram (todos homens) e três ficaram feridas (um homem e duas mulheres). 

Houve quatro casos de homicídios múltiplos na região metropolitana do Recife em setembro, resultando na morte de nove pessoas. Em setembro de 2022, houve quatro casos que resultaram na morte de oito pessoas. 

Quatro pessoas foram baleadas durante roubos/tentativas de roubo: duas morreram e duas ficaram feridas. Em setembro de 2022, cinco pessoas foram baleadas durante roubos/tentativas de roubo: todas morreram. 

Uma pessoa foi vítima de bala perdida no Grande Recife e sobreviveu. Em setembro de 2022, 12 pessoas foram vítimas de balas perdidas: duas morreram e 10 ficaram feridas. 

Duas mulheres foram mortas ao serem vítimas de feminicídio por arma de fogo no Grande Recife. Em setembro de 2022 não houve vítimas de feminicídio/tentativa de feminicídio por arma de fogo no Grande Recife. 

Uma pessoa foi morta a tiros quando estava em uma barbearia. Em setembro de 2022, também houve uma pessoa morta a tiros dentro de uma barbearia. 

Duas pessoas foram baleadas quando estavam dentro de bares na região metropolitana: uma morreu e uma ficou ferida. Em setembro de 2022, quatro pessoas foram baleadas dentro desses espaços: duas morreram e duas ficaram feridas. 

Em setembro, cinco agentes de segurança foram baleados no Grande Recife: três morreram e dois ficaram feridos. Em setembro de 2022 não houve agentes de segurança baleados no Grande Recife. 

Cinco mototaxistas foram mortos a tiros na região metropolitana do Recife em setembro deste ano. Em setembro de 2022, dois mototaxistas foram mortos a tiros. 

Dois vendedores ambulantes foram mortos a tiros no Grande Recife. Em setembro de 2022 também houve dois vendedores ambulantes mortos a tiros. 

Um motorista de aplicativo foi morto a tiros em setembro deste ano. Em 2022, nesse mesmo período não houve motoristas de aplicativo baleados. 

Uma gestante foi baleada no Grande Recife em setembro deste ano e sobreviveu. Em setembro de 2022 não houve gestantes baleadas. 

*Com informações da assessoria 

 

A Polícia Civil de Goiás, em conjunto a Assistência Social de Val Paraíso de Goiás, identificou, localizou e prendeu um homem, de 42 anos, investigado por torturar o pai, de 69, e divulgar as imagens na internet. A prisão, efetuada através da Operação Jogos Mortais, ocorreu nessa quinta-feira (5).

Entenda o caso

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Após a divulgação de fotos e vídeos do pai sendo torturado pelo filho, publicados no próprio status de aplicativo de mensagens do investigado, as mídias acabaram sendo difundidas nas redes sociais da região.

A partir da identificação do autor, o idoso foi localizado em situação degradante, com sua dignidade humana sendo violada. A vítima foi encontrada com a vida em risco, sendo imediatamente levada para atendimento médico.

O filho foi preso em flagrante pelas práticas dos delitos de tentativa de homicídio qualificado pela tortura e apropriação de bens, proventos e qualquer outro rendimento de pessoa idosa. Também foi representado pela prisão preventiva do investigado.

Três mulheres foram atropeladas, na tarde da última quinta-feira (28), na Avenida Conselheiro Aguiar, no bairro de Boa Viagem, zona Sul do Recife, após discutirem com a condutora do veículo atravessando na faixa de pedestres. Câmeras de segurança no local registraram o momento em que elas são atingidas e jogadas contra um poste, que cai logo em seguido, devido à força do impacto. As imagens foram replicadas nas redes sociais na tarde desta terça-feira (3). 

Duas das vítimas, uma de 31 e outra de 35 anos, foram resgatadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas, em estado grave, para o Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife. A terceira vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco (CBMPE). 

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Segundo informações, as três mulheres, uma delas grávida, saíam da academia Sante, localizada próximo ao local do acidente. Ao atravessarem na faixa de pedestres, discutiram com a motorista, e seguiram caminhando pela calçada. Quando o semáforo abriu e os carros da frente adiantaram, ela teria acelerado em direção às vítimas, acertando um poste. 

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A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na Delegacia de Boa Viagem como acidente de trânsito com vítima não fatal. A investigação ficou a cargo da Delegacia de Polícia de Delitos de Trânsito.

"A Polícia Civil de Pernambuco informa que registrou, por meio da delegacia de Boa Viagem, no dia 30 de setembro, um Acidente de Trânsito com Vítima Não Fatal. A vítima, uma mulher de 41 anos, estaria transitando em uma calçada, em Boa Viagem, no dia 28 de setembro, quando foi atingida por um veículo conduzido pela autora, uma mulher de idade não informada. Segundo relatos, a vítima foi atingida pelo veículo, que colidiu também em um poste e atingiu mais duas pessoas. A vítima foi socorrida por uma unidade móvel hospitalar e transferida para um hospital local. As investigações seguem até o esclarecimento do ocorrido", esclareceu em nota.

 

Seis homens foram mortos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante supostos confrontos na favela da Cascatinha, em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã da quarta-feira (27). Segundo a PM, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Ambiental e do Grupamento Aeromóvel estavam fazendo patrulhamento na região do Parque Estadual da Pedra Branca quando foram surpreendidos por criminosos que atiraram contra os policiais.

Houve revide e seis suspeitos morreram. Eles chegaram a ser conduzidos pela PM ao hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na zona oeste, onde chegaram mortos.

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A PM apreendeu um fuzil e cinco pistolas que estariam com os mortos.

Segundo a corporação, as vítimas seriam envolvidas com o tráfico de drogas. O nome delas não foi divulgado.

Durante todo o dia, a PM manteve policiamento reforçado na favela da Cascatinha, onde estaria ocorrendo um confronto entre criminosos de facções rivais. Ninguém foi preso.

Após passar um período no Brasil, Antony chegou à Inglaterra nesta quarta-feira (27) para se apresentar à polícia de Manchester e depor no caso de agressão à sua ex-namorada, a DJ e influenciadora Gabriela Cavallin. Ele também foi acusado por outras duas mulheres, a bancária Ingrid Lana e a estudante Rayssa de Freitas, pelo mesmo motivo. O jogador estaria disposto a entregar seu celular à polícia para ajudar as investigações.

As informações são dos jornais britânicos The Times e The Telegraph. Antony estava no Brasil desde o início de setembro, quando chegou a ser convocado pelo técnico Fernando Diniz para os primeiros jogos da seleção nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, contra Bolívia e Peru. No entanto, o atacante foi cortado da lista após as novas acusações - inicialmente, apenas Gabriela havia levado o caso à Justiça. O Manchester United, clube que defende desde a temporada 2022/2023, o afastou temporariamente.

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Na Inglaterra, Antony responderá ao caso de agressão contra sua ex-namorada. O United ainda não definiu o que fará com o atacante após afastá-lo do grupo e aguarda novas atualizações do caso e o desenrolar da investigação. A denúncia de Gabriela veio à tona em junho, após a influenciadora registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher, em São Paulo. Ela decidiu levar o caso para a Inglaterra.

Desde então, Antony utilizou de todos os meios para negar as acusações. Em junho, prestou depoimento em São Paulo sobre o caso. A defesa do jogador chegou a citar que seu relacionamento com Gabriela era "conturbado". Ele também expôs conversas íntimas com a ex-namorada em suas redes sociais. Segundo ele, "estaria sendo obrigado a publicar as mensagens" e que teria ocorrido um encontro "íntimo e consensual" entre os dois. "Esse assunto com essa farsante vai ser resolvido na Justiça", publicou o jogador em suas redes sociais.

"Antony está convencido de que não fez nada de errado e quer sentar-se com os policiais e deixá-los fazer as perguntas. Ele não tem nada a esconder e entregará tudo o que quiserem ver, incluindo seu telefone celular. Ele quer ser inocentado o mais rápido possível para poder retomar sua carreira no futebol sem distrações", afirmou uma fonte próxima ao atleta ao The Sun.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) publicou, nesta terça-feira (26), uma nota de repúdio contra os atos de violência praticados às crianças do Território Indígena (TI) Yanomami, e a permanência de grupos de garimpeiros em áreas protegidas e demarcadas. O órgão exige que medidas sejam tomadas pelo Estado para garantir a proteção dos povos e a retirada completa do garimpo ilegal na região. 

O Cimi se refere a vídeos que foram divulgados nas últimas semanas, que contêm cenas de crianças e adolescentes Yanomami, da macrorregião de Surucucu, sendo amarradas em estacas de madeira por garimpeiros que se negam a sair do território e continuam com a prática do garimpo ilegal. A imagens foram denunciadas, a princícpio, Hutukara Associação Yanomami (HAY). 

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O conselho afirma ainda que as inciativas de proteção que vêm sendo implementadas e acompanhadas pela gestão atual do governo federal “estão aquém do esperado”. São mencionados o Decreto de Crise Sanitária e Humanitária e a instalação da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), mas “contrastam com a realidade evidenciada pelo relatório publicado em julho pelas Associações Hutukara, Wanasseduume Ye’kwana e Urihi”, afirma o Cimi. 

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O que diz o relatório: 

“Embora as ações de Proteção Territorial iniciadas em fevereiro de 2023, baseadas sobretudo na estratégia de ‘estrangulamento logístico’, tenham produzido importantes avanços no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, alguns pontos como a flexibilização do controle aéreo por dois meses, a limitação dos esforços de controle territorial a somente duas bases de proteção e a participação limitada das forças armadas não possibilitaram o real controle da atividade, que ainda persiste em alguns núcleos de resistência na TIY”. 

Diante disso, o Cimi exige: 

– A retirada, em regime de urgência, de todos os garimpeiros do território Yanomami, para evitar uma tragédia maior com crianças, adolescentes e toda população Yanomami nas regiões ainda com presença do garimpo; 

– Que haja uma melhor coordenação das operações que têm a participação da Polícia Federal, Ibama, Exército, Funai e Força Nacional; 

– Que, onde for necessário para garantir a segurança dos indígenas e das equipes dedicadas à assistência da população, seja garantida também a presença das forças de segurança; 

– Que, além da definitiva desintrusão dos garimpeiros, seja efetivada a devida e contínua proteção do território Yanomami, para garantir que as operações de combate ao garimpo tenham efeito duradouro e que o atual cenário de invasões e dilapidação do território não mais se repita. 

O número de estupros registrados pela Polícia Civil no Estado de São Paulo aumentou 13,7% de janeiro a agosto deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. Em 2022 foram 8.401 registros, enquanto que em 2023 o número subiu para 9.554.

Em agosto deste ano foram 1.306 casos, aumento de 10,7% em relação a agosto de 2022, quando foram registrados 1.180 casos.

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Os dados integram balanço divulgado na segunda-feira, 25, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP).

A pasta atribui o aumento dos registros à redução da subnotificação. "De acordo com a doutora Jamila Ferrari, coordenadora estadual Delegacias de Defesa da Mulher, o aumento de registros indica que agora as vítimas possuem mais confiança para procurar a polícia e denunciar os criminosos", afirma o texto.

Segundo a secretaria, os furtos também aumentaram, no acumulado de janeiro a agosto, comparado com o ano passado. Foram 382.966 casos registrados neste ano, número 3,2% maior do que no mesmo período do ano passado.

Apesar da alta no período de oito meses, no mês de agosto houve redução de 0,7% em comparação com agosto de 2023 - foram 49.681 casos em 2022 e 50.010 em 2023.

Os demais índices de criminalidade foram reduzidos. Os homicídios dolosos (intencionais) caíram 10% no acumulado de janeiro a agosto, comparado com o mesmo período de 2022. Foram 1.882 naquele ano e 1.693 casos neste. Segundo a secretaria, o número é o menor registrado para o período desde que a série histórica começou, em 2001.

No comparativo mensal, o recuo foi ainda maior, de 10,5%. Em agosto de 2022 foram 228 ocorrências e neste ano, 204. O total foi o segundo menor registrado em 23 anos, ficando atrás apenas de 2019, que teve um caso a menos.

Também houve queda em todas as modalidades de roubo. Os de carga foram os que mais recuaram, com 6,4% a menos no período de janeiro a agosto: de 4.229 em 2022 para 3.959 neste ano. No mês passado foram registrados 468 roubos de carga, 0,2% a menos do que os 469 contabilizados em agosto de 2022.

Os roubos de veículos diminuíram 18% em agosto: 3.448 em 2022 e 2.827 casos neste ano. O recuo foi de 5,4% no período acumulado de janeiro a agosto: 25.610 em 2022 e 24.235 ocorrências neste ano.

Nos últimos oito meses, os roubos a banco caíram de 13 para 7 ocorrências, e em agosto, de 3 para 1. Já os roubos em geral tiveram queda de 3,1% de janeiro a agosto - foram 153.702 registros em 2023 - e de 7% no oitavo mês do ano, com 18.886 casos.

Os latrocínios também recuaram, alcançando o menor número para o período acumulado desde 2001, quando a série histórica começou. A queda foi de 1,9% de janeiro a agosto, de 105 para 103. No mês, porém, houve dois casos a mais, com 9 registros.

Os furtos de veículos diminuíram 9,4% no mês de agosto (8.724 em 2022 e 7.903 neste ano), mas no acumulado de oito meses houve alta de 1,3%, com 62.972 casos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), com apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR), recuperou, na noite dessa terça-feira (19), um veículo que havia sido roubado minutos antes ao lado da sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR. Na ação, foram recuperados outros dois carros e uma arma de fogo usados no assalto e presos três assaltantes.

Por volta das 18h30, equipes da PRF receberam informações de que um veículo roubado circulava nas proximidades da delegacia da PRF. Um policial rodoviário federal de folga, que estava na região, viu o carro e deu ordem de parada aos ocupantes. Os homens saíram correndo, entraram em outros dois carros que estavam próximos e fugiram.

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Outras equipes PRF realizaram buscas na região e encontraram os dois carros que estavam envolvidos no assalto e prenderam três assaltantes, no Parque Presidente. Equipes da PM-PR prestaram auxílio na captura dos criminosos.

Dentro de um dos carros, os policiais encontraram uma arma calibre 12 e cinco cartuchos. Os ocupantes haviam abandonado os veículos ao verem viaturas policiais circulando em sua busca.

Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que a vítima foi roubada pelos quatro criminosos, no cruzamento das avenidas Paraná e José Maria de Brito, centro de Foz do Iguaçu.

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O vídeo de Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, brigando com um torcedor do clube carioca dentro do Barra Shopping, no Rio de Janeiro, ganhou as redes sociais nesta terça-feira e demonstrou a animosidade da diretoria com sua torcida após o fracasso na primeira partida da decisão da Copa do Brasil com o São Paulo - derrota de 1 a 0 no Maracanã. Após a confusão, os dois foram levados pela polícia até o 16º DP da cidade para prestar depoimentos e dar esclarecimentos sobre o ocorrido.

Depois de mais de quatro horas na delegacia, Braz e o torcedor, identificado como Leandro Campos da Silveira Gonçalves, deixaram a delegacia com seus respectivos advogados. "O Marcos Braz foi envolvido numa perseguição, coisa premeditada. (...) O Marcos Braz estava com a filha dele, uma situação totalmente constrangedora, foi ameaçada a vida dele na frente da filha, e ele tomou uma reação. Ele é a vítima nessa história, ele vai correr atrás dessas pessoas, a polícia vai correr atrás dessas pessoas. Para mim, esse tipo de coisa, ameaça, perseguição, não pode acontecer, isso é crime", explicou Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-geral do clube e do departamento jurídico do Flamengo.

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Abranches afirmou que uma das torcidas organizadas ligadas ao clube carioca criou um disque-denúncia para encontrar jogadores e dirigentes que estivessem bebendo e se divertindo após a derrota do time na primeira partida da final da Copa do Brasil. Leandro Campos é um dos integrantes da torcida em questão.

A confusão desta terça-feira fez com que parte da cúpula da direção do Flamengo começasse a se movimentar para que Marcos Braz fosse retirado do quadro de dirigentes do clube. Contudo, o presidente Rodolfo Landim voltou a afirmar que Braz só sai após o fim do seu mandato.

Versão do torcedor

Já a defesa de Leandro Campos da Silveira vê de maneira diferente a confusão no Barra Shopping. De acordo com a advogada do torcedor, Leandro reclamou sobre o time e a situação do clube com o dirigente e, ao virar de costas e se retirar do local, foi agredido pelo dirigente e seus seguranças. Braz teria mordido sua virilha.

Histórico

A briga de Marcos Braz com o torcedor nesta terça-feira é o terceiro episódio de agressão no Flamengo em pouco mais de 50 dias. No fim de julho, o atacante Pedro levou um soco do preparador físico Pablo Fernández no vestiário da Arena Independência, em Belo Horizonte, após a vitória contra o Atlético-MG. O membro da comissão de Sampaoli foi demitido por Braz.

Já em 15 de agosto, Gerson e Varela trocaram agressões durante um treinamento da equipe no Ninho do Urubu. O lateral teve o nariz fraturado pelo companheiro de equipe na briga. A delegação deve chegar a São Paulo, para o jogo de domingo, no Morumbi, ainda no sábado.

Veja, abaixo, o vídeo do momento da agressão:

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A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu, na manhã dessa segunda-feira (18), um homem de 49 anos, investigado por estupro de vulnerável contra as duas filhas dele, de 11 e 15 anos. A prisão ocorreu no Centro de Linhares, a 137km de Vitória, capital capixaba.

Segundo o delegado Fabrício Lucindo, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares. O suspeito foi localizado e preso pelos policiais civis de Linhares e não resistiu à prisão.

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“Os abusos aconteciam há anos, cerca de sete. Além de abusar sexualmente das duas filhas, ele também as ameaçava e praticava violência psicológica contra a esposa, mãe das crianças. Ao ser interrogado, confessou parte dos crimes e negou outros”, disse Lucindo.

Ao final do interrogatório, o acusado foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) da Serra, onde ficam recolhidos os criminosos que praticam crimes sexuais.

Um torcedor do Newcastle foi esfaqueado na última segunda-feira (18) por um grupo de pessoas em Milão, na Itália, onde sua equipe enfrentará o Milan pela Liga dos Campeões.

As agressões ao britânico de 58 anos aconteceram nas vias Segantini e Gola, na capital da região da Lombardia, e foram protagonizadas por pelo menos oito indivíduos.

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O inglês, que levou uma facada nas costas e outras duas no braço, foi hospitalizado e seu estado de saúde não é grave.

A polícia italiana está investigando o caso para entender os motivos do ataque contra o torcedor do Newcastle. No entanto, ainda não está claro se os agressores eram fãs do Milan.

Da Ansa

A morte de três policiais militares, na noite dessa quinta (15), evidenciou a gravidade da violência na Região Metropolitana do Recife (RMR). Em Camaragibe, dois morreram em uma troca de tiros. Em Igarassu, a terceira vítima morreu em um latrocínio após ser identificada como um policial do Rio Grande do Norte.

O soldado Eduardo Roque e o cabo Rodolfo Silva, de  33 e 38 anos, lotados no 20º Batalhão da PM, foram mortos a tiros quando realizavam uma abordagem no bairro de Tabatinga, em Camaragibe.

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De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), eles chegaram a ser socorridos para um hospital local, mas não resistiram. Uma grávida e um adolescente, que não tiveram as identidades reveladas, também foram baleados.

Em Igarassu, o policial militar do Rio Grande do Norte, Adyniel Ulisses da Silva, de 35 anos, foi morto a tiros próximo ao Atacadão. Quatro pessoas foram detidos e uma delas deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, na Zona Oeste.

A SDS explicou que, a princípio, policiais do 26º BPM realizaram diligências na BR-101, em Goiana, mas não encontram os suspeitos. Posteriormente, foi repassada a informação de que um deles havia dado entrada no Hospital Getúlio Vargas. O criminoso confessou participação no latrocínio e apontou as características do carro usado na fuga pelo outro suspeito.

A equipe tomou conhecimento de um veículo semelhante que havia sido interceptado em Carpina, na Mata Norte. Os ocupantes disseram que receberam um valor do motorista para atear fogo no carro e, em seguida, ele fugiu com outro veículo no sentido Igarassu.

Com as informações, o efetivo montou campana no bairro Agamenon Magalhães e descobriu que a casa em que o suspeito estava escondido era um depósito de carros roubados. Foram apreendidos uma Hilux SW4, um Renault Kwid, um Toyota SW4 e uma Saveiro com restrição de roubo, todos clonados, além de 10 placas de veículos e equipamentos usados na adulteração.

O suspeito informou que dois revólveres calibre 38 usados no latrocínio foram deixados com outros dois comparsas em Camaragibe. Os quatro envolvidos e todo o material apreendido foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para adoção de medidas cabíveis.

A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (ACSPMRN) lamentou a morte. "Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas mais profundas condolências à família, amigos e colegas do Sd PM Ulisses. Que sua memória permaneça viva como um exemplo de bravura e compromisso com o serviço público e que os responsáveis sejam punidos", se posicionou em um comunicado.

Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) criticou o governo do estado pela falta de segurança aos servidores e à população.

“Mais uma vez, é com indignação que observamos a crescente violência que assola a todos em Pernambuco. Este triste episódio reforça a urgência de ações efetivas para conter a onda de criminalidade que assombra a população. Infelizmente, não temos visto o Estado construindo um caminho consistente que comece a diminuir essa curva de violência”, apontou.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira, 14, lei que garante o pagamento de auxílio-aluguel a mulheres vítimas de violência doméstica em situação de vulnerabilidade socioeconômica. De acordo com informações do Palácio do Planalto, a lei garante o benefício por até seis meses e o valor vai depender das condições de vulnerabilidade e do município em que cada vítima se encontra.

O projeto foi aprovado em agosto pelo Congresso Nacional. O texto inclui o benefício entre as medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha. De acordo com a secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, a matéria não teve veto pelo presidente.

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A medida possibilita que as vítimas encontrem moradia adequada quando se depararem com situações de ameaça, hostilidade e violência que tornem necessária a saída das moradias. O pagamento do auxílio-aluguel será concedido por um juiz e financiado por Estados, municípios e o Distrito Federal, por meio do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e do Fundo de Assistência Social.

A sanção foi comemorada por Lula no Twitter. "Sancionei, ao lado de representantes do Ministério das Mulheres e de Janja da Silva, a lei que garante o auxílio-aluguel para mulheres vítimas de violência doméstica. Importante apoio para a proteção das mulheres e para romper o ciclo de abusos", disse o presidente. "O governo federal está comprometido com a vida das mulheres", acrescentou.

A primeira-dama Janja da Silva também celebrou a sanção, classificando como "mais uma vitória para as mulheres". "Juntas, vamos seguir garantindo direitos e conquistando mais dignidade para todas as mulheres", comentou.

A Polícia Civil do Rio investiga as circunstâncias da morte de Júlia Vieira Ribeiro, de 24 anos. O corpo dela foi encontrado desmembrado dentro de uma lixeira na região de Madureira, zona norte do Rio, no domingo (10). A jovem, que era mãe de dois filhos, estava desaparecida havia uma semana.

De acordo com a Polícia Militar, agentes do 9° BPM (Rocha Miranda) foram acionados no domingo para verificar a ocorrência de homicídio na Rua Conselheiro Galvão, em Turiaçu. No local, os PMs encontraram o corpo e isolaram a área até a chegada de policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que assumiu as investigações do caso.

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A jovem foi decapitada, teve o corpo desmembrado e enrolado em um cobertor. Com a brutalidade do caso, uma das linhas de investigação da polícia é de que a Júlia tenha sido morta por traficantes da região.

O Disque-Denúncia do Rio colocou seus serviços à disposição para quem tiver qualquer informação sobre o caso. Os telefones são o (21) 2253 1177 e 0300-253-1177. Também é possível fornecer informações por WhatsApp pelo número (21) 2253 1177. O aplicativo utiliza uma tecnologia que não registra informações do contato.

Uma jovem de 22 anos morreu após ser atingida por uma bala perdida em meio a uma operação policial em Santos, no litoral paulista, na noite de sexta-feira, 8. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), outras três pessoas ficaram feridas, entre elas um policial.

Conforme as investigações, uma equipe do 2º Batalhão de Ações Especiais (Baep) realizava patrulhamento no bairro Castelo, na cidade litorânea, quando por volta das 18h30 um suspeito em uma bicicleta efetuou disparos contra a viatura que se aproximava da comunidade.

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"Um soldado foi atingido pelos disparos na região do ombro. Três pessoas que estavam nas imediações também ficaram feridas e foram socorridas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Noroeste, sendo que uma mulher de 22 anos não resistiu aos ferimentos", afirmou a SSP. O soldado baleado foi internado e permaneceu em observação na Santa Casa de Santos.

Em diligências nas imediações do local, os policiais militares localizaram drogas e uma arma de fogo, segundo informações da secretaria.

O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de entorpecentes e lesão corporal na Central de Polícia Judiciário de Santos. O criminoso conseguiu fugir. "Todas as circunstâncias do caso estão sendo investigadas pela Polícia Civil", acrescentou a SSP.

Questionada, a secretaria não informou se o patrulhamento tem relação com a busca pelos suspeitos que assassinaram um sargento aposentado, na tarde da mesma sexta-feira, na frente de sua casa em São Vicente.

De acordo com a SSP, os autores dos disparos estavam em duas motos na Rua Juarez Távora, quando balearam o sargento Gerson Antunes Lima, de 55 anos. Ele chegou a ser socorrido no Pronto Socorro Vicentino, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) instaurou investigação nesta sexta-feira, 8, para apurar o caso de uma criança de 3 anos que foi baleada durante abordagem da corporação no Rio de Janeiro. Em nota, a PRF afirmou que vai investigar com "com legalidade, rapidez e transparência" os fatos envolvendo o caso. Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cobrou explicações da PRF a respeito do ocorrido.

Na noite de quinta-feira, 7, uma menina de 3 anos foi baleada enquanto estava no carro da família, passando pelo Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense. A família passava pela via quando foi alvo de disparos. Segundo o pai da criança, os tiros partiram da PRF. Um dos disparos atingiu a coluna e a cabeça da criança.

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Em nota, a PRF disse que a abordagem foi em um veículo roubado. A corporação afirmou ainda que medidas internas preventivas e disciplinares serão reforçadas e destacou um artigo de uma portaria interministerial que impede o uso de arma de fogo em abordagens a veículos, exceto em casos nos quais haja risco imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros.

Dino disse em suas redes sociais que mandou acelerar a revisão de manuais de procedimentos da PRF. "Sobre a tragédia com uma criança de 3 anos no Rio de Janeiro, já solicitei esclarecimentos e providências aos órgãos de direção da PRF naquele Estado", escreveu. "

Estou aguardando a resposta, que será comunicada imediatamente. E mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve", afirmou o ministro.

Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, a criança deu entrada no Hospital Adão Pereira Nunes às 21h07 com perfuração região cervical esquerda, além da lesão no couro cabeludo. A menina segue internada em estado grave.

A reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi invadida por um grupo de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) nessa sexta-feira (1). Na ação violenta, os invasores usaram spray de pimenta e agrediram duas mulheres que estavam no local.

Segundo um boletim de ocorrência registrado por uma das vítimas, o grupo, composto por oito pessoas, provocou confronto dentro do complexo universitário. As mulheres ainda informaram que os invasores, durante a ação violenta, chamavam os alunos de "vagabundos".

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Em nota, a UFPR condenou as ações e afirmou que o grupo foi liderado por três homens: João Bettega, ex-candidato a deputado estadual pelo Partido Novo, Gabriel Costenaro e Matheus Faustino. Eles começaram a fazer filmagens dentro do edifício, que abriga diversos cursos da área de Humanas, além de pró-reitorias e uma biblioteca.

Invasores passam pela funcionária agredida. Imagens do circuito interno fornecidas pela UFPR

"Estamos atualmente avaliando todos os detalhes deste incidente para tomar as medidas adequadas e inclusive jurídicas, se necessárias", diz o comunicado.

Segundo a universidade, a outra funcionária terceirizada que foi agredida pelo grupo do MBL, optou em não registrar queixa, pois se sentiu ameaçada.

Imagens de ferimentos sofridos pelas vítimas. Fotos: Divulgação/UFPR

Através de suas redes sociais, os invasores disseram que foram até o local para mostrar inscrições consideradas por eles como elogios ao anarquismo e ao comunismo. Seria uma “defesa do patrimônio público”. Eles foram expulsos pelos estudantes das graduações existentes no edifício invadido.

À imprensa, a Polícia Civil informou que ainda não foi notificada sobre o caso.

Confira o comunicado da UFPR na íntegra:

“Repudiamos a Violência:

Em relação ao lamentável incidente ocorrido no Prédio D. Pedro I da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no dia 01 de setembro, a UFPR deseja manifestar seu profundo repúdio a qualquer ato de violência em nossas instalações, independentemente da sua natureza e das partes envolvidas. A integridade e segurança de nossa comunidade acadêmica são prioridade para nós.

Estamos atualmente avaliando todos os detalhes deste incidente para tomar as medidas adequadas e inclusive jurídicas, se necessárias. De acordo com as informações disponíveis, um grupo de oito pessoas, autodenominados membros do MBL, liderado por Gabriel Costenaro e Matheus Faustino, juntamente com outros indivíduos, ingressou no Prédio D. Pedro I e começou a registrar imagens e vídeos no 6º andar.

Os vigilantes intervieram e também informaram aos manifestantes que a filmagem e fotografia nas instalações da UFPR requerem autorização prévia da Superintendência de Comunicação, conforme é rotineiramente solicitado, inclusive pela imprensa. Uma trabalhadora terceirizada, ao notar a movimentação na sala, se aproximou para entender o que estava acontecendo e infelizmente foi agredida, com um soco no estômago, por um dos membros do MBL.

Nesse ponto, um grupo de alunos, ao término de uma aula, em frente a sala, também se manifestaram, invocando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e se recusou a permitir o uso de suas imagens. Apesar disso, os membros do MBL continuaram a filmar e fotografar, gerando um aumento das tensões.

A situação escalou quando desceram pelas rampas e o conflito chegou à rua, resultando em uma aluna da UFPR sendo agredida, jogada ao chão e sofrendo ferimentos. Os manifestantes tentaram alegar que eram as vítimas, mas os estudantes envolvidos no incidente prestaram depoimentos e registraram o ocorrido na delegacia.

A UFPR quer enfatizar que a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis prestou todo o apoio necessário à trabalhadora terceirizada e a aluna ferida, acompanhando-a até a delegacia para registro do Boletim de Ocorrência e realização do exame de corpo de delito. Estamos ainda à disposição para oferecer suporte adicional no que seja necessário.

É de extrema importância ressaltar que a UFPR condena veementemente ações de grupos organizados que buscam promover invasões e confrontos com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais.

Estamos absolutamente comprometidos com a manutenção de um ambiente de paz, onde todas as vozes podem ser ouvidas e respeitadas. A Universidade Federal do Paraná reforça que é absolutamente contra qualquer tipo de violência física, verbal ou simbólica.”

Policiais civis prenderam, nessa sexta-feira (1), em Guapimirim, no Rio de Janeiro, um homem acusado de agredir violentamente e torturar os quatro enteados, todos menores de idade. O suspeito teria feito as crianças lamberem urina e passarem fezes no rosto.

Cronologia da covardia

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De acordo com os agentes, a mãe das crianças trabalha na cidade do Rio de Janeiro e sai de casa na madrugada de segunda-feira, retornando somente na sexta-feira à noite. Na última sexta-feira (25), o autor proibiu as crianças de saírem de casa, mas foi desobedecido, o que lhe causou muita raiva. Como a mãe das crianças voltaria para casa naquela noite, ele nada fez contra elas.

Na segunda-feira (28), após sua companheira sair de casa para trabalhar, o acusado acordou as crianças, trancou a porta do quarto, para evitar que corressem, mandou que todas ficassem nuas, apesar do intenso frio, e começou a espancá-las com cabo de vassoura, até que este se quebrasse. Em seguida, ele pegou um pedaço de madeira e continuou a espancar as crianças, chegando a quebrar dois dedos da mão de um menino de 9 anos, além de dar várias mordidas pelo corpo de outro, de 4 anos.

As crianças, diante do sofrimento e da dor que sentiam, urinaram e defecaram no cômodo e, por isso, o homem obrigou que os dois mais velhos, de 9 e 10 anos, lambessem o chão até secá-lo. Ele fez as crianças beberem a urina e passarem as fezes no rosto, por achá-las responsáveis pela desobediência de sexta-feira.

Na quarta-feira (30), a avó materna das crianças, estranhando o fato delas não terem ido ao colégio durante a semana, desconfiou e foi até a casa, mas foi proibida pelo acusado de entrar, dizendo que estava tudo bem. Vizinhos contaram para a avó que ele agredia violentamente as crianças. A mulher questionou o autor sobre o estado lastimável dos menores, mas ele disse que eles haviam caído da escada. Ela retirou os netos do imóvel e os levou para sua residência.

Polícia acionada e depoimentos

Na madrugada de quinta-feira (31), o caso foi comunicado na a delegacia. As crianças mais velhas foram ouvidas e confirmaram as agressões. O autor também prestou depoimento e disse ter "perdido a cabeça". Contra ele, foi cumprido mandado de prisão preventiva pelo crime de tortura, na forma da Lei Henry Borel.

O que fez a sociedade ser tão agressiva? Porque a violência não dá mais espaço para o diálogo? As causas estão atreladas a uma série de fatores sociais, mas, sem dúvida, também se relacionam em como a primeira infância foi negligenciada nas gerações anteriores. Uma das referências no estudo da criança no Brasil, o pós-doutor e especialista em Neuropsicologia e Psicologia Cognitivo-Comportamental, Hugo Monteiro, apontou que os pais podem despertar sentimentos negativos nos filhos quando adotam práticas normalizadas no passado.

A aproximação com filhos pequenos na pandemia atraiu os pais à Educação Positiva, que se apresentou como uma saída consciente e afetiva à educação violenta. Baseado na parentalidade focada nos pontos positivos da criança, o processo educativo incentiva os elogios, a calma, a compreensão e a paciência nas primeiras fases da vida para que os limites se estabeleçam sem provocar traumas.

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Para a criação de filhos mais confiantes e empáticos no futuro, Hugo Monteiro ressalta que eles precisam ser positivados o tempo todo. A proposta é orientar ao invés de violentar física e psicologicamente.

"A criança que recebeu violência vai trazer violência de volta", traçou o estudioso, que também é professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e dirigente do Instituto Menino Miguel.

"Tudo tem que ser feito com calma e sem raiva, sem bater e sem impor [...] é importante que a criança sinta que o que vem do pai e da mãe é verdadeiro e quando vier algum limite, não venha com raiva", complementou ao pontuar sobre a importância da relação saudável.

O efeito reverso do "não"  

Situações do dia a dia como mandar engolir o choro e tentar conter a criança com força se opõem às indicações da psicologia positiva. Insistir na palavra "não" também pode ressoar como um contraestímulo e causar o efeito reverso: “se você quer que a criança pare de morder e você diz 'não morda', esse comando vai ser entendido pela criança como um reforço que intensifica o morder", descreveu o professor.

O "não" deve ser usado sem constranger a criança e, por mais que seja difícil de deixar de usar na prática, é importante tentar colocá-lo em um sentido mais afetivo, em um tom acolhedor.

O grito não educa

Alguns reflexos da educação violenta são observados ainda na infância, como o choro e o medo excessivo, a facilidade em se irritar e a menor sociabilidade. Outros sinais mais característicos também são comuns, a exemplo da criança que convive em um ambiente de gritaria ter o hábito de colocar a mão no ouvido. "Toda educação com grito é uma deseducação", aponta Hugo Monteiro.

Ele explica que o grito acaba sendo entendido como 'uma pancada' quando é transmitido para o sistema nervoso central. "A educação que grita é uma educação que atrapalha, uma educação que fecha o diálogo", orienta.

Castigo pode atrapalhar

Para não recorrer à palmada, alguns pais optam pelo castigo. Hugo Monteiro sugere que o recurso até pode ser usado, mas não é a saída para o problema da falta de limites estabelecidos.

"Castigo é sempre ruim”, considerou. “A criança vai entender que toda vez que ela errar, ela vai mentir para você. Os pais que castigam os filhos é quase como se eles estivessem dizendo: na adolescência você não vai me dizer a verdade", afirmou o professor.

Mas como a criança pode entender que fazer determinada coisa é proibido? Hugo Monteiro coloca a educação como uma construção diária, em que o aprendizado precisa ser consistente. Essa construção passa pelos limites colocados pelos pais, mas que eles também precisam abrir concessões para entender os filhos e garantir que obtenham autonomia.

Por exemplo, a criança que risca todas as paredes da casa e recebeuma palmada na mão vai continuar com vontade de riscar. "Ele precisa desenvolver essa habilidade, mas se eu deixar uma parede dentro da minha casa para que ele faça só isso, ele vai saber que ele tem aquele lugar para fazer isso”, concluiu Monteiro.

Mês da Primeira Infância

Em julho deste ano, a Presidência sancionou a Lei 14.617, que oficializou agosto como o Mês da Primeira Infância. A intenção é promover ações de conscientização sobre a atenção integral às gestantes e às crianças de até 6 anos de idade e a suas famílias.

Fotos: Pixabay

As autoridades da Índia prometeram no sábado, 26, tomar medidas depois de uma professora primária do norte do país ter ordenado aos seus alunos que se revezassem para bater em um colega muçulmano. A cena foi gravada e provocou indignação nas redes sociais.

A filmagem mostra uma professora de uma escola particular em Uttar Pradesh ordenando, na quinta-feira, 24, que seus alunos batessem em seu colega de sete anos, supostamente porque ele errou na tabuada. "Investigamos e descobrimos que a mulher afirmou no vídeo que os estudantes muçulmanos são mimados pelas mães e não prestam atenção aos estudos", disse o Superintendente de Polícia de Muzaffarnagar, Satyanarayan Prajapat, em um comunicado em vídeo.

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"Por que você bate tão pouco nele? Bata nele com força", ouve-se as crianças dizendo, enquanto o colega fica chorando. "Ele começa a bater na cintura dele (…) o rosto dele está ficando vermelho, bate mais na cintura", acrescentou. O menino de sete anos agredido chora enquanto vários de seus colegas se revezam para agredi-lo, instigados pela professora.

O superintendente de polícia Satyanarayan Prajapat disse que a filmagem foi verificada. "Serão tomadas medidas cabíveis contra a professora", afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais. O pai da vítima apresentou queixa à polícia distrital de Muzaffarnagar, onde ocorreu o incidente, informou o magistrado em outro vídeo.

O acontecimento gerou uma onda de indignação no país asiático, onde políticos e cidadãos denunciaram o que aconteceu em Muzaffarnagar em meio a uma crescente atmosfera de ódio contra as minorias, especialmente os muçulmanos, que representam cerca de 15% da população indiana.

Grupos de direitos humanos alertam que os crimes de ódio e a violência contra a minoria muçulmana da Índia aumentaram desde que o primeiro-ministro nacionalista hindu, Narendra Modi, chegou ao poder em 2014.

O líder da oposição, Rahul Gandhi, culpou o partido governante Bharatiya Janata (BJP) por alimentar a intolerância religiosa no país de maioria hindu. "Semeando o veneno da discriminação nas mentes de crianças inocentes, transformando um lugar sagrado como a escola num mercado de ódio", postou ele no X (antigo Twitter).

"Não há nada pior que um professor possa fazer pelo país", acrescentou. "Este é o mesmo querosene espalhado pelo BJP que incendiou todos os cantos da Índia", continuou ele. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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