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Humorista e candidato a deputado federal pelo PL, Pedro Manso fez um comentário homofóbico em uma publicação sobre o ator Jesuíta Barbosa e seu novo namorado, Cícero Ibeiro. No texto, Manso chega a sugerir que o artista gostaria de ser uma mulher.

"O final dos tempos está chegando, antigamente a gente correria atrás da mulherada e era difícil", escreveu Manso. Na sequência, o humorista ainda disse que "hoje em dia os caras tem a mulher que eles querem mas preferem eles serem as mulheres. Papel inverso".

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Manso integrou o elenco do 'Programa do Ratinho', no SBT, e também participou do 'Sabadão', com Celso Portiolli, como jurado. Ele é conhecido por suas imitações de Valdemiro Santiago, Silvio Santos, Datena, Cid Moreira e Maguila. Atualmente, ele está em campanha pelo posto de deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Na tarde desta sexta-feira (5), um carro pegou fogo no cruzamento entre a Rua das Criolas com a Avenida Rui Barbosa, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. Por volta das 14h38, o Corpo de Bombeiros foi acionado para debelar as chamas da Fiorino de cor branca.

O condutor do veículo, que preferiu não se identificar, informou à reportagem do LeiaJá que o incêndio teve início com o carro em movimento na via. "Em um momento deu uma explosão e comecei a procurar um lugar para estacionar e descer. O carro roda com gás e gasolina, estava na gasolina porque o gás tinha acabado", relatou. 

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O motorista disse ainda que o sistema de abastecimento GNV do carro está devidamente regulamentado. Ele não sabe o que causou o incêndio. 

De acordo com testemunhas, o incêndio foi causado pela soltura da válvula do cilindro do sistema de abastecimento do veículo. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Corpo de Bombeiros informou que uma guarnição enviada ao local debelou as chamas. O incêndio não deixou vítimas. 

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Com informações do repórter Júlio Gomes

A Polícia Civil de Goiás confirmou a morte do serial killer Lázaro Barbosa, na manhã desta segunda (28). Nas redes sociais, circulam imagens de policiais conduzindo o corpo do criminoso para uma ambulância.

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Instantes antes, a Secretaria de Segurança Pública do governo de Goiás havia confirmado, ao LeiaJá, que Lázaro foi capturado na cidade de Águas Lindas. Mais informações sobre a prisão e morte do maníaco serão dadas pelo governo em coletiva de imprensa.

Por meio de suas redes sociais, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, parabenizou os policiais envolvidos nas buscas, que duraram 20 dias. "Parabéns à PM/GO e demais forças pelo sucesso nas diligências de localização e todo esforço na captura. Planejamento, cooperação e inteligência encerraram a reincidência de crimes hediondos e mais tragédias a outras possíveis famílias. Nossos sinceros sentimentos pelas vítimas", escreveu.

Histórico

Aos 32 anos, Lázaro Barbosa era procurado por uma força-tarefa composta por mais de 200 policiais. A fuga do serial killer começou em 9 de junho, quando ele invadiu a chácara de Cláudio Vidal, na região do Incra 9, em Ceilândia, no Distrito Federal. No local, Cláudio e seus filhos foram mortos pelo maníaco.

Aos 32 anos, Lázaro Barbosa era procurado por uma força-tarefa composta por mais de 200 policiais. A fuga do serial killer começou em 9 de junho, quando ele invadiu a chácara de Cláudio Vidal, na região do Incra 9, em Ceilândia, no Distrito Federal. No local, Cláudio e seus filhos foram mortos pelo maníaco. Lázaro ainda fez Cleonice Marques, de 43 anos, esposa de Cláudio, de refém.

O corpo da mulher foi encontrado três dias depois, em córrego na cidade de Luziânia, em Goiás. Também no dia 9 de junho, o serial killer roubou outra chácara, em Ceilândia, e é apontado como responsável por ter rendido o dono da propriedade e sua filha.

Na manhã do dia seguinte, Lázaro invadiu uma terceira chácara, a apenas três quilômetros da que pertencia a Cláudio e Cleonice. Na nova casa, o maníaco teria feito a dona de casa Sílvia Cmapos, de 40 anos, e o caseiro, Anderson, de 18, como reféns. As vítimas foram mantidas sob o cano da arma do criminoso por três horas e obrigadas a fumar maconha. No local, Lázaro teria roubado cerca de R$ 200 e celulares.

No dia 11 de junho, Lázaro teria roubado um carro feito outro refém. O criminoso teria dirigido o veículo até Cocalzinho de Goiás. Lá, o carro foi queimado e abandonado. Um dia depois, o criminoso teria invadido um zona rural da cidade, onde o caseiro da propriedade foi feito de refém.

Também em 12 de junho, Lázaro invadiu outra propriedade e atirou em três homens. No local teria roubado armas de fogo. Na caçada pelo criminoso, os policiais trocaram tiros com Lázaro no dia 13 de junho, quando o criminoso roubou outro carro, que abandonou ao notar a presença de um bloqueio de segurança.

No dia 14 de junho, foi a vez de um caseiro da zona rural de Cocalzinho de trocar tiros contra Lázaro. No dia seguinte, mais uma família foi feita refém e levada para a beira de um rio. Um grupo foi resgatado pela polícia. Na ocasião, um policial levou dois tiros de raspão no rosto.

Na manhã desta segunda, os policiais cercaram a casa da sogra do criminoso, onde denunciantes apontaram que ele estava escondido. De acordo com o governo de Goiás, houve troca de tiros entre criminoso e policiais. A polícia Civil confirmou que o serial killer morreu no confronto.

 

mATOU 4 PESSOAS EM ceilancia

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O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) parece não ter se agradado com o fato do ex-ministro Joaquim Barbosa ter declarado seu voto no presidenciável Fernando Haddad (PT) neste sábado (27). Depois do anúncio, Bolsonaro afirmou por meio das reses sociais que Barbosa teria dito que o militar foi o único que “não foi comprado pelo PT no esquema de corrupção conhecido como Mensalão”.

O ex-ministro do STF desmentiu Bolsonaro, por meio do Twitter, e disse que existe uma “manipulação” ao longo da campanha eleitoral. “Desde 2014 jamais emiti opinião sobre a conhecida Ação Penal 470. Mudei de atividade profissional. Virei a página. Mas vou esclarecer às pessoas sem conhecimento técnico o seguinte: 1) a AP 470 envolvia sobretudo líderes e presidentes de partidos. Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do Mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí”, rebateu.  

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Mais cedo, ao declarar voto em Haddad, Joaquim Barbosa chegou a dizer que Bolsonaro o inspira medo. “Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad”. 

A penúltima senadora a questionar o ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, durante o terceiro dia de julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Ângela Portela (PT-CE), pediu que Barbosa explicasse a revisão da meta fiscal de 2015.

Ao começar sua resposta, Barbosa afirmou que 2015 poderia ser caracterizado de diversas formas, "menos como um ano de irresponsabilidade fiscal". Ele ressaltou que, em 2015, o governo adotou uma política contracionista e que a frustração de receitas levou à alteração da meta fiscal, e não o aumento das despesas. "Foram R$ 185 bilhões de frustração de receita ante a Lei Orçamentária Anual. A desaceleração do crescimento da economia foi o que levou à revisão da meta", justificou.

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Já o senador Lasier Martins (PDT-RS), discursou sobre os ministros e técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele reforçou que eles "Merecem todo o respeito".

Em resposta, Barbosa defendeu os técnicos dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. "São tão honrados quanto os do TCU", argumentou. O ministro repudiou ainda a ideia de que os técnicos apresentaram depoimento porque estavam sob a ordem de Dilma.

A última fala de Barbosa antes que a sessão fosse suspensa para almoço foi também em resposta ao senador Martins: "não se faz julgamento político e depois se procura crime para justificá-lo".

Interlocutores da presidente afastada Dilma Rousseff afirmaram que a petista está bastante satisfeita com o desempenho do ex-ministro Nelson Barbosa, que está testemunhando neste momento no Plenário do Senado. Dilma está no Alvorada com assessores e ex-ministros, se divide entre acompanhar trechos do julgamento e preparar a sua defesa que será feita na segunda-feira.

Segundo o advogado e ex-ministro de Dilma, José Eduardo Cardozo, que tem falado com a petista por telefone enquanto está no Congresso, ela está acompanhando "apenas partes" do julgamento.

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O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa disse há pouco que como o atual dirigente da Pasta, Henrique Meirelles, afirmou que só tem comprometimento com a meta fiscal do governo central, isso poderá ser questionado nos próximos anos, uma vez que essa nunca foi a interpretação do governo.

Barbosa argumenta que o governo central sempre foi responsável pelo cumprimento da meta do setor público consolidado, e que Meirelles já disse que esse pode não ser um compromisso de sua gestão.

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O ex-dirigente da Fazenda argumenta que o ponto mais preocupante desse processo de impeachment, se refere à retroatividade de novas interpretações. "O que é mais preocupante é mudar leis com efeito retroativo", disse.

A fala de Barbosa aconteceu após questionamentos do senador Roberto Muniz (PP-BA).

Apesar do mau momento do mercado de trabalho, há a expectativa de que o cenário vai melhorar, segundo o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) Fernando de Holanda Barbosa Filho. O Indicador Antecedente do Emprego (IAEmp) de maio, divulgado nesta quinta-feira, 9, demonstra que a percepção dos entrevistados é que vagas serão criadas no horizonte de seis meses. O indicador avançou 3,8%, ao atingir 79,4 pontos, o melhor nível desde abril de 2014.

O IAEmp é calculado a partir de dados extraídos de sondagens da indústria, serviços e do consumidor, realizadas pelo Ibre/FGV, e sinaliza a percepção dos entrevistados do que será o mercado de trabalho ao longo do semestre. Apesar do otimismo, o resultado da pesquisa ainda está abaixo da média histórica, o que demonstra, segundo Barbosa Filho, que os entrevistados não estão completamente seguros de que o cenário vai melhorar.

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Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que avalia o cenário presente, mostra que os consumidores continuam demonstrando pessimismo com o mercado de trabalho. O índice subiu 4,1%. O avanço significa piora da percepção do mercado de trabalho. "Na prática, o retrato é de otimismo, mas também de recuperação lenta", afirmou Barbosa Filho.

O ICD é formulado a partir da Sondagem do Consumidor, que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está buscando apoio para aprovação da alteração da meta fiscal de 2016. Para acelerar a tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional, o dirigente da Fazenda se reuniu nesta quarta-feira, 20, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Após o encontro, o ministro afirmou que o governo precisará fazer um novo contingenciamento se a alteração não for aprovada. "Tudo indica que será necessário um novo contingenciamento e um novo contingenciamento, no atual estágio da economia brasileira, não é a melhor medida", disse.

Na avaliação de Barbosa, o Brasil sofrerá efeitos negativos caso o governo faça um novo corte no Orçamento. O ministro afirmou ainda que a mudança será necessária para manter, inclusive, serviços essenciais à população, para manter os programas em andamento. "E, principalmente, recuperar e aumentar alguns investimentos, principalmente infraestrutura e transporte, que vão auxiliar a economia brasileira nesse momento que ela precisa mais de auxílio", argumentou.

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O ministro lembrou ainda que o projeto precisa passar pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) para que seja apreciado pelo Congresso. Como a Câmara estava empenhada em aprovar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a Comissão ainda não foi criada desde o retorno dos trabalhos no legislativo. "O tema da meta fiscal é importante e diz respeito ao funcionamento do governo e eu tenho certeza que o Congresso pode analisar as duas coisas ao mesmo tempo", disse.

O outro tema tratado como prioritário pelo ministro foi o Projeto de Lei que está tramitando na Câmara sobre o auxílio fiscal aos Estados, que permitirá um alongamento das dívidas estaduais.

Estados

O ministro, mais uma fez, reforçou sua tese sobre os Estados e afirmou que seus argumentos são firmes. Ele avaliou ainda que os Estados não têm razão nos argumentos que serão apreciados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 27. "Está ficando cada vez mais claro que, em contratos de operação de crédito, se aplica o regime de juros compostos", disse, antes de ressaltar que espera uma decisão favorável às contas da União.

Mais cedo, a Fazenda divulgou três notas técnicas com os argumentos e números apresentados ontem pelo ministro durante reunião no STF com a presença do ministro Edson Fachin e de governadores.

A crise política no Brasil levou o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a cancelar sua participação na reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), que ocorre na próxima semana em Washington. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, estará no encontro.

Barbosa tem um papel fundamental na defesa da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados. A prática de crimes de responsabilidade fiscal é a principal acusação do pedido de afastamento da presidente.

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Em parecer divulgado na quarta-feira, 6, o relator do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (PTB-GO), concluiu que há indícios de prática de crime de responsabilidade fiscal pela presidente, o que justificaria a análise do pedido de afastamento de Dilma. O principal fundamento de seu parecer é a acusação de que a presidente cometeu crime de responsabilidade fiscal ao determinar a abertura de crédito orçamentário suplementar sem autorização do Legislativo. O relator também menciona as operações de crédito irregular conhecidas como "pedaladas fiscais".

Na semana passada, Barbosa falou à comissão que analisa a solicitação de impeachment para refutar as acusações. "No ano passado, o governo fez o maior contingenciamento da história. Não há que se falar de flexibilidade fiscal, de irregularidade fiscal ou de crime de responsabilidade fiscal no momento em que o governo fez o maior contingenciamento da história", disse na ocasião.

O parecer do relator será votado na próxima segunda-feira, 11, na comissão que analisa o pedido de impeachment. Levantamento do jornal "O Estado de S. Paulo" indica que 32 dos 65 integrantes da comissão votarão pela aprovação do parecer - são necessários 33 votos para que o processo tenha continuidade. Vinte parlamentares disseram que rejeitarão as conclusões de Arantes e dez se declararam indecisos.

A discussão do parecer do relator deve ocorrer durante o fim de semana. Até a manhã desta quinta-feira, 7, 118 deputados haviam se inscrito para se manifestar antes da votação de segunda-feira.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta quinta-feira, 7, que o País tem desafios de equilíbrio fiscal, mas que a maior dificuldade é construir consenso em torno das políticas para que o Brasil supere os problemas atuais.

"Os desafios no Brasil são conhecidos e não serão superados da noite para o dia. Espero que o conflito político seja resolvido dentro das regras", afirmou o ministro, durante evento sobre macroeconomia, nesta manhã, promovido pelo Itaú Unibanco.

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Barbosa observou ainda que no campo político, há discursos polarizados, "beirando o religioso e messiânico". "Esse momento fiscal e monetário precisa ser feito em bases mais duradoras. Precisamos evitar abordagens simplistas e ideológicas", avaliou.

O compromisso da Fazenda, conforme o ministro, é construir reformas estruturais para resolver os problemas atuais. Ele lembrou também que o governo brasileiro superou o período de presidência imperial e que no passado o orçamento era alterado via medida provisória.

"Reformas estruturais levam tempo para sempre aprovadas e congresso tem grande papel. E também é importante obter consenso político para aprová-las", ressaltou Barbosa. "Vivemos democracia mais avançada, com papel muito importante do Congresso. Democracia demora, mas resolve. Estamos exatamente neste momento", acrescentou.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, saiu nesta quinta-feira, 31, em defesa da presidente da República, Dilma Rousseff, na comissão que julga o pedido de impeachment da presidente. "Não há base para o pedido de impedimento da presidente da República", disse o ministro.

O atual dirigente da Fazenda disse que realizaria uma fala baseada nos três pontos principais acolhidos pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre os primeiros argumentos do ministro contra o impeachment, Barbosa afirmou que o processo deve se basear em fatos do atual mandato, ou seja, a partir de 2015.

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A defesa que está sendo realizada por Barbosa também inclui a criação de crédito suplementar, ação que está sendo questionada no processo. Para o ministro, essas operações não geram aumento de despesas se isso não estiver previsto no decreto de programação financeira e no contingenciamento.

O dirigente da Fazenda disse que a edição dos decretos está de acordo com a legislação vigente. "Nenhum dos seis decretos mencionados modificou a programação financeira de 2015 e não modificou o limite global de gasto discricionário", destacou.

Enquanto explicava o funcionamento da Lei Orçamentária Anual (LOA), Barbosa ressaltou que a maior parte dos decretos foi financiada por anulação de despesas. O ministro explicou que alguns pedidos de crédito são baseados em pedidos e citou um pedido do Judiciário, que tinha uma receita excedente. "Isso não significa que o Judiciário não tem um limite financeiro", explicou.

Atos de acordo com exigências

Na avaliação de Barbosa, todos os atos da presidente em 2015 estão de acordo com as exigências do Tribunal de Contas da União (TCU). "Espero mostrar que todos os atos praticados em 2015 estão em perfeito acordo com o TCU", frisou.

Barbosa tem 30 minutos para defender o governo, assim como o outro convidado, o professor de Direito Tributário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ricardo Lodi Ribeiro. No início de sua participação na comissão, mais de 32 parlamentares - entre membros e não membros - haviam se cadastrado para discursar na sessão. Cada deputado tem três minutos para falar.

Indeferido

No início da sessão, o presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), indeferiu mais uma questão de ordem do vice-líder do governo, Paulo Teixeira (PT-SP). O petista havia requerido nova notificação da presidente Dilma Rousseff e novo prazo de defesa, uma vez que foi retirado dos autos os termos da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). Rosso argumentou que Dilma já foi notificada duas vezes (em dezembro e em março) e que não caberia novo prazo. O petista avisou que vai recorrer ao plenário e não ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por considerá-lo o "capitão do golpe".

O vice-líder emendou nova questão de ordem à comissão. Teixeira argumentou que a denúncia do impeachment não está clara e que é necessário novo prazo de 10 sessões, a partir do final das atividades da comissão, com o envio das notas taquigráficas dos trabalhos do colegiado a Dilma. O petista argumentou que a defesa sempre se manifesta após a acusação.

Esta é a sétima sessão da comissão especial do impeachment. Na quarta-feira, 30, foram ouvidos os juristas Janaina Paschoal e Miguel Reale Júnior, autores do pedido acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A sessão foi marcada por tumulto entre os parlamentares e um clima de disputa acirrada entre governistas e oposição. Na reunião, os juristas rechaçaram a tese de que pedir o afastamento de Dilma é golpe contra a democracia. "Estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade", afirmou Janaina.

A sessão de quinta começou com menos deputados do que na quarta. Na sessão que ouviu o autor do pedido de impeachment, Miguel Reale Júnior tinha, aproximadamente, 60 deputados. Nesta quinta, o painel da comissão indicava 48 presentes quando o presidente, Rogério Rosso (PSD-DF), iniciou a sessão.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou nesta segunda-feira, 21, que os Estados e o Distrito Federal poderão acionar um benefício adicional no alongamento da dívida desde que apresentem contrapartidas adicionais. Segundo Barbosa, será possível, no curto prazo, reduzir em 40% a prestação das dívidas pagas à União por 24 meses. Essa redução será incorporada ao saldo e será paga ao longo dos 20 anos. "A estimativa é que essa diminuição pode dar uma redução adicional de R$ 3,5 bilhões em 2016, R$ 7,2 bilhões em 2017 e R$ 3,9 bilhões em 2018 se todos os Estados optarem por essa redução", disse Barbosa.

Para aderir a este benefício, os Estados terão que reduzir em 20% as despesas com cargo de livre provimento e não poderão realizar novas operações de crédito pelo dobro do período da vigência da carência.

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Na proposta inicial de alongamento de 20 anos, o dirigente da Fazenda esclareceu que a redução de 10% com cargos de confiança como contrapartida será com base na folha de pagamento de 2014 e terá de vigorar por 24 meses depois da assinatura. De acordo com o ministro, se as contrapartidas forem descumpridas, os Estados voltarão ao cronograma original.

Barbosa afirmou ainda que, entre as medidas permanentes e estruturais, os Estados terão de adotar uma Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual com regime de previdência complementar com elevação gradual das alíquotas de contribuição para 14% por parte dos servidores e 28% por parte do governo.

Outra medida que os Estados precisarão adotar está a padronização das estatísticas fiscais. "A ideia é construir sistema que tenhamos demonstrativo do resultado dos Estados como temos do Tesouro", disse Barbosa.

Os Estados precisarão ainda limitar as despesas orçamentárias não financeira a 90% da receita corrente líquida, assim, terão 10% da receita corrente líquida ou para fazer primário ou usar com investimentos em educação, transporte e Saúde.

Nas despesas com pessoal, será preciso incorporar os gastos com terceirizados utilizando a remuneração bruta do servidor. "A ideia é que todo mundo tenha o mesmo conceito de despesa de pessoal", explicou o ministro.

A elaboração de um programa plurianual com validade de quatro anos de despesa de pessoal também está presente nas contrapartidas que os Estados precisarão adotar. "O objetivo é dar previsibilidade à evolução da folha de pagamento, a União tem tentado fazer isso", esclareceu Barbosa.

Não será permitido ainda conceder aumento e vantagens a funcionários nos últimos seis meses de governo. O ministro reafirmou que, em alguns Estados, foram concedidos aumentos com efeito para o governo seguinte. Outra medida será o alerta para despesa com pessoal, que será acionado quando o Estado atingir 85% do limite; antes, esse alerta era acionado com 90% do limite. "A medida significa maior controle sobre a folha de pagamento dos Estados", afirmou o ministro.

Para o enquadramento dos Estados com as despesas de pessoal, Barbosa afirmou que será dado prazo de 10 anos para o enquadramento dos Estados nos limites da LRF, desde que cumpram 10% por ano.

Impacto

O pacote de auxílio a Estados poderá ter um impacto fiscal de até R$ 45,5 bilhões até 2018. Esse valor será alcançado se todos os Estados aderirem a todos os benefícios colocados à mesa pelo governo federal - o alongamento da dívida com a União em até 20 anos, um desconto de 40% nas parcelas por até dois anos e o alongamento da dívida com o BNDES por até 10 anos.

Para o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, esse impacto deverá ser menor, já que nem todos os Estados vão aderir ao desconto na parcela, que tem como contrapartida a proibição de contratação de novos empréstimos. "Vários Estados apontaram que não pretendem utilizar a redução de 40%", afirmou Barbosa.

O impacto máximo do pacote em 2016 é de R$ 9,6 bilhões. Em 2017, é de R$ 18,6 bilhões e, em 2018, 17,3 bilhões.

O ministro espera que o projeto de lei de auxílio aos Estados seja aprovado ainda no primeiro semestre. A ideia é enviar o texto, que prevê também contrapartidas fiscais, até amanhã. Os Estados terão 180 dias para atender as contrapartidas, a partir da aprovação do projeto.

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) propõe banir de funções públicas o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o ex-titular da pasta Guido Mantega e mais três integrantes da equipe econômica nos governos de Dilma Rousseff por irregularidades referentes às "pedaladas fiscais". Conforme relatório recém-concluído por técnicos da corte, ao qual o 'Estado' teve acesso, as infrações por eles praticadas foram graves, cabendo inabilitá-los para "o exercício de cargo em comissão ou função de confiança por prazo de cinco a oito anos".

O TCU analisou as defesas apresentadas por 17 autoridades das gestões Dilma para as pedaladas, manobras que consistiram em atrasar repasses para que bancos públicos cobrissem despesas com programas sociais. Além do ministro da Fazenda e de seu antecessor, os auditores sugerem inabilitar mais três nomes do Tesouro Nacional: o ex-secretário Arno Augustin; o ex-subsecretário de Política Fiscal Marcus Pereira Aucélio; e o coordenador-geral de Programação Financeira Marcelo Pereira de Amorim. Pedem ainda a aplicação de multas de até R$ 45 mil aos cinco envolvidos e ao atual secretário executivo da Fazenda, Dyogo Oliveira.

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As conclusões dos auditores serão agora enviadas ao relator do caso, José Múcio Monteiro, ao qual cabe elaborar um voto a respeito e pautá-lo para julgamento. Não há previsão para que isso ocorra. Se o plenário da corte mantiver o entendimento dos técnicos, Barbosa terá de deixar o posto que ocupa desde dezembro do ano passado, quando substituiu Joaquim Levy. A possível condenação agravaria ainda mais as crises política e econômica.

Em julgamentos anteriores, o TCU já havia entendido que as pedaladas foram operações de crédito ilegais que afrontaram a Lei de Responsabilidade Fiscal, entre outras legislações. Esse foi o principal motivo para que o tribunal desse parecer rejeitando as contas de 2014 do governo Dilma. A corte agora analisa a responsabilidade individual dos que deram causa às irregularidades.

O relatório isenta outras 11 autoridades, entre elas o atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, por supostas falhas na contabilização das pedaladas. Esse entendimento já havia, no entanto, sido sinalizado pela área técnica da corte.

Barbosa e Dyogo são responsabilizados por assinar portarias que abriram prazo para pagamentos do Tesouro ao BNDES por incentivos em linhas de crédito. Eles chefiaram a Fazenda interinamente, em períodos de ausência de Mantega, no primeiro mandato da presidente Dilma. Nas defesas, eles alegaram que os atos referentes ao repasse de recursos ao banco cabiam ao Tesouro, então chefiado por Augustin.

Defesa

A maioria dos envolvidos seguiu a mesma cartilha, registrando em suas defesas que as operações eram de responsabilidade de Augustin. O governo não esperava um relatório pela condenação de Barbosa e de seu secretário executivo, fiando-se também no argumento de que eles assinaram as portarias apenas interinamente. Fontes do governo, ouvidas pelo Estado, afirmaram que as conclusões dificultam ainda mais a permanência do ministro, já alvo de bombardeio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alas importantes do PT.

Os auditores aceitaram parcialmente as justificativas apresentadas e também propõem isentar de condenação mais dez pessoas, entre elas o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; os ex-presidentes da Caixa, Jorge Hereda, e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, a ministra Tereza Campelo (Desenvolvimento Social), além dos ex-titulares do Trabalho, Manoel Dias, e das Cidades, Gilberto Occhi.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, apresenta nesta terça-feira, 15, aos governadores a proposta final do projeto de socorro aos Estados que o governo federal pretende enviar esta semana ao Congresso Nacional. Barbosa convidou todos os governadores e secretários de Fazenda estaduais para um alinhamento final do projeto que vai alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e permitir o alongamento da dívida dos Estados com a União por mais 20 anos. O plano de socorro também concederá um desconto temporário de 40% do valor das prestações mensais para os Estados que aderirem ao programa.

Na reunião, os governadores vão conhecer os detalhes das medidas de curto e longo prazos que o governo exigirá dos Estados como contrapartida ao alívio fiscal. Entre elas, o Ministério da Fazenda quer a adoção de medidas de contenção dos gastos com pessoal e com Previdência. Os Estados que quiserem o desconto nas prestações ficarão proibidos de contratação de novas operações de crédito. Os detalhes dessas medidas foram apresentados à presidente Dilma Rousseff, no domingo, pelo ministro Barbosa.

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O secretário de Fazenda de São Paulo, Renato Villela, informou à reportagem, que o governo estadual está avaliando se adere ao programa. "Queremos ouvir antes os detalhes das medidas condicionantes. Vai depender delas", disse o secretário, que considerou "interessante" a proposta de desconto de 40% nas prestações. Villela ressaltou, no entanto, que o governo de São Paulo espera que haja um tratamento isonômico entre os Estados, mesmo considerando as circunstâncias especiais que cada um enfrenta.

Em busca do apoio político, o governo tem pressa e espera enviar o projeto alterando a LRF até sexta-feira. Na mesma proposta, serão incluídas medidas de reforma fiscal, que incluem a criação de um teto para o gasto do governo e a criação de uma banda para a meta fiscal para acomodar flutuações de receitas. Também será enviada a proposta de mudança da meta fiscal deste ano para acomodar um déficit primário nas contas do setor público.

Terminou na noite desta quinta-feira, 10, a reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com petistas e representantes sindicais em um hotel da capital paulista. Lula saiu sem falar com a imprensa, mas o presidente do PT, Rui Falcão, voltou a falar brevemente com jornalistas.

Questionado sobre a possibilidade de Lula assumir um ministério no governo Dilma, Falcão desconversou e disse que o assunto não foi discutido no encontro, que teve a participação do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Perguntado especificamente sobre a possível ida de Lula para a Casa Civil, Falcão disse que a pergunta deveria ser feita para a presidente Dilma Rousseff.

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Críticas

O presidente do PT disse que o ministro recebeu de forma bastante "compreensiva" as críticas de sindicalistas e petistas à política econômica do governo Dilma. "O ministro Nelson Barbosa tem sido interlocutor permanente, muito aberto ao diálogo, confia, pelos últimos dados, que a economia brasileira está retomando", disse Falcão. "O ministro foi muito acessível e muito compreensivo em relação às críticas também".

A proposta da reforma Previdenciária, defendida por Barbosa e rechaçada por petistas e sindicalistas, foi um dos temas do encontro. Rui Falcão destacou que o ministro teria esclarecido que direitos dos trabalhadores não serão cancelados.

"Ele expôs as razões pelas quais ele defende uma reforma (previdenciária), esclarecendo que não pretende cancelar direitos, uma coisa que começa a produzir efeitos daqui a alguns anos, (não vai) nem cancelar direitos nem expectativas de direitos, e acha que essa é uma medida necessária para estabilizar no médio e longo prazos a economia brasileira."

Segundo o presidente do PT, o ministro mostrou dados a petistas como a previsão de que a balança comercial brasileira chegue a um saldo de US$ 50 bilhões no fim do ano. Falcão também citou a desaceleração da inflação - que ficou em 0,90% em fevereiro, abaixo do piso das expectativas que estava em 0,92% - como sinal de que a economia brasileira estaria se recuperando.

"Ele anunciou outras medidas que pretende mandar ao Congresso Nacional, medidas que caminham para a estabilidade, para poder preservar empregos, garantir crescimento econômico e tirar o Brasil da crise, que é em grande medida impulsionada também pela oposição que quer o quanto pior melhor, a obstrução no Congresso Nacional, a crise permanente que promovem, a agitação, o descrédito do nosso País", disse Falcão.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reforçou a necessidade de aprovação da CPMF pelo Congresso Nacional e lembrou as mudanças propostas pelo secretário-executivo da Fazenda, Dyogo Oliveira, aos secretários de Fazenda dos Estados na reunião desta quinta-feira, 18, no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). "Não trabalhamos com a não aprovação da CPMF", disse.

Na avaliação de Barbosa, a CPMF é poupança necessária para atravessar a situação atual enquanto medidas estruturais são discutidas e aprovadas pelo Congresso. Ele acrescentou, durante entrevista para comentar o contingenciamento de R$ 23,408 bilhões do orçamento de 2016, que o governo pode apresentar novas propostas. "Novas medidas serão tomadas se necessário, mas não há previsão no momento", afirmou. O ministro reforçou que as medidas propostas hoje terão impacto mais forte a partir de 2017, 2018 e 2019.

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O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou como medida extrema caso o governo não cumpra o limite de gasto público a suspensão de aumento real do salário mínimo. Ele anunciou uma proposta de imposição de um limite plurianual para a expansão das despesas em porcentual do PIB. Caso o governo não cumpra os limites, a primeira ação será um contingenciamento adicional no ano corrente. Se a ação não for suficiente, três estágios automáticos são acionados, no ano seguinte, para obrigar que as despesas cumpram os limites. "Você adota esses três estágios para trazer o gasto para o limite e, se não for suficiente, eles valerão por mais de um ano", afirmou o ministro.

O primeiro estágio será acionado quando houver previsão do descumprimento do gasto público e prevê a suspensão de concessão de novas desonerações, aumento real de despesas de custeio, aumento real das demais despesas discricionárias, realização de concursos, contratação e criação de cargos e o aumento real de salário de servidores públicos.

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No segundo estágio, que só será acionado caso o primeiro não seja suficiente, o governo irá suspender a ampliação de subsídios, aumento nominal das despesas de custeio, aumento nominal de despesas discricionárias e o reajuste nominal de salários dos servidores públicos, mas obedecendo a constituição.

O terceiro e último estágio, que assim como os outros, só será adotado caso as ações anteriores não sejam suficientes, contempla, além da suspensão do aumento real do salário mínimo, a redução de despesas de benefícios aos servidores como, por exemplo, auxílio-moradia e a redução de despesas com servidores não estáveis.

De acordo com o ministro da Fazenda, o objetivo é levar as medidas ao Congresso até o fim de março. "Como estamos em discussão com Estados e municípios para que eles adotem medidas semelhantes, a proposta está sendo finalizada, vamos discutir com governadores e prefeitos sobre como isso pode ser adotado para todos os Estados brasileiros", disse Barbosa.

O projeto do governo prevê que a Lei de Responsabilidade Fiscal determine a imposição, através do Plano Plurianual (PPA), do limite de expansão do gasto. Neste contexto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) fixará o valor nominal do limite do gasto para cada ano e elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual (LOA) deverá observar esse limite de caso.

O dirigente da Fazenda ressaltou que, com as medidas anunciadas, há duas formas de acionar o contingenciamento sendo uma caso o governo detecte que não vai cumprir o primário e outra com a elevação de gastos. "Vamos fazer com que uma elevação de receita não sirva para elevar o gasto", frisou o ministro.

Bandas

O ministro explicou ainda que a decisão de colocar uma banda de flutuação é para assegurar o cumprimento da meta fiscal caso haja frustração de receitas ou necessidade de aportar mais recursos em áreas estratégicas como saúde. Barbosa destacou que é importante sinalizar estabilidade no longo prazo. "Para a gente ter espaço no curto prazo, é preciso ter regras no longo prazo", disse, ressaltando que o governo precisa evoluir do ajuste fiscal para a reforma fiscal. "Estamos numa fase que temos que completar o ajuste fiscal e também evoluir para a reforma fiscal. Isso envolve colocar limite para o gasto público."

Ele afirmou que a proposta das bandas fiscais para cumprimento da meta não necessariamente se repetirá nos próximos anos. Segundo ele, o sistema que será adotado, caso haja aprovação do Congresso, tem o objetivo de absorver flutuações de receitas e ressaltou que a medida que estabelece limite de gastos não elimina a meta de superávit fiscal. O ministro justificou a apresentação da flexibilização da meta logo no início do ano. "O que gera mais insegurança é fazer mudança da meta no fim do ano sem avisar", disse.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, trabalha para anunciar o contingenciamento das despesas do Orçamento até sexta-feira da semana vem, 19, antes de embarcar para a China, onde participará da reunião de ministros de finanças dos países que integram o G-20. Barbosa embarca alguns dias antes da reunião, marcada para os dias 26 e 27, porque terá encontros com investidores.

Apesar de ter prazo até março para fazer o primeiro contingenciamento do ano, a intenção do ministro é apresentar o corte junto com as medidas de reforma fiscal para tentar sinalizar ao mercado financeiro o compromisso com o controle da expansão de gastos.

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O pacote terá medidas de fixação de um teto para as despesas e de criação de uma banda de flutuação da meta fiscal, além do alongamento das dívidas dos Estados e municípios com a União. O alívio para os governadores exigirá como contrapartida medidas para controle dos gastos, principalmente de pessoal.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a equipe econômica avalia que é necessária uma "coerência" do corte com essas medidas fiscais para garantir uma sinalização de trajetória de médio prazo de reequilíbrio das contas públicas. Sem isso, será muito difícil emplacar a mudança no sistema atual de meta de superávits, como deseja o Ministério da Fazenda. A revisão da meta é necessária porque o governo não conseguirá cumpri-la devido ao quadro de piora das receitas que permanece em 2016.

Mas como o pacote fiscal exige uma série de medidas legais a serem enviadas ao Congresso, entre elas uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), não há certeza se tudo ficará pronto até o dia 19. Se não der tempo, o ministro anuncia as medidas depois do seu retorno da China, na primeira semana de março. O que é certo é que a equipe econômica não vai esperar até o final de março para o anúncio.

Um integrante da equipe econômica informou que no corte do Orçamento o governo trabalhará com um crescimento zero das despesas discricionárias em relação a 2015, o que indicaria uma quadro mais restritivo dos gastos.

A fonte informou que para isso o corte deverá se situar entre R$ 23 bilhões e R$ 24 bilhões. Nesse contingenciamento, o governo vai trabalhar ainda com a meta de R$ 24 bilhões de superávit primário (economia feita para pagamento de juros da dívida). Esse montante corresponde a parte do esforço fiscal do governo federal para o cumprimento da meta fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) das contas dos setor público consolidado, que inclui Estados e municípios.

"O problema é que o nível de incertezas em relação as receitas que dependem da venda de ativos é muito grande", reconheceu a fonte. No corte, o governo continuará contando com a previsão de arrecadação de R$ 10 bilhões em 2016 com o retorno da CPMF, o imposto sobre movimentação financeira.

Tampão

Nesta sexta-feira, 12, o governo publicou um decreto-tampão limitando os gastos dos órgãos federais até março a 3/18 avos do Orçamento previsto para 2016. O teto é um aperto um pouco maior em relação ao limite que vinha sendo trabalhado até fevereiro, de 1/12 avos mensais. No total, o Executivo poderá gastar até R$ 146,6 bilhões no primeiro trimestre, dos quais 85% (R$ 124,5 bilhões) são despesas que não podem ser contingenciáveis, como gastos com saúde e educação e pagamento de pessoal.

A limitação valerá até o governo anunciar o contingenciamento definitivo. O decreto mantém a expectativa de superávit primário de R$ 24 bilhões para o governo federal este ano. Para o período de janeiro a abril, a previsão é uma economia de R$ 8,8 bilhões. No acumulado até agosto, a previsão é de que o primário fique em R$ 12,883 bilhões.

De acordo com o decreto, a estimativa de receitas é de R$ 1,089 trilhão, sendo que, desse total, R$ 889,549 milhões são administrados pela Receita Federal. Para a Previdência Social, a estimativa é de um déficit de R$ 129,785 bilhões. (Colaboraram Lorenna Rodrigues, Rachel Gamarski e Victor Martins)

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, manifestou nesta quarta-feira, 27, seu apoio à reeleição da Diretora-Gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Em nota, Barbosa afirmou que "a permanência de Lagarde no FMI é fundamental para o enfrentamento adequado dos atuais desafios econômicos mundiais".

Ainda de acordo com o documento divulgado pela Fazenda, Barbosa ressalta sua confiança "na habilidade de Lagarde na condução de temas multilaterais, especialmente num momento em que a reforma de quotas entra em vigor, proporcionando maior representatividade dos países emergentes".

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