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As imagens que ganharam repercussão nacional geram revolta na Índia: duas mulheres, nuas, cercadas por um grupo de homens, alguns armados com pedaços de madeira. Enquanto são arrastadas pela multidão violenta para um terreno descampado, elas choram e tentam se cobrir, mas nada adianta.

O caso é tratado como sequestro, estupro coletivo e homicídio já que o irmão de uma delas foi morto tentando protegê-la. "Fomos forçadas a nos despir e desfilar ou então eles teriam nos matado", disseram a um grupo de ativistas que presta suporte às vítimas.

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Nas redes sociais, o governador Biren Singh disse que até então não tinha conhecimento do vídeo, que definiu como uma ato "profundamente desrespeitoso e desumano". Ele acrescentou que a polícia agiu "imediatamente" depois de tomar conhecimento das imagens e destacou ainda que "não há lugar para tais atos hediondos". No comunicado, Biren ainda prometeu que adotará medidas "rigorosas" para os responsáveis, inclusive considerando a possiblidade de pena de morte.

As imagens, gravadas no início de maio, tomaram as redes sociais agora e são motivo de revolta. Em nova Délhi, a sessão do Parlamento indiano foi interrompida por legisladores que exigiam uma discussão sobre a violência.

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O chefe da Justiça indiana disse que a Suprema Corte ficou "profundamente perturbada pelas imagens" e prometeu que tomará providências se o governo não agir.

No plano de fundo, está um embate étnico deflagrado há semanas no estado. As vítimas são da tribo Kuki-Zo, uma minoria predominantemente cristã, e os criminosos seriam da maioria hindu Meitei.

O Fórum de Líderes Tribais Indígenas condenou o crime que chamou de "doentio" e denunciou a violência contínua na região. "O estupro coletivo das mulheres aconteceu depois que a vila foi incendiada e dois homens - um de meia-idade e outro adolescente - foram espancados até a morte pela multidão", afirma a nota.

Conflito deflagrado no estado

Parte da demora para que o vídeo se espalhasse se explica pelos bloqueios à internet em Manipur, tática que tem sido adotada pelo governo em resposta ao conflito no estado, onde vivem 3,7 milhões de pessoas.

A disputa foi motivada por uma proposta do governo que aumentava a reserva que vagas em cargos públicos e no sistema de educação para os hindus Meitei. O conflito já deixou mais de 130 mortos e obrigou dezenas de milhares de pessoas a saírem de casa.

O governo se manteve em silêncio até que a repercussão do vídeo levou o primeiro-ministro Narendra Modi, um nacionalista hindu, a condenar a violência contra as mulheres brutalmente atacadas, mas sem citar diretamente o conflito étnico.

"O incidente que veio à tona em Manipur, para uma sociedade civilizada, é uma vergonha", disse Modi, que comanda a Índia desde 2014.

Violência contra mulheres na Índia

O episódio também expõe outro problema na Índia: a violência de gênero. Um dia depois que o vídeo foi gravado, duas outras mulheres da etnia Kuki-Zo foram trancadas em um quarto e violentadas por pelo menos seis homens antes de serem encontradas mortas, relataram pessoas da comunidade.

Em um dos casos mais emblemáticos da violência que as mulheres sofrem na Índia, a jovem Jyoti Singh, de 23 anos, foi vítima de um estupro coletivo pelo motorista de ônibus de Nova Délhi e cinco cúmplices. Depois de violentada, a estudante foi jogada do ônibus, nua, e morreu duas semanas depois do ataque em razão dos ferimentos que sofreu. Um crime que repercutiu no mundo inteiro, há pouco mais de 10 anos.

Revoltadas, as mulheres indianas exigiram justiça e enfrentaram a repressão policiais aos protestos. Em resposta às manifestações o governo da época reformou a legislação para ampliar a compreensão de violência contra a mulher e instituiu punições mais duras, incluindo a pena de morte.

Mas nada disso tem surtido efeito na prática, como mostram os números.

Em 2012, o ano dos protestos, o país teve 24.923 casos de estupro. Em 2021, o último que se tem registro, o número de estupros saltou para 31.600, segundo dados do próprio governo. Isso significa que, a cada dia, 86 mulheres foram estupradas na Índia. A realidade deve ser ainda mais cruel considerando que muitas vítimas não procuram ajuda por medo ou vergonha e o estupro costuma ser um crime subnotificado.

O país chegou considerado o mais perigoso do mundo para as mulheres, segundo uma pesquisa da Fundação Thomson Reuters de 2018.

Um exemplo recente desse estado constante de violência contra as mulheres foi o assassinato brutal de uma adolescente, em Nova Délhi, há pouco mais de um mês. A meninas de 16 anos foi vítima de 34 facadas em uma área movimentada da capital indiana. O vídeo de cerca de um minuto gravado por uma câmera de segurança mostrou várias pessoas andando na rua, sem fazer nada, enquanto a adolescente era esfaqueada.

Segundo informações da imprensa local, o homem preso pelo crime afirmou em depoimento que conhecia a adolescente há dois anos e ficou furioso quando ela decidiu terminar a relação. O chefe da polícia tratou o caso como um "crime passional".

Policiais civis do Rio de Janeiro apreenderam, nessa terça-feira (18), um adolescente por fato análogo ao crime de roubo. Em depoimento, o jovem disse que roubava os carros por encomenda e que recebia R$ 3 mil por veículo. 

Ele foi capturado após trabalho de inteligência e monitoramento. Contra ele foi cumprido um mandado de busca e apreensão.

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Segundo os agentes, o adolescente roubou um veículo com um comparsa. Após perseguição, ele abandonou o carro, entrou em um ônibus, mas foi localizado e apreendido. O jovem foi encaminhado para uma unidade socioeducativa e, em seguida, colocado em liberdade. No entanto, o adolescente descumpriu as medidas impostas e a Justiça determinou a captura dele.

A investigação continua para identificar outros envolvidos no crime.

Com informações da assessoria da PCRJ

A Polícia Civil do Paraná prendeu um homem, de 45 anos, por estupro contra a esposa, de 42. A captura aconteceu na sexta-feira (14), no bairro Cajuru, em Curitiba, mas foi divulgada nesta quarta (19).

Ele ainda é suspeito de cometer outros crimes contra a vítima como lesão corporal, injúria, ameaça, dano, perseguição e descumprimento de medidas protetivas de urgência. 

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De acordo com as investigações, o indivíduo foi noticiado em pelo menos sete boletins de ocorrência envolvendo a mesma vítima.

- No dia 26 de junho, o suspeito a agrediu fisicamente a vítima, com puxões de cabelo e socos. Além de ter danificado pertences da esposa. 

- Já no dia 2 de julho, o indivíduo ameaçou matar a vítima e os pais dela.

- Ainda no início de julho, ele descumpriu a medida protetiva e ligou para ela, enviando áudios e pedindo desculpas pelas agressões anteriores. 

“Houve o registro, entre os anos de 2019 a 2021, de outros boletins de ocorrência na Delegacia da Mulher em Curitiba por crimes de estupro, ameaça, injúria, perseguição, lesão corporal e dano. Em dezembro de 2020, teria agredido a vítima com barra de ferro e forçado ela a praticar relações sexuais", afirma o delegado da PCPR Emanuel Almeida.

Com informações da assessoria da PCPR

A Polícia Civil de Goiás prendeu um enfermeiro, nesta terça-feira (18), em Santa Helena de Goiás, investigado pelo crime de estupro de uma paciente que estava inconsciente.

A vítima foi submetida a atendimento médico no Hospital Municipal de Rio Verde, em 2022 e, no momento em que estava sedada, sob influência de forte medicação e sem a possibilidade de oferecer qualquer forma de resistência, o enfermeiro, que estava responsável pelo atendimento, abusou dela sexualmente.

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Foram realizados exames de DNA que pudessem comprovar que o material localizado na mulher pertencia ao homem. O enfermeiro foi preso pelo crime de estupro de vulnerável, por equiparação, que prevê pena de oito e quinze anos, e se encontra à disposição do Poder Judiciário.

 

 

Um árbitro foi espancado e desmaiou em campo, durante uma partida de futebol amador em Sarandí, na Argentina, no último sábado (15). O juiz foi levado às pressas para o hospital e segue internado.

Durante a partida, um jogador discordou de uma marcação, foi reclamar, empurrando o representante da arbitragem, e acabou recebendo cartão vermelho.

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Nesse momento, outro atleta correu e desferiu socos no rosto do juiz, que caiu no chão. Em seguida, o jogador chutou a cabeça do árbitro, que ficou no chão desmaiado. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

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Policiais civis de Alagoas e Pernambuco efetuaram a prisão do segundo suspeito de envolvimento no assassinato de Lucas José da Silva. Ele é pai do outro suspeito, já preso desde 4 de junho passado. O homem foi morto com pauladas e facadas, em 8 de janeiro deste ano em Arapiraca, no Agreste alagoano. O crime chocou o Estado porque os suspeitos prometeram "beber o sangue" da vítima.

O suspeito foi encontrado em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e está sob custódia da polícia pernambucana, aguardando ordem judicial para transferência.

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Brutalidade

No momento do assassinato, ocorrido na madrugada do dia 8 de janeiro, no Sítio Barro Vermelho, bairro Canafístula, pai e filho se dirigiram à residência da vítima e a atacaram com pauladas e facadas.

Segundo o delegado Everton Gonçalves, da delegacia de homicídios de Arapiraca, ao chamar o filho para cometer o crime, o suspeito preso nesta terça-feira (11) proferiu a frase “vamos beber o sangue da vítima”, evidenciando a intenção de assassiná-lo.

Policiais civis da 6ª Divisão de Investigações Sobre Crimes Contra o Patrimônio (DISCCPAT) de São Paulo prenderam na segunda-feira (10), em flagrante, dois homens suspeitos de fazer arrastões contra motoristas no bairro da Bela Vista, no centro da capital paulista.

Eles são suspeitos de integrarem o "Bonde do Elevado", um grupo de pessoas que, segundo a polícia, vem praticando roubos no Viaduto Júlio de Mesquita Filho, considerado o principal endereço de ação dos criminosos. Um terceiro homem conseguiu escapar.

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As investigações da DISCCPAT conseguiram identificar um padrão na ação da quadrilha: cometer os crimes no viaduto entre às 17h e 18h. Nesse período, o grupo aproveitava o trânsito lento dos carros para invadir a pista e roubar os motoristas.

Na tarde de segunda-feira, os policiais foram até o viaduto e ficaram em campana. Os agentes perceberam a presença de três suspeitos e deram voz de prisão. Dois foram contidos. Um deles até tentou escapar, mas foi neutralizado com um tiro na perna. Um terceiro homem conseguiu escapar, mas já foi identificado.

Segundo a Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o suspeito que foi alvejado, "fez menção de sacar uma arma da cintura" antes de ser baleado. Ainda de acordo com a pasta, ele foi levado para o hospital e ficou sob escolta dos policiais.

Os suspeitos foram indiciados por resistência e associação criminosa, informou a SSP-SP em nota. Com eles, os agentes apreenderam duas armas de fogo (revólveres calibre 32) carregadas e com numeração raspada, além de um celular e dinheiro.

"O terceiro homem conseguiu fugir, mas ele e outros três suspeitos já foram identificados e são investigados", disse a secretaria.

O lateral direito Eduardo fez um forte desabafo na coletiva de imprensa desta terça-feira (11), lamentando as recentes cenas de violência no futebol brasileiro. A morte da palmeirense Gabriela Anielli, de 23 anos, a oitava do futebol brasileiro em 2023, fez o jogador do Sport se manifestar.

“Nós atletas ficamos muito tristes, porque a gente faz parte, indiretamente, desse cenário. E os torcedores, que não são maioria, se envolvem em brigas e atritos que levam a algumas consequências trágicas. O que me leva a entender que só quem paga são as pessoas que não tem nada a ver”, disse. 

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Eduardo citou o medo das famílias de frequentar os estádios como exemplo e até afirmou que entendia que isso estava diminuindo. “Agora vem de novo esse surto de violência e é muito triste, porque o estádio era pra ser um um local de diversão, de ir com a família. Os pais ficam com medo de levar, em certas ocasiões, com razão. É devido a essas pessoas de má índole que vão pra pra brigar”, criticou.

“E quem faz parte disso (do futebol) tem que se levantar, tem que falar mesmo do assunto, porque ‘o meu medo não é do barulho dos maus, né? E sim do silêncio dos bons’. Martin Luther King falou isso e é uma uma coisa muito inteligente”, completou.

Usuários de drogas realizaram ataques a carros e ônibus na região de Campos Elíseos, República e Santa Efigênia, no centro de São Paulo, no início da tarde desta terça-feira, 10. De acordo com a Polícia Militar, os atos aconteceram principalmente na praça Julio Mesquita, na avenida São João, onde houve registros de ataques a ônibus.

Ao Estadão, a PM disse que os ataques aconteceram após uma ação de dispersão na rua Conselheiro Nébias, a 750 metros da praça Julio Mesquita, por volta das 12h30. A polícia recebeu uma denúncia de um morador sobre uma interdição da via causada pelos usuários.

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Após a ação da polícia, os usuários se espalharam pela região quebrando vidros de carros e ônibus. Não há um levantamento sobre o prejuízo total causado e nem sobre em quais ruas, exatamente, houve depredação.

Não é a primeira vez que usuários de drogas provocam ataques na região. No fim de junho, um supermercado foi saqueado. E no começo do mês passado, um bar havia sido saqueado e carros atacados com pedras. Esse tipo de problema se intensificou após a dispersão da Cracolândia, ainda no começo de 2022.

Um homem teve o portão de sua casa destruído por motoboys no bairro 25 de Agosto, na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Antes, ele foi filmado dando um tapa no rosto de um entregador de encomendas na porta de casa, e sofreu a retaliação por um grupo de motociclistas. 

Um vídeo circula nas redes sociais nesta terça-feira (11) mostrando o momento em que o cliente dá um tapa no entregador, pega a encomenda e entra em casa batendo o portão de entrada com violência. A cena seguinte mostra dezenas de motoqueiros indo até a entrada da casa do agressor, destruindo o portão dele e jogando fogos de artifício.

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Após as cenas de destruição, outro trecho do vídeo mostra o agressor pedindo desculpas pelo ocorrido. Segundo o 15º Batalhão da Polícia Militar de Duque de Caxias, agentes foram acionados por vizinhos. No entanto, o dono da casa atingida não teria registrado boletim de ocorrência. 

 

O corpo de uma recém-nascida, com cordão umbilical e pedaços de placenta, foi encontrado, nessa segunda (10), dentro de uma sacola plástica e já sem vida, no bairro Serra, em Belo Horizonte. 

Segundo a polícia, a bebê foi encontrada por um homem que acionou as autoridades. Após a perícia, o corpo do sexo feminino, a princípio sem sinais de violência, foi levado ao Instituto Médico-Legal, onde foi submetido à identificação e à exame de necropsia. 

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A Polícia Civil apura as circunstâncias e a causa da morte da bebê, bem como realiza diligências visando identificar e localizar os envolvidos.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga a morte de Yan Gabriel Marques de Amorim, que morreu após ser baleado durante uma festa de aniversário em Nova Iguaçu, cidade do Rio de Janeiro, no último sábado (8).

A polícia afirma que diligências estão em andamento para apurar tanto autoria, como a motivação do crime que vitimou o jovem de 12 anos. Testemunhas relataram que o garoto foi vítima de um tiroteio entre milicianos. O pai do aniversariante seria um dos envolvidos, segundo suspeitas iniciais relatadas à polícia.

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Conforme noticiado pelo portal G1, ele começou a atirar depois de perceber a presença de um carro suspeito no Jardim Pernambuco. No revide, Yan foi alvejado.

O grupo Saúde Lazer e Simpatia, onde Yan costumava fazer aulas de futebol, lamentou a morte do garoto. Em homenagens prestadas nas redes sociais, a organização ofereceu condolências à famílias e suspendeu as atividades recreativas.

"É com imensa tristeza que comunicamos o falecimento do nosso querido aluno Yan Gabriel Marques. Que o Espírito Santo de Deus conforte toda família", postou a página nas redes socais.

Além de Yan, outras três pessoas também foram mortas em menos de 24 horas em Nova Iguaçu. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga se a morte de Yan e das outras três vítimas estão relacionadas com uma disputa pela região entre facções criminosas rivais, segundo G1.

Além de Yan, outras três pessoas também foram mortas em menos de 24 horas em Nova Iguaçu. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga se a morte de Yan e das outras três vítimas estão relacionadas com uma disputa pela região entre facções criminosas rivais, segundo G1.

O torcedor do Flamengo preso pelo assassinato do palmeirense Gabriela Anelli confessou ter atirado a garrafa de vidro que matou a jovem, no último sábado (9). A informação foi confirmada pelo delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil (Dope), César Saad, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band.

“Ele alega que realmente arremessou [a garrafa]. Primeiro confessou, depois disse que jogou pedras de gelo nos palmeirenses. Nós vimos, por imagens", contou o delegado. 

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"Por volta de 17h30, as câmeras externas do Allianz mostram que quatro vans de torcedores do Flamengo chegam no portão de acesso de entrada dos visitantes. Ali que começou a provocação, o xingamento. Torcedores descem, havia divisória, mas tinha uma brecha. Ali foi aberto e começou a discussão que culminou na morte com o arremesso da garrafa", detalhou César Saad. 

O delegado ainda contou que o homem é carioca, mora no Rio de Janeiro e teria ido a São Paulo apenas para assistir o jogo. Ele também é ex-integrante de uma torcida organizada do Flamengo.

Gabriela Anielli, torcedora do Palmeiras que foi morta por um caco de vidro após confusão nos arredores do Allianz Parque na partida contra o Flamengo, é a oitava vítima de brigas no futebol brasileiro em 2023. Estilhaços de um caco de vidro oriundo de uma briga de torcida acabou matando a jovem de apenas 23 anos de idade. Mas esse não é um caso isolado no território nacional.

Em março deste ano, um jogo que envolveu flamenguistas brigando com vascaínos terminou com uma pessoa morta. Em abril, foi a vez de torcedores do Flamengo e Fluminense brigarem e acabaram gerando mais uma morte. 

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Também em março deste ano, torcedores de CSA e Confiança se enfrentaram pelas ruas da capital cearense e um torcedor do CSA foi morto depois de levar barradas de ferro. No mesmo mês, e no mesmo estado, a briga foi entre torcedores do Ceará e Iguatu que terminou com mais uma morte.

No Recife em maio deste ano torcedores de Santa Cruz e Campinense se enfrentaram, e mais uma morte foi registrada. Em Belém do Pará, um torcedor do Corinthians foi atingido por um rojão em conflito e acabou morrendo.

A Polícia Federal abriu apuração administrativa sobre a conduta do delegado Mário César Leal Júnior por suposta agressão ao professor Gabriel Barbosa Rossi, em frente a um colégio de Guaíra, no interior do Paraná. O delegado, pai de um aluno, teria apontado a arma para o professor quando este saía do Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo.

A informação sobre a investigação foi divulgada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino no Twitter. O Colégio divulgou nota em que repudia 'todas as formas de agressão, intolerância e ódio'.

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A agressão ocorreu na sexta-feira (30) e teria como pivô uma suposta discussão entre o professor e o filho do delegado.

De acordo com a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná, o adolescente havia 'sido repreendido pelo docente por suas repetidas falas preconceituosas e ofensas contra educadores'. A entidade colocou a agressão dentro de um contexto de 'escalada de violência contra as comunidades educacionais'.

"Ideias extremistas têm servido como estopim para casos como esse e outros ainda mais graves, como os recentes ataques que resultaram em mortes em escolas de diferentes estados do país", sustenta a entidade.

COM A PALAVRA, O DELEGADO

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão buscou contato com o delegado de Polícia Federal Mário César Leal Júnior, mas sem sucesso. O espaço está aberto para sua manifestação.

Uma menina de apenas 2 anos foi sequestrada em São Paulo, quando sua mãe vendia balas em um semáforo no bairro de Santo Amaro. Segundo as testemunhas, o rapto ocorreu na última sexta-feira (30) e ainda não há pistas sobre o paradeiro do trio responsável pelo crime. As polícias civil e militar do Estado estão realizando buscas, segundo o governo estadual.

De acordo com o boletim de ocorrência, Isabela da Silva Nascimento estava no cruzamento entre as ruas Coronel Luís Barroso e Vera Cruz (foto abaixo) quando três pessoas saíram de um carro cinza e a agarraram, fugindo no mesmo veículo em seguida.

Família nordestina

O portal R7 afirmou que a mãe da menina, Evanisa Vieira da Silva, é baiana e havia se mudado para São Paulo neste ano, em busca de melhores condições de vida. A informação é de uma tia da criança sequestrada.

Em vídeo postado no Facebook, o pai da criança sequestrada, Gilson Santos do Nascimento, apela para que devolvam sua filha.

"Quem estiver com minha filha, por favor devolva. Estou sofrendo muito. Não sei o que é dormir, jantar, almoçar. Por favor, pelo amor de Deus, quem tiver com ela, tenha piedade, devolva minha filha", desabafou.

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A cantora Michelle Melo teve sua casa, localizada na Zona Norte do Recife, invadida na tarde da última sexta (30). A artista, sua filha de 17 anos, seu marido - o produtor Raphael Formiga -, e três prestadores de serviços, foram feitos reféns, por dois homens encapuzados, sob a ameaça de armas de fogo. 

Imagens de câmeras de segurança da rua mostraram como foi o assalto. A secretária de Michelle recebia uma encomenda na porta da residência quando dois homens saltaram de um carro branco e renderam a funcionária e o motoboy que fazia a entrega. É possível ver, também, quando os criminosos saem da casa levando equipamentos eletrônicos e outros objetos.

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Em entrevista à TV Globo, Michelle relatou que ela e seus familiares - além da secretária, o motoboy e uma massagista que atendia no momento do assalto - foram trancados em um quarto e sofreram ameaças. "Ele (o bandido) falava 'manda ela parar de chorar' para Rafael (o marido) e eu não conseguia. Eu me tremia… (Você se sente) incapaz. Você é nada, sabe. Você de repente vê dois homens adentrarem sua casa, pegarem sua filha adolescente do quarto, botar numa sala, seus cachorrinhos, que não sabiam o que estava acontecendo; uma pessoa que você não conhece, porque o motoqueiro teve que entrar na minha casa; a massagista que estava aqui prestando um serviço", afirmou a cantora.

A França mobilizou nesta sexta-feira (30) blindados e 45 mil policiais para conter os distúrbios provocados pela morte de um jovem baleado por um policial, que continuaram pela quarta noite, embora com menos intensidade, resultando em quase 500 detidos.

Na véspera do funeral de Nahel, 17, o presidente Emmanuel Macron reforçou as medidas de segurança e apelou diretamente aos pais dos menores que participaram das três noites de protestos anteriores.

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O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, anunciou a mobilização de 45 mil agentes no país e autorizou a mobilização de unidades blindadas da gendarmaria, corpo militar que tem competências de segurança pública.

A noite, no entanto, voltou a trazer destruição, saques e lançamentos de projéteis contra as viaturas da polícia, que respondia com gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Por volta das 02h30 locais, o ministro anunciou que 471 pessoas haviam sido detidas, mas ressaltou que a violência era de menor intensidade, com algumas regiões bastante tranquilas.

A violência explodiu na última terça-feira, no subúrbio de Paris, e se espalhou pelo país após a morte de Nahel, atingido por um tiro à queima-roupa disparado por um policial durante uma blitz em Nanterre, a oeste da capital francesa.

Ontem, dia de maior tensão, terminou com a detenção de 875 pessoas e 249 agentes feridos, assim como 492 prédios atacados e 2.000 veículos incendiados.

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, disse que seriam estudadas "todas as opções", entre elas o estado de emergência que a direita e a extrema direita pedem, mas optou por reforçar o número de agentes e mobilizar os blindados.

O presidente Macron, por sua vez, pediu "responsabilidade" a redes sociais como TikTok e Snapchat, a quem solicitou a remoção de conteúdo vinculado aos protestos e a identificação de usuários.

- 'Hordas selvagens' -

O governo está sob pressão, entre a direita e a extrema direita, que pedem uma linha dura, e os que querem medidas de apaziguamento.

Dois sindicatos da polícia, entre eles o majoritário Alliance, pediram, em um duro comunicado, o "combate" às "hordas selvagens" que protagonizam os distúrbios e alertaram o governo que "vão entrar em resistência" assim que a crise for superada.

A oposição de esquerda condenou o comunicado, que qualificou de "ameaça de sedição" e de "chamado à guerra civil".

Sem se referir ao comunicado, o ministro do Interior pediu aos agentes para "respeitar as leis e a deontologia" e destacou que a "minoria de delinquentes [dos distúrbios] não representa a imensa maioria dos moradores dos bairros pobres".

Em uma tentativa de apaziguar a situação, a seleção francesa de futebol, capitaneada pelo craque do PSG Kylian Mbappé, pediu em um comunicado que "o tempo da violência deve parar" e dar lugar a "maneiras pacíficas e construtivas de se expressar".

- Novos incidentes -

Violência e atos de vandalismo foram registrados nesta noite, principalmente em Lyon e Marselha, segunda maior cidade da França, para onde o Ministério do Interior enviou reforços. Autoridades decretaram toque de recolher em três localidades da região de Paris e em várias outras do país.

Os fatos relançaram o debate recorrente da violência policial na França, onde em 2022 treze pessoas morreram em circunstâncias similares às de Nahel, e sobre as forças de ordem, consideradas racistas por parte da população.

A ONU pediu às autoridades francesas que se ocupem seriamente dos "profundos" problemas de "racismo e discriminação racial" em suas forças de segurança, acusações que o Ministério das Relações Exteriores qualificou de "totalmente infundadas".

Vários países europeus, como Reino Unido, Alemanha e Noruega, alertaram seus cidadãos na França, pedindo que evitem as áreas de distúrbios e que aumentem as precauções.

O presidente do principal sindicato patronal do setor hoteleiro, Thierry Max, alertou para a onda de cancelamentos nas áreas afetadas pela violência.

No sábado será celebrado o enterro de Nahel, anunciou o prefeito de Nanterre, Patrick Jarry.

Mounia, a mãe da vítima, disse à rede France 5 que não culpava a Polícia, mas sim o agente que tirou a vida de seu filho.

A justiça decretou prisão preventiva por homicídio doloso para o policial de 38 anos autor do disparo, cujas "primeiras" e "últimas" palavras durante sua custódia policial foram "para pedir perdão à família" de Nahel, segundo seu advogado.

burs-tjc/js/aa/dd/mvv/am-lb

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) apresentou, nesta quarta-feira (28) as conclusões da investigação do ataque à Escola Estadual Professora Helena Kolody, ocorrido no último dia 19. De acordo com as informações, um jovem de 18 anos, que foi preso em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, dois dias depois do crime, é considerado o mentor intelectual do atentado, cometido por um ex-aluno de 21 anos, que atirou em dois estudantes à queima roupa. As informações são da Folha de S. Paulo.

O autor dos disparos conheceu o pernambucano em 2021, quando começaram a ter mais contato por meio de redes sociais e grupos privados na deepweb. O mentor intelectual tinha um grupo virtual onde incitava o ódio e a violência, e chegava a pagar “bônus” ao membro que cometesse algum ato de crueldade. 

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Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina (PR), Fernando Amarantino Ribeiro, o crime vinha sendo planejado há cerca de um ano e meio. “Ele é considerado o autor intelectual e, junto com o atirador, foi o responsável, desde a segunda quinzena de dezembro de 2021, por planejar, arquitetar e trocar mensagens, equipamentos, para a prática deste ato", afirmou durante entrevista coletiva.

As vítimas eram um casal de namorados, Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto da Silva, de 16. O autor dos disparos foi detido ainda na escola, e encaminhado para Londrina, distante cerca de 15 quilômetros de Cambé. Ele foi encontrado morto na cela no mesmo dia em que o mentor de Gravatá foi preso.

Ataque de Cambé

No dia 19 de junho, o atirador entrou na escola alegando que queria obter seu histórico escolar. Ele atirou nos dois adolescentes, e também foi ao banheiro, onde permaneceu por cerca de quatro minutos. Do banheiro, ele publicou um manifesto online em suas redes sociais, em que falava sobre bullying e as motivações para cometer os crimes. Ao ser preso, ele vestia uma veste preta, como a usada em formaturas. Segundo o delegado à frente das investigações, o ato cometido por ele seria considerado como um rito de passagem dentro da célula da qual fazia parte.

O criminoso ainda teve ajuda de outros cúmplices. Um homem de 21 anos, preso no mesmo dia do ataque, em Rolândia, o ajudou a manter o foco, e também entregou a veste preta que ele usou na escola. Alguns dias depois, dois homens, um de 35 anos e outro de 39, foram presos suspeitos de terem vendido a arma usada no crime. A polícia apontou que eles não sabiam para qual fim seria usada a arma.

Em Caldas Novas, no sul de Goiás, um homem foi preso após agredir um bebê de 1 ano e 8 meses com golpes de capacete. O suspeito, que é padrasto da vítima, conseguiu fugir do local onde cometeu a violência, mas foi localizado e detido pelas autoridades.

Segundo a Polícia Civil, o homem, com identidade ainda não revelada, agrediu a companheira com socos e logo em seguida, usou um capacete para agredir o bebê da vítima.

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Os agentes que realizaram a prisão no último sábado (24), informaram que ao chegar na delegacia da cidade, o suspeito optou em ficar em silêncio. O homem foi enquadrado pelos crimes de lesão corporal e violência doméstica.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a criança teve cortes na cabeça e foi encaminhada a uma unidade hospitalar mais proxima. O suspeito foi encaminhado para o presídio do município e está a disposição do Poder Judiciário.

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