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Os Estados Unidos enviarão aviões militares e aumentarão o número de forças de operações especiais para a Uganda a fim de ajudar na busca pelo líder fugitivo africano Joseph Kony.

A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira que os EUA estão enviando "um número limitado" de aeronaves CV-22 Osprey, aviões de reabastecimento e "pessoal de apoio associado" para ajudar as forças locais na sua longa batalha contra o Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês), liderado por Kony. O presidente dos EUA, Barack Obama, já havia enviado cerca de 100 soldados para ajudar as forças africanas em 2011.

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A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA Caitlin Hayden disse hoje que o apoio adicional permitiria à União Africana "conduzir operações direcionadas para prender o restante dos combatentes do LRA". "Nossos parceiros africanos têm consistentemente identificado o transporte aéreo como um dos seus maiores fatores limitantes na busca e perseguição aos líderes do LRA remanescentes através de uma ampla faixa em uma das regiões mais pobres, menos reguladas e mais remotas do mundo", disse Caitlin.

As aeronaves ficarão em base da Uganda, mas serão usadas em áreas de influência do LRA na República Centro-Africana, no Congo e no Sudão do Sul para apoiar a força-tarefa regional da União Africana, disse Hayden. O LRA é acusado pelas Nações Unidas (ONU) e por grupos de direitos humanos de matar e mutilar civis e sequestrar milhares de crianças, forçando-as a ser soldados e escravos sexuais. Fonte: Associated Press.

Entre 50 a 60 pessoas podem ter morrido quando um barco virou no lago Albert, ao longo da fronteira entre Uganda e República Democrática do Congo. O barco carregava 100 pessoas, muitos refugiados congoleses em direção à Uganda

Até o momento, 19 corpos foram retirados da água, mas ainda há dezenas de desaparecidos e poucos resgatados, de acordo com informações da imprensa local. Fonte: Dow Jones Newswires

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Os deputados do parlamento queniano votaram uma lei que permite aos homens se casarem com quantas mulheres quiserem, sem a necessidade de aprovação de sua primeira esposa, ocasionando a revolta das mulheres presentes, que abandonaram o plenário.

A proposta de lei, adotada de última hora, formaliza no direito queniano uma lei de direito consuetudinário. Originalmente, o texto dava a possibilidade às esposas de se oporem à decisão de seu marido de casar com várias mulheres. Mas os parlamentares homens de todas as tendências políticas uniram forças para abandonar esta cláusula.

"Quando você se casa com uma mulher africana, deve saber que haverá uma segunda, uma terceira. Isso é a África", explicou um dos deputados, Junet Mohamed, citado pela rádio Capital FM.

Como em muitos países africanos, no Quênia a poligamia é uma prática comum.

O texto deve ainda ser promulgado pelo presidente para entrar em vigor.

Militantes islâmicos atacaram os principais quartéis militares da cidade de Maiduguri, no norte da Nigéria, nesta sexta-feira, com tiros e explosões, mas o Ministério da Defesa disse que os insurgentes foram repelidos.

Soldados entraram em tiroteio com os rebeldes nos quartéis de Giwa, local que concentra uma da ofensiva de 10 meses das forças de segurança para conter a revolta islâmica no nordeste da Nigéria usando poderes de emergência concedidos pelo Estado.

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De acordo com vária reportagens da mídia local, aviões de combate bombardearam alvos na cidade, mas o Ministério da Defesa se recusou a confirmar isso. O porta-voz do órgão, Chris Olukolade, disse que os militares impediram um ataque destinado a libertar extremistas que estavam detidos nos quartéis.

A instalação militar teria sofrido uma invasão, porque Olukolade disse que os militantes sofreram "fortes baixas", incluindo alguns detidos que foram mortos no tiroteio. Segundo ele, quatro soldados ficaram feridos no embate. Operações de busca por terra e ar estão em curso, afirmou. Fonte: Associated Press.

Cientistas conseguiram preencher uma lacuna na História dos pigmeus da África Central, cujo passado é um dos mais obscuros entre o de todas as comunidades do mundo. Segundo uma análise genética, em um período-chave da odisseia humana, estas tribos de caçadores coletores evitaram a miscigenação com comunidades falantes de Bantu, composta por fazendeiros precoces.

Os dois grupos se encontraram pela primeira vez quando grupos Bantu, que adquiriram tecnologia agrícola 5.000 anos atrás, começaram a se mudar da região da Nigéria e de Camarões para o leste, o centro e o sul da África oriental.

A maioria de outros caçadores-coletores que encontraram logo adotaram o estilo de vida agrícola, sedentário, e até mesmo os idiomas dos grupos Bantu. Mas algumas poucas populações, como os pigmeus da floresta tropical na África central mantiveram seu estilo de vida tradicional e nômade.

Os pigmeus podem ter comercializado cerâmica, ferramentas e ideias com os recém-chegados, mas não compartilharam com eles seus genes, destacou o estudo, publicado esta semana no periódico Nature Communications.

A evidência veio de uma leitura do DNA de cerca de 300 indivíduos - pigmeus e falantes de Bantu de Gabão, Camarões, Uganda, República Centro-africana e República Democrática do Congo. "Este resultado sugere que as relações sociais estabelecidas desde que os dois grupos se encontraram rapidamente foram seguidas de um forte tabu contra o casamento inter-racial que, de alguma forma, ainda se observou atualmente", declarou à AFP o coautor do estudo, Etienne Patin, geneticista do Instituto Pasteur da França.

"Estudos antropológicos sugeriram que o tabu pode ter algo a ver com a imagem que os aldeões têm dos pigmeus como portadores de mágica florestal, mas também da desaprovação de seu estilo de vida" como caçadores-coletores nômades, acrescentou.

Não ficou claro porque o tabu parece ter sido parcialmente suspenso cerca de mil anos atrás. O padrão observado na África central foi muito diferente daquele que ocorreu no sul do continente, onde os encontros com os fazendeiros conquistadores e os caçadores-coletores San "resultaram em trocas genéticas imediatas", destacou o estudo.

Pesquisas anteriores tinham demonstrado que o ancestral comum dos pigmeus e dos fazendeiros Bantu viveram de 60.000 a 70.000 anos atrás. Os dois grupos passaram milhares de anos adaptando-se aos seus ambientes diferentes antes de se encontrar de novo.

As últimas descobertas desafiam o conhecimento aceito de que a diversidade genética está estreitamente correlacionada com a distância geográfica entre grupos humanos. Os pigmeus da África central são um exemplo ilustrativo: há apenas cerca de 200 mil indivíduos no total, no entanto sua diversidade genética excede de longe o de seus vizinhos sedentários, destacou o estudo.

Os pigmeus Batwa, de Uganda, por exemplo, são geneticamente bem diferentes dos pigmeus Mbuti, que vivem a meros 500 km de distância, na República Democrática do Congo. Os cientistas descobriram, mais adiante, que o genoma dos pigmeus poderia conter até 50% do DNA herdado de pessoas de origem Bantu.

E sua altura é diretamente proporcional à quantidade do DNA herdado por não-pigmeus - "geneticamente falando, quão menos pigmeu for um indivíduo, mais alto ele será", explicou Patin.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou o uso da força de tropas de países da União Europeia (UE) na República Centro-Africana. A UE vai enviar 600 soldados para ajudar as forças africanas e francesas que já estão no país.

A resolução desta terça-feira também diz que podem ser aplicadas sanções contra os que cometerem violações aos direitos no país. Mais de 1.000 pessoas foram mortas e quase 1 milhão forçadas a deixar suas casas desde dezembro, quando houve a intensificação da violência que opõem cristãos e muçulmanos, milícias e civis.

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A ONU acredita que pelo menos 10 mil mantenedores de paz serão necessários para encerrar o conflito na República Centro-Africana, declarou o embaixador da França na ONU, Gerard Araud.

A força da União Africana atualmente no país deve atingir 6 mil homens, mas Araud disse aos jornalistas que esse número "é considerado muito baixo porque, francamente, a situação é muito, muito complicada e o país é enorme. O secretariado (da ONU) está realmente pensando que pelos menos 10 mil soldados são necessários."

Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos e conhecidos como Seleka, vieram do extremo norte do país em março de 2013 e derrubaram o presidente cristão François Bozizé. Seus 10 meses de governo foram marcados por amplos abusos aos direitos humanos e pelo aprofundamento das divisões entre a minoria muçulmana e a maioria cristã do país.

Nesta terça-feira, milhares de moradores saíram às ruas da capital para celebrar quando mantenedores da paz escoltarem dezenas de rebeldes para fora das bases militares de Bangui, o que representa que eles estão perdendo o controle do país.

A saída do campo Kasai acontece um dia depois de outros integrantes do Seleka terem deixado outra base na periferia da cidade. No domingo, altos comandantes do grupo foram escoltados para o norte da capital, provavelmente se dirigindo para o vizinho Chade.

Embora a partida das forças Seleka tenha sido bem recebida por civis cristãos, a ONU advertiu que o êxodo deixa civis muçulmanos vulneráveis a ataques retaliatórios de milicianos cristãos, conhecidos como anti-Balaka.

Organizações humanitárias pediram às forças da União Africana e da França que enviem mais homens para regiões fora da capital, especialmente em áreas mais remotas, onde assassinatos podem não ser comunicados. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A prefeita de Bangui, Catherine Samba-Panza, foi eleita nesta segunda-feira a presidente interina na República Centro-Africana. Ela tem pela frente a difícil tarefa da restaurar a paz no país, tomado pelos confrontos entre muçulmanos e cristãos.

Samba-Panza foi escolhida na segunda rodada de votação realizada por um Parlamento de transição, quando conquistou 75 votos, contra 53 de Desiré Kolingba, filho do ex-presidente Andre Kolingba. Após o anúncio do resultado, os integrantes do Legislativo cantaram o hino nacional em comemoração. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Cerca de 10 mil pessoas fugiram para o Sudão, do Sudão do Sul, onde as tropas do governo e rebeldes têm se enfrentado desde o mês passado, segundo a agência de refugiados da ONU.

"Estas são pessoas que confirmaram que cruzaram a fronteira, que fugiram do conflito", disse Nicolas Brass, diretor de relações externas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) à AFP. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Ruanda lembrava nesta terça-feira o genocídio de seu povo, ocorrido há 20 anos, acendendo uma tocha com a "chama da recordação", que percorrerá todo o país antes de retornar à capital, Kigali, em três meses.

A chama será acesa na tarde desta terça-feira em Kigali, no principal memorial do genocídio de 1994, Gisozi, pela ministra ruandesa das Relações Exteriores, Louise Mushikiwabo.

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Depois, a chama percorrerá cidades e povoados do pequeno país da África central, antes do início de um período de luto nacional, em 7 de abril.

Segundo a ONU, cerca de 800.000 pessoas, principalmente membros da comunidade tutsi, morreram no genocídio realizado por extremistas hutus em três meses, de abril a junho de 1994.

Os principais responsáveis pelos massacres foram julgados por um tribunal penal internacional em Arusha (Tanzânia).

Rebeldes do Sudão do Sul atiraram neste sábado contra duas aeronaves militares dos Estados Unidos, ferindo três norte-americanos. As unidades se dirigiam para a cidade de Bor, capital do Estado de Jonglei, onde o governo enfrenta desertores do exército que assumiram o controle da região.

Segundo fontes, um dos norte-americanos feridos está em estado grave. Após o ataque, as aeronaves fugiram para Kampala, em Uganda, de onde os feridos foram levados para Nairóbi, no Quênia, para receber tratamento médico. De acordo com pessoas com conhecimento do assunto, as aeronaves seriam do modelo Osprey, que pode voar como helicóptero e avião.

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O porta-voz militar do Sudão do Sul, coronel Philip Aguer, disse que as tropas do governo não têm o controle de Bor, então o ataque às aeronaves norte-americanas só pode ter sido realizado pelos rebeldes. "Bor está sob o controle das forças de Riek Machar", afirmou, se referindo ao ex-vice-presidente do país, da etnia Nuer, deposto do cargo em julho.

O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, da etnia Dinka, disse esta semana que uma tentativa de golpe orquestrada por Machar desencadeou uma onda de violência étnica no país. Suspeita-se, entretanto, que a confusão começou com uma briga entre os membros Nuer e Dinka da própria guarda presidencial.

A violência no Sudão do Sul nos últimos dias já deixou centenas de mortos e líderes mundiais temem que uma guerra civil esteja começando. O país recém criado se separou do Sudão em 2011, após um referendo. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta sexta-feira que a violência resultante da disputa política pode afetar não somente o Sudão do Sul, mas outros países da região.

Esta semana o presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou o envio de tropas para proteger a embaixada do país na capital do Sudão do Sul, Juba. A unidade organizou pelo menos cinco operações de emergência para retirar cidadãos norte-americanos da região. Outros países, como Reino Unido, Alemanha e Itália também estão retirando seus cidadãos do país. Fonte: Associated Press.

A polícia nigeriana declarou nesta sexta-feira ter realizado uma operação em uma casa onde viviam 19 mulheres grávidas que planejavam vender seus bebês.

O proprietário da casa está foragido, declarou Geoffrey Ogbonna, porta-voz policial do estado de Abia (sudeste).

A polícia "resgatou 19 futuras mães em diferentes estágios de gestação", declarou à AFP.

Algumas das mulheres, de 15 a 23 anos, disseram à polícia que "fugiram de casa para evitar o estigma de ter uma gravidez não desejada da qual não poderiam se encarregar", explicou o porta-voz.

O sudeste da Nigéria enfrenta uma epidemia de tráfico de seres humanos e, durante o último ano, foram descobertas várias fábricas de bebês destinados ao mercado negro.

As mulheres costumam receber uma parte do dinheiro obtido com a venda de seus filhos.

Também foram registrados casos, embora menos frequentes, de mulheres sequestradas e que engravidaram à força.

O Parlamento ugandês aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei que reprime a homossexualidade de maneira draconiana, com penas que podem chegar à prisão perpétua para os reincidentes, informaram a imprensa e os ativistas.

"Estou oficialmente na ilegalidade", declarou após a votação o militante homossexual Frank Mugisha.

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A capital centro-africana enfrenta a ameaça de uma crise humanitária, depois dos massacres sofridos na semana passada, que levaram milhares de pessoas a se refugiar na base militar francesa ou se esconder em bairros mais afastados.

A vida volta pouco a pouco à normalidade nas zonas de Bangui que permaneceram relativamente à margem da violência, mas a cidade continua em clima de guerra, com o sobrevoo de aviões de combate e a circulação de patrulhas militares pelas ruas.

Segundo fontes humanitárias, há milhares de deslocados em Bangui, uma cidade que conta com 800.000 habitantes.

Nos arredores do aeroporto, estão concentradas 45.000 pessoas que buscam a proteção do exército francês. Muitas estão acomodadas em barracas, mas a maioria dorme ao ar livre.

"Buscamos um refúgio, mas não há água, nem comida", afirma um morador oriundo de um bairro onde a população vivia aterrorizada pelos abusos dos ex-rebeldes do grupo Seleka, que começou a ser desarmado pelo exército francês na segunda-feira.A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) montou uma clínica móvel, que garante entre 200 e 300 consultas diárias nos arredores do aeroporto.

Só há dois pontos de distribuição de água, instalados pela Cruz Vermelha. Há uma semana as agências de ajuda das Nações Unidas não distribuem comida, o que piora a situação.

Os soldados franceses iniciaram na segunda-feira o desarmamento das milícias e grupos armados, após uma nova onda de violência que deixou quase 400 mortos na capital em apenas três dias.

Nos últimos dias, os homens armados desapareceram das ruas da capital. Alguns abandonaram os uniformes e esconderam as armas para evitar os soldados franceses.

Os militares atuam por mandato da ONU e devem apoiar a força africana mobilizada ali para restabelecer a segurança no país.

Após a autorização da ONU, o exército francês lançou uma operação de apoio a uma força africana já presente. Paris afirmou que o contingente francês será de 1.600 soldados.

A República Centro-Africana está em conflito desde que a coalizão rebelde Seleka, majoritariamente muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé no mês de março.

Um governo de transição liderado por um ex-rebelde perdeu o controle do país e grupos rivais, cristãos e muçulmanos, iniciaram uma série de confrontos extremamente violentos.

Enquanto o ex-presidente Nelson Mandela continua a ser uma unanimidade na comunidade internacional, normalmente descrito como um ser excepcional, o mesmo não pode ser dito de sua família, acostumada a trocar acusações em público e pela imprensa - quase sempre referentes ao legado do líder sul-africano.

No início de julho, os sul-africanos viram horrorizados como Mandla, o neto mais velho do herói da luta contra o Apartheid, acertou contas com uma parte da família em uma entrevista coletiva inacreditável transmitida na televisão.

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Enquanto isso, já hospitalizado, seu avô lutava entre a vida e a morte. Expondo os mais íntimos segredos de família, ele chegou a acusar o irmão Mbuzo de ter engravidado sua mulher.

Mbuzo era parte dos 15 membros do clã que tinham acabado de denunciá-lo - com sucesso - para que permitisse o translado dos restos mortais de três filhos de Mandela. Inicialmente, os corpos foram enterrados na cidade de Qunu (sul), onde Mandela passou os melhores anos de sua infância e onde descansará para sempre, no domingo, junto com os seus.

Em 2011, porém, Mandla transferiu os corpos para a cidade natal de seu pai, Mvezo, a 30 km de Qunu. Chefe tribal dessa localidade, ele pretendia construir um lugar turístico grandioso dedicado à memória do avô.

Embora a família tenha abandonado a ideia de denunciá-lo por violação de sepultura, ele ainda terá de responder na Justiça por apontar uma arma para um motorista, durante uma discussão de trânsito.

Mandla, de 39, já foi manchete dos principais jornais por seus escândalos conjugais e brigas com os vizinhos. Deputado desde 2009 pelo Congresso Nacional Africano, o mesmo de seu falecido avô, suas posições políticas são irrelevantes.

Ainda no Parlamento, outra "Mandela" que brilha por sua ausência é a ex-mulher do herói nacional, Winnie Madikizela-Mandela. Nos anos 1980, ele teve de responder na Justiça pela violência de seus seguranças e, em 2003, por fraude. O restante da família, que conta com três filhas, 17 netos e 12 bisnetos, manteve-se longe da política, mas não dos negócios.

Vinhos e camisetas-  Nelson Mandela sempre controlou rigidamente o uso comercial de seu nome, limitando-o para fins beneficentes. Ignorando essa orientação, quatro de seus netos criaram a marca de roupas LWTF. O acrônimo é uma referência ao título da autobiografia de Mandela "Long Walk to Freedom". As camisetas estampam, claro, sua foto, ou sua assinatura.

Recentemente, Makaziwe, a filha mais velha, aventurou-se no universo dos vinhos, lançando a marca "Casa de Mandela", com sua filha Tukwini.

Em outro episódio que não apresenta qualquer semelhança com a imagem do Prêmio Nobel da Paz, duas de suas netas participaram de um programa de televisão intitulado "Ser um Mandela". Nele, lembraram histórias da infância. Além disso, ambas têm uma conta no Twitter pouco edificante.

Finalmente, sua filha Zenani foi nomeada embaixadora na Argentina, sem qualquer experiência diplomática.

Menos anedótico, Zenani e sua meia-irmã recorreram à Justiça para conseguir que três parentes de seu pai fossem retirados da direção de um fundo de investimentos que administra a fortuna da família.

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O falecimento do ex-presidente africano Nelson Mandela tem sido um dos assuntos de maior repercussão nesta sexta-feira (6), no cenário político. O líder que morreu aos 95 anos é visto como um heroi pelos sul-africanos e pessoas de todo o mundo. Sua ascensão política, suas ações e a trajetória de vida que marcou também por ter sido o primeiro presidente negro da África são lembradas por autoridades políticas das mais distintas esferas.

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Líderes como a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula e o governador Eduardo Campos (PSB) são alguns dos políticos que comentaram o falecimento de Maniba, além de outros como o do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. “Nelson Mandela foi um homem extraordinário, um líder que dedicou sua vida à luta pelos direitos do seu povo, pela liberdade e pela igualdade. Uma luta que todos nós devemos honrar, fazendo-a nossa também. Essa será a melhor forma de homenageá-lo e manter vivo seu exemplo, que engrandece a humanidade”, enalteceu o tucano.

No cenário pernambucano, vários parlamentares manifestaram-se como a deputada Terezinha Nunes (PSDB). “Mandela, exemplo para o mundo (...). Porta-voz dos negros do seu país que foram mantidos afastados da sociedade até recentemente, Mandela foi um exemplo para os que não se rendem e lutam pelos seus ideais até alcançá-los. Conseguiu livrar a África do Sul do Apartheid através de uma resistência pacífica. Merece todas as homenagens, grande Mandela”, publicou a parlamentar na rede social.

“Sem dúvida, a vida e a história de Mandela poderiam ser sintetizadas nesta frase. Minha homenagem ao homem e um dos principais líderes políticos da história da humanidade que acreditou, lutou e fez o "impossível" acontecer no seu País. Com sua luta contra a dominação mantida pelo Apartheid, Mandela transformou-se num paradigma para todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade”, escreveu o deputado federal Mendonça Filho (DEM), na página de seu Facebook. 

Quem também frisou a morte do líder africano foi o senador Armando Monteiro (PTB). “O mundo perde um símbolo e um exemplo de luta pela igualdade e pela paz”, e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). “Nelson Mandela, agora, descansa. Mas para toda a humanidade fica um permanente exemplo de perseverança, de fé, de superar diferenças e ressentimentos. Esta é a imagem que vai perdurar para os sul-africanos, os africanos, os brasileiros e todos os povos”, publicou o socialista. 

Uma das poucas recordações que tenho em sala de aula, no ensino fundamental, é sobre Nelson Mandela. O líder da África do Sul era diferente de quase todos os outros personagens históricos citados nos livros didáticos: ele era negro. Nós, alunos, ficamos curiosos de ver a imagem de um negro sem estar atrelada a figura de um desnutrido, favelado ou aidético. É claro que personagens como Zumbi dos Palmares ou Martin Luther King eram lembrados, mas eles estavam escondidos em subcapítulos ou em legendas fotográficas, não tinham a importância do homem que ajudou a reconstruir a história da África.

Confesso que além de Mandela, o episódio que mais chamou atenção na sala de aula foi a partida de rúgbi. A professora sabia que os alunos gostavam de esportes, e ela usou muito bem isso para prender nossa atenção para tratar sobre a segregação racial do Aparthied.  Fui entender que aquele jogo que unia os brancos e negros na África do Sul representou uma mudança na desigualdade étnico/racial no mundo pós-Guerra Fria. Mandela acabou fazendo o óbvio, unir o que nunca devia ser separado, desconstruir uma ideia de preconceito tão arraigada na sociedade que era berço dos africanos.

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A segregação racial acabou sendo disseminada pelo mundo e sua imagem, por vezes, chegou a ser deturpada, ou não a nada mais contraditório do que ser vencedor de um Nobel da Paz e, ao mesmo tempo, fazer parte da lista de terroristas considerados perigosos para a segurança dos Estados Unidos?

Mas, diferentes da construção de outras histórias, Mandela não foi um herói inventado. Ele perpetuou o que muitos já pensavam, mas não tinham coragem de fazer. Ele retirou o medo da maioria de lutar pelo seu direito social, de ingressar nos cenários políticos. As pessoas queriam ser iguais a ele, pensavam igual a ele.

A sua representatividade continuará tão significativa que a luta por fim de outros Apartheids vai continuar sem o líder da África do Sul. O repúdio à aversão da linguagem, da roupa e até do black power do negro está presente em vários de nós. Isso comprova que incorporamos a sua ambição e nos identificamos com ele, e acabamos sendo todos Mandela.

*As informações expostas não refletem necessariamente a opinião do Portal LeiaJá e são de inteira responsabilidade de seu autor, da mesma forma que os comentários feitos pelos internautas.

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela ainda é "um lutador", mesmo estando próximo da morte, disse nesta terça-feira (3) sua filha Makaziwe. "Tata (pai) ainda está conosco, muito forte, (...) muito valente, mesmo sem uma aparência melhor, em seu leito de morte. Acho que sempre nos ensina alguma coisa: a termos mais paciência, amor, tolerância", declarou sua filha mais filha à rede de televisão pública SABC.

"Cada momento, cada minuto com Tata me assombra. Às vezes não acredito que sou filha desse homem que é tão forte, tão lutador", acrescentou. "Há momentos em que nos damos conta que luta (contra a morte), mas sempre teve espírito de luta".

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"Seu espírito ainda é muito, muito forte, qinda que esteja doente e de cama", disse Makaziwe à agência Sapa. Zindzi, a filha mais nova de Nelson Mandela, disse ao New York Times neste fim de semana: "Intelectualmente, eu sei que está morrendo. Mas emocionalmente, ainda não estou preparada".

Aos 95 anos, Nelson Mandela está sendo mantido em sua casa em Johannesburgo sob cuidados médicos. Ele ficou hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um quadro de infecção pulmonar e, provavelmente, com outras complicações.

A presidência centro-africana insistiu nesta sexta-feira que está negociando com o chefe rebelde ugandês Joseph Kony, procurado há anos por crimes contra a humanidade e que estaria na República Centro-Africana, para que saia da clandestinidade.

A República Centro-Africana acredita que Kony, chefe do Exército de Resistência do Senhor (LRA, em inglês), encontra-se em seu território e sustenta que negocia com ele para ajudar as mulheres e as crianças que vivem com os combatentes em uma região isolada centro-africana.

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Os Estados Unidos expressaram na quinta-feira sérias dúvidas sobre estas afirmações, mas o porta-voz da presidência centro-africana, Guy-Simplice Kodegue, reafirmou nesta sexta-feira que o presidente do país, Michel Djotodia, estava em contato com Joseph Kony e que ocorrem negociações.

Junto com o chefe rebelde e seus combatentes "há crianças, mulheres e idosos que são apátridas, o que leva as autoridades centro-africanas, com o chefe do Estado na liderança, a considerar uma fase de negociação" com o objetivo de ajudá-los, afirmou Kodegue.

No entanto, Djotodia "convoca a comunidade internacional a se ocupar dessa situação, porque a República Centro-Africana já tem muitos problemas. O Estado não tem meios para enfrentar seus próprios problemas ou para acrescentar outros, e as acusações que pesam sobre Joseph Kony são graves", ressaltou o porta-voz.

O Exército ugandês, apoiado por uma centena de soldados americanos, busca desde 2008 Joseph Kony no âmbito de uma operação da União Africana (UA) que conta com 3.000 homens. Washington ofereceu cinco milhões de dólares por sua captura.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) o acusa de crimes contra a humanidade, crimes de guerra, assassinatos, estupros, escravização e recrutamento de menores.

Dez anos após ser sancionada, a Lei 10.639 - que torna obrigatório o ensino da história africana e afro-brasileira - ainda é aplicada de maneira tímida na maioria das escolas brasileiras. A implementação de conteúdos de forma transversal - em todas as disciplinas - ocorre de forma lenta em todas as redes escolares, mas as municipais (com 46% das escolas) e as estaduais (com 39%) estão na frente das particulares (6%).

Os dados fazem parte de uma pesquisa do Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades (Ceert), em parceria com o Ministério da Educação e a Unesco. Foram compiladas 2,3 mil iniciativas de utilização do conteúdo previsto.

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A diretora do Ceert, Maria Aparecida Bento, acredita que a implementação seja menor na rede particular por causa da falta de pressão da sociedade. "O alvo maior é o governo e, por isso, as escolas públicas progrediram mais. Precisamos avançar nas privadas, com maioria de alunos brancos, senão, a relação de preconceito não muda."

A pesquisa mostra também que a maior parte das iniciativas é feita por professores negros (59%), com destaque para as mulheres negras, responsáveis por 52%. "As ações ainda dependem muito de atitudes pessoais do professor, sem uma institucionalização", diz Maria, citando a falta de livros nas bibliotecas, materiais didáticos e brinquedos distribuídos.

O maior número de práticas está no Sudeste (48,5%), contra o Norte (6,8%). No Sudeste, o Estado que mais se destaca é São Paulo e no Nordeste, a Bahia e o Ceará. "Quanto maior a população negra no Estado, mais comum é o surgimento de práticas emblemáticas. Isso mostra que a relação com crianças negras é o grande motivador para que os professores busquem formação para pensar práticas pedagógicas", diz ela.

A maior parte das iniciativas (51,8%) surge para responder aos casos de racismo e discriminação. O professor da USP Dennis de Oliveira, do Núcleo de Pesquisas e Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro (Neinb), vê o fato com preocupação. "O objetivo da lei é formar cidadãos com consciência multiétnica, não só resolver problema racial nem demanda do movimento negro." Ele ressalta que deixar de aplicar a lei é como não dar um conteúdo de Matemática ou Geografia.

Avanços

Cristina Teodoro Trinidad, responsável pelos projetos de educação das relações étnico-raciais da Unesco, também identifica um "resultado perverso" na falta de aplicação da lei. Mas Cristina aponta que, entre os avanços, está a produção de material pedagógico e conhecimento para a aplicação de conteúdos sobre África.

A especialista ressalta que a lei avança com a sociedade. "É um país que ainda nega que é racista. Esse é um processo complexo e a sensibilização para que professores compreendam a necessidade de trabalhar o tema demora", diz.

De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Macaé Evaristo, há investimento na formação de professores, no finamento de pesquisa e produção de conteúdo.

De acordo com Macaé, cerca de 140 mil professores já foram capacitados em cursos financiados pelo MEC. A pasta ainda cobra que novos cursos de Licenciatura tenham o conteúdo em sua grade. "Também avaliamos se os cursos já existentes apresentam a temática", diz ela, lembrando que possíveis sanções pelo descumprimento da lei cabem aos conselhos municipais e estaduais de Educação.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp), Benjamin Ribeiro da Silva, rebate a pesquisa e afirma que a maior parte das escolas particulares utiliza temas relacionados à cultura e história africanas. "(As escolas públicas) colocam no currículo, mas não ensinam", afirma. Silva disse que a entidade prepara um curso de formação para os professores trabalharem com o tema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A África Subsaariana continuará sendo a região com mais rápido crescimento do mercado de celulares nos próximos anos, segundo relatório do setor publicado nesta segunda-feira.

De acordo com a GSM Association, o número de assinantes únicos da região foi de 253 milhões em junho este ano e deve atingir 346 milhões até 2017. "Apesar do espantoso progresso do setor de celulares na África Subsaariana (SSA) nos últimos anos, o maior impacto dos celulares na África ainda está por vir", disse o relatório.

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"Cerca de dois terços da população ainda não têm assinatura de celular, deixando muito espaço para o crescimento".O número de usuários de celulares da região cresceu 18% ao ano nos últimos cinco anos, mas o alcance é o menor do mundo em cerca de 31%".

"Isso destaca o potencial de longo prazo da região", disse o GSMA. O motor econômico do continente, a África do Sul tem 66% de alcance, enquanto a Nigéria, o país mais populoso do continente tem 30%.

A média global é de um em cada dois usuários e na União Europeia, quatro em cada cinco pessoas. Contudo, enquanto as taxas de crescimento estão desacelerando em todos os lugares, na África Subsaariana deve permanecer em quase o dobro da média global.

Na região, 95% dos usuários usam planos pré-pagos. "O aumento de número de assinantes virá quase inteiramente da população rural e de baixa renda, reforçando a necessidade de melhorar a acessibilidade a serviços móveis e ampliar a cobertura da rede", disse GSMA.

Reduzir as tarifas de celular e de telefone também foi abordado no relatório "Economia Móvel: África Subsaariana 2013". A contribuição do setor para o PIB é a mais alta do mundo e deve aumentar a 8% em 2020, disse o relatório.

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