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A reforma da Previdência (PEC 6/19) muda as alíquotas de contribuição previdenciária, tanto do regime geral quanto do regime próprio. As novas alíquotas, incidentes sobre faixas de remuneração, valerão após quatro meses da publicação da futura emenda constitucional.

Atualmente, os trabalhadores com carteira assinada pagam 8%, 9% ou 11%, segundo a faixa salarial até o teto do INSS (R$ 5.839,45 atualmente); enquanto os servidores federais pagam 11% sobre a remuneração total que recebem, exceto se participam de fundo complementar (Funpresp), quando contribuem sobre esse teto.

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Segundo o texto, até que entre em vigor uma lei fixando as alíquotas, elas serão divididas em oito faixas, aplicáveis sobre o salário de contribuição:

- até um salário mínimo: 7,5%

- mais de um salário mínimo até R$ 2 mil: 9%

- de R$ 2.000,01 a R$ 3 mil: 12%

- de R$ 3.000,01 a R$ 5.839,45: 14%

- de R$ 5.839,46 a R$ 10 mil: 14,5%

- de R$ 10.000,01 a R$ 20 mil: 16,5%

- de R$ 20.000.01 a R$ 39 mil: 19%; e

- acima de R$ 39.000,01: 22%

Para os trabalhadores vinculados ao INSS, a alíquota será limitada ao teto de contribuição ao órgão. Para os servidores, incide sobre toda a remuneração. Os valores serão reajustados pelo mesmo índice das aposentadorias do Regime Geral (atualmente, o INPC).

Em relação aos servidores aposentados e pensionistas, a PEC determina que a alíquota seja aplicada sobre o que passar do teto do INSS (R$ 5.839,45), inclusive para o beneficiário que seja portador de doença incapacitante.

Atualmente, a alíquota de contribuição previdenciária já existe para os servidores aposentados. Para os portadores de doença incapacitante, ela é aplicada sobre o que passar do dobro desse teto (em torno de R$ 11 mil).

O texto abre possibilidade, entretanto, de essa base de incidência ser maior para todos os aposentados e pensionistas do serviço público. Se, com base em uma lei complementar que disciplinar normas gerais para os regimes próprios de previdência social, for demonstrada a existência de déficit atuarial, a contribuição poderá ser aplicada sobre o que exceder um salário mínimo.

Além disso, também somente para servidores federais, poderá ser instituída por lei contribuição extraordinária por até 20 anos se o regime próprio demonstrar déficit atuarial.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou há pouco, por 226 votos a 127, destaque da bancada do DEM que pretendia manter as atuais alíquotas de 1% e 2% incidentes sobre a receita bruta de empresas de 56 setores da economia beneficiados pelo mecanismo da desoneração da folha de pagamentos. Com a rejeição, foi mantido o texto do substitutivo do relator, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), para o Projeto de Lei 863/15, do Executivo. A proposta do relator mantém a intenção do governo de elevar as atuais alíquotas de 1% e 2% para 2,5% e 4,5%, respectivamente.

Picciani, no entanto, optou por criar alíquotas diferenciadas para alguns setores, como call center, transporte de cargas e de passageiros, empresas jornalísticas, setores de carnes, etc. Mais cedo, o Plenário rejeitou, em conjunto, a admissibilidade de todos os destaques simples apresentados pelos parlamentares. No entanto, ainda deverão ser analisados 20 destaques de bancada.

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A análise dos destaques iniciou após quase duas horas do início da sessão desta quinta. Os líderes da base aliada estão confiantes de que conseguirão derrubar todas as emendas apresentadas ao PL da desoneração. “Preservar a espinha dorsal do PL é o que é fundamental para o governo. Já negociamos à exaustão e precisamos encerrar essa discussão e a votação dessa matéria”, afirmou José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.

O texto-base da desoneração foi aprovado nesta madrugada por 253 votos a favor, 144 contrários e uma abstenção. A proposta original é defendida pelo governo como uma das estratégias para o ajuste fiscal.

*Com informações da Agência Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (15) a redução e a unificação das alíquotas cobradas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para trabalhadores domésticos e seus empregadores. Pelo texto, a contribuição para a Seguridade Social do funcionário doméstico passará a ser de 6% da remuneração paga - valor que hoje varia entre 8%, 9% e 11%. Já a contribuição devida pelo empregador cairá de 12% para 6% do salário.

O objetivo da medida, votada hoje na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, é estimular a formalização, de acordo com a relatora Sandra Rosado (PSB-RN). Como tramitou de forma conclusiva, o texto deverá cumprir agora um prazo para recursos de Plenário. Caso nenhum recurso seja apresentado, seguirá para sanção presidencial.

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O Instituto Doméstica Legal, uma das entidades que apoiaram a aprovação da proposta, argumenta que o projeto também vai diminuir demissões e render aumento de arrecadação para o governo. O PL foi formulado a partir da campanha de abaixo assinado "Legalize sua doméstica e pague menos INSS", de 2005, que recolheu 56 mil assinaturas. A entidade calcula que o projeto poderá resultar ao governo num aumento anual de R$ 2,6 bilhões na arrecadação de impostos no emprego doméstico.

Num informativo que circulou no Congresso, o instituto afirma que há 6,5 milhões de trabalhadores domésticos no País, sendo que 70% estão na informalidade. Para justificar seu pleito, o Doméstica Legal cita outras medidas recentes adotadas pelo governo que evitaram demissões em outros setores, como as desonerações na folha de pagamento e a redução do INSS dos Microempreendedores Individuais (MEI).

Há também um dispositivo no projeto que estabelece que as contribuições à Seguridade Social deverão ser feitas por meio de uma guia de recolhimento da Previdência Social de domésticos, que identificará empregadores e empregados. "Isso permite localizar o patrão que faz aquele desconto do INSS, porque ele é responsável pelo recolhimento", argumenta Rosado, para quem as inovações trazidas pela redação são "justas".

Com a manutenção do benefício da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos automotores, a alíquota do tributo para os veículos com motores a gasolina acima de 1.000 cilindradas até 2.000 continua em 10%. O IPI normal para esta categoria de veículos é de 13%.

A vigência do IPI reduzido terminaria hoje, 30 de junho, mas, diante da queda das vendas e da capacidade deste setor de impactar uma longa cadeia produtiva, o Ministério da Fazenda entendeu por bem manter o benefício.

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Assim sendo, os veículos com potência superior a 2.000 cilindradas flex fuel ficaram com a alíquota de IPI normal, que é de 18%. Para os carros a gasolina acima de 2.000 cilindradas, a alíquota ficou em 25%, porcentual normal. Para os utilitários, cujas alíquotas normais são de 4% e 8%, a taxa ficou em 3%.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu as alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre 95 bens de capital, na condição de ex-tarifários. Segundo resolução publicada no Diário Oficial da União, os itens serão taxados em 2% até 31 de dezembro deste ano.

A decisão contempla produtos como compressores de ar centrífugo, máquinas automáticas para medição de correias dentadas utilizadas em veículos automotores, britadores giratórios primários para britagem de minério de ferro, máquinas para polir lentes oftálmicas, entre outros. Clique aqui e veja a lista de bens beneficiados com a medida.

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As importações de aço devem apresentar tendência de alta diante da não renovação da lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), anunciada na quinta-feira, 1, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, o setor foi pego de surpresa com o anúncio e considera que o cenário exige preocupação para as siderúrgicas brasileiras.

"Sem nenhuma proteção, com o patamar anterior da alíquota, a tendência é de que haja elevação das importações", disse o executivo ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Mello Lopes disse que as importações de aço neste ano registraram queda em relação ao ano passado por dois principais motivos: um deles foi o fim da chamada guerra fiscal dos portos, como a unificação do ICMS dos portos com a aprovação da Resolução 72, que entrou em vigor neste ano. A outra razão foi exatamente o aumento das alíquotas de importação para alguns produtos siderúrgicos.

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"Se eu tiver minha competitividade de volta, com um processo de desoneração, dá para trabalhar com uma alíquota mais baixa", afirmou. Segundo ele, o setor siderúrgico brasileiro trabalha hoje com uma utilização de capacidade instalada de 70%, enquanto no mundo está em 77%. Hoje, segundo ele, o excedente de capacidade instalada no mundo gira em torno de 580 milhões de toneladas.

Segundo o presidente do IABr, a situação do setor não está diferente do que aquela vivenciada em outubro do ano passado, quando essas alíquotas foram elevadas pelo governo. "O mundo não diminuiu o seu excedente de capacidade e ainda há novas capacidades entrando em operação", disse.

Mello Lopes disse ainda que a entrada de aço no país, medida pela importação sobre o consumo aparente, ficava historicamente entre 5% e 6%, mas passou para 20% nos últimos anos, chegando em 2013, com a recente queda das importações, em torno de 13%. O executivo destacou também que a recente desvalorização em relação ao dólar não se deu apenas no Brasil e que isso diminui a vantagem competitiva brasileira.

As importações de aço plano no Brasil somaram em junho 239,8 mil toneladas, queda de 32,2% em relação ao mesmo mês de 2012. No acumulado dos seis primeiros meses do ano houve uma queda de 14,6%.

Na quinta-feira, 1, ao anunciar o fim da renovação da lista de exceção à Tarifa Externa Comum, Mantega afirmou que, diante da desvalorização do real em relação ao dólar, essas alíquotas diferenciadas não seriam mais necessárias. Na ocasião, o ministro disse que a indústria siderúrgica está indo bem.

Estados produtores, principalmente do Sul e Sudeste, têm pressa em alinhar propostas para aprovar a unificação de alíquotas interestaduais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O receio é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue as cerca de 40 ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) contra benefícios concedidos a setores e empresas por diversos Estados, o que cria risco de anular as medidas regionais.

De acordo com o secretário de Estado da Fazenda de Minas Gerais, Leonardo Colombini, há consenso para aceitar o projeto de alteração das alíquotas aprovado semana passada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A proposta, que precisa ser aprovada pelo plenário da Casa, reduz progressivamente as alíquotas do ICMS até a unificação em 7% sobre produtos industrializados feitos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste destinados ao Sul e Sudeste e em 4% o imposto no sentido inverso.

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Colombini ressaltou que há urgência em um acordo para a unificação das tarifas porque a possibilidade de o STF julgar as ADIs cria risco e insegurança jurídica "não só em Minas Gerais", mas sim para "todos os Estados". Por isso, estamos discutindo e chegando a um consenso de como a gente faz para que isso não ocorra. Não tem a menor dúvida de que queremos proteger as empresas, sim, que tenham benefícios. Senão, iríamos trazer um transtorno terrível para toda a economia brasileira. As empresas não aguentariam pagar aquilo que teria que ser cobrado delas", avaliou o secretário.

Ele afirmou que um dos empecilhos para que o projeto aprovado pela CAE tenha adesão de todos os Estados é a emenda que estende para o comércio a redução prevista para os produtos industrializados. "Isso a gente não concorda", adiantou. Outro problema, segundo o secretário, é a manutenção de alíquotas de 12% para produtos da Zona Franca de Manaus e para o gás, por exemplo, proposta também criticada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). "Está se criando colcha de retalhos que vai complicar o ICMS. O gás é um energético importante para a produção o Brasil. Eu recebo a 12% em Minas, cobro 18%. Aí, quem precisa vender fornecer gás para a indústria, tem alíquota elevada", observou.

O governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), e outros líderes estaduais fizeram um périplo nesta segunda-feira em gabinetes de senadores a fim de assegurar nesta terça-feira, 7, a manutenção da alíquota de 12% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as operações realizadas a partir da Zona Franca de Manaus para o restante do País.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado votará nesta terça-feira os destaques ao parecer do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) do projeto de resolução do ICMS. Dentre as 14 emendas que podem ser apreciadas, uma das mais polêmicas é a do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que reduz a alíquota da Zona Franca para 7%. Senadores de São Paulo lideram uma articulação política para diminuir a alíquota da localidade.

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Na visita, Aziz esteve com o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF), o líder do PSB na Casa, Rodrigo Rollemberg (DF), e o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN). Telefonou ainda para outros parlamentares, como o senador Humberto Costa (PT-PE).

O governador amazonense pediu-lhes apoio para manter a alíquota de 12% para a Zona Franca como forma de manter a "competitividade" do Estado. Segundo ele, a redução para 7% do ICMS acarretaria perda de 42% da arrecadação com o imposto e de 4%, como previa originalmente o governo federal ao querer unificar todas as alíquotas, uma queda de quase 80% da receita. Atualmente o imposto rende ao Estado R$ 6 bilhões.

"Não é só a perda do ICMS, porque essa perda pode ser compensada pela criação de um fundo. O problema é a cadeia produtiva que tem dentro do Estado que você perde toda", disse Aziz, na saída do encontro com Raupp. Na quinta-feira passada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para tratar da reforma do ICMS. Alckmin cobra, pelo menos, que a Zona Franca tenha uma alíquota reduzida para 7%. O argumento é de que, com a reforma, a diferença entre a alíquota da Zona Franca e os demais Estados vai aumentar ainda mais - de cinco para até oito pontos porcentuais de imposto.

Desde a semana passada, uma articulação crescente de parlamentares da região Sul e Sudeste com Estados do Nordeste pode levar nesta terça-feira à análise aprovação de uma proposta que reduza a alíquota da Zona Franca. "É um exagero", admitiu um senador da base aliada, mais cedo.

O governador do Amazonas não quis dizer se seu périplo levará a rejeição da emenda amanhã. "Espero que tenhamos o apoio de metade mais um", disse Aziz. A comissão tem 27 integrantes. Logo após ser apreciado na CAE, o projeto regimentalmente só terá de ir à votação no plenário do Senado. Ele marcou de se encontrar com o autor do destaque, Eduardo Suplicy, nesta terça-feira cedo.

Secretários da Fazenda das regiões Sul e Sudeste defenderam nesta terça-feira, em reunião com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que a Zona Franca de Manaus não continue a praticar a alíquota de 12% em operações interestaduais, após a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A proposta consta do parecer do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na semana passada. Os destaques à proposta ainda serão apreciados pela CAE. Delcídio também participou do encontro. Eles pediram que a alíquota do local seja reduzida para 7%, o porcentual já aprovado pela comissão nas transações realizadas para produtos industrializados e agroindustriais que tenham origem nos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo. Segundo um dos presentes ao encontro relatou ao Broadcast, serviço de tempo real da Agência Estado, Nelson Barbosa não quis se comprometer com o pedido dos secretários alegando que a questão está para ser decidida pelo Congresso.

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Durante o encontro, os secretários defenderam o aumento de R$ 8 bilhões para R$ 12 bilhões dos recursos previstos do fundo de compensação da União para os estados a fim de compensar as perdas com a mudança de alíquota do ICMS. Pela primeira vez, eles também admitiram, ainda que não abertamente, que aceitam a adoção das alíquotas diferenciadas de 4%, para as transações originadas no Sul e Sudeste, e 7%, para as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e pelo Espírito Santo.

A constatação, segundo um dos participantes do encontro, tem uma razão prática: a falta de voto que os senadores do Sul e Sudeste têm para barrar as mudanças. Um dos representantes justificou a adoção global das alíquotas diferenciadas como fator que poderia simplificar o sistema tributário.

Na abertura da reunião desta manhã, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), confirmou o adiamento da votação do projeto que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais. A Casa está relativamente esvaziada por conta da véspera do feriado do Dia do Trabalho, na quarta-feira, 1º de maio. A pedido dos integrantes da comissão, segundo Lindbergh, a apreciação da proposta foi adiada para a terça-feira, dia 7.

A comissão também adiou a análise do projeto de lei complementar que dispõe sobre a criação de um fundo da União para auxiliar Estados, Distrito Federal e municípios em razão das perdas resultantes da mudança da alíquota do ICMS. O colegiado aprecia agora outros itens da pauta, como um que obriga os estabelecimentos comerciais a repassar a gorjeta aos garçons.

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Na semana passada, a CAE aprovou um parecer do senador Delcídio Amaral (PT-MS) que tenta por fim à chamada guerra fiscal entre os Estados. O texto do relator reduz de 12% para 7% as alíquotas de ICMS sobre produtos manufaturados e agroindustriais para os Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Espírito Santo. Para os demais casos, a alíquota cairá paulatinamente de 7% para 4%. O texto recebeu aval da equipe do Ministério da Fazenda. Originalmente, o governo enviou a proposta de 4% para todas as operações.

Nesta semana, os senadores da comissão iriam apreciar os destaques apresentados ao parecer de Delcídio Amaral. Uma das principais propostas é do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que defende a ampliação da alíquota de 7% do imposto também para operações do comércio, nos mesmos moldes da indústria e do beneficiamento agrícola. Se vingar, a proposta institucionaliza as alíquotas diferenciadas, ficando de fora poucos setores econômicos.

O cenário é favorável à aprovação da emenda de Ferraço, porque, dos 27 integrantes da CAE, 19 representam Estados que seriam beneficiadas com a eventual ampliação do ICMS diferenciado. Hoje em dia, o imposto é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do País e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais regiões.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), enviou um comunicado aos integrantes do colegiado avisando-os que, na reunião da manhã desta terça-feira, 30, não haverá a votação do projeto que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais. Em razão do feriado de amanhã do Dia do Trabalho, o que tradicionalmente leva a queda da presença dos senadores, Lindbergh remarcou a apreciação da proposta para a próxima terça-feira, dia 7 de maio. A sessão da comissão, marcada para as 10 horas, ainda não começou e, até o momento, há poucos integrantes do colegiado presentes nela.

Na semana passada, a CAE aprovou um parecer do senador Delcídio Amaral (PT-MS) que tenta por fim à chamada guerra fiscal entre os Estados. O texto do relator reduz de 12% para 7% as alíquotas de ICMS sobre produtos manufaturados e agroindustriais para os Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Espírito Santo. Para os demais casos, a alíquota cairá paulatinamente de 7% para 4%. O texto recebeu aval da equipe do Ministério da Fazenda. Originalmente, o governo enviou a proposta de 4% para todas as operações.

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Nesta semana, os senadores da comissão iriam apreciar os destaques apresentados ao parecer de Delcídio Amaral. Uma das principais propostas a serem analisadas é do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que defende a ampliação da alíquota de 7% do imposto também para operações do comércio, nos mesmos moldes da indústria e do beneficiamento agrícola. Se vingar, a proposta institucionaliza as alíquotas diferenciadas, ficando de fora poucos setores econômicos.

O cenário é favorável à aprovação da emenda de Ferraço porque, dos 27 integrantes da CAE, 19 representam Estados que seriam beneficiadas com a eventual ampliação do ICMS diferenciado. Hoje em dia, o imposto é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do País e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais regiões.

A última versão do parecer do senador Delcídio Amaral (PT-MS), aprovado na tarde desta quarta-feira, 24, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ignora as perdas dos Estados das Regiões Sul e Sudeste com a eventual mudança das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações interestaduais. Nota técnica do governo paulista, por exemplo, estima que, com a mudança dos percentuais do ICMS, a queda de arrecadação do Estado é da ordem de R$ 3,754 bilhões por ano.

A aprovação do texto foi simbólica e apenas o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) registraram voto contrário ao texto. Na semana que vem, os senadores vão apreciar destaques que pedem, entre outras questões, alíquotas maiores do imposto para determinados Estados. Após essa etapa, a proposta regimentalmente só terá de passar pela votação no plenário do Senado.

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O texto do relator aponta que, com a troca das alíquotas de 7% para as Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Estado do Espírito Santo, nas operações para os demais Estados, e de 4% para Sul e Sudeste, exceto para os capixabas, nas transações com os demais Estados da federação, "seria possível diminuir as perdas dos Estados situados naquelas regiões que são vocacionadas para a exportação".

Pelo parecer, usando dados do Ministério da Fazenda, haveria diminuição de perdas de arrecadação do ICMS da Bahia, do Mato Grosso do Sul, Estado do relator, de Mato Grosso e de Goiás. Estados do Norte, como Rondônia e Tocantins, aumentariam a arrecadação, assim como Regiões com maior "estrutura econômica", segundo o relator, como Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Contudo, não há uma linha no parecer sobre como ficarão os Estados do Sul e Sudeste, inclusive o Espírito Santo, que é beneficiado por alíquotas diferenciadas em relação às demais localidades do Sudeste. São Paulo também projeta perder cerca de R$ 1,2 bilhão por ano com a criação dos fundos de desenvolvimento regional e de compensação, que ajudam os Estados com as mudanças nas alíquotas do ICMS.

Após uma intensa discussão, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, na tarde desta quarta-feira, 24, o parecer do senador Delcídio Amaral (PT-MS) ao projeto de resolução que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações interestaduais.

Por sugestão do líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), os parlamentares decidiram deixar a votação de destaques à proposta para a próxima terça-feira, 30.

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A votação foi simbólica e apenas Aloysio Nunes Ferreira e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) fizeram questão de registrar voto contrário ao texto. Na semana que vem, os senadores vão apreciar destaques que pedem, entre outras questões, alíquotas maiores do imposto para determinados Estados. Após essa etapa, a proposta regimentalmente só terá de passar pela votação no plenário do Senado.

Na última versão, Delcídio acatou em seu texto cerca de 15 emendas apresentadas pelos senadores, a maioria atendendo a pleitos das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Espírito Santo. Governadores desses Estados foram contemplados com a adoção da alíquota de 7% nas operações feitas com produtos industrializados e produtos agrícolas que tenham passado pelo Processo Produtivo Básico (PPB) que saiam das respectivas localidades para os demais Estados do Sul e Sudeste. Para as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido gradualmente para 4%. Trata-se do porcentual que o governo federal havia proposto originalmente no projeto.

Atualmente, a alíquota é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do País, e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais Regiões. O projeto de mudanças das alíquotas tem por objetivo acabar com a chamada guerra fiscal entre os Estados.

O relator manteve a alíquota de 12% para as operações interestaduais com gás natural, exceto nas transações originadas nas Regiões Sul e Sudeste, destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, inclusive ao Estado do Espírito Santo, quando a alíquota será de 7%. Nas operações com gás natural importado, o porcentual também será de 12%.

Outra mudança importante feita pelo relator foi atrelar a entrada em vigor dos novos porcentuais do ICMS à aprovação de um projeto de lei complementar que convalide os benefícios concedidos pelos Estados. Uma mudança de última hora no texto prevê que a confirmação desses incentivos terá de ser aprovada por projeto de lei complementar, definindo um quorum mínimo de três quintos dos representantes do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para referendar as decisões. A entrada em vigor do projeto também está atrelada à criação dos fundos de compensação e de desenvolvimento regional previsto originalmente na Medida Provisória 599/2012.

Sob protestos da bancada de São Paulo e do secretário de Fazenda do Estado, Andrea Calabi, que acompanhou a sessão, Delcídio manteve a Zona Franca de Manaus com a alíquota de 12%. Ele ainda ampliou de seis para nove as áreas de livre comércio na Região Norte, que vão contar com o mesmo porcentual do ICMS.

"A reforma é um grande avanço porque nunca, nas reformas anteriores, os Estados abriram mão das receitas", defendeu Delcídio, antes da votação do seu parecer. O relator disse que São Paulo está "muito bem atendido" na questão da reforma e destacou que, de 2009 para cá, a receita do Estado com esse imposto subiu de R$ 70 bilhões para R$ 102 bilhões. "Acho que essa é uma oportunidade ímpar de deixar que outros Estados se desenvolvam", completou.

Senadores da base aliada, envolvidos nas negociações do projeto de resolução que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais, contam com votos de representantes das 21 unidades da federação beneficiadas pelo parecer do senador Delcídio Amaral (PT-MS) para aprovar, na quarta-feira, 24, a proposta na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.

Delcídio Amaral acatou 10 de 30 emendas apresentadas, a maioria atendendo a pleitos das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Espírito Santo. Governadores desses Estados foram contemplados com a adoção da alíquota de 7% nas operações feitas com produtos industrializados e produtos agrícolas que tenham passado pelo Processo Produtivo Básico (PPB) que saiam das respectivas localidades para os demais Estados do Sul e Sudeste. Para as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido gradualmente para 4%.

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Pela proposta original enviada pelo Executivo, o porcentual seria de 4% em quaisquer situações. Atualmente, a alíquota é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do País e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais Regiões. O projeto de mudanças das alíquotas tem por objetivo acabar com a chamada guerra fiscal entre os Estados.

Na sessão desta terça-feira, 23, o relator do projeto acatou emendas que atrelam a entrada em vigor dos novos porcentuais do ICMS à aprovação de um projeto de lei complementar que convalide os benefícios já concedidos pelos Estados. Uma mexida de última hora no texto prevê que a confirmação desses incentivos terá de ser aprovada por projeto de lei complementar, definindo um quorum mínimo de três quintos dos representantes do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para referendar as decisões.

O chamado projeto de convalidação também prevê que a União terá de fazer "transferências obrigatórias" para ajudar Estados, Distrito Federal e municípios com as novas alíquotas do ICMS. Na prática, a proposta transfere a criação dos fundos de compensação e de desenvolvimento regional para o projeto de lei complementar, previstos originalmente na Medida Provisória 599/2012.

Senadores e governadores argumentam que a modificação dará mais segurança na hora dos repasses, a fim de evitar uma Lei Kandir 2 - alusão ao fato de a União não estar obrigada por lei a ressarcir anualmente Estados pelas perdas decorrentes da isenção de recolhimento do ICMS em produtos e serviços destinados à exportação.

Com as mudanças, a expectativa é de que a proposta receba o apoio de até 19 senadores dessas Regiões entre os titulares da comissão. A CAE tem 27 integrantes. Ainda sinalizam voto favorável ao texto os dois representantes da bancada fluminense: o presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT), e o senador Francisco Dornelles (PP).

"Acho que avança, mas amanhã é no voto", afirmou Delcídio Amaral, ao final da reunião. Segundo o relator, os senadores que tiveram suas emendas rejeitadas por ele ou não se sentiram contemplados com as mudanças vão apresentar destaques e cada um deles será votado separadamente. "São Paulo sempre ganha, mas agora vamos tratorar São Paulo", afirmou um senador governista a respeito do Estado que sempre defendeu a unificação da alíquota em 4%.

Se aprovada na comissão, regimentalmente a proposta só terá de ser aprovada pelo plenário do Senado.

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), relator do projeto de resolução que altera a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações interestaduais, afirmou nesta terça-feira, 23, que acatou uma emenda que atrela a entrada em vigor dos novos porcentuais do ICMS à aprovação da convalidação dos benefícios já concedidos por Estados.

A proposta de convalidação havia sido encaminhada pelo governo na forma de um projeto de lei complementar, atualmente em debate na Câmara dos Deputados. O Executivo propôs a adoção do quórum de três quintos do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para referendar os incentivos já dados.

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Por exigência de senadores, que pediram acesso ao texto final com a avaliação de cada um das 30 emendas apresentadas, o debate sobre o parecer de Delcídio foi suspenso por uma hora e será retomado ainda nesta tarde. A votação está marcada para quarta-feira, 24, a partir das 11h30.

Delcídio Amaral também vinculou a vigência das novas alíquotas de ICMS à aprovação da criação dos fundos de compensação e de desenvolvimento regional, previstos na Medida Provisória 599/2012. "A resolução aguardará os demais projetos, porque essa vinculação é fundamental, porque senão fica sem efeito. Essas coisas todas se compartilham", destacou.

A pedido do senador Romero Jucá (PMDB-RR), o relator também decidiu ampliar a alíquota de 12%, praticada hoje em operações realizadas a partir da Zona Franca de Manaus, para todas as demais áreas de livre e comércio existentes no País.

No seu parecer, o relator propôs a adoção de 7% para produtos industrializados e produtos agrícolas que tenham passado pelo Processo Produtivo Básico (PPB) que saiam das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo para os demais Estados do Sul e Sudeste. Para todas as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido gradualmente para 4%.

Atualmente, a alíquota é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do País e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais regiões. O projeto de mudanças das alíquotas tem por objetivo acabar com a chamada guerra fiscal entre os Estados.

O senador manteve a alíquota de 12% para as operações interestaduais com gás natural, exceto nas transações originadas nas regiões Sul e Sudeste, com exceção do Estado do Espírito Santo, destinadas às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, inclusive ao Estado do Espírito Santo, quando a alíquota será de 7%. Nas operações com gás natural importado vindo do exterior, o porcentual também será de 12%. "Eu concordo que o objetivo maior era unificar as alíquotas. Essa proposta é a resolução do possível para a gente caminhar efetivamente para um novo cenário tributário no país, acabando de uma vez com a guerra fiscal", afirmou o relator.

A votação do projeto que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais ficará quarta-feira, 24. A decisão foi anunciada pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele disse que atendeu a apelo do líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE).

A intenção, segundo Lindbergh, é discutir na sessão desta terça-feira, 23, as mais de 20 emendas apresentadas ao projeto. O senador Delcídio Amaral (PT-MS), relator do projeto, se manifestará ainda nesta terça-feira sobre as emendas apresentadas. Lindbergh disse que vai fechar a questão ainda nesta terça-feira com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

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Delcídio Amaral afirmou que sua proposta tem por objetivo fixar em 4% a alíquota do imposto para 95% das transações ocorridas no País. Ele propôs a adoção de 7% do imposto aos produtos industrializados e aos agrícolas que tenham passado pelo chamado Processo Produtivo Básico (PPB) que venham sair das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo para os demais Estados do Sul e Sudeste. Para todas as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido gradualmente para 4%. "Esse projeto avança na redução da carga tributária, sonho de todos nós", afirmou.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), iniciou a reunião em que deverá ser votado o projeto de resolução que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais. Sem acordo entre os Estados, os senadores vão apreciar nesta terça-feira, 23, o parecer do relator Delcídio Amaral (PT-MS) que propõe a adoção de alíquotas diferenciadas em determinadas operações feitas com produtos industrializados e que tenham passado por beneficiamento agrícola.

O relator propôs a adoção de 7% do imposto aos produtos industrializados e os agrícolas que tenham passado pelo chamado Processo Produtivo Básico (PPB) que saem das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo para os demais Estados do Sul e Sudeste. Para todas as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido gradualmente para 4%.

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Atualmente, a alíquota é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do país e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais regiões.

Para garantir a votação da matéria, o Ministério da Fazenda cedeu da proposta inicial de unificar todas as alíquotas em 4% e deu aval, pelo menos para os produtos industrializados que saem das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo, em direção ao resto do País a manutenção de um porcentual de imposto diferenciado.

Na segunda-feira, 22, de passagem pelo Senado, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que ainda não tinha analisado a questão de se adotar uma segunda alíquota para produtos agrícolas que tenham passado por processo de industrialização. "Vou analisar amanhã (hoje). Se é um produto industrializado, está na lógica geral. Há uma discussão sobre grão, sobre gado, que provavelmente vai surgir amanhã (hoje) na CAE", destacou.

Impasses

A proposta deve ir à votação sob uma série de impasses. Foram apresentadas 18 emendas para tentar alterar o texto. Estados da região Sudeste como São Paulo são favoráveis à adoção de uma alíquota única. Receosos com a eventual perda de arrecadação por conta da mudança do ICMS, governadores querem que os fundos de compensação e de desenvolvimento regional, previstos na Medida Provisória 599/2012, sejam criados por meio de projeto de lei complementar. Para eles, essa fórmula lhes asseguraria maior segurança jurídica. Nelson Barbosa disse ontem que não se opõe à mudança.

Governadores também pedem mais recursos para os dois fundos, embora, até o momento, o governo federal não tenha sinalizado com a ampliação dos repasses. Estima-se que o Executivo vá gastar cerca de meio trilhão de reais em repasse aos estados por conta da mudança com o ICMS.

Por ser um projeto de resolução, regimentalmente a proposta terá de passar apenas pela CAE e pelo plenário do Senado.

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou na noite desta segunda-feira, 22, que a adoção de alíquotas diferenciadas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais "diminui bastante" a possibilidade de guerra fiscal entre os Estados brasileiros.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve votar na terça-feira, 23, o parecer do senador Delcídio Amaral (PT-MS) que propõe adoção da alíquota de 7% do imposto para produtos industrializados que saem das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo para os demais Estados do Sul e Sudeste. Para as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido gradualmente para 4%.

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"Ela (a alíquota diferenciada) diminui bastante (a guerra fiscal)", afirmou Barbosa, na saída de uma reunião realizada no gabinete do presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ). "Fica bem claro (no parecer) o que é que conta com a alíquota diferenciada. É um incentivo à produção e diminui bastante o espaço para a guerra fiscal", disse.

Segundo o secretário executivo da Fazenda, o maior problema que se tem na guerra fiscal atualmente é com comércio, quando se adota alíquotas diferenciadas de forma a simular que um bem tenha origem em um Estado e se aproveita do incentivo do ICMS em outro.

Barbosa destacou que o governo queria a alíquota de 4% para todas as operações. Contudo, disse que a adoção das duas alíquotas foi a saída política possível para votar o texto. Atualmente, a alíquota é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do país e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais regiões.

Questionado se apoia a emenda do relator para também garantir alíquota diferenciada para beneficiamento agrícola, nos mesmos moldes para os produtos industrializados que venham a sair das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo, o secretário declarou que ainda não viu a emenda. "Vou analisar amanhã. Se é um produto industrializado, está na lógica geral. Há uma discussão sobre grão, sobre gado, que provavelmente vai surgir amanhã na CAE."

O Ministério da Fazenda quer apresentar ainda neste ano uma proposta para a redução da alíquota interestadual do ICMS, hoje em até 12%. A intenção é acabar com o prejuízo do produto nacional diante da guerra fiscal entre os estados, que desoneram as importações nos portos.

"A proposta que já está no Senado reduz a alíquota interestadual do ICMS somente sobre a importação. E nós, dentro do Confaz Conselho dos Secretários Estaduais de Fazenda, estamos discutindo uma proposta mais geral, para todos os produtos", disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. "Nós estamos estudando uma redução dessa alíquota interestadual, mudando a tributação para mais no destino, onde foi feita a venda, do que onde foi feita a produção. Isso diminui o espaço para a guerra fiscal e tende a aumentar a arrecadação do ICMS".

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Segundo Barbosa, a competição entre os estados, com desonerações de ambos os lados, faz com que todos arrecadem menos. "É uma lógica regional de atrair mais importações para os seus portos, de atrair mais receita líquida. Só que, na prática, acaba dando um incentivo maior ao produto importado do que ao produzido no estado vizinho", salientou.

O secretário disse que quando um importado recebe desconto de 9% no ICMS no porto de um determinado estado, isso afeta diretamente a competitividade do produto brasileiro. "Na prática, isso significa que aquele produto entrou por aquele porto com uma taxa de câmbio 9% mais baixa e acaba gerando, então, uma diferença de competitividade substancial com o produto fabricado dentro do próprio Brasil."

A Fazenda tentará fechar a nova proposta na próxima reunião do Confaz, entre os dias 15 e 16 de dezembro, em São Paulo, para depois apresentá-la ao público. De acordo com Barbosa, a maioria dos estados ganha com a mudança. "E mesmo os estados que inicialmente perdem um pouco de arrecadação, no médio prazo eles acabam ganhando, porque diminui a guerra fiscal, diminuem os incentivos que eles têm que dar para compensar incentivos que os outros dão. Então, é benéfico para o Brasil", afirmou.

Na simulação do ministério, com a redução interestadual do ICMS, oito estados podem sair perdendo: Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

"Alguns deles ainda podem sair ganhando, estamos finalizando esse números", contou. "Precisamos saber como fazer e em quanto tempo e como fazer essa transição. Sobre a direção, estão todos de acordo."

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